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1) Jovens e drogas
2) Língua ensinada na escola X Língua do dia-a-dia / Dificuldade de
aprendizado das regras gramaticais X facilidade de comunicação
3) Violência urbana no Brasil
4) Enchentes X Seca no nordeste
5) Questão indígena atual no Brasil
6) Importância da água
7) Favela e cidade: as distancias sociais desapareceram?
8) Lei anti-fumo
9) Importância da doação de órgãos
10) O trânsito como indicador da situação da sociedade brasileira
11) Violência contra a mulher
12) Aspectos positivos e negativos do texto publicitário
13) Causas e conseqüências da pirataria
14) Importância de uma conscientização ambiental para o futuro do
nosso planeta
15) Globalização – Influencia da tecnologia na identidade cultural
16) Questão política no Brasil – eleições, poder de voto, democracia e
ética.
17) Aborto
18) Eutanásia
19)Pena de morte
20) Redução da maioridade penal
21) Alcoolismo e lei seca
22) Distribuição de preservativos nas escolas
23) O processo eficaz da comunicação em situações específicas
24)Importância do censo para o desenvolvimento do Brasil
25) Educação a distância
26) Existe desenvolvimento econômico e social sem educação?
27) Obesidade
28) Conquistas femininas ao longo da história do Brasil
29) Discutir o perfil econômico do Brasil
30) Os investimentos de pesquisas no Brasil e seus efeitos no
processo sócio-econômico do país.
31) Folclore, culinária, costumes, raças e credos diversos fazem parte
da história do nosso povo. Vantagens e desvantagens de se viver em
um país pluricultural.
32) Diversidade lingüística no Brasil – diferenças entre grupos sociais,
regiões, temporais e históricas.
1) JOVENS E DROGAS
Por que é assim? É claro que quem experimenta pela primeira vez
não deseja virar viciado. Um estudo do Grupo Interdisciplinar de
Estudos de Álcool e Drogas da Universidade de São Paulo (Grea) diz
que a curiosidade é a motivação que leva nove em cada dez jovens a
consumir drogas pela primeira vez. Em seguida vem o desejo de se
integrar a algum grupo de amigos. No momento da iniciação das
drogas, o adolescente não vê os amigos morrendo, sendo
pressionados por traficantes nem se acabando nas sarjetas. Também
é difícil perceber a importância que a droga pode assumir em sua
vida no futuro. A maioria das drogas só provoca dependência depois
de algum tempo de uso. Ou seja, quem entra nessa só percebe tarde
demais que está num caminho sem volta. Apenas uma parcela dos
usuários se torna dependente grave, do tipo que aparece nas novelas
de TV. Apostar nesse argumento para usar drogas é uma loteria
perigosíssima, porque ninguém sabe ao certo se vai virar viciado ou
não.
Há alguns fatores que contribuem para que um jovem tenha maiores
probabilidades de se viciar. O primeiro é genético. Já se provou que
pessoas com histórico familiar de alcoolismo ou algum outro vício
correm maiores riscos de também ser dependentes. Os demais estão
relacionados com a personalidade. Adolescentes tímidos, ansiosos por
algum tipo de reconhecimento entre os amigos, apresentam maior
comportamento de risco para a dependência. Eles acreditam que as
drogas os ajudarão a ser mais populares entre os colegas ou que
serão uma boa maneira de vencer a travação na hora de se declarar
e namorar, tarefa sempre complicada para quem é introvertido.
Jovens inseguros, que sofrem de depressão ou ansiedade, costumam
procurar as drogas como alívio para seus problemas. É ainda uma
forma de mostrar aos pais que algo não vai bem com eles ou com a
vida familiar. No extremo oposto, aqueles que parecem não ter medo
de nada e que buscam todo tipo de emoções também correm grande
risco de se envolver com drogas.
ÁLCOOL
Provoca cirrose e hepatite alcoólica, hipertensão,
problemas cardíacos. Causa danos cerebrais e provoca
perda de memória. Leva à dependência física, com
graves crises de abstinência e, em grandes doses,
provoca coma.
MACONHA
Causa apatia e perda de motivação, prejudica a
memória e o raciocínio. Estudos mostram que quem
fuma maconha está mais sujeito a sofrer de
insuficiência cardíaca e esquizofrenia.
Milton
COCAÍNA Carello
O risco de overdose é alto, o que pode levar à morte.
O uso contínuo causa degeneração muscular, perda
do desejo sexual, alucinações e delírios. Uma em cada
cinco pessoas que experimentam a droga se torna
dependente
Ricardo
D'Angelo
ECSTASY
Induz a ataques de pânico e ansiedade. Provoca danos nas células
nervosas, o que leva à depressão crônica.
Para este indivíduo que teve sua vida totalmente alterada pelo uso
das drogas, a família, os professores e os verdadeiros amigos têm um
papel fundamental para a sua recuperação.
Cabe a todos nós olharmos esse fator agravante com outros olhos,
sem criticá-los ou apontar-lhes o dedo dizendo: ”É vagabundo, é
bandido, é ladrão...” Nunca é tarde para começar!
Os adolescentes e as drogas
Nesta fase da vida, eles afirmam sua personalidade: novas descobertas, novo corpo,
explosões de emoção e temperamento contribuem para o surgimento de novos e difíceis
problemas.
O que queremos é que os adolescentes conheçam os riscos que os esperam, entre eles a
horrível possibilidade de experimentarem a droga e de entrarem na turma dos
dependentes. Os adolescentes precisam de alguém que os ame de verdade,
independentemente de suas indecisões e estranhezas.
Graças a Deus, nesta fase da vida eles podem descobrir Jesus como alguém que os
impressiona, o grande amigo de todas as horas, que não quer que ninguém se perca,
desperdiçando a vida e, até, induzindo outros a isso.
A doença, de fato, isola das pessoas, a não ser que precise delas para conseguir a droga.
Transforma os usuários em pessoas hostis, egocêntricas e egoístas. Para não adoecer ou
enlouquecer, chegam a sentir orgulho pelo seu comportamento às vezes ilegal e, quase
sempre, extravagante e esquisito.
Para conseguir as drogas, eles mentem, roubam. O fracasso e o medo invadem sua
vida e o espírito fica em pedaços.
Uma saída fácil. Eis o que eles querem e, não encontrando-a, algumas vezes pensam no
suicídio. E, se não houver uma reviravolta radical, uma opção forte do interessado..., o
uso de drogas acaba sempre subjugando o usuário.
DEPOIMENTO
Se alguém lhe oferecer algum tóxico, demonstre ser mais homem do que eu fui. Não se
deixe tentar, por nenhuma razão, e saiba responder com um “não”.
Talvez você encontre “amigos” que lhe ofereçam gratuitamente um pouco da coisa
(droga) para depois, sucessivamente, fazer você pagar por ela. No princípio o preço é
reduzido, mas quando perceberem que você se tornou viciado (dependente),
aumentarão os preços. Não esqueça que a mesma pessoa que lhe vendeu a maconha,
terá, em reserva para você, também a heroína.
E tudo isso, por quê? Não certamente pela sua felicidade, mas para obter dinheiro.
A droga pode oferecer momentos de felicidade, mas a cada um destes momentos
corresponde um século de desespero que jamais poderá ser apagado. A droga destruiu
todos os meus sonhos de amor, as minhas ambições e a minha vida no seio da família.
O QUE FAZER?
A recuperação é uma tarefa difícil e o tratamento médico é apenas uma parte desta
recuperação. A participação dos pais e a união da família são os maiores fatores de
combate ao tóxico, assim como a degradação da família é uma das causas do aumento
do número de usuários.
Bem educada, a pessoa se sente bem, em harmonia com o próprio corpo, com a mente
e com o espírito, passando a viver bem com os outros e com o mundo em geral.
Sendo que a vida é o maior dom de Deus, estragar ou até acabar com a própria vida é a
maior “bobeira” que uma pessoa pode fazer. Devemos amar e cuidar da vida contra todo
tipo de drogas.
CONCLUSÃO
O adolescente, além de se preservar do uso das drogas, deve fazer algo para aqueles
que já são escravos deste vício.
O problema da droga será objeto de nossas reflexões ao logo do mês de maio. Que
Nossa Senhora nos ajude nessa reflexão e nos livre deste perigo.
2) Língua ensinada na escola X Língua do dia-a-dia / Dificuldade de
aprendizado das regras
COMUNICAÇÃO
Um homem entrou numa loja mas esqueceu o nome do que queria comprar,
ficou tentando descrever o objeto ao vendedor. Descreveu de diversas formas,
confundindo cada vez mais o vendedor. Se o homem soubesse desenhar, o
problema seria facilmente resolvido. Nesse caso, ele estaria utilizando um outro
código: o desenho.
7/7/2008 11:50:00
A escola está distante dos desafios do século XX. O fato é que quando
as crianças de hoje forem para o mercado, elas terão de usar
computadores, e a escola não usa. Algumas crianças têm acesso à
tecnologia e se desenvolvem de uma maneira diferente - gostam
menos ainda da escola porque acham que aprendem melhor na
internet. As novas alfabetizações estão entrando em cena, e o Brasil
não está dando muita importância a isso – estamos encalhados no
processo do ler, escrever e contar. Na escola, a criança escreve
porque tem que copiar do quadro. Na internet, escreve porque quer
interagir com o mundo. A linguagem do século XXI – tecnologia,
internet – permite uma forma de aprendizado diferente. As próprias
crianças trocam informações entre si, e a escola está longe disso. Não
acho que devemos abraçar isso de qualquer maneira, é preciso ter
espírito crítico - mas não tem como ficar distante. A tecnologia vai se
implantar aqui “conosco ou sem nosco”.
Comunicação e Expressão
Comunicação e Expressão
Exceto nos casos de loucura, a violência pode ser interpretada como uma tentativa de corrigir o
que o diálogo não foi capaz de resolver. A violência funciona como um último recurso que
tenta restabelecer o que é justo segundo a ótica do agressor. Em geral, a violência não tem
um caráter meramente destrutivo. Na realidade, tem uma motivação corretiva que tenta
consertar o que o diálogo não foi capaz de solucionar. Portanto, sempre que houver violência é
porque, alguma coisa, já estava anteriormente errada. É essa “coisa errada” a real causa que
precisa ser corrigida para diminuirmos, de fato, os diversos tipos de violências.
Observe que quando um cidadão agride o outro, ou mata o outro, normalmente o faz em
função de alguma situação que considerou desrespeitosa, mesmo que a questão inicial tenha
sido banal como um simples pisão no pé ou uma dívida de centavos. Em geral, a raiva que
enlouquece a ponto de gerar a violência é conseqüência do nível de desrespeito envolvido na
respectiva questão. Portanto, até mesmo um palavrão pode se transformar em desrespeito e
produzir violência. Logo, a exploração, o calote, a prepotência, a traição, a infidelidade, a
mentira etc., são atitudes de desrespeito e se não forem muito bem explicadas, e justificadas
(com pedidos de desculpas e de arrependimento), certamente que ao seu tempo resultarão em
violências. É de desrespeito em desrespeito que as pessoas acumulam tensões nervosas que,
mais tarde, explodem sob a forma de violência.
Por outro lado, o poder público, especialmente no Brasil, tem se mostrado incapaz de
enfrentar essa calamidade social. Pior que tudo isso é constatar que a violência existe
com a conivência de grupos das polícias, representantes do Legislativo de todos os
níveis e, inclusive, de autoridades do poder Judiciário. A corrupção, uma das piores
chagas brasileiras, está associada à violência, uma aumentando a outra, faces da mesma
moeda.
As Forças Armadas não tem poder de polícia, ou seja, não devem ser
empregadas em funções de segurança pública ou no combate a
movimentos sociais e ao crime organizado, até porque não possuem
armamentos nem treinamento para ações em áreas urbanas, não
podemos confundir jamais os conceitos de segurança pública e de
defesa nacional.
No Brasil, o Exército possui um efetivo de 202.993 militares, a
Aeronáutica de 65.043, e a Marinha de 61.067.
A seca no Nordeste
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Esse termo vem sendo utilizado nos últimos anos para explicar o que
aconteceu com os investimentos realizados pelo governo federal;
atenderam os interesses de uma minoria, que se apropriaram
ilicitamente das verbas ou as utilizaram em beneficio próprio. Essa
"indústria" aumentou ainda mais as disparidades entre proprietários e
trabalhadores rurais. Essa situação serviu para preservar o
coronelismo e muitas vezes reforçar o clientelismo. Já naquela época,
tudo indicava que qualquer solução para o problema teria,
necessariamente, que passar por uma reformulação do sistema de
posse e uso da terra, o que era, e continua sendo, em larga medida,
inaceitável para os grandes proprietários de terra. Entrava em cena o
poder das elites locais com o objetivo de bloquear qualquer ação do
poder central que pudesse vir a ameaçar o statu quo.
Este post foi escrito pela Estagiária do Programa da Amazônia Lilian Alves e pelo
Diretor do Programa da Amazônia Brent Millikan.
Dam burst on Mundaú River, Rio Largo town, in the state of Alagoas (Leo
Caldas/Revista Veja)
O Nordeste do Brasil é conhecido por seus periódicos episódios de seca, que assolam
uma população que já sofre com pobreza extrema, especialmente na região do sertão.
No entanto, em junho, o Nordeste brasileiro foi atingido por enchentes arrasadoras,
deixando mais de 50 vítimas fatais e uma estimativa de 150,000 desabrigados. O centro
da tragédia tem sido as bacias dos rios Mundaú e Paraíba nos estados do Alagoas e
Pernambuco, onde uma inesperada enchente descomunal, comparada a um tsunami por
pessoas da região, devastou cidades, fazendas, pontes e até fábricas. Na cidade de
Branquinha, AL, estima-se que 80% das residências foram destruídas.
