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Ventilação pulmonar
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura
do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o
aumento da caixa torácica, com conseqüente redução da pressão interna (em relação à externa),
forçando o ar a entrar nos pulmões.
A expiração, que promove a saída de ar dos
pulmões, dá-se pelo relaxamento da musculatura
do diafragma e dos músculos intercostais. O
diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que
diminui o volume da caixa torácica, com
conseqüente aumento da pressão interna, forçando
o ar a sair dos pulmões.
Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sangüíneos e penetra
nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico (CO 2) é liberado para o
ar (processo chamado hematose).
Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo
líquido tissular, atingindo as células. A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%) liberado pelas
células no líquido tissular penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ácido carbônico, que
logo se dissocia e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO 3-), difundindo-se para o plasma sangüíneo,
onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos
associando-se á própria hemoglobina, formando a carboemoglobina. O restante dissolve-se no plasma.
OBS: O monóxido de carbono, liberado pela “queima” incompleta de combustíveis fósseis e
pela fumaça dos cigarros entre outros, combina-se com a hemoglobina de uma maneira mais estável
do que o oxigênio, formando o carboxiemoglobina. Dessa forma, a hemoglobina fica impossibilitada
de transportar o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia. Veja as tabelas abaixo, retiradas da
aprova do ENEM de 98:
Controle da respiração
Em relativo repouso, a freqüência respiratória é da ordem de 10 a 15 movimentos por minuto.
A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso localizado no bulbo. Desse
centro partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios (diafragma e
músculos intercostais). Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da coluna espinhal
para os músculos da respiração. O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os
sinais respiratórios através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinhal na
metade superior do pescoço e dirige-se para baixo, através do tórax até o diafragma. Os sinais para os
músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais, são transmitidos para a porção baixa
da medula espinhal, para os nervos espinhais que inervam os músculos. Impulsos iniciados pela
estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral podem afetar a respiração. Em condições
normais, o centro respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso que estimula a
contração da musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos inspirar. O CR é capaz de aumentar e
de diminuir tanto a freqüência como a amplitude dos movimentos respiratórios, pois possui
quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade permite que os
tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam, além de remover adequadamente o gás
carbônico. Quando o sangue torna-se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o centro
respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a freqüência quanto
a amplitude da respiração tornam-se aumentadas devido à excitação do CR.
Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminuição da freqüência e amplitude
respiratórias.
A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do sangue.
O aumento da concentração de CO2 desloca a reação para a direita, enquanto sua redução
desloca para a esquerda.
Dessa forma, o aumento da concentração de CO 2 no sangue provoca aumento de íons H+ e o
plasma tende ao pH ácido. Se a concentração de CO2 diminui, o pH do plasma sangüíneo tende a se
tornar mais básico (ou alcalino).
Se o pH está abaixo do normal (acidose), o centro respiratório é excitado, aumentando a
freqüência e a amplitude dos movimentos respiratórios. O aumento da ventilação pulmonar determina
eliminação de maior quantidade de CO2, o que eleva o pH do plasma ao seu valor normal.
Caso o pH do plasma esteja acima do normal (alcalose), o centro respiratório é deprimido,
diminuindo a freqüência e a amplitude dos movimentos respiratórios. Com a diminuição na ventilação
pulmonar, há retenção de CO2 e maior produção de íons H+, o que determina queda no pH plasmático
até seus valores normais.
A ansiedade e os estados ansiosos promovem liberação de adrenalina que, freqüentemente
levam também à hiperventilação, algumas vezes de tal intensidade que o indivíduo torna seus líquidos
orgânicos alcalóticos (básicos), eliminando grande quantidade de dióxido de carbono, precipitando,
assim, contrações dos músculos de todo o corpo.
Se a concentração de gás carbônico cair a valores muito baixos, outras conseqüências
extremamente danosas podem ocorrer, como o desenvolvimento de um quadro de alcalose que pode
levar a uma irritabilidade do sistema nervoso, resultando, algumas vezes, em tetania (contrações
musculares involuntárias por todo o corpo) ou mesmo convulsões epilépticas.
