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Índice

Introdução......................................................................................................................... 1

Componentes Base para a Montagem de um PC.............................................................. 1

1. Preparação da Caixa .................................................................................................. 5

1.1 Selecção da Caixa - Sistema de Arrefecimento.................................................. 5

1.2 Selecção da Caixa - Tamanho ............................................................................ 6

2. Colocação do Processador na Placa-Mãe .................................................................. 9

3. Colocação da Memória na Placa-Mãe ...................................................................... 13

4. Colocação dos Dispositivos de Armazenamento (Drive de Disquetes, Disco Rígido


e CD-ROM/DVD) .............................................................................................................. 15

4.1 Disco Rígido ..................................................................................................... 16

4.2 Drive de Disquetes .......................................................................................... 17

4.3 CD-ROM/DVD ................................................................................................. 18

5. Colocação da Placa-Mãe na Caixa .......................................................................... 19

6. Ligação da Alimentação da Placa-mãe................................................................... 24

7. Colocação das Placas de Expansão nos Slots de Expansão.................................... 27

8. Ligação da Alimentação dos Dispositivos de Armazenamento ............................. 29

8.1 Ligação do Disco Rígido ................................................................................. 29

8.2 Ligação da Drive de Disquetes ....................................................................... 30

9. Ligação dos Cabos de Dados (flat cables) da Controladora aos Respectivos


Componentes ................................................................................................................ 31

9.1 Ligação dos Dispositivos IDE .......................................................................... 32

9.1.1 Ligação dos Dispositivos SATA ....................................................................... 32

9.2 Ligação da Drive de Disquetes ....................................................................... 35

10. Ligação dos Leds e Switchs da Caixa à Placa-Mãe ............................................. 37

11. Ligação dos Periféricos ...................................................................................... 39

12. Configuração da BIOS ........................................................................................ 41

2
12.1 Standard Setup ................................................................................................ 42

12.1.1 Data e Hora ............................................................................................. 42

12.1.2 Configuração do disco rígido ................................................................. 42

12.1.3 Floppy Disk Drives................................................................................. 43

12.1.4 Vídeo ...................................................................................................... 43

12.1.5 Halt On ................................................................................................... 43

12.2 BIOS Features Setup ...................................................................................... 43

12.2.1 Boot Sector Intrusion Alert..................................................................... 43

12.2.2 CPU Internal cache / External cache..................................................... 44

12.2.3 Quick Power On Self Test....................................................................... 44

12.2.4 Boot Sequence ........................................................................................ 44

12.3 SeePU & Chipset Setup .................................................................................. 44

12.3.1 CPU Setup .............................................................................................. 45

12.4 Power Management Setup .............................................................................. 45

12.4.1 HDD Power Down ................................................................................. 45

12.4.2 Wake Up On Lan .................................................................................... 46

12.4.3 Power On By Modem ............................................................................. 46

12.4.4 Power On By Alarm ............................................................................... 46

12.4.5 SMART (System Monitoring and Alerting Technology) ...................... 46

12.5 Load Setup Defaults ....................................................................................... 46

12.6 IDE Auto-Detection........................................................................................ 47

12.7 Save and Exit Setup ........................................................................................ 47

12.8 Exit Without Saving ....................................................................................... 46

13. Detecção de anomalias ou componentes danificados...................................... 46

3
Índice de Figuras

Figura 1 – Componentes do PC ........................................................................................ 2

Figura 2 – Identificação de componentes do PC .............................................................. 3

Figura 5 – Esquema de ligações dos componentes do PC................................................ 4

Figura 6 – Esquema da caixa ATX................................................................................... 6

Figura 7 – Tipos de caixas ................................................................................................ 6

Figura 8 – Fonte de alimentação ...................................................................................... 7

Figura 9 – Pinos plásticos para a fixação da placa-mãe ................................................... 7

Figura 10 – Parafusos metálicos para a fixação da placa-mãe ......................................... 8

Figura 11 – Parafusos para a fixação de componentes ..................................................... 8

Figura 12 – Ligações dos leds e switches ......................................................................... 8

Figura 13 – Encaixe de um processador com conector tipo slot ...................................... 9

Figura 14 – Identificação da posição de encaixe nos processadores (socket) ................ 10

Figura 15 – Identificação da posição de encaixe na placa-mãe (socket) ........................ 10

Figura 16 – Ligações de alimentação em sistemas mais recentes vs mais antigos......... 11

Figura 17 – Ficha extra na ventoinha ............................................................................. 11

Figura 18 – Grampos de fixação à placa-mãe ................................................................ 11

Figura 19 – Fixação do dissipador e ventoinha de ventilação ........................................ 12

Figura 20 – Módulo SIMM 72 contactos ....................................................................... 13

Figura 21 – Módulo DIMM 168 contactos..................................................................... 13

Figura 22 – Módulo DIMM 184 contactos (DDR)......................................................... 13

Figura 23 – Módulo RIMM ............................................................................................ 13

Figura 24 – Inserção de um DIMM ................................................................................ 14

Figura 25 – Remoção de um DIMM .............................................................................. 14

4
Figura 26 – Aparafusar a drive de disquetes .................................................................. 15

Figura 27 – Aparafusar discos rígidos ............................................................................ 15

Figura 28 – Diferentes tipos de parafusos para a fixação dos dispositivos de


armazenamento ....................................................................................................... 16

Figura 29 – Disco rígido ................................................................................................. 16

Figura 30 – Colocação do disco rígido ........................................................................... 17

Figura 31 – Drive de disquetes 3½ ................................................................................. 17

Figura 32 – Colocação da drive de disquetes ................................................................. 18

Figura 33 – Colocação do CD-ROM .............................................................................. 18

Figura 34 – Abertura de uma caixa de PC...................................................................... 19

Figura 35 – Desmontagem da placa metálica que suporta a placa-mãe ......................... 20

Figura 36 – Montagem da placa-mãe na placa metálica ................................................ 20

Figura 37 – Orifícios na placa metálica de suporte à placa-mãe .................................... 20

Figura 38 – Orifícios na placa-mãe ................................................................................ 21

Figura 39 – Colocação dos pinos plásticos na placa-mãe .............................................. 21

Figura 40 – Encaixe da placa-mãe na placa de suporte .................................................. 21

Figura 41 – Aparafusar a placa-mãe à placa de suporte ................................................. 22

Figura 42 – Esquema de fixação dos parafusos da placa-mãe ....................................... 22

Figura 43 – jumpers na placa-mãe.................................................................................. 23

Figura 44 – Fonte de alimentação................................................................................... 24

Figura 45 – Fios de ligação das fichas de alimentação da placa-mãe de uma fonte AT 25

Figura 46 – Encaixe na placa-mãe para ficha de alimentação AT/ATX ........................ 25

Figura 47 – Encaixe de fichas AT .................................................................................. 25

Figura 48 – Encaixe de fichas ATX ............................................................................... 26

