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Saúde & Lazer

UMA NOVA VISÃO DO AMOR: As principais teorias de Gikovate sobre o amor foram
descritas pela 1ª vez
Enviado por Saúde & Lazer
21-Jan-2009
Atualizado em 21-Jan-2009

A obra, em quinta edição revista, reve conceitos e aprofunda o tema."Os relacionamentos devem se basear muito mais
em laços de amizade que de dependência.” O psicoterapeuta Flávio Gikovate defendeu essa tese em sua
primeira grande obra a respeito do amor, em 1990. Em toda sua produção seguinte ele trata do tema com base nos
fundamentos que aparecem neste texto. No livro Uma nova visão do amor (232 p), da MG Editores, em 5a edição revista,
ele tece relações entre amor, casamento, solidão e individualidade, passando pelo tão falado tema da paixão.
E propõe uma nova maneira de enxergar a relação entre duas pessoas, apontando a vaidade como um dos principais
obstáculos à felicidade e mostrando que o uso da razão é um dos caminhos para viver plenamente o amor.
Partindo de considerações pessoais muito peculiares, sempre apoiadas em sua experiência clínica de mais de quarenta
anos, Gikovate parte do princípio de que o amor, por ser considerado o mais nobre dos sentimentos, raramente é
associado a elementos negativos, o que impede uma reflexão crítica sobre ele. Além disso, o quase obrigatório
contraponto entre esse sentimento e a razão leva à depreciação da segunda.
Por isso, Gikovate apresenta novas formas de relacionamento, baseadas na consciência de que somos seres plenos e
não apenas metades em busca de complemento. "O amor dito ‘romântico’ é imaturo e regressivo e não
condiz com uma relação de boa qualidade. O amor é um sentimento que temos pela pessoa cuja presença provoca em nós
a sensação de paz e aconchego que perdemos ao nascer. A mãe é o nosso primeiro objeto de amor. Quando crescemos
e nos tornamos independentes, queremos nos entreter com outras coisas, mas, vez por outra, nos sentimos inseguros e
corremos atrás do aconchego físico materno. Portanto, o amor é o sentimento que se tem pela pessoa com a qual
você supre a sensação de desamparo, de incompletude. Mas essa sensação de que falta alguma coisa não pode ser
preenchida por outra pessoa. Temos de nos resolver interiormente antes de nos unir a alguém”, afirma o autor.
Gikovate acredita que a maioria das pessoas gosta mais de sonhar com o amor do que viver uma relação correspondida
para valer. Alguns amam sem ser amados. Outros são amados, mas não amam. Poucos amam e são amados da mesma
forma. "Parece que boa parte das pessoas tem dentro de si um grande medo do amor, medo que predomina sobre o
desejo. Assim, prevalece o medo de perder a individualidade e, principalmente, o medo da felicidade”, diz.
As relações afetivas, segundo o psicoterapeuta, estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito
de amor. "A maturidade emocional é uma conquista, você aprende a dar na mesma medida em que recebe. E isso
incluiu trabalhar a individualidade. Quem se acostuma a viver vários relacionamentos que acabam não dando certo
está insistindo nessa noção de amor antiquada, que não leva em conta que o mundo mudou. Portanto, o primeiro passo
é aceitar esse processo de mudança e buscar uma relação compatível com os tempos modernos. Na qual exista
individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um
responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.” Para Gikovate, o amor do futuro é o que ele chama de +amor: a
aproximação de duas pessoas inteiras e não de duas metades.
O autor
Flávio Gikovate é médico psiquiatra formado pela USP em 1966. Trabalha com psicoterapia breve, tendo atendido
mais de oito mil pacientes. É conferencista e autor consagrado, com várias obras publicadas – inclusive no
exterior –, que somam mais de 600 mil livros vendidos.
Título: Uma nova visão do amor – 5a edição revista
Autor: Flávio Gikovate
Editora: MG Editores
Páginas: 232
ISBN: 978-85-7255-055-0
Site: www.mgeditores.com.br

http://www.saudelazer.com Fornecido por Jornal Saúde & Lazer Produzido em: 27 November, 2010, 11:39

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