You are on page 1of 2

Estratégia de Busca do Equilíbrio para Corpos Flutuantes

Protasio Dutra Martins Filho/2009-2

Desnível do Plano de Flutuação em relação ao Peso (ou Volume Deslocado)

Se há discrepância entre Empuxo e Peso (decorrente do plano de flutuação


determinar um volume de deslocamento que dá empuxo diferente do peso; este sendo a
soma das massas à bordo multiplicadas pela Gravidade), significa que não há equilíbrio
naquele plano, ou seja o plano deve transladar para acomodar o volume de
deslocamento compatível. De quanto?
Se soubermos a área de flutuação, o volume gerado pela translação do plano será
aproximadamente: Área X δ . Ou seja, δ deve ser a diferença entre o Volume
correspondente ao peso do sistema (Peso/χ ; onde χ é o peso específico da água onde
flutua o sistema) e o Volume de deslocamento definido pelo plano, dividido pela Área
de Flutuação:
δ = (Peso/χ - Vol)/Área.

Em termos práticos devemos re-posicionar o ponto que define o plano, transladando-o


de δ na direção normal (δ algébrico) . assim

PtoPi+1 = PtoPi + δ dir (vetorialmente)

G G
dir Peso
Peso
dir
θ θ
Empuxo
Plano de
Flutuação
Diri+1

Empuxo

B B

Desnível do Plano de Flutuação em relação às direções de Peso e Empuxo

Se há momento provocado pelo binário Peso-Empuxo, considerando o Plano de


Flutuação-referência, significa que a linha de ação do Peso e do Empuxo se
desencontram, gerando torque (sem equilíbrio apesar de terem o mesmo módulo).
Para equilibrar o navio deveria ceder ao torque, girando na direção do momento do
binário, ou, equivalentemente, o plano de flutuação deveria ser girado na direção
contrária (acomodando outro volume-empuxo com linha de ação passando pelo centro-
de-gravidade G). Se redefinirmos a normal do plano, girando-a de um ângulo θ
(identificado entre a normal e o vetor BG) na direção contrária ao torque, teremos nos
aproximado mais do plano de flutuação que atenderá ao equilíbrio.

Estratégia geral

Para cada plano hipotético de equilíbrio (definido pela normal e um ponto)


verifica-se o volume deslocado e translada-se o ponto-do-plano para ajustar o volume
deslocado e igualar peso e empuxo; calcula-se o centro do volume deslocado/centro de
carena (B) e o torque Peso-Empuxo; gira-se o plano (redefinindo a normal dir) para
zerar o torque porventura identificado, redefinindo assim um novo plano hipotético de
flutuação. Isso deve se repetir até que uma dada precisão de (Peso-Empuxo)/Peso e
tg(θ ) seja atingida (ex: >0.0001).

 Ângulo θ
Tratando BG como um vetor, tem-se:
BG . dir= BG escalardir = | BG | × | dir | ×cos ϑ =
 X G − X B   dirx 
   
 YG − YB  ∗  diry  = dir x ( x G −x B ) + dir y .( y G −y B ) + dir z .( Z G −Z B )
 Z − Z   dir 
 G B   z

Donde ....... θ e tg(θ )

 Nova normal “Diri+1”

A nova direção normal deve ser a direção BG rebatida sobre dir, que é aquela que
imporá o ângulo de giro θ ao plano, na direção contrária ao torque identificado.
Imaginando a esfera de raio unitário, que comporta s as direções unitárias (cujo centro é
estrategicamente colocado no Centro do Área de Flutuação), o desenho abaixo mostra o
círculo que une as direções BGu e dir, prolongado para conter a nova direção Diri+1.

Diri+1 = BGu +2[(BGu* dir)dir - BGu]

BGu θBGu = vetorBG unitário


BGu* dir = projeção de BGu sobre dir
(BGu* dir)dir = vetor ao ponto de projeção
dir
2[(BGu* dir)dir - BGu] = vetor de BGu a Diri+1
Logo: Diri+1 = BGu + 2[(BGu* dir)dir - BGu]

Diri+1

OBS: o Centro de Flutuação F, uma vez calculada a area de flutuação, deverá ser usado
como o ponto definidor do plano de flutuação; dessa forma qualquer giro pequeno do
plano, no entorno de eixos passando por F, deverá acomodar um novo plano com
volume deslocado aproximadamente igual ao anterior (mantendo assim peso-empuxo)
Cada tentativa de mover o plano deve ser tratada como de aproximação:
1. pos Zero Y ± Diferença1 (Peso-Empuxo); pos ± δ Diferença2 (Peso-Empuxo2)
2. pos ZeroY Torque1 ; pos nova

You might also like