Figura 49 – Placa de expansão ISA (16 bits) ................................................................. 27

Figura 50 – Placa de expansão PCI Vs AGP.................................................................. 27

5
Figura 51 – Aparafusar a placa de expansão à caixa ...................................................... 28

Figura 52 – Fichas de alimentação dos dispositivos de armazenamento ....................... 29

Figura 53 – Ficha de alimentação do disco rígido.......................................................... 29

Figura 54 – Ficha de alimentação da drive de disquetes 3½ .......................................... 30

Figura 55 – Encaixe da ficha de alimentação da drive de disquetes .............................. 30

Figura 56 – Identificação do pino 1 na placa-mãe ......................................................... 31

Figura 57 – Ligação do cabo de dados IDE.................................................................... 32

Figura 58 – Cabo de dados IDE ..................................................................................... 32

Figura 59 – Jumpers de configuração............................................................................. 33

Figura 60 – Cabo IDE 40 pinos Vs cabo IDE 40 pinos com 80 condutores................... 34

Figura 61 – Comparação entre cabo IDE 40 pinos com cabo IDE com 80 condutores . 34

Figura 62 – Ligação do cabo áudio no CD-ROM .......................................................... 34

Figura 63 – Esquema de ligações do CD-ROM ............................................................. 35

Figura 64 – Ligação do cabo FDD ................................................................................. 36

Figura 65 – Fichas de ligação dos leds e switches à placa-mãe ..................................... 37

Figura 66 – Ligação dos leds e switches à placa-mãe .................................................... 38

Figura 67 – Ligação da ficha de um rato série ............................................................... 39

Figura 68 – Ligação da ficha de um rato PS/2 ............................................................... 39

Figura 69 – Ligação da ficha de dados do monitor à placa de vídeo do PC................... 40

Figura 70 – Menu de opções da BIOS............................................................................ 41

Figura 71 – Standard Setup ............................................................................................ 42

Figura 72 – BIOS Features Setup ................................................................................... 43

Figura 73 – SeePU & Chipset Setup .............................................................................. 44

Figura 74 – CPU Setup ................................................................................................... 45

Figura 75 – Power Management Setup........................................................................... 45

Figura 76 – Load Setup Defaults .................................................................................... 46

Figura 77 – IDE Auto-Detection .................................................................................... 47


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Introdução
A montagem de um PC de raiz, isto é, de todos os seus componentes, compreende alguns
conhecimentos que quando bem aplicados na prática podem evitar algumas “surpresas” menos
agradáveis, ou até mesmo perdas de tempo desnecessárias. Assim, e de modo a evitar estas
situações a montagem de um PC deverá ser sempre um processo que deve obedecer a um conjunto
de regras e a uma sequência cronológica de etapas de montagem.

Antes de iniciar a montagem do PC, existem alguns cuidados especiais a ter, os quais passamos a
descrever:

• Consultar o manual de instruções que acompanha cada componente antes de começar a


montagem desse mesmo componente;

• A montagem do PC deve ser sempre acompanhada do manual da placa-mãe, exceptuando


as situações em que quem está a efectuar a montagem, possua conhecimento suficiente
acerca deste, como no caso de já ter efectuado a montagem de diversos PCs com as
mesmas características. Ainda assim, o manual da placa-mãe pode revelar-se sempre um
auxiliar precioso em caso de dúvidas.

• Se possível, utilizar uma pulseira anti-estática, ou, procurar livrar-se de qualquer energia
estática tocando num objecto metálico que esteja em contacto com o chão (terra).

• Utilizar sempre ferramentas apropriadas para a montagem dos componentes, pois caso
contrário poderá danificar os componentes.

Componentes base para a montagem de um PC


Os principais componentes, ou componentes mais comuns na montagem de um PC são os
seguintes:

• Caixa AT/ATX/BTX + Fonte de Alimentação


• Placa-mãe (Motherboard)
• Processador
• Memória RAM (Memória Primária ou Principal)
• Dispositivos de armazenamento (drives de disquetes, discos rígidos, CD/DVD-ROM, etc.)
• Placas de expansão (placa gráfica, placa de som, placa de rede, etc.)
• Periféricos de Entrada de Dados (Teclado, Rato, etc.)

Como hoje em dia, a nível de mercado, ainda existem solicitações para montagem ou reparação de
PCs já considerados obsoletos a nível de tecnologia, neste trabalho iremos simular a montagem de
um PC passo-a-passo, indicando os passos que se devem seguir na montagem dos computadores
mais actuais e os obsoletos.
Figura 1 - Componentes do PC a ser montado

Figura 2 – Esquema de ligação dos componentes do PC

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Principais etapas na montagem de um PC
As principais etapas da montagem de um PC são as seguintes, dispostas cronologicamente:

• Preparação e Selecção da caixa.

• Colocação do processador na placa-mãe.

• Colocação da memória na placa-mãe.

• Colocação dos dispositivos de armazenamento (drive de disquetes, disco rígido e CD/DVD-


ROM).

• Colocação da placa-mãe na caixa.

• Ligação da alimentação à placa-mãe.

• Colocação das placas de expansão (placa gráfica, placa de rede), nos slots de expansão.

• Ligação da alimentação dos dispositivos de armazenamento.

• Ligação dos cabos de dados (flat cables) da controladora aos respectivos componentes.

• Ligação dos leds e switchs da caixa à placa-mãe.

• Ligação dos periféricos

• Configuração da BIOS.

• Testes ao hardware montado.

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1. Preparação da Caixa
Uma dos principais factores a considerar por uma pessoa que tenciona montar um computador é a
selecção de componentes, que deve ser feita para que todos os componentes sejam compatíveis
entre si. Outro factor, é o fim a que se destina o equipamento que terá uma importância crucial na
selecção correcta dos componentes.

Por fim, mas não menos importante, há ainda que considerar a relação qualidade/preço dos
componentes (Ex: Muitas das vezes, compensa gastar um pouco mais de dinheiro num disco um
pouco maior, se o preço por Megabyte compensar o acréscimo de custo).

Apesar de geralmente serem considerados muitos factores na escolha da placa-mãe, processador,


memória, dispositivos de armazenamento, e placas de expansão, em relação à caixa o único factor
que é levado em atenção é se esta tem um design agradável ou um baixo preço. Contudo, existem
mais factores que devem ser considerados, como por exemplo o funcionamento da caixa e da fonte
de alimentação.

1.1 Selecção da Caixa - Sistema de Arrefecimento


As versões anteriores ao Pentium II utilizam caixas AT, mas como nos dias de hoje já não se
comercializam estes tipos de caixas, vamos apenas considerar as caixas ATX, comuns nos PCs
actuais.

Para os Pentium II, Pentium III, Pentium 4 ou processadores posteriores como, é necessária uma
caixa ATX, com uma circulação de ar bastante eficiente (para além do próprio sistema de
arrefecimento do processador), devido às próprias características destes tipos de processadores que
levam a que estes atinjam temperaturas bastante elevadas, correndo mesmo o risco de queimarem
caso o sistema de arrefecimento não seja eficiente.

