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Cipreste
| Entrevista P
1.00 €
II série nº 14 Mensal
22 de Novembro de 2010
Director: Rui Miranda
Fundado em 1997
Já há ligação do IP2 e
IP4 à Zona Industrial Associação de Beneficiários
de Macedo de Cavaleiros
AZIBO RURAL
Nº 12 - Mensal - 18 de Novembro de 2010 - Director: Helder Fernandes
EDITORIAL
N
o dia 14 de Outubro, terminou a época de rega de
2010, bem como o serviço dos colaboradores contra-
tados para a referida época, este ano houve menos
dias de rega do que o ano passado fruto das primeiras águas
que caíram e evitaram a necessidade de disponibilizar água por
mais dias.
Este segundo ano de responsabilidade desta direcção ficou
marcado por uma maior intervenção da ABMC para o ano cor-
rer dentro do que é normal, houve a necessidade de por em
funcionamento a viatura da Associação para pontualmente ser-
vir e apoiar os serviços, mas a sua utilização revelou-se ser ab-
solutamente necessária até ao final da época de rega, havendo Cogumelo tem grande
necessidade da ABMC custear despesas que não lhe compe-
tia, mas as contingências orçamentais do Estado levaram-nos
a decidir pela necessidade de apoiar mais do que era a nossa valor económico mas
responsabilidade acordada e contratualizada com os serviços
da DGADR para bem dos serviços prestados pelo Aproveita-
mento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros e dos utilizado- está subaproveitado
res do regadio.
P
Com as dificuldades orçamentais com que se depara o odence voltou a re- cargo da Associação Terras do
Estado, a ABMC assumiu a sua responsabilidade, mas fica a ceber curso de inicia- Roquelho, mostrou interesse na
preocupação crescente para o próximo ano, daí a necessidade ção micologica. Com criação de um Centro de Estudo
de preparar a ano de 2011 com antecipação para tentar evitar
menos adesão mas o mesmo e Desenvolvimento do Cogume-
surpresas.
A disponibilidade de água do AHMC é essencial para o de- entusiasmo. A organização a lo, mas não há verbas. Ainda.
senvolvimento de culturas agrícolas, que de outra forma poriam
em causa o seu desenvolvimento e instalação, fruto de estar
disponível em quantidade e qualidade, mas está dependente do
esforço financeiro do Estado visto a sua exploração ser deficitá-
ria (receitas - custos) = saldo negativo.
O saldo só seria positivo se tivéssemos a agricultura de
acordo com as expectativas que levaram o Estado a investir
na criação da infra-estrutura, mas o desenvolvimento da acti-
vidade agrícola tem sofrido revés que deve fazer repensar os
responsáveis políticos para as consequências do abandono da
TERRA.
A nós (ABMC) cabe-nos defender a continuação do regadio, Edroso Ovelha Churra
mas cabe a cada utilizador do regadio assumir a sua respon-
sabilidade e tornar-se sócio da Associação de Beneficiários de recebeu a Badana
Macedo de Cavaleiros, para uma maior representatividade e
força desta Associação na defesa do Aproveitamento Hidroagrí- VIII Feira cresceu 20%
cola de Macedo de Cavaleiros.
A direcção
da Castanha num ano
Análises clínicas
do hospital foram
fechadas depois
O que os empresários tanto pediam, o que os de Lamas ou passar no meio da Amendoei-
políticos tanto prometeram, já existe. Agora é ra. Fomos saber o que os empresários tem a das 16.00 horas,
possível ir à zona industrial sem ir ao pontão dizer. Destaque |P 2 mas concelho de
administração já
PS faz queixa da recuou da decisão
autarquia ao Macedo |P 6
Avenida
almoços
jantares
A concelhia do PS de Macedo de Segundo o PS a obra deveria ter sido casamentos
Cavaleiros apresentou umas queixa no realizada em 2008, a autarquia deu-a batizados
ministério público dirigida à autarquia por concluída, recebeu a comparticipa- Tel.: 278 421 236
festas
macedense por alegadas irregularidades ção comunitária mas não fez a obra. Av. D. Nuno Álvares Pereira
numa obra que deveria levar água às al- A autarquia diz que a obra está re- Macedo de Cavaleiros
deias do norte do concelho: Vilarinho de alizada.
Agrochão, Lamalonga, Fornos de Ledra, O cipreste foi ver, no terreno, o que
Vila Nova da Rainha e Argana. se passa. Reportagem |P 3 quartos equipados: aquecimento central
ar condicionado - wc privativo - televisão
ORÇAMENTOS GRÁTIS
2 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste | Destaque
“Isto vai dar, penso eu, um ser muito grande à região. A obra peca só pelo tardio. Julgo que esta não vai ser a configu-
ração final, que isto é provisório, e a obra concluída ainda vai ser melhor.” António Morais
“Tenho a certeza de que com este novo acesso teremos cá mais empresas. Até a possibilidade de abrir um café, algo que
não se justificava por haver tão pouca gente aqui sediada.” Rita Martins
Discurso directo
António Morais
António Gomes
Jorge Martins Hugo Borges
Rita Martins (na foto) Operador Central
Sócio-gerente Sócios Responsável
Sodinorte Basmorais Brivel
Ainda não temos os benefícios, mas esperamos vir Instalamo-nos aqui em 2007, e tínhamos já estas Tínhamos muitas dificuldades em ter acesso à IP4,
a ter com o acesso directo. Para nós que trabalhamos instalações em 2002, porque na altura nos prometeram e agora com este acesso ficamos praticamente directos.
com reboques e camiões TIR de grande dimensão, era que ia ter este nó, e só agora se concretizou. Era algo Tínhamos que fazer o desvio pela nacional, tínhamos
complicado chegarem cá os fornecedores e fazer a dis- que já podiam ter feito há muito tempo, este pedaço de que ir a Vale Pradinhos para poder entrar aqui, e não po-
tribuição, pois não podem passar por estradas peque- estrada. Não precisava de ser aqui, mas algo mais direc- díamos entrar pela Amendoeira pois os nossos camiões
nas. Melhorou muito o acesso para quem vem de Bra- to, que desse acesso à zona industrial. Foram adiando não conseguiam passar por lá.
gança, bem como para quem vem do Porto. As pessoas todos os anos. A nossa dificuldade principal era os inertes que vêm
sabiam onde estávamos, mas não sabiam como vir ter Trouxe-nos muitos prejuízos o facto de não termos da nossa sede em Vila Real, bem como o betão. Ou
aqui, apesar de estarmos mesmo ao lado do IP4. este nó há mais anos atrás, mas ainda bem que está fei- seja, era complicado chegar cá os materiais, e os for-
Muita gente comprou aqui lotes com a promessa de to e esperemos que os prejuízos reais se consigam re- necedores, bem como proceder à distribuição do betão.