Existem algumas ocasiões em que a concentração de oxigênio nos alvéolos cai a valores muito
baixos. Isso ocorre especialmente quando se sobe a lugares muito altos, onde a concentração de
oxigênio na atmosfera é muito baixa ou quando uma pessoa contrai pneumonia ou alguma outra
doença que reduza o oxigênio nos alvéolos. Sob tais condições, quimiorreceptores localizados nas
artérias carótida (do pescoço) e aorta são estimulados e enviam sinais pelos nervos vago e
glossofaríngeo, estimulando os centros respiratórios no sentido de aumentar a ventilação pulmonar.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
VENTILAÇÃO PULMONAR
SUBDIVISÃO
Função: Levar e trazer ar da zona respiratória para trocas gasosas e para (aquecer,
filtrar e umidificar o ar, antes que ele chegue à região crítica das trocas gasosas.
Zona Respiratória: Onde ocorrem as trocas gasosas. Bronquíolos respiratórios, dutos
alveolares, sacos alveolares.
As vias condutoras são revestidas por:Células secretoras de muco e células ciliadas
que atuam na remoção das partículas inaladas.
As paredes das vias condutoras contêm: Músculo liso, que recebe inervação
simpática e parassimpática, que exercem efeitos opostos sobre o diâmetro da via
aérea.
ZONA RESPIRATÓRIA
-É o DC do coração direito.
-O fluxo sanguíneo não é distribuído gualmente pelos pulmões devido a gravidade .
-Circulação brônquica: Suprimento sanguíneo para as vias condutoras que não
participam da hematose; e é fração muito pequena do fluxo sanguíneo pulmonar
total.
VOLUMES E CAPACIDADES RESPIRATÓRIAS
Os volumes estáticos do pulmão medido pelo espirômetro
VOLUME:
-Volume corrente normal (VCN): É o ar inspirado ou expirado em cada ciclo normal de
um adulto jovem 500ml ou 0,5 l.
-Volume reserva inspiratório (VRI): o volume do ar inalado forçadamente além dos 500
ml do VCN e é = 3000ml = 3,0 l.
-Volume reserva expiratório (VRE)= volume de ar exalado por expiração forçada após
término da expiração normal é cerca de 1100ml. (volume de ar que podemos expirar
além do VCN).
-Volume residual (VR) – volume de ar que permanece nos pulmões após expiração
forçada. Cerca de 1200ml ou 1,2 l. ( mesmo existindo esforço máximo este volume
não sai).
-Capacidade – Estudo de dois ou mais volumes:
ESPAÇO MORTO
Anatômico = 150ml do VCN fica na via condutora sem fazer hematose; ( EMA):
Espaço Morto Fisiológico: É o volume de gás nos pulmões que não participa das trocas
gasosas.
EMFisiológico = EMA + EM funcional - falha no ajuste, ou desigualdade entre
ventilação e a perfusão, na qual os alvéolos ventilados não são perfundidos pelo
sangue capilar.
Obs: Em uma pessoa normal o espaço normal fisiológico é igual ao espaço morto
anatômico, pois todos os alvéolos são perfundidos de forma ajustada.
A Freqüência Respiratória numa pessoa norma é Fr= 12 resp/min
Na prática o volume CN é 350 ml devido ao espaço morto anatômico logo:
O volume alveolar minuto= 350 x 12 ou 0,35 ml/min X 12= 4,2 l/min
MECÂNICA VENTILATÓRIA
TENSÃO SUPERFICIAL
Hiperventilação
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os sintomas mais comuns da hiperventilação são: sensação de estar flutuando, tontura, vertigem,
dores no peito, parestesias (formigamento ou adormecimento) em vários locais do corpo, como a
ponta dos dedos em volta da boca, taquicardia, palpitações, visão borrada, sensação de falta de
ar, disfagia, náuseas, dor abdominal, distensão abdominal, dores musculares, tremores, tetania,
ansiedade, medo, fadiga, exaustão, sonolência, fraqueza.
Polipneia
Causas:
1. Hipoxémia
2. Exercício Físico
3. Ansiedade/choro
4. Febre
5. Anemia
6. Acidose Metabólica
Introdução
O aumento acentuado do ritmo respiratório leva a uma eliminação rápida de grandes quantidades de dióxido de
carbono, provocando uma queda nos níveis da pressão arterial de CO2 (PCO2) e, assim, a uma alcalose
respiratória.
A diminuição do nível sangüíneo de dióxido de carbono (hipocapnia) induzida pela hiperventilação tem um efeito
imediato sobre a circulação cerebral. O dióxido de carbono é o mais importante regulador do tônus cerebral vascular.