Os processadores não são os únicos componentes a necessitar de arrefecimento, mas também os


componentes que comunicam com este. De uma forma geral deve existir uma circulação de ar
através de toda a caixa para que todos os componentes não aqueçam demasiado. Por este motivo
as caixas deverão possuir ranhuras laterais ou frontais, de modo a permitir a circulação do ar. Assim,
o ar entra pela fonte de alimentação, e sai pelas ranhuras, depois de arrefecer os componentes,
como se pode ver no esquema abaixo.

Figura 3 - Esquema de circulação de ar nas caixas ATX

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Apesar de existirem caixas que não têm ranhuras, por motivos de estética, ou outros quaisquer
motivos, as ranhuras são essenciais para uma boa circulação de ar.

1.2 Selecção da Caixa - Tamanho


Outro dos factores a ser considerado na selecção de uma caixa deve ser o seu tamanho. Existem
pelo menos três tipos de designação para as caixas no que diz respeito ao seu tamanho:

• Mini-tower (2 baías);
• Mid-Tower (3-4 baías);
• Big-Tower (4 ou mais baias).

As caixas do tipo Mini-tower não podem ser utilizadas para Pentium II, Pentium III, e Pentium 4,
devido às características destes, o que levou a que seja cada mais difícil encontrar caixas deste tipo.

Figura 4 – Diferentes tipos de caixas

A escolha do tamanho da caixa deverá ser feita de acordo com o fim a que o PC se destina. A
escolha de um dos dois tipos de caixa mais comuns pode, por exemplo, ser feita tendo em conta os
seguintes factores:

• Caixa Mini/Mid-Tower – para um computador comum de secretária para ter em casa e onde
se pretende apenas instalar alguns dispositivos de armazenamento mais comuns. Ex: PC
com dois discos rígidos, um CD-ROM e um gravador de CDs.

• Caixa Big-Tower – para um computador cujo objectivo seja funcionar como servidor com um
grande conjunto de dispositivos de armazenamento, para os quais é necessário espaço
suficiente para não comprometer a eficiência do próprio sistema de refrigeração. Ex:
servidor com 4 ou mais discos rígidos e 3 ou mais CD-ROMs, ZIP drives, tapes, etc.

As caixas, quando compradas separadamente dos outros componentes, isto é sem virem montadas
com nenhum PC, costumam trazer os seguintes componentes:

• Fonte de Alimentação (esta pode também ser comprada separadamente, o que faz com que
uma avaria nesta não implique a compra de uma nova caixa).

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Figura 5 – Fonte de Alimentação

• Pinos plásticos, ou metálicos para a fixação da placa-mãe à caixa.

Figura 6 - Pinos plásticos para a fixação da placa-mãe

Figura 7 - Parafusos metálicos para a fixação da placa-mãe

• Parafusos diversos para a fixação dos componentes.

Figura 8– Parafusos para a fixação de componentes

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• Ligações do painel frontal da caixa à placa-mãe (Ex: led para o disco rígido, switch para o
botão Power, Reset.

Figura 9 – Ligações dos leds e switchs

NOTA: Apesar de muitos dos componentes de fixação serem idênticos para diversos tipos de caixas,
é normal encontrarem-se tipos de caixas com diferentes tipos de fixação para os componentes.

2. Colocação do Processador na Placa-Mãe


A colocação do processador, é uma das operações mais delicadas na montagem de um PC, não só
devido ao preço deste, mas também às suas características que o tornam um componente muito
sensível. Apesar de existirem diversos tipos de arquitectura para os processadores, de uma forma
geral todos eles são muito sensíveis e devem ser colocados com muito cuidado, principalmente as
arquitecturas que utilizam sistemas de pinos para efectuar o encaixe na placa-mãe.

Apesar de existirem muitas arquitecturas diferentes para os processadores, estas dividem-se em


dois tipos principais:

• Os sistemas de encaixe por slot, actualmente em desuso;

• Os sistemas de encaixe por pinos, sendo estes últimos aqueles com os quais devemos
ter mais cuidado para não entortar ou partir nenhum pino.

Figura 10 – Encaixe de um processador com conector tipo slot

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Devemos também ter em atenção a posição de encaixe do processador. Nos processadores com
encaixe por socket, a posição correcta de encaixe vem identificada através de um canto recortado
no processador que deverá coincidir com o canto recortado no encaixe do processador na placa-
mãe. Normalmente o canto recortado no processador vem identificado com uma seta ou ponto na
parte de cima deste.

Figura 11 e 12 – Identificação de posição de encaixe do processador / Socket LGA775

As principais preocupações (genéricas) que se devem ter ao colocar um processador são nunca
segurar este pelos contactos, e nunca forçar a entrada deste na placa-mãe.

Figura 13 – Encaixe de um processador com conector do tipo socket

A colocação do processador, pressupõe também a colocação de outros dois componentes: o


dissipador de calor e a ventoinha de refrigeração, que devem ser acopladas ao processador antes de
este ser colocado na placa-mãe. A colocação correcta destes dois componentes é muito importante,
pois são eles que vão fazer o arrefecimento do processador, que opera a temperaturas muito
elevadas, e caso a refrigeração não seja efectuada da melhor forma, corre-se o risco de este
queimar.

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Nos sistemas mais antigos as ventoinhas eram ligadas à mesma ficha de alimentação dos
dispositivos IDE (2), contudo nos sistemas mais recentes estes são ligados directamente à placa-mãe
(1).

Figura 13 – Ligações de alimentação em sistemas mais recentes vs mais antigos

Nos sistemas mais antigos, para evitar a “perda” de uma ficha de alimentação a dispositivos IDE, as
ventoinhas traziam uma ficha adicional de alimentação.

Figura 14 – Ficha extra na ventoinha

As ventoinhas são normalmente aparafusadas a um dissipador que por sua vez é acoplado em cima
do processador e fixado através de uns grampos que encaixam na placa-mãe.

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Figura 15 – Grampos de fixação à placa-mãe

Figura 16 e 17 – Fixação do dissipador e ventoinha de ventilação

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3. Colocação da Memória na Placa-Mãe
Também existem muitas arquitecturas diferentes para a memória principal (memória RAM). As
memórias mais antigas (SIMMs), têm um sistema de colocação na placa-mãe diferente das que são
mais frequentemente usadas hoje em dia (DIMMs), que serão as que nos iremos referir.

Figura 17 – Módulo SIMM 72 contactos

Figura 18 – Módulo DIMM 168 contactos

Figura 19 – Módulo DIMM 184 contactos (DDR)

Figura 20 – Módulo RIMM

Tal como na colocação do processador, aliás tal como em todos os outros componentes, nunca se
deverá tocar nos contactos.