Além das chuvas intensas e um índice anormal de alta pluviosidade, esta enchente sem
precedentes está diretamente ligada a uma série de rompimento de barragens ao longo
dos dois rios e seus afluentes (embora políticos locais tenham negado inicialmente tal
informação). O rompimento dessas represas reflete a falta de precauções adequadas
durante a construção e manutenção de barragens públicas e privadas, no segundo caso
tipicamente para grandes plantações de cana-de-açúcar. Na região Nordeste, é estimado
que haja no mínimo 100.000 pequenas e médias represas, tanto antigas quanto novas, a
maioria delas construídas com muito pouco ou mesmo nenhum cuidado com segurança
ou impactos ambientais.
Segundo a Professora Andrade, “Temos que encarar essa situação por meio de ações de
prevenção e de precaução para evitar desastres com efeito dominó de rompimento de
represas, como aconteceu ao longo do rio Mundaú. Também precisamos pensar sobre
como estamos desenvolvendo nossas bacias hidrográficas dentro de novos cenários de
mudança climática, para evitar que se continue aumentando ameaças à população, às
propriedades e ao meio-ambiente como um todo. Precisamos urgentemente melhorar a
segurança das represas e repensar a situação atual de uso da terra, antes que outro
desastre aconteça.”
Enchentes: governo gastou apenas 14% dos recursos de prevenção Leandro Kleber
Do Contas Abertas
Apesar das constantes tragédias ocorridas em decorrência das chuvas que
atingem estados de Norte a Sul do país há décadas, os governos federal,
estaduais e municipais ainda gastam pouco com ações de prevenção. O
Ministério da Integração Nacional, por exemplo, responsável pelo programa de
“prevenção e preparação para desastres”, desembolsou apenas 14% (R$ 70,6
milhões) dos R$ R$ 508,3 milhões previstos para serem usados neste ano.
Enquanto isso, a pasta aplicou R$ 535 milhões no programa de “resposta aos
desastres e reconstrução”; sete vezes mais.
De acordo com o geólogo, existem ciclos naturais que não permitem evitar os
desastres. No entanto, argumenta que em todos os anos diversas regiões são
castigadas com chuvas e secas decorrentes da desorganização urbana. “Uma
ocupação desordenada às margens de um rio, por exemplo, onde se sabe que
há um nível mínimo e máximo de cheia das águas, é um ato irresponsável e
isso pode ser evitado. A ocupação urbana faz com que as áreas de
impermeabilização do solo aumentem. Assim, como a água tem de escorrer
para algum lugar, ela vai acumular mais em determinados pontos”, alerta
Oswaldo Filho.
Ivone Valente ressaltou ainda que a Secretaria de Defesa Civil Nacional, ligada
à Integração Nacional, não tem a missão de realizar grandes obras de
prevenção. "Nosso orçamento é muito em função dos próprios desastres. O
Ministério do Planejamento entende que não há como prever que volume será
preciso, porque a demanda é em função das ocorrências. Então, nossos
recursos vêm por meio de medidas provisórias, ou seja, quando acontecem os
eventos”, disse. De acordo com a descrição oficial do programa de prevenção a
desastres, há previsão de recursos para construção de pontes e viadutos de
pequeno porte, bem como obras para abrigar provisoriamente famílias que se
encontram em situação de risco.
Meteorologista fala sobre a importância das matas ciliares para
conter chuva
SÃO PAULO - As fortes chuvas que causaram destruição no Nordeste foram causadas
por ventos que sopraram da costa da África para o Nordeste brasileiro. O fenômeno,
conhecido como Onda de Leste, que arrasta as nuvens sobre o Atlântico é comum nos
meses de abril a julho, período de chuvas no Nordeste. Este ano, porém, as nuvens
ficaram mais carregadas por conta do aquecimento das águas do Oceano.
- As águas do Atlântico estão mais quentes que o normal, entre 1,5 e 2 graus acima do
comum. A consequência disso é que águas mais quentes provocam maior evaporação, o
que favorece a formação de mais nuvens carregadas de chuva - explica a meteorologista
Fabiana Weykamp, da Climatempo.
" As águas do Atlântico estão mais quentes que o normal, entre 1,5 e 2 graus acima do
comum "
O resultado foi um volume acima do normal de chuva. Em três dias, choveu o que
deveria chover no mês todo. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, das 9 horas
do dia 15 e às 9 horas do dia 18 - foram acumulados aproximadamente 350 mm de
chuva. O volume normal para todo o mês de junho na cidade é de 389,6 mm.
A mudança nos padrões climáticos também tem feito com que as frentes frias vindas do
Sul do país alcancem o Nordeste com mais frequência. Este ano, duas frentes frias já
conseguiram ultrapassar as regiões Sul e Sudeste e chegar à região - uma na primeira e
outra na terceira semana de junho.
Por causa disso, houve uma mudança na direção dos ventos, soprando da costa para o
continente, o que também contribuiu para o aumento do volume de chuva.
" Nós não somos preparados, à exceção da região Norte do país, para suportar um
evento extremo de chuva como esse "
- Nós não somos preparados, à exceção da região Norte do país, para suportar um
evento extremo de chuva como esse. E a situação piora com o aumento da população,
com a urbanização, com mais asfalto - opina Fabiana.
- Uma frente fria já está na Bahia e causa chuva no estado. Ela deve se mover e chegar
ao Pernambuco, na Zona da Mata, Agreste e Litoral, onde deve chover entre 20 e 50
mm e também a Alagoas, onde o volume de chuva pode ficar entre 30 e 60 mm - prevê
Fabiana.
Não é a primeira vez que o estado de Alagoas foi atingido por intensas chuvas. Em
2004, os totais acumulados de precipitação no mês de junho excederam os 500 mm em
Maceió, Natal e Recife. Em Alagoas, o saldo dos prejuízos foi de 31 mortos, mais de 20
mil desabrigados e danos materiais estimados em R$ 200 milhões.
A QUESTÃO INDÍGENA
Marina Azem*
***
A Questão Indígena -- Uma Luta Desigual foi escrito por autores cujo
envolvimento com a questão indígena abarca, de maneira integrada,
as áreas acadêmica, sociopolítica, emocional e espiritual. Aponta as
ações acadêmicas contra as iniciativas missionárias, bem como
reflete sobre a identidade e cidadania do indígena, os aspectos
culturais conflitantes -- como o infanticídio --, o valor da presença
missionária entre as populações indígenas, além de uma estatística
atualizada dos grupos com presença e ausência missionária.
Fontes e critérios
As informações variam tanto, pois provêm de fontes diversas, sejam
governamentais (IBGE, Funai, Funasa ou não-governamentais, como a
Igreja católica (Conselho Indigenista Missionário, Cimi) ou o Instituto
Socioambiental (Isa), cujos critérios nem sempre coincidem. Há
números contraditórios até numa única e mesma página da internet,
como pode constatar quem fizer uma visita ao site da Fundação
Nacional do Índio - Funai.
Tutela estatal
O Estado brasileiro assumiu o papel de responsável pela proteção da
integridade física e cultural dos diversos povos indígenas que vivem
em nosso território. É orientado pela noção de tutela, que define os
índios como relativamente incapazes de exercerem seus direitos
civis. Mas o próprio texto do Estatuto do Índio tende a dificultar o
acesso do indígena à justiça.
Conflitos insolúveis?
Outra questão grave se refere às terras indígenas. Atualmente,
existem 554 reservas reconhecidas pela Funai, que ocupam uma área
total de 946.452 km2, que corresponde a aproximadamente 11,12%
do território brasileiro e é equivalente à soma dos territórios da
França e da Grã-Bretanha. A demarcação, o registro e a homologação
dessas terras, porém, ainda está longe de chegar à conclusão.
Funai
Em meio a tudo isso, você pode estar se perguntando o que é e o que
faz a Fundação Nacional do Índio - Funai - entidade vinculada ao
Ministério da Justiça, que foi fundada em 1967, em substituição ao
antigo Serviço de Proteção ao Índio, que datava de 1910.
Entre as várias tarefas de sua responsabilidade, podem-se citar o
próprio processo de reconhecimento e regulamentação jurídica das
terras indígenas, bem como a organização do atendimento à saúde
dos índios; a formulação de políticas educacionais específicas e
diferenciadas; a proteção e defesa de grupos ameaçados por frentes
de expansão econômica, como madeireiros, posseiros, garimpeiros,
etc.
Calcula-se que no século XVI havia no Brasil uma população em torno de 4 milhões de
índios espalhados por todo o território. No entanto, os grupos mais afetados pela
ocupação foram aqueles localizados na faixa litorânea. As guerras de conquista e a
própria ocupação territorial reduziram, através dos séculos, a população indígena no
Brasil.
Em 1988, foi promulgada uma nova Constituição no país, contendo dois artigos
dedicados aos direitos das populações indígenas. Ao mesmo tempo em que assegurou
maiores direitos aos índios, a nova Constituição deixou sem solução a forma de
compatibilizar os direitos dos índios com os dos não índios, o que vem dando margem a
inúmeros conflitos no país.
Conforme levantamentos da Funai, no Brasil vivem hoje cerca de 460 mil índios,
distribuídos entre 225 sociedades indígenas, que perfazem cerca de 0,25% da população
brasileira. Este dado considera tão-somente aqueles indígenas que vivem em aldeias,
havendo estimativas de que, além destes, há entre 100 mil e 190 mil vivendo fora das
terras indígenas, inclusive em áreas urbanas. Há também 63 referências de índios ainda
não-contatados, além de existirem grupos que estão requerendo o reconhecimento de
sua condição indígena junto à Funai. Ocupam atualmente 105.673.003 hectares,
perfazendo 12,41% do total do território brasileiro. Essa área extensão equivale a
aproximadamente às áreas dos estados do Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas,
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará juntos Para efeito de comparação
com outros países, o percentual de terras ocupadas por populações indígenas no Brasil
equivaleria, em outros continentes, a um território da França, Alemanha, Bélgica,
Holanda e Suíça juntos.
A educação e a promoção dos direitos das
populações indígenas sobretudo das crianças e dos jovens
Senhor Presidente
Senhor Presidente
Senhor Presidente
O direito à educação diz respeito não apenas às questões de acesso, mas visa assegurar
uma satisfação que garanta um futuro às crianças indígenas. A este propósito, a
comunidade internacional deveria reconhecer e respeitar a responsabilidade primária
que a família indígena, como unidade básica da sua própria sociedade, tem de educar os
seus filhos desde a infância até à adolescência, na língua que lhes é própria e em
conformidade com as suas culturas e os seus valores, fundamentados em pedagogias
indígenas eficazes. Onde for possível, o acesso à educação deveria incluir estruturas
alternativas de escolarização, formação vocacional difundida e métodos inovativos,
destinados a aumentar as capacidades práticas e profissionais dos jovens indígena.
Para cada uma das crianças indígenas, uma educação fundamentada nos valores
espirituais, morais e éticos centrais constitui um instrumento indispensável para o seu
desenvolvimento integral. Na ausência de tais elementos, as crianças indígenas correm o
risco de extraviar a rica diversidade das suas tradições, no meio de uma cultura
globalizada que tudo abarca. Por sua vez, as populações indígenas deveriam pôr à prova
e rejeitar os falsos valores, que porventura desvirtuassem um estilo de vida
autenticamente humano, e abraçar somente os valores nobres e oportunos, que os hão-
de ajudar a modelar o futuro segundo o seu estilo característico, em conformidade com
a sua própria herança indígena. Procurando salvaguardar a educação das crianças e dos
jovens indígenas, a comunidade internacional pode, efectivamente, oferecer a sua
contribuição para os esforços realizados pelas comunidades indígenas, com vista a
defender a sua herança e a identidade que lhes é própria.
Senhor Presidente
As crianças e os jovens são "membros preciosos da família humana, uma vez que
encarnam as suas esperanças, expectativas e potencialidades" (Mensagem do Papa João
Paulo II para o Dia Mundial da Paz de 1996, n. 9). O desafio que está a ser enfrentado
tanto pelas pessoas singularmente como pelas organizações e, na realidade, por toda a
comunidade internacional, consiste em assegurar que as crianças e os jovens indígenas
não sejam privados do seu presente e do seu futuro, mas que se lhes ofereça a
possibilidade de crescer em paz, felicidade e liberdade. Assim, também eles serão
construtores de paz, edificadores de um mundo promissor, de fraternidade, de harmonia
e de solidariedade.
Ora, o neto do branco é branco, o neto do negro é negro, mas o neto do índio é apenas
“descendente”. As outras raças se reproduzem, se perpetuam, mas a nossa raça indígena
degenera e logo desaparece. Destino ingrato que querem nos impor.
“Alto lá! Esta terra tem dono!”
(Sepé Taiaraju, a quem ofereço este texto-homenagem)
“Terra demais para pouco índio” foi um argumento que crescemos ouvindo, sempre da
parte dos setores contrários aos povos indígenas. Eles é que gostavam da estúpida
comparação do conjunto das Terras Indígenas (TI) com o tamanho de países europeus,
sempre mostrando o absurdo dos índios terem terras demais. Os antropólogos em coro
argumentavam que os índios tinham outro modo de vida e que não podiam ser avaliados
pelos mesmos critérios usados para os não-indígenas. Mas aqueles tempos eram outros.
