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| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 1

“O nosso objectivo é a angariação de fundos


monetários, que têm como finalidade a aquisi-
ção de material audio-visual e informático para
a sala de convívio, e a instalação de um ginásio
desportivo no futuro quartel.”

Cipreste
| Entrevista P

1.00 €
II série nº 14 Mensal
22 de Novembro de 2010
Director: Rui Miranda
Fundado em 1997

Já há ligação do IP2 e
IP4 à Zona Industrial Associação de Beneficiários
de Macedo de Cavaleiros
AZIBO RURAL
Nº 12 - Mensal - 18 de Novembro de 2010 - Director: Helder Fernandes

A caça é actualmente a melhor


possibilidade de desenvolvi-
mento na região, visto que to-
dos os outros sectores passam
Distribuíção gratuíta

por dificuldades. João Alves pág. 5

EDITORIAL

N
o dia 14 de Outubro, terminou a época de rega de
2010, bem como o serviço dos colaboradores contra-
tados para a referida época, este ano houve menos
dias de rega do que o ano passado fruto das primeiras águas
que caíram e evitaram a necessidade de disponibilizar água por
mais dias.
Este segundo ano de responsabilidade desta direcção ficou
marcado por uma maior intervenção da ABMC para o ano cor-
rer dentro do que é normal, houve a necessidade de por em
funcionamento a viatura da Associação para pontualmente ser-
vir e apoiar os serviços, mas a sua utilização revelou-se ser ab-
solutamente necessária até ao final da época de rega, havendo Cogumelo tem grande
necessidade da ABMC custear despesas que não lhe compe-
tia, mas as contingências orçamentais do Estado levaram-nos
a decidir pela necessidade de apoiar mais do que era a nossa valor económico mas
responsabilidade acordada e contratualizada com os serviços
da DGADR para bem dos serviços prestados pelo Aproveita-
mento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros e dos utilizado- está subaproveitado
res do regadio.

P
Com as dificuldades orçamentais com que se depara o odence voltou a re- cargo da Associação Terras do
Estado, a ABMC assumiu a sua responsabilidade, mas fica a ceber curso de inicia- Roquelho, mostrou interesse na
preocupação crescente para o próximo ano, daí a necessidade ção micologica. Com criação de um Centro de Estudo
de preparar a ano de 2011 com antecipação para tentar evitar
menos adesão mas o mesmo e Desenvolvimento do Cogume-
surpresas.
A disponibilidade de água do AHMC é essencial para o de- entusiasmo. A organização a lo, mas não há verbas. Ainda.
senvolvimento de culturas agrícolas, que de outra forma poriam
em causa o seu desenvolvimento e instalação, fruto de estar
disponível em quantidade e qualidade, mas está dependente do
esforço financeiro do Estado visto a sua exploração ser deficitá-
ria (receitas - custos) = saldo negativo.
O saldo só seria positivo se tivéssemos a agricultura de
acordo com as expectativas que levaram o Estado a investir
na criação da infra-estrutura, mas o desenvolvimento da acti-
vidade agrícola tem sofrido revés que deve fazer repensar os
responsáveis políticos para as consequências do abandono da
TERRA.
A nós (ABMC) cabe-nos defender a continuação do regadio, Edroso Ovelha Churra
mas cabe a cada utilizador do regadio assumir a sua respon-
sabilidade e tornar-se sócio da Associação de Beneficiários de recebeu a Badana
Macedo de Cavaleiros, para uma maior representatividade e
força desta Associação na defesa do Aproveitamento Hidroagrí- VIII Feira cresceu 20%
cola de Macedo de Cavaleiros.
A direcção
da Castanha num ano

Análises clínicas
do hospital foram
fechadas depois
O que os empresários tanto pediam, o que os de Lamas ou passar no meio da Amendoei-
políticos tanto prometeram, já existe. Agora é ra. Fomos saber o que os empresários tem a das 16.00 horas,
possível ir à zona industrial sem ir ao pontão dizer. Destaque |P 2 mas concelho de
administração já
PS faz queixa da recuou da decisão
autarquia ao Macedo |P 6

Ministério Público Restaurante * Residencial

Avenida
almoços
jantares
A concelhia do PS de Macedo de Segundo o PS a obra deveria ter sido casamentos
Cavaleiros apresentou umas queixa no realizada em 2008, a autarquia deu-a batizados
ministério público dirigida à autarquia por concluída, recebeu a comparticipa- Tel.: 278 421 236
festas
macedense por alegadas irregularidades ção comunitária mas não fez a obra. Av. D. Nuno Álvares Pereira
numa obra que deveria levar água às al- A autarquia diz que a obra está re- Macedo de Cavaleiros
deias do norte do concelho: Vilarinho de alizada.
Agrochão, Lamalonga, Fornos de Ledra, O cipreste foi ver, no terreno, o que
Vila Nova da Rainha e Argana. se passa. Reportagem |P 3 quartos equipados: aquecimento central
ar condicionado - wc privativo - televisão

ORÇAMENTOS GRÁTIS
2 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste | Destaque

“Isto vai dar, penso eu, um ser muito grande à região. A obra peca só pelo tardio. Julgo que esta não vai ser a configu-
ração final, que isto é provisório, e a obra concluída ainda vai ser melhor.” António Morais

“Tenho a certeza de que com este novo acesso teremos cá mais empresas. Até a possibilidade de abrir um café, algo que
não se justificava por haver tão pouca gente aqui sediada.” Rita Martins

Empresas apreciam nó de ligação ao IP4


Destaque
Acesso directo à Zona Industrial
Após quase uma década,
está finalmente pronta a
entrada principal da Zona
Industrial de Macedo de
Cavaleiros.
A obra, que foi adjudicada
às obras da auto-estrada
do Norte, a A4, cria um nó
de acesso directo às vias
rápidas. Para já liga apenas
ao IP4, mas de futuro vai
ser acesso directo à A4 e
ao IP2.
Para o concelho, para os
empresários instalados
na zona há vários anos, e
finda uma longa espera, a
obra é uma mais valia, e
peca apenas por tardia.
O Cipreste foi à Zona
Industrial e registou os
testemunhos de empresas
ali sediadas, procurando
saber os beneficios para
as empresas e para a zona
industrial.
Nova rotunda cria acesso directo do IP4 à Zona Industrial de Macedo de Cavaleiros

Discurso directo

António Morais
António Gomes
Jorge Martins Hugo Borges
Rita Martins (na foto) Operador Central
Sócio-gerente Sócios Responsável
Sodinorte Basmorais Brivel
Ainda não temos os benefícios, mas esperamos vir Instalamo-nos aqui em 2007, e tínhamos já estas Tínhamos muitas dificuldades em ter acesso à IP4,
a ter com o acesso directo. Para nós que trabalhamos instalações em 2002, porque na altura nos prometeram e agora com este acesso ficamos praticamente directos.
com reboques e camiões TIR de grande dimensão, era que ia ter este nó, e só agora se concretizou. Era algo Tínhamos que fazer o desvio pela nacional, tínhamos
complicado chegarem cá os fornecedores e fazer a dis- que já podiam ter feito há muito tempo, este pedaço de que ir a Vale Pradinhos para poder entrar aqui, e não po-
tribuição, pois não podem passar por estradas peque- estrada. Não precisava de ser aqui, mas algo mais direc- díamos entrar pela Amendoeira pois os nossos camiões
nas. Melhorou muito o acesso para quem vem de Bra- to, que desse acesso à zona industrial. Foram adiando não conseguiam passar por lá.
gança, bem como para quem vem do Porto. As pessoas todos os anos. A nossa dificuldade principal era os inertes que vêm
sabiam onde estávamos, mas não sabiam como vir ter Trouxe-nos muitos prejuízos o facto de não termos da nossa sede em Vila Real, bem como o betão. Ou
aqui, apesar de estarmos mesmo ao lado do IP4. este nó há mais anos atrás, mas ainda bem que está fei- seja, era complicado chegar cá os materiais, e os for-
Muita gente comprou aqui lotes com a promessa de to e esperemos que os prejuízos reais se consigam re- necedores, bem como proceder à distribuição do betão.
ligação directa ao IP4, e acabou por não construir. Aliás, cuperar agora. Antes da rotunda, o cliente passava aqui, Tinha que ser pelo Romeu, e depois pela nacional, para
quando viemos para a zona industrial não havia nada, e não sabia como chegar a nós, agora não, é directo. chegar aqui. Agora não, é muito mais fácil, entram direc-
as pessoas tinham que requisitar a instalação de água Houve sérios riscos da empresa fechar, pois além da tamente na zona industrial.
e luz, e a pavimentação em frente à nossa empresa foi falta de mão-de-obra qualificada na região, para o nosso Na minha opinião, acho que vai melhorar a zona in-
feita por nós. ramo, a falta do nó dificultou imenso o trabalho da em- dustrial, pois vai ficar muito bem localizada, já estava
Mas tenho a certeza de que com este novo acesso presa, por causa dos camiões com semi-reboques, vo- mas vai ficar ainda melhor. Vai ter acesso para o IP2,
teremos cá mais empresas. Até a possibilidade de abrir lumosos. É complicado vir pela Amendoeira, bem como para a A4 e vai ser muito bom.
um café, algo que não se justificava por haver tão pouca entrar em Romeu, pois as curvas demoram muito tem- Agora, quanto às portagens na A4, eu acho que te-
gente aqui sediada. po. Em termos de fornecedores, clientes e distribuição, é mos que começar a mentalizar-nos que estes benefícios
Eu sou daquelas pessoas que acha que devemos mais rápido agora ir a Vila Real e a Bragança. têm de ser pagos, e antes por mais do que por menos.
pagar o que usamos, e não me importo que a A4 traga Isto vai dar, penso eu, um ser muito grande à região. Para mim como individuo a circular no meu carro é mau,
portagens. Os benefícios da auto-estrada superam os A obra peca só pelo tardio. Julgo que esta não vai ser a mas a empresa com certeza prefere ter o acesso e pa-
custos, se tiver por exemplo que ir ao Porto, pois a des- configuração final, que isto é provisório, e a obra conclu- gar alguma coisa, do que ter aí os camiões a circular em
locação é muito mais rápida. ída ainda vai ser melhor. curva e contra-curva. Nós já estamos aqui há 6 anos,
Este novo acesso à zona industrial deveria estar É uma obra muito boa para nós, mas não concordo e todos os anos prometiam este nó, mas fomos tendo
melhor sinalizado, mas de resto está bem, ainda que se tiverem portagens aqui na A4, isso é mau porque não a noção que apenas ia acontecer quando fizessem a
estejam sempre a alterar a configuração nas obras. l há alternativas viáveis. l auto-estrada. l
Reportagem | Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 3
O PS diz que a autarquia não concluiu uma obra dada como concluída em 2008. E por isso apresentou queixa ao minis-
tério público. Era a obra que levaria água a Vilarinho de Agrochão, Lamalonga, Vila Nova da Rainha, Fornos de Ledra e
Argana. A autarquia diz que já está feita. Desde 29 de Setembro que há máquinas do terreno a concluir a obra.

Tudo indica que desta vez as populações vão ser servidas.