A(s) unidade(s) de memória ou DIMMs deverão ser colocados com as superfícies de contacto
viradas na direcção da placa-mãe, e perpendicularmente a esta. Os slots de memória dos DIMMs,
possuem duas patilhas dos dois lados de cada um dos slots de memória que devem ser afastados
para se poder inserir os DIMMs.

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Estes slots possuem também duas ranhuras de cada um dos lados por onde devem deslizar os
DIMMs até chegarem ao fundo. Após chegarem ao fundo deve ser efectuada uma ligeira pressão
em ambos os lados da base superior dos DIMMs até as patilhas se fecharem automaticamente, sinal
que os DIMMs se encontram seguros.

Figura 21 – Inserção de um DIMM

Para libertar de novo os DIMMs devem ser afastadas as patilhas que provocam que os DIMMs sejam
libertados e possam então ser puxados.

Figura 22 – Remoção de um DIMM

4. Colocação dos Dispositivos de Armazenamento (Drive de Disquetes, Disco Rígido e


CD-ROM/DVD)

Excepto para alguns tipos de caixas com sistemas de fixação específicos, a maior parte das caixas
utiliza parafusos para a fixação dos dispositivos de armazenamento.

Contudo, muitas das vezes o local de colocação de alguns dispositivos de armazenamento é de


difícil acesso, tornando por vezes im p o s s í v e l aparafusar/desaparafusar alguns dos dispositivos
de um dos lados das caixas,

Por esse motivo, muitas das caixas possuem por vezes aberturas largas para poder facilmente
aparafusar/desaparafusar estes dispositivos sem ter de retirar a parte lateral da caixa que contém

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a placa-mãe. Quando se monta um computador de raiz é mais prático colocar os dispositivos de
armazenamento antes de se colocar a placa-mãe na caixa.

Figura 23 – Aparafusar a drive de disquetes

Figura 24 – Aparafusar discos rígidos

Um dos cuidados a ter ao fixar os dispositivos de armazenamento é o de usar sempre os parafusos


do tamanho correcto, para evitar danificar estes dispositivos.

Figura 25 – Diferentes tipos de parafusos para a fixação dos dispositivos de armazenamento

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Ao aparafusar deve-se sempre verificar se os parafusos estão a entrar direitos nos orifícios e
não forçar a sua entrada. Existe uma técnica para garantir que os parafusos entram direitos nos
orifícios que é a seguinte: antes de começar a aparafusar, rodar o parafuso lentamente no
sentido contrário (sentido oposto aos ponteiros do relógio) até este dar um ligeiro salto ou estalido,
o que significa que está pronto a começar a ser aparafusado.

Todos os dispositivos devem ser fixados correctamente para evitar possíveis deslocamentos
destes durante o uso, os quais podem incorrer em danos, ou erros de leitura. Assim estes
devem levar sempre pelo menos quatro parafusos, dois de cada um dos lados e sempre nas
extremidades para garantir que os dispositivos ficam equilibrados.

4.1 Disco Rígido

Figura 26 – Disco rígido

O disco rígido deve ser fixado no compartimento respectivo, sempre com o circuito da
controladora voltado para baixo e com as ligações para os cabos de alimentação e para os cabos
de dados voltadas para fora, isto é, para o lado da fonte de alimentação.

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Figura 27 – Colocação do disco rígido

4.2 Drive de Disquetes

Figura 28 – Drive de disquetes 3½

Para a colocação da drive de disquetes, o processo é semelhante ao dos discos rIgidos, mas
existem ainda algumas preocupações adicionais a ter.

Figura 29 – Colocação da drive de disquetes

Uma das coisas a ter em atenção é o facto de a parte frontal da drive de disquetes ter de ficar em
contacto com o exterior, pelo que terá de ser escolhido um lugar e uma posição adequada para a
21
drive ficar acessível do exterior. Para isso é necessário retirar a tampa (pequena) que normalmente
acompanha uma caixa nova do lugar correspondente à drive de disquetes.

4.3 CD-ROM/DVD
Para a colocação do CD-ROM, gravador de CDs, ou leitor de DVDs o processo é semelhante ao
usado para a drive de disquetes, não esquecendo que este também tem de ficar em contacto com
o exterior. A única diferença reside no local de fixação do CD- ROM e na tampa exterior, que são
ambos maiores.

Figura 30 – Colocação do CD-ROM/DVD

5. Colocação da Placa-Mãe na Caixa


O primeiro passo a efectuar na montagem de um PC, deve ser sempre a colocação da placa-mãe
(sem componentes) na caixa para evitar danificar qualquer outro componente ao colocar esta na
caixa. Muitos tipos de caixa permitem, que a parte da caixa onde vai ser fixada a placa, seja
removida o que por vezes é muito útil, quer para tornar a colocação desta mais fácil, quer por
vezes para fixar diversos dispositivos.

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Figura 31 – Abertura de uma caixa de PC

Figura 32 – Desmontagem da placa metálica que suporta a placa-mãe

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Figura 33 – Montagem da placa-mãe na placa metálica

Figura 34 – Orifícios na placa metálica de suporte à placa-mãe

24
Figura 35 – Orifícios na placa-mãe

Qualquer que seja a forma escolhida para colocar a placa, esta deve ser sempre fixada através
dos pinos (plásticos ou metálicos) e parafusos (para a fixação da placa-mãe à caixa, bem como
de todos os outros componentes) que normalmente acompanham uma caixa, quando esta é
vendida em separado.

Figur
a 36 – Colocação dos pinos plásticos na placa-mãe

Figura 37 – Encaixe da placa-mãe na placa de suporte

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Figura 38 – Aparafusar a placa-mãe à placa de suporte

A acompanhar os parafusos que vão aparafusar a placa-mãe à caixa, também é comum


encontrarem-se anilhas de material isolante, que têm como objectivo serem usadas nos parafusos
para evitar o contacto destes com a placa-mãe, evitando assim possíveis danos nesta.

Figura 39 – Esquema de fixação dos parafusos da placa-mãe

Antigamente, a placa-mãe era um dos componentes mais difíceis de configurar, devido a esta ser
configurada através de muitos jumpers ou através de DIP-switches que se encontravam nesta, e
que permitiam configurar entre outras coisas, a velocidade do processador, o factor de
multiplicação, e a voltagem a que opera o processador.

Este facto por vezes poderia conduzir a que se queimassem processadores ou a que se
encurtasse a vida útil destes, devido a configurações de voltagem incorrectas ou a
overclockings exagerados, pelo que a consulta do manual da placa-mãe era, e ainda é um
auxiliar precioso para resolver problemas, ou evitar configurações incorrectas, que podem
incorrer em danos nos componentes, ou a que o computador näo opere nas melhores
condições de performance.

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Figura 40 – jumpers na placa-mãe

As placas principais de hoje em dia, permitem que muitas das opções sejam
configuráveis através da BIOS (Basic Input Output System) apesar das placas continuarem
a trazer jumpers ou DIP-switches para configurar outro tipo de opções. Apesar das opções mais
comuns passarem a ser configuráveis através da BIOS a escolha destas opções deve ser
sempre feita tendo em conta o manual da placa-mãe, e atendendo às características dos
componentes.

