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Trata-se - o art. 105 do Estatuto - de uma nova visão que o Estatuto traz em
seu bojo no que se refere ao cometimento de ato infracional praticado por
criança, isto é, o que estiver na faixa etária prevista no art. 2° das "Disposições
preliminares". Inaugura-se um dispositivo legal em que a criança é considerada
como um ser, ainda, incapaz de refletir em profundidade o ato cometido, e,
portanto, alvo de medidas que visem à sua proteção.
São medidas que visam à garantia e à proteção dos direitos mais fundamentais
e que, com a urgência necessária, que certamente requer a situação,
recolocarão em normalidade social e psicológica a vida da criança. Há um
leque de medidas possíveis para solução de casos que se ajustem ao art. 105,
mas que não se esgotam em si, porque o art. 101 dá à autoridade competente
o poder de aplicar outras que julgar convenientes dentro do espírito do cap. II
do livro 11, "Das medidas específicas de proteção".