ligação directa ao IP4, e acabou por não construir. Aliás, cuperar agora. Antes da rotunda, o cliente passava aqui, Tinha que ser pelo Romeu, e depois pela nacional, para
quando viemos para a zona industrial não havia nada, e não sabia como chegar a nós, agora não, é directo. chegar aqui. Agora não, é muito mais fácil, entram direc-
as pessoas tinham que requisitar a instalação de água Houve sérios riscos da empresa fechar, pois além da tamente na zona industrial.
e luz, e a pavimentação em frente à nossa empresa foi falta de mão-de-obra qualificada na região, para o nosso Na minha opinião, acho que vai melhorar a zona in-
feita por nós. ramo, a falta do nó dificultou imenso o trabalho da em- dustrial, pois vai ficar muito bem localizada, já estava
Mas tenho a certeza de que com este novo acesso presa, por causa dos camiões com semi-reboques, vo- mas vai ficar ainda melhor. Vai ter acesso para o IP2,
teremos cá mais empresas. Até a possibilidade de abrir lumosos. É complicado vir pela Amendoeira, bem como para a A4 e vai ser muito bom.
um café, algo que não se justificava por haver tão pouca entrar em Romeu, pois as curvas demoram muito tem- Agora, quanto às portagens na A4, eu acho que te-
gente aqui sediada. po. Em termos de fornecedores, clientes e distribuição, é mos que começar a mentalizar-nos que estes benefícios
Eu sou daquelas pessoas que acha que devemos mais rápido agora ir a Vila Real e a Bragança. têm de ser pagos, e antes por mais do que por menos.
pagar o que usamos, e não me importo que a A4 traga Isto vai dar, penso eu, um ser muito grande à região. Para mim como individuo a circular no meu carro é mau,
portagens. Os benefícios da auto-estrada superam os A obra peca só pelo tardio. Julgo que esta não vai ser a mas a empresa com certeza prefere ter o acesso e pa-
custos, se tiver por exemplo que ir ao Porto, pois a des- configuração final, que isto é provisório, e a obra conclu- gar alguma coisa, do que ter aí os camiões a circular em
locação é muito mais rápida. ída ainda vai ser melhor. curva e contra-curva. Nós já estamos aqui há 6 anos,
Este novo acesso à zona industrial deveria estar É uma obra muito boa para nós, mas não concordo e todos os anos prometiam este nó, mas fomos tendo
melhor sinalizado, mas de resto está bem, ainda que se tiverem portagens aqui na A4, isso é mau porque não a noção que apenas ia acontecer quando fizessem a
estejam sempre a alterar a configuração nas obras. l há alternativas viáveis. l auto-estrada. l
Reportagem | Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 3
O PS diz que a autarquia não concluiu uma obra dada como concluída em 2008. E por isso apresentou queixa ao minis-
tério público. Era a obra que levaria água a Vilarinho de Agrochão, Lamalonga, Vila Nova da Rainha, Fornos de Ledra e
Argana. A autarquia diz que já está feita. Desde 29 de Setembro que há máquinas do terreno a concluir a obra.
Reportagem
PS interpôs queixa no ministério público contra a autarquia macedense
Águas Turvas
O
PS de Macedo de sembleia Municipal, realizada a À nossa reportagem o ac- Versões à parte, o Cipres-
Cavaleiros, liderado 19-12-2008, o Sr. Presidente da tual presidente da Junta de Versão da autarquia te sabe que a obra, que tem a
por Rui Vaz, inter- Câmara informa que a referida freguesia de Vilarinho de Agro- designação “Sistema Integra-
pôs no ministério público uma empreitada se encontra con- chão, Manuel Mico, confirmou Contactamos a autarquia do de Adução de Água à Zona
queixa contra a autarquia ma- cluída” sendo que “o montante que a obra foi interrompida em macedense, sobre este assun- Norte do Município – Vilarinho
cedense, liderada por Beraldino pago na gerência - ano de 2008 2008 e se encontra agora em to, que em comunicado infor- de Agrochão/Fornos de Ledra”,
Pinto. O motivo alegado pelo - foi €130 958,63, referente a execução. Mas, segundo Ma- mou o seguinte: foi adjudicada em 2008 e a em-
PS local prende-se com a exe- trabalhos normais, ou seja, a nuel Mico, polémicas à parte, Encontra-se em execução presa Nordinfra – Infra-estrutu-
cução da obra que deverá levar totalidade dos trabalhos que o mais importante é que estas o troço entre o Ponto de Entre- ras do Nordeste Lda, foi para o
água da rede publica, vinda do foram adjudicados, pois cor- populações vão finalmente ter ga que a ATMAD vai executar terreno executar obra. Esta terá
concelho de Vinhais, num ponto respondem ao valor inicial do acesso a água. na conduta do Subsistema de tido solicitações para fazer ou-
de ligação perto da Ervedosa, à contrato.” Acontece que, ainda Recorde-se que estas al- Lomba e Aguieiras, e o reser- tros trabalhos para a autarquia
parte norte do concelho, con- segundo a versão apresentada deias têm tido bastante dificul- vatório do sistema de abaste- e deixou de trabalhar na obra,
cretamente Às aldeias de Vila- pelo PS, “a realidade é bem di- dade no abastecimento de água cimento de água às freguesias referida, que não ficou conclu-
rinho de Agrochão, Lamalonga, ferente, a verdade é que, à pre- na rede pública nos anos mais de Vilarinho de Agrochão e La- ída. A obra foi dada pela autar-
Vila Nova da Rainha, Fornos sente data, (Outubro de 2010) secos. Ainda em 2009, com um malonga. quia como concluída, ainda em
de Ledra e Argana. a empreitada não se encontra verão invulgarmente seco, foi Esta obra é complementar 2008, tendo recebido a compar-
executada, ainda que paga na necessário que algumas destas à do Sistema Integrado de Adu- ticipação comunitária pela obra.
Versão do PS íntegra. aldeias, nomeadamente Lama- ção de Água à Zona Norte do Mas apenas uma pequena par-
Para o PS houve a produ- longa, fossem abastecidas de Município – Vilarinho de Agro- te da obra está realizada. Com
Esta obra tem o nome de ção de documentos falsos que água por parte dos bombeiros chão/Fornos de Ledra, execu- o levantamento da polémica as
“Sistema Integrado de Adução visavam provar a conclusão da de Torre de D. Chama, que tive- tada em 2008, financiada ao máquinas, da mesma empresa,
de Água à Zona Norte do Mu- obra com o objectivo de receber ram dias com necessidade de abrigo de uma candidatura à voltaram para o terreno e, a 29
nicípio – Vilarinho de Agrochão/ a comparticipação comunitária, vários abastecimentos. medida 1.9 da O.N.2. de Setembro de 2010, recome-
Fornos de Ledra”. Segundo o o que terá motivado a apresen- O Cipreste tentou contactar Ambas entrarão em serviço çaram os trabalhos interrompi-
PS, “Na sessão da Assembleia tação da queixa ao ministério o Armindo Vaz, presidente da simultaneamente, logo que o dos em 2008.