Ou seja, o manual da placa-mãe é fundamental para a configuração de uma placa-mãe, e é sempre


fornecido pelo fabricante desta, pelo que pode ser sempre exigido ao vendedor da placa. Muitas
das vezes o fabricante das placas também disponibiliza informação acerca destas na Internet.

6. Ligação da Alimentação da Placa-mãe


Para que a placa-mãe possa funcionar é necessário ligar esta ao cabo de alimentação da placa-mãe
proveniente da fonte de alimentação da caixa.

Figura 41 – Fonte de alimentação

O cabo de alimentação para a placa-mãe é composto pelos seguintes fios:

• Vermelhos – voltagem de 5 Volt.


• Amarelos – voltagem de 12 Volt.
• Azuis – voltagem de – 12 Volt.
• Brancos – voltagem de – 5 Volt.
• Pretos – massa.

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• Laranja – protecção da fonte de alimentação (impede a placa-mãe de arrancar, quando
existem problemas com os outros fios, diminuindo assim o risco de danificar a placa-
mãe).

Figura 42 – Fios de ligação das fichas de alimentação da placa-mãe de uma fonte AT

Nas caixas AT existem dois cabos de alimentação à placa-mãe que devem ser colocados com os fios
pretos virados para dentro. Em placas mais antigas existia um risco elevado de danificar a placa-
mãe caso os cabos fossem trocados, mas para placas mais recentes isso deixou de acontecer.
Contudo, como já foi referido as caixas AT apenas são usadas em versões anteriores ao Pentium II,
a partir do qual se começou a usar caixas ATX.

Figura 43 – Encaixe na placa-mãe para ficha de alimentação AT/ATX

Figura 44 – Encaixe de fichas AT

Nas caixas ATX, apenas existe um cabo de alimentação à placa-mãe, o que resolveu o problemas
das ligações trocadas, já que a ficha deste cabo apenas tem uma posição de encaixe na placa-
mãe.
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Figura 45 – Encaixe de fichas ATX

7. Colocação das Placas de Expansão nos Slots de Expansão


Quando se monta um PC é necessário colocar também diversos tipos de placas de expansão,
como por exemplo placas gráficas, placas de rede, etc. Hoje em dia, muitos dos computadores
actuais já trazem integrados nas placas principais, muitas placas que anteriormente eram
colocadas à parte, isto é, que funcionavam como placas de expansão, como por exemplo
placas controladoras, placas de som, etc.

Figura 46 – Placa de expansão ISA (16 bits)

Figura 47 – Placa de expansão PCI Vs AGP

Figura 48 – Placa de expansão PCI-Express

As placas de expansão, tal como todos os outros componentes devem ser colocados com cuidado, e
nunca deve ser forçada a sua entrada, para além disso também nunca se devem tocar os
contactos destas. Estas devem ser encaixadas nos slots de encaixe correctos,

29
perpendicularmente à placa-mãe sem inclinar a placa e pressionando esta na sua base em ambas
as extremidades uniformemente para que esta entre toda ao mesmo tempo e não um lado de
cada vez. Estas devem ainda ser aparafusadas à caixa para evitar o desencaixe.

Figura 49 – Aparafusar a placa de expansão à caixa

8. Ligação da Alimentação dos Dispositivos de Armazenamento


Para que os dispositivos de armazenamento possam funcionar é necessário ligar estes à
alimentação através dos cabos provenientes da fonte de alimentação.

Figura 50 – Fichas de alimentação dos dispositivos de armazenamento

Normalmente as fichas destes cabos apenas têm uma posição de encaixe para evitar o risco de
provocar um curto-circuito, mas por vezes é possível (para a alimentação de drives de
disquetes) forçando a entrada, inserir o cabo ao contrário, pelo que se deve sempre tomar
atenção ao inserir os cabos de alimentação e nunca forçar a sua entrada.

30
8.1 Ligação do Disco Rígido
A alimentação do disco é feita através de um cabo com quatro ligações proveniente da fonte de
alimentação, e que tem uma ficha com dois cantos recortados, para evitar o encaixe de forma
incorrecta. Este cabo, tem um fio vermelho (5 Volts) para a alimentação dos circuitos
lógicos, um fio amarelo (12 Volts) para a alimentação do motor do disco e dois fios pretos
(massa).

A ligação da alimentação de CD-ROMs, gravadores de CDs, e DVDs é feita da mesma forma que os
discos rígidos.

8.2 Ligação da Drive de Disquetes


A ficha que fornece a alimentação à drive de disquetes é diferente da do disco rígido. Uma das
diferenças reside no tamanho sendo esta relativamente menor.

Figura 51 – Ficha de alimentação da drive de disquetes 3½

À semelhança do que acontece com a ficha de alimentação do disco rígido, também esta tem
apenas uma posição de encaixe, embora por vezes seja possível ligá-la ao contrário, forçando-a, o
que poderá danificar a drive de disquetes.

Figura 52 – Encaixe da ficha de alimentação da drive de disquetes

31
9. Ligação dos Cabos de Dados (flat cables) da Controladora aos Respectivos
Componentes
Os cabos de dados, são os que permitem que os dispositivos físico de armazenamento (discos
rígidos, drives de disquetes, leitores de CD-ROM, etc.) comuniquem uns com os outros
componentes. Estas ligações devem obedecer a determinadas regras, uma delas é ligar o pino 1 do
cabo de dados ao pino 1 da placa-mãe e ao pino 1 dos dispositivos de armazenamento, isto tanto
para os cabos IDE, como para os cabos FDD. Embora nas placas e dispositivos mais antigos fosse
possível ligar os cabos colocados ao contrário (ligados ao último pino em vez do primeiro), e isto
desde que a ligação fosse feita dessa forma para todas as fichas do cabo, nas placa-mãe e
dispositivos de armazenamento mais recentes, isso já não é possível devido a uma ranhura, ou
mesmo uma das aberturas para pinos fechada que impossibilita que os cabos sejam ligados ao
contrário. Para além disso os cabos têm uma lista vermelha num dos lados do cabo que permite
identificar o pino 1. Também tanto nas placa-mãe como nos dispositivos de armazenamento
(nem em todos) é possível identificar o pino 1.

Figura 53 – Identificação do pino 1 na placa-mãe

Ao contrário do que pode acontecer com os cabos de alimentação, uma ligação trocada do cabo
de dados não implica danificar o dispositivo. O que pode acontecer é que este não seja
reconhecido.

32
9.1 Ligação dos Dispositivos IDE
A ligação do cabo de dados terá de ser efectuada de modo a que o pino 1 na placa-mãe
corresponda ao pino 1 no dispositivo IDE.