Reportagem
PS interpôs queixa no ministério público contra a autarquia macedense

Águas Turvas

Outubro 2010 Novembro 2010

O
PS de Macedo de sembleia Municipal, realizada a À nossa reportagem o ac- Versões à parte, o Cipres-
Cavaleiros, liderado 19-12-2008, o Sr. Presidente da tual presidente da Junta de Versão da autarquia te sabe que a obra, que tem a
por Rui Vaz, inter- Câmara informa que a referida freguesia de Vilarinho de Agro- designação “Sistema Integra-
pôs no ministério público uma empreitada se encontra con- chão, Manuel Mico, confirmou Contactamos a autarquia do de Adução de Água à Zona
queixa contra a autarquia ma- cluída” sendo que “o montante que a obra foi interrompida em macedense, sobre este assun- Norte do Município – Vilarinho
cedense, liderada por Beraldino pago na gerência - ano de 2008 2008 e se encontra agora em to, que em comunicado infor- de Agrochão/Fornos de Ledra”,
Pinto. O motivo alegado pelo - foi €130 958,63, referente a execução. Mas, segundo Ma- mou o seguinte: foi adjudicada em 2008 e a em-
PS local prende-se com a exe- trabalhos normais, ou seja, a nuel Mico, polémicas à parte, Encontra-se em execução presa Nordinfra – Infra-estrutu-
cução da obra que deverá levar totalidade dos trabalhos que o mais importante é que estas o troço entre o Ponto de Entre- ras do Nordeste Lda, foi para o
água da rede publica, vinda do foram adjudicados, pois cor- populações vão finalmente ter ga que a ATMAD vai executar terreno executar obra. Esta terá
concelho de Vinhais, num ponto respondem ao valor inicial do acesso a água. na conduta do Subsistema de tido solicitações para fazer ou-
de ligação perto da Ervedosa, à contrato.” Acontece que, ainda Recorde-se que estas al- Lomba e Aguieiras, e o reser- tros trabalhos para a autarquia
parte norte do concelho, con- segundo a versão apresentada deias têm tido bastante dificul- vatório do sistema de abaste- e deixou de trabalhar na obra,
cretamente Às aldeias de Vila- pelo PS, “a realidade é bem di- dade no abastecimento de água cimento de água às freguesias referida, que não ficou conclu-
rinho de Agrochão, Lamalonga, ferente, a verdade é que, à pre- na rede pública nos anos mais de Vilarinho de Agrochão e La- ída. A obra foi dada pela autar-
Vila Nova da Rainha, Fornos sente data, (Outubro de 2010) secos. Ainda em 2009, com um malonga. quia como concluída, ainda em
de Ledra e Argana. a empreitada não se encontra verão invulgarmente seco, foi Esta obra é complementar 2008, tendo recebido a compar-
executada, ainda que paga na necessário que algumas destas à do Sistema Integrado de Adu- ticipação comunitária pela obra.
Versão do PS íntegra. aldeias, nomeadamente Lama- ção de Água à Zona Norte do Mas apenas uma pequena par-
Para o PS houve a produ- longa, fossem abastecidas de Município – Vilarinho de Agro- te da obra está realizada. Com
Esta obra tem o nome de ção de documentos falsos que água por parte dos bombeiros chão/Fornos de Ledra, execu- o levantamento da polémica as
“Sistema Integrado de Adução visavam provar a conclusão da de Torre de D. Chama, que tive- tada em 2008, financiada ao máquinas, da mesma empresa,
de Água à Zona Norte do Mu- obra com o objectivo de receber ram dias com necessidade de abrigo de uma candidatura à voltaram para o terreno e, a 29
nicípio – Vilarinho de Agrochão/ a comparticipação comunitária, vários abastecimentos. medida 1.9 da O.N.2. de Setembro de 2010, recome-
Fornos de Ledra”. Segundo o o que terá motivado a apresen- O Cipreste tentou contactar Ambas entrarão em serviço çaram os trabalhos interrompi-
PS, “Na sessão da Assembleia tação da queixa ao ministério o Armindo Vaz, presidente da simultaneamente, logo que o dos em 2008.
Municipal, realizada a 19-02- público. Junta de Freguesia de Vilari- ponto de entrega esteja execu- O Cipreste sabe que os tra-
2008, o Sr. Presidente da Câ- nho da Junta em 2008, à nossa tado pela ATMAD. balhos executados agora, em
mara informa que a referida Versão da junta de fre- reportagem disse não estar ao 2010, fazem parte do caderno
empreitada se encontra adjudi- guesia par da obra já que esta era da Factos de encargos relativo à obra ad-
cada” e que “na sessão da As- responsabilidade do município. judicada em 2008. n
4 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

“Embora provisória, pessoas e bens, já podem ir directamente do IP2 ou IP4 à Zona Industrial.

Foi bode expiatório pois a ele se atribuiu, tantas vezes, o principal motivo pelo abandono de projectos de instalação na
Zona Industrial. Agora isso deixa de ser argumento. Agora é que iremos poder ver a verdadeira qualidade do nosso tecido
empresarial, a capacidade de investir em criação de mais-valia na cadeia produtiva, de modo a ter opções económicas
competitivas e sustentáveis.”

EDITORIAL
Ideias & debate
A crise e a saúde
N mental dos
ão há melhor para um jornalista que
poder dar uma boa notícia. A ligação
directa entre o, ainda, IP4 e a Zona

portugueses
Industrial de Macedo de Cavaleiros
é recebida com duplo prazer, por um lado é uma
reivindicação macedense que tem mais que uma
década, por outro o momento é oportuno porque
não preciso de fazer um editorial sobre a polémica n Virgínia do Carmo
e as mentiras que envolvem o caso da água de Vi-
também por esta via, “uma oportunidade eco-

J
larinho de Agrochão. á que estamos todos tão embalados
e empenhados em interpretar e buli- lógica no sentido de deixarmos de consumir
A ligação ainda é provisória, mas existe, já não nar ao sabor da crise, vou continuar desenfreadamente”. Claro que, mais do que
é necessário ir ao pontão de Lamas e voltar para a falar dela. Isto porque esta semana li uma voluntário, falamos de um procedimento de-
trás ou ir pelo meio da Amendoeira. notícia que me deliciou até à medula do pen- rivado da necessidade. Todavia, acredito que
samento: “Crise pode melhorar saúde mental estamos presos numa corrente sem margens
Embora provisória, pessoas e bens, já podem ir dos portugueses”. que só pode levar-nos a um lugar: a uma so-
directamente do IP2 ou IP4 à Zona Industrial. Na ressonância imediata do impacto desta ciedade mais madura e elevada. l
descoberta fabulosa a minha tentação foi de-
A reivindicação é antiga falava-se na ligação, duzir: pois… agora ninguém vai ter tanto tem-
ou sua ausência, ainda no tempo de Luís Vaz, foi po para depressões. Mas a teoria não é bem
estandarte de campanhas politicas e movimentou essa. O que se passa é que, de acordo com De facto, este apelo à
muita tinta. a psicóloga Maria Júlia Valério, da Comissão consciencialização cívica
Nacional para a Reestruturação dos Serviços
Foi bode expiatório pois a ele se atribuiu, tan- de Saúde Mental, “a crise económica pode ser é algo que tenho recor-
tas vezes, o principal motivo pelo abandono de uma oportunidade para promover a adopção
de comportamentos mais ecológicos e éticos,
rentemente referenciado
projectos de instalação na Zona Industrial. Agora
isso deixa de ser argumento. Agora é que iremos que conduzam à melhoria da saúde mental como uma oportunidade
dos portugueses”.
poder ver a verdadeira qualidade do nosso tecido
Confesso que a esta altura da incursão
de crescimento do povo
empresarial, a capacidade de investir em criação pelo corpo da notícia o meu entusiasmo esmo- que somos. Mas o proces-
de mais-valia na cadeia produtiva, de modo a ter receu: ora bem, isto vai requerer algum esfor-
opções económicas competitivas e sustentáveis. ço… mas nada de desanimar. Afinal, quando so não é automático, e
Ou se por outro lado vai haver outros bodes-expia- queremos, nós, os portugueses, somos esfor- como disse atrás, requer
tórios, como a crise, a mão-de-obra, a interioridade çados.

ou qualquer outro fácil argumento.


E a verdade é que, tal como esta psicólo- um esforço. Um esforço,
ga, também penso que a crise pode – e deve,
acrescento eu – levar-nos a reflectir sobre “os
sobretudo, de inclusão
O peso deste nó, desta ligação, é enorme. Sob
ele recai o sucesso de uma Zona Industrial, mas o valores e práticas que orientaram a socieda- das nossas atitudes e
de nos últimos anos, nomeadamente [sobre]
nó é apenas um pequeno ingrediente, o principal
o falhanço do economicismo e de uma socie- comportamentos ao lon-
é mesmo a capacidade de ter soluções competiti-
vas para o mercado. Que assentem no que há de
dade materialista em que se é aquilo que se go do tempo no proces-
exibe”.
melhor na nossa região, no nosso local, e que o De facto, este apelo à consciencialização so de responsabilização
possam potenciar. cívica é algo que tenho recorrentemente re-
colectiva, uma assunção
Rui Miranda ferenciado como uma oportunidade de cres-
cimento do povo que somos. Mas o processo sensata e construtiva

Cipreste não é automático, e como disse atrás, requer


um esforço. Um esforço, sobretudo, de inclu-
são das nossas atitudes e comportamentos
que só nos fica bem, e
só pode dignificar-nos.
Director: Rui Miranda Redacção: Paulo Nunes dos Santos; ao longo do tempo no processo de responsa-
Sofia Ledesma bilização colectiva, uma assunção sensata e Ou seja, não vamos a
Colaboraram nesta edição: Hélder Morais; Manuel Cardoso;
Pedro Faria, Raquel Mourão;
construtiva que só nos fica bem, e só pode lado nenhum enquanto
dignificar-nos. Ou seja, não vamos a lado ne-
Ilustração: Fiachra Lennon
Paginação: Edições Imaginarium, Lda.
nhum enquanto teimarmos em sacudir a água teimarmos em sacudir a
Publicidade: Eduardo Brea do capote, porque a sociedade que temos é
produto dos indivíduos que somos – ou que
água do capote, porque
Impressão: Casa de Trabalho - Bragança; Tiragem: 1.000 ex.
Sede: Edificio Translande Loja, 49 Apartado 82 - 5340 219 temos sido. a sociedade que temos é
Macedo de cavaleiros Telf. /Fax 278 431 421 Acresce que, além desta consciencializa-
e-mail: geral@jornalcipreste.com ção moral, ou aliada à mesma (que será a produto dos indivíduos
Sitio Internet: www.jornalcipreste.com
Propriedade e editor: Rui Jorge Miranda da Silva; Macedo de
opção ideal), a escassez económica propicia, que somos – ou que te-
segundo Maria Júlia Valério, “práticas mais
Cavaleiros
Registado no ICS com o n.º 125688 ecológicas como a reutilização e a rentabili- mos sido.
zação dos recursos existentes”, sendo esta,
| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 |
Opinião 5

Guilhotina económica
n Raquel Mourão
dos e elaborados por, e para, uma ex- tras empresas gigantes possam criar

H
oje em dia discute-se a eco-
nomia como quem discute o clusiva elite com a capacidade para os companhias fantasmas em paraísos
entender e contestar, surge finalmente fiscais e fugir aos impostos devidos so-
tempo, mas dou por mim a
sentir-me cada vez mais burra, incapaz um conjunto de palavras que vão di-
Quanto a medidas, bre o dinheiro que os contribuintes lhes
de perceber os noticiários, os comentá- rectas ao assunto e são para todos. O passam, incrivel- deram. Nem tão pouco devemos acei-
rios dos muitos economistas que falam manifesto é claro, de leitura simples e tar que donos e patrões giram o dinhei-
em taxas e especulações e números foca basicamente aquilo que é capaz de mente, por respon- ro como querem e bem lhes apetece,
sem fim. Tudo me parece uma lingua entender o bom senso de qualquer um. recebendo milhares, esbanjando em
indecifrável e ponho em questão se os Claro está, para os que têm o bom sen- sabilizar quem gere luxos e proveitos próprios, para paga-
meus neurónios não terão hibernado
nesta altura de crise.
so deformado pela ganância e ambição
desmesurada, tenho a certeza que as
o dinheiro, sejam rem uma miséria aos trabalhadores e
os despedirem quando a coisa não lhes
E foi neste modo meio atónito e dor- palavras são fracas e as ideias impossí- gestores, associa- convém.
mente que tropecei no “Manifesto dos veis de aplicar. É absurdo que quem decide o valor
Economistas Aterrados”, documento pu- Ora então estes quatro senhores fa- dos, mercados, ou de um país inteiro, de instituições e ban-
blicado em França por quatro economis- lam da crise e dívida na Europa, mas cos, seja pago para equilibrar a sua de-
tas, de facto, aterrados. Comecei logo poderiam estar a falar do mundo, e ex- bancos, e impedi- cisão, que é como quem dá luvas ao juiz
por me identificar no título, com o medo põem 10 falsas evidências e 22 medi-
que sinto do evoluir das coisas, deste das para sair do beco sem saída. Ou
los de fazerem uma para amaciar a sentença, e óbvio que a
especulação tem que terminar.
mundo globalizado e indiferente que seja, falam das mentiras que os se- auto-gestão que Regular esta treta do mercado aberto
engole diariamente milhões de pobres, nhores banqueiros e especuladores fi- é urgente, pois não faz sentido comprar
devora e tritura, para depois parir meia nanceiros nos têm andado a contar, e apenas defende os os excedentes do rico a preço de ouro e
dúzia de banqueiros e financeiros, aque- a impôr, e propõem uma série de me- não poder consumir o que se produz por
las criaturas que parecem inchar com o didas simples que comprovam a sua seus interesses. Não causa de uma “cota” de mercado que
crescimento da miseria alheia.
Bem, mas deixa-me ir com calma,
falsidade e as eliminam do nosso pa-
norama. Porque sim, esta crise de que
faz sentido nenhum nada tem a ver com a realidade.
E é urgente, imperativo mesmo, au-
antes que a raiva latente tome conta do tanto se fala, tem sido alimentada por que a PT, a EDP e torizar o BCE a emprestar directamente
meu discurso. essas entidades do mundo financeiro, o dinheiro aos estados, ou pelo menos
O que é afinal este manifesto e por- bancos e companhias Lda., que vêm os outras empresas gi- limitar o lucro dos intermediários, para
que está a dar tanto que falar? Porque, seus lucros sempre a crescer, sabe-se acabarmos com a, perdoem a expres-
ao fim de décadas de discursos florea- lá como. Afinal, quando a bolsa caiu em gantes possam criar são, chulice dos bancos e a gula insaci-
1929, caiu tudo. Não se percebe como
é que esta crise é tão má, este terramo-
companhias fantas- ável dos seus gestores e sócios.
Pronto, é isto, parece tão fácil. Agora
Este mundo globa- to abana tudo, rouba reformas, despede mas em paraísos só falta haver quem tenha a coragem de
pessoas, tira abonos e subsidios, mas aplicar estas medidas. Pois, voltamos à
lizado e indiferente enriquece tanto os que há uns meses fiscais e fugir aos estaca zero…
vieram soar o alarme e atirar gasolina à Eu cá não consigo deixar de lembrar
que engole diaria- fogueira da crise. impostos devidos aquele filme dos anos 80, “Ricos e Po-
As falsas evidências são mesmo
sobre o dinheiro
bres”, em que dois velhotes jogam com
mente milhões de evidentemente falsas, e sempre que a vida de pessoas reais como se fossem

