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Navegue pela área que conta com conteúdo teórico, caso prático e vídeo com o Prof. Antonio
Carlos Gomes da Costa, um dos idealizadores do PEV e autor do material.
AS RELAÇÕES ESCOLA-FAMÍLIA-COMUNIDADE NA LDB
Em seu artigo primeiro, a LDB trata da educação de uma forma muito ampla. Ela reconhece
que a escola compartilha a responsabilidade de educar as novas gerações (crianças,
adolescentes) e também os jovens e adultos com várias outras instituições da sociedade; a
família, a convivência humana, o trabalho, as instituições de ensino e pesquisa, os movimentos
sociais, as organizações da sociedade civil e as manifestações culturais. Portanto, a família e a
escola compartilham a responsabilidade pela educação com várias outras instituições. O PEV
(Programa de Educação Voluntária) é um grande esforço no sentido de demonstrar que é
possível praticar uma ética de co-responsabilidade educativa entre os vários agentes sociais,
que se sintam comprometidos com o ideal de uma educação de qualidade para todos.
O artigo 2º da LDB afirma que a educação é direito de todos e dever da família e do Estado
cabendo aos pais, na idade própria, matricular seus filhos na rede escolar, cumprindo ao
Estado a responsabilidade de oferecer vagas e condições adequadas de ensino. Segundo este
mesmo artigo as bases, ou seja, os pilares, os alicerces da Educação Brasileira são:
Para que estes ideais saiam do papel e se transformem numa realidade concreta na vida de
nossos educandos, é necessário que sejamos capazes de criar comunidades educativas
autênticas com base nos artigos 12, 13 e 14 da LDB que tratam, respectivamente:
a. Das incumbências (deveres) dos estabelecimentos de ensino;
b. Das incumbências (deveres) dos docentes, isto é, dos professores;
c. Da gestão democrática da escola, ou seja, do funcionamento das regras do Estado
Democrático de Direito (democracia) na vida de cada escola.
Vamos, pois, comentar de modo simples e rápido os conteúdos essenciais destes
artigos, visando esclarecer aos pais, professores, educadores voluntários, funcionários
e alunos, jovens e adultos, os direitos e deveres de cada um no dia-a-dia da
comunidade escolar.
Art. 14 “Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão do ensino público na educação
básica. De acordo com as suas peculiaridades e de acordo com os seguintes princípios:
Art. 53. “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento
de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,
assegurand0-se-lhes:
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem
como participar da definição das propostas educacionais.”
OS DEVERES DO ESTADO
1. ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
2. progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
3. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
4. atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
5. acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
6. oferta de ensino noturno regular, adequado ás condições do adolescente trabalhador;
7. atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
o 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
o 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta
irregular importa responsabilidade da autoridade competente.
o 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental,
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à
escola.”
Art. 55 “Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino”.
A não Matrícula das crianças e adolescentes por parte dos pais no ensino público obrigatório
configura delito de abandono intelectual.
1. O Conselho Tutelar tem sido acionado de forma incorreta pelas escolas. Este Conselho
é um órgão de proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente. Deve-se acioná-lo
quando a criança e o adolescente conforme descrito no artigo 56 encontra-se violada
ou ameaçada de violação em seus direitos.
2. No caso de o adolescente estar em situação de conflito com a lei, deve-se acionar a
autoridade policial e não o Conselho Tutelar.
Aqui, estamos diante dos direitos da comunidade local (entorno sócio-cultural) frente à
instituição escolar, assegurando que os valores culturais da comunidade onde a criança e o
adolescente estão inseridos sejam levados em conta e respeitados na formulação da proposta
educativa da escola.