Municipal, realizada a 19-02- público. Junta de Freguesia de Vilari- ponto de entrega esteja execu- O Cipreste sabe que os tra-
2008, o Sr. Presidente da Câ- nho da Junta em 2008, à nossa tado pela ATMAD. balhos executados agora, em
mara informa que a referida Versão da junta de fre- reportagem disse não estar ao 2010, fazem parte do caderno
empreitada se encontra adjudi- guesia par da obra já que esta era da Factos de encargos relativo à obra ad-
cada” e que “na sessão da As- responsabilidade do município. judicada em 2008. n
4 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |
“Embora provisória, pessoas e bens, já podem ir directamente do IP2 ou IP4 à Zona Industrial.
Foi bode expiatório pois a ele se atribuiu, tantas vezes, o principal motivo pelo abandono de projectos de instalação na
Zona Industrial. Agora isso deixa de ser argumento. Agora é que iremos poder ver a verdadeira qualidade do nosso tecido
empresarial, a capacidade de investir em criação de mais-valia na cadeia produtiva, de modo a ter opções económicas
competitivas e sustentáveis.”
EDITORIAL
Ideias & debate
A crise e a saúde
N mental dos
ão há melhor para um jornalista que
poder dar uma boa notícia. A ligação
directa entre o, ainda, IP4 e a Zona
portugueses
Industrial de Macedo de Cavaleiros
é recebida com duplo prazer, por um lado é uma
reivindicação macedense que tem mais que uma
década, por outro o momento é oportuno porque
não preciso de fazer um editorial sobre a polémica n Virgínia do Carmo
e as mentiras que envolvem o caso da água de Vi-
também por esta via, “uma oportunidade eco-
J
larinho de Agrochão. á que estamos todos tão embalados
e empenhados em interpretar e buli- lógica no sentido de deixarmos de consumir
A ligação ainda é provisória, mas existe, já não nar ao sabor da crise, vou continuar desenfreadamente”. Claro que, mais do que
é necessário ir ao pontão de Lamas e voltar para a falar dela. Isto porque esta semana li uma voluntário, falamos de um procedimento de-
trás ou ir pelo meio da Amendoeira. notícia que me deliciou até à medula do pen- rivado da necessidade. Todavia, acredito que
samento: “Crise pode melhorar saúde mental estamos presos numa corrente sem margens
Embora provisória, pessoas e bens, já podem ir dos portugueses”. que só pode levar-nos a um lugar: a uma so-
directamente do IP2 ou IP4 à Zona Industrial. Na ressonância imediata do impacto desta ciedade mais madura e elevada. l
descoberta fabulosa a minha tentação foi de-
A reivindicação é antiga falava-se na ligação, duzir: pois… agora ninguém vai ter tanto tem-
ou sua ausência, ainda no tempo de Luís Vaz, foi po para depressões. Mas a teoria não é bem
estandarte de campanhas politicas e movimentou essa. O que se passa é que, de acordo com De facto, este apelo à
muita tinta. a psicóloga Maria Júlia Valério, da Comissão consciencialização cívica
Nacional para a Reestruturação dos Serviços
Foi bode expiatório pois a ele se atribuiu, tan- de Saúde Mental, “a crise económica pode ser é algo que tenho recor-
tas vezes, o principal motivo pelo abandono de uma oportunidade para promover a adopção
de comportamentos mais ecológicos e éticos,
rentemente referenciado
projectos de instalação na Zona Industrial. Agora
isso deixa de ser argumento. Agora é que iremos que conduzam à melhoria da saúde mental como uma oportunidade
dos portugueses”.
poder ver a verdadeira qualidade do nosso tecido
Confesso que a esta altura da incursão
de crescimento do povo
empresarial, a capacidade de investir em criação pelo corpo da notícia o meu entusiasmo esmo- que somos. Mas o proces-
de mais-valia na cadeia produtiva, de modo a ter receu: ora bem, isto vai requerer algum esfor-
opções económicas competitivas e sustentáveis. ço… mas nada de desanimar. Afinal, quando so não é automático, e
Ou se por outro lado vai haver outros bodes-expia- queremos, nós, os portugueses, somos esfor- como disse atrás, requer
tórios, como a crise, a mão-de-obra, a interioridade çados.
Guilhotina económica
n Raquel Mourão
dos e elaborados por, e para, uma ex- tras empresas gigantes possam criar
H
oje em dia discute-se a eco-
nomia como quem discute o clusiva elite com a capacidade para os companhias fantasmas em paraísos
entender e contestar, surge finalmente fiscais e fugir aos impostos devidos so-
tempo, mas dou por mim a
sentir-me cada vez mais burra, incapaz um conjunto de palavras que vão di-
Quanto a medidas, bre o dinheiro que os contribuintes lhes
de perceber os noticiários, os comentá- rectas ao assunto e são para todos. O passam, incrivel- deram. Nem tão pouco devemos acei-
rios dos muitos economistas que falam manifesto é claro, de leitura simples e tar que donos e patrões giram o dinhei-
em taxas e especulações e números foca basicamente aquilo que é capaz de mente, por respon- ro como querem e bem lhes apetece,
sem fim. Tudo me parece uma lingua entender o bom senso de qualquer um. recebendo milhares, esbanjando em
indecifrável e ponho em questão se os Claro está, para os que têm o bom sen- sabilizar quem gere luxos e proveitos próprios, para paga-
meus neurónios não terão hibernado
nesta altura de crise.
so deformado pela ganância e ambição
desmesurada, tenho a certeza que as
o dinheiro, sejam rem uma miséria aos trabalhadores e
os despedirem quando a coisa não lhes
E foi neste modo meio atónito e dor- palavras são fracas e as ideias impossí- gestores, associa- convém.
mente que tropecei no “Manifesto dos veis de aplicar. É absurdo que quem decide o valor
Economistas Aterrados”, documento pu- Ora então estes quatro senhores fa- dos, mercados, ou de um país inteiro, de instituições e ban-
blicado em França por quatro economis- lam da crise e dívida na Europa, mas cos, seja pago para equilibrar a sua de-
tas, de facto, aterrados. Comecei logo poderiam estar a falar do mundo, e ex- bancos, e impedi- cisão, que é como quem dá luvas ao juiz
por me identificar no título, com o medo põem 10 falsas evidências e 22 medi-
que sinto do evoluir das coisas, deste das para sair do beco sem saída. Ou
los de fazerem uma para amaciar a sentença, e óbvio que a
especulação tem que terminar.
mundo globalizado e indiferente que seja, falam das mentiras que os se- auto-gestão que Regular esta treta do mercado aberto
engole diariamente milhões de pobres, nhores banqueiros e especuladores fi- é urgente, pois não faz sentido comprar
devora e tritura, para depois parir meia nanceiros nos têm andado a contar, e apenas defende os os excedentes do rico a preço de ouro e
dúzia de banqueiros e financeiros, aque- a impôr, e propõem uma série de me- não poder consumir o que se produz por
las criaturas que parecem inchar com o didas simples que comprovam a sua seus interesses. Não causa de uma “cota” de mercado que
crescimento da miseria alheia.