Os efeitos da hipóxia são potencializados pelo efeito da alcalose sobre a curva de dissociação da hemoglobina,
que é desviada para a esquerda (efeito de Bohr). O efeito do desvio é uma diminuição tanto da quantidade de
oxigênio disponível a partir da hemoglobina quanto do ritmo de sua liberação. O resultado final é que há menos
sangue no cérebro, menos oxigênio, e este é liberado mais lentamente. Tais efeitos são imediatos. Por isso as
manifestações mais comuns e mais rapidamente produzidas pela hipocapnia são tonteira e perturbações visuais.
A tonteira é um efeito que se observa quase sempre que uma pessoa inicia o processo de intensificação voluntária
da respiração. Entretanto, ela desaparece rapidamente, pois os mecanismos de auto-regulagem do organismo logo
entram em açã
Ventilação Pulmonar
Para que seja possível uma adequada difusão de gases através da membrana respiratória, oxigênio
passando do interior dos alvéolos para o sangue presente nos capilares pulmonares e o gás
carbônico se difundindo em sentido contrário, é necessário um processo constante de ventilação
pulmonar.
A ventilação pulmonar consiste numa renovação contínua do ar presente no interior dos alvéolos.
Para que isso ocorra é necessário que, durante o tempo todo, ocorram movimentos que
proporcionem insuflação e desinsuflação de todos ou quase todos os alvéolos. Isso provoca, no
interior dos alvéolos, uma pressão ligeiramente, ora mais negativa, ora mais positiva do que aquela
presente na atmosfera.
Para que possamos insuflar e desinsuflar nossos alvéolos, devemos inflar e desinflar nossos
pulmões. Isso é possível através de movimentos que acarretem aumento e redução do volume no
interior da nossa caixa torácica, onde nossos pulmões estão localizados.
Podemos expandir o volume de nossa caixa torácica levantando nossas costelas e contraindo o
nosso músculo diafragma. Para retrairmos o volume da caixa torácica fazemos exatamente o
contrário: rebaixamos nossas costelas enquanto relaxamos o nosso diafragma.
Portanto temos diversos músculos que nos são bastante importantes durante nossa respiração:
Durante a inspiração e durante a expiração, o ar passa por diversos e diferentes segmentos que
fazem parte do aparelho respiratório:
Por toda a mucosa respiratória, desde o nariz até os bronquíolos, existem numerosas células
ciliadas, com cílios móveis, e grande produção de muco. Tudo isso ajuda bastante na constante
limpeza do ar que flui através das vias respiratórias.
Os alvéolos apresentam uma certa tendência ao colabamento. Tal colabamento somente não
ocorre normalmente devido à pressão mais negativa presente no espaço pleulra, o que força os
pulmões a se manterem expandidos. O grande fator responsável pela tendência de colabamento
dos alvéolos é um fenômeno chamado Tensão Superficial. A Tensão Superficial ocorre no interior
dos alvéolos devido a grande quantidade de moléculas de água ali presente e revestindo, inclusive,
toda a parede interna dos alvéolos. A Tensão Superficial no interior dos alvéolos certamente seria
bem maior do que já o é se não fosse a presença, nos líquidos que revestem os alvéolos, de uma
substância chamada surfactante pulmonar. O surfactante pulmonar é formado basicamente de
fosfolipídeos (dipalmitoil lecitina) por células presentes no epitélio alveolar. A grande importância do
surfactante pulmonar é sua capacidade de reduzir significativamente a tensão superficial dos
líquidos que revestem o interior dos alvéolos e demais vias respiratórias.
A cada ciclo respiratório que executamos, um certo volume de ar entra e sai de nossas vias
respiratórias durante uma inspiração e uma expiração, respectivamente. Em uma situação de
repouso, em um jovem e saudável adulto, aproximadamente 500 ml de ar entram e saem a cada
ciclo. Este volume de ar, que inspiramos e expiramos normalmente a cada ciclo, corresponde ao
que chamamos de Volume Corrente.
Além do volume corrente, inspirado em uma respiração normal, numa situação de necessidade
podemos inspirar um volume muitas vezes maior, numa inspiração forçada e profunda. Tal volume
é chamado de Volume de Reserva Inspiratório e corresponde a, aproximadamente, 3.000 ml de ar
num jovem e saldável adulto.
Da mesma forma, se desejarmos, podemos expirar profundamente, além do volume que
normalmente expiramos em repouso, um maior volume de ar que é denominado Volume de
Reserva Expiratório e corresponde a, aproximadamente, 1.100 ml.
