Professional Documents
Culture Documents
Inferno no ônibus
Fato ocorrido no dia 13/06/2000, no Rio de Janeiro.
Durante quatro horas e meia, passageiros de um ônibus da linha 174 (Gávea-Central do Brasil) ficaram reféns,
ontem, de um bandido sanguinário e frio, identificado apenas como Sérgio, no Jardim Botânico. O marginal
chegou a forjar a execução sumária de uma das vítimas - uma jovem que teve um revólver apontado para a
cabeça e a boca por mais de duas horas - para intimidar os policiais que interceptaram o veículo.
‘Eu achei que ele fosse me matar mesmo’
Deixando claro para os policiais que estava disposto a morrer e a matar, Sérgio tratou as vítimas com muita
crueldade, mesmo tendo entre os passageiros duas pessoas idosas. Ele batia nos reféns, empurrava e arrastava
as pessoas pelos cabelos, o que era acompanhado pelos policiais e por uma multidão incrédula diante das
cenas. Tamanha crueldade revoltou os curiosos.
- Todos estavam com medo dentro do ônibus e diziam que não queriam morrer. O bandido pediu para que nós
compactuássemos com ele para encenar a morte da Janaína. Ele disse que ia fingir que deu o segundo tiro, já
que o primeiro foi dado no pára-brisa do ônibus. Ele a enrolou num lençol, pôs o revólver do lado direito da
cabeça dela e depois atirou para o chão.
Aparentemente drogado ou enlouquecido, o marginal provocava os policiais. Ora apontava a arma para as
vítimas, ora apontava para os próprios policiais. O criminoso chegou a cantar música funk.
A estudante Janaína, que servia de intermediária das exigências de Sérgio, foi talvez quem mais sofreu. Teve
o rosto pressionado contra as janelas várias vezes. O momento mais tenso da negociação foi quando Sérgio
fingiu executar Janaína. A estudante contou mais tarde na delegacia que o seqüestrador exigiu que ela ficasse
deitada no chão do ônibus.
- Ele mandou que eu ficasse quieta no chão, pois ia fingir que me mataria. Mas eu achei que ele fosse me
matar mesmo. Tampei o ouvido e fiquei quieta. O tiro que deu foi bem pertinho do meu pé. Depois fiquei
fingindo que estava morta - contou a estudante.
Uma passageira se levantou e gritou que ele queria mais mortes. O clima era de desespero, dentro e fora do
ônibus.
- Ele vai matar mais gente! Pelo amor de Deus, façam alguma coisa! - disse a refém.
O tenente-coronel José Penteado, comandante do Bope, pediu calma à passageira:
- O senhor tá me pedindo calma? É que você não está com uma arma apontada para sua cabeça. Esse cara é
maluco e vai me matar - disse a refém.
Para pressionar a polícia, o bandido chegou a simular ter matado uma das passageiras, levando pânico a quem
assistia ao seqüestro.
Ele mesmo dizia: eu não tenho nada a perder, não tenho pai, não tenho mãe, não tenho família - disse o
coronel.
- Acabamos de assistir, todos estarrecidos, durante horas, a uma cena de seqüestro com uma pessoa
aparentemente drogada, numa violência absolutamente inaceitável. E ficamos até certo ponto contristados por
não ver uma ação mais rápida, que fosse capaz de evitar o desenlace fatal de uma jovem absolutamente
inocente - disse.
Chocado com as cenas, o presidente anunciou que vai acelerar a implantação do novo Plano Nacional de
Segurança Pública. Fernando Henrique conclamou os governadores, as forças de segurança e até mesmo as
Forças Armadas a participarem de uma ação conjunta contra a violência e o tráfico.
- Acho que o país não agüenta mais. Embora já estejamos, no âmbito da nossa ação, nos organizando para
impulsionar um programa de emergência, essa violência assistida pelo Brasil obriga a uma velocidade maior.
Está na hora de nós pormos de lado quaisquer veleidades, sobretudo qualquer tipo de exploração política
desses eventos.
O presidente do Senado (ACM) alertou que, se uma providência efetiva não for tomada pelo Governo, as
autoridades talvez passem a ser alvos desse tipo de violência. - Não dá mais para brincar com a segurança do
país. Se querem que isso aconteça todos os dias, vai acontecer também com as autoridades, por mais
seguranças que tenham - afirmou o senador.
e armas, do qual é relator.