pobres, devora e
torcemos o nariz às notícias do mundo que os contribuin- fantoches, e os enriquecem e empobre-
financeiro e depois na nossa humildade cem para seu belo prazer. Como a coisa
de ignorância pensamos estar errados, tes lhes deram. anda, o dito já ganhou quase estatuto de
tritura, para depois estamos a cair na rede criada pelas documentário. l
mentiras perpetuadas por décadas de
parir meia dúzia de repetição. “Manifesto dos Economistas Ater-
Afinal os mercados financeiros não pequeninos. O euro não é a salvação, rados”, é uma iniciativa de um grupo
banqueiros e finan- são eficientes, não favorecem o cresci- numa Europa que se auto-desvaloriza, e de economistas franceses de que
quem se ri disto tudo são os ingelses. E
ceiros, aquelas cria- mento económico e não julgam de forma se destacam André Orléan, Philippe
justa os estados. E a dívida pública de finalmente, a Grécia foi o bode expiató- Askenazy, Thomas Coutrot e Henri

turas que parecem que tanto se fala, e que ameaça levar


nações várias à banca rota, não resul-
rio das especulações, e a sua condição
empolada para esconder problemas glo-
Sterdyniak, e foi publicado em Setem-
bro de 2010. A tradução portuguesa
inchar com o cres- ta apenas do excesso de despesa, mas
cresce pela necessidade de os gover-
bais do modelo europeu.
Quanto a medidas, passam, incrivel-
do manifesto encontra-se publica-
da na revista Courier Internacional,
cimento da miséria nos adquirirem empréstimos através de mente, por responsabilizar quem gere o
dinheiro, sejam gestores, associados,
edição de Novembro de 2010, e está
também disponível na internet pela
bancos intermediários, que compram
alheia. juro baixinho e vendem juro gigante. A mercados, ou bancos, e impedi-los de revista electrónica “O Comuneiro”,
Europa é afinal muito pouco social, e fazerem uma auto-gestão que apenas no seguinte endereço: http://www.
a União em que todos depositávamos defende os seus interesses. Não faz ocomuneiro.com/nr11_09_manifesto.
fé, engorda os grandes e esfomeia os sentido nenhum que a PT, a EDP e ou- html#_ftn0.

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6 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Ladrões de carris safam-se com multa


Os quatro homens apanhados pela GNR, em flagrante delito, quando furtavam carris no lugar
do Lombo do Vale, em Castelões, não vão a julgamento, após acordo com a Refer a quem
têm de pagar indemnização de 1500 euros e ainda uma multa de 1250 euros pelo ilícito, além
da devolução do material roubado.

Direcção retirou serviço depois das 16:00 h mas recuou na medida


Macedo
Hospital de
Macedo em
risco de perder
análises
clínicas
U
ma administrativa Saúde. dimentos a tomar já que, o corpo centrais do Estado. Ora mesmo técnico do laboratório, tendo este
entregou, no dia 12 Como a suspensão do ser- clínico não foi informado conve- com o serviço reposto até às 20 um período de 30 minutos para
de Novembro, sexta- viço aconteceu repentinamen- nientemente. A solução passou horas as intervenções cirúrgicas se apresentar, para depois fazer
feira, de manhã, uma carta aos te, por decisão da direcção do a ser, e ainda é, a recolha da mais delicadas não se podem re- a análise requerida. Em termos
funcionários do laboratório de Centro Hospitalar do Nordeste, amostra sanguínea, chamar um alizar durante o fim-de-semana, de espera para o doente, e caso
análises clínicas do hospital de CHNE, tutelado por Henrique motorista e encaminhar a amos- e há médicos a operar ao fim- o motorista esteja disponível, o
Macedo de Cavaleiros, informan- Capelas, as suas implicações tra à unidade de Bragança onde de-semana no bloco operatório tempo de espera pode agora ser
do-os de que a partir desse mes- revelaram-se em todos os servi- é feita a análise que depois é co- de Macedo que, embora recente, semelhante à situação anterior.
mo dia deixariam de trabalhar às ços do hospital, nomeadamente municada ou disponibilizada ao e ao que o Cipreste apurou, tem No caso das urgências, caso
16 horas. no bloco operatório que viu inter- médico que a solicitou através bons índices de produtividade. o paciente apresente sinais que
Esta medida apanhou se sur- venções cirúrgicas canceladas. dos meios internos de informáti- Ao que a nossa reportagem indiciem alguma gravidade, e que
presa quer os trabalhadores do O facto de não estarem dis- ca, ou intranet apurou, o serviço foi reposto até seja necessário a recolha de uma
serviço visado quer os profissio- poníveis análises ao sangue a às 22 horas e também ao sába- amostra de sangue para análise,
nais de saúde dos outros servi- partir de uma cerca hora, faz com Mau estar interno do. o procedimento não é efectuar a
ços e cuja actividade profissional que não seja possível realizar in- Pelo que, de uma forma geral, recolha e enviar a amostra mas
interage com o laboratório de tervenções cirúrgicas em que o Viveu-se um clima de mau já não há implicações na presta- sim enviar o doente.
analises clínicas. paciente corra o risco de neces- estar interno que foi motivado es- ção dos cuidados de saúde por O Cipreste tentou saber o que
Não foi preciso esperar mui- sitar de uma transfusão de san- sencialmente pela decisão preci- parte dos serviços da unidade de aconteceria se depois do motorista
to para que as consequências gue. Durante alguns dias apenas pitada da direcção já que não ou- Macedo. ter saído da unidade de Macedo,
desta medida se começassem a se realizaram intervenções mais viu o corpo clínico, embora tenha O que muda actualmente com uma amostra, em direcção a
fazer sentir. correntes, pouco evasivas ou de um membro que o representa: é o facto de deixarem de estar Bragança e antes de regressar,
Antes convêm referir que o ambulatório. Sampaio da Veiga. “de camada”, cobrindo as 24 houver necessidade de recorrer
laboratório de análises do hospi- No serviço de urgência hou- A deciosão do encerramento horas por dia, os profissionais novamente a esse serviço, qual é
tal trabalha com todos o serviços ve doentes directamente reenca- do laboratório de análises veio que trabalhavam no laboratório. o procedimento a tomar? Há mais
e ou unidades do hospital, a re- minhados para outras unidades a tornar-se desajustada e não Na prática, quando é necessária que um motorista? O doente tem
cém criada unidade de cuidados do CHNE. consensual já que alguns dias a realização de uma análise ao que esperar para que o motorista
paliativos ou de convalescença, Nos próprios serviços de in- depois o concelho de administra- sangue, depois das 22 horas, a regresse? Se só acontecer dali a
o hospital de dia de oncologia, o ternamento, medicina interna, ção voltou a repor o serviço até amostra é recolhida, é chamado uma hora em certos casos pode
bloco operatório, as unidades de otorrino ou ortopedia, pode ser às 20 horas, mantendo os cortes um motorista e este transporta por em risco o paciente?
internamento em medicina inter- necessário pedir análises fora do no final da semana. a amostra até Bragança sendo A nossa reportagem tentou
na, otorrino e ortopedia e tam- horário de “expediente”, nos dias Uma das grandes apostas do depois os dados disponibiliza- explicações à direcção do Cen-
bém como o serviço de urgência imediatamente a seguir à medi- CHNE é a realização de interven- dos informaticamente. Até aqui, tro Hospitalar do Nordeste mas
embora este serviço esteja sob da tomada pela direcção, houve ções cirúrgicas já que é uma das e neste horário, o procedimento este disse apenas que “não há
a responsabilidade do Centro de incerteza em relação aos proce- metas impostas pelos serviços era idêntico mas chamava-se o comentários a fazer”. n

Cuidados Paliativos

Unidade única no distrito


M anuel Pizarro, Secretá-
rio de Estado Adjunto
da Saúde, inaugurou a Unida-
pacientes, especialmente os
cuidados paliativos, onde as si-
tuações terminais tornam mais
quadrados conta com oito ca-
mas para cuidados paliativos e
18 para convalescença, e está
apenas agora se deram por
terminadas as obras e se pro-
cedeu à inauguração oficial,
dade, mas não deixou de frisar
que não está prevista a criação
de mais camas para cuidados
de de Cuidados Continuados difícil esta tarefa, sendo neces- incluída na rede nacional de após um investimento de cerca paliativos no distrito. Isto por-
(UCC) do Hospital de Macedo sário equipamento e recursos cuidados paliativos. Numa re- de dois milhões de euros. Falta que o Ministério da Saúda con-
de Cavaleiros. Esta unidade é a humanos especializados para gião em que o envelhecimento ainda assim, de acordo com os sidera que a solução para a es-
única no distrito a combinar as minorar a dor e conceder algu- da população é acentuado, esta testemunhos das pessoas que cassez e dificuldade de acesso
valências de convalescença e ma tranquilidade e dignidade unidade não só é necessária lidam com estes doentes diaria- aos cuidados paliativos passa
cuidados paliativos. aos doentes na fase final da como peca por ser a única. mente, pessoal especializado. por formar pessoal especializa-
A UCC tem por objectivo sua vida. Apesar de já se encontrar O secretário de Estado elo- do para os fornecer no domicílio
minimizar o sofrimento dos A unidade com 1800 metros em funcionamento há um ano, giou o funcionamento da uni- dos doentes. n
| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 |
Macedo 7
Todas as escolas primárias têm utilização prevista ou efectiva

Terras Quentes na escola do Trinta

Escola da Praça a mais antiga de Macedo pode vir a receber museu de geologia.

ras, tem destino menos definido.

A
s quatro escolas do valeiros, tem ali a funcionar cur- tecer no principio de 2011. sepultura à entrada da Capela
primeiro ciclo do ensi- sos de formação para adultos. Com estas mudanças a As- O futuro das duas unidades pode do Fundador, no Mosteiro de
no básico de Macedo A escola do Trinta também sociação Terras Quentes muda passar pela instalação, também Santa Maria da Vitória, na Ba-
de Cavaleiros foram desactiva- já tem uma utilização definida, o seu centro de operações de de unidades museológicas. A talha. A honra deve-a ao facto
das mas as estruturas têm des- vai ser ocupada pela Associa- Salselas para o centro urbano do verificarem-se estas opções a do escudeiro macedense, no 14
tino. Uma já esta ocupada, ou- ção Terras Quentes que deslo- concelho. A associação, que tem escola da Praça das Eiras irá al- de Agosto de 1385, nos campos
tra está em remodelação para calizará para ali os serviços que diversificado muito a sua acção bergar uma unidade museológica de S. Jorge, no desenrolar da
receber os novos inquilinos e estão a funcionar no núcleo de desde a fundação, mantém uma de geologia, que estará ligada ao Batalha Real, ter salvado a vida
as duas restantes têm futuras Salselas da Albuferia do Azibo. forte componente na escavação parque geológico de Morais en- ao rei D. João I de Portugal.
utilizações em vista. Neste momento estão a arqueológica que se prevê que quanto que a escola do Trinta irá O principal obstáculo parece
A escola do Bairro de S. decorrer obras de adaptação continue, principalmente no sítio receber o museu de história, de- ser a obtenção de financiamen-
Francisco é a que menos sente à nova realidade da escola, no da fraga dos Corvos, Vilar do dicado aquele que provavelmen- to para a implementação das
a falta do reboliço das crianças, primeiro andar da estrutura irá Monte. Mestra altura, a necessi- te é o mais ilustre macedense de unidades museológicas.
embora agora sejam adultos a funcionar o museu de arqueo- dade de alojamento pode levar a sempre, embora ainda não tenha A acontecer, a cidade de
utilizar aquele espaço. Cerci- logia, quanto ao andar de cima um regresso a Salselas. uma estátua na cidade: Martin Macedo ficaria com quatro uni-
mac - Cooperativa de Educa- este será reestruturado para O destino das outras duas Gonçalves de Macedo. dades museológicas o que a
ção e Reabilitação de Cidadãos poder receber a oficina de res- unidades de ensino: a escola do Recorde-se que Martin colocaria em destaque no pa-
Inadaptados de Macedo de Ca- tauro. A mudança deverá acon- Toural e a escola da Praça da Ei- Gonçalves de Macedo, tem norama da região. n
8 | 25 de Novembro de 2010 | CiprestePublicidade
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| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 |
Macedo 9
Primeiro Fórum Distrital de Emergência Médica

