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CONCEITO DE CIDADANIA

“A cidadania é responsabilidade perante nós e os outros, consciência


de deveres e de direitos, impulso para a solidariedade e para a participação,
é sentido de comunidade e de partilha, é insatisfação perante o que é
injusto ou o que está mal, é vontade de aperfeiçoar, de servir, é espírito de
inovação, de audácia, de risco, é pensamento que age e acção que se pensa.”

Cidadania: Qualidade de ser cidadão. Cidadão é quem tem direitos e deveres


políticos.

BREVE HISTÓRIA DA CIDADANIA

GRÉCIA

A cidadania confundia-se com a naturalidade e encontrava a sua


expressão na lei.
O cidadão tinha um conjunto de direitos deveres.

IMPÉRIO ROMANO

Definiu a cidadania como um estatuto jurídico-político, que era


conferido a um dado indivíduo, independentemente da sua origem ou
condição social anterior.

IDADE MÉDIA

Fim do conceito greco-romano de cidadania.


Aparece o conceito de submissão.
Os direitos do indivíduo passam a estar dependentes da vontade
arbitrária do seu senhor.

IDADE MODERNA

Entre os séculos XVI e XVIII desenvolvem-se em toda a Europa três


importantes movimentos políticos que conduzem a uma nova perspectiva
sobre a cidadania.
1- Na maioria dos países a centralização do Estado implicou o fim do
poder dos grandes senhores e o reforço do poder dos reis.
Os cidadãos passam a dirigir-se ao Estado (os reis).

2- Em Inglaterra em fins do século XVII os cidadãos colocam fim ao


poder absoluto dos reis. Consagram o princípio da igualdade de todos face à
lei.

3- Alguns teóricos proclamam que todos os homens


independentemente da nação a que pertencem possuem um conjunto de
direitos inalienáveis.
Nasceu o conceito de direitos humanos e de cidadania mundial.

ÉPOCA CONTEMPORÂNEA

Século XIX: As lutas sociais que varrem a Europa no século XIX


procuram consagrar os direitos políticos e os direitos económicos.

Século XX: Os combates sociais avançam para uma melhor


distribuição da riqueza colectivamente gerida.
A cidadania confere um vasto conjunto de direitos
económicos, sociais, culturais assegurados pela sociedade.
ORIGEM DOS DIREITOS DO HOMEN E DOS POVOS

Quando o homem vivia em pequenos grupos, as dificuldades que


emergiam eram resolvidos ou pela ardilosidade ou pela força bruta. Com o
passar do tempo as sociedades foram-se tornando mais complexas
evidenciando-se a necessidade do estabelecimento de normas, de pactos
para a sua organização.

Com o correr dos tempos cada povo foi adaptando uma lei de acordo
com as suas necessidades incorporando os direitos que foram sendo
conquistas da humanidade como um todo.

DIREITO MODERNO

Desde Rousseau (século XVIII) expandiu-se a nação dos direitos e


das liberdades humanas.
A importância de Rousseau está na denúncia apaixonada e radical que
fez da sociedade, dos seus males, o que desvelou a ordem estabelicida como
algo odioso.

DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA

As colónias da América faziam parte do Império Britânico.


As colónias unem-se e organizam-se alastrando o anseio de libertação
que culmina na Declaração da Independência dos E.U.A.
As colónias tornam-se livres e expõem as razões fundamentais que
levaram à separação:
* Todos os homens foram criados iguais

Este documento tem servido de referência para todos os movimentos


de independência dos povos colonozados
O EXERCÍCIO DA CIDADANIA: DIREITOS E GARANTIAS

É aprovada e decretada a 2 de Abril de 1976 a Constituição da


Republica Portuguesa que consagra os direitos e as garantias fundamentais
inerentes a um Estado de direito democrático.
Os diversos direitos e garantias de cidadania podem ser classificados
por:
* direitos cívicos
* direitos políticos
* direitos económicos, sociais e culturais

Prícipios fundamentais inerentes:

* principio da universalidade (garantia de que todos usufrem dos


direitos)
* principio da igualdade (todos os cidadãos são iguais entre si)

DIREITOS CÍVICOS

Direito à vida : procura garantir a inviolabilidade da vida humana e a


não existência/aplicaç~ºao da pena de morte em Portugal.

Direito à integridade pessoal: proibição determinante de tortura, de


tratos e penas cruéis, degradantes ou desumanas decorre do principio
fundamental de inviolabilidade da integridade moral e física das
pessoas.

Direito à família, casamento e filiação: é consagrada a igualdade para


todos no que respeita à constituição de família econtracção de
matrimónio bem como reletivamente aos direitos e deveres dos
cônjuges, garantindo ainda o direito e o dever dos pais na educação e
manutenção dos filhos e o direito destes em não serem separados dos
pais.

Liberdade religiosa: liberdade de consciência, de religião e de culto.


Ninguém pode ser perseguido devido às suas convicç~ºoes ou práticas
religiosas.

Liberdade de expressão e informação


Liberdade de aprender e ensinar

DIREITOS POLÍTICOS

Direito de participação na vida pública: todos os cidadãos têm o


direito de tomar parte na vida política e na direcçºão de assuntos
públicos do país. Todos têm direito de ser esclçarecidos sobre actos
do Estrado e de ser informados pelo Governo.

Direito de sufrágio e à soberania popular: têm direito de sufr´+ágio


todos os cidadãos maiores de 18 anos.

Direito à greve

DIREITOS ECONÓMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS

DIREITOS ECONÓMICOS

Direito ao trabalho: garantia de igualdade no direito ao trabalho.

Direito de propriedade privada

DIREITOS SOCIAIS

Direito à segurança social, à saúde e à habitação


Compete ao Estado:

* Segurança social: organizar, coordenar e subsidiar um sistema de


segurança social unificado e descentralizado.

* Saúde: garantir o acesso de todos os cidadãos independentemente


da sua condição económica através de um serviço nacional de saúde
universal e geral.

* Habitação e urbanismo: programr e xecutar uma política de


habitação inserida em planos de ordenamento geral deterritório.
Apoiar planos de urbanização que garantam a existência de uma rede
de transportes e de equipamenmto social. Promover a construção de
habitações económicas e sociais.
* Ambiente e qualidade de vida: prevenir e controlar a poluição e os
seus efeitos. Promover o aproveitamento racional dos recursos
naturais.

* Família: promover a independência social e económica dos agregados


familiares. Promover a criação e garantir o acesso a uma rede nacional
de creches e de outros equipamentos sociais.

• Paternidade e maternidade: proteger os pais e as mã~es na


realização da sua acção em relação aos filhos.

* Infância: proteger as crianças. Assegurar especial protecção às


crianças órfãs, abandonadas.

* Juventude: promover uma política que deverá ter como objectivos


prioritários o desenvolvimento da personalidade dos jovens.

* Cidadãos portadores de deficiências: realizar uma política nacional


de prevenção e de tratamento. Reabilitação e integração dos cidadãos
portadores de deficiência e de apoio àsc suas famílias.

* Terceira idade: promover uma política de terceira idade que


englobe medidas de carácter económico, social e cultural.

DIREITOS E DEVERES CULTURAIS

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