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Introdução
Introdução
Introdução
Mercado: Interação entre fornecedores e consumidores (ex: feira livre, shopping center,
etc.);
–Não há a necessidade do contato direto para configuração da idéia de mercado (ex: venta
por telefone, por via eletrônica, por correspondência)
Duas operações fundamentais são objetos do mercado:
–A obtenção de informação;
–A composição de interesses
O mercado possui duas dimensões:
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Material elaborado por Carlos Sérgio Gurgel da Silva – mestrando em Direito Constitucional (UFRN).
–Mercado de recursos – capital e trabalho como ingredientes no processo produtivo de
produtos e serviços;
–Mercado de Consumo – busca satisfazer às necessidades dos consumidores; (OBJETO
DO DIREITO DO CONSUMIDOR)
NECESSIDADES REAIS;
NECESSIDADES CRIADAS
Introdução
Como resultado das relações entre fornecedores e consumidores, ao longo dos anos,
percebeu-se uma série de imperfeições do mercado, levando a uma série de abusos, tais
como:
–Acidentes de consumo provocados por serviços e produtos perigosos;
–Má qualidade dos bens de consumo;
–Publicidade enganosa e abusiva;
–Práticas e cláusulas contratuais abusivas;
–Dificuldade – quando não impossibilidade – de acesso à justiça
Consumerismo
CF/88 como marco da reconstrução de um novo direito privado, mais atento às demandas
sociais e preocupado com os vulneráveis da sociedade atual;
–Busca-se priorizar a igualdade dos mais fracos através de concretas medidas de proteção
destes grupos na sociedade globalizada;
–Direito privado solidário (doutrina alemã – Hanes Rösler);
–Direito do consumidor como valor;
–Constitucionalização do direito privado – ao mencionar direitos para os iguais, para as
relações privadas na CF/88, institucionaliza e garante estes direitos com origem
constitucional, adaptando o direito privado brasileiro aos novos tempos e a esta nova
sociedade de consumo
Para realizar a igualdade, como ideal do justo, o direito privado precisa de um pouco do
imperium ou da intervenção do Estado, da hierarquia de suas normas (normas de ordem
pública) e da força igualizadora dos direitos humanos;
–Para realizar a igualdade material era necessário limitar também a liberdade de alguns,
impor uma maior solidariedade no mercado (favor debilis) e assegurar direitos imperativos
aos mais fracos;
A base de todo ordenamento jurídico é a dignidade da pessoa humana;
Falácia do consumidor como “rei” do mercado;
Massificação da produção, da distribuição e do consumo;
–Marketing;
–Efeitos da publicidade e da moda;
–Métodos agressivos e sentimentais de comercialização e contratação
Consumidor x Fornecedor
Consumidor - é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final (art. 2º do CDC);
–Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja
intervindo nas relações de consumo (parágrafo único do art. 2º do CDC)
Fornecedor - É toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços (art. 3º do CDC)
Consumidor x Fornecedor
Para os finalistas (teoria de Cláudia Lima Marques), destinatário final seria aquele
destinatário fático e econômico do bem ou serviço, seja ele pessoa física ou jurídica;
–Não basta ser destinatário fático do produto, retirá-lo da cadeia de produção, levá-lo para
o escritório ou residência – é necessário ser destinatário final econômico do bem, não
adquiri-lo para revenda, não adquiri-lo para uso profissional, pois o bem seria novamente
um instrumento de produção, cujo preço estaria embutido no preço final do profissional que
o aquiriu (seria consumo intermediário, na visão do STJ)
Consumidor x Fornecedor
“Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(...)
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”