Cuidados de emergência em
debate
O
Centro Cultural de
Macedo de Cavalei-
ros acolheu no passa-
do dia 10 de Outubro o Primeiro
Fórum Distrital de Emergência
Médica. Uma iniciativa a cargo da
Corporação de Bombeiros local
e do INEM que reuniu médicos,
enfermeiros, bombeiros e outros
profissionais de forma a partilhar
experiências e perceber as ne-
cessidades da região ao nível da
emergência médica. Um distrito
grande e com vias de comunica-
ção nem sempre nas melhores
condições foram os principais
obstáculos apontados pelos pro-
fissionais de emergência médica.
Uma situação que tem sido preo-
cupação do Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM), no-
meadamente através da Viatura
de Emergência Médica (VMER),
disponível em Bragança desde
2006 e do recentemente criado
Heliporto em Macedo de Cava-
leiros que coloca o Heli 3, um
helicóptero mais pequeno que o
habitual mas mais rápido, à dispo-
sição do distrito. Desde que este Jorge Poço abordou o tema dos acidentes vasculares cerebrais
serviço foi iniciado, em Abril deste
ano, o Heli3 já foi solicitado 157 num distrito com uma população o 112. Há aqui um papel muito significativo para a nossa região", ticipantes e acompanhantes.
vezes. Luís Meira, director regio- envelhecida que ao ligar 112, tem grande também a nível da cida- refere o responsável. No dia anterior à realização do
nal do INEM, realça as vantagens alguma dificuldade em respon- dania, a nível de educar, sensibi- O evento contou com parti- fórum, a Secção Desportiva dos
do Heli3: "Efectivamente temos der a todas as perguntas de um lizar e fornecer informação à po- cipantes de todo o país e não Bombeiros de Macedo, organizou
um meio rápido, que em muito protocolo que está previamen- pulação", refere o comandante. apenas ligados a corpos de um curso sobre Suporte Prático
pouco tempo consegue colocar te definido e estabelecido pelo A iniciativa superou as ex- bombeiros, segundo a organi- de Vida mais DAE (Desfibrilador
uma equipa muito diferenciada no próprio Centro de Orientação de pectativas e é para repetir, refere zação do evento também houve Automático Externo). Havia um li-
local”. O director considera, por Doentes Urgentes (CODU). Nós Rómulo Pinto, responsável pela participações de civis, principal- mite de 18 inscrições que ficaram
isso, que o heli3 trouxe uma “me- temos que inverter esta situação secção desportiva dos bombei- mente estudantes das áreas de preenchidas uma semana após
lhoria significativa da capacidade porque há muita gente que vai ros voluntários de Macedo de saúde. O número de participan- a divulgação do cartaz. A organi-
de intervenção do distrito." para as urgências hospitalares Cavaleiros e pela organização tes superou as expectativas e zação abriu mais duas vagas e
No entanto, para João Vences- que muitas vezes precisava de do evento. "Consideramos que teve que ser limitado pela orga- contou com 20 participantes. Esta
lau, comandante dos bombeiros um socorro diferenciado e que um tema actual, de interesse e nização, mesmo assim, estive- adesão mostra o interesse dos
de Macedo de Cavaleiros, o prin- não vai nestes meios porque tem complexo como o de emergência ram em Macedo de Cavaleiros, bombeiros na actualização de co-
cipal problema é outro:"Vivemos essa tal dificuldade em ligar para médica, representaria um desafio cerca de 260 pessoas entre par- nhecimentos profissionais. n

Semana “Focus Week”

São necessários mais


Fisioterapeutas e Osteopatas
nas uma fisioterapeuta, disponi-

S
ão necessários mais É obvio que nós não podemos
fisioterapeutas e os- bilizada pelo centro de saúde. dar uma actividade com uma
teopatas para res- A vereadora da cultura re- periodicidade semanal… Neste
ponder às necessidades dos força a ideia de que este pro- momento tem actividades men-
idosos do concelho de Macedo jecto é feito da boa vontade sais e quinzenais, vamos ver de
de Cavaleiros. É esta a princi- dos voluntários e deve haver hoje para amanhã o que é que
pal conclusão do Fórum do pro- cada vez mais pessoas a par- conseguimos fazer”
jecto “Envelhecer Activo” que ticiparem. Os utentes estão a A Focus week para o com-
decorreu no dia 4 de Outubro. ter actividades de educação fí- bate à exclusão pretendeu ser
Este projecto leva às ins- sica e musical, artes plásticas. uma semana dedicada à pobre-
tituições e aldeias do conce- O projecto “Envelhecer Activo” za e à exclusão social realizada
lho de Macedo de Cavaleiros conta com o apoio de diversas no âmbito do ano europeu de
técnicos de várias áreas que instituições e associações e foi combate a estes flagelos.
realizam actividades com os criado no início deste ano. Ape- Para além deste fórum, a
idosos. A Câmara Municipal sar das falhas apontadas pelos semana foi assinalada por mais
aproveitou a semana “Focus utentes, o balanço do trabalho actividades. Houve um dia de-
Week para o combate à pobre- feito até agora e debatido nes- dicado às pessoas de etnia
za” para organizar um fórum de Focus week deu espaço a idosos te fórum é positivo na opinião cigana e outro aos problemas
reflexão sobre o trabalho até de Sílvia Garcia. “O balanço da toxicodependência. Em par-
agora realizado. O facto de es- sendo vários os utentes que adora da cultura. A vereadora é extremamente positivo. As ceria com a GNR, foram ainda
tas deslocações às instituições nunca tiveram fisioterapia e defende ainda que estas inicia- pessoas gostariam de ter es- realizadas acções de sensibili-
serem voluntárias fazem com osteopatia. Uma situação que tivas existem para fomentar o tes profissionais de saúde mais zação destinadas aos idosos,
que os técnicos nem sempre a Câmara não pode colmatar, convívio local. vezes mas é muito complicado alertando-os para possíveis si-
consigam chegar a todo o lado, segundo Sílvia Garcia, vere- Neste momento existe ape- para quem está do lado de cá. tuações de burla. n
10 | 25 de Novembro de 2010 | CipresteMacedo
|

Na implementação do Programa Integrado de Educação e Formação

Agrupamento de Escolas de
Macedo é melhor do país
O
Agrupamento de
Escolas de Macedo
de Cavaleiros é o
melhor do país a implementar o
Programa Integrado de Educa-
ção e Formação (PiEF).
Evitar o abandono escolar
e fazer regressar alunos que
já abandonaram o ensino é o
objectivo do PIEF. Os profes-
sores sinalizam os alunos em
risco que passam a ser acom-
panhados por técnicos de in-
tervenção, psicólogos e edu-
cadores sociais. Os resultados
têm sido positivos, daí que o
Agrupamento seja considera-
do pelo Programa de Inclusão
e Cidadania (PIEC) aquele
que melhor implementou o
programa no ano lectivo de
2009/2010. Paulo Dias explica
o sucesso do agrupamento no
combate ao insucesso esco-
lar: “O empenho que os pro-
fessores colocam no dia-a-dia
Agrupamento escolar dá exemplo nacional
no trabalho com estes alunos,
mas sobretudo pelo facto de
serem cursos que têm recurso realça ainda o facto de os téc- não havendo uma interacção novo projecto envolve o em- e terá de passar por uma fase
a meios materiais e humanos nicos se deslocarem onde for muito próxima, muito constan- preendedorismo e a criação de de candidaturas. São precisos
acrescidos, o que permite dar preciso para garantir o êxito do te e continuada, a tendência é uma empresa por parte dos alu- recursos humanos especiali-
um acompanhamento e não programa: “Estamos a falar de para eles voltarem a abandonar nos. Estamos a pensar avançar zados na construção de instru-
dar muito espaço para que os alunos que têm problemas com a escola”. com uma empresa que vá fazer mentos musicais. No entanto,
alunos percam o ritmo". a escola, que têm problemas de Inserido no programa PIEF, a construção de instrumentos Paulo Dias conta avançar com
O Presidente do Agrupa- retenção repetida, que têm pro- o agrupamento está a desen- musicais”, revela Paulo Dias. O a iniciativa até ao final do ano
mento de Escolas de Macedo blemas de abandono escolar e volver um novo projecto. “O projecto está ainda em estudo lectivo. n

Tribunal de Macedo de Cavaleiros Instituto Piaget


Angolanos
Seis anos de prisão fazem estágio
em Portugal

para pedófilo A ideia apenas agora


vai ser posta em prá-
tica, mas já tem vindo a ser
pensada há algum tempo.
Finalmente concretiza-se o
intercâmbio de alunos do Ins-
Fotografia: Eugénia Pires tituto Piaget, neste caso o de
U m homem de 64 anos
foi condenado a 6 anos
de prisão e ao pagamento de
e nega as outras.
A mãe admitiu a sua satisfa-
ção pela pena incluir prisão efec-
Angola, e já se encontram 27
alunos angolanos de enfer-
5000 euros de indemnização, tiva, mas não deixou de mostrar magem a efectuar o estágio
por abuso sexual de um rapaz revolta por serem apenas 6 em Trás-os-Montes.
de 12 anos. anos, tempo que considera ser A iniciativa partiu do Insti-
Os factos remontam ao ano pouco em comparação aos da- tuto Piaget de Macedo de Ca-
de 2008, quando a mãe do ra- nos e sofrimento que causou ao valeiros, e previa inicialmente
paz descobriu os abusos, ao seu filho. a passagem dos alunos pelo
apanhar em flagrante o agressor hospital de Bragança, mas tal
com o menino na garagem de Condenado poderá ficar não se concretizou devido a
um vizinho. Após esta descober- em liberdade problemas e atrasos na ob-
ta, o menino acabou por confes- tenção de vistos, e optou-se
sar que já tinham ocorrido duas A defesa promete recorrer por repartir o estágio em dois
tentativas anteriores. da sentença, portanto tudo indi- meses, em três hospitais. As-
O agressor, Jaime Castelo, ca que o agressor aguarde em sim, após 30 dias nos servi-
estava acusado de um crime de liberdade a conclusão do pro- ços do hospital de Vila Real,
violação agravada, um de abuso cesso de recurso. os alunos passarão os res-
sexual na forma consumada e Caso semelhante é o da tantes 30 dias nos hospitais e
dois de abuso sexual de forma Casa Pia, onde os arguidos, centros de saúde de Macedo
tentada, e o tribunal deu como apesar de também condenados de Cavaleiros e Mirandela.
provado que abusava do ra- a prisão efectiva, não cumprirão A grande vantagem para
paz e que tal deixou marcas na a pena enquanto decorre o seu os alunos estrangeiros é o
criança, resultando numa pertur- processo de recurso. Isto acon- contacto com novas metodo-
bação psicológica que o deixou tece porque em Portugal, se a logias e tecnologias, muitas
mais agressivo e desconfiado. interposição de recurso ficar vezes escassas ou inexisten-
O arguido declarou-se cul- registado em acta no tribunal, a tes em Angola que poderá ter
pado em apenas uma das acu- pena atribuída é suspensa até clínicas privadas bem equipa-
sações de abuso, aquela pela à última instância do novo pro- das, mas tal não é a realidade
qual foi apanhado em flagrante, cesso. n Jaime Castelo está em liberdade nos hospitais públicos. n
| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 11
“Cada vez que nós bombeiros passamos por ali [novo quartel], perguntamo-nos quando é que vamos para lá.
Passou-se a imagem de que os bombeiros não querem ir para o novo quartel, o que na realidade não é verdade. Nós,
quando tiver o quartel pronto, iremos para lá. Com as condições todas iremos, e não antes. Neste momento, mudar-
nos-iamos para um quartel vazio. Qualquer pessoa que passa pelo quartel antigo percebe que não tem condições, mas
também o novo ainda não tem.”