Bem, mas deixa-me ir com calma,
falsidade e as eliminam do nosso pa-
norama. Porque sim, esta crise de que
faz sentido nenhum nada tem a ver com a realidade.
E é urgente, imperativo mesmo, au-
antes que a raiva latente tome conta do tanto se fala, tem sido alimentada por que a PT, a EDP e torizar o BCE a emprestar directamente
meu discurso. essas entidades do mundo financeiro, o dinheiro aos estados, ou pelo menos
O que é afinal este manifesto e por- bancos e companhias Lda., que vêm os outras empresas gi- limitar o lucro dos intermediários, para
que está a dar tanto que falar? Porque, seus lucros sempre a crescer, sabe-se acabarmos com a, perdoem a expres-
ao fim de décadas de discursos florea- lá como. Afinal, quando a bolsa caiu em gantes possam criar são, chulice dos bancos e a gula insaci-
1929, caiu tudo. Não se percebe como
é que esta crise é tão má, este terramo-
companhias fantas- ável dos seus gestores e sócios.
Pronto, é isto, parece tão fácil. Agora
Este mundo globa- to abana tudo, rouba reformas, despede mas em paraísos só falta haver quem tenha a coragem de
pessoas, tira abonos e subsidios, mas aplicar estas medidas. Pois, voltamos à
lizado e indiferente enriquece tanto os que há uns meses fiscais e fugir aos estaca zero…
vieram soar o alarme e atirar gasolina à Eu cá não consigo deixar de lembrar
que engole diaria- fogueira da crise. impostos devidos aquele filme dos anos 80, “Ricos e Po-
As falsas evidências são mesmo
sobre o dinheiro
bres”, em que dois velhotes jogam com
mente milhões de evidentemente falsas, e sempre que a vida de pessoas reais como se fossem
pobres, devora e
torcemos o nariz às notícias do mundo que os contribuin- fantoches, e os enriquecem e empobre-
financeiro e depois na nossa humildade cem para seu belo prazer. Como a coisa
de ignorância pensamos estar errados, tes lhes deram. anda, o dito já ganhou quase estatuto de
tritura, para depois estamos a cair na rede criada pelas documentário. l
mentiras perpetuadas por décadas de
parir meia dúzia de repetição. “Manifesto dos Economistas Ater-
Afinal os mercados financeiros não pequeninos. O euro não é a salvação, rados”, é uma iniciativa de um grupo
banqueiros e finan- são eficientes, não favorecem o cresci- numa Europa que se auto-desvaloriza, e de economistas franceses de que
quem se ri disto tudo são os ingelses. E
ceiros, aquelas cria- mento económico e não julgam de forma se destacam André Orléan, Philippe
justa os estados. E a dívida pública de finalmente, a Grécia foi o bode expiató- Askenazy, Thomas Coutrot e Henri
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6 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |
Cuidados Paliativos
Escola da Praça a mais antiga de Macedo pode vir a receber museu de geologia.
A
s quatro escolas do valeiros, tem ali a funcionar cur- tecer no principio de 2011. sepultura à entrada da Capela
primeiro ciclo do ensi- sos de formação para adultos. Com estas mudanças a As- O futuro das duas unidades pode do Fundador, no Mosteiro de
no básico de Macedo A escola do Trinta também sociação Terras Quentes muda passar pela instalação, também Santa Maria da Vitória, na Ba-
de Cavaleiros foram desactiva- já tem uma utilização definida, o seu centro de operações de de unidades museológicas. A talha. A honra deve-a ao facto
das mas as estruturas têm des- vai ser ocupada pela Associa- Salselas para o centro urbano do verificarem-se estas opções a do escudeiro macedense, no 14
tino. Uma já esta ocupada, ou- ção Terras Quentes que deslo- concelho. A associação, que tem escola da Praça das Eiras irá al- de Agosto de 1385, nos campos
tra está em remodelação para calizará para ali os serviços que diversificado muito a sua acção bergar uma unidade museológica de S. Jorge, no desenrolar da
receber os novos inquilinos e estão a funcionar no núcleo de desde a fundação, mantém uma de geologia, que estará ligada ao Batalha Real, ter salvado a vida
as duas restantes têm futuras Salselas da Albuferia do Azibo. forte componente na escavação parque geológico de Morais en- ao rei D. João I de Portugal.
utilizações em vista. Neste momento estão a arqueológica que se prevê que quanto que a escola do Trinta irá O principal obstáculo parece
A escola do Bairro de S. decorrer obras de adaptação continue, principalmente no sítio receber o museu de história, de- ser a obtenção de financiamen-
Francisco é a que menos sente à nova realidade da escola, no da fraga dos Corvos, Vilar do dicado aquele que provavelmen- to para a implementação das
a falta do reboliço das crianças, primeiro andar da estrutura irá Monte. Mestra altura, a necessi- te é o mais ilustre macedense de unidades museológicas.
embora agora sejam adultos a funcionar o museu de arqueo- dade de alojamento pode levar a sempre, embora ainda não tenha A acontecer, a cidade de
utilizar aquele espaço. Cerci- logia, quanto ao andar de cima um regresso a Salselas. uma estátua na cidade: Martin Macedo ficaria com quatro uni-
mac - Cooperativa de Educa- este será reestruturado para O destino das outras duas Gonçalves de Macedo. dades museológicas o que a
ção e Reabilitação de Cidadãos poder receber a oficina de res- unidades de ensino: a escola do Recorde-se que Martin colocaria em destaque no pa-
Inadaptados de Macedo de Ca- tauro. A mudança deverá acon- Toural e a escola da Praça da Ei- Gonçalves de Macedo, tem norama da região. n
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| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 |
Macedo 9
Primeiro Fórum Distrital de Emergência Médica
Cuidados de emergência em
debate
O
Centro Cultural de
Macedo de Cavalei-
ros acolheu no passa-
do dia 10 de Outubro o Primeiro
Fórum Distrital de Emergência
Médica. Uma iniciativa a cargo da
Corporação de Bombeiros local
e do INEM que reuniu médicos,
enfermeiros, bombeiros e outros
profissionais de forma a partilhar
experiências e perceber as ne-
cessidades da região ao nível da
emergência médica. Um distrito
grande e com vias de comunica-
ção nem sempre nas melhores
condições foram os principais
obstáculos apontados pelos pro-
fissionais de emergência médica.
Uma situação que tem sido preo-
cupação do Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM), no-
meadamente através da Viatura
de Emergência Médica (VMER),
disponível em Bragança desde
2006 e do recentemente criado
Heliporto em Macedo de Cava-
leiros que coloca o Heli 3, um
helicóptero mais pequeno que o
habitual mas mais rápido, à dispo-
sição do distrito. Desde que este Jorge Poço abordou o tema dos acidentes vasculares cerebrais
serviço foi iniciado, em Abril deste
ano, o Heli3 já foi solicitado 157 num distrito com uma população o 112. Há aqui um papel muito significativo para a nossa região", ticipantes e acompanhantes.
vezes. Luís Meira, director regio- envelhecida que ao ligar 112, tem grande também a nível da cida- refere o responsável. No dia anterior à realização do
nal do INEM, realça as vantagens alguma dificuldade em respon- dania, a nível de educar, sensibi- O evento contou com parti- fórum, a Secção Desportiva dos
do Heli3: "Efectivamente temos der a todas as perguntas de um lizar e fornecer informação à po- cipantes de todo o país e não Bombeiros de Macedo, organizou
um meio rápido, que em muito protocolo que está previamen- pulação", refere o comandante. apenas ligados a corpos de um curso sobre Suporte Prático
pouco tempo consegue colocar te definido e estabelecido pelo A iniciativa superou as ex- bombeiros, segundo a organi- de Vida mais DAE (Desfibrilador
uma equipa muito diferenciada no próprio Centro de Orientação de pectativas e é para repetir, refere zação do evento também houve Automático Externo). Havia um li-
local”. O director considera, por Doentes Urgentes (CODU). Nós Rómulo Pinto, responsável pela participações de civis, principal- mite de 18 inscrições que ficaram
isso, que o heli3 trouxe uma “me- temos que inverter esta situação secção desportiva dos bombei- mente estudantes das áreas de preenchidas uma semana após
lhoria significativa da capacidade porque há muita gente que vai ros voluntários de Macedo de saúde. O número de participan- a divulgação do cartaz. A organi-
de intervenção do distrito." para as urgências hospitalares Cavaleiros e pela organização tes superou as expectativas e zação abriu mais duas vagas e
No entanto, para João Vences- que muitas vezes precisava de do evento. "Consideramos que teve que ser limitado pela orga- contou com 20 participantes. Esta
lau, comandante dos bombeiros um socorro diferenciado e que um tema actual, de interesse e nização, mesmo assim, estive- adesão mostra o interesse dos
de Macedo de Cavaleiros, o prin- não vai nestes meios porque tem complexo como o de emergência ram em Macedo de Cavaleiros, bombeiros na actualização de co-
cipal problema é outro:"Vivemos essa tal dificuldade em ligar para médica, representaria um desafio cerca de 260 pessoas entre par- nhecimentos profissionais. n
S
ão necessários mais É obvio que nós não podemos
fisioterapeutas e os- bilizada pelo centro de saúde. dar uma actividade com uma
teopatas para res- A vereadora da cultura re- periodicidade semanal… Neste
ponder às necessidades dos força a ideia de que este pro- momento tem actividades men-
idosos do concelho de Macedo jecto é feito da boa vontade sais e quinzenais, vamos ver de
de Cavaleiros. É esta a princi- dos voluntários e deve haver hoje para amanhã o que é que
pal conclusão do Fórum do pro- cada vez mais pessoas a par- conseguimos fazer”
jecto “Envelhecer Activo” que ticiparem. Os utentes estão a A Focus week para o com-
decorreu no dia 4 de Outubro. ter actividades de educação fí- bate à exclusão pretendeu ser
Este projecto leva às ins- sica e musical, artes plásticas. uma semana dedicada à pobre-
tituições e aldeias do conce- O projecto “Envelhecer Activo” za e à exclusão social realizada
lho de Macedo de Cavaleiros conta com o apoio de diversas no âmbito do ano europeu de
técnicos de várias áreas que instituições e associações e foi combate a estes flagelos.
realizam actividades com os criado no início deste ano. Ape- Para além deste fórum, a
idosos. A Câmara Municipal sar das falhas apontadas pelos semana foi assinalada por mais
aproveitou a semana “Focus utentes, o balanço do trabalho actividades. Houve um dia de-
Week para o combate à pobre- feito até agora e debatido nes- dicado às pessoas de etnia
za” para organizar um fórum de Focus week deu espaço a idosos te fórum é positivo na opinião cigana e outro aos problemas
reflexão sobre o trabalho até de Sílvia Garcia. “O balanço da toxicodependência. Em par-
agora realizado. O facto de es- sendo vários os utentes que adora da cultura. A vereadora é extremamente positivo. As ceria com a GNR, foram ainda
tas deslocações às instituições nunca tiveram fisioterapia e defende ainda que estas inicia- pessoas gostariam de ter es- realizadas acções de sensibili-
serem voluntárias fazem com osteopatia. Uma situação que tivas existem para fomentar o tes profissionais de saúde mais zação destinadas aos idosos,
que os técnicos nem sempre a Câmara não pode colmatar, convívio local. vezes mas é muito complicado alertando-os para possíveis si-
consigam chegar a todo o lado, segundo Sílvia Garcia, vere- Neste momento existe ape- para quem está do lado de cá. tuações de burla. n
10 | 25 de Novembro de 2010 | CipresteMacedo
|
Agrupamento de Escolas de
Macedo é melhor do país
O
Agrupamento de
Escolas de Macedo
de Cavaleiros é o
melhor do país a implementar o
Programa Integrado de Educa-
ção e Formação (PiEF).
Evitar o abandono escolar
e fazer regressar alunos que
já abandonaram o ensino é o
objectivo do PIEF. Os profes-
sores sinalizam os alunos em
risco que passam a ser acom-
panhados por técnicos de in-
tervenção, psicólogos e edu-
cadores sociais. Os resultados
têm sido positivos, daí que o
Agrupamento seja considera-
do pelo Programa de Inclusão
e Cidadania (PIEC) aquele
que melhor implementou o
programa no ano lectivo de
2009/2010. Paulo Dias explica
o sucesso do agrupamento no
combate ao insucesso esco-
lar: “O empenho que os pro-
fessores colocam no dia-a-dia
Agrupamento escolar dá exemplo nacional
no trabalho com estes alunos,
mas sobretudo pelo facto de
serem cursos que têm recurso realça ainda o facto de os téc- não havendo uma interacção novo projecto envolve o em- e terá de passar por uma fase
a meios materiais e humanos nicos se deslocarem onde for muito próxima, muito constan- preendedorismo e a criação de de candidaturas. São precisos
acrescidos, o que permite dar preciso para garantir o êxito do te e continuada, a tendência é uma empresa por parte dos alu- recursos humanos especiali-
um acompanhamento e não programa: “Estamos a falar de para eles voltarem a abandonar nos. Estamos a pensar avançar zados na construção de instru-
dar muito espaço para que os alunos que têm problemas com a escola”. com uma empresa que vá fazer mentos musicais. No entanto,
alunos percam o ritmo". a escola, que têm problemas de Inserido no programa PIEF, a construção de instrumentos Paulo Dias conta avançar com
O Presidente do Agrupa- retenção repetida, que têm pro- o agrupamento está a desen- musicais”, revela Paulo Dias. O a iniciativa até ao final do ano
mento de Escolas de Macedo blemas de abandono escolar e volver um novo projecto. “O projecto está ainda em estudo lectivo. n
Proposta ao parlamento
Regional Barragem do Sabor
O
Secretário de Es- Novo acordo inclui
tado do Ambiente, municipios
Humberto Rosa,
confirmou o envolvimento da A compensação da EDP
Associação de Municipios pelo impacto ambiental na re-
do Baixo Sabor (AMBS) na gião corresponde a 3% dos
gestão do Fundo Ambiental futuros lucros da barragem, e
associado à barragem do Bai- conta já com mais de um milhão
xo Sabor. Assim, é dada aos de euros acumulado. São cerca
municípios afectados pela de 500 mil euros por ano cujo
construção da barragem uma destino irá agora contar com a
possibilidade de participarem opinião e interesse do AMBS,
na gestão. constituido pelos municipios de
No início de Setembro, Alfandega da Fé, Macedo de
surgiu a possibilidade de o Cavaleiros, Mogadouro e Torre
Fundo Ambiental ser gerido de Moncorvo.
pelo Instituto da Conservação Para Aires Ferreira, Pre-
Linha do Tua mantem o seu potencial turistico da Natureza e Biodiversidade sidente da AMBS, trata-se de
(ICNB), algo que preocupou uma correcção ao despacho
os municípios que viam assim anterior, em que o presidente
A
pesar da degradação júri votou no mérito e aplica- teriam oportunidade de visitar
evidente da linha do bilidade do projecto de Daniel o património histórico, natural, os fundos a transitarem para do ICNB continua o responsá-
Tua, e da sua quase Conde, que prevê a criação de cultural e gastronómico. Deste Lisboa. Tal foi confirmado pela vel máximo, mas são criados os
certa desactivação como con- um passeio turístico a começar modo, ficariam todas as ofertas Ministrério do Ambiente o mês mecanismos para premitir uma
sequência da construção de no Douro Vinhateiro, passando turísticas da região em desta- passado, ao entregar a ges- gestão de proximidade dos fun-
uma barragem na foz do Tua, pela Terra Quente transmon- que e ao alcance de um só tão do fundo ao presidente do dos, nomeadamente ao alterar
ainda há quem acredite na di- tana, seguida da Terra Fria, passeio. ICNB, em parceria com uma a composição do conselho es-
namização e aproveitamento para terminar na Puebla de Este é o sonho de Daniel comissão estratégica de oito tratégico e ao conceder-lhe po-
de um dos mais belos trajectos Sanábria, na vizinha Espanha. Conde, membro do ao Movi- entidades, deixando assim de derde decisão vinculativo.
ferroviários de Portugal. Seria assim necessário não só mento Cívico pela Linha do fora os organismos da região, No entanto, Humbero Rosa
E aparentemente ideias há preservar a linha do Tua como Tua, que gostaria de ver o seu com interesses próprios a de- salienta que se trata apenas de
muitas, como provou Daniel recuperar a linha até Bragan- projecto aplicado e concretiza- fender quanto à aplicação do um esclarecimento para acabar
Conde, ao ganhar o terceiro ça, para completar a ligação a do, apesar do eminente encer- dinheiro. com as dúvidas levantadas pelo
prémio no concurso da Asso- Espanha. ramento da linha do Tua. Ainda Em resposta aos protestos despacho anterior, que deixava
ciação Acredita Portugal, com Este trajecto seria fei- assim, não deixou de frisar que da AMBS, realizou-se uma de fora o Ministério da Cultura e
um projecto de dinamização to de comboio, e os turistas mesmo com a submersão par- nova reunião para tentar con- os representantes da região, e
turística do Vale do Tua a partir poderiam usufruir de várias cial da Linha, o projecto conti- vencer o Governo a recuar na garantiu a elaboração de novo
da linha turística. De entre mais paragens para visitarem as nua viável, embora com meno- decisão de entregar o fundo contracto que permite a ges-
de 700 projectos a concurso, o diferentes localidades, onde res potencialidades. n ao ICNB. tão de ptoximidade. n
| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 |
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POPH
científica e tecnológica na- verificação das necessidades
S
ou dono de uma empre- e os mecanismos de apoio à adaptação das acções dos ei-
sa metalúrgica e sinto transição para a vida activa; cional através da formação e xos anteriores à região do Al- formativas dos funcionários
99 Promover a igualda- integração profissional de RH garve; da empresa (incluindo os seus
necessidade de investir na de de oportunidades, através altamente qualificados e alar- 9. Lisboa – engloba a dirigentes) e desenvolvimento
formação dos meus fun- de estratégias integradas de gar a base de recrutamento do adaptação das acções dos ei- de acções de formação que
base territorial para a inserção ensino superior; xos anteriores à região de Lis- permitam ultrapassar essas li-
cionários do departamento
social de pessoas vulneráveis 5. Apoio ao empreen- boa; mitações e adequar as capaci-
de produção. Existe algum à exclusão social e combate à dedorismo e à transição para 10. Assistência técni- dades dos funcionários às exi-
desigualdade de género. a vida activa – visa promover ca – destina-se a suportar um gências do próprio sector.
apoio a que possa recorrer?
A actividade do POPH estru- o nível, a qualidade e a mobi- conjunto de actividades asso- A acção 3.2 inclui o desen-
tura-se em 10 eixos prioritários: lidade do emprego, através do ciadas à gestão, acompanha- volvimento de acções de for-
RESPOSTA
1. Qualificação inicial – incentivo ao espírito empresa- mento e controlo interno, ava- mação de reciclagem, de actu-
visa elevar a qualificação dos rial, à integração no mercado liação e informação do POPH. alização e de aperfeiçoamento
No que diz respeito à va- jovens, promovendo a sua em- de trabalho, à transição de jo- O tipo de apoio de que ne- dos conhecimentos dos funcio-
lorização do conhecimento e pregabilidade e a adequação vens para a vida activa e à mo- cessita pode ser enquadrado nários, não visando, por isso, a
formação da população, exis- das suas qualificações; bilidade; nas Acções 3.1.1 – Programa concretização de um plano de
te um Programa Operacional 2. Adaptabilidade e 6. Cidadania, inclusão e de Formação Acção PME ou formação que englobe toda a
do QREN específico: o POPH aprendizagem ao longo da vida desenvolvimento social – visa 3.2 – Formação para a Inova- organização, mas apenas al-
– Programa Operacional Po- – visa o reforço da qualificação criar condições de maior equi- ção e Gestão, ambas perten- guns funcionários.
tencial Humano, que tem como e da adaptabilidade da popula- dade social no acesso a direi- centes ao Eixo Prioritário 3. Os apoios concretos dis-
prioridades estratégicas: ção adulta activa; tos de participação cívica, à A acção 3.1.1 engloba a ponibilizados por estas acções
99 Superar o défice es- 3. Gestão e aperfeiçoa- qualificação e educação e ao criação de um plano de for- serão explicitados no próximo
trutural de qualificações da mento profissional – visa o de- mercado de trabalho; mação integrado, mediante a consultório. n
população portuguesa, con- senvolvimento de um conjunto 7. Igualdade de género
sagrando o nível secundário de formações associadas a – visa a integração da pers-
como referencial mínimo de processos de modernização or- pectiva de género nas estraté-
qualificação; ganizacional, reestruturações gias de educação e formação,
99 Promover o conheci- e reconversões produtivas que a igualdade de oportunidades
mento científico, a inovação e contemplem a promoção da ca- no acesso e na participação no
a modernização do tecido pro- pacidade de inovação, gestão mercado de trabalho, a conci-
dutivo; e modernização das empresas liação entre a vida profissional
99 Estimular a criação e e administração pública; e familiar e a prevenção da vio-
a qualidade de emprego, pro- 4. Formação avançada lência de género;
movendo o empreendedorismo – visa reforçar a capacidade 8. Algarve – engloba a
Sou e Sinto
Cultura
Virgínia do Carmo publica novo livro
Sou e Sinto
“Sou e Sinto” é o nome do o aquilo que eu sinto mas mui- de afectos, de sensibilidade, é dúvida que sim, porque senti- já tinha sido apresentado em
mais recente livro da autora tas vezes aquilo que eu sinto intimista…”. mos que alguém do outro lado Lisboa, no dia 18 de Setembro.
macedense Virgínia do Car- através dos outros. A maneira A maior parte dos textos es- nos lê. Embora não se escreva Conta com um prefácio da es-
mo. Apresentado no dia 22 de como o mundo me toca através tão publicados no blogue da au- para sermos lidos porque este é critora Mel de Carvalho e teve
Outubro no Centro Cultural de dos outros. A maneira como os tora “ Lugar dos sentidos”(http:// o meu segundo livro e eu nunca uma tiragem de 500 exempla-
Macedo de Cavaleiros, o livro afectos dos outros me atingem, olugardossentidos.blogspot. deixei de escrever.”Há um in- res. A editora “Temas originais”
reúne textos de poesia onde o a maneira como os vejo, como com). Desde que foi criado há centivo e um estímulo quando está a distribuí-lo em todo o
imaterial é o mais importante. os interpreto, como eu os sinto um ano e meio, o blogue teve sentimos que aquilo que nós país. Virgínia do Carmo reve-
A autora releva o carácter também. É um livro algo intimis- cerca de 7 mil visitas. A interac- escrevemos tem eco no sentido lou ainda à comunicação social
intimista do novo livro: “É de ta. Não é uma poesia ligada à tividade que a ferramenta elec- e na percepção das outras pes- que, brevemente, pondera vir a
facto aquilo que eu sou e que matéria nem muito à terra, nem trónica permite incentiva a es- soas, é interessante”, confessa publicar um livro de Contos. n
eu sinto. Não necessariamente nada disso. É uma poesia mais critora a escrever mais. “ Sem a autora. O livro “Sou e Sinto”
Macedo de Cavaleiros
L
er enquanto toma um que qualquer pessoa pode pe- pelo mundo fora”, explica Luís tura não são novidade em al- providenciem isso com o res-
café. É o objectivo da gar e ler. A ideia já existe nou- Pereira. guns cafés macedenses, que ponsável do local onde está o
iniciativa “Pausa para tros locais do país e do mun- Os livros estão identifica- aderiram à iniciativa “Baús de baú. Mas há uma grande dife-
a Leitura”. A partir do dia 5 de do. Em Macedo surge através dos com um marcador onde Leitura” promovida pela Biblio- rença em relação ao crossing
Novembro dois cafés de Mace- da Associação Potrica. Luís se explica a actividade desig- teca de Macedo de Cavaleiros, book: os livros têm que voltar
do de Cavaleiros passaram a Pereira, um dos dirigentes da nada “Pausa para a leitura”. A que tem em circulação quase sempre ao baú. É assim uma
ter livros em cima das mesas associação refere quais são os iniciativa conta com o apoio do 1000 livros em diversos pon- biblioteca. n
| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 |
Cultura 17
ver
ximos. É natural que alguém o
21 de Junho
procure para ajudar em assun-
22 de Julho tos financeiros. Jogo de palavras com
o conteúdo de uma frase
Leão As forças do subconsciente planeada por um funcioná- Predadores
parecem afectar actitudes e rio que pretende pedir um
emoções. Tente aceitar esta aumento ao seu chefe. As
23 de Julho
fase mais conturbada e peça variantes são hilariantes e Robert Rodriguez
22 de Agosto desculpa aos que afectar. imperdíveis.
JORNAL CIPRESTE N.º 14 QUENTA EUROS. ca, contínua e pública, desde há mais de vinte referida freguesia de Vilarchão, onde residem ros e trinta e oito cêntimos;
18 DE Novembro de 2010 DOIS: Prédio rústico composto por terra com anos, conduziu à aquisição dos mencionados na Rua Vale de Nabais, n°18, declararam que, Que estes prédios não se encontram descri-
oliveiras, com a área de mil setecentos e oitenta prédios por usucapião, que expressamente in- com exclusão de outrém, os seus representa- tos na Conservatória do Registo Predial de Al-
metros quadrados, sito no lugar de Ameixoeira, voca, justificando o seu direito de propriedade dos são donos e legítimos possuidores de: fândega da Fé. Que tais prédios vieram à posse
CARTÓRIO NOTARIAL a confrontar de Norte com José Bernardo, de para efeitos de registo predial, dado o modo de N°1 - Prédio rústico, terra de centeio, vinha dos seus representados, por doação verbal que
da Notária Lic. Sul com Justino Lopes, de Nascente com Flo- aquisição não poder ser provado pelos meios e oliveiras, no sítio de Rodela, freguesia de lhes foi feita, por volta do ano de mil novecentos
Cecília Vaz Ribeiro rinda da Anunciação e de Poente com José Ber- extrajudiciais normais Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, com e oitenta e cinco, por seu pai e sogro Amador
nardo Lopes, não descrito na Conservatória do Mirandela, onze de Novembro de dois mil a área de dois mil seiscentos e vinte metros Pires, já falecido, residente que foi na dita fre-
Rua de Santo António Registo Predial de Mirandela, inscrito na matriz e dez. quadrados, a confrontar do norte com caminho, guesia deVilarchão, não tendo nunca sido cele-
predial respectiva sob o artigo 977, com o valor O/A Colaborador/a (Assinatura ilegível) nascente com Belmiro da Pureza Borges, sul brada a competente escritura. Que, assim, os
Mirandela
patrimonial de 14,22€, a que atribui o vaior de Conta registada sob o n° 2192. e poente com José António Borges, inscrito na seus representados possuem os referidos pré-
Certifico para efeitos de publicação que, por CINQUENTA EUROS. matriz sob o artigo 248, com o valor patrimonial dios, há mais de vinte anos, em nome próprio,
escritura de Justificação, lavrada neste Cartório Que os identificados imóveis vieram à pos- igual ao atribuído de dezoito euros e setenta de boa fé, na convicção de serem os únicos
Notarial, no dia onze de Novembro de dois mil e se e domínio do justificante, por compra verbal cêntimos; donos e plenamente convencidos de que não
JORNAL CIPRESTE N.º 14
dez, com início a folhas vinte e quatro do Livro que fez a António Jacinto Lopes e mulher Maria N°2 - Prédio rústico, terra com oliveiras e lesavam quaisquer direitos de outrém, à vista
de Notas para Escrituras Diversas número Vin- de Lurdes Abreu de Vasconcelos, já falecidos, 18 DE Novembro de 2010 sobreiros, no sítio de Sobralhal, freguesia de de toda a gente e sem a menor oposição de
te e nove, ISIDRO JOSÉ FERREIRA (N.I.F. 154 residentes que foram no Porto, compra essa Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, com quem quer que fosse desde o início dessa pos-
796 310), solteiro, maior, natural da freguesia não reduzida a escritura pública e que ocorreu CARTÓRIO NOTARIAL DE a área de mil metros quadrados, a confrontar se, a qual sempre exerceram sem interrupção,
de Romeu, concelho de Mirandela, onde reside entre os interessados no ano de mil novecentos ALFÂNDEGA DA FÉ do norte com Henrique José Marcelino, nascen- cultivando-os, plantando-os, colhendo-lhe os
no lugar de Vimieiro, declarou: Que, com ex- e oitenta e seis. te e sul com Amador Inocêncio e poente com frutos, pagando as respectivas contribuições,
clusão de outrem, é dono e legítimo possuidor Que desde essa data e até hoje, seja, há herdeiros de Belmiro Pureza Borges, inscrito tudo como fazem os verdadeiros donos, sendo
Justificação
dos seguintes imóveis, sitos na freguesia de mais de vinte anos, é o justificante que, sem na matriz sob o artigo 2168, com o valor pa- por isso uma posse de boa fé, pacífica, contí-
Romeu, concelho de Mirandela, a que atribui o oposição de quem quer que seja, possui os Certifico, para efeitos de publicação, que por trimonial igual ao atribuído de oito euros e oito nua e pública, pelo que adquiriram os prédios
valor global de CEM EUROS. mencionados prédios, os utiliza, cultivando-os, escritura de justificação, lavrada neste Cartório cêntimos; por usucapião, não tendo todavia, dado o modo
UM: Prédio rústico composto por lameiro de limpando-os, colhendo os respectivos frutos, na data de hoje, exarada a folhas trinta e seis, N°3 - Prédio rústico, terra para centeio com de aquisição, documento que lhes permita fa-
feno, com a área de duzentos e oitenta metros usando e fruindo de todas as utilidades pro- do Livro de Notas para Escrituras Diversas nú- oliveiras e amendoeiras, no sítio de Sobralhal, zer prova do seu direito de propriedade perfeita.
quadrados, sito no lugar de Carvalhinho, a con- porcionadas pelos mesmos, considerando-se mero cento e vinte e sete- "D", HUMBERTO freguesia de Vilarchão, concelho de Alfândega Está conforme o original, na parte transcrita.
frontar de Norte com Justino dos Anjos Lopes, e sendo considerado como seu único dono, na JOSÉ PIRES, casado, natural da freguesia de da Fé, com a área de dois mil e setecentos
de Sul com António Maria Guerra, de Nascente convicção de que não lesa quaisquer direitos de Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, onde metros quadrados, a confrontar do norte com Cartório Notarial de Alfândega da Fé, 23 de
com Ribeira e de Poente com Valentim César outrem, tendo a sua actuação e posse sido de reside na Rua do Curral Grande, n°3, na quali- Amador Inocêncio, nascente com Alexandre Setembro de dois mil e dez
Pires, não descrito na Conservatória do Registo boa fé, sem violência, sem interrupção e à vista dade de PROCURADOR de LUCINDA DO CÉU Nascimento Pereira, sul com Maria Patrocínio A Ajudante, Maria Luísa Fonseca Lopes Le-
Predial de Mirandela, inscrito na matriz predial da generalidade das pessoas que vivem na fre- PIRES, NIF.212227688 e marido VALDEMAR Martins e poente com Ismael Santos Borges, gomha
respectiva sob o artigo 1242, com o valor patri- guesia onde se situam os prédios. JOSÉ ROQUE, NIF. 178063126, casados no re- inscrito na matriz sob o artigo 2172, com o valor Conta: Art0204.4 23€
monial de2,09€, a que atribui o valor de CIN- Que essa posse em nome próprio, pacífi- gime da comunhão de adquiridos, naturais da patrimonial igual ao atribuído de vinte e sete eu- Registado sob o nº: (não mencionado)
18 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |
http://noticias.sapo.pt/cartoon/
!?!
!?
Juliano Silva
Suaves
Sabia que... Macedo no seu melhor
… Portugal padece de um grande mal: o mal dos “direitos
adquiridos” (Miguel Sousa Tavares)
http://noticias.
sapo.pt/
cartoon/
Mundo
Irlanda
um caso de
sucesso
à beira do
abismo
Texto e Imagem Paulo Nunes dos Santos