Mesmo após uma expiração profunda, um considerável volume de ar ainda permanece no interior
de nossas vias aéreas e de nossos alvéolos. Trata-se do Volume Residual, de aproximadamente
1.200 ml.
Finalmente, a soma dos Volumes Corrente, de Reserva Inspiratório, de Reserva Expiratório mais o
Volume Residual, corresponde à nossa Capacidade Pulmonar Total (aprox. 5.800 ml).
Se subtrairmos o Volume Corrente daquele volume que permanece no interior de nosso espaço
morto anatômico-fisiológico (aprox. 150 ml), obteremos o noso Volume Alveolar (350 ml):
Volume Alveolar = Volume Corrente - Volume do Espaço Morto
O Volume Alveolar multiplicado pela frequência respiratória nos traz um valor que é conhecido
como Ventilação Alveolar (4.200 ml/min):
Ventilação Alveolar = (Vol. Corrente - Vol. espaço morto). req. Respiratória
Trocas Gasosas
Quando o inalamos, conforme o ar vai passando através de nossas vias respiratórias, durante a
inspiração, sofre algumas modificações quanto às proporções de seus elementos básicos, pois
ocorre uma signifiativa umidificação do ar e este se mistura com um outro ar muito mais rico em
dióxido de carbono, que se difunde constantemente do sangue dos capilares pulmonares para o
interior dos alvéolos.
O sangue venoso bombeado pelo ventrículo direito chega aos pulmões e flui pelos capilares
pulmonares com pressões parciais de oxigênio e gás carbônico, respectivamente, de 40 mmHg. e
45 mmHg.
Na medida em que este sangue venoso flui pelos capilares pulmonares o oxigênio, em maior
pressão no interior dos alvéolos (104 mmHg.) do que no sangue (40 mmHg.) se difunde do ar
alveolar para o sangue. Já o gás carbônio, em maior pressão no sangue venoso (45 mmHg.) do que
no ar alveolar (40 mmHg.), difunde-se em sentido contrário.
Desta forma o sangue, após circular pelos capilares pulmonares, retorna ao coração (átrio
esquerdo) através das veias pulmonares, com pressões parciais de oxigênio e gás carbônico de,
respectivamente, 95 mmHg. e 40 mmHg.
O coração então, através do ventrículo esquerdo, ejeta este sangue para a circulação sistêmica.
Através desta o sangue fluirá por uma riquíssima rede de capilares teciduais. Ao passar por tecidos
que se encontram com baixa concentração de oxigênio, este se difunde do sangue para os tecidos
e depois para as células, que o consomem constantemente. Em troca, estas mesmas células
fornecem o gás carbônico que, em maior concentração no interior destas células e nos tecidos do
que no sangue, difundem-se em sentido contrário, isto é, das células para os tecidos e destes para
o sangue.
O sangue retorna, então, novamente para o coração (átrio direito), pobre em oxigênio e mais rico
em gás carbônico. O coração novamente o ejeta à circulação pulmonar e tudo se repete.
Quando executamos uma atividade física aumentada, nossas células produzem uma quantidade
bem maior de gás carbônico e consomem também quantidade bem maior de oxigênio. Por isso
devemos aumentar também bastante nossa ventilação pulmonar pois, caso isso não ocorra,
teremos no nosso sangue uma situação de hipercapnia e hipóxia. Tanto a hipercapnia quanto a
hipóxia podem nos levar a um estado de acidose. A acidose, se não tratada, pode nos levar a um
estado de coma e, posteriormente, à morte.
Tudo isso normalmente é evitado graças a um mecanismo automático que regula, a cada momento,
nossa respiração, de acordo com a nossa necessidade a cada instante.
O Centro Respiratório é dividido em várias áreas ou zonas com funções específicas cada uma:
Zona Inspiratória:
É a zona responsável por nossa inspiração. Apresenta células auto-excitáveis que, a cada 5
segundos aproximadamente, se excitam e fazem com que, durante aproximadamente 2 segundos
nos inspiremos. A partir desta zona parte um conjunto de fibras (via inspiratória) que descem
através da medula e se dirigem a diversos neurônios motores responsáveis pelo controle dos
nossos diversos músculos da inspiração.
Zona Expiratória:
Quando ativada, emite impulsos que descem através de uma via expiratória e que se dirigem a
diversos neurônios motores responsáveis pelos nossos músculos da expiração. Através de um
mecanismo de inibição recíproca, quando esta zona entra em atividade, a zona inspiratória entra
em repouso, e vice-versa. Durante uma respiração em repouso a zona expiratória permanece
constantemente em repouso, mesmo durante a expiração. Acontece que, em repouso, não
necessitamos utilizar nossos músculos da expiração, apenas relaxamos os músculos da inspiração
e a expiração acontece passivamente.