Entrevista a Rómulo Pinto, Presidente da Secção Desportiva dos


Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros
Entrevista
Diminuímos a distância
dos bombeiros à população
Cipreste - Como é que surgiu mentos. É claro que as lembran- nos, como é que conseguimos
a ideia de organizar o fórum? ças e outros, no fim tudo tem manter-nos dentro do quartel.
o seu custo, mas as entidades Por acaso a internet sem fios
Rómulo Pinto - A organiza- locais e distritais, querem-nos também é um objectivo nosso, o
ção do fórum foi uma ideia mais apoiar, o município, a junta de café club já tem, e o ginásio tam-
arrojada da Secção Desportiva freguesia, portanto vamos lutar bém vai ser para nós nos destra-
dos Bombeiros, pois toda a gen- para que volte a acontecer. írmos, bem como uma sala do
te achava que ía ser impossível bombeiro digna, com dvd, cd e
estando nós no interior, onde os A secção desportiva está di- uma consola de jogos para eles
apoios são poucos. E foi mais ferente de há uns meses para estarem lá.
por uma troca de experiências, cá, o quê que mudou?
de aquisição de conhecimentos Bastante, posso lhe dizer que Mas então esses equipamen-
de emergência relativos à nossa foi constituida a 15 Maio de 2007, tos não fazem parte do projec-
região, pois muitas pessoas des- há 3 anos atrás, embora a actual to base do novo quartel?
conheciam os meios do INEM e direcção esteja a exercer funções Quanto ao ginásio, ele existe
foi preciso promovê-los… apenas a partir de Maio deste apenas como espaço, o equipa-
ano. O nosso objectivo é a anga- mento não está incluído. Quan-
É importante haver actuali- riação de fundos monetários, que to à sala dos bombeiros, existe Bombeiros Mergulhadores, em teremos a questão resolvida.
zação de conhecimentos de têm como finalidade a aquisição também, mas nós não sabemos que tentamos promover o mer-
emergência médica para uma de material audio-visual e infor- se a direcção tem a capacidade gulho criativo, o resgate, apro- Como são as relações com o
melhor prestração dos primei- mático para a sala de convívio, e financeira para adquirir o mate- veitando os recursos existentes comando e com a direcção?
ros socorros? a instalação de um ginásio des- rial mencionado, portanto nós na nossa zona, conseguimos São excelentes. Antes de me
É bastante importante, é disso portivo no futuro quartel. tomamos a iniciativa. reunir alguns mergulhadores de candidatar à secção desportiva
que se trata. Tivemos, por exem- fora, do Porto e de Viseu, e de- pedi a ajuda de todos no coman-
plo, o Dr. Jorge Poço a falar de Para quando é a mudança E como está a decorrer esse mos assim um impulso à nossa do, apesar de saber que nem
AVCs, da primeira abordagem a para o novo quartel? objectivo? região. De seguida fizemos a todos se davam, propus um ob-
um doente de avc, do grau de Andamos a trabalhar mas não Sim, com muita ajuda, parti- festa de São João, de forma a jectivo e consegui o seu apoio.
força e dos procedimentos a sabemos quando é que vamos cularmente dos nossos patroci- manter as tradições, envolvendo
fazer durante o transporte e no para lá. nadores. os bombeiros e a restante co- O facto de haver atritos
local, avaliar a tensão, os sinais munidade. Posso lhe dizer que afecta o corpo de bombeiros?
vitais. E isso para um bombeiro Os bombeiros estão ansio- Qualquer pessoa que vá à tinhamos cerca de 40 bombeiros Não, porque quem tem a ver
é primordial. sos por irem para lá? Como é vossa página de internet pode a assar sardinha, e os restantes directamente com os bombeiros
que os bombeiros vêm o quar- ver os eventos organizados eram todos cidadãos comuns em si é o quadro do comando.
Mas isso não faz parte da for- tel que foi construido para por vocês, o BTT, os lanches, que quiseram ajudar, pagando
mação geral dos bombeiros? eles, algo por que andam a os convívios, e nota-se uma coinco euros. Então a secção desportiva
Sim mas os conhecimentos batalhar há mais de dez anos, certa camaradagem entre os dos bombeiros é a prova de
dependem da reciclagem que e que depois aparece e está bombeiros, especialmente E é significativa a adesão que com trabalho, e sem gran-
fazem do seu curso, e cada lá, diz Bombeiros Voluntários, nas fotografias… dos bombeiros a estes even- des recursos, é possível dina-
bombeiro pode investir depois mas continua por ocupar? A nossa direcção está aqui tos? mizar as coisas.
na sua evolução pessoal. Cada vez que nós bombeiros para unir e promover o conví- Depende dos eventos, mas É por isso que temos conse-
passamos por ali, perguntamo- vio entre os bombeiros. Faltava normalmente temos uma boa guido andar e dignificar o nosso
Qual o balanço do fórum? nos quando é que vamos para essa parte também, de juntar, a adesão. Nem toda a gente tem corpo de bombeiros, a nossa
Muito positivo mesmo, e tive- lá. Acho que todos os bombeiros união, algo que apenas agora foi o mesmo gosto, e por isso ten- direcção, o nosso concelho. Já
mos também sorte em ter o apoio de Macedo merecem um quartel conseguido. Também promove- tamos diversificar e difinir priori- promovemos actividades com
do INEM ao longo do fórum. digno. Passou-se a imagem de mos algumas actividades para a dades bastante impacto regional e
que os bombeiros não querem população em geral e, na nossa nacional, como por exemplo o
Que tipo de apoio foi esse? ir para o novo quartel, o que na opinião, já diminuimos a distân- Quais são os objectivos fórum que foi considerado num
Foi um apoio técnico. Os ora- realidade não é verdade. Nós, cia dos bombeiros à população. para o futuro? blog um dos melhores a nível
dores foram uma grande ajuda, quando tiver o quartel pronto, ire- Por exemplo, as pessoas julgam Nós propusemo-nos, aquan- nacional, o que para a cidade
ao explicarem o que cada meio mos para lá. Com as condições que em termos de incêndios flo- do do acto eleitoral, a fazer uma também é bom. E o encontro
do INEM faz, algo que não só todas iremos, e não antes. Nes- restais, o bombeiro Ganha por actividade por mês. Mas neste dos mergulhadores também
os cidadãos desconhecem, mas te momento, mudar-nos-iamos cada fogo, algo que não corres- momento estamos a fazer duas, teve um impacto significativo,
também muitos bombeiros não para um quartel vazio. Qualquer ponde à realidade. O bombeiro e já chegamos a fazer três.Isto nunca tinha sido organizado, e
percebem. É necessário saber pessoa que passa pelo quar- tanto ganha por estar a trabalhar dá muito trabalho e as pessoas tivemos muita aderência. Mas
o que cada meio faz especifica- tel antigo percebe que não tem como por estar ali sentado, e que também têm o seu trabalho e a digo sempre para darmos um
mente e quando deve ser accio- condições, mas também o novo para nós é uma mais valia estar família. De futuro, vamos realizar passo de cada vez, e juntos
nado. ainda não tem. parado sem fazer nada. Mas nós um magusto dia 28 de Novem- trabalha-se com mais força. É
não queremos estar parados. bro, um torneio de setas, um jan- com esfoço e união que vamos
É para continuar esta inicia- Mas vocês estão a preparar- Queremos fazer actividades. tar de Natal, que vamos ser nós conseguir alcançar os nossos
tiva? se para a mudança, daí a cria- A nossa primeira actividade foi também a promover. E mais para objectivos, que são comuns, tor-
Vamos ver, estamos em tem- ção da secção desportiva. a Caminhada ao Santo Ambrósio a frente, um BTT e vamos expe- nando-nos assim numa grande
pos de medidas de austeridade, Eu quando era jovem, e fui e, cada vez que há um bombeiro rimentar também um rali todo-o- família. Conseguimos valorizar
mas se houver apoios é para para o quartel, não havia con- lesionado do corpo activo, neste terreno. Gostaria de referir que e dinamizar a nossa secção e a
continuar. Mas dá trabalho a or- dições para nos distrairmos. caso um motorista que estava o mandato vai a meio, já foram associação, bem como a corpo-
ganizar. Nós trabalhamos como volun- em coma mas já recuperou, fa- cumpridas duas das actividades ração, e é agradável o trabalho
tários, os únicos profissionais zemos uma caminhada e vamos prometidas, falta apenas a insta- que nós desempenhamos e os
Para além de dar trabalho é que existem são os motoristas e rezar. A segunda actividade foi lação da internet sem fios no con- bombeiros voltaram a ser fa-
caro? o operador da central, de resto um convivio de bombeiros e os vívio do quartel, para que todos lados pelos melhores motivos.
Tivemos sorte porque nós não os bombeiros funcionam com seus familiares. Depois tivemos os bombeiros tenham acesso às E queria agradecer por me ter
tivemos custos com aos prelec- gente voluntária e temos que algo que nunca se tinha feito, a novas tecnologias, assunto do dado esta oportunidade de falar
tores, a eles os nossos agradeci- pensar em como vamos distrair- primeiro encontro Distrital dos qual estamos a tratar e em breve sobre a secção. n
12 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Tua sem classificação


A classificação da Linha Ferroviária do Tua foi arquivado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueo-
lógico (IGESPAR). Este troço ferroviário deixa de estar em vias de classificação, ficando sem efeito a zona geral de pro-
tecção que iria abranger os concelhos de Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Mirandela, Alijó e Murça.

Proposta ao parlamento
Regional Barragem do Sabor

Acabar com os Gestão local do


Fundo Ambiental
acidentes de tractor
O deputado comunista
Agostinho Lopes apre-
sentou ao parlamento um pro-
res, sobre os perigos da estrada
e na utilização das máquinas,
sensibilizando assim para uma
nores. De facto, as vítimas são
geralmente idosas acompanha-
das de crianças. A maior predo-
jecto eleaborado pelo PCP, que maior cautela e atenção. Os minancia no Norte deve-se pro-
visa diminuir a sinistralidade dos meios propostos para divulgar vavelmente às características
acidentes com tractores nas zo- a informação passam por cam- mais acidentadas do terreno,
nas rurais. Este ano ocorreram panhas publicitárias nos vários bem como às condições atmos-
cerca de 25 acidentes com 30 orgãos de comunicação, bem féricas mais adversas, com o
vítimas mortais na zona Norte como parcerias com as juntas sol abrasador de verão e o gelo
e Centro do país, sendo o dis- de freguesia, médicos de famí- no inverno.
trito de Bragança o detentor do lia e paróquias, mais próximas A proposta mereceu o con-
maior número de casos. ao agricultor. senso no parlamento, e tudo
A abordagem do projecto é Tem vindo a ser crescente indica a sua aprovação na vo-
pedagogica, e passa por uma o número de sinistros e inclui tação que deverá decorrer nas
tentativa de educar os agriculto- muitas vezes crianças e me- próximas semanas. n

Concurso Acredita Portugal

Turismo no Tua chega


ao pódio Brragem do Sabor continua a gerar polémica

O
Secretário de Es- Novo acordo inclui
tado do Ambiente, municipios
Humberto Rosa,
confirmou o envolvimento da A compensação da EDP
Associação de Municipios pelo impacto ambiental na re-
do Baixo Sabor (AMBS) na gião corresponde a 3% dos
gestão do Fundo Ambiental futuros lucros da barragem, e
associado à barragem do Bai- conta já com mais de um milhão
xo Sabor. Assim, é dada aos de euros acumulado. São cerca
municípios afectados pela de 500 mil euros por ano cujo
construção da barragem uma destino irá agora contar com a
possibilidade de participarem opinião e interesse do AMBS,
na gestão. constituido pelos municipios de
No início de Setembro, Alfandega da Fé, Macedo de
surgiu a possibilidade de o Cavaleiros, Mogadouro e Torre
Fundo Ambiental ser gerido de Moncorvo.
pelo Instituto da Conservação Para Aires Ferreira, Pre-
Linha do Tua mantem o seu potencial turistico da Natureza e Biodiversidade sidente da AMBS, trata-se de
(ICNB), algo que preocupou uma correcção ao despacho
os municípios que viam assim anterior, em que o presidente

A
pesar da degradação júri votou no mérito e aplica- teriam oportunidade de visitar
evidente da linha do bilidade do projecto de Daniel o património histórico, natural, os fundos a transitarem para do ICNB continua o responsá-
Tua, e da sua quase Conde, que prevê a criação de cultural e gastronómico. Deste Lisboa. Tal foi confirmado pela vel máximo, mas são criados os
certa desactivação como con- um passeio turístico a começar modo, ficariam todas as ofertas Ministrério do Ambiente o mês mecanismos para premitir uma
sequência da construção de no Douro Vinhateiro, passando turísticas da região em desta- passado, ao entregar a ges- gestão de proximidade dos fun-
uma barragem na foz do Tua, pela Terra Quente transmon- que e ao alcance de um só tão do fundo ao presidente do dos, nomeadamente ao alterar
ainda há quem acredite na di- tana, seguida da Terra Fria, passeio. ICNB, em parceria com uma a composição do conselho es-
namização e aproveitamento para terminar na Puebla de Este é o sonho de Daniel comissão estratégica de oito tratégico e ao conceder-lhe po-
de um dos mais belos trajectos Sanábria, na vizinha Espanha. Conde, membro do ao Movi- entidades, deixando assim de derde decisão vinculativo.
ferroviários de Portugal. Seria assim necessário não só mento Cívico pela Linha do fora os organismos da região, No entanto, Humbero Rosa
E aparentemente ideias há preservar a linha do Tua como Tua, que gostaria de ver o seu com interesses próprios a de- salienta que se trata apenas de
muitas, como provou Daniel recuperar a linha até Bragan- projecto aplicado e concretiza- fender quanto à aplicação do um esclarecimento para acabar
Conde, ao ganhar o terceiro ça, para completar a ligação a do, apesar do eminente encer- dinheiro. com as dúvidas levantadas pelo
prémio no concurso da Asso- Espanha. ramento da linha do Tua. Ainda Em resposta aos protestos despacho anterior, que deixava
ciação Acredita Portugal, com Este trajecto seria fei- assim, não deixou de frisar que da AMBS, realizou-se uma de fora o Ministério da Cultura e
um projecto de dinamização to de comboio, e os turistas mesmo com a submersão par- nova reunião para tentar con- os representantes da região, e
turística do Vale do Tua a partir poderiam usufruir de várias cial da Linha, o projecto conti- vencer o Governo a recuar na garantiu a elaboração de novo
da linha turística. De entre mais paragens para visitarem as nua viável, embora com meno- decisão de entregar o fundo contracto que permite a ges-
de 700 projectos a concurso, o diferentes localidades, onde res potencialidades. n ao ICNB. tão de ptoximidade. n
| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 |
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14 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Sexta Fase da MODCOM


Encontram-se abertas, de 22 de Novembro a 3 de Janeiro, a sexta fase do Sistema de Incentivos a Projectos de Moder-
nização do Comércio (MODCOM), e poderão candidatar-se as entidades que apresentaram candidaturas à 5ª fase e cum-
pram um dos três requisitos: tenham sido consideradas elegíveis não apoiadas, com pontuação final igual ou superior a
47, ou com uma execução não superior a 40% do investimento total.