Figura 54 – Ligação do cabo de dados IDE

Nem todos os dispositivos IDE têm a identificação do pino 1, mas os fabricantes seguem uma
norma em que o pino 1 é sempre o que está mais próximo da ligação da alimentação. Os cabos
de dados para os dispositivos IDE têm normalmente três conectores: um para ligar à
controladora (nas placa-mãe recentes vem incorporada na própria placa), e os outros dois para
ligar aos dispositivos IDE. Como as placa-mãe (à excepção de placas mais especificas) têm dois
conectores IDE (um primário e outro secundário) e cada conector IDE suporta no máximo dois
dispositivos, podemos ter até quatro dispositivos IDE.

Figura 55 – Cabo de dados IDE

No caso de termos apenas um disco rígido no sistema, este tem de estar no conector IDE primário, e
ser configurado (através dos jumpers presentes neste) no modo Master a termos disco de
arranque. O esquema de configuração dos jumpers, costuma vir representado nestes
dispositivos.

33
Figura 56 – Jumpers de configuração

Nas placas que ainda possuíam bus ISA a controladora principal estava ligada ao bus PCI e a
secundária ao bus ISA. Por isso convinha ligar os discos rígidos à controladora principal e na
secundária, ligar dispositivos mais lentos, como o leitor CD-ROM ou unidades removíveis.

Quando pretendemos instalar dois dispositivos IDE no mesmo cabo temos de configurá-los através
dos jumpers de modo a que um seja o Master e o outro o Slave, pois de contrário não seriam
reconhecidos. Contudo se estes dois dispositivos se encontrarem ligados em conectores
diferentes na placa-mãe então podem estar os dois configurados como Master (primary master e
secondary Master). Então para quatro dispositivos, por exemplo, teríamos:

• No conector IDE primário da placa-mãe: um primary master e um primary slave;


• No conector IDE secundário da placa-mãe: um secondary master e um secondary
slave.

Normalmente os discos vêm configurados de fábrica como Master, enquanto que os CD-ROMs
vêm como Slave.

Para além de Master e Slave, este tipo de dispositivos permite ainda outro tipo de
configuração através dos jumpers que é o cable select que consiste numa espécie de plug and
play em que quando os dispositivos estão configurados desta forma o dispositivo que estiver
na ponta do cabo será considerado o Master e o outro o Slave.

Em relação aos cabos de dados para dispositivos IDE, existe ainda uma consideração a ter em
conta, que é o facto de existirem cabos IDE com 40 pinos com 7 linhas de terra

ou massa e cabos com 40 pinos mas com 80 condutores (com 40 linhas de terra ou massa, ao
invés das 7 linhas de terra dos de 40 condutores, para oferecer uma blindagem maior das
interferências electromagnéticas ao sinal transportado).

34
Figura 57 – Cabo IDE 40 pinos Vs cabo IDE 40 pinos com 80 condutores

Figura 58 – Comparação entre cabo IDE 40 pinos com cabo IDE com 80 condutores

Os cabos de 80 condutores, ou cabos IDE de elevada performance devem ser usados nos discos
com norma Ultra-ATA / Ultra DMA/33 / Ultra ATA/33 (33.3MB/s), Ultra- ATA/66 (66.7MB/s) e
Ultra ATA/100 (100.0MB/s), se quisermos tirar partido das elevadas taxas de transferência
destes.

Nos CD-ROMs existe ainda um cabo áudio para ligar o CD-ROM à placa de som de modo a que o
som possa sair por esta.

Figura 59 – Ligação do cabo áudio no CD/DVD-ROM

35
Figura 60 – Esquema de ligações do CD-ROM

Nota adicional: Quando pretendemos ligar um leitor de CD-ROMs e um gravador de CDs no


mesmo sistema, se pretendermos efectuar cópias directas do leitor de CD-ROMs para o
gravador de CDs é aconselhável a instalação destes em conectores IDE diferentes na placa-mãe
para evitar a danificação de CDs no gravador de CDs durante a gravação, devido às elevadas
taxas de transferência atingidas, que quando os dispositivos estão ligados ao mesmo
conector IDE pode implicar que os dados não estejam disponíveis a tempo ao gravador de CDs.

9.1.1 Ligação de um Disco/Drive SATA

A instalação de dispositivos Serial ATA difere um pouco da instalação de dispositivos IDE


convencionais, já que o Serial ATA é uma ligação ponto-a-ponto, ou seja, é possível ligar apenas um
dispositivo por porta (as portas IDE permitem a instalação de dois dispositivos por porta usando a
configuração master/slave). Portanto, a instalação de um dispositivo Serial ATA é mais fácil do que a
instalação de um dispositivo IDE: basta ligar uma ponta do cabo na porta Serial e encaixar a outra
ponta no dispositivo que queremos instalar e está pronto. Como este conector tem um chanfro, a
instalação não pode ser feita de maneira errada.

O padrão Serial ATA também define um novo tipo de conector de alimentação de 15 pinos. Este
conector tornou-se padrão a partir da especificação ATX 1.3. Portanto, se o seu micro tem uma
fonte de alimentação ATX 1.3 ou superior, ela terá este conector. Apesar de um conector de 15
pinos ser usado, esta ligação usa apenas cinco fios (um de +12 V, um de +5 V, um de +3,3V e dois
fios terra).

Alguns discos Serial ATA ainda utilizam o antigo conector de alimentação de 4 pinos, que deve ser
usado caso se esteja a instalar o disco rígido num PC com uma fonte de alimentação inferior a
especificação ATX 1.3. Neste caso devemos usar este conector apenas se a fonte de alimentação
não tiver cabo de alimentação Serial ATA.

A instalação de um disco rígido SATA é, portanto, muito simples: basta ligar o cabo de dados Serial
ATA e o cabo de alimentação com o PC desligado. Isto é tudo o que é necessário fazer.

36
Figura 61 - Conectores encontrados em um disco rígido SATA.

Figura 62 - Conectores de alimentação Serial ATA encontrados em uma fonte de alimentação ATX
revisão 1.3 ou superior.

Figura 63 - Disco rígido SATA conectado à placa-mãe.

37
Figura 64: Disco rígido padrão IDE “convertido” para Serial ATA através da instalação de um
adaptador.

9.2 Ligação da Drive de Disquetes


A ligação dos cabos FDD é de certa forma semelhante à ligação dos cabos IDE. À semelhança
do que acontece com os cabos IDE também os cabos FDD têm 3 conectores, o que
possibilita ligar duas drives de disquetes. Estes cabos, são apenas de 34 contactos.

Embora para os dispositivos IDE os fabricantes sigam um norma que diz que o pino 1 é sempre o
mais próximo da ligação da alimentação, nas drives de disquetes isto não é norma, embora nas
mais recentes seja comum o pino 1 se encontrar voltado para a ligação da alimentação. Assim
é fundamental verificar na drive de disquetes a identificação do pino 1.