E aqueles antropólogos eram outros. Eram poucas ou inexistentes as associações
indígenas, os próprios índios não chegavam a 200 mil e o perigo de extinção era real e
iminente. A demarcação das terras seria uma forma de garantir a sobrevivência de povos
e culturas “primitivos”. Quanto mais “primitivo” era um povo, maiores as razões para
demarcar suas terras.
Com o Decreto 1.775/1996, realmente foi criado uma enorme barreira para a
regulamentação das TI, e os inimigos dos índios passaram a atravancar ou até fazer
retroceder inúmeros processos. Somente as TI já homologadas receberam 83
contestações até agora. Que dizer dos prejuízos para as terras cujo processo está por ser
concluído. É prejuízo também para a União, que já gastou R$10 milhões para custear
processos de revisão das homologações. O Ministério Público Federal (MPF) já entrou
no STJ com um pedido de nulidade do Decreto. O presidente Lula poderia reformulá-lo,
evitando esses danos todos. Aí, talvez ele poderia pensar em dizer sua frase predileta:
“nenhum governo como o meu fez tanto pelos...”.
Voltemos ao presidente da Funai. Ele deve ter concluído que esses limites impostos às
reivindicações dos índios não foram o bastante. A lentidão dos processos demarcatórios,
que desde 2003 estão praticamente parados, e a recusa sistemática de a Funai dialogar
com as organizações indígenas não foram suficiente para arrefecer as demandas
indígenas. A crescente radicalização das formas de pressão dos indígenas, a emergência
de povos que a Funai não admite serem “índios autênticos” e o crescimento do número
de cidadãos que se identificam como índios acenderam o sinal vermelho para os
latifundiários, políticos antiindígenas e a Funai. Demarcar todas as TI requeridas é
“terra demais”, que ficará indisponível ao agronegócio e à mineração. Vem daí a ira de
Mércio Gomes e a necessidade de alguém estabelecer novos e definitivos limites às
reivindicações indígenas.
“Terminar o serviço” pode significa aqui, a julgar pela velocidade do processo e pelas
contestações judiciais, que em cinco anos a maioria dos índios já estará expulsa de suas
terras, mortos por jagunços ou sobrevivendo às margens das rodovias. Exagero? O que
o Estado fez em Nhanderu Marangatu foi um ensaio. E esse é o quadro previsto apenas
para as 100 TI com promessa de demarcação. E o que acontecerá com os índios que
reivindicam outras 235 TI? A Funai nega sistematicamente a sua simples existência. Se
não são índios, não têm direitos a nenhuma terra. Solução Final. A Coiab lembrou que o
antropólogo Mércio Gomes afirmou faz anos que a falta de terras pode levar um povo
indígena a se desagregar e até a desaparecer. Talvez ele também diga agora “esqueçam
tudo o que escrevi”.
Mércio decidiu de uma vez por todas que os índios no Brasil são apenas 450 mil, o
número dos aldeados conforme o censo da Funai. Mas em 2000 o IBGE contou 734 mil
índios no Brasil. O que fazer com os outros 284 mil? Mércio Gomes resolveu
exterminá-los, se não fisicamente, ao menos politicamente: não são índios
“verdadeiros”, por isso não podem exigir direitos como tais. O que é isso se não um
processo de “limpeza étnica”, herdeiro direto do mais descarado racismo nazista? Os
nazistas é que acreditavam em raça “pura”.
Tal raciocínio sobre os índios está na mesma linha do Colonialismo brasileiro, que
sufocou a identidade indígena “geral”, seja de forma violenta ou mais sutil (como a
ideologia de que é preciso “civilizar-se” para se distanciar do índio “selvagem”) e
destruiu a identidade étnica dos índios “destribalizados”, que sofreram o processo da
catequese e depois passaram a viver nas vilas e cidades. Seus descendentes, os
“tapuios”, eram “índios amansados” ou “civilizados”, e já não podiam ser considerados
“índios verdadeiros”. E lhes foi negada uma identidade indígena “geral”. Na Amazônia,
no século XVIII, o Diretório dos Índios, do Marquês de Pombal, estimulou e forçou os
índios à “vida civilizada” através de vários artifícios, como, por exemplo, o casamento
de índias com brancos, proibição da língua Nheengatu e obrigatoriedade do Português e
a proibição de andar nu. “Índios” eram somente os que se embrenharam nas matas. O
“caboclo” é resultado desse processo de negação étnica. Mesmo com sua genealogia e
traços físicos, ele não se diz mais “índio”, e nem pode se dizer “branco” ou “negro”. Ele
fica num limbo racial.
Se “raça” tem a ver com diferenças no fenótipo, os grupos étnicos se constituem acima
de tudo como “comunidades” organizadas que constroem sua identidade lançando mão
de um amplo conteúdo sociocultural comum (religião, língua, costumes, origem e
história.), em oposição a outras “comunidades”. Identidade étnica não tem a ver com o
sangue. Está mais ligada a um complexo processo ideológico onde entra decisivamente
o ato de afirmar-se e manter-se “diferente” em oposição a um “outro”, e também de ser
visto como diferente pelo “outro”. Nesse sentido, podem existir várias “etnias” de uma
mesma “raça”, e podem existir indivíduos que não pertencem a uma etnia particular,
mas pertencem a uma “raça”.
É a situação dos “negros” nas Américas. Devido à maneira como se deu a Colonização,
os africanos que chegaram aqui com várias e diferentes identidades étnicas foram
obrigados a abandoná-las, ficando apenas o sentimento de pertencimento à “raça” negra
e mais um conjunto de costumes e valores culturais de origem africana, que se somou a
outros valores não-africanos adquiridos. No Brasil, mesmo com algumas variações
internas, é possível falar de “povo negro” ou “afrodescendentes”. O Estado reconhece
os direitos dos negros-raça, tanto dos que pertencem a uma “comunidade” específica, os
quilombolas (mais próximo do aspecto “étnico”), como dos negros em geral. Seria
ridículo se uma autoridade dissesse que os Kalunga de Goiás (“comunidade”) são
negros mais “verdadeiros” ou “autênticos” do que aqueles que vivem nas cidades. É o
argumento de Mércio para os índios. Se todos os “descendentes” dos negros são
respeitados como uma só “raça”, por que com os indígenas tem que ser diferente? Índio
é étnico e é raça também, mesmo que os néscios não queiram.
A maioria daqueles que se assume como índios nas cidades sabe muito bem a que povo
(etnia) pertence, pois é gente que chegou recentemente das aldeias. E ainda que não
mantenham muito contato com a sua “comunidade”, eles continuam índios. Os outros
são indivíduos que têm consciência da sua origem indígena biológica e cultural, mesmo
que não consigam mais definir a etnia dos seus antepassados, e decidem identificar-se
como indígenas. Eles são tão índios como os índios aldeados. Mesmo “misturados”
biologicamente com outras raças, eles continuam índios. Afinal, não é a “pureza” de
sangue que define um índio, um negro ou um branco. Se fosse assim, seria difícil
encontrar algum representante das tais “raças” humanas, pois todos nós somos de
alguma forma miscigenados, inclusive grande parte dos índios aldeados.
Daí a suspeita com índios que usam ternos, filmadora ou têm curso superior. Por isso,
em Belém e Boa Vista (RR), se você perguntar a alguém se ele é “índio”, ainda que
apresente traços físicos típicos “indígenas”, certamente ele responderá que “não”, ou no
máximo dirá que é “descendente”. Em Manaus alguns “caboclos” orgulhosamente
dizem-se “mestiços”, mas têm horror a serem chamados de índios.
Ora, o neto do branco é branco, o neto do negro é negro, mas o neto do índio é apenas
“descendente”. As outras raças se reproduzem, se perpetuam, mas a nossa raça indígena
degenera e logo desaparece. Destino ingrato que querem nos impor. E assim tinha sido
até agora, mas as mudanças que observamos apontam para o desmoronamento desse
modelo ideológico. É a realização da profecia de Tupak Katari, herói indígena nacional
na Bolívia, que liderou uma rebelião, esmagada pelos espanhóis, há mais de 200 anos.
Ele disse “A mim vocês só podem matar, mas eu voltarei, e seremos milhões”. É essa
volta que incomoda o Governo.
O próprio movimento indígena, através das suas organizações e comunidades, terá que
explicitar seus critérios de indianidade. A sociedade envolvente também ajudará a
estabelecer as fronteiras raciais e étnicas, como acontece sempre em todas as
sociedades. Os antropólogos farão a reflexão crítica e teórica sobre o que está em jogo
nessa construção das diferenças identitárias. O que não pode é uma pessoa ou
instituição querer se arrogar o poder de decidir quem é e quem não é índio. Assim
caminha a humanidade.
O Censo do IBGE está provocando a libertação dos índios sufocados e negados ao
longo dos últimos séculos. Por isso a auto-identificação pelo critério de “raça/cor” deve
continuar e até ser estimulada através de campanhas motivadoras da auto-estima. As
igrejas, organizações indígenas e indigenistas, os ministérios ligados à cultura e
educação, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e
a Funai deveriam promover uma campanha massiva nesse sentido, como já aconteceu
com a população afrodescendente em censos anteriores.
Tal campanha, somada a outras políticas afirmativas pró-indígenas, seria uma maneira
inclusive de o Estado e Igreja Católica repararem parte do mal que provocaram à nossa
dignidade e ao nosso orgulho de ser indígenas. E a Funai deveria ser o órgão a liderar e
animar esse processo, ao invés de deslegitimar povos e indivíduos que a duras penas
rompem a mordaça e gritam, diante de uma sociedade racista, “Nós somos Indígenas,
sim!”
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Comentários
Causa Indigena
Felipe Rodrigues Costa 10/02/2006 20:58
rodrigues_costa2000@yahoo.com.br
Sim pela luta da causa dos Indios, que vem sofrendo com abusos a suas terras des dos
Bandeirantes e que hoje se apresentam organizados pela luta em defesa de seu territorio
contra o Estado, contra o oportunisma estrangeiro e contra a ganancia dos latifundiarios.
Pedro Mundim
Gerhard Grube 11/02/2006 21:14
Imagine-se como brasileiro que é, junto com sua família, transposto para um país,
totalmente estranho e diferente. Para uma aldeia, lugar “primitivo”, totalmente diferente,
em tudo. Alimentação, roupas, costumes, religião, moradia, língua, tudo diferente.
Sem recursos, sem automóvel, jornais, televisão, computador, telefone etc. Nada
daquilo, a que está acostumado, e que é hoje, o seu dia a dia.
Sem alternativa. Não poderia sair dali e voltar ao Brasil ou escolher algum lugar que
fosse mais agradável ao seu modo de vida. E teria que viver lá, pelo resto de sua vida.
Hostilizado sempre pelos moradores locais, que vêem em você, um impedimento às
suas atividades e ao seu bem estar.
É obrigado a competir com eles, segundo as regras e os recursos deles, que você não
domina nem estão à sua disposição. Tendo que se adaptar totalmente à forma de vida
deles, para não perecer.
E eles em nada o ajudarão, muito pelo contrário, o desprezarão, por ser diferente, e
incapaz de fazer tudo aquilo, que lhes é corriqueiro e facílimo.
É assim que os índios brasileiros se sentem.
Imagine ainda que um dos habitantes dessa aldeia, entrasse em contato com você, e,
superadas as dificuldades lingüísticas e culturais, em vez de insistir que você mude o
seu modo de vida, ele compreendesse a sua angústia. E intercedesse junto aos demais, a
seu favor, tentando convencê-los a deixar você viver, como estava acostumado aqui no
Brasil.
Esse seria o antropólogo.
É claro que isto só poderia acontecer, se os aldeões, admitissem que a forma de vida
deles, não é a única correta e possível de ser vivida.
Esta é a compreensão que falta aos brancos, em relação aos índios.
Quanto a dizer, qual seria a vida melhor, se a nossa ou a dos índios, isto é muito
discutível.
Se por um lado escolas, automóveis, televisão, postos de saúde tem suas óbvias
vantagens, por outro lado estamos destruindo o mundo e a natureza, numa velocidade
muitíssimo maior, do que os índios fariam.
Quanto às grandes extensões de terras que eles necessitam para viver, existem muitos
latifundiários, proprietários de enormes extensões de terra, e nem sequer precisam dela.
6) Importância da água
O pesquisador afirma que "o que mais falta no Brasil não é água, mas
determinado padrão cultural que agregue ética e melhore a eficiência de
desempenho político dos governos, da sociedade organizada lato sensu, das
ações públicas e privadas, promotoras do desenvolvimento econômico em
geral e da sua água doce, em particular".
O peso corporal de uma pessoa é composto de 60 a 70% de água, a qual tem tanto a
função de regular a temperatura interna, quanto garantir o bom funcionamento de todas
as funções orgânicas, ou seja, do sistema circulatório, do sistema de absorção, do
sistema digestivo, de evacuação, etc.
Existe uma falsa idéia de que os recursos hídricos são infinitos. Realmente há muita
água no planeta, mas menos de 3% desse volume é formado por água doce, do qual
mais de 99% fica congelado nas regiões polares, o que dificulta a sua utilização pelo
homem.
Maquete usada por Hans Donner nas imagens de abertura da novela "Duas Caras"
Refavela
A refavela
Revela aquela
Que desce o morro e vem transar
O ambiente
Efervescente
De uma cidade a cintilar
Inspiração
A "Cadeira Favela" foi criada pelos premiados designers brasileiros,
Fernando e Humberto Campana, com sarrafos de madeira recolhidos
em vários lugares. Passou a ser produzida na Itália, pela empresa
Edra, em 2003.