Contenção de despesa obriga autarquia a diminuir apoio a associações


Economia Concurso Nacional
Churra
Associações com Badana
cresceu 20%
menos 20%
O
apoio da autarquia táculos e/ou eventos culturais
macedense às as- já na próxima agenda cultural.
sociações do con- Sílvia Garcia justifica a diminui-
celho vai ser reduzido 20% em ção de actividades pela autar-
relação à subvenção recebida quia e não pelas associações Ovelha Churra Badana
no ano anterior, salvo situações pelo facto de estas trabalharem
pontuais que justifiquem um
investimento suplementar por
parte da autarquia ou situações
por voluntariado e terem outras
formas de financiamento para
além do financiamento da au-
F oi pequena a adesão
de participantes no IV
Concurso Nacional de Ovinos
em que a prestação de um ser- tarquia. de Raça Churra Badana, que
viço de carácter social possa O cipreste falou com An- decorreu no dia 31 de Outu-
estar em causa. tónio Carneiro presidente da bro em Macedo de Cavaleiros.
Esta medida de contenção Associação dos Caretos de Po- O mau tempo pode ter sido o
orçamental deve-se ao facto dence, uma das mais activas principal motivo da fraca ade-
do Estado diminuir também as e representativas do concelho, são. Apenas há cerca de 30
suas transferências para a au- sobre a diminuição da verba do produtores destes animais, em
tarquia. O que se reflecte numa município, ao que este afirmou todo o país.
contenção de despesas por que a diminuição não põe em O evento foi organizado
parte da autarquia. risco o cumprimento normal do pela Associação Nacional de
Os clubes de futebol vão ver plano de actividades, já que a Criadores de Raça Churra Ba-
os seus apoios reduzidos em associação procura outras for- dana com a colaboração do
apenas 10%. A responsável pelo mas de financiamento que pos- Município de Macedo de Ca-
pelouro da Cultura da autarquia sibilitem a realização das suas valeiros e decorreu no Parque
macedense, Sílvia Garcia, justi- actividades, relembrando que o municipal de exposições.
ficou esta diferença com o facto apoio autárquico apenas cobre A raça é considerada em
de os planos de actividade dos uma parte do orçamento da as- perigo de extinção, apenas
clubes de futebol serem reparti- sociação. tem cerca de 3500 efectivos
dos por dois anos, estando ago- inscritos. Contudo houve um
ra em vigor o plano de activida- Futebol não se significativo aumento destes
des para o ano 2010 e 2011, e manifesta animais que em 2009 apenas
terem sido elaborados antes do registavam 2.911 Animais ins-
anúncio das medidas de conten- O impacto destas medidas critos no Livro Genealógico e
ção. As outras associações do será maior no caso dos clubes 20 Criadores.
concelho elaboram planos de de futebol por estes terem uma Apesar da adesão a orga-
actividades anuais coincidentes dependência maior da autar- nização considerou à comuni-
com o ano civil e sentirão os cor- quia em termos de verbas. O cação social que os objectivos
tes no ano de 2011. Manifestações culturais das associações não deverão estar em risco Cipreste tentou contactar o pre- foram cumpridos.
Segundo Sílvia Garcia, as sidente do clube Atlético de Ma- Os vencedores foram
reduções de apoio não porão actividades apoiados pela au- da autarquia, Sílvia Garcia dis- cedo de Cavaleiros, Fernando Amândio Rodrigues Sá, do
em causa as actividades das tarquia independentemente da se à nossa reportagem que os Melo, mas este não se mostrou Brinço, na categoria de fêmeas
associações. sua acção ser de carácter des- cortes ainda serão maiores no disponível para prestar declara- e machos de um ano e Amílcar
Vão ser abrangidas por esta portiva cultural ou social. caso da autarquia, com visibili- ções sobre o assunto. A mesma Fernandes Galhardo, de Ta-
medida todas as associações Questionada sobre se os dade por exemplo numa dimi- atitude teve o presidente do lhas, na categoria de carneiros
do concelho que tem planos de cortes se estenderão à acção nuição do numero de espec- Morais Futebol Clube. n e ovelhas. n
| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 |
Economia 15
Consultório de Fundos Comunitários

POPH
científica e tecnológica na- verificação das necessidades
S
ou dono de uma empre- e os mecanismos de apoio à adaptação das acções dos ei-
sa metalúrgica e sinto transição para a vida activa; cional através da formação e xos anteriores à região do Al- formativas dos funcionários
99 Promover a igualda- integração profissional de RH garve; da empresa (incluindo os seus
necessidade de investir na de de oportunidades, através altamente qualificados e alar- 9. Lisboa – engloba a dirigentes) e desenvolvimento
formação dos meus fun- de estratégias integradas de gar a base de recrutamento do adaptação das acções dos ei- de acções de formação que
base territorial para a inserção ensino superior; xos anteriores à região de Lis- permitam ultrapassar essas li-
cionários do departamento
social de pessoas vulneráveis 5. Apoio ao empreen- boa; mitações e adequar as capaci-
de produção. Existe algum à exclusão social e combate à dedorismo e à transição para 10. Assistência técni- dades dos funcionários às exi-
desigualdade de género. a vida activa – visa promover ca – destina-se a suportar um gências do próprio sector.
apoio a que possa recorrer?
A actividade do POPH estru- o nível, a qualidade e a mobi- conjunto de actividades asso- A acção 3.2 inclui o desen-
tura-se em 10 eixos prioritários: lidade do emprego, através do ciadas à gestão, acompanha- volvimento de acções de for-
RESPOSTA
1. Qualificação inicial – incentivo ao espírito empresa- mento e controlo interno, ava- mação de reciclagem, de actu-
visa elevar a qualificação dos rial, à integração no mercado liação e informação do POPH. alização e de aperfeiçoamento
No que diz respeito à va- jovens, promovendo a sua em- de trabalho, à transição de jo- O tipo de apoio de que ne- dos conhecimentos dos funcio-
lorização do conhecimento e pregabilidade e a adequação vens para a vida activa e à mo- cessita pode ser enquadrado nários, não visando, por isso, a
formação da população, exis- das suas qualificações; bilidade; nas Acções 3.1.1 – Programa concretização de um plano de
te um Programa Operacional 2. Adaptabilidade e 6. Cidadania, inclusão e de Formação Acção PME ou formação que englobe toda a
do QREN específico: o POPH aprendizagem ao longo da vida desenvolvimento social – visa 3.2 – Formação para a Inova- organização, mas apenas al-
– Programa Operacional Po- – visa o reforço da qualificação criar condições de maior equi- ção e Gestão, ambas perten- guns funcionários.
tencial Humano, que tem como e da adaptabilidade da popula- dade social no acesso a direi- centes ao Eixo Prioritário 3. Os apoios concretos dis-
prioridades estratégicas: ção adulta activa; tos de participação cívica, à A acção 3.1.1 engloba a ponibilizados por estas acções
99 Superar o défice es- 3. Gestão e aperfeiçoa- qualificação e educação e ao criação de um plano de for- serão explicitados no próximo
trutural de qualificações da mento profissional – visa o de- mercado de trabalho; mação integrado, mediante a consultório. n
população portuguesa, con- senvolvimento de um conjunto 7. Igualdade de género
sagrando o nível secundário de formações associadas a – visa a integração da pers-
como referencial mínimo de processos de modernização or- pectiva de género nas estraté-
qualificação; ganizacional, reestruturações gias de educação e formação,
99 Promover o conheci- e reconversões produtivas que a igualdade de oportunidades
mento científico, a inovação e contemplem a promoção da ca- no acesso e na participação no
a modernização do tecido pro- pacidade de inovação, gestão mercado de trabalho, a conci-
dutivo; e modernização das empresas liação entre a vida profissional
99 Estimular a criação e e administração pública; e familiar e a prevenção da vio-
a qualidade de emprego, pro- 4. Formação avançada lência de género;
movendo o empreendedorismo – visa reforçar a capacidade 8. Algarve – engloba a

Concurso “Escola Iniciativa”

Prémios de 4500 euros



Escola Iniciativa” é o constituídas por toda a turma, salienta. Apesar de tudo, Paulo
nome do concurso dirigi- tendo um número mínimo de Dias, admite que nem sempre
do aos alunos do ensino 6 elementos no 1º e 2º ciclos e é fácil organizar actividades do
básico do Agrupamento de Es- máximo de 6 no 3º ciclo. É uma género: “É sempre complica-
colas de Macedo de Cavaleiros forma de garantir que todos do lançar um concurso destes
e pretende promover um espírito podem ter acesso ao prémio, para os jovens porque eles não
empreendedor nos alunos atra- refere o presidente do Agrupa- sabem qual é o desafio e não
vés de um desafio surpresa.O mento, uma vez que se fosse têm bem a noção da dimen-
concurso surge no seguimento alargado a grupos maiores po- são que este concurso pode
da acção “Empreendedorismo deria a verba em questão não ter”. Mas os resultados de
e Inovação” que começou no conseguir cobrir os gastos a anos anteriores são positivos
anterior ano lectivo. Os estu- todos os elementos. No entanto e incentivam a organizar mais
dantes vão organizar e planear pode haver alguma flexibilidade concursos. “No ano passado
eventos ou viagens. Aqueles e se necessário os alunos terão um grupo de alunos chegou
que organizarem melhor a ac- de pagar a diferença. mesmo a ir aos Picos da Eu-
ção podem vê-la passar do pa- As inscrições já terminaram, ropa ao ficar em primeiro lugar
pel à realidade. agora os alunos vão conhecer a nível da Península Ibérica”,
“Quando se candidatam ain- o desafio que vão ter pela fren- acrescenta o presidente.
da não sabem qual é o desafio. te. Paulo Dias realça ainda o O concurso “Escola Inicia-
Os desafios vão estar ligados facto de o projecto desenvolver tiva” promete promover o em-
à organização de eventos. Um o trabalho em equipa.“A ideia é preendedorismo nos estudan-
dos desafios é a organização que, ao terem o grupo forma- tes de Macedo de Cavaleiros.
de uma visita em que os alunos do, eles percebam que estão a A iniciativa está a cargo da Câ-
vão ter de se organizar, plani- trabalhar como as próprias em- mara Municipal, santa Casa da
ficar a visita, custos, dormidas, presas trabalham. Um vai tra- Mesiricórdia, Agrupamento de
paragens...”, adianta Paulo balhar uma área, outro vai tra- Escolas e Projecto EmpreEn-
Dias. balhar outra e, no conjunto vão du e ao todo vão ser atribuídos
As equipas podem ser fazer esse trabalho de grupo”, 4500 euros em prémios. n Concurso Escola Iniciativa
16 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

II Encontro de Grupos Corais


Decorre no dia 27 de Novembro, o II Encontro de Grupos Corais, às 21.45h no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros. A
organização é da Associação Cultural Macedense, e estarão presentes o Grupo Coral Macedense, da Associação Cultural,
que lança o seu primeiro CD, o Coro Infantil de Miranda do Douro e o Grupo de Cantares da Casa do Professor de Macedo
de Cavaleiros.

Sou e Sinto
Cultura
Virgínia do Carmo publica novo livro
Sou e Sinto

Às vezes acordo durante a noite com a sensação


das tuas mãos na minha pele, espalhadas, imensas,
cobrindo-me todo o corpo com essa meiga melodia de
carícias que se aprendem com o toque...

Às vezes sinto que vestem as minhas, e que me pou-


sam no colo, como se quisessem pertencer-me.

Às vezes ocupam-me os olhos, e percorrem-me o pen-


samento, comasas de seda a roçarem a memória...

Às vezes, as tuas mãos voltam...


- Como se soubessem da falta que me fazem...-

in Sou e Sinto Virginia do Carmo na apresentação do Sou e Sinto

“Sou e Sinto” é o nome do o aquilo que eu sinto mas mui- de afectos, de sensibilidade, é dúvida que sim, porque senti- já tinha sido apresentado em
mais recente livro da autora tas vezes aquilo que eu sinto intimista…”. mos que alguém do outro lado Lisboa, no dia 18 de Setembro.
macedense Virgínia do Car- através dos outros. A maneira A maior parte dos textos es- nos lê. Embora não se escreva Conta com um prefácio da es-
mo. Apresentado no dia 22 de como o mundo me toca através tão publicados no blogue da au- para sermos lidos porque este é critora Mel de Carvalho e teve
Outubro no Centro Cultural de dos outros. A maneira como os tora “ Lugar dos sentidos”(http:// o meu segundo livro e eu nunca uma tiragem de 500 exempla-
Macedo de Cavaleiros, o livro afectos dos outros me atingem, olugardossentidos.blogspot. deixei de escrever.”Há um in- res. A editora “Temas originais”
reúne textos de poesia onde o a maneira como os vejo, como com). Desde que foi criado há centivo e um estímulo quando está a distribuí-lo em todo o
imaterial é o mais importante. os interpreto, como eu os sinto um ano e meio, o blogue teve sentimos que aquilo que nós país. Virgínia do Carmo reve-
A autora releva o carácter também. É um livro algo intimis- cerca de 7 mil visitas. A interac- escrevemos tem eco no sentido lou ainda à comunicação social
intimista do novo livro: “É de ta. Não é uma poesia ligada à tividade que a ferramenta elec- e na percepção das outras pes- que, brevemente, pondera vir a
facto aquilo que eu sou e que matéria nem muito à terra, nem trónica permite incentiva a es- soas, é interessante”, confessa publicar um livro de Contos. n
eu sinto. Não necessariamente nada disso. É uma poesia mais critora a escrever mais. “ Sem a autora. O livro “Sou e Sinto”