Figura 65 – Ligação do cabo FDD

38
Outra consideração a ter em conta é que a drive de disquetes deve ser sempre ligada (quando
só existe uma) à extremidade do cabo, depois da inversão, para que possa ser reconhecida como
drive A e ser usada como dispositivo de arranque do sistema. Isto acontece pelo facto das drives
de disquetes virem configuradas de fábrica como drive B, em vez de drive A o que implica que os
cabos FDD possuam esta inversão entre os contactos nº 10 e nº 16.

10. Ligação dos Leds e Switches da Caixa à Placa-Mãe


Após termos montado todos os outros componentes, chega a vez de ligarmos os leds e switches à
placa-mãe.

Figura 66 – Fichas de ligação dos leds e switches à placa-mãe

Os leds são simplesmente díodos que emitem luz e que conduzem corrente num só sentido,
razão pela qual é preciso ter algum cuidado ao ligá-los à placa-mãe, pois podemos queimá-
los quando ligados ao contrário. Por esta razão é aconselhável consultar sempre o manual
da placa-mãe para saber qual o pino 1 de ligação, ou o sinal de corrente positiva “+”.

Tanto as ligações dos leds como dos switches têm normalmente 2 fios, um colorido (fio positivo)
que conduz a corrente que vai alimentar o led ou switch, e que deve ser ligado ao pino 1 na placa-
mãe, e um fio preto que é a massa.

Embora em sistemas mais antigos existissem algumas ligações adicionais, como por exemplo o
Turbo switch, apenas nos vamos referir aos usados nas placas mais recentes e que são:

• Power SW1
• Reset SW
• Speaker
• Keylock
• Hard Disk Led
• Power SW Led

1
Switch

39
Nos sistemas mais recentes (placas ATX) existe uma ligação essencial para que possamos
ligar o sistema que é a ligação do botão de Power (Power SW), que não existia nos sistemas
mais antigos. Todas as outras ligações não impedem o correcto funcionamento do PC, mas são
também importantes uma vez que nos dão a indicação do estado deste.

Figura 67 – Ligação dos leds e switches à placa-mãe

Normalmente, a indicação do tipo de conector para cada ligação vem impresso na placa-mãe,
o que torna mais fácil a colocação destes, mas podem existir placas sem esta identificação, e ainda
assim e apesar de normalmente os conectores serem colocados com as letras voltadas para fora,
também nem todos os conectores têm a indicação do tipo de conector. Assim, para todos estes
casos é fundamental a consulta da placa-mãe.

11. Ligação dos Periféricos


Finalmente, e para poder testar a montagem efectuada é necessário ligar os periféricos para
podermos interagir com os componentes do PC. Os mais importantes são o monitor, o
teclado, e o rato. A ficha do teclado (PS/2) é ligada na porta PS/2 que se encontra na parte mais
exterior da caixa. O rato pode ser ligado na porta de série quando

se trate de um rato série, ou na porta PS/2 ao lado da do teclado quando se trate de um rato
PS/2. Também existem adaptadores para poder ligar um rato PS/2 numa porta série. Hoje em dia
quase todos os teclados e ratos podem ligar-se a portas USB.

Figura 68 – Ligação da ficha de um rato série

40
Figura 69 – Ligação da ficha de um rato PS/2

Para a ligação do monitor basta ligar este a uma fonte de alimentação (externa ou à fonte de
alimentação do PC quando esta o permita) e ligar o cabo de dados à placa de vídeo do PC.

Figura 70 – Ligação da ficha de dados do monitor à placa de vídeo do PC

41
12. Configuração da BIOS
NOTA: Antes de iniciarmos este capítulo, queremos apenas chamar a atenção para o facto, de as
configurações referentes à BIOS2 aqui mencionadas, serem apenas um exemplo da
configuração de uma BIOS específica, pois as opções e disposição das mesmas varia de BIOS
para BIOS, e aqui apenas vamos mencionar algumas das configurações mais comuns, podendo
muitas das vezes para algumas BIOS estas nem sequer existirem, ou serem designadas por outro
nome, dependendo do fabricante, ou versão das mesmas. Muitas das opções aqui mencionadas,
em placas-mãe mais antigas são por vezes efectuadas através de jumpers.

Depois de termos colocado todos os componentes do PC chega a vez de efectuar a


configuração da BIOS. Para o fazer temos de aceder ao Setup do computador (ou BIOS) o que é
feito pressionando uma tecla (normalmente a tecla DEL) durante a operação de arranque deste.

No Setup podemos então configurar todo um conjunto de opções, como por exemplo a sequência
de arranque do computador, a velocidade do processador instalado, a capacidade do(s)
disco(s) rígido(s), etc.

No Setup, existe um conjunto de opções variadas que dependem da placa-mãe em questão e


da BIOS da mesma. Assim, aqui apenas vamos mencionar as mais comuns e mais importantes.
Não nos podemos esquecer também que muitas das configurações que aqui vamos mencionar,
por vezes são feitas através de jumpers na placa-mãe em vez de ser na BIOS (para placas-mãe
mais antigas).
2
Basic Input Output System

Figura 71 – Menu de opções da BIOS

12.1 Standard Setup


O Standard Setup permite configurar os dispositivos de armazenamento do sistema, como os
discos rígidos, drive de disquetes, memória, e também a placa gráfica e a hora e data do sistema.

12.1.1 Data e Hora


Acertar a data e hora do sistema é importante, não só para termos uma indicação correcta
desta mas também porque determinados programas instalados no PC, por vezes precisam de
efectuar determinadas operações com base na data/hora do sistema.

42
12.1.2 Configuração do disco rígido
Esta opção permite configurar os discos rígidos, mas também os outros dispositivos IDE. Os ítens
configuráveis são os seguintes:

TYPE Método de configuração


CYLS Nº de cilindros
HEAD Nº de cabeças
PRECOMP Cilindro de compensação
LANDZ Zona de aterragem
SECTOR Nº de sectores
MODE Modo de utilização
Tabela 1 – Opções configuráveis do disco

O item TYPE permite escolher o método de configuração para os dispositivos IDE. Quando
colocado a AUTO, a BIOS detecta automaticamente os dispositivos IDE, evitando assim que o
utilizador tenha de configurar todos os outros itens.

12.2.2 CPU Internal cache / External cache


Esta opção permite activar/desactivar a memória cache (interna/externa). Quando esta opção se
encontra desactivada o desempenho do processador será bastante pior.

12.2.3 Quick Power On Self Test


O objectivo desta opção, quando activada, é o de permitir ao computador arrancar mais
rapidamente, pois reduz o tempo que o POST demora a ser executado, contudo, isto faz com se
existir algum problema durante o arranque do computador provavelmente não seja detectado.

12.2.4 Boot Sequence


Esta opção permite definir a sequência de arranque a ser executada após o POST, que podemos
seleccionar como conjunto de opções (na sequência desejada) por exemplo, qualquer um dos
seguintes dispositivos: disco-rígido, drive de disquetes, CD-ROM e drive ZIP.