- Quantas tragédias como esta vamos ter de assistir até que seja aprovada a proibição do porte de armas? -
perguntou Calheiros.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Reginaldo Castro, ficou indignado com a ação da
polícia. - Este episódio repugna a consciência cívica brasileira. Basta de indecisão. O Estado deve ao cidadão
atitudes concretas contra a violência, e não soluções paliativas. A atitude da polícia é algo a ser investigado,
em virtude da falta de preparo em ações como esta - disse Reginaldo.
Bandido, fora de si, aparentava estar drogado
Frases desconexas, beijos para fotógrafos e até canções de rap dentro do ônibus. As atitudes do bandido que
disse se chamar Sérgio durante a fracassada tentativa da polícia de conseguir a sua rendição dão a entender
que ele estava fora de si e drogado.
- Querem pagar para ver? Então vem. Meu pai morreu de tiro também. Perdi um irmãozinho na Candelária.
Arrancaram a cabeça da minha mãe quando eu era pequeno. Eu sou maluco e não estou para bobeira - gritou
Sérgio das janelas do ônibus para policiais e jornalistas.
Depois, apontou a arma para fora e ameaçou atirar contra os jornalistas. Em seguida, ironizou:
- Pode filmar, fotografar para o mundo todo. Quer um beijo? Gatão! - disse, mandando um beijo para um
fotógrafo.
Segundo Ângelo, no momento em que o bandido pegou o refém, houve gritaria e pânico. O policial que
estava próximo do bandido resolveu descer do ônibus.
Jornal O Globo
Inferno no ônibus
As imagens do seqüestro seguido de morte ocorrido anteontem, no Rio, divulgadas pela televisão
epelos jornais, chocaram e surpreenderam os jornalistas e executivos que estão na cidade para o53º Congresso
da Associação Mundial dos Jornais e para o 7º Fórum de Editores. Ironicamente, o assalto começou no
momento em que uma mesa-redonda discutia o tema da violência na imprensa, com a presença do governador
Anthony Garotinho.
O jornalista australiano Julian Zaraka disse estranhar o tratamento dado ao caso. ''Não haveria uma
cobertura assim em meu país, com fotos tão chocantes na primeira página'', comentou ele, que representa a
New Limited, editora dos 141 jornais de Rupert Mudorch, como o sensacionalista diário londrino The Daily
Mirror.
O espanhol Francisco Rubio Figueiroa, diretor da Agência EFE, também comentou a cobertura. ''O
que me chamou a atenção foram as fotos, muito fortes e dramáticas''.
Para o representante do International Center of Journalism, Patrick Sheraton, que vive em
Washington, uma das cidades mais violentas dos Estados Unidos, os jornais brasileiros dão aos crimes muito
mais espaço do que as publicações de seu país. ''Essas coisas acontecem nos Estados Unidos, mas em bairros
pobres, com problemas de tráfico de drogas, e não em áreas ricas ou turísticas''.
O diretor da Associação Mundial de Jornais, Julian Nandy, disse que na Inglaterra, seu país de
origem, e na França, onde vive, fatos como o crime de ontem também acontecem, mas não têm uma cobertura
tão grande da imprensa.
Jornal do Commercio, 14/06/2000
MOSCU.- Tal como ocurría en los idos tiempos de la Unión Soviética, la educación militar
obligatoria volverá a las escuelas rusas.
La Nación 09/02/2000
LONDRES.- Los británicos todavía no pueden creer que el peor asesino en serie de su historia haya
probado ser un respetable médico de familia.
Harold Shipman, de 54 años, casado y con cuatro hijos, se ganó el apodo de "Doctor Friendship" ("doctor
amistad") en la pequeña ciudad inglesa de Hyde. Porque al igual que el personaje de la obra de Robert Louis
Stevenson, el doctor Shipman
ocultaba tras su imagen de médico compasivo a un frío y calculador asesino. Sus víctimas eran pacientes
mujeres de entre 49 y 80 años, de clase media y con vida activa. A algunas las mató para robarles una joya, la
jubilación o la herencia, pero a otras les quitó la vida simplemente "por placer".
La Nación 03/02/2000
FEBEM
O monitor Reinaldo Oliveira Schiavi foi o único dos quatro monitores feridos na rebelião do sábado
a dar entrevista ontem. Ele é contratado como educador na Febem. Mas é cético em relação ao objetivo de seu
trabalho, no papel. "Ali ninguém consegue educar ninguém", disse. "Eu não consigo, ninguém consegue, não
dão condições para fazer isso", afirmou.
21 de 02 de 2000 O Estado de S. Paulo
Javed Iqbal, 42, Matador de 100 crianças paquistanesas será cortado em 100 pedaços.
Das agências internacionais 16/03/2000 06h16http://www.uol.com.br/fol/inter/ult16032000010.htm
MEDO
O País está com medo. E é um medo avassalador que ultrapassa os limites das tensões
circunstanciais, porque as ondas de violência, espraiando-se sobre a intimidade dos lares, tomando de surpresa
a expectativa alegre de turistas, matando pelas costas inocentes no conforto escuro dos cinemas, tornando
comuns as chacinas em bares e salões de bairros periféricos, estão colocando os cidadãos de frente a um dos
mais terríveis pesadelos do ser humano: a possibilidade de desaparecer imediatamente
Gaudêncio Torquato é jornalista, professor titular da USP, consultor político.
E-mail:gautorq@dialdata.com.br
Paraná On-line, 12/11/99
MENINA ESFAQUEADA
Brasília (AE) - A menina M.D.N, de 7 anos, que foi esfaqueada 40 vezes por seu vizinho, D.J.G., de
9 anos, receberá alta na sexta-feira do Hospital de Base de Brasília onde está internada desde a madrugada de
terça. O crime ocorreu na cidade-satélite de Santa Maria, no Distrito Federal, e teria sido motivado pelo filme
"Brinquedos Assassinos 2". O médico disse que em 40 anos de profissão nunca havia presenciado algo
parecido.
Paraná On Line 10/02/2000
VIOLÊNCIA NO LAR: Playboy pede desculpas por artigo que ensina a bater em mulheres
Folha de São Paulo 21/04/2000 19h49
MORTES
Em São Paulo, no ano de 1999, foram mortas de maneira não natural, 135.000 pessoas.
Jornal Nacional.
Como os defensores da verdade se recusem a honrar o descanso dominical, alguns deles serão
lançados na prisão, exilados, e outros tratado como escravos. Para a sabedoria humana, tudo isto parece agora
impossível: mas, ao ser retirado dos homens o Espírito de Deus, o qual tem o poder de reprimi-los, e ao
ficarem eles sob o governo de Satanás, que odeia os preceitos divinos, hão de acontecer coisas estranhas.
Quando o temor e o amor de Deus são removidos, o coração pode tornar-se muito cruel. O Grande Conflito,
pág. 608.
Os transgressores da lei de Deus estão enchendo a Terra de impiedade. Suas apostas, suas corridas de
cavalos, jogo, dissipação, costumes cheios de concupiscências, paixões irrefreadas, estão rapidamente
enchendo o mundo de violência. (DTN, 633)
Ao verificar que o seu poder era admitido pelos homens, tornou-se audacioso nas suas tentações,
incitando-os ao crime e à violência. Por meio dos enganos de Satanás, cada geração ia-se tornando mais fraca
em poder físico, mental e moral. Isto lhe dava coragem para pensar na possibilidade de ter êxito em sua guerra
contra Cristo em pessoa, quando Ele Se manifestasse. (No Deserto da Tentação, 31)
"Se vires em alguma província opressão de pobres e a violência em lugar do juízo e da justiça, não te
maravilhes de semelhante caso; porque o que mais alto é do que os altos para isso atenta." Ecl. 5:8. "Não há
trevas nem sombra de morte onde se escondam os que praticam a iniqüidade." Jó 34:22.
Os esforços de Satanás contra os vindicadores da verdade tornar-se-ão mais pungentes e resolutos até
ao fim do tempo. Assim como no tempo de Cristo os principais e sacerdotes instigaram contra Ele o povo,
também hoje os líderes religiosos despertarão rancor e preconceito contra a verdade para este tempo. O
público será levado a cometer atos de violência e oposição em que nunca haveriam pensado se não fossem
saturados da animosidade dos professos cristãos contra a verdade. (Ev. 236)
Nos dias de Noé a esmagadora maioria se opunha à verdade, e se apaixonara por um conjunto de
falsidades. A Terra estava cheia de violência. A guerra, o crime e o homicídio eram a ordem do dia. Assim
será também antes da segunda vinda de Cristo. The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 1, pág.
1.090. ... Nenhuma teoria científica pode explicar a firme marcha de obreiros iníquos sob o comando de
Satanás. Em toda multidão, anjos ímpios estão em operação, instando homens a cometer atos de violência. ...
(EF, 23)
Foi-me revelado que as cidades se encherão de confusão, violência e crime, e que estas coisas
aumentarão até ao fim da história da Terra. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 115.
As cidades e até as povoações rurais estão tornando-se como Sodoma e Gomorra, e como o mundo
nos dias de Noé. A disciplina dos jovens naqueles dias era semelhante à forma em que as crianças estão sendo
educadas e disciplinadas nesta época, a saber: amar a agitação, glorificar a si mesmas e seguir após a
imaginação de seu perverso coração. Agora, como naquele tempo, a depravação, a crueldade, a violência e o
crime são os resultados. (Fund. Da Educ. Cristã, 317)
Em que condição se encontra hoje a família humana! Tendes acaso visto nunca dantes tal tempo de
confusão - de violência, de homicídio, roubo e toda espécie de crime? Onde, neste tempo, nos achamos nós,
individualmente? (I ME, 98)
O apetite e paixão, o amor ao mundo e aos pecados insolentes, eram os grandes ramos do mal, dos
quais brotava toda espécie de crime, violência e corrupção. (I ME, 280)
À medida que nos aproximamos do fim da história terrestre, prevalece o egoísmo, a violência e o
crime, como nos dias de Noé. E a causa é a mesma - a excessiva condescendência dos apetites e paixões. Uma
reforma nos hábitos de vida é especialmente necessária neste tempo, a fim de habilitar um povo para a vinda
de Cristo. O próprio Salvador adverte a Igreja: "Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda
que os vossos corações fiquem sobrecarregados com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das
preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço." Luc.
21:34. (III ME, 34)
Os nutritivos cereais, os frutos saudáveis e deliciosos, são convertidos em bebidas que pervertem os
sentidos e enlouquecem o cérebro. Em resultado do uso desses venenos, milhares de famílias se acham
destituídas dos confortos, e mesmo das necessidades da vida, multiplicam-se os atos de violência e de crime, e
a doença e a morte levam apressadamente milhares e milhares de vítimas para a sepultura, em conseqüência
da bebida. (Ob Ev, 386)
"Viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra, e que toda a imaginação dos
pensamentos de seu coração era só má continuamente." "A Terra, porém, estava corrompida diante da face de
Deus; e encheu-se a Terra de violência." Gên. 6:5 e 11.
"Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Zac. 4:6.
(Os antediluvianos) Nem a relação do casamento nem os direitos de propriedade eram respeitados.
Quem quer que cobiçasse as mulheres ou as posses de seu próximo, tomava-as pela força, e os homens
exultavam com suas ações de violência. Deleitavam-se na destruição da vida de animais; e o uso da carne
como alimento tornava-os ainda mais cruéis e sanguinolentos, até que vieram a considerar a vida humana com
espantosa indiferença. (PP. 92) Ao contemplar a raça condenada, o Sol a resplandecer em sua glória, e a Terra
vestida quase em edênica beleza, baniram seus temores crescentes com divertimento ruidoso, e, com suas
ações de violência, pareciam convidar sobre si o castigo da ira de Deus já despertada. (PP. 98) Reuniam-se em
multidões em redor da arca, escarnecendo dos que dentro se encontravam, com uma arrogante violência a que
nunca antes se haviam arriscado. (PP, 99)
"Viste, filho do homem? há coisa mais leviana para a casa de Judá do que essas abominações que
fazem aqui? havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-Me; e, ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.
Pelo que também Eu procederei com furor; o Meu olho não poupará, nem terei piedade. Ainda que Me gritem
aos ouvidos com grande voz, Eu não os ouvirei". Ezeq. 8:17 e 18.
"Porque tanto o profeta, como o sacerdote, estão contaminados; até na Minha casa achei a sua
maldade." Jer. 23:11.
Vivemos em meio de uma epidemia de crime, diante da qual ficam estupefatos os homens pensantes
e tementes a Deus em toda parte. A corrupção que predomina está além da descrição da pena humana. Cada
dia traz novas revelações de conflitos políticos, de subornos e fraudes. Cada dia traz seu doloroso registro de
violência e ilegalidade, de indiferença aos sofrimentos do próximo, de brutal e diabólica destruição de vidas
humanas. Cada dia testifica do aumento da loucura, do assassínio, do suicídio. Quem pode duvidar que
instrumentos satânicos se achem em operação entre os homens, numa atividade crescente, para perturbar e
corromper a mente, contaminar e destruir o corpo? A Ciência do Bom Viver, págs. 142 e 143.
Usa-se em nossos dias mais bebidas intoxicantes do que nunca anteriormente. Nos horríveis detalhes
de revoltante embriaguez e do crime terrível, os jornais não dão senão apenas relato parcial da história da
ilegalidade resultante. A violência está na Terra. Drunkenness and Crime, pág. 3. (Temp. 23)