Macedo de Cavaleiros

“Crossing Book” fotografia: jchacim.blogspot.com


objectivos da iniciativa: “Levar Instituto do Livro e das Bibliote- tos do concelho. Cada Baú da
até junto das pessoas autores, cas, Biblioteca de Macedo de Leitura tem cerca de 20 livros,
literatura e queríamos privi- Cavaleiros e de algumas edi- que a biblioteca municipal leva
legiar os autores da região, toras. Mais livros são sempre ao encontro do público que de
dando-lhes primazia. Autores bem-vindos. “Neste momento uma maneira em geral não fre-
de Macedo de Cavaleiros, de já reunimos centenas de livros quenta a biblioteca. À iniciativa
Mirandela, de Bragança, entre que nos permitem esta primei- aderiram oito cafés de Mace-
outros”. ra fase. Continuamos a pedir do de Cavaleiros, bem como
A interculturalidade e o con- livros, porque envolve apenas o Centro de Saúde, Hospital e
tacto com autores até então a doação”, acrescenta Luís Pe- Unidade de Serviços Continu-
desconhecidos é promovida reira. ados, Centro Social D. Abílio
através desta actividade desig- A Associação Potrica pre- Vaz das Neves e Cercimac. Os
nada “crossing book”. tende levar ainda a actividade a baús da leitura estão presentes
“Qualquer pessoa poderá Mirandela, Torre de Moncorvo e também nos jardins-de-infância
levar o livro do café e depositá- Bragança. e nas escolas de primeiro ciclo.
lo noutro. É natural que regres- Também aqui os livros po-
sem a Macedo outros livros. Baús de Leitura dem ser levados para casa e
Livros e café, uma combinação proposta pela Potrica É uma troca constante que lidos no ambiente que mais
permite uma viagem de livros Livros disponíveis para lei- aprouver ao leitor, basta que

L
er enquanto toma um que qualquer pessoa pode pe- pelo mundo fora”, explica Luís tura não são novidade em al- providenciem isso com o res-
café. É o objectivo da gar e ler. A ideia já existe nou- Pereira. guns cafés macedenses, que ponsável do local onde está o
iniciativa “Pausa para tros locais do país e do mun- Os livros estão identifica- aderiram à iniciativa “Baús de baú. Mas há uma grande dife-
a Leitura”. A partir do dia 5 de do. Em Macedo surge através dos com um marcador onde Leitura” promovida pela Biblio- rença em relação ao crossing
Novembro dois cafés de Mace- da Associação Potrica. Luís se explica a actividade desig- teca de Macedo de Cavaleiros, book: os livros têm que voltar
do de Cavaleiros passaram a Pereira, um dos dirigentes da nada “Pausa para a leitura”. A que tem em circulação quase sempre ao baú. É assim uma
ter livros em cima das mesas associação refere quais são os iniciativa conta com o apoio do 1000 livros em diversos pon- biblioteca. n
| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 |
Cultura 17

horóscopo ler ouvir


Capricórnio NJão seja masoquista nem Dama de Espadas
se martirize. Atente mais às Dobro dos Sentidos
coisas positivas da sua vida e Mário Zambujal
22 de Dezembro
verá que o mau ficará relativi- Paulo Praça
19 de Janeiro zado e mais suportável. Depois do sucesso nos
“Amália Hoje”, Paulo Praça
Aquário Capacidade de comunicação regressa com o novo álbum
incrementada, portanto qpro- “Dobro dos Sentidos”, cujo
veite para marcar reuniões, ir primeiro single “Um Amor
20 de Janeiro
ou simplesmente ter a conver- Alheio” já estreou. O novo
18 de Fevereiro sa que tem vindo a adiar. disco conta com alguns con-
No seu caso o amor está em vidados especiais, como Rui
Peixes Reininho e Mónica Ferraz
alta. É uma boa altura para se
aprofundar uma ligação exis- (Mesa). De sublinhar ainda a
19 de Fevereiro autoria das letras, a cargo do
tente, ou para começar uma A história de um amor
20 de Março nova relação. escritor Valter Hugo Mãe. n
desecontrado, que taravessa
uma década e dois continen-
Carneiro Altura para expressar livremen- tes, contada no ritmo rápido e
te e mostrar o seu verdadeiro
21 de Março
eu. Mais energia e vitalidade,
envolvente de Zambujal.
Blues & The City
irão fazê-lo sentir necessidade A Arte e o Modo
20 de Abril de reconhecimento.
Vários
de Abordar o Colectânea, em três cds
Touro Sentirá o apelo do prático, das do melhor dos Blues, pas-
coisas mundanas e tenderá a seu Chefe sando por todos os grandes
concentrar-se nas tarefas do
Georges Perec
21 de Abril nomes, e outros tantos algo
quotidiano e do trabalho. desconhecidos. Boa quali-
20 de Maio
dade de som, especialmente
nos temas mais antigos, pos-
Gémeos Aproveite esta sua fase mais
tomamente remasterizadfos
descontraída e aproxime-se
em formato digital. Bem pre-
das crianças, pois a sua jovia-
21 de Maio sente a alma e a sonoridade
lidade é um óptimo escape à
20 de Junho típica dos Blues, melancólica
rotina.
e cheia de ritmo.n
Caranguejo Sentirá maior equilíbrio entre
os seus, família e amigos pró-

ver
ximos. É natural que alguém o
21 de Junho
procure para ajudar em assun-
22 de Julho tos financeiros. Jogo de palavras com
o conteúdo de uma frase
Leão As forças do subconsciente planeada por um funcioná- Predadores
parecem afectar actitudes e rio que pretende pedir um
emoções. Tente aceitar esta aumento ao seu chefe. As
23 de Julho
fase mais conturbada e peça variantes são hilariantes e Robert Rodriguez
22 de Agosto desculpa aos que afectar. imperdíveis.

Virgem Mais energia mental, significa


uma maior capacidade intelec-
Como o Estado Robert Rodriguez apre-
senta Predadores, um novo
23 de Agosto
tual e criatividade acentuada. Gasta o Nosso e arrojado capítulo na saga
Mas lembre-se de descansar
22 de Setembro o corpo. Dinheiro ‘Predador’. Adrien Brody en-
cabeça o elenco como Roy-
Balança A segurança financeira assu- Carlos Moreno ce, um mercenário que, relu-
me um papel importante na tantemente, lidera um grupo
sua vida, mas lembre-se de de soldados de elite numa
23 de Setembro misteriosa missão num pla-
pedir ajuda nas situações de
22 de Outubro maior aperto. neta alienígena.
À exepção de um médi-
Escorpião Uma maior capacidade de pre- co caído em desgraça, todos
monição e adivinhação pode- são assassinos impiedosos
23 de Outubro rão criara situações de medo – mercenários, gangsters,
e conflito, trazendo ansiedade criminosos e membros de
21 de Novembro
e tristeza. esquadrões de morte – “pre-
“É o nosso dinheiro. São os dadores” humanos.
Sagitário Analise o seu passado, atitu- nossos impostos. Saiba como Mas quando começam a ser sistematicamente caçados e
des e decisões de forma cal- o Estado os tem vindo a gas- eliminados por um inimaginavelmente cruel alienígena, torna-se
ma e analítica. Vai ver que tal tar.” Carlos Moreno, Juíz Conb-
22 de Novembro claro que agora eles são as presas. n
exercício lhe trará uma tran- selheiro do Tribunal de Contas
21 de Dezembro quilidade interior. expõe os gastos do estado.

JORNAL CIPRESTE N.º 14 QUENTA EUROS. ca, contínua e pública, desde há mais de vinte referida freguesia de Vilarchão, onde residem ros e trinta e oito cêntimos;
18 DE Novembro de 2010 DOIS: Prédio rústico composto por terra com anos, conduziu à aquisição dos mencionados na Rua Vale de Nabais, n°18, declararam que, Que estes prédios não se encontram descri-
oliveiras, com a área de mil setecentos e oitenta prédios por usucapião, que expressamente in- com exclusão de outrém, os seus representa- tos na Conservatória do Registo Predial de Al-
metros quadrados, sito no lugar de Ameixoeira, voca, justificando o seu direito de propriedade dos são donos e legítimos possuidores de: fândega da Fé. Que tais prédios vieram à posse
CARTÓRIO NOTARIAL a confrontar de Norte com José Bernardo, de para efeitos de registo predial, dado o modo de N°1 - Prédio rústico, terra de centeio, vinha dos seus representados, por doação verbal que
da Notária Lic. Sul com Justino Lopes, de Nascente com Flo- aquisição não poder ser provado pelos meios e oliveiras, no sítio de Rodela, freguesia de lhes foi feita, por volta do ano de mil novecentos
Cecília Vaz Ribeiro rinda da Anunciação e de Poente com José Ber- extrajudiciais normais Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, com e oitenta e cinco, por seu pai e sogro Amador
nardo Lopes, não descrito na Conservatória do Mirandela, onze de Novembro de dois mil a área de dois mil seiscentos e vinte metros Pires, já falecido, residente que foi na dita fre-
Rua de Santo António Registo Predial de Mirandela, inscrito na matriz e dez. quadrados, a confrontar do norte com caminho, guesia deVilarchão, não tendo nunca sido cele-
predial respectiva sob o artigo 977, com o valor O/A Colaborador/a (Assinatura ilegível) nascente com Belmiro da Pureza Borges, sul brada a competente escritura. Que, assim, os
Mirandela
patrimonial de 14,22€, a que atribui o vaior de Conta registada sob o n° 2192. e poente com José António Borges, inscrito na seus representados possuem os referidos pré-
Certifico para efeitos de publicação que, por CINQUENTA EUROS. matriz sob o artigo 248, com o valor patrimonial dios, há mais de vinte anos, em nome próprio,
escritura de Justificação, lavrada neste Cartório Que os identificados imóveis vieram à pos- igual ao atribuído de dezoito euros e setenta de boa fé, na convicção de serem os únicos
Notarial, no dia onze de Novembro de dois mil e se e domínio do justificante, por compra verbal cêntimos; donos e plenamente convencidos de que não
JORNAL CIPRESTE N.º 14
dez, com início a folhas vinte e quatro do Livro que fez a António Jacinto Lopes e mulher Maria N°2 - Prédio rústico, terra com oliveiras e lesavam quaisquer direitos de outrém, à vista
de Notas para Escrituras Diversas número Vin- de Lurdes Abreu de Vasconcelos, já falecidos, 18 DE Novembro de 2010 sobreiros, no sítio de Sobralhal, freguesia de de toda a gente e sem a menor oposição de
te e nove, ISIDRO JOSÉ FERREIRA (N.I.F. 154 residentes que foram no Porto, compra essa Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, com quem quer que fosse desde o início dessa pos-
796 310), solteiro, maior, natural da freguesia não reduzida a escritura pública e que ocorreu CARTÓRIO NOTARIAL DE a área de mil metros quadrados, a confrontar se, a qual sempre exerceram sem interrupção,
de Romeu, concelho de Mirandela, onde reside entre os interessados no ano de mil novecentos ALFÂNDEGA DA FÉ do norte com Henrique José Marcelino, nascen- cultivando-os, plantando-os, colhendo-lhe os
no lugar de Vimieiro, declarou: Que, com ex- e oitenta e seis. te e sul com Amador Inocêncio e poente com frutos, pagando as respectivas contribuições,
clusão de outrem, é dono e legítimo possuidor Que desde essa data e até hoje, seja, há herdeiros de Belmiro Pureza Borges, inscrito tudo como fazem os verdadeiros donos, sendo
Justificação
dos seguintes imóveis, sitos na freguesia de mais de vinte anos, é o justificante que, sem na matriz sob o artigo 2168, com o valor pa- por isso uma posse de boa fé, pacífica, contí-
Romeu, concelho de Mirandela, a que atribui o oposição de quem quer que seja, possui os Certifico, para efeitos de publicação, que por trimonial igual ao atribuído de oito euros e oito nua e pública, pelo que adquiriram os prédios
valor global de CEM EUROS. mencionados prédios, os utiliza, cultivando-os, escritura de justificação, lavrada neste Cartório cêntimos; por usucapião, não tendo todavia, dado o modo
UM: Prédio rústico composto por lameiro de limpando-os, colhendo os respectivos frutos, na data de hoje, exarada a folhas trinta e seis, N°3 - Prédio rústico, terra para centeio com de aquisição, documento que lhes permita fa-
feno, com a área de duzentos e oitenta metros usando e fruindo de todas as utilidades pro- do Livro de Notas para Escrituras Diversas nú- oliveiras e amendoeiras, no sítio de Sobralhal, zer prova do seu direito de propriedade perfeita.
quadrados, sito no lugar de Carvalhinho, a con- porcionadas pelos mesmos, considerando-se mero cento e vinte e sete- "D", HUMBERTO freguesia de Vilarchão, concelho de Alfândega Está conforme o original, na parte transcrita.
frontar de Norte com Justino dos Anjos Lopes, e sendo considerado como seu único dono, na JOSÉ PIRES, casado, natural da freguesia de da Fé, com a área de dois mil e setecentos
de Sul com António Maria Guerra, de Nascente convicção de que não lesa quaisquer direitos de Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, onde metros quadrados, a confrontar do norte com Cartório Notarial de Alfândega da Fé, 23 de
com Ribeira e de Poente com Valentim César outrem, tendo a sua actuação e posse sido de reside na Rua do Curral Grande, n°3, na quali- Amador Inocêncio, nascente com Alexandre Setembro de dois mil e dez
Pires, não descrito na Conservatória do Registo boa fé, sem violência, sem interrupção e à vista dade de PROCURADOR de LUCINDA DO CÉU Nascimento Pereira, sul com Maria Patrocínio A Ajudante, Maria Luísa Fonseca Lopes Le-
Predial de Mirandela, inscrito na matriz predial da generalidade das pessoas que vivem na fre- PIRES, NIF.212227688 e marido VALDEMAR Martins e poente com Ismael Santos Borges, gomha
respectiva sob o artigo 1242, com o valor patri- guesia onde se situam os prédios. JOSÉ ROQUE, NIF. 178063126, casados no re- inscrito na matriz sob o artigo 2172, com o valor Conta: Art0204.4 23€
monial de2,09€, a que atribui o valor de CIN- Que essa posse em nome próprio, pacífi- gime da comunhão de adquiridos, naturais da patrimonial igual ao atribuído de vinte e sete eu- Registado sob o nº: (não mencionado)
18 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