12.3 CPU & Chipset Setup

43
Figura 72 – CPU & Chipset Setup

44
12.3.1 CPU Setup

Figura 73 – CPU Setup

12.4 Power Management Setup

Figura 74 – Power Management Setup

12.4.1 HDD Power Down


Permite configurar um tempo para que o disco rígido se desligue, caso não esteja a ser
utilizado. Se não houver qualquer actividade por parte do disco rígido durante esse
período de tempo a BIOS envia um sinal ao controlador de disco rígido para que o motor
do mesmo pare.

12.4.2 Wake Up On Lan


Esta opção, permite a um administrador de rede, ligar todos os computadores
remotamente, tendo estes de ter uma placa de rede. Desta forma, quando a placa de rede
receber um sinal do administrador vai ligar todo o sistema.

12.4.3 Power On By Modem


Permite, caso o sistema possua um modem, ligar todo o sistema quando este receber uma
chamada.

45
12.4.4 Power On By Alarm
Permite definir uma data e hora para ligar o computador automaticamente.

12.4.5 SMART (System Monitoring and Alerting Technology)


Esta opção permite, entre outra coisas, verificar qual a temperatura e tensão de
alimentação do processador, velocidade de rotação do cooler, etc.

12.5 Load Setup Defaults

Figura 75 – Load Setup Defaults

Esta opção é particularmente útil quando a informação do setup se encontra danificada, ou


incorrecta, assim, o que esta opção faz é repor toda a informação, por pré-definição da BIOS.

12.6 IDE Auto-Detection

Figura 76 – IDE Auto-Detection

Esta opção é muito útil pois permite-nos verificar de uma forma rápida se os discos rígidos,
ou outros dispositivos IDE estão bem configurados (master/slave), verificando se estes são
reconhecidos pela BIOS, da forma que pretendemos. Esta opção, quando detecta os discos
rígidos presentes no sistema, preenche ainda automaticamente toda a informação
necessária à BIOS relativa a estes, como por exemplo o número de sectores, e cilindros.

46
12.7 Save and Exit Setup
Esta opção permite armazenar as configurações efectuadas e sair do Setup.

12.8 Exit Without Saving


Esta opção permite sair do Setup sem armazenar as configurações efectuadas.

13. Detecção de anomalias ou componentes danificados através do


“bips” da placa-mãe
Após a montagem do PC, e mesmo antes de fechar a caixa, devesse de imediato verificar se
todos os componentes estão bem instalados e se não existe qualquer problema de
incompatibilidade ou componente danificado. Para isso basta ligar o PC e aguardar um sinal
sonoro. De seguida apresentamos a lista dos possíveis bips, mas devemos salientar que estes
podem variar de placa-mãe para placa-mãe:

1 Bip Curto: Não existem quaisquer problemas. O PC está em plenas condições.

1 Bip longo: Falha no Refresh (refresh Failure) : O circuito de refresh da placa-

mãe está com problemas, isto pode ser causado por danos na placa mãe ou falhas nos
módulos de memória RAM.

1 Bip longo e 2 bips curtos; 1 Bip longo e 3 bips curtos: Falha no Vídeo: Problemas com a
BIOS da placa de vídeo. Tente retirar a placa, passar borracha de vinil nos contactos e
recolocá-la, talvez em outro slot. Na maioria das vezes este problema é causado por mau
contacto.

2 bips curtos: Falha Geral: Não foi possível iniciar o computador. Este problema é causado
por uma falha grave em algum componente, que o BIOS não foi capaz de identificar. Em
geral o problema é na placa-mãe ou nos módulos de memória.

2 Bips longos: Erro de paridade: Durante o POST, foi detectado um erro de paridade na
memória RAM. Este problema pode ser tanto nos módulos de memória quanto nos próprios
circuitos de paridade. Para determinar a causa do problema, basta fazer um teste com
outros módulos de memória. Caso esteja a usar módulos de memória sem o Bit de paridade
você deve desactivar a opção “Parity Check” encontrada no Setup.

3 Bips longos: Falha nos primeiros 64 KB da memória RAM (Base 64k memory failure) >
Foi detectado um problema grave nos primeiros 64 KB da memória RAM. Isto pode ser
causado por um defeito nas memórias ou na própria placa-mãe. Outra possibilidade é o
problema estar sendo causado por um simples mal contacto. Experimente antes de mais
nada retirar os módulos de memória, limpar os contactos usando uma borracha de vinil
(aquelas borrachas plásticas de escola) e recoloca-los com cuidado.

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4 Bips Longos: Timer não operacional: O Timer 1 não está operacional ou não está a
conseguir encontrar a memória RAM. O problema pode estar na placa-mãe (mais provável)
ou nos módulos de memória.

5 Bips: Erro no processador: O processador está danificado, ou mal encaixado. Verifique se


o processador está bem encaixado, e se por descuido você não se esqueceu de baixar a
alavanca do soquete Zif.

6 Bips: Falha no Gate 20 (8042 - Gate A20 failure): O gate 20 é um sinal gerado pelo chip
8042, responsável por colocar o processador em modo protegido. Neste caso, o problema
poderia ser algum dano no processador ou mesmo problemas relacionados com o chip 8042
localizado na placa-mãe.

7 Bips: Processor exception (interrupt error): O processador gerou


uma interrupção de excepção. Significa que o processador está a apresentar um
comportamento anormal. Isso acontece às vezes no caso de um overclock mal sucedido.
Se o problema for persistente, experimente baixar a frequência de operação do
processador. Caso não dê certo, considere uma troca.

8 Bips: Erro na memória da placa de vídeo (display memory error) : Problemas com a
placa de vídeo, que podem ser causados também por mal contacto. Experimente,
como no caso das memórias, retirar a placa de vídeo, passar borracha nos contactos e
recolocar cuidadosamente no slot. Caso não resolva, provavelmente a placa de vídeo está
danificada.

9 Bips: Erro na memória ROM (rom checksum error): Problemas com a memória Flash,
onde está gravado o BIOS. Isto pode ser causado por um dano físico no chip do BIOS, por um
upgrade de BIOS mal sucedido ou mesmo pela acção de um vírus da linhagem do Chernobil.

10 Bips: Falha no CMOS shutdown register (CMOS shutdown register error): O chamado de
shutdown register enviado pelo CMOS apresentou erro. Este problema é causado por algum
defeito no CMOS. Nesse caso será um problema físico do chip, não restando outra opção
senão trocar a placa-mãe.

11 Bips: Problemas com a memória cache (cache memory bad): Foi detectado um erro na
memória cache. Geralmente quando isso acontece, a BIOS consegue inicializar o sistema
normalmente, desactivando a memória cache. Mas, claro, isso não é desejável, pois
deteriora muito o desempenho do sistema. Uma coisa a ser tentada é entrar no Setup e
aumentar os tempos de espera da memória cache. Muitas vezes com esse refresh
conseguimos que ela volte a funcionar normalmente.

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