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Eletroquímica é um ramo da química que estuda reações

químicas que ocorrem em uma solução envolvendo


um condutor (um metal ou um semicondutor) e um condutor iônico
(o eletrólito), envolvendo trocas de elétrons entre o eletrodo e o
eletrólito.
A eletroquímica abrange todos processo químicos que envolve
transferência de elétrons. Quando um processo químico ocorre,
produzindo transferência de elétrons, é chamado de pilha ou bateria,
mas quando o processo químico é provocado por uma corrente
elétrica (variação da quantidade de elétrons no temo), este processo
é denominado de eletrólise. (Resumindo: pilha e bateria são
processos químicos que ocorrem espontaneamente e gera corrente
elétrica, já eletrólise é um processo químico (reação química) que
ocorre de forma não espontânea, ou seja, ocorre na presença de uma
corrente elétrica).
A primeira pilha foi criada em 1800, por Alessandro Volta, que
utilizava discos de cobre e zinco, separadas por algodão embebido
em solução salina.
Os discos foram chamados de eletrodos, sendo que os elétrons
saiam do zinco para o cobre, fazendo uma pequena corrente fluir.
Em 1836, John Frederick Daniell construiu uma pilha com eletrodos
de cobre e zinco, mas cada eletrodo ficava em uma cela individual, o
que aumentava a eficiência da pilha, pois ela possuia um tubo que
ligava as duas cubas, este tupo foi chamado de ponte salina. Esta
pilha ficou conhecida como pilha de Daniell.
Pilha de Daniell
Catodo é o eletrodo positivo, é o eletrodo onde ocorre a redução,
ocorre ganho de elétrons, já anodo é o eletrodo negativo, é o eletrodo
onde ocorre oxidação, ocorre perda de elétrons.
Nesta pilha é possível verificar as semi-equações da reação.
Cu2+ +2e- --> Cu(s)
o íon cobre (Cu2+) da solução é reduzido por 2 e- que vem da corrente
elétrica.
Zn(s) --> Zn2+ + 2e-
o zinco é oxidado, formando íon zinco (Zn2+) e 2 e-. Estes elétrons
serão os responsáveis pela geração da corrente elétrica do sistema
(pilha).
Cu2+ + 2e- --> Cu0
Zn0 --> Zn2+ + 2e-
__________________
Zn0 + Cu2+ -->
Zn2+ + Cu0
Com o desenvolvimento da reação, ocorrerá formação de cobre
metálico, que se depositará na superfície do eletrodo de cobre, já o
eletrodo de cobre será corroído, pois o zinco está se transformando
em íons que irão para a solução de sulfato de zinco.
A pilha de Daniell pode ser escrita por:
Zn0 + Cu2+(aq) --> Zn2+(aq) + Cu0
ou
Zn | Zn2+ || Cu2+ | Cu
onde, || representa a ponte salina.

Toda pilha possui um potencial, ou seja, produz uma voltagem,


sendo este potencial medido na pilha. (No caso das pilhas comerciais,
que se usam em rádios, controles remotos e brinquedos, a voltagem,
geralmente é de 1,5V, só variando o tamnho de reserva das pilhas.
Tamanhos: A,AA, D, etc.)
O potencial da pilha pode ser dado, de uma maneira simplificada
por: E = Emaior - Emenor , sendo Emaior e Emenor, os potenciais padrões de
redução de cada semi equação.
Potencial padrão é medido em relaão ao hidrogênio, que teve por
convenção, a denominação de potencial padrão de Hidrogênio, que
vale 0V.
É a partir dp potencial de uma pilha, que se sabe se a reação
ocorre ou não. Quando a variação de potencial da pilha, E, é maior
que zero a reação é espontânea. Quando o potencial é negativo, a
reação não ocorre espontaneamente e quanto maior for o potencial,
positivo, maior será a eficiência da pilha.
A partir disso é possível verificar alguns fatos que ocorrem no
nosso dia-a-dia e são explicados pelas reações eletroquímicas.
Os elementos envolvidos em uma reação eletroquímica são
caracterizados pelo número de elétrons que têm. O número de
oxidação de um íon é o número de elétrons que este aceitou ou doou
quando comparado com seu estado neutro (que é definido como
tendo número de oxidação igual a zero). Se um átomo ou íon doa
elétrons em uma reação, seu número de oxidação aumenta, se aceita
um elétron seu número diminui.A perda de elétrons de uma
substância é chamada oxidação, e o ganho é conhecido como
redução.
Uma reação na qual ocorrem oxidação e redução é chamada de
reação redox.
Para uma reação ser considerada eletroquímica, deve envolver
passagem de corrente elétrica em uma distância finita maior que a
distância interatômica.
Uma reação eletroquímica é uma reação redox que ocorre com a
simultânea passagem de corrente entre dois elétrodos.
A corrente que circula no meio reacional pode ter duas origens:
 No próprio meio, quando então tem-se uma pilha eletroquímica.
 Gerada por uma fonte elétrica externa, quando então tem-se
uma célula eletrolítica
Em ambos os casos, tem-se sempre dois elétrodos:
 Ânodo: elétrodo para onde se dirigem os ânions ou,
alternativamente, onde se formam cátions. Nesse elétrodo sempre
ocorre corrosão, com conseqüente perda de massa, e sempre
ocorre oxidação dos ânions ou, alternativamente a formação dos
cátions a partir do metal do elétrodo (quando então tem-se
também uma oxidação).
 Cátodo: elétrodo para onde se dirigem os cátions. Nesse
elétrodo ocorre sempre depósito, e também redução dos cátions.
No estudo dos células eletroquímicas (pilhas ou células
eletrolíticas) mediante a termodinâmica, faz-se uso de uma
abordagem de equilíbrio - a corrente que passa pela célula
éinfinitesimal, a reação ocorre mediante pequenas passagens de
carga pelos elétrodos (pela lei da conservação da carga a carga que
entra por um elétrodo é a mesma que sai pelo outro).
Nesse caso, a célula se caracteriza por uma força
eletromotriz ou f.e.m. (ε). Na prática pode-se dizer que consiste numa
diferença de potencial em circuito aberto. Essa diferença de potencial
é função de fatores tais
como concentração dos reagentes, solvente, temperatura e, em
muitíssima menor contribuição, a pressão.
No meio reacional, os íons tem geralmente diferentes
"velocidades", que normalmente são baixas, devido a viscosidade que
eles têm de vencer. Para se medir tais "velocidades", define-se
a mobilidade de um íon. A mobilidade iônica (u) de um íon consiste
na sua velocidade na direção do campo elétrico de intensidade
unitária, e tem unidades m s-1/V m-1 ou, simplesmente m2 s-1 V-1.
Por outro lado, em regiões próximas aos elétrodos, a cinética toma
outras feições, já que então depende de fenômenos de superfície, o
que forçosamente envolve a noção de energia superficial.
De qualquer modo, os íons movimentam-se e
sofrem oxirredução sempre envoltos em algumas camadas de
solvente, ou seja, estão sempre solvatados. Essa é a razão principal
pelo qual os íons se movimentam com dificuldade.
A solvatação é determinada, em grande parte, por dois fatores: a
carga do íon e seu raio. Como o jogo de interações múltiplas entre os
íons é muito complexo, faz-se uso de simplificações, principalmente
quando se admitem grandes diluições.
De outro modo, a noção de concentração não é inteiramente útil, no
sentido de que não mede diretamente o que acontece. Como sofrem
múltiplas interações, elas se somam de forma complexa, em grandes
concentrações. Então é mais conveniente usar o conceito
de atividade.
No caso de uma célula eletroquímica, em função da
complexidade dessas interações, não segue necessariamente a lei de
Ohm. Ou seja, a corrente elétrica não é proporcional àtensão
elétrica aplicada à célula.
Uma pilha útil é aquela na qual o potencial gerado tem alguma
vantagem sobre o custo da pilha. Para obter-se um bom potencial, é
necessário que a diferença entre os potências do ânodo e do cátion
seja grande: o agente redutor deve ter potencial negativo e o
oxidante deve ter potencial positivo.
Mecanismos
Para entender-se os processos químicos envolvidos,
estabeleceremos as reações químicas da pilha de Volta e de Daniell.
Sendo catodo o eletrodo positivo, e sendo o eletrodo onde
ocorre a redução, ocorre ganho de elétrons. O anodo sendo o eletrodo
negativo, é o eletrodo onde ocorre oxidação, ocorrendo perda de
elétrons.
As semi-equações das reações que ocorrem:
Cu2+ + 2 e- → Cu(s)
o íon cobre (Cu2+) da solução é reduzido pelos dois elétrons, por 2 e-,
que são providos pela corrente elétrica.
Zn(s) → Zn2+ + 2 e-
o zinco metálico é oxidado, formando íon zinco (Zn2+) e há a liberação
de dois elétrons, 2 e-. Estes elétrons liberados serão os responsáveis
pela geração da corrente elétrica do sistema (no caso, a pilha).
Cu2+ + 2 e- → Cu0
Zn0 → Zn2+ + 2 e-
______________________
Zn0 + Cu2+ → Zn2+ + Cu0
Com o prosseguimento da reação, ocorrerá formação de cobre
metálico, que se deposita no eletrodo de cobre, em sua superfície,
enquanto o eletrodo de zinco é corroído, pois o zinco estará se
transformando em íons que passarão para a solução de sulfato de
zinco.
A pilha de Daniell pode ser escrita por:
Zn0 + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu0
ou, de uma forma mais esquemática, que
pode ser adaptada à diversas pilhas, com
diversos eletrodos metálicos:
Zn | Zn2+ || Cu2+ | Cu
onde, || representa a ponte salina.
Referencia Bibliografica
Medeiros, Miguel A.; Eletroquímica
pt.wikipedia.org/wiki/Eletroqu%C3%ADmica. Acesso em 20 de
novembro de 2010.
http://www.scribd.com/doc/16600272/Eletroquimica. Acesso em 20 de
novembro de 2010.
http://www.quiprocura.net/eletroquimica.htm. Acesso em 20 de
novembro de 2010.

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