http://noticias.sapo.pt/cartoon/

A solta na net consciências e condenados ao-


esquecimento.
Ninguém quer saber a ver-
dade. Ou, pelo menos, tentar
saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade
sobre o caso Casa Pia, nem sa-
beremos quem eram as redes e
os "senhores importantes" que
Cavalgaduras... alguma coisa tivesse um fim, vidamente punidos? portância, o da cunha para a abusaram, abusam e abusarão
Excelente artigo de ponto final, assunto arrumado. Vale e Azevedo pagou por sua filha. de crianças em Portugal, sejam
Clara Ferreira Alves: Não se fala mais nisso. Vive- todos? E aquele médico do Hospital rapazes ou raparigas, visto que
mos no país mais inconclusivo Quem se lembra dos doen- de Santa Maria, suspeito de ter os abusos sobre meninas fica-
«Não admira que num país do mundo, em permanente agi- tes infectados por acidente e assassinado doentes por negli- ram sempre na sombra.
assim emerjam cavalgaduras, tação sobre tudo e sem concluir negligência de Leonor Beleza gência? Exerce medicina? E os Existe em Portugal uma
que chegam ao topo, dizendo nada. com o vírus da sida? que sobram e todos os dias vão camada subterrânea de segre-
ter formação, que nunca adqui- Desde os Templários e as Quem se lembra do miúdo praticando os seus crimes de dos e injustiças, de protecções
riram, que usem dinheiros pú- obras de Santa Engrácia, que electrocutado no semáforo e colarinho branco sabendo que e lavagens, de corporações e
blicos (fortunas escandalosas) se sabe que, nada acaba em do outro afogado num parque a justiça portuguesa não é ape- famílias, de eminências e repu-
para se promoverem pessoal- Portugal, nada é levado às úl- aquático? Quem se lembra das nas cega, é surda, muda, coxa tações, de dinheiros e negocia-
mente face a um público acríti- timas Consequências, nada é crianças assassinadas na Ma- e marreca. Passado o prazo da ções que impede a escavação
co, burro e embrutecido. definitivo e tudo é improvisado, deira e do mistério dos crimes intriga e do sensacionalismo, da verdade.
Este é um país em que a temporário, desenrascado. imputados ao padre Frederico? todos estes casos são arqui- Este é o maior fracasso da
Câmara Municipal de Lisboa, Da morte de Francisco Sá Quem se lembra que um dos vados nas gavetas das nossas democracia portuguesa.»
desde o 25 de Abril distribui ca- Carneiro e do eterno mistério raros condenados em Portugal,
sas de RENDA ECONÓMICA que a rodeia, foi crime, não foi o mesmo padre Frederico, aca-
- mas não de construção eco- crime, ao desaparecimento de bou a passear no Calçadão de
nómica - aos seus altos fun- Madeleine McCann ou ao caso Copacabana? http://portugalglobal.blogspot.com/2009/03/nao-
cionários e jornalistas, em que Casa Pia, sabemos de ante- Quem se lembra do autar- admira-que-num-pais-assim-emerjam.html
estes últimos, em atitude de mão que nunca saberemos o ca alentejano queimado no seu
gratidão, passaram a esconder fim destas histórias, nem o que carro e cuja cabeça foi roubada
as verdadeiras notícias e pas- verdadeiramente se passou, do Instituto de Medicina Legal?
saram a "prostituir-se" na sua nem quem são os criminosos Em todos estes casos, e
dignidade profissional, a troco ou quantos crimes houve. muitos outros, menos falados
de participar nos roubos de Tudo a que temos direito são e tão sombrios e enrodilhados
dinheiros públicos, destinados informações caídas a conta-go- como estes, a verdade a que ti-
Prémio Nobel da Coragem
a gente carenciada, mas mais tas, pedaços de enigma, peças vemos direito foi nenhuma.
honesta que estes bandalhos. do quebra-cabeças. E habituá- No caso McCann, cujos de-
Em dado momento a activi- mo-nos a prescindir de apurar senvolvimentos vão do esca-
dade do jornalismo constituiu- a verdade porque intimamente broso ao incrível, alguém acre-
se como O VERDADEIRO achamos que não saber o final dita que se venha a descobrir o
PODER. Só pela sua acção se da história é uma coisa normal corpo da criança ou a condenar
sabia a verdade sobre os po- em Portugal, e que este é um alguém?
dres forjados pelos políticos e país onde as coisas importan- As últimas notícias dizem
pelo poder judicial. Agora con- tes são "abafadas", como se vi- que Gerry McCann não seria
tínua a ser o VERDADEIRO vêssemos ainda em ditadura. pai biológico da criança, contri-
PODER mas senta-se à mesa E os novos códigos Penal buindo para a confusão desta
dos corruptos e com eles par- e de Processo Penal em nada investigação em que a Polícia
tilha os despojos, rapando os vão mudar este estado de coi- espalha rumores e indícios que
ossos ao esqueleto deste povo sas. Apesar dos jornais e das não têm substância.
burro e embrutecido. Para ga- televisões, dos blogs, dos com- E a miúda desaparecida
rantir que vai continuar burro putadores e da Internet, apesar em Figueira? O que lhe acon-
o grande cavallia (que em por- de termos acesso em tempo teceu? E todas as crianças de-
tuguês significa cavalgadura) real ao maior número de notí- saparecidas antes delas, quem
desferiu o golpe de morte ao cias de sempre, continuamos as procurou? E o processo do
ensino público e coroou a ac- sem saber nada, e esperando Parque, onde tantos clientes
ção com a criação das Novas nunca vir a saber com toda a buscavam prostitutos, alguns
Oportunidades. naturalidade. menores, onde tanta gente
Gente assim mal formada Do caso Portucale à Ope- "importante" estava envolvida,
vai aceitar tudo e o país será o ração Furacão, da compra o que aconteceu? Arranjou-se
pátio de recreio dos mafiosos. dos submarinos às escutas ao um bode expiatório, foi o que
A justiça portuguesa não é primeiro-ministro, do caso da aconteceu.
apenas cega. É surda, muda, Universidade Independente ao- E as famosas fotografias de
coxa e marreca. caso da Universidade Moderna, Teresa Costa Macedo? Aquelas
Portugal tem um défice de do Futebol Clube do Porto ao em que ela reconheceu imensa
responsabilidade civil, criminal Sport Lisboa Benfica, da cor- gente "importante", jogadores
e moral muito maior do que o rupção dos árbitros à corrup- de futebol, milionários, políticos,
seu défice financeiro, e nenhum ção dos autarcas, de Fátima onde estão? Foram destruídas?
português se preocupa com Felgueiras a Isaltino Morais, Quem as destruiu e porquê?
isso, apesar de pagar os custos da Braga Parques ao grande E os crimes de evasão fiscal
da morosidade, do secretismo, empresário Bibi, das queixas de Artur Albarran mais os negó-
do encobrimento, do compadrio tardias de Catalina Pestana às cios escuros do grupo Carlyle
e da corrupção. de João Cravinho, há por aí al- do senhor Carlucci em Portu-
Os portugueses, na sua in- guém quem acredite que algum gal, onde é que isso pára?
finita e pacata desordem exis- destes secretos arquivos e seus O mesmo grupo Carlyle
tencial, acham tudo "normal" e possíveis e alegados, muitos onde labora o ex-ministro Mar- http://andremendes.wordpress.com/2009/10/28/
encolhem os ombros. Por uma alegados crimes, acabem por tins da Cruz, apeado por causa premio-nobel-da-coragem/
vez gostava que em Portugal ser investigados, julgados e de- de um pequeno crime sem im-
| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 19

Cavaleirada Ó Maria, onde vais?


Vou ver se a central de
Agora nunca se sabe quando as
obras estão, ou não estão, ou
camionagem estão a fazer o que já está feito!
já está feita

!?!
!?

Juliano Silva

Suaves
Sabia que... Macedo no seu melhor
… Portugal padece de um grande mal: o mal dos “direitos
adquiridos” (Miguel Sousa Tavares)

… Corremos o risco de até 2013 andarmos no vale dos aflitos


e depois passarmos para o desfiladeiro da tragédia (José Gomes
Ferreira, comentador de economia, da SIC)

… Num concelho onde falta tanta coisa há obras que dois


anos depois de finalizadas, se voltam a fazer?

… Pedro Gaspar, ao volante de um Datsun 1200 Sedan, na


ganhou a prova Troféus Históricos de Borgonha, na França?

... A Associação Terras Quentes e o Museu de Arqueologia


vêm para Macedo? Não Sabia? Então é porque ainda não leu a
página 14 do Cipreste!

… A autarquia macedense ultrapassou o limite legal estabe-


lecido para o endividamento em 1.638.013,80€ (Diário da Repú-
blica, Despacho nº 15198/2010)

.... havia aqui


um sudoku,
mas a cimeira Se calhar deviam ter protecção para andar no telhado da câmara.
da NATO não Mas há pelo menos um que não cai de certeza…
brinca...

http://noticias.
sapo.pt/
cartoon/

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5340 Macedo de Cavaleiros curiosidade de alguma criança? Fica na rua que liga o edifício Maria da Fonte aos prédios do DyD.

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20 | 25 de Novembro de 2010 | CipresteMundo
|
A República da Irlanda é um estado soberano e ocupa cerca de 5/6 da
ilha da Irlanda, dado que extremo Norte da ilha, a Irlanda do Norte,
pertence ao Reino Unido.
Desde 2008 que o país atravessa uma crise económica que começou
com o colapso do seu mercado imobiliário, arrastando os bancos e
investimentos dele dependentes.

Mundo
Irlanda
um caso de
sucesso
à beira do
abismo
Texto e Imagem Paulo Nunes dos Santos

Outrora visto como um exemplo de su-


cesso a seguir, a Irlanda está agora à beira
do abismo. O frágil Governo de coligação
entre Fianna Fail e o Green Party tem em
mãos uma crise económica sem precedentes numa entrevista a um canal de televisão nacional. “A
que põem em causa a soberania do país e a ansiedade e falta de esperança da população está a
estabilidade financeira da Zona Euro. A his- dar origem ao desespero e á cólera que transforma-
toria é simples, a banca arrisca e faz grandes rão a política Irlandesa num tipo de “Tea Party” como
o dos Estados Unidos, dando origem a uma nova
empréstimos para investimentos questioná-
extrema-direita anti-Europa”.
veis, os reguladores ignoram os excessos Mark, de 26 anos, licenciado em marketing, está
dos financiadores e os contribuintes acabam convicto que o Governo é o culpado pela situação
por pagar a conta. actual do país, por financiar os bancos que “empres-
tavam quantias ridículas de dinheiro a amigos para
Edward Doran, de 20 anos de idade, trabalha e investir em imobiliário”. Acrescenta ainda que “os es-
estuda arduamente. Mas até ao final do mês o seu tudantes não deveriam de ter de pagar pelos erros
futuro será decidido por forças que vão além do seu do governo e dos amigos banqueiros”. Mark acredita
controlo e que, aparentemente, vão também para que “vai levar anos para resolver esta confusão”. “O
além do controlo do seu governo. É que a Irlanda futuro da minha geração está a ser destruído”, con-
está á beira da banca rota. Alguns economistas clui.
acreditam que já lá está. Morgan Kelly veio já afirmar que os cortes na
As últimas semanas não têm sido fáceis. A espe- função publica são “um mero exercício de futilidade”
culação sobre a necessidade de recorrer ao Fundo quando comparados aos 50 mil milhões aprovados
europeu de estabilização financeira para enfrentar para financiar a banca. “Qual é a lógica em redistri-
a grave crise económica, que abala a nação desde buir gastos, se o iceberg das perdas bancarias nos
2008, empurrou os custos de empréstimo a um nível No dia 7 de Setembro o Governo vai apresentar um orça-
vai levar ao fundo de qualquer das maneiras?” O
histórico, criando uma desconfiança dos investidores mento com a mais severas reduções na historia irlandesa.
economista conclui com convicção que “nos próxi-
na retoma do país. Esta quarta-feira os títulos da dí- Os detalhes estão ainda por revelar, mas as figuras são as-
mos seis a sete anos, cada centavo de imposto pago
vida soberana com maturidade a 10 anos atingiram sustadoras:
por cidadãos irlandeses será para cobrir os gastos
um máximo de 8,25%. da banca”. n - A Irlanda tem de facturar 15 mil milhões de euros até 2014;
Até agora as manifestações de trabalhadores e - No próximo ano tem de poupar 6 mil milhões de euros;
de estudantes têm sido pacíficas. Muitos deles di-
zem-se até chocados com as imagens televisivas da Legenda - A despesa pública vai baixar em 4.5 mil milhões de
euros em 2011;
violência provocada pelos seus colegas ingleses nas - O aumento de impostos tem de gerar 1.5 mil milhões
Em Cima
ruas de Londres. No entanto, afirmam que o mesmo Fritem os Banqueiros! de euros nos próximos 12 meses.
poderá brevemente ocorrer em Dublin.
O economista Morgan Kelly prevê um aumento Em Cima e à Direita
maciço de hipotecas e uma rebelião popular violen- Desemprego fora de controle. Reportagem publicada na edição impressa do jornal
ta. Os primeiros sinais já são visíveis, afirma Kelly É tempo de agir! Expresso no dia 20/11/2010

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