Zona Pneumotáxica:
Constantemente em atividade, tem como função principal inibir (ou limitar) a inspiração. Emite
impulsos inibitórios à zona inspiratória e, dessa forma, limita a duração da inspiração. Portanto,
quando em atividade aumentada, a inspiração torna-se mais curta e a frequência respiratória,
consequentemente, aumenta.
Zona Quimiossensível:
Situada entre as zonas inspiratória e expiratória, controla a atividade de ambas. Quanto maior a
atividade da zona quimiossensível, maior será a ventilação pulmonar. Esta zona aumenta sua
atividade especialmente quando certas alterações gasométricas ocorrem: Aumento de Gás
Carbônico, Aumento de íons Hidrogênio livres (redução de pH) e, em menor grau, redução de
Oxigênio.
Mas acontece que, na prática, verificamos que um aumento de gás carbônico no sangue
(hipercapnia) provoca muito mais o aumento na atividade da zona quimiossensível do que um
aumento na concentração de Hidrogênio em igual proporção no sangue. Isso ocorre porque o gás
carbônico apresenta uma solubilidade muitas vezes maior do que a do hidrogênio e, com isso,
atravessa a membrana das células nervosas com muito mais facilidade. No interior das células da
zona quimiossensível, o gás carbônico reage com a água lá presente e, graças à enzima anidrase
carbônica, rapidamente forma ácido carbônico. Este, então, se dissocia formando íon bicarbonato +
íon Hidrogênio livre, sendo este último exatamente o que mais excita a zona quimiossensível.
A hipóxia também excita a zona quimiossensível, mas de uma outra maneira bem diferente: Na
croça da aorta e nos seios carotídeos existem receptores muito sensíveis a uma queda na
concentração de oxigênio no sangue: os quimioceptores (aórticos e carotídeos). Quando a
concentração de oxigênio no sangue se torna mais baixo do que a desejável, estes receptores se
excitam mais intensamente e enviam sinais à zona quimiossensível aumentando a excitabilidade
desta e, com isso, aumentando a ventilação pulmonar.
Hipóxia significa baixo teor de oxigênio. Trata-se de um estado de baixo teor de oxigênio nos
tecidos orgânicos cuja ocorrência é atribuída a diversos fatores. Ela pode ser causada por uma
alteração em qualquer mecanismo de transporte de oxigênio, desde uma obstrução física do fluxo
sangüíneo em qualquer nível da circulação corpórea, anemia ou deslocamento para áreas com
concentrações baixas de oxigênio no ar.
A Hipóxia a Nível Celular
A digestão da célula pelas próprias enzimas lisossômicas também é ajudada pela redução do pH
citossólico, que decorre da intensa atividade glicolítica anaeróbica da célula em busca de energia.
Esta via leva ao acúmulo de ácido pirúvico.
Lesão por Reperfusão
Uma célula que tenha sofrido lesão reversível causada pela hipóxia pode ser levada à morte caso
a oferta de O2 seja restabelecida de súbito. Esse fenômeno é chamado de lesão por reperfusão e é
atribuído a realização da fosforilação oxidativa por mitocôndrias semi-danificadas por hipóxia, o
que leva a intensa liberação de radicais livres (principalmente ânions superóxidos). Além disso é
possível que a hipóxia prejudique as vias de detoxicação de radicais livres como os antioxidantes
(vitaminas A, C e E; e glutatião citosólico) e as enzimas catalases, superóxido dismutases e
glutatião peroxidase. Exite 4 tipos de hipoxia: hipoxia hipoxia, Hipoxia Estagnante, Hipoxia
anemica, Hipoxia Hitóxica.
O estado de hipoxia leva à síntese de eritropoietina que induz a produção de glóbulos vermelhos,
mas essa resposta leva 2, 4, 5 ou mais dias para ter ação plena. Isso ocorre, por exemplo, quando
a Seleção Brasileira de Futebol disputa a Copa América ou as Eliminatórias da Copa do Mundo e
joga nos países com estádios na Cordilheira dos Andes com altitudes elevadíssimas e ar rarefeito,
nos quais a quantidade de oxigênio é significativamente menor que em localidades ao nível do
mar.