Comentário geral
Comentário geral
Aspectos pontuais
8) Lei anti-fumo
SP proíbe cigarros em ambientes fechados de uso coletivo
A nova lei restringe, mas não proíbe o ato de fumar. O cigarro continua autorizado
dentro das residências, das vias públicas e em áreas ao ar livre. Estádios de futebol
também estão liberados, assim como quartos de hotéis e pousadas, desde que estejam
ocupados por hóspedes. A responsabilidade por garantir que os ambientes estejam livres
de tabaco será dos proprietários dos estabelecimentos. Os fumantes não serão alvo da
fiscalização.
Para os garçons que não fumam, o impacto positivo foi ainda maior, passando de um
índice de 7 ppm (equivalente ao de fumantes leves) para 3 ppm (nível de não fumante).
"Esse estudo demonstra claramente os benefícios da lei paulista que restringe o cigarro
em ambientes fechados, protegendo as pessoas da fumaça nociva do tabaco. Trata-se de
uma vitória da saúde pública e um exemplo a ser seguido", afirma o secretário de
Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Pesquisa do Ibope realizada a pedido do governo do Estado de São Paulo aponta que
73% dos paulistas que fumam estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a lei antifumo
paulista, em vigor desde agosto do ano passado.
No total, 91% dos ouvidos pelo Ibope consideram a lei antifumo como boa ou
ótima, 4% disseram que ela é regular, 1% classificaram como ruim e apenas 3% como
péssima. Entre os fumantes o índice de bom e ótimo chegou a 83%.
Quando perguntados sobre a vantagem da lei, 29% dos entrevistados disseram que
ela protege as pessoas da fumaça nociva do tabaco, e 25% ressaltaram que a medida
melhorou a qualidade do ar em bares e restaurantes. Para 29% dos entrevistados, a
legislação protege inclusive a saúde das pessoas que fumam. Dez por cento
responderam que a lei melhorou a vida pessoal delas.
A pesquisa revelou ainda que quase a metade (49%) dos fumantes informaram
estarem fumando menos em razão da lei antifumo. Entre as mulheres fumantes, 55%
reduziram o número de cigarros depois que a legislação entrou em vigor.
"Os resultados refletem o acerto de uma legislação que veio para ficar. A lei
antifumo pegou porque a grande maioria dos paulistas entendeu se tratar de uma medida
de saúde pública, que combate o tabagismo passivo em ambientes fechados de uso
coletivo", diz o secretário de Estado da Saúde, Nilson Ferraz Paschoa.
Balanço
A lei antifumo paulista completou um ano em vigor em 7 de agosto deste ano com
99,78% de adesão por parte dos estabelecimentos. Em 12 meses os agentes da
Vigilância Sanitária Estadual e do Procon realizaram 360,7 mil inspeções por todo o
Estado e aplicaram 822 multas, o que representa apenas 0,22% de descumprimento.
Males
Mulheres
Exposição de mulheres não fumantes ao fumo passivo, durante a gravidez, pode causar
redução no crescimento fetal. Também existem evidências de que a exposição pós-natal
de crianças ao fumo passivo contribui para o risco de síndrome de morte súbita infantil.
Crianças
A criança pode ser um fumante passivo desde a vida intra-uterina se a mãe ou algum
outro agregado da casa for consumidor de cigarro. Essas crianças, vivendo em ambiente
poluído pelo tabaco, passam a sofrer vários tipos de prejuízos, porque são
particularmente sensíveis à poluição atmosférica provocada pela fumaça do cigarro.
O bebê que respira a fumaça do cigarro apresenta um risco maior do que os bebês de
mães que não fumam de desenvolver bronquite, pneumonia e infecções respiratórias em
geral. Os filhos cujas mães fumam durante a gestação tem maiores riscos de prejuízos
no desenvolvimento, que pode se refletir no rendimento escolar.
Doenças
Mortes por doenças do coração, bem como aquelas provocadas por doenças do pulmão
e câncer da cavidade nasal, também têm sido associadas à exposição ao fumo passivo.
Uma nova chance de vida tem sido possível para muitas pessoas
através do avanço científico dos transplantes. O Brasil é o segundo
país do mundo em números absolutos na realização de transplantes,
mas a realidade da fila de espera – última alternativa de vida para
muitos – ainda demonstra o quanto é preciso que mais e mais
pessoas se sensibilizem para o problema.
Vida nova
Nada poderia demonstrar com mais exatidão quais são os defeitos principais
dessa sociedade. Trânsito em condições seguras, é um direito de todos e
dever dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, cabendo-lhes
adotar medidas destinadas a assegurar esse direito a todos.
A solução não é fácil e, nem imediata, porém você, está sendo convidado a
participar dessa mudança, como multiplicador da idéia de um trânsito seguro ,
seja sempre um defensor da legislação, com respeito às regras, às leis
específicas e a boa convivência social, afinal a vida humana é uma
preciosidade única.
Existem vários tipos de armas utilizadas na violência contra a mulher, como: a lesão
corporal, que é a agressão física, como socos, pontapés, bofetões, entre outros; o estupro
ou violência carnal, sendo todo atentado contra o pudor de pessoa de outro sexo, por
meio de força física, ou grave ameaça, com a intenção de satisfazer nela desejos
lascivos, ou atos de luxúria; ameaça de morte ou qualquer outro mal, feitas por gestos,
palavras ou por escrito; abandono material, quando o homem, não reconhece a
paternidade, obrigando assim a mulher, entrar com uma ação de investigação de
paternidade, para poder receber pensão alimentícia.
Mas nem todos deixam marcas físicas, como as ofensas verbais e morais, que causam
dores,que superam, a dor física. Humilhações, torturas, abandono, etc, são considerados
pequenos assassinatos diários, difíceis de superar e praticamente impossíveis de
prevenir, fazendo com que as mulheres percam a referencia de cidadania.
A violência contra a mulher, não esta restrita a um certo meio, não escolhendo raça,
idade ou condição social. A grande diferença é que entre as pessoas de maior poder
financeiro, as mulheres, acabam se calando contra a violência recebida por elas, talvez
por medo, vergonha ou até mesmo por dependência financeira.
Toda a mulher violentada física ou moralmente, deve ter a coragem para denunciar o
agressor, pois agindo assim ela esta se protegendo contra futuras agressões, e serve
como exemplo para outras mulheres, pois enquanto houver a ocultação do crime
sofrido, não vamos encontrar soluções para o problema.
A população deve exigir do Governo leis severas e firmes, não adianta se iludir achando
que esse é um problema sem solução. Uma vez violentada, talvez ela nunca mais volte a
ser a mesma de outrora, sua vida estará margeada de medo e vergonha, sem amor
próprio, deixando de ser um membro da comunidade, para viver no seu próprio mundo.
A liberdade e a justiça, são um bem que necessita de condições essenciais para que
floresça, ninguém vive sozinho. A felicidade de uma pessoa esta em amar e ser amada.
Devemos cultivar a vida, denunciando todos os tipos de agressões (violência) sofridas.
Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que
o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens
são mais fortes e superiores às mulheres. É assim que, muitas vezes,
os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham
que têm o direito de impor suas vontades às mulheres.
Tipos de violência
É muito comum que esse ciclo se repita, com cada vez maior
violência e intervalo menor entre as fases. A experiência mostra que,
ou esse ciclo se repete indefinidamente, ou, pior, muitas vezes
termina em tragédia, com uma lesão grave ou até o assassinato da
mulher.
Violência e religião
Assédio sexual
“As jovens que se descobrem lésbicas, e que vivem com seus pais,
são as que mais sofrem violência. A família reprova a lesbianidade da
filha e procura impor a heterossexualidade como normalização da
prática sexual do indivíduo. Por serem destituídas de qualquer poder,
os pais buscam sujeitar e controlar o corpo das filhas lésbicas,
lançando mão de diferentes formas de violência, como os maus-tratos
físicos e psicológicos. E não faltam acusações, ameaças e, inclusive, a
expulsão de casa. As ocorrências de violência sempre têm o sentido
de dominação: é o exercício do poder, utilizado como ferramenta de
ensino, punição e controle.”
b. Ação rápida e intensa - o estímulo do jornal tende a provocar uma reação mais
rápida. Permite
inserções mais freqüentes, de forma a imprimir intensidade à campanha.
c. Controle - é mais facilmente visto e controlado pelo revendedor local, o que ajuda a
aceitação do
produto pelo mesmo e o incentiva a cooperar na campanha de vendas.
de existência.
Segundo o censo de 1980, existiam no Brasil, àquela época, cerca de 1 .555 jornais,
O jornal é uma mídia seletiva por ter como natureza informar, analisar e comentar os
acontecimentos.
Nas classes de padrão de vida mais folgado é hábito a leitura de revistas. Há as que
apelam mais para o homem ou para a mulher, bem como as que circulam entre as
classes rica e média. Elas são por isso mesmo mais seletivas do que os jornais, no que
se refere ao sexo, categoria sócio-econômica e vocação, do leitor.
b. têm vida mais longa, são lidas com mais vagar, o que permite textos mais longos;
c. têm maior porcentagem de leitores por número, o que faz a circulação ser bem
maior do que a
tiragem;
d. são mais seletivas.
a. não têm a maleabilidade dos jornais. Os anúncios têm que ser preparados com muita
antecedência;
Segundo o censo de 1980, existem no Brasil 851 revistas em circulação, sendo que as
revistas de - maior
expressão encontram-se nas editoras Abril, Bloch, Três, Visão e RGE.
Suas características básicas podem ser resumidas em três itens principais:
•
circulação nacional;
•
boa impressão em cores;
•
grande variedade de publicação quanto aos gêneros.
A revista, como mídia, ganhou força na década de 50 para 60, com as revistas
Cruzeiro e Manchete, que
Aspectos positivos:
•
Adequação: permite adequação editorial à mensagem do produto devido à grande
variedade de
publicações;
•
Circulação nacional: permite cobrir, embora com pequena circulação local, toda
região brasileira
num único anúncio;
•
Seletividade: a revista permite a seletividade pelo seu custo (do exemplar na banca)
que requer da
parte do leitor maior recurso financeiro e pelo seu conteúdo editorial
•
Credibilidade: como no caso do jornal, desfruta de boa credibilidade, característica da
mídia
impressa.
Aspectos negativos:
•
Pouca circulação por região e conseqüentemente baixa cobertura;
•
Falta de rapidez na transmissão da mensagem (fator tempo).
Periódicos especializados
Estes veículos não deverão ser julgados pela tiragem, mas sim pela qualidade de seus
leitores. O que interessa é saber se eles têm realmente boa circulação entre as classes a
que se destinam e se gozam de prestígio entre seus leitores.
Publicidade ao ar livre
A publicidade ao ar livre é conhecida como Outdoor Advertising, e compreende a
fixação de cartazes, painéis
e luminosos na via pública, bem como nos veículos de transportes coletivos, como
ônibus e trens.
Entretanto, pelo seu tamanho e pelas cores (e o luminoso pelo fulgor) exercem
impacto sobre o público e
pela repetida exibição conseguem influir, fixar uma mensagem breve e veicular uma
impressão.
Em tais condições é uma publicidade tipicamente para as massas, vista
indiscriminadamente por toda a
espécie de gente.
Suas características são as seguintes:
a. Maleabilidade - pode ser usada numa extensa região, numa cidade ou apenas num
bairro.
b. Oportunidade - pode ser usada nos momentos mais precisos e ter a mensagem
substituída logo que
necessário.
c. Ação rápida e constante - nas ruas está sempre passando gente. Assim, a ação do
cartaz é
constante.
d. Impacto - impressiona geralmente pelo tamanho e pela cor viva ou em contraste
com a do local
onde está colocado.
e. Memorização - como, em geral, passamos diariamente diante de vários exemplares
do mesmo
cartaz, a coisa anunciada tende a fiar-se na mente pela repetição.
f. Simplicidade - porque é uma mensagem concisa e breve, é facilmente
compreendida.
A ação essencial da publicidade ao ar livre é a de uma tropa de choque isto é, produz
impacto, põe
imediatamente em evidência o nome da coisa anunciada, impondo-se logo aos olhos
da massa.
A sua escolha contudo deve prevalecer num local onde haja transito denso, como
também uma posição em
que possa ser visto facilmente e em ambiente apropriado.
Historicamente, o termo "pirata" era usado para identificar pessoas que cruzavam os
mares para assaltar navios em busca de riqueza e poder. Os tempos mudaram. Hoje em
dia, pirata é quem rouba, engana, copia. Além disso, agora eles estão por toda a parte e,
o mais grave, cometem o crime com a conivência e até com o apoio de boa parte da
sociedade. Este mercado e suas consequências são o destaque do Via Legal desta
semana.
A repórter Analice Bolzan preparou uma série de reportagens para mostrar como a
pirataria faz mal ao país. Uma delas mostra que a prática, apesar de ser considerada
crime, não está prevista no nosso Código Penal. Em Florianópolis, magistrados federais
e empresários se reuniram para discutir o assunto e analisar como os processos estão
sendo julgados no Brasil.
O programa esclarece ainda quais são os setores preferidos de quem faz e alimenta a
pirataria. Mais de 80% dos que assumem comprar produtos piratas optam pelo CD.
Profissionais do mercado fonográfico falam sobre as consequências da venda em larga
escala de discos falsificados, uma questão polêmica e que envolve vários interesses: do
governo, de olho na arrecadação, da indústria formal, que não quer perder mercado e do
consumidor, que quer pagar menos.
O Via Legal também esteve em Alphaville, no muicípio de Barueri, São Paulo, onde
governo e moradores estão em guerra. Erica Resende mostra que essa briga é por causa
da cobrança de taxas impostas a quem vive em terrenos da União. Já no Piauí,
Alessandra de Castro investigou casos de advogados que ignoram a lei e os limites do
bom senso para explorar o cliente. A denúncia surgiu durante um mutirão dos Juizados
Especiais Federais.
• CONCEITO
– O descaminho e a
– Sonegação fiscal.
– Repressiva;
– De controle;
– Econômica e
– Educacional.
• O COMBATE A PIRATARIA
• AÇÕES EDUCACIONAIS
• AÇÕES EDUCACIONAIS
• AÇÕES DE CONTROLE
• AÇÕES DE CONTROLE
• AÇÕES DE CONTROLE
• AÇÕES DE CONTROLE
• AÇÕES REPRESSIVAS
• AÇÕES REPRESSIVAS
• AÇÕES REPRESSIVAS
• Somente em 2006, foram apreendidos em todo o país mais de
R$ 870 milhões em produtos falsificados (5 x mais que em
2005).
• O cantor Ralf (da dupla Chrystian & Ralf) está vendendo CDs
originais direto para camelôs, revendidos por R$ 4 para
competir com o CD pirata.
• CD/DVD:
– Falta de encartes;
• CONSEQUENCIAS DA PIRATARIA
– à economia nacional;
– aos consumidores.
CONSEQÜÊNCIAS
• Conseqüências à saúde.
Os limites:
A humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que o planeta é capaz de
repor. Com isso, está avançando sobre os estoques naturais da Terra, comprometendo as
gerações atual e futuras segundo o Relatório Planeta Vivo 2002, elaborado pelo WWF e
lançado este ano em Genebra.
De acordo com o relatório, o planeta tem 11,4 bilhões de hectares de terra e espaço
marinho produtivos - ou 1,9 hectares de área produtiva per capita. Mas a humanidade
está usando o equivalente a 13,7 bilhões de hectares para produzir os grãos, peixes e
crustáceos, carne e derivados, água e energia que consome. Cada um dos 6 bilhões de
habitantes da Terra, portanto, usa uma área de 2,3 hectares. Essa área é a Pegada
Ecológica de cada um. O fator de maior peso na composição da Pegada Ecológica hoje
é a energia, sobretudo nos países mais desenvolvidos.
A Pegada Ecológica de 2,3 hectares é uma média. Mas há grandes diferenças entre as
nações mais e menos desenvolvidas, como mostra o Relatório Planeta Vivo, que
calculou a Pegada de 146 países com população acima de um milhão de habitantes. Os
dados mais recentes (de 1999) mostram que enquanto a Pegada média do consumidor da
África e da Ásia não chega 1,4 hectares por pessoa, a do consumidor da Europa
Ocidental é de cerca de 5,0 hectares e a dos norte-americanos de 9,6 hectares.
Embora a Pegada brasileira seja de 2,3 hectares – dentro da média mundial, mas cerca
de 20% acima da capacidade biológica produtiva do planeta.
Nos países industrializados cresce cada vez mais o consumo de recursos naturais
provindos dos países em desenvolvimento - a ponto de aqueles países já responderem
por mais de 80% do consumo total no mundo. Segundo Sachs, 30% dos recursos
naturais consumidos na Alemanha vêm de outros países; no Japão, 50%; nos países
Baixos, 70%.
O desafio:
Este é o paradoxo: sabemos que o tempo está se esgotando, mas não agimos para mudar
completamente as coisas antes que seja demasiado tarde. Diz-se que uma rã posta na
água fervente saltará rapidamente para fora, mas se a água for aquecida gradualmente,
ela não se dará conta do aumento da temperatura e tranqüilamente se deixará ferver até
morrer. Situação semelhante pode estar ocorrendo conosco em relação à gradual
destruição do ambiente natural. Hoje, grande parte da sociedade se posiciona como
mero espectador dos fatos, esquecendo-se de que somos todos responsáveis pelo futuro
que estamos modelando. Devemos exercer a cidadania planetária, e rapidamente.
A luz no fim do túnel:
Mas, se nada for feito de forma rápida e efetiva, as próximas gerações serão
prejudicadas duplamente, pelos impactos ambientais e pela falta de visão de nossa
geração em não explorar adequadamente a vantagem competitiva de nossos recursos
naturais.
Artigo apresentado pelo Prof. Dr. Antonio Miranda (Dep. de Ciência da Informação -
UnB) no INTEGRAR - 2º Congresso Internacional de Arquivos, Bibliotecas Centros de
Documentação e Museus ocorrido em junho de 2006.
RESUMO
1. UMA PROVOCAÇÃO
“Quem tinha acesso aos estudos antes da universalização estava acostumado a regras
e condutas sociais reproduzidas pela escola, que homogeneizava os alunos. Quando os
jovens que não tinham essa cultura começaram a estudar, houve uma ruptura. A escola
estava despreparada para ter alunos que não se encaixavam num modelo
preestabelecido.”
O mesmo se pode dizer das bibliotecas que estavam voltadas para o atendimento das
elites, nos centros urbanos mais desenvolvidos.
Saindo da metáfora para a conjuntura, basta ver a distribuição de livros e outros tipos de
documentos. A relação per capita de títulos em bibliotecas públicas é sintomática. O
IBGE não faz mais o levantamento de acervos de bibliotecas públicas há mais de duas
décadas, mas é possível imaginar que não existe sequer um livro por habitante em
nossas pobres bibliotecas e que as oportunidades são melhores nas regiões mais ricas,
reforçando um modelo de distribuição de renda e de oportunidades tradicionalmente
perverso. Em confronto, as bibliotecas de institutos de pesquisa, das universidades mais
avançadas oferecem muitas vezes serviços de qualidade – com acesso a redes
internacionais de conteúdos em linha — às elites, enquanto as bibliotecas dos institutos
de ensino superior instalados fora dos grandes centros limitam-se ao uso de apostilas e a
escassos recursos bibliográficos de pesquisa.
Os conteúdos e a identidade cultural têm a ver com as lutas pela inclusão social no
Brasil. A questão está em voga ou na moda e muito vem sendo escrito sobre o assunto.
Nós mesmos acabamos de publicar um volume sobre a Alfabetização digital e o acesso
ao conhecimento (MIRANDA, A.; SIMEÃO, E., 2006) e o Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT acaba de lançar o segundo número de sua
revista Inclusão Digital, mas é possível afirmar que ainda estamos em busca de um
marco teórico mais sólido para orientar nossas políticas públicas e a implementação das
infra-estruturas de acesso à informação no Brasil.
Durante muito tempo convivemos com a definição antropológica de cultura como sendo
tudo que o homem produz em seu processo civilizador. Ela não resolve o problema até
porque nem todas as práticas sociais constituem o que entendemos hoje por cultura.
CANCLINI (2005, p. 45) resumiu seus estudos em quatro vertentes de observação e
análise:
1. a cultura como instância em que cada grupo organiza sua identidade mas
que, na pós-modernidade, rompe suas fronteiras possibilitando a produção,
circulação e consumo de cultura considerando também as trocas com outros
grupos, em escala local e até planetária, no âmbito da interculturalidade. A
globalização possibilita ou impõe canais de comunicação e associação
transnacionais que desagregam ou (re)organizam as identidades possíveis.
2. a cultura é vista como uma instância simbólica da produção e reprodução da
sociedade. Cultura não é apenas lazer e entretenimento pois está relacionada
com a identificação e incorporação de bens simbólicos e materiais da sociedade
no processo de formação e realização do individuo, entendendo adesões e
conflitos com os padrões em voga.
A primeira é da multiculturalidade que faz tanto sentido no Brasil e que vem sendo
estudada principalmente desde o nosso grande Gilberto Freyre. Teríamos construído
uma sociedade de culturas de origens autóctones, européias e africanas que vem se
expandindo com os imigrantes da Ásia e do Oriente Médio e até de países vizinhos. O
que implica numa interculturalidade através de conflitos e acomodações, de trocas e
resistências com impacto sobre todos os indivíduos de nossa sociedade.
“admitir que cada cultura tem o direito de dotar-se das suas próprias formas de
organização e estilos de vida, mesmo quando incluam aspectos que podem ser
surpreendentes, como os sacrifícios humanos ou a poligamia. No entanto, ao abarcar
tantas dimensões da vida social (tecnologia, economia, religião, moral, arte), a noção
perdia eficácia operacional. Ademais, observou-se criticamente que o reconhecimento
sem hierarquias de todas as culturas como igualmente legítimas implica uma
indiferenciação que as torna incomparáveis e incomensuráveis”. (CANCLINI, 2005, p.
39, baseado em idéias de CUCHE, 1990). (O sublinhado no texto é nosso).
Vale dizer que “o saber pós-moderno é ambivalente. Ele é ao mesmo tempo um novo
instrumento de poder e uma abertura para as diferenças” (LYOTARD, citado por
MIRANDA & MENDONÇA, 2006, p. 69).
“é difícil imaginar algum tipo de transformação para um regime mais justo, sem
promover políticas (étnicas, de gênero, de regiões) que façam comunicar os diferentes,
corrijam as desigualdades (surgidas dessas diferenças e das outras distribuições
desiguais dos recursos) e conectem as sociedades com a informação, com os
repositórios culturais, de saúde e bem-estar globalmente expandidos” (CANCLINI,
2005, p. 102).
Certamente que não faltam programas desse tipo entre nós, eles são muitos e estão por
toda a parte com recursos públicos e privados (no âmbito do emergente conceito da
“responsabilidade social”). Estudo realizado por empresa internacional de consultoria
que estudou o problema no Brasil (de uso restrito, infelizmente), aponta para as falhas
constantes de nosso planejamento: a falta de entrosamento entre os órgãos promotores,
o que leva a duplicidade de meios para fins idênticos; o amadorismo e voluntarismo
inconseqüentes e até à praga da descontinuidade administrativa que afeta a
administração pública em geral e os sistemas de informação em particular (MIRANDA,
2004).
(*) NOTA: Felizmente, porém, as idéias morrem e ressuscitam entre nós, de tempos em
tempos, como fênix. A nossa proposta de criação de dez mil telecentros, baseados em
bibliotecas públicas, escolas, arquivos e museus, como infra-estrutura mínima
indispensável para a democratização do acesso à informação, acaba de ser reapresentada
oficialmente pelo governo brasileiro, em outro contexto. O Núcleo de Assuntos
Estratégicos , em estudo prospectivo, propõe exatamente a mesma coisa na formulação
de cenários para o Brasil em 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil.
Quem fez a declaração publicamente foi o Cel. Oswaldo Oliva Neto, Secretário
Executivo do NAE, no painel “Soluções com Telecomunicações para a Educação”, no
âmbito do Telebrasil 2006, que aconteceu no Club Méd de Rio Piedras, RJ, de 1 a 4 de
junho de 2006, evento do qual participamos. Se o NAE induzir os nossos programas de
alfabetização e inclusão social à adoção da referida estratégia, talvez consigamos
economizar recursos e tempo e acelerar a implementação de políticas públicas para o
setor, de forma mais orgânica e sistêmica.
INTRODUÇÃO
A deficiência do sistema de ensino, a ineficiência dos políticos e dos partidos políticos e
os golpes de estados unidos ao descaso com a preservação da memória nacional
somadas ainda a muitas outras mazelas que assolam nosso País fizeram e vem fazendo
com que a memória coletiva de nosso povo se esqueça de que o Brasil possui uma
tradição eleitoral arraigada em sua curta história.
Nesse ponto, cabe esclarecer, que em nosso País as eleições vêm sendo realizadas desde
a sua Colonização e desde àquela época vêm sofrendo mudanças em alguns aspectos
históricos de suas representações eleitorais.
Tal fato pode ser verificado traçando-se um paralelo entre elas, começando pelas
Ordenações do Reino, onde o Brasil dividiu a sua representação entre os Poderes
Executivo (Imperador, Regente, Presidente, Governadores) o Poder Legislativo
(Senadores, Deputados e Vereadores) e o Poder Judiciário (Juizes, Procuradores,
Escrivães).
A forma de legitimação concedida pelo sufrágio popular em outras épocas não se fazia
através dos votos dos cidadãos como se conhece hoje. Inicialmente, era de forma
indireta e em certas épocas em vários turnos. Depois passou a ser de forma direta e em
turno único através de um colégio eleitoral.
Demonstrando assim, essas modificações nas Leis Eleitorais são um reflexo dos
Costumes, da Cultura e da Soberania Nacional, verificadas em um determinado
momento histórico, social e cultural do País.
Por esse motivo, o estudo da Ciência Política encontra raízes no direito costumeiro ou
cultural que se vem consolidando há mais de 500 anos de história como produto
autêntico de nossas experiências e acomodações históricas como assevera Oliveira
Vianna em sua obra Instituições Políticas Brasileira, pág. 57, "... O direito está sendo
estudado pelos mesmos métodos com que se estuda, cientificamente, qualquer fato de
relações humanas..."
Assim, verifica-se que as condições políticas do País possuem relação intrínseca com o
Processo Eleitoral e a escolha de nossos Representantes através do voto, da eleição e da
representação. Tal afirmação se funda em constatação simples, na qual se verifica que
grande parte dos eleitores vão as urnas não no cumprimento de um dever cívico, mas
em troca de alguma vantagem (1).
A lei confere aos cidadãos a capacidade natural do voto, mas como a lei não confere
inteligência, cultura e discernimento a quem não os possui de fato, tal capacidade torna-
se artificial, e, como conseqüência imediata, temos que a política se transforma em
monopólio dos políticos, isto é, dos que fazem da política profissão e meio de vida.
Isto acontece porque quem elege o político, na maioria das vezes, não tem
discernimento para tal, então, os nossos representantes utilizam-se da política e do voto
como um instrumento referendatário para as suas permanência no poder.
Pode-se constatar, que o voto é uma instituição adotada hoje em dia pela maioria dos
países civilizados, fato este, que permite a formação gradual de verdadeiros partidos
políticos o que certamente assegura a verdade do processo eleitoral.
Esta menção ao voto se faz necessário, porque quem ocupa os cargos elegíveis, em vez
de representarem a nação e os seus eleitores, representam, não raras vezes, os interesses
de quem lhes patrocinou e não poucas vezes vemos isso acontecer, transformando-se
assim em uma das maiores ameaças para a democracia de nosso País.
Observe-se que tanto hoje como naquela época, o mesmo se opera, pois poucos eleitores
sequer sabem o nome do candidato em quem votaram nas últimas eleições; muitos
poucos foram às urnas espontaneamente, no livre cumprimento do exercício da
cidadania e, como conseqüência imediata deste absurdo, a política transforma-se em
monopólio dos políticos, conforme já mencionado anteriormente, pois muitos fazem da
política profissão e meio de vida, transformando, assim, o sufrágio universal, um direito
sagrado e consagrado em todas as nossas Cartas Magnas, apenas um jogo nas mãos de
pessoas inescrupulosas.
1. AS ELEIÇÕES E AS ORDENAÇÕES
Com a chegada dos colonizadores vieram, também, as leis que iriam reger a vida dos
habitantes de nosso País. Tal como acontecia em Portugal ela seria regida pelas
Ordenações do Reino.
Como se pode ver, as cidades e vilas do Brasil possuíam desde então uma divisão
político-administrativa, pois já naquela época era necessário a divisão de riquezas e
distribuição de justiça. Contudo faz-se necessário ressaltar que até à realização da
Proclamação da Independência do Brasil o povo elegia apenas os governos locais, isto
é, os conselhos municipais, os quais possuíam apenas atribuições político-
administrativa, cabendo a estas câmaras, legislar de forma ampla sobre todos os
assuntos inerentes às vilas ou às cidades. Ainda segundo o autor acima citado, esta
divisão político-administrativa denominava-se Câmaras Municipais e eram compostas
por juizes, vereadores, procuradores, tesoureiros, almotacéis (2) e escrivães; que
geralmente eram chamados de oficiais.
O povo em votação secreta e de forma indireta, elegia os seus representantes que depois,
de forma direta, iriam eleger os oficiais das câmaras.
Essas eleições eram indiretas e em dois turnos e ocorriam a cada três anos, porém, como
o mandato dos oficiais era de um ano, em cada eleição elegiam-se três conselhos (3).
Todos votavam, o sufrágio era universal, não havia pré-requisitos nem distinção entre
os eleitores, apenas os elegíveis deveriam ser homens bons, pessoas honestas,
experientes e conceituados moralmente na sociedade.
Nesta parte do trabalho, serão descritos os procedimentos das eleições dos oficiais das
câmaras àquela época.
Como se pode verificar das Instruções Eleitorais abaixo transcrito, o processo eleitoral
segundo as Ordenações do Reino era de tal maneira rigoroso com o sigilo das eleições
que assim era descrito:
Após a apuração feita pelos Vereadores e Juizes, os seis eleitores escolhidos pela
maioria absoluta dos votos faziam o juramento de que escolheriam para ocuparem os
cargos de Oficias das Câmaras entre as pessoas que mais estivessem a altura destes. Em
seguida os eleitos eram divididos em três grupos de dois e levados para locais diferentes
onde não pudessem se comunicar com os outros grupos, a fim de que organizassem as
listas dos Oficiais a serem eleitos.
Estas listas eram um tanto complicadas de se elaborar, pois os dois eleitores deveriam
estar em comum acordo com os nomes a serem relacionados. Como cada grupo deveria
organizar a sua própria lista esta eleição poderia durar dias ou até semanas.
Esta segunda etapa consistia em os seis eleitos de cada cidade ou vila escolherem três
nomes para ocuparem o cargo de juiz, três nomes para o cargo de vereador, três nomes
para o cargo de procurador, três nomes para o cargo de tesoureiro, três nomes para o
cargo de almotacel e três nomes para o cargo de escrivão. Caso houvesse na vila ou
cidade mais de um cargo a ser ocupado os nomes deveriam conter sempre um múltiplo
de três, ou seja, nove nomes para ocuparem os cargos de juizes, nove nomes para
ocuparem os cargos de vereadores e assim por diante até completarem a relação de
oficiais a serem empossados no período de um ano, o que hoje é conhecido como
legislatura (6).
Como as legislaturas duravam apenas um ano era necessário que o juiz que organizasse
a lista final também organizasse o sorteio para se saber quem iria começar o período
legislativo e quem iria terminá-lo, devendo para tanto convocar o povo para assistir ao
sorteio feito por um menino de até sete anos o qual faria o sorteio dos envelopes
contendo os nomes dos oficiais.
Em 12 de novembro de 1611, portanto oito anos após o código eleitoral das Ordenações
do Reino de 1603, o rei de Portugal fez editar um alvará aperfeiçoando e introduzindo
novas disposições ao código eleitoral no qual dizia:
Como se pode verificar do próprio texto, as fraudes, é claro, existiam, pois muitas das
vezes as Instruções Eleitorais insculpidas nas Ordenações do Reino não eram seguida a
risca, eis que as mesmas eram constituídas de cinco livros e nem todas as cidades e vilas
do Brasil as possuíam. Porém, tais fraudes, eram punidas severamente com sentenças de
degredo de dois anos para as terras da África e pagamento de multas pesadíssimas.
Durante mais de trezentos anos, desde a colonização do Brasil até o ano de 1828,
portanto, quatro anos após a outorga da primeira Constituição Política do Império do
Brasil por Dom Pedro I, esse foi o processo eleitoral pelo qual se pautavam as eleições
para as Câmaras Municipais no Brasil. E nesses mais de três séculos de história vemos
surgir instituições que até hoje se sustentam, tais como a autonomia dos poderes
constituídos e a imunidade parlamentar.
Como exemplo de autonomia dos poderes e a não aceitação da ingerência externa, pode-
se citar a Câmara de São Paulo que não admitia a interferência dos governadores em
suas eleições através de um fato histórico descrito nos anais da Câmara Municipal da
Cidade de São Paulo, quando de uma tentativa, em 1619, do Capitão-Mor Gonçalo
Corrêa de Sá que achava que as eleições deveriam ocorrer anualmente e não
trienalmente como determinava as Ordenações assim decidiu a Câmara:
Como no Brasil, até então, as eleições eram realizadas apenas para se eleger os
governos locais e as câmaras, estas eleições abrangeriam todo o território brasileiro e
teriam como finalidade eleger representantes do povo para um parlamento: as Cortes de
Lisboa.
Para que se possa entender o processo eleitoral promulgado pelo Decreto de 7 de março
de 1821 (10) e as Instruções para as eleições dos deputados das Cortes do Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarve faz-se necessário a transcrição de alguns trechos do referido
Decreto:
As juntas eleitorais eram reunidas no dia da eleição e deveriam ser compostas de acordo
com as eleições a ser realizadas.
No primeiro turno, as juntas deveriam se reunir com o povo na Casa do Conselho, sob a
presidência do juiz ou vereador com o auxílio de um padre e dois escrutinadores. Após
a nomeação de um secretário escolhidos entre eles deveria ser dado início a eleição.
Cabe ressaltar, que para cada eleitor paroquial eram eleitos 11 compromissários e, para
cada dois eleitores paroquiais eram eleitos 21 compromissários e para cada três eleitores
paroquiais seriam eleitos 31 compromissários, sendo este número o limite de
compromissários por cada freguesia.
Cada eleitor ditava o nome das pessoas que deveriam ser os compromissários, não
podendo no entanto, votar em si mesmo. Após a eleição passava-se a apuração, sendo
considerado eleito aqueles que alcançassem a metade dos votos. Os compromissários,
que deveriam ter mais de 25 anos de idade, passavam, então, a escolher os Eleitores de
Paroquia. A ata da eleição serviria como diploma de posse, ficando cada Eleitor de
Paróquia com uma cópia a título de diploma.
Para simplificar o entendimento, digamos que 200 pessoas (qualquer do povo) elegiam
11 Compromissários (maiores de 25 anos) e estes elegiam 1 Eleitor de Paróquia.
Após a apuração seria eleito aquele que alcançasse no mínimo a metade mais um dos
votos, maioria absoluta e, não se alcançando o quorum necessário haveria nova eleição
elegendo-se os mais votados em maioria simples.
Após Lavrada a ata da eleição entregava-se uma cópia aos eleitos valendo esta como
documento de diplomação.
O escrutínio se daria logo após o último eleitor de comarca ter votado, sendo
considerado eleitos aqueles que obtivessem a metade mais um dos votos (maioria
absoluta). Caso não se conseguisse alcançar o número necessário de deputados, seria
feito novo escrutínio elegendo-se aqueles que alcançassem a pluralidade de votos
(maioria relativa).
Posteriormente mais duas eleições gerais foram realizadas em solo brasileiro antes de
sua independência política de Portugal, sendo que a segunda foi realizada após a
reforma da administração política e militar decretada por D. João VI que, em decreto
datado de 1º de outubro de 1821, conclamava o povo brasileiro a escolher os
governantes das juntas provisórias no prazo de dois meses, contados desde o dia em que
as autoridades das capitais tomassem conhecimento do decreto e a terceira foi
convocada por D. Pedro, através do decreto de 16 de fevereiro de 1822, para a eleição
dos Procuradores-Gerais das Províncias do Brasil.
2. A CONSTITUIÇÃO DE 1824
Ainda com relação a este segundo fato, deve-se destacar a divisão dos poderes políticos
nela reconhecida como o Poder Moderador, o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o
Poder Judicial. (14)
Dentre esses poderes acima citados deve-se mencionar o Poder Moderador que era
função exclusiva do imperador, o qual deveria zelar pela manutenção da Independência,
e o equilíbrio e harmonia entre os demais poderes políticos. Já o poder Legislativo era
composto por duas Câmaras ( a Câmara dos deputados e a Câmara dos Senadores) onde
cada legislatura duravam quatro anos.
Por outro lado, as Câmaras Municipais não mais teriam jurisdição contenciosa (15),
limitariam-se a sessões administrativas, revogando na prática as Ordenações do Reino
que até então regiam o seu funcionamento.
O Sistema Político no tempo do Império era bicameral (16), sendo composta por duas
Casas: a Câmara dos Deputados e a Câmara do Senado.
No que tange a escolha dos deputados e dos senadores, a mesma era feita por meio de
sufrágio censitário e em dois graus, com a população escolhendo os eleitores de
paróquia, estes então escolhiam os eleitores de província, os quais deveriam escolher os
deputados e os senadores.
O número dos deputados de que cada província era capaz de eleger não era matéria
constitucional e deveria ser regulamentada por legislação ordinária já que este número
deveria ser relativo à população do Império, como determinava a Constituição: "Uma lei
regulamentar marcará o modo prático das eleições, e o número dos Deputados,
relativamente à população do Império" (art. 97 da Constituição do Império). Por sua
vez, o número de senadores variava de acordo com a representação proporcional na
Câmara dos deputados:
O sistema político ora apresentado, funcionou de forma eficaz e razoável durante todo o
império como pode ser verificado no seguinte texto:
"Na verdade, o País praticou entre 1821 (antes da outorga
da Carta de 1824, portanto) e 1881, data da Lei Saraiva,
que instituiu o voto direto, o processo de escolha de
Deputados e Senadores em dois turnos, o que representava,
relativamente ao que se praticou na época em Portugal e
Espanha, com eleições em quatro turnos, um razoável
avanço.". (19)
A primeira Lei Eleitoral do Império, foi datada de 26 de março de 1824, onde todo o
povo foi convocado a comparecer as juntas eleitorais para escolherem os Senadores,
Deputados e Membros das Assembléias Legislativas Provinciais.
A Segunda Lei Eleitoral do Império foi data de 01 de outubro de 1828. Esta Lei
determinava a obrigatoriedade de se convocar eleições municipais para eleger os
vereadores que substituiriam as legislaturas anteriores e mantinha o mesmo espírito da
lei anterior, modificando apenas atos procedimentais.
Esta Lei, foi o marco final da aplicação das Ordenações do Reino em todo o Império do
Brasil, constituindo-se em um marco importante na história da evolução das leis
eleitorais do Brasil, pois ela é considerada a primeira lei eleitoral brasileira, elaborada
por determinação da Constituição Brasileira e dispunha de um capítulo especial sobre o
alistamento dos eleitores. Ela teve o mérito de procurar moralizar as eleições, posto que
uma junta deveria listar todos os eleitores ativos da paróquia.
Em 19 de setembro de 1855, o Imperador assinou Decreto de nova Lei Eleitoral. Esta lei
possuía apenas 20 artigos, mas fazia modificações profundas na lei eleitoral vigente,
dentre elas destacava-se o seu parágrafo terceiro, o qual determinava que as províncias
seriam divididas em tantos distritos eleitorais quantos fossem os seus deputados, de
modo que houvesse apenas um deputado por distrito. Essa Lei ficou conhecida como
Lei dos Círculos.
2.3.A LEI SARAIVA
As informações referentes a esta Lei revelam que ela era muito avançada para o seu
tempo, e em se tratando da matéria, essa legislação foi a da mais alta importância na
vida política do país, podendo-se dizer sem sombra de dúvida que a sua forma e espírito
perdura até hoje, passados mais de um século.
A presente lei recebeu o nome de Lei Saraiva ou Lei do Censo, e determinava o voto
direto nas eleições em todo o Reino e em seu preambulo determinava a realização de
um censo em todo o Reino com vista a ser efetuado o alistamento dos eleitores.
As reformas introduzidas por esta lei foram profundas, podendo ser verificada tal
mudança através da análise de seu artigo primeiro o qual dizia que as nomeações dos
senadores e deputados seriam feitas através de eleições diretas, onde tomariam parte da
mesma todos os cidadãos alistados, ficando assim abolido o sistema de eleições
indiretas que vinham sendo adotado no Brasil desde 1821, instituindo, pela primeira vez
no Brasil, o sistema de eleições diretas, através do voto secreto.
Essa lei não tratava só das eleições dos senadores e dos deputados, ela determinava
também, que os cargos para juizes de paz, vereadores e procuradores gerais também
seriam objeto de eleição, bem como, permitia que os candidatos ao cargo eletivo
poderiam indicar fiscais junto às assembléias eleitorais.
A lei estabelecia ainda, que nenhum cidadão poderia ser incluído no alistamento sem o
ter requerido por escrito, e junto com o requerimento deveria anexar provas de que tinha
renda líquida anual não inferior a duzentos mil réis, por bem de raiz, indústria, comércio
ou emprego. Vale ressaltar, que sem esses requisitos o eleitor não poderia ser alistado e
caso não possuísse esse documento, a expedição do título de eleitor seria feito por um
Juiz de Direito.
Esta lei estabelecia ainda, que o candidato para concorrer ao cargo de senador deveria
ter mais de 40 anos de idade e renda anual não inferior a um milhão e seiscentos mil
réis, por bem de raiz, indústria, comércio ou emprego.
Para concorrer ao cargo de deputado à Assembléia Geral deveria possuir renda anual de
oitocentos mil réis, por bem de raiz, indústria, comércio ou emprego e para ser membro
da Assembléia Legislativa Provincial o mesmo deveria residir na província há mais de
dois anos.
Para ser vereador ou juiz de paz era necessário que o candidato residisse no município
ou no distrito de paz por mais de dois anos.
Seriam eleitos os candidato que obtivessem a maioria absoluta dos votos dados na
eleição, caso não nenhum candidato conseguisse a maioria absoluta, haveria outra
eleição 20 dias após onde concorreriam os dois candidatos mais votados, sendo eleito o
que obtivesse a maioria simples dos votos.
A lei tratava, ainda, em um de seus capítulos, dos crimes eleitorais, onde as penas
cominadas aos que cometessem algum crime de natureza eleitoral iam desde multas a
penas de prisão.
Com relação ao decreto que regulamentou a Lei do Censo ou Lei Saraiva, a mesma
estabeleceu que as eleições seriam feitas de quatro em quatro anos, no primeiro dia útil
do mês de dezembro da última legislatura. O Decreto estabelecia também, que, como o
sistema de governo era parlamentar, no caso de dissolução da Câmara dos Deputados
deveria ser marcado dentro do prazo de quatro meses, contados da data do decreto de
dissolução da Câmara, um dia útil para a nova eleição.
Após o golpe militar de 29/10/45, vêm os ensaios de ago/54, nov/55, ago./61 e outros
menores. A UDN contesta as posses de Getúlio, JK e Goulart com apelos à intervenção
das Forças Armadas. Confirmase a imagem, criada na Constituinte pelo udenista João
Mangabeira, que compara a democracia a "uma planta tenra, que exige todo cuidado
para medrar e crescer".
• O golpe de 64 trunca a fase democrática ao derrubar pela torça o pres. Goulart. Pela 1a
vez no Brasil, as Forças Armadas não se limitam a uma intervenção pontual; assumem o
poder político enquanto instituição, dando início a 2 décadas de ditadura.
• A ditadura militar de 64-85 é a mais longa e tenebrosa fase de privação das liberdades
e direitos em um século de República. Caracteriza-se pelo monopólio do Executivo
pêlos generais, o arbítrio, a sujeição do Legislativo e do Judiciário, as cassações, a
censura, a repressão militar-policial, a prisão, tortura, assassinato e "desaparecimento"
de opositores. Sua 1a fase, até 68, conserva resquícios de ordem constitucional e impõe
certos limites à ação repressiva; a 2a, de 68-78, à sombra do Al-5, leva ao extremo o
arbítrio e a repressão; a 3a, crepuscular, é de paulatino recuo, sob os golpes de uma
oposição que passa da resistência à contra-ofensiva.
• O regime militar degrada seriamente a imagem das Forças Armadas. Afora o desgaste
inerente ao exercício de uma função alheia à sua natureza, o estamento militar arca com
os revezes econômicosociais e, sobretudo, com o ónus da repressão, das torturas e
assassinatos. Embora a maioria dos oficiais e praças não se envolva diretamente na ação
repressiva, toda a corporação acaba afetada pela conduta dos órgãos de segurança e seu
comando, que se confundem com ó regime.
• A volta aos quartéis inicia longa e muda purgação. Porta-vozes militares opinam
durante a Constituinte sobre o papel das Forças Armadas; mais tarde propõem o
esquecimento do passado repressivo nos anos de chumbo; mas em geral silenciam,
mesmo no delicado episódio do impeachment. Entretanto, o fim da Guerra Fria e a
globalização sob a égide dos EUA reabrem o debate sobre Forças Armadas e soberania
nacional em países como o Brasil, ao proporem, por exemplo, a internacionalização do
combate ao narcotráfico, da preservação ambiental e em especial da Amazónia. Os
militares brasileiros enfrentam, ao lado do peso do passado, do corte de verbas e da
rebaixa dos soldos, o desafio de formular um pensamento estratégico pós-Guerra Fria.
•Os 1° partidos assim chamados, das vésperas do Grito do Ipiranga ao início das
Regências, não são organizações. nem sequer agremiações, mas correntes de
pensamento, fluidas e imprecisas. Só no debate do Ato Adicional de 1834 formam-se o
Partido Liberal e o Conservador, a 1a geração de partidos propriamente ditos.
•As gerações partidárias brasileiras, em resumo, são; a fase preliminar dos partidos
inorgânicos, somando 14 anos (1820-1834); a 1a geração, do Império, com 55 anos
(1834-1889); a 2a, da República Velha, 41 anos (1889-1930); a 3a, pós-30, 7 anos (30-
37); superado o interregno estadonovista, vem a 4a geração, com 20 anos (45-65); a 5a.
pós-AI-2, dura 14 anos (65-79); e há a 6a, a partir da reforma de 79, ainda em curso.
•O Congresso dos anos 90 funciona sem interrupções desde 15/4/77, um recorde não
atingido desde 30. Forma o núcleo do Colégio Eleitoral que encerra em 15/1/85 o ciclo
de 64. Atendendo a forte pressão da opinião pública, decide o impeachment de Collor
(29/9-30/12/92). Entretanto, vive problemas estruturais e de imagem que permitem falar
em uma crise do Legislativo.
•A distorção nas bancadas estaduais na Câmara, acentuada pela ditadura e mantida pela
Constituinte, dá ao eleitor de RR peso 18 vezes superior ao do de SP. Os estados
menores são super-representados em detrimento dos maiores, também os mais
urbanizados, com sociedade civil mais organizada e reivindicativa: SP conta 70 deps.
federais (o teto permitido) quando a proporcionalidade indicaria uma bancada de 110.
17) Aborto
Mentiras e Verdades sobre o Aborto
Para justificar este crime abominável, os abortistas inventaram uma grande quantidade
de falsos argumentos que foram difundidos insistentemente, especial naqueles países
onde, por qualquer motivo, tentam buscar a legalização do aborto ou ampliá-lo onde já
foi legalizado alguma de suas formas. Revisemos algumas destas mentiras e qual é a
verdade.
Mentira 2: É brutal e desumano permitir que uma mulher tenha o filho produto de
uma violação, por isso, para estes casos, deveria ser legalizado o aborto chamado
"sentimental".
Nestes casos as gravidezes são extraordinariamente raras, por várias causas. Por
exemplo, as disfunções sexuais em seus violadores, cuja taxa é extremamente alta. Em
três estudos foram constatados que 39, 48 e 54% das mulheres vítimas do ataque não
tinham ficado expostas ao esperma durante a violação.
Em outro estudo foi comprovado que 51% dos violadores experimentaram disfunções
que não lhes permitiam terminar o ato sexual. Outra causa pela qual são extremamente
raras as gravidezes por violação: a total ou temporal infertilidade da vítima. A vítima
pode estar já grávida ou pode Ter outras razões naturais.
43% das vítimas encontrava-se nestas categorias. A vítima pode estar tomando
anticoncepcionais, ter um DIU ou ligadura das trompas, 20% situava-se nesta categoria.
Assim, somente uma minoria das vítimas tem um potencial de fertilidade.
Além da infertilidade natural, algumas vítimas estão protegidas da gravidez pelo que é
chamado de estresse de infertilidade; uma forma de infertilidade temporal como reação
ao estresse extremo. O ciclo menstrual, controlado por hormônios, é facilmente
distorcido por um estresse emocional e pode atuar demorando a ovulação; ou se a
mulher já ovulou a menstruação pode ocorrer prematuramente.
Procurar uma legislação baseada em uma exceção em vez de uma regra é totalmente
irracional desde o ponto de vista jurídico. É óbvio que o espantoso crime da violação é
utilizado para sensibilizar o público a favor do aborto, ao apresentar o fruto inocente de
uma possível concepção brutal como um agressor.
É claro que a mulher sofreu uma primeira espantosa agressão, a da violação. Apresentar
o aborto como uma "solução" é dizer que um veneno deve ser combatido aplicando-se
outro. O aborto não vai tirar nenhuma dor física ou psicológica produzida em uma
violação. Ao contrário, vai acrescentar as complicações físicas e psíquicas que o aborte
tem por si mesmo.
Por outro lado, o fruto deste ato violento é uma criança inocente, que não carrega para
nada com a brutal decisão de seu pai genético. Por outro lado, os legisladores mais
especializados afirmam que legalizar o aborto "sentimental" é abrir a porta a sérias
complicações jurídicas: praticamente qualquer união, inclusive consensual, poderia ser
apresentada como contrária à vontade da mulher, e portanto, uma violação.
Finalmente, o argumento mais importante, é que o aborto por violação não é sequer
aceito pelas verdadeiras vítimas, as mulheres violadas. Podem ler-se estes duros mais
reveladores testemunhos.
Mentira 3: É necessário eliminar uma criança com deficiências porque ele sofrerá
muito e ocasionará sofrimentos e gastos para os pais.
Por último, quem pode afirmar que os deficientes não desejam viver? Uma das
manifestações contra o aborto mais impressionantes no estado norte americano da
Califórnia foi a realizada por um numeroso grupo de deficientes reunidos sob um
grande cartaz: "Obrigado mamãe porque não me abortar" . O Dr. Paul Cameron
demonstrou perante a Academia de Psicólogos Americano que não há diferença entre as
pessoas normais e anormais no que concerne a satisfação da vida, atitude perante o
futuro e vulnerabilidade à frustração. "Dizer que estas crianças desfrutariam menos da
vida é uma opinião que carece de apoio empírico e teórico", diz o especialista.
Inclusive são numerosos os testemunhos dos pais de crianças deficientes físicos ou
mentais que manifestam o amor e a alegria que esses filhos lhes proporcionaram.
Mentira 4: O aborto deve ser legal porque toda criança deve ser desejada.
Mentira 5: O aborto deve ser legal porque a mulher tem direito de decidir sobre seu
próprio corpo.
A Verdade: Mas quando o senso comum e a ciência moderna reconhecem que em uma
gravidez há duas vidas e dois corpos. Mulher, segundo definição o dicionário, é um "ser
humano feminino". Dado que o sexo é determinado cromossomicamente na concepção,
e mais ou menos a metade dos que são abortados são "seres humanos femininos",
obviamente NÃO TODA MULHER TEM DIREITO A CONTROLAR SEU PRÓPRIO
CORPO.
Mentira 7: O aborto deve ser legal porque a mulher tem direito sobre seu próprio
corpo.
A Verdade: Tem alguma pessoa direito a decidir sobre seu próprio corpo?
Si, mas até certo ponto. Pode alguém querer eliminar um vizinho ruidoso só porque
incomoda a seus ouvidos? Obviamente não. É igual no caso do aborto. A mulher estaria
decidindo não sobre seu próprio corpo, mas sobre o de um ser que não é ela, ainda que
esteja temporariamente dentro dela.
Mentira 8: O aborto é uma operação tão simples como extrair um dente ou as
amígdalas. Quase não tem efeitos colaterais.
Além disso, cada vez mais pesquisas tendem a confirmar uma importante tese médica:
que a interrupção violenta do processo de gestação mediante o aborto afeta as células
das mamas, deixando-as sensivelmente mais propensas ao câncer. Alguns partidários do
aborto inclusive chegaram a argumentar que um aborto é menos perigoso que um parto.
O que é o aborto?
Aborto é a interrupção da gravidez pela morte do feto ou embrião, junto com os anexos
ovulares. Pode ser espontâneo ou provocado. O feto expulso com menos de 0,5 kg ou
20 semanas de gestação é considerado abortado.
Aborto espontâneo
• A sucção ou aspiração;
• A dilatação e curetagem;
• A dilatação e expulsão;
• Injeção de soluções salinas.
Aborto no Brasil
No Brasil, o aborto voluntário será permitido quando necessário, para salvar a vida da
gestante ou quando a gravidez for resultante de estupro. O aborto, fora esses casos, está
sujeito a pena de detenção ou reclusão.
O aborto pode causar dor em fetos ainda pouco desenvolvidos, acreditam pesquisadores
do Hospital Chelsea, em Londres. Segundo a responsável pela pesquisa, Vivette Glover,
fetos podem ser capazes de sentir dor já a partir da décima-sétima semana de gestação.
Por isso, diz ela, médicos britânicos estão estudando a possibilidade de anestesiar o feto
durante intervenções para interrupção da gravidez.
O estudo contraria a versão da entidade que reúne obstetras e ginecologistas do Reino
Unido, o Royal College of Obstretics and Gynacologists. Para a organização, só há dor
depois de 26 semanas.
Anestesia no aborto
A teoria ganhou apoio de entidades contrárias a realização de abortos. "É mais uma
prova de que a vida humana começa no momento da concepção", diz Kevin Male, da
organização britânica Life.
Curiosidades
Países e o aborto
Veja abaixo, países que não permitem o aborto, exceto quando há risco para a vida da
mãe (primeiro quadro), países que permitem o aborto, mas com restrições (segundo
quadro) e países que permitem o aborto (terceiro quadro).
Aborto no Brasil
Tópicos principais
• Aborto
• Aborto por país
• Debate sobre o aborto
o Pró-escolha
o Pró-vida
• Legislação sobre o aborto
• História do aborto
• Aborto nos meios de
comunicação
• Métodos abortivos
ver • editar
O aborto no Brasil é tipificado como crime contra a vida pelo Código Penal Brasileiro,
prevendo detenção de 1 a 10 anos, de acordo com a situação.[1] O artigo 128 do Código
Penal dispõe que não se pune o crime de aborto nas seguintes hipóteses:
Segundo juristas, a "não punição" não necessariamente deve ser interpretada como
exceção à natureza criminosa do ato, mas como um caso de escusa absolutória (o
Código Penal Brasileiro prevê também outros casos de crimes não puníveis, como por
exemplo o previsto no inc. II do art. 181, no caso do filho que perpetra estelionato
contra o pai). A escusa não tornaria, portanto, o ato lícito, apenas desautorizaria a
punição de um crime, se assim o entendesse a interpretação da autoridade jurídica.[2][3][4]
Para a lei e a jurisprudência brasileira, "pode ocorrer aborto desde que tenha havido a
fecundação" (STF, RTJ 120/104[5]). A legalização do aborto, no Brasil, ainda está em
votação.
Legislação
Opinião pública
Uma pesquisa mais específica, realizada pelo instituto Vox Populi para a revista Carta
Capital e para a emissora de televisão Bandeirantes, revelou que apenas 16% da
população brasileira concorda que o aborto deve ser permitido em caso de gravidez
indesejada. Por outro lado, 76% concorda que o aborto deve ser permitido em caso de
gravidez de risco, e 70% em caso de gravidez resultante de estupro (Veja mais:
Pesquisa Vox Populi sobre o aborto, 2007).
18) Eutanásia
Argumentos a favor
Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita-se que esta seja um caminho para
evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, um
caminho consciente que reflete uma escolha informada, o término de uma vida em que,
quem morre não perde o poder de ser ator e agente digno até ao fim.
São raciocínios que participam na defesa da autonomia absoluta de cada ser individual,
na alegação do direito à autodeterminação, direito à escolha pela sua vida e pelo
momento da morte. Uma defesa que assume o interesse individual acima do da
sociedade que, nas suas leis e códigos, visa proteger a vida. A eutanásia não defende a
morte, mas a escolha pela mesma por parte de quem a concebe como melhor opção ou a
única.
A escolha pela morte, não poderá ser irreflectida. As componentes biológicas, sociais,
culturais, económicas e psíquicas têm que ser avaliadas, contextualizadas e pensadas, de
forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio de influências
exteriores à sua vontade, certifique a impossibilidade de arrependimento.
Quando uma pessoa passa a ser prisioneira do seu corpo, dependente na satisfação das
necessidades mais básicas; o medo de ficar só, de ser um "fardo", a revolta e a vontade
de dizer "Não" ao novo estatuto, levam-no a pedir o direito a morrer com dignidade.
Obviamente, o pedido deverá ser ponderado antes de operacionalizado, o que não
significa a desvalorização que tantas vezes conduz esses homens e mulheres a lutarem
pela sua dignidade anos e anos na procura do não prolongamento de um processo de
deterioramento ou não evolução.
"A dor, sofrimento e o esgotamento do projecto de vida, são situações que levam as
pessoas a desistirem de viver" (Pinto, Silva – 2004 - 36) Conduzem-nas a pedir o alívio
da dor, a dignidade e piedade no morrer, porque na vida em que são "actores" não
reconhecem qualidade. A qualidade de vida para alguns homens não pode ser um
demorado e penoso processo de morrer.
No Brasil, normalmente é apontado como suporte a essa posição o art. 1º, III, da
Constituição Federal, que reconhece a "dignidade da pessoa humana" como fundamento
do Estado Democrático de Direito, bem como o art. 5º, III, também da Constituição da
República, que expressa que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante", além do art. 15 do Código Civil que expressa que "Ninguém
pode ser constrangido a submeter-se, com risco de morte, a tratamento médico ou a
intervenção cirúrgica", o que autoriza o paciente a recusar determinados procedimentos
médicos, e o art. 7º, III, da Lei Orgânica de Saúde, de nº 8.080/90, que reconhece a
"preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral".[1]
[2][3]
No Estado brasileiro de São Paulo, existe a Lei dos Direitos dos Usuários dos Serviços
de Saúde do Estado de São Paulo, de nº 10.241/99, que em seu art. 2º, Inciso XXIII,
expressa que são direitos dos usuários dos serviços de saúde no Estado de São Paulo
"recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida".[4][5]
A autonomia no direito a morrer não é permitida em detrimento das regras que regem a
sociedade, o comum, mas numa política de contenção económica, não serão os custos
dessa obrigatoriedade elevados?
Além do mais, em um país como o Brasil, onde o acesso à saúde pública não é
satisfatório, a prática da eutanásia é muitas vezes encarada como um modo de
proporcionar a doentes de casos emergenciais uma vaga nos departamentos de saúde.
Argumentos contra
Muitos são os argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos
e sociais. Do ponto de vista religioso a eutanásia é tida como uma usurpação do direito à
vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao Criador, ou seja, só Deus pode
tirar a vida de alguém. "algumas religiões, apesar de estar consciente dos motivos que
levam a um doente a pedir para morrer, defende acima de tudo o carácter sagrado da
vida,…" (Pinto, Susana; Silva, Florido,2004, p. 37).
"Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse (…)
nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em condições de sobreviver"
(Santo Agostinho in Epístola)
Outro dos argumentos contra, centra-se na parte legal, uma vez que o Código Penal
actual não especifica o crime da eutanásia, condenando qualquer acto antinatural na
extinção de uma vida. Sendo quer o homicídio voluntário, o auxilio ao suicídio ou o
homicídio mesmo que a pedido da vitima ou por "compaixão", punidos criminalmente.
Perspectivas
O doente
As pessoas com doença crônica e, portanto, incurável, ou em estado terminal, têm
naturalmente momentos de desespero, momentos de um sofrimento físico e psíquico
muito intenso, mas também há momentos em que vivem a alegria e a felicidade. Estas
pessoas lutam dia após dia para viverem um só segundo mais. Nem sempre um ser
humano com uma determinada patologia quer morrer "porque não tem cura"! Muitas
vezes acontece o contrário, tentam lutar contra a Morte, tal como refere Lucien Israël:
"Não defendem uma politica do tudo ou nada. Aceitam ficar diminuídos desde que
sobrevivam, e aceitam sobreviver mesmo que sintam que a doença os levará um dia.
(…) dizem-nos com toda a simplicidade: se for necessário, eu quero servir de cobaia.
(…) arriscam o termo para nos encorajarem à audácia. (Israël, Lucien; 1993; 86-87).
Contrariando esta tendência de luta a todo o custo, em alguns casos surgem os doentes
que realmente estão cansados de viver, que não aguentam mais sentirem-se "um fardo",
ou sentirem-se sozinhos, apenas acompanhados por um enorme sofrimento de ordem
física, psíquica ou social. Uma pessoa cuja existência deixou de lhe fazer sentido sofre,
no seu íntimo, e muitas vezes isolada no seu mundo interior; sente que paga a cada
segundo que passa uma pena demasiadamente pesada pelo simples facto de existir.
Nesta altura, e quando a morte parece ser a única saída que o doente vislumbra, dever-
se-á informar o doente dos efeitos, riscos, dos sentimentos, das reacções que a Eutanásia
comporta, da forma como é ou vai ser praticada. Só assim o doente poderá decidir
conscienciosamente e ter a certeza de que, para si, essa é a melhor opção. No entanto, e
a par da informação, o doente deve ser acompanhado psicologicamente, a fim de se
esclarecer que este não sofre de qualquer distúrbio mental, permanente ou temporário, e
está capacitado para decidir por si e pela sua Vida.
Há autores que defendem que um ser humano, ainda que a sofrer demasiado, se bem
tratado, não pede a Eutanásia. Hoje em dia podem ser administrados analgésicos e
outros fármacos que minimizam o sofrimento e efeitos da doença e de intervenções
técnicas, a uma pessoa em estado terminal.
"Não podemos admitir que estas pessoas não tenham um acompanhamento digno na sua
morte e no seu percurso até ela. Não podemos fechar os olhos a alguém que com muito
sacrifício se abre connosco e manifesta o desejo de morrer; não podemos ignorar um
pedido de Eutanásia e deixá-lo passar em branco! Os pedidos de Eutanásia por parte dos
doentes são muitas vezes pedidos de ajuda, implorações para que se pare o seu
sofrimento! Segundo estes autores, a maioria das pessoas que se encontram na recta
final da sua vida, não desiste! Estas pessoas "Persistem e dão-nos coragem para
fazermos o mesmo." (Israël, Lucien; 1993;87).
Talvez a esta altura seja pertinente pensarmos que um dia podemos ser nós, um familiar
ou um amigo próximo, a estar numa situação em que "não há mais nada a fazer"; para
essas pessoas, resta-lhes a esperança e apoio da família. Muitas pessoas que se
encontram nesta fase, sentem-se um peso pela doença e a necessidade de cuidados e
pela preocupação e o cansaço estampados nos rostos daqueles que amam e estavam
habituados a ver sorridentes.
Família e sociedade
Homem como animal cultural, social e individual, quando inserido nos diferentes
grupos, vai oferecer-lhes toda a sua complexidade que caracteriza o particular e o
comum aos diferentes elementos que os constituem. A família grupo elementar que é
para cada indivíduo e para a Sociedade, quando confrontado com a morte reage na sua
especificidade que a caracteriza, quando o confronto é com as diferentes situações que
podem levar um ser humano a lutar pelo direito a morrer, essas especificidades não
desaparecem.
É a diferença essencialmente cultural e social, que faz com que a legislação mude de
país para país, que faz com que os Países Baixos tenha legalizado a eutanásia e o nosso
país não.
Num país como Portugal em que a morte tem perdido visibilidade, é excluída de
práticas antigas, os familiares são afastados, as crianças não sabem o que é, os processos
de luto são cada vez menos vividos e morre-se mais nos hospitais, no lar ou em casa
dependente nos cuidados. Uns por opção e altruísmo, pelo manter do seu papel e
estatuto social, como opção lúcida e reconhecida; outros por medo, por a família não
aceitar ou não querer vivenciar essa última fase em que culmina a vida.
Em Portugal morrer sozinho pode ser mais do que um título, é muitas vezes realidade
ou uma escolha.
Num país em que esperança média de vida aumenta, em que a todo o momento se vende
o light e o saudável, contrasta a realidade dos acidentes vasculares cerebrais (AVC)
como primeira causa de morte e as doenças de foro oncológico como segunda. Muitas
doenças "arrastam-se" para a cronicidade com o aumento de esperança de vida vigente
na nossa Sociedade. No nosso país a maioria das pessoas quer salvar, ainda não
considera o término do sofrimento como algo qualitativo, em detrimento do arrastar da
decadência física e psíquica. O "fazer tudo que estiver ao seu alcance para manter a
vida" é o mais aceite na nossa Sociedade, no entanto o acto de promover a morte antes
do que seria de esperar, por motivo de compaixão e diante de um sofrimento penoso e
insuportável, sempre foi motivo de reflexão por parte da Sociedade. Frequentemente a
família divide-se entre o que existe entre a eutanásia e a distanásia.
Salvar, fazer uso dos meios, do conhecimento, dos dadores, de todos os recursos para
salvar é lógico. No entanto, os cuidados paliativos que visam a melhor qualidade de
vida possível para o doente e para a família, pode ou não equivaler a definição de
qualidade desses intervenientes, o que pode levantar dúvidas, despoletar as habituais
polémicas associadas ao debate do tema. Quando se fala neste, as opiniões divergem, o
debate acende-se e os extremos refutam com prós e contras, sendo a maioria contra.
Num país laico, como Portugal, