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INPE-9547-PRP/237
INPE
São José dos Campos
2003
RESUMO
MCFORTI-FAPESP 99/05204-4 1
COMENTÁRIOS INICIAIS
MCFORTI-FAPESP 99/05204-4 2
objeto de um trabalho de pós-doutoramento sobre modelagem do ciclo do N do
Dr. M. Ranzini a ser submetido à FAPESP.
A modelagem utilizando-se o modelo MAGIC o qual é uma ferramenta
adicional para estudar os processos de acidificação não pode ser
implementado porque alguns dados sobre os solos do PEFI não puderam ser
completados ainda. Entretanto, em dois meses estaremos com a nova versão
do modelo a qual além de ser mais versátil é compatível com os programas
atuais, a versão que dispomos ainda utiliza o sistema DOS dificultando o
processamento dos dados tanto de entrada como de saída.
Parte dos dados gerados por este projeto foram utilizados para
preparação de um capítulo de um livro sobre o PEFI intitulado “Parque
Estadual das Fontes do Ipiranga – Unidade de Conservação que resiste à
urbanização de São Paulo” cuja cópia da capa, referência e sumário estão no
Anexo A. O artigo intitulado “Rainfall and throughfall chemistry in the Atlantic
Forest: a comparison between urban and natural áreas” foi aceito e será
apresentado no BIOGEOMON 2002 4th Symposium on Ecosystem Behaviour
na forma de painel, viajem esta financiada pela FAPESP processo No.
02/04668-1. O artigo será submetido ao volume especial sobre a conferência
da revista Water, Air and Soil Pollution, resumo está apresentado no Anexo B.
O laboratório de hidroquímica do NUPEGEL/USP, utilizado para realizar
as análises de todas as amostras líquidas coletadas neste projeto, foi
transferido para a nova sede na ESALQ em Piracicaba. Essa transferência
causou um grande atraso nas análises químicas, pois além de não contarmos
com pessoal suficiente para auxiliar em todo processo da mudança e
reinstalação não contamos com auxílio de técnicos para realização dos
trabalhos analíticos assim, 90% das análises químicas foi realizada
pessoalmente pela responsável pelo projeto.
Gostaríamos de agradecer, particularmente aos técnicos de campo
Veralucia A. C. de Lima do IAG/USP e João B. A. dos Santos do Instituto
Florestal por terem sido tão valiosos para a realização dos trabalhos de campo,
sem eles este trabalho não teria sido possível, e a Srta. Noemi Anido e ao Dr.
E. Gamero por terem, ao final do projeto, nos auxiliado no processamento dos
dados hidrológicos. Agradecemos também à Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo (FAPESP) através do Processo FAPESP 99/05204-4
por terem financiado nossos trabalhos.
Acreditamos, que os objetivos iniciais foram atendidos e esperamos
estar dando uma contribuição significativa para o conhecimento do
funcionamento desse importante bioma que é a Mata Atlântica.
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1. INTRODUÇÃO
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Este trabalho buscou estudar, principalmente, a questão dos efeitos da
poluição atmosférica sobre florestas, sob a ótica de estudos das transferências
de poluentes da atmosfera para os reservatórios abióticos (solo e soluções
aquosas) dos quais depende a saúde e a sobrevivência da biota. Assim, os
estados “presente" e "futuro" do PEFI são funções, também, dessas
transferências de poluentes carreados pelas soluções aquosas que percolam
as interfaces solo-planta-atmosfera. A abordagem adotada foi o estudo de duas
microbacias hidrográficas adotando-se a metodologia do monitoramento
integrado.
Muitas questões ambientais e problemas econômicos ligados a recursos
naturais podem ser estudados utilizando-se pequenas bacias. Por exemplo,
estudos hidrológicos, ciclagem de diferentes elementos como o S, N, C, etc.
especiação de metais traço e sua ciclagem, intemperismo químico, influências
climáticas e antropogênicas, etc.
Além disso, com dados de longo tempo, é possível estabelecer modelos
conceituais e matemáticos sobre o funcionamento dessas unidades da
paisagem. Esse conhecimento, pode então ser utilizado para estudos
comparativos, na mesma escala, uma vez que, em geral, os resultados são
detalhados e de excelente qualidade. A descrição precisa, exata e completa de
ecossistemas em escala de microbacia pode servir como “referência” para uma
avaliação por sensoriamento remoto através de uma extensão da escala.
Entretanto, estudos que consideram a extensão da escala para modelagem do
funcionamento ainda são insipientes.
A importância de tais estudos já foi confirmada, por exemplo, através de
monitoramentos integrados efetuados em pequenas bacias, sobre a deposição
atmosférica de substâncias ácidas e acidificantes, que geraram o
conhecimento atual sobre esses processos. A acidificação de solos e águas
superficiais bem como seus efeitos, tais como, a lixiviação de nutrientes, o
aumento do intemperismo das rochas e/ou a mobilização do alumínio são
processos adversos decorrentes da deposição de substâncias ácidas e que
foram elucidados através desses estudos.
A estabilidade ecológica da paisagem está ligada aos diferentes tipos de
uso do solo uma vez que têm efeitos profundos no metabolismo biogeoquímico,
nesse contexto, estudos dos parâmetros de escoamento é essencial. Sob esse
aspecto, as pesquisas em escala de pequena bacia auxiliam na determinação
das condições de sustentabilidade da agricultura tendo como base a
sustentabilidade dos ciclos biogeoquímicos, a retenção de água, de nutrientes
e de substâncias dissolvidas bem como a minimização da erosão.
Amplos programas de estudos integrados em pequenas bacias
hidrográficas foram implementados nos USA e Europa já na década de 50. As
diferentes redes de monitoramento são uma ferramenta importante e
indispensável para detectar e quantificar mudanças ambientais de longo tempo.
As análises de séries temporais desses dados têm demonstrado que, com o
conhecimento do funcionamento dos processos biogeoquímicos, é possível
compreender os mecanismos das mudanças observadas e distinguir entre
causas naturais e antropogênicas (Moldan&Cerny, 1992).
Pequenas bacias hidrográficas também podem ser utilizadas como
ferramenta educacional para disciplinas como, hidrologia, química atmosférica,
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botânica, geologia, pedologia, hidrogeoquímica. etc. Os estudantes podem
aprender de forma mais eficiente uma vez que esse tipo de abordagem permite
um alto grau de interatividade além de treina-los para trabalhar em equipe.
Essas unidades podem também ser excelentes espaços para disseminar
educação ambiental ao público em geral desde que a visitação não provoque
perturbações significativas na área.
Ao estabelecer um programa de estudos integrados em microbacias
hidrográficas é necessário realizar medidas básicas em longo período de
tempo. As principais medidas básicas são as seguintes:
♦ Dados sobre a área
! Vegetação – tipos principais das espécies florestais; sua distribuição
espacial; biomassa aérea desses tipos; química das folhas em intervalos
de três anos (C, N, P, Na, Mg e Ca).
! Solos – descrição e distribuição dos tipos principais. Para esses e seus
principais horizontes: capacidade de troca dos cátions, saturação das
bases, cátions trocáveis, conteúdo de matéria orgânica, C e N total
adsorsão de SO42-, textura. Mineralogia e material original.
! Geologia – tipos principais e distribuição de rochas
! Dados meteorológicos – temperatura média mensal, precipitação
semanal (o número de pluviógrafos deve ser determinado em função
da altitude e aspectos da bacia).
! Poluição do ar e deposição seca – medidas das concentrações
de NH3, NO2 e SO2 utilizando técnicas simples de absorção.
Intervalo de amostragem depende do grau de poluição do
ambiente.
♦ Entradas
! Precipitação “bulk” – amostragens semanais, compostas, para análises
mensais.
! Transprecipitação – amostragens semanais para análises mensais para
cada tipo de floresta da bacia. Diferentes parcelas poderão ser
necessárias em função da idade, altitude, etc.
♦ Saídas
! Vazão média diária. Amostras semanais analisadas da mesma forma
que as águas de chuva
Para todas as amostras deverão ser medidos o pH, condutividade, Ca,
Mg, Na, K, NH4+, NO3-, Cl-, SO42-, Al (filtrado), alcalinidade (TC).
Ocasionalmente deverão ser dosados o SiO2, DOC (carbono orgânico
dissolvido), P-total, Mn, N-orgânico, Fe, especiação de Al e metais traço.
Desta forma, a caracterização clássica do material poluente
(composição, fluxo, distribuição espacial), bem como a relação entre as
diferentes espécies químicas, nos diferentes compartimentos, a qual fornece
informações sobre a deposição de poluentes atmosféricos sobre a região
considerada, em conjunto com a caracterização das transferências
intercompartimentais, aplicados ao problema da qualidade da água que percola
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o sistema solo e alimentam cursos d’água e reservatórios, fornecem subsídios
aos estudos dos efeitos desses poluentes sobre diferentes ecossistemas.
Assim, considerando-se a problemática dos impactos ambientais devido à
poluição atmosférica sobre remanescente de Mata Atlântica, que estejam
situados em área urbana, essa caracterização é fundamental e indispensável
para o conhecimento dos efeitos da poluição sobre árvores e florestas e, assim,
permitir sua manutenção
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OBJETIVOS
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2 - ÁREAS DE ESTUDO
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Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI): Bacia A.
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Figura 2.2 – Foto panorâmica apresentado aspectos da vegetação do PEFI.
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A área do PEFI engloba quatro sub-bacias do riacho Ipiranga, que
deságua no rio Tamanduateí que, por sua vez, é afluente do rio Tietê. Fazem
parte, portanto, da grande sub-bacia do alto rio Tietê. As nascentes alimentam
nove reservatórios antes de formar o curso principal, sob a rodovia dos
Imigrantes, o qual percorre cerca de 7km sob duas avenidas, até aflorar na
altura da parte frontal do Museu do Ipiranga.
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Figura 2.3 – Foto panorâmica da sede do Parque estadual Cunha/Indaiá.
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3 – HIDROLOGIA
44
X 11
5 1163
112
1150
1148
X
18
11 1172
1136 11
50
1129 X
1143
1199 X TR X 1169
R
5 0
11 1150
11
11
00
25
107
5
N
1050
Curso d'água
Estrada de terra
Rio Paraibuna Trilha
TR Parcela da transprecipitação
rel1fig2
300
250
200
mm
150
100
50
0
ez b r o
t e to
Ju o
M o
o
Ja r o
Ag o
ço
Fe iro
o v bro
ril
ai
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S e os
Ab
b
re
ar
ne
Ju
em
m
em
u
ve
ut
O
N
D
PP(mm) Defluvio(mm)
300
250
200
mm
150
100
50
0
Outubro Janeiro Abril Julho
Figura 3.3 – Regime médio das chuvas e deficiência hídrica ao longo do ano
hidrológico 2000-2001.
Onde,
Foi feita uma análise dos dados da Estação Meteorológica para tentar
verificar a influência das neblinas e da alta umidade relativa na precipitação
total da área, em termos de acréscimos à precipitação convencional devido ao
processo de captação física pelo dossel.
800
700
600
500
cm3
400
300
200
100
0
27/04/01
01/06/01
07/06/01
19/06/01
04/07/01
12/07/01
18/07/01
31/07/01
05/08/01
16/08/01
21/08/01
06/10/01
29/10/01
20/11/01
03/12/01
Figura 3.5 - Volume (em cm3) de água coletada pelo coletor de neblinas, pelo
pluviômetro e pelo pluviógrafo colocados na estão meteorológica do Núcleo
Cunha – Parque Estadual da Serra do Mar – SP.
400
PP (m m ) ETP (m m ) ETR (m m )
350
300
250
(mm)
200
150
100
50
0
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
250
200
150
(mm)
100
50
0
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
-50
4.1 - Coletas.
Figura 4.2 – Foto do coletor tipo “bulk” instalado jundo ao vertedor da bacia B
em CUNHA.
Para a água de chuva utilizou-se também um coletor de chuva tipo wet-
only, da marca MTX (Itália). Esse coletor possui uma tampa que fica sobre o
recipiente coletor enquanto o tempo está seco, no momento em que se inicia
uma chuva ou o ambiente fica muito úmido (e.g. neblina) um circuito se fecha e
a tampa desloca deixando o recipiente coletor exposto (Figura 4.3).
Solução do solo.
Segundo Smethurst (2000) existe uma distinção entre solução do solo e
água do solo. A primeira é aquela que está em quase-equilíbrio com a fase
sólida e para ser amostrada necessita de lisímetro de tensão com alto poder de
sucção. A água do solo inclui a solução do solo e a água que percola através
do solo. Entretanto, como o objetivo deste estudo é determinar as
transferências, isto é, as perdas ou ganhos de solutos através dos diferentes
horizontes do solo, empregou-se lisímetros de tensão zero que fornece a
(a)
C U N H A Ba c ia B
50 cm
2 ,0 0 m 20 cm
g a rra fa s d e e sp e ra N íve ld e b a se
Tabela 4.1 – Precisão e exatidão, em %, das dosagens das diferentes espécies químicas nas
amostras utilizadas neste trabalho, analisadas por cromatografia a líquido de íons (PR –
Precisão; EX – Exatidão).
Na+ K+ Mg2+ Ca2+ NH4+ Cl- NO3- SO42- Fe3+ Cu2+ Ni2+ Zn2+ Co2+ Cd2+ Mn2+ A3+
PR 3 3 8 8 10 3 3.5 8 11 11 4 7 4 15 4 5
EX 7 9 11 9 11 8 10 8 15 8 12 11 6 15 7 7
Embora todos esses íons tenham sido pesquisados nas amostras o Ni,
Co e Cd não foram encontrados e o Cu foi determinado em algumas poucas
amostras do PEFI. É preciso ressaltar, entretanto, que a técnica analítica
empregada detecta a forma iônica desses metais. Pode-se considerar então,
que os valores encontrados podem estar subestimados. Como as amostras,
acidificadas, têm estabilidade para a dosagem dos metais elas estão
armazenadas para serem analisadas utilizando-se Espectrofotometria de
Absorção Atômica com forno de grafite. Essa técnica não foi empregada por
estar em fase de instalação no laboratório do NUPEGEL/USP.
5.1 Precipitação
120 400
CÁTIONS
100
300
60 200
40
100
20
0 0
S99 O99 N99 D99 J00 F00 M00 A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
PRE H+ Na K
300 400
CÁTIONS
250
NH4 (uEq.L-1); PREC. (mm)
300
200
Mg Ca (uEq. L-1)
150 200
100
100
50
0 0
S99 O99 N99 D99 J00 F00 M00 A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
PREC Mg Ca NH4
(a)
300
200
200
100 100
0 0
S99 O99 N99 D99 J00 F00 M00 A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
(b)
35 400
30 METAIS
CONCENT RAÇÃO (uEq.L-1)
300
25
PRECIP ITAÇÃO (m m)
20
200
15
10
100
5
0 0
S99 O99 N99 D99 J00 F00 M00 A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
PREC Al Fe Zn Mn
(c)
CONCENTRAÇÃO uEq.L-1
VARIA ÇÃ O MENSAL DA CONCENTRAÇÃO
80 300
CÁ TIONS
250
60
40 150
100
20
50
0 0
A 00 M 00 J00 J00 A 00 S 00 O00 N 00 D 00 J01 F 01 M 01 A 01 M 01 J01 J01 A 01 S 01
PREC H+ Na K
CONCENTRAÇÃO uEq.L-1
80 300
CÁ TIONS
250
60
40 150
100
20
50
0 0
A 00 M 00 J00 J00 A 00 S 00 O00 N 00 D 00 J01 F 01 M 01 A 01 M 01 J01 J01 A 01 S 01
PREC Mg Ca NH4
(a)
CONCENTRAÇ ÃO uEq.L-1
250
80
P RE CIPITAÇÃO (m m)
200
60
150
40
100
20
50
0 0
A0 0 M0 0 J0 0 J0 0 A0 0 S0 0 O0 0 N0 0 D0 0 J0 1 F0 1 M0 1 A0 1 M0 1 J0 1 J0 1 A0 1 S0 1
(b)
3,5 300
CONCE NT RA ÇÃO uE q.L-1
M ETAIS
3,0
250
2,5
2,0
150
1,5
100
1,0
0,5 50
0 0
A0 0 M0 0 J0 0 J0 0 A0 0 S0 0 O0 0 N0 0 D0 0 J0 1 F0 1 M0 1 A0 1 M0 1 J0 1 J0 1 A0 1 S0 1
P RE C Al Fe Zn Mn
(c)
amostras, MAX: valor máximo, MIN.: valor mínimo e MP: média ponderada
PEFI CUNHA
TOTAL SECO CHUVOSO TOTAL SECO CHUVOSO
P (mm) 2713 797 1916 2312 799 1513
H+ N 58 24 34 53 29 24
MAX 427 427 166 20,4 20,4 7,59
MIN µEq.L-1 0,01 0,01 0,03 0,05 0,06 0,05
MP 54,0 101 33,8 2,65 2,69 2,62
Na+ N 60 25 35 50 27 22
MAX 231 231 126 80,5 80,5 25,2
MIN µEq.L-1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,72 0,00
MP 15,5 24,6 11,6 8,06 13,6 3,34
K+ N 60 25 35 50 27 22
MAX 155 155 134 65,2 36,7 65,2
MIN µEq.L-1 0,59 0,74 0,59 0,00 0,00 0,00
MP 12,1 10,9 12,6 5,30 7,78 3,18
Mg2+ N 60 25 35 50 27 22
MAX 180 180 73,8 19,4 14,6 19,4
MIN µEq.L-1 1,06 1,06 1,10 0,00 0,00 0,00
MP 8,93 14,1 6,68 2,81 3,92 1,88
Ca2+ N 60 25 35 50 27 22
MAX 464 464 235 18,3 18,3 8,78
MIN µEq.L-1 0,58 4,70 0,58 0,00 0,00 0,00
MP 30,0 49,7 21,4 1,82 2,77 1,00
NH4+ N 60 25 35 50 27 22
MAX 490 422 490 955 120 956
MIN µEq.L-1 4,90 6,61 4,90 0,00 0,00 0,00
MP 70,0 92,5 60,3 27,9 11,8 41,7
Cl_ N 60 25 35 50 27 22
MAX 341 341 250 204 204 30,6
MIN µEq.L-1 0,00 0,00 0,45 1,91 2,83 1,91
MP 27,0 43,9 19,8 17,0 28,4 6,15
NO3- N 60 25 35 50 27 22
MAX 424 424 208 106 106 10,3
MIN µEq.L-1 0,00 0,00 3,83 0,00 0,00 0,00
MP 70,0 118 42,0 4,78 8,38 1,35
SO42- N 60 25 35 50 27 22
MAX 388 388 249 77,3 77,3 32,4
MIN µEq.L-1 0,34 14,80 0,34 0,00 1,50 0,00
MP 46,0 60,4 39,8 6,99 8,20 5,85
Al3+ N 43 16 27 20 13 7
MAX 5,58 4,74 5,58 ND ND ND
MIN µEq.L-1 0,00 0,00 0,00
MP 0,37 0,36 0,37
Fe 3+ N 43 16 27 20 13 7
MAX 3,06 2,61 3,06 0,51 0,21 0,51
MIN µEq.L-1
0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00
MP 0,81 1,01 0,74 0,13 0,10 0,15
2+
Cu N 43 16 27 20 13 7
MAX 0,88 0,70 0,88 ND ND ND
MIN µEq.L-1 0,00 0,08 0,00
MP 0,15 0,25 0,10
Zn 2+ N 43 16 27 20 13 7
MAX 32,0 32,0 8,54 5,88 5,88 2,40
MIN µEq.L-1 0,00 0,50 0,00 0,00 0,22 0,00
MP 2,92 4,69 2,16 0,73 0,85 0,73
Mn 2+ N 43 16 27 20 13 7
MAX 3,38 3,38 1,78 0,78 0,78 0,24
MIN µEq.L-1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
MP 0,25 0,47 0,16 0,15 0,19 0,12
ND: não detectado
PEFI TRANSPRECIPITAÇÃO
VARIAÇÃO MENSA L DA CO NCENTRAÇÃO
150 600
100 400
300
50 200
100
0 0
S99 O 99 N99 D99 J 00 F00 M00 A00 M00 J 00 J 00 A00 S00 O 00 N00 D00 J 01F01 M01 A01 M01 J 01 J 01 A01 S01
T RANS H+ Na K
400
CONCENTRAÇÃO (uEq.L-1)
1000
CÁTI ONS
800 300
TRANS (mm )
600
200
400
100
200
0 0
S99 O 99 N99 D99 J 00 F00 M00 A00 M00 J 00 J 00A00 S00 O 00 N00 D00 J 01 F01 M01 A01 M01 J 01 J 01 A01 S01
T RANS Mg Ca NH4
(a)
TRANS (mm)
400
200
200
100
0 0
S99 O99 N99 D99 J00 F00 M00 A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
(b)
15 400
MET AIS
CO NCENTR AÇÃO (uEq.L-1)
300
TRANS (mm)
10
200
5
100
0 0
S99 O99 N99 D99 J00 F00 M00 A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
TRANS Al Fe Zn Mn
(c)
Figura 5.3 – Variação mensal da concentração média dos diferentes íons
dosados na transprecipitação coletada no PEFI: a) cátions maiores, b) ânions
maiores, c) metais traço; TRANS: volume transprecipitado.
800 CÁTIONS
H+ (uEq.L-1)
700
600 1
500
400
300 0.5
200
100
0 0
A 00 M 00 J 00 J 00 A 00 S0 0 O0 0 N00 D00 J 01 F 01 M0 1 A0 1 M 01 JN0 1 J 01 A 01 S 01
TRANS H+ Na K
120 400
110 CÁTIONS
CO NCENTRAÇÃO (uEq.L-1)
TRANS Mg Ca NH4
(a)
PTRANS (mm)
200
300
150
200
100
100
50
0 0
A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F 01 M 01 A01 M 01 JN01 J01 A01 S01
(b)
12 300
METAIS
CONCENTRAÇÃO (uEq.L-1)
10 250
PTRANS (mm)
8 200
6 150
4 100
2 50
0 0
A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 JN01 J01 A01 S01
T RANS Al Fe Zn Mn
(c)
Figura 5.4 – Variação mensal da concentração média dos diferentes íons
dosados na transprecipitação coletada em CUNHA: a) cátions maiores, b)
ânions maiores, c) metais traço; PTRANS: volume transprecipitado.
PEFI CUNHA
TOTAL SECO CHUVOSO TOTAL SECO CHUVOSO
PTR (mm) 2330 621,0 1709 1804 643,0 1161
INTERC. % 14 11 22 20 20 23
H+ N 60 27 33 53 29 24
MAX µEq.L-1 100 100 30,9 234 0,68 2,34
MIN 0,04 0,08 0,04 0,02 0,02 0,04
MP 6,03 10,2 4,10 0,41 0,20 0,58
Na+ N 62 26 36 50 23 27
MAX µEq.L-1 170 170 146 147 147 116
MIN 1,21 15,5 1,21 18,5 19,4 18,5
MP 36,5 55,4 28,2 39,2 51,7 28,6
K+ N 62 26 36 50 23 27
MAX µEq.L-1 741 625 741 882 811 882
MIN 3,15 19,2 3,15 72,6 124 72,6
MP 143 203 116 216 310 137
Mg2+ N 62 26 36 50 23 27
MAX µEq.L-1 231 228 231 180 102 180
MIN 6,30 13,5 6,30 10,4 15,4 10,4
MP 44,0 66,0 34,4 28,6 36,2 22,2
Ca2+ N 62 26 36 50 23 27
MAX µEq.L-1 515 515 347 291 104 291
MIN 12,0 15,5 12,0 7,16 7,16 12,4
MP 80,6 134 57,1 31,9 38,3 26,5
NH4+ N 62 26 36 50 23 27
MAX µEq.L-1 1821 254 1821 1374 117 1374
MIN 0,33 0,33 11,9 0,00 0,00 0,00
MP 77,9 70,0 80,8 16,3 11,5 20,4
Cl_ N 62 26 36 50 23 27
MAX µEq.L-1 400 400 338 534 534 514
MIN 5,33 33,3 5,33 37,3 57,3 37,3
MP 79,9 147 52,2 131 195 76,8
NO3_ N 62 26 36 50 23 27
MAX µEq.L-1 293 293 205 51,7 51,7 22,3
MIN 0,00 15,1 0,00 0,00 0,00 0,00
MP 63,0 116 39,8 5,17 8,76 2,14
SO42_ N 62 26 36 50 23 27
MAX µEq.L-1 590 590 357 332 332 180
MIN 0,00 37,2 0,00 11,8 16,5 11,8
MP 115 180 87,2 47,4 71,2 27,4
Al III N 43 16 27 20 13 7
MAX µEq.L-1 5,91 5,91 4,47 5,52 5,52 3,30
MIN 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
MP 0,73 0,24 0,57 1,15 0,78 1,44
Fe III N 43 16 27 20 13 7
MAX µEq.L-1 1,65 1,65 1,11 1,44 1,44 0,78
MIN 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
MP 0,48 0,60 0,31 0,32 0,35 0,29
Cu II N 43 16 27 20 13 7
MAX µEq.L-1 0,70 0,70 0,62 0,78 0,78 0,40
MIN 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,00
MP 0,22 0,30 0,15 0,07 0,06 0,08
Zn II N 43 16 27 20 13 7
MAX µEq.L-1 8,38 8,38 3,10 3,20 1,60 3,20
MIN 0,00 0,00 0,76 0,00 0,00 0,00
MP 1,92 2,18 1,46 0,80 0,80 0,79
Mn II N 43 16 27 20 13 7
MAX µEq.L-1 13,6 13,6 7,70 10,0 2,58 10,0
MIN 0,00 0,00 0,44 0,00 0,00 0,00
MP 2,46 3,84 1,38 0,73 0,40 0,98
500
7
400
C5- 70 5
300
200 3
100
1
0 0
OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01
VOL Na K Mg Ca NH4
110 11
H+ LIVRE
C2- 80 C4-2 50
C4- 90 C4-1 50 C5-1 50
90 C5-1 80 9
CONCENTRAÇÃO (uEq.L-1)
50 5
30 3
10 1
0 0
OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01 OT0 0 - JL 01
VOL H+
(a)
ÁGUA PERCOLADA (m m)
500
C5-7 0 7
400
5
300
200 3
100
1
0 0
OT00 - JL0 1 OT00 - JL0 1 OT00 - JL01 OT00 - JL0 1 OT00 - JL0 1 OT00 - JL01 OT00 - JL0 1
(b)
15 500
M ETAIS
CONCENT RAÇÃO (uEq.L-1)
400
ÁGUA PERCOLADA (mm)
A (luEq.L-1)
C5-70
200
5
100
0 0
OT00 - JL01 OT00 - JL01 OT00 - JL01 OT00 - JL01 OT00 - JL01 OT00 - JL01 OT00 - JL01
VOL Al Fe Zn Mn
(c)
Figura 5.5 – Variação mensal da concentração média dos diferentes íons
dosados nas águas do solo nas diferentes trincheiras (TR) e diferentes
profundidades (TR2: C2-80; TR4: C4-90,C4-150 e C4-250; TR5: C5-70, C5-150
e C5-180) coletada em CUNHA: a) cátions maiores, b) ânions maiores, c)
metais traço. Volume percolado em mm, em cada horizonte.
0
NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01
VOL
(a)
600 BL 2-10
3500
B L4 -150
CÁT IONS
H+, Na, Ca, NH4(uEq.L-1))
500 3000
K, Mg (uE q.L-1)
2500
400
BL 6-10
2000
300 BL 4-20
BL 4-70
B L6 -150 BL 2-50 1500
200 B L2 -150
1000
BL 6-30
100 500
0 0
NO 00 -AG 01 NO 00 -AG 01 NO 00 -AG 01 NO 00 -AG 01 NO 00 -AG 01 NO 00 -AG 01 NO 00 -AG 01 NO 00 -AG 01 NO 00 -AG 01
H+ Na K Mg Ca NH4
(b)
1000
3000
800
BL 4-70
NO3 (uEq.L-1)
Cl SO4 (uEq.L-1)
BL6-10 BL 2-50
600 2000
0 0
NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01 NO 00 - AG01
Cl NO3 SO4
(c)
35 600
B L6- 10
METAIS
30 500
25 B L2- 50
B L4- 20 400
Zn, Mn (uEq.L-1)
Al, Fe (uEq.L-1)
B L4- 70
20
BL6- 150
300
15 B L2- 10
BL4- 150
B L6- 30 200
10
BL2- 150
5 100
0 0
NO00 -AG 01 NO00 -AG 01 NO00 -AG 01 NO00 -AG 01 NO00 -AG 01 NO00 -AG 01 NO00 -AG 01 NO00 -AG 01 NO00 -AG 01
Al Fe Zn Mn
(d)
PEFI CUNHA
TOTAL CHUVOSO SECO TOTAL CHUVOSO SECO
Def. mm 327,95 205 123,2 1331 646,3 672,9
N 97 42 55 65 27 37
H+ µEq.L-1 Min. 1,10 1,12 1,10 0,03 0,10 0,03
Max. 81,3 44,7 81,3 0,72 0,72 0,53
MPd. 14,4 16,3 11,4 0,23 0,3 0,16
N 97 43 54 65 27 37
Na+ µEq.L-1 Min. 4,49 15,1 4,49 38 51,9 38
Max. 1823 83,2 183 202 85,4 202
MPd. 67,5 63,3 74,5 70,0 62,3 71,6
N 97 43 54 65 27 37
K+ µEq.L-1 Min. 3,08 3,08 3,10 0,11 0,11 0,11
Max. 112 59,4 113 111 102 111
MPd. 16,2 13,8 20,3 15,7 13,5 17,9
N 97 43 54 65 27 37
Mg2+ µEq.L-1 Min. 2,06 5,08 2,06 6,12 14,3 6,12
Max. 213 63,9 213 62,1 62,1 61,9
MPd. 39,4 37,0 43,4 28,4 28,7 28,2
N 97 43 54 65 27 37
Ca2+ µEq.L-1 Min. 0,00 4,72 0,00 0 19,4 0
Max. 78,3 78,3 53,3 36,0 33,5 36,0
MPd. 25,4 28,3 20,6 19,9 22,8 17,1
N 97 43 54 65 27 37
NH4+ µEq.L-1 Min. 0,00 0,00 0,00 0,00 11,1 0,00
Max. 72,8 25,4 72,8 27,9 27,9 22,8
MPd. 7,32 7,14 7,62 10,9 14,4 7,45
N 98 43 55 65 27 37
Cl- µEq.L-1 Min. 19,9 19,9 31,8 2,72 24,4 2,72
Max. 318 104 318 129 57 129
MPd. 72,1 71,9 72,3 32,5 30,1 35,0
N 98 43 55 61 24 36
NO3- µEq.L-1 Min. 0,14 0,26 0,14 0,22 0,22 0,98
Max. 363 165 363 76,8 56,2 76,8
MPd. 31,3 33,0 28,5 11,2 8,63 13,5
N 98 43 55 65 27 37
SO42- µEq.L-1 Min. 5,94 5,94 9,92 1,16 5,14 1,16
Max. 68,7 68,7 60,3 95,9 9,76 95,9
MPd. 35,7 38,8 30,6 8,77 6,59 10,9
N 62 30 32 36 6 29
Al3+ µEq.L-1 Min. 0,00 0,54 0,00 0,00 0,00 0,00
Max. 16,0 9,54 16,0 16,2 16,2 12,9
MPd. 4,70 5,59 2,64 3,22 6,4 2,43
N 65 31 34 16 6 9
Fe3+ µEq.L-1 Min. 0,00 0,00 0,45 0,30E-3 0,66 0,42
Max. 3,27 3,18 3,27 3,24 3,24 2,67
MPd. 1,84 1,87 1,76 1,75 1,91 1,75
N 65 31 34 nd nd nd
Min. 0,00 0,00 0,00
Cu 2+
µEq.L -1
Max. 0,62 0,62 0,38
MPd. 7,00E-03 3,00E-03 1,60E-02 nd nd nd
N 67 33 34 16 6 9
Zn2+
µEq.L
-1
Min. 0,00 0,00 0,04 2,00E-04 2,00E-04 0,02
Max. 1,12 1,12 1,10 0,88 0,88 0,40
MPd. 0,53 0,83 0,53 0,26 0,28 0,26
N 67 33 34 16 6 9
Mn2+ µEq.L-1 Min. 0,00 0,00 0,26 0,00 0,00 2,00E-04
Max. 2,48 2,48 2,24 0,42 0,42 2,00E-04
MPd. 1,32 1,53 0,90 0,02 0,05 2,00E-04
150
CO NCENTRAÇÃO (uEq.L-1)
CÁTIO NS 60
100
40
DEF (mm)
50 20
0
0 A99 S99 O99 N99 D99 J00 F00 M00 A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
DEF H+ Na K
40
CÁTIO NS
60
CO NCENTR AÇÃO (uEq.L-1)
30
40
DEF (mm)
20
20
10
0 0
A99 S99 O99 N99 D99 J00 F00 M00 A00 M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
DEF Mg Ca NH4
(a)
NO3 uEq.L-1
50
150
40
30
100
20
50
10
0 0
M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
(b)
10
CONCENTRAÇÃO (uEq.L-1)
METAIS 60
8
6 40
DEF (mm )
4
20
2
0 0
A99 S99 O 99 N99 D99 J00 F00 M00 A00 M00 J00 J00 A00 S00 O 00N00 D00 J01 F01 M01A01 M01 J01 J01 A01 S01
DEF Al Fe Zn Mn
(c)
Figura 5.6 – Variação mensal da concentração média dos diferentes íons
dosados nas águas do rio bacia A PEFI: a) cátions maiores, b) ânions maiores,
c) metais traço.; DEF: deflúvio em mm.
120 0. 6
CONCENT RAÇÃO uEq. L-1; DEF mm
CÁTI ONS
100 0. 5
80 0. 4
H+ uEq.L-1;
60 0. 3
40 0. 2
20 0. 1
0 0
M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
DEF H+ Na K
30 40
CONCENT RAÇÃO uEq. L-1; DEF mm
CÁT IONS
35
25
30
20
DEF mm
25
15 20
15
10
10
5
5
0 0
M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
DEF Mg Ca NH4
(a)
ÂNIONS
CONCENTRAÇÃO uEq.L-1
60
40
50
30
DEF (mm)
40
20
30
10
20
0 10
M00 J00 J00 A00 S00 O00 N00 D00 J01 F01 M01 A01 M01 J01 J01 A01 S01
(b)
40 1
METAIS
Al e Fe uEq.L-1; DEF m m
0.8
30
Zn e Mn uEq. L-1
0.6
20
0.4
10
0.2
0 0
M 00 J 00 J 00 A00 S00 O00 N00 D00 J 01 F 01 M 01 A01 M 01 J 01 J 01 A01 S01
DEF Al Fe Zn Mn
(c)
Figura 5.7 – Variação mensal da concentração média dos diferentes íons
dosados nas águas do rio bacia B CUNHAI: a) cátions maiores, b) ânions
maiores, c) metais traço.
6.1.3.1. Granulometria
TB 2 0-10 4,5 3,8 3,9 59 18 0,4 2,4 1 5 20 137 8,8 145,8 470,3 6 69
TB 2 14-22 4,8 4,2 4,3 41 4 0,3 0,9 1 1 9 89 3,2 92,2 263,4 3 74
TB 2 45-53 5,1 4,3 4,5 15 2 0,2 0,2 1 1 4 58 2,4 60,4 172,6 4 63
TB 2 90-98 5,4 4,3 4,4 10 1 0,2 0,5 3 1 4 44 4,7 48,7 139,1 10 46
TB 2 115-123 5,3 4,1 4,4 5 1 0,2 0,6 3 1 4 38 4,8 42,8 142,7 11 45
TB 2 165-173 5,5 3,8 4,4 5 6 0,2 0,6 1 1 9 36 2,8 38,8 277,1 7 76
TB 4 0-10 3,9 3,4 3,3 59 20 0,2 2,3 1 5 26 133 8,5 141,5 428,8 6 75
TB 4 24-32 4,3 3,8 3,8 38 4 0,3 1,6 1 1 23 120 3,9 123,9 334,9 3 86
TB 4 38-46 4,6 3,9 4,1 20 1 0,2 0,2 1 1 12 78 2,4 80,4 217,3 3 83
TB 4 76-84 4,9 4,1 4,1 13 1 0,2 0,2 1 1 8 54 2,4 56,4 134,3 4 77
TB 4 150-158 5,1 4,1 4,2 8 2 0,2 0,2 1 1 6 39 2,4 41,4 92 6 71
TB 4 220-228 5,7 6,1 5,6 5 1 0,2 0,2 1 1 0 10 2,4 12,4 - 19 0
TB 4 245-253 5,2 4,2 4,2 5 3 0,2 0,2 1 1 5 38 2,4 40,4 94,0 6 68
TB 4 300-308 5,3 4,3 4,2 8 1 0,2 0,2 1 1 4 33 2,4 35,4 80,5 7 63
TB 5 0-10 4 3,6 3,6 X 16 1 1,7 1 2 27 163 5,7 168,7 482,0 3 83
TB 5 15-23 4,2 3,8 3,9 59 10 0,7 1,4 4 2 20 115 8,1 123,1 351,7 7 71
TB 5 27-35 4,8 4,4 4,3 43 4 0,3 0,5 1 1 7 89 2,8 91,8 248,1 3 71
TB 5 65-73 5,2 4,5 4,5 15 2 0,2 0,2 1 1 3 48 2,4 50,4 122,9 5 56
TB 5 83-91 5,2 4,5 4,4 13 1 0,2 0,2 1 1 2 40 2,4 42,4 124,7 6 45
TB 5 108-116 5,2 4,7 4,5 5 2 0,2 0,2 1 1 1 20 2,4 22,4 86,2 11 29
TB 5 136-144 5,2 4,4 4,3 5 1 0,2 0,2 1 1 3 24 2,4 26,4 94,3 9 56
TB 5 175-183 5,5 5,5 4,9 5 3 0,2 0,2 1 1 0 18 2,4 20,4 92,7 12 0
TB 6 0-10 4 3,6 3,7 X 11 0,8 1,1 1 5 29 159 7,9 166,9 521,6 5 79
TB 6 28-36 4,7 4,1 4,1 46 4 0,8 0,5 1 2 20 122 4,3 126,3 332,4 3 82
TB 6 49-57 4,7 4,1 4,2 33 3 0,4 0,4 1 1 10 92 2,8 94,8 287,3 3 78
TB 6 90-98 5,2 4,3 4,5 18 4 0,3 0,2 1 1 6 61 2,5 63,5 192,4 4 71
X – erro na determinação
m (%)
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
0
Profundidade (cm) 40
80
120
160
200
Trincheira 6
m (%)
70 72 74 76 78 80 82 84
Profundidade (cm)
0
20
40
60
80
100
120
Trincheira 4
m (%)
0 20 40 60 80 100
0
Profundidade (cm)
50
100
150
200
250
300
350
Trincheira 2
m (%)
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Profundidade (cm)
0
40
80
120
160
200
Figura 6.7 – Saturação por alumínio (m) do solo e do material de alteração das
trincheiras
Tabela 6.7. Composição mineralógica da fração argila deferrificada dos solos da trincheira Tr5,
identificada por difratometria de raios-X
Tabela 6.9. Composição mineralógica da fração argila deferrificada dos solos da trincheira Tr4,
identificada por difratometria de raios-X.
Tabela 6.10. Composição mineralógica da fração argila deferrificada dos solos da trincheira
Tr2, identificada por difratometria de raios-X.
6.3.1.1.3- Síntese
No setor de topo/alta vertente passa-se, da base em direção do topo da
cobertura pedológica, de uma alteração de uma rocha, provavelmente
bandada, para um conjunto de horizontes vermelho-amarelados, argilosos,
maciços que por sua vez são seguidos por horizontes de um solo latossólico
(Fig. 1).
O horizonte de alteração, na maior parte de aspecto maciço argiloso,
não apresenta traços de endurecimento ou relíquias da rocha fresca.
Entretanto, em direção do topo alguns nódulos foram encontrados; de aspecto
cinza, e duros, esses nódulos são litoreliquiais. A presença desses nódulos
apenas no topo do material alterado sugere uma descontinuidade dentro da
alteração da rocha.
No conjunto de horizontes vermelho-amarelados, argilosos, maciços
esses nódulos estão sempre presentes dentro de uma matriz bruno-amarelada
(10YR6/8) (poliedros), levemente endurecida que é discordante sobre os
nódulos, cortando-os. No horizonte superior do conjunto os nódulos, além de
reliquiais, são predominantemente brunos com diferentes fases justapostas. Da
mesma maneira, como para os nódulos litoreliquiais, a matriz bruno-amarelada
(10YR6/8) (poliedros) é discordante sobre os brunos. Dessa maneira pode-se
inferir que a matriz bruno-amarelada (10YR6/8) é posterior aos nódulos brunos
e os transformam. Por outro lado, como essa matriz não apresenta traços de
ferruginização, não se pode dizer que os nódulos brunos vêm da
individualização do ferro a partir dessa matriz o que colabora com a idéia de
que essa matriz é posterior aos nódulos. Entretanto, a presença dos nódulos
litoreliquiais e dos brunos, com diferentes fases justapostas, sugere duas
hipóteses: 1) que os nódulos evoluem “pari passu” com o desenvolvimento da
cobertura pedológica ou 2) que eles representam uma descontinuidade dentro
da cobertura e representam as relíquias de uma couraça ferruginosa laterítica.
No conjunto de horizontes vermelho-amarelados, argilosos, maciços, da
base indo em direção do topo, a matriz bruno-amarelada (10YR6/8) (poliedros)
tende a desaparecer. Essa matriz é cortada por fases avermelhadas, argilosas,
maciças compactas responsáveis pela transformação e desaparecimento do
material bruno-amarelado (10YR6/8) (poliedros). Por sua vez as fases
avermelhadas vão constituir um conjunto de horizontes avermelhados,
argilosos e maciços, compactos no interior dos quais permanecem os nódulos
ferruginosos que já apresentam uma nítida diminuição de diâmetro.
Esse conjunto de horizontes avermelhados diferencia gradativamente
em um material bruno amarelado, com estrutura granular, e vai dar origem aos
6.3.1.2. Jusante:
6.3.1.2.1. Terço superior da baixa vertente
200+ - 182 cm: Horizonte de alteração com fases justapostas
avermelhadas escura dominantes (10R4/6), arroxeadas e esbranquiçadas,
silto-argiloso, maciço. Associado à fase branca tem alguns nódulos brunos
friáveis. Foi observado muito material grosseiro quartzoso minerais micáceo.
182 –150 cm: Horizonte de alteração heterogêneo com fases justapostas
avermelhadas clara (5YR5/8), amarelo-avermelhado (5YR7/6) e branca, silto-
6.3.1.2. Síntese
No terço superior da baixa vertente (Fig. 1), do horizonte de alteração
passa-se para um horizonte bruno-escuro (7,5YR5/8), com nódulos,
semelhante ao encontrado no setor da alta vertente/média vertente.
Sobrejacente a esse bruno-escuro, um nível de pedregulho, é seguido, em
direção do topo, por horizontes latossólicos. Nesse setor não mais existem os
horizontes argilosos com restos de couraça e os horizontes do conjunto
latossólico assentam diretamente sobre a rocha alterada que nesse setor está
em ressalto em relação à alta e à baixa vertente.
No terço superior da baixa vertente o material alterado apresenta
algumas diferenças em relação ao do setor de montante. Esse, apesar de
maciço como o de montante, tem muito material grosseiro quartzoso e muito
material micáceo que o diferencia daquele. A presença de fragmentos mais
grosseiros quartzosos na alteração indica tratar-se de um domínio mais
quartzoso da rocha. Daí o ressalto. Por sua vez as micas podem estar
indicando uma alteração diferencial entre a parte de montante e a de jusante.
O horizonte bruno-escuro dá continuidade àquele do setor montante.
Entretanto observa-se que há uma nítida diminuição da quantidade de nódulos
ferruginosos e há o aparecimento de fragmentos de quartzo ferruginizado.
Apesar de não haver, subjacente a esse bruno-escuro, os horizontes argilosos
6.3.1.3. Várzea:
1.3.1- Trincheira na transição entre o terço inferior da baixa vertente e os
depósitos aluviais da várzea
200+ - 168 cm: Horizonte homogêneo, bruno-avermelhado-empretecido
(5YR3/2), argiloso, maciço, pouco poroso.
168 – 106 cm: Horizonte homogêneo de cor rosa (7,5YR3/4), argiloso,
maciço que se desfaz em granular, túbulos de atividade biológica.
106 – 0 cm: Reencontram-se os horizontes latossólicos granulares,
semelhantes aqueles do terço inferior da baixa vertente.
6.3.1.3.2- Síntese
Na transição entre a várzea e o terço inferior da baixa encosta passa-se
de um horizonte bruno-avermelhado-empretecido (5YR3/2) para um rosa
(7,5YR3/4) que é seguido pela seqüência de horizontes latossólicos (Fig. 6.10).
O horizonte bruno-avermelhado-empretecido (5YR3/2) dada a sua cor
representa um horizonte que sofreu influência da presença de matéria
orgânica. De fato esse horizonte mergulha sob os sedimentos aluviais e
provavelmente teve sua origem relacionada com eventos deposicionais de
várzea. Por outro lado, esse mesmo horizonte encontra-se subjacente aos
horizontes rosa e bruno-muito-pálido.que por sua vez são seguidos pelos
horizontes da seqüência latossólica o que indica que a várzea era mais extensa
que atualmente. Essa evidência demonstra que pelo menos a partir do terço
inferior da baixa vertente a diferenciação dos horizontes, se deu a partir de um
certo nível, sobre materiais alóctones provavelmente vindos da erosão
mecânica dos materiais da própria encosta.
6.3.2.1. Densidade
62- 115
11 5+
TRINCHEIRA 4 M E IA ENCOSTA
Densida de (g .cm- 3)
0 0.5 1.0 1.5 2.0
0- 10
Pr ofu ndidad e (cm )
23- 67
67-1 30
13 0+
20- 76
MCFORTI-FAPESP 99/05204-4 93
Nas figuras 6.12, 6.13 e 6.14 são apresentadas as variações dos diferentes
parâmetros químicos para os solos do PEFI.
PEFI SOLO
PROPRIEDADES QUÍMICAS
SATURAÇÃO POR ALUMÍNIO m
TRINCHEIRA 5 M EIA ENCOSTA
TRINCHEIRA 1 T OPO DA ENCOSTA m (% )
m (% ) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 00
22- 48
9- 18
Pr ofun didad e (cm )
62- 83 75- 82
53- 91 34- 80
34- 62 63- 75
62- 83 75- 82
53- 91 34- 80
MCFORTI-FAPESP 99/05204-4 94
PEFI SOLO
PROPRIEDADES Q UÍ MI CAS
MATÉRIA ORGÂNICA M.O .
TRINCHEIRA 1 TOPO DA ENCOSTA TRINCHEIRA 5 MEIA ENCOSTA
M .O. (g .kg-1 ) M .O. (g .kg-1 )
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50 60
9-1 8 22-4 8
34-6 2 63-7 5
62-8 3 75-8 2
53-9 1 34-8 0
9 1-15 0 80-11 5
MCFORTI-FAPESP 99/05204-4 95
7 – AS TRANSFERÊNCIAS DAS ESPÉÇIES QUÍMICAS EM SOLUÇÃO QUE
PERCOLAM ATRAVÉS DAS INTERFACES.
MCFORTI-FAPESP 99/05204-4 96
Figura 7.1 Esquema indicando as interfaces onde as transferências
foram determinadas.
Como este estudo cobriu períodos com intervalos distintos em cada área
sendo mais longo para o PEFI, estimou-se os fluxos anuais e semestrais, para
os períodos seco e chuvoso, das diferentes espécies para os dois locais. Para
a transprecipitação foram calculados os fluxos líquidos. Os valores desses
fluxos são apresentados na Tabela 7.1 para a água de chuva e na Tabela 7.2
para a transprecipitação.
MCFORTI-FAPESP 99/05204-4 97
Tabela 6 – Fluxo anual, semestral (chuvoso e seco) através da água de chuva (CH) e da
-1 -1
transprecipitação (TR) em kg.ha .ano , para as áreas do PEFI e de CUNHA.
PEFI CUNHA
TOTAL SECO CHUVOSO TOTAL SECO CHUVOSO
CH TR CH TR CH TR CH TR CH TR CH TR
kg.ha-1.ano-1 kg.ha-1.semestre-1 kg.ha-1.ano-1 kg.ha-1.semestre-1
+
Na 4.30 8.69 1.93 2.97 2.36 6.05 3.03 11.48 1.50 4.17 1.00 7.64
K+ 5.70 57.90 1.46 18.48 4.36 42.28 3.38 107.55 1.46 42.51 1.61 62.19
Mg2+ 1.31 5.54 0.59 1.87 0.72 3.90 0.56 4.42 0.23 1.54 0.30 3.13
Ca2+ 7.25 16.73 3.40 6.26 3.79 10.67 0.60 8.14 0.27 2.69 0.26 6.17
NH4+ 15.2 14.52 5.69 2.93 9.60 13.56 8.20 3.74 1.02 0.73 9.73 4.26
Cl- 11.6 29.37 5.32 12.15 6.22 17.27 9.85 59.22 4.83 24.28 2.83 31.65
NO3- 52.3 40.45 25.0 16.75 23.0 23.00 4.84 4.08 2.49 1.90 1.09 1.54
SO42- 26.7 57.22 9.91 20.14 16.9 39.06 5.48 29.00 1.89 12.00 3.65 15.29
Al III 0.04 0.07 0.01 0.01 0.03 0.05 0.00 0.13 0.00 0.02 0.00 0.15
Fe III 0.18 0.09 0.06 0.03 0.12 0.05 0.04 0.08 0.01 0.02 0.04 0.06
Cu II 0.06 0.07 0.03 0.02 0.03 0.04 0.00 0.03 0.00 0.01 0.00 0.03
Zn II 1.15 0.65 0.52 0.17 0.62 0.45 0.42 0.33 0.13 0.09 1.02 0.30
Mn II 0.08 0.70 0.04 0.25 0.04 0.35 0.07 0.26 0.03 0.04 0.04 0.31
MCFORTI-FAPESP 99/05204-4 98
-1 -1
Tabela 7.2 - Fluxo líquido anual em kg.ha .ano através da água de
transprecipitação e fluxo líquido semestral para os períodos seco e
-1 -1
chuvoso em kg.ha .semestre , para as áreas do PEFI e de CUNHA.
PEFI CUNHA
TOTAL SECO CHUVOSO TOTAL SECO CHUVOSO
kg.ha-1.ano-1 kg.ha-1.semestre-1 kg.ha-1.ano-1 kg.ha-1.semestre-1
Na+ 4.39 1.46 2.76 8.47 3.09 5.55
K+ 52.2 19.6 31.4 105 45.3 51.7
Mg2+ 4.23 1.54 2.58 3.86 1.47 2.38
Ca2+ 9.45 3.75 5.24 7.54 2.69 5.03
NH4+ -0.70 -2.34 1.90 -4.46 -0.22 -6.08
Cl- 17.8 8.58 8.38 49.4 21.9 24.3
NO3- -11.8 -5.90 -3.50 -0.76 -0.39 0.23
SO42- 30.5 13.1 16.2 23.5 11.3 9.45
Al III 0.03 0.00 0.01 0.13 0.03 0.13
Fe III -0.09 -0.03 -0.07 0.04 0.02 0.01
Cu II 0.01 0.00 0.01 0.03 0.01 0.03
Zn II -0.50 -0.33 -0.24 -0.09 -0.03 -0.76
Mn II 0.62 0.24 0.26 0.19 0.01 0.66
MCFORTI-FAPESP 99/05204-4 99
também que os fluxos menores de K+ e Mg2+ no PEFI sejam conseqüência das
altas taxas de deposição de ânions que levam consigo os cátions básicos.
Para CUNHA as taxas de deposição são baixas e observa-se uma
absorção de NH4+ principalmente durante o período chuvoso. O NO3- é
transferido, num percentual baixo, para o transprecipitado durante o período
chuvoso.
No PEFI as taxas de deposição são elevadas não apresentando
transferências substanciais desses íons para a transprecipitação. O NH4+ é
absorvido durante o período seco e transferido em taxas baixas durante o
período chuvoso; o NO3- é absorvido ao longo de todo ano com taxas
elevadas.
Segundo Nihlgärd et al. (1994) o NH4+ é absorvido pela vegetação se as
taxas de deposição de NH4+ são baixas (< 5kg.ha-1.ano-1) enquanto que o NO3-
atravessa o dossel; altas taxas de deposição NH4+ (> 20kg.ha-1.ano-1) pode
causar uma transferência substancial de ambos para a transprecipitação.
Essas diferenças de absorção e deposição desses íons podem indicar a
existência de uma massa maior de espécies vegetais fixadoras de N no PEFI
do que em CUNHA. Essa diferença pode ser natural ou conseqüência de uma
possível substituição de espécies em face à adversidade das deposições
atmosféricas.
O Ca2+ está presente principalmente nas partes estruturais da vegetação
estando mais vulnerável à lixiviação durante os períodos de senescência, não
identificados pelos resultados aqui apresentados uma vez que são integrados
ao longo do tempo. No PEFI certamente uma fração do Ca2+ tem origem
antropogênica: construções e resíduos de resuspensão pelo tráfego de
veículos.
Para os elementos menos ativos como o Na, Cl e o S, para os quais a
lixiviação e consumo são desprezíveis, a contribuição para a transprecipitação
é originada da deposição direta sobre a vegetação. Eles têm como fonte
natural os aerossóis marinhos e os núcleos de condensação de nuvens. Desta
forma, são depositados sobre a vegetação e posteriormente lavados pela água
de chuva que atravessa o dossel. O SO42- tem uma fonte marinha importante
em CUNHA, porém no PEFI a contribuição antrópica é mais importante se
sobrepondo às naturais.
Com relação aos metais traço, pode-se considerar que os fluxos são
baixos e o são no PEFI, certamente por estarem subestimados. Os fluxos mais
significativos são o do Zn2+ e o do Mn2+ ambos metais, essenciais
(micronutrientes) para a vegetação. No caso do Zn2+ os resultados indicam que
ocorre uma retenção desse metal pela vegetação indicando que ele pode estar
sendo fixado. O Mn2+ está sendo removido da vegetação, porém as taxas de
remoção no PEFI são mais elevadas representando 90% do fluxo. Em CUNHA
70% do fluxo do Mn2+ é oriundo da vegetação, mas, no período chuvoso, esse
percentual se eleva para 85%.
Na Tabela 7.3 apresenta-se o fluxo das diferentes espécies
químicas na região da meia encosta da vertente para as duas bacias, e para os
diferentes horizontes dos solos.
-1 -1
Tabela 7.4 - Fluxo líquido anual de saída em kg.ha .ano através das águas dos riachos e
-1 -1
fluxo líquido semestral para os períodos seco e chuvoso em kg.ha .semestre , para as bacias
do PEFI e de CUNHA.
VARIAÇÃO DO H+ (pH)
CH
TR
C4-90 CUNHA
C4-150
C4-250
RIO
CH
TR
BL4-20
PEFI
BL4-70
BL4-150
RIO kg/ha/ano
VARIAÇÃO DO K
CH
TR
C4-90
CUNHA
C4-150
C4-250
RIO
CH
TR
BL4-20
BL4-70 PEFI
BL4-150
RIO kg/ha/ano
0 20 40 60 80 100 120
T R: TRA NS P RECIP ITA ÇÃ O B L4- 70; C4- 150:S OLUÇÃ O DO S OLO E M 7 0 E 150 cm
RIO:RIO
BL 4-15 0;C4-2 50: S OLUÇÃ O DO S OLO E M 15 0 E 250 cm
CN-CH
CN-TR
CN-C4-90
CN-C4-150
CUNHA
CN-C4-250
CN-RIO
SP-CH
SP-TR
SP-BL4-20
PEFI
SP-BL4-70
SP-BL4-150
SP-RIO kg/ha/ano
0 10 20 30 40 50 60
Mg Ca NH4 NO3
CH
TR
C4- 90 CUNHA
C4-150
C4-250
RIO
CH
TR
BL4- 20
BL4- 70 PEFI
BL4-150
RIO kg/ha/ano
0 10 20 30 40 50 60 70
Na Cl SO4
TR: TRANSPRECIPITAÇÃO BL4-7 0; C4-1 50:SOLUÇÃO DO SOLO EM 70 E 150 cm
RIO:RIO
BL4 -150 ;C4-25 0: SOLUÇÃO DO SOL O EM 150 E 250 cm
Figura 7.5 – Variação vertical das transferências de Na+, Cl- e SO42- nas
interfaces das duas bacias.
CH
TR
CUNHA
C4-90
C4- 150
C4-250
RIO
CH
TR
PEFI
BL4-20
BL4-70
BL4- 150
RIO kg/ha/ano
Pode-se considerar que os fluxos dos metais traço são baixos e o são
no PEFI, certamente por estarem subestimados. Os fluxos mais significativos
são o do Zn2+ e o do Mn2+ ambos metais essenciais (micronutrientes) para a
vegetação. No caso do Zn2+ os resultados indicam que ocorre uma retenção
desse metal pela vegetação indicando que ele pode estar sendo fixado
Trabalhos de campos: