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Macunaíma - resumo e análise da obra de Mário de Andrade - Guia do Estudante 10/12/11 10:53

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Vida de Estagiário Macunaíma - resumo e análise da obra de
Mário de Andrade
Com uma narrativa de caráter mítico, em que os acontecimentos não
Onde Estudar seguem as convenções realistas, a obra procura fazer um retrato do povo
Fóruns
brasileiro, por meio do “herói sem caráter”

Enade O livro faz parte da primeira fase modernista – a fase heróica. A


influência das vanguardas européias é visível em várias técnicas
Pós-Graduação inovadoras de linguagem que a obra apresenta. Por isso, Macunaíma
Curta-Duração pode oferecer algumas dificuldades ao leitor desavisado.

Cursos no Exterior Há inúmeras referências ao folclore brasileiro. A narrativa se aproxima


da oralidade – no capítulo “Cartas pras Icamiabas”, Macunaíma
ironiza o povo de São Paulo, que fala em uma língua e escreve em
outra. Além disso, não existe verossimilhança realista.

Notícias Alguns aspectos históricos motivaram Mário de Andrade a criar tais


“empecilhos”. A referência ao folclore brasileiro e à linguagem oral é Ofertas
manifestação típica da primeira fase modernista, quando os escritores
estavam preocupados em descobrir a identidade do país e do Moda HOJE Brands Club
brasileiro. No plano formal, essa busca se dá pela linguagem falada no
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Agenda Brasil, ignorando, ou melhor, desafiando o português lusitano. No Skinny até 70% Nas melhores
plano temático, a utilização do folclore servia como matéria-prima OFF marcas!
Notícias dessa busca.
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Macunaíma é, portanto, uma tentativa de construção do retrato do Carmen Steffens Anita Online
ProUni povo brasileiro. Essa tentativa não era nova. O autor romântico José
Sandália Verônica Sandália Renata
FIES de Alencar, por exemplo, tivera a mesma intenção ao criar, no 4x R$ 87,48 Moraes 10x R$
romance O Guarani, o personagem Peri, índio de aspirações nobres, 13,99
que se assemelhava, em relação a sua conduta ética, a um cavaleiro
medieval lusitano. Não é exagero dizer, se compararmos Peri a
Macunaíma , que esse é o oposto daquele. Enquanto o primeiro é Hering Webstore OkCompras.com.br
Simulados valente, extremamente perseverante e encontra suas motivações nos Camiseta Câmera Digital
valores da ética e da moral, Macunaíma , além de indolente, conduz a Masculina Infantil DSC-S2100
Atualidades maioria de seus atos movido pelo prazer terreno, mundano. É “o herói R$24,90 10x R$30,90
Literatura sem nenhum caráter”.

Multimídia NARRADOR
A crítica literária contemporânea faz questão de considerar a diferença Ordem alfabética Data
Para saber mais
entre o autor e o narrador: esse é tido como uma criação daquele. No
caso de Macunaíma , no entanto, essa distinção pode ser questionada, 18/11/2009 . Fuvest 2010: Obra de Gil
quando o narrador aparece no último capítulo. No “Epílogo”, o Vicente expõe elementos da transição entre
narrador revela que a história que acabara de narrar havia sido Idade Média e Renascimento
contada por um papagaio, que, por sua vez, a tinha ouvido de
Conheça todas as 18/11/2009 . Fuvest 2010: Vidas Secas fala
Macunaíma : “Tudo ele – o papagaio – contou pro homem e depois
publicações da opressão do homem contra o homem
abriu asa rumo a Lisboa. E o homem sou eu, minha gente, e eu fiquei
pra vos contar a história”. Essa interferência do narrador, da forma 18/11/2009 . Fuvest 2010: A Cidade e as
como foi feita, aproxima-o do autor, no caso Mário de Andrade . Serras aponta problemas urbanos

ENREDO 18/11/2009 . Fuvest 2010: Iracema


Enquetes sintetiza elementos do romantismo
A obra Macunaíma pode ser classificada como uma rapsódia,
Fórum considerando- se dois significados dessa palavra contidos no Dicionário convencional
Aurélio: “3. Entre os gregos, fragmentos de poemas épicos cantados 18/11/2009 . Livros da Fuvest 2010: Anti-
Promoções
pelos rapsodos. 4. Mús. Fantasia instrumental que utiliza temas e heroi romântico marca Memórias de um
RSS processos de composição improvisada tirados de cantos tradicionais

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ou populares”.
Fale Conosco
Expediente Há, ainda, uma aproximação ao gênero épico: à medida que o livro Nas bancas!
narra, em trechos fragmentados, a vida de um personagem que
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simboliza uma nação. Sobre a acepção musical dada pelo dicionário,
Publicações
Loja Abril chama atenção o improviso da narrativa, que impressiona e
surpreende a cada momento, tendo como pano de fundo a cultura
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popular.

O enredo dessa rapsódia, como foi dito, pode tornar-se confuso ao


Guia na internet leitor acostumado ao pacto de verossimilhança realista. Por exemplo,
é necessário aceitar o fato de o protagonista morrer duas vezes no
romance; ou, então, que Macunaíma , em uma fuga, possa estar em
Manaus e, algumas linhas depois, aparecer na Argentina; ou ainda o
fato de o herói encontrar uma poça que embranquece quem nela se
banha.

A verossimilhança em questão é surrealista e deve ser lida de forma


simbólica. A cena em que Macunaíma e seus dois irmãos se banham Novo GUIA DO ESTUDANTE PORTUGUÊS E LITERATURA.
na água que embranquece pode ser entendida como o símbolo das Tudo para arrasar no Enem e nos vestibulares! »
três etnias que formaram o Brasil: o branco, vindo da Europa; o
negro, trazido como escravo da África; e o índio nativo. Nessa cena, Publicidade | Anuncie
Macunaíma é o primeiro a se banhar e torna-se loiro.
Jiguê é o segundo, e como a água já estava “suja” do negrume do
herói, fica com a cor de bronze (índio); por último, Manaape, que
simboliza o negro, só embranquece a palma das mãos e a sola dos
pés.

Capítulo I - “ Macunaíma ”
Macunaíma nasce no Uraricoera e já manifesta uma de suas
características mais fortes: a preguiça; sua principal atividade é a
sexual, e com a mulher do irmão Jiguê. É também nesse capítulo que
o protagonista se transforma em um príncipe lindo.

Capítulo II - “Maioridade”
Por suas traquinagens, Macunaíma é abandonado pela mãe. No meio
do mato, encontra o Curupira, que arma uma cilada para o herói, da
qual acaba escapando por pura preguiça. Depois de contar à cotia
como enganou o monstro, ela joga calda de aipim envenenada em
Macunaíma , fazendo seu corpo crescer, com exceção da cabeça, que
ele consegue desviar do caldo.

Capítulo III - “Ci, Mãe do Mato”


Com a ajuda dos irmãos, Macunaíma consegue fazer sexo com Ci,
que engravida e perde o filho. Após a morte do filho, Ci deixa também
este mundo e dá a Macunaíma a famosa muiraquitã, um tipo de
talismã ou amuleto.

Capítulo IV - “Boiúna Luna”


Triste, Macunaíma segue seu caminho após se despedir das
Icamiabas (tribo das índias sem marido). Encontra o monstro Capei e
luta contra ele. Nessa batalha, perde o muiraquitã e fica sabendo que
uma tartaruga apanhada por um mariscador havia encontrado o
talismã, e esse o tinha vendido a Venceslau Pietro Pietra, rico
fazendeiro, residente em São Paulo.

Capítulo V - “Piaimã”
O herói, acompanhado dos irmãos, vai para São Paulo, com o objetivo
de recuperar a pedra. Na cidade, descobre que Venceslau Pietro Pietra
é o gigante Piaimã, devorador de gente que era amigo da Ceiuci,
também apreciadora de carne humana.

Capítulo VI - “A francesa e o gigante”


Macunaíma disfarça-se de francesa para seduzir o gigante Piaimã e
recuperar a muiraquitã. O gigante propõe dar a pedra ao herói
disfarçado se esse aceitasse dormir com ele. Macunaíma , então,
dispara numa correria por todo o Brasil.

Capítulo VII - “Macumba”


Macunaíma vai para um terreiro de macumba no Rio de Janeiro e
pede à macumbeira que dê uma sova cruel no gigante.

Capítulo VIII - “Vei, a Sol”


Ainda no Rio, o herói encontra Vei, a deusa-sol. O herói promete a Vei
que iria casar-se com uma de suas filhas. Na mesma noite, no
entanto, Macunaíma “brinca” (ou seja, faz sexo) com uma
portuguesa, enfurecendo a deusa. Ela manda um monstro pavoroso
atrás do herói, que foge deixando a portuguesa com o monstro.

Capítulo IX - “Carta pras Icamiabas”


No retorno a São Paulo, Macunaíma escreve a famosa “Carta pras
Icamiabas”, na qual descreve, em estilo afetadíssimo, a agitação e as
mazelas da vida paulistana.

Capítulo X - “Pauí-pódole”
Com o gigante adoentado, Macunaíma fica impossibilitado de
recuperar a pedra, portanto gasta seu tempo aprendendo a difícil
língua da terra.

Capítulo XI - “A velha Ceiuci”


Depois de arrumar uma saborosa confusão na cidade, o herói vai
visitar o gigante, que ainda se recuperava. Resolve fazer uma pescaria

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no Tietê, onde também costumava pescar Ceiuci. Além de brincar com


a filha da caapora, Macunaíma foge de Ceiuci em um cavalo que
percorre de forma surrealista a América Latina: em algumas linhas,
faz o incrível trajeto Manaus-Argentina.

Capítulo XII - “Tequetequem, Chupinzão e a injustiça dos


homens”
Disfarçando-se de pianista, Macunaíma tenta obter uma bolsa de
estudo para seguir no encalço de Venceslau Pietro Pietra, que fora
para a Europa. Não conseguindo ludibriar o governo, decide viajar pelo
Brasil com os irmãos. Numa das andanças, com fome, o herói
encontra um macaco comendo coquinhos. O macaco diz cinicamente
que estava comendo os próprios testículos. Macunaíma ,
ingenuamente, pega então um paralelepípedo e bate com toda a força
nos seus, ditos, coquinhos. O herói morre e é ressuscitado pelo irmão
Manaape, que lhe restitui os testículos com dois cocos-da-baía.

Capítulo XIII - “A piolhenta de Jiguê”


Jiguê se enamora de uma moça piolhenta, que brinca toda hora com
Macunaíma . Quando descobre a traição, Jiguê dá uma sova no herói
e uma porretada na amante, que vai para o céu com seus piolhos,
transformada em estrela que pula.

Capítulo XIV - “Muiraquitã”


Macunaíma mata o gigante Piaimã, jogando-o num buraco com água
fervendo, onde Ceiuci preparava uma imensa macarronada. Depois de
matar Venceslau Pietro Pietra, o herói consegue recuperar a
muiraquitã.

Capítulo XV - “A pacuera de Oibê”


Macunaíma e os irmãos resolvem voltar para o Uraricoera, levando
consigo alguns pertences e uma dose de saudade de São Paulo. Na
volta, o herói tem vários casos amorosos. Perseguidos pelo Minhocão
Oibê, Macunaíma o transforma num cachorro-do-mato e segue
viagem.

Capítulo XVI - “Uraricoera”


Chegando ao Uraricoera, o herói se entristece ao ver a maloca da
tribo destruída. Uma sombra leprosa devora os irmãos, e Macunaíma
fica só. Todas as aves o abandonam, apenas um papagaio, a quem
conta toda a sua história, permanece com ele.

Capítulo XVII - “Ursa Maior”


Vei, a Sol, vinga a desfeita que Macunaíma havia feito a uma de suas
filhas e cria uma armadilha para o herói, que, ao ver a uiara em uma
lagoa, se deixa seduzir e acaba sendo mutilado pelo monstro.
Macunaíma consegue recuperar suas partes mutiladas, abrindo a
barriga do bicho, mas não encontra sua perna nem a muiraquitã. O
herói vai para o céu, transformado na constelação da Ursa Maior.

Epílogo
O narrador, aqui, conta que ficou conhecendo a história narrada com
o papagaio ao qual Macunaíma havia relatado suas aventuras.

TEMPO E ESPAÇO
Por tratar-se de uma narrativa mítica, o tempo e o espaço da obra
não estão precisamente definidos, tendo como base a realidade. Pode-
se dizer apenas que o espaço é prioritariamente o espaço geográfico
brasileiro, com algumas referências ao exterior, enquanto o tempo
cronológico da narrativa se mostra indefinido.

CONCLUSÃO
Macunaíma é uma obra que busca sintetizar o caráter brasileiro,
segundo as convicções da primeira fase modernista. Uma leitura
possível é a de que o povo brasileiro não tem um caráter definido e o
Brasil é um país grande como o corpo de Macunaíma , mas imaturo,
característica que é simbolizada pela cabeça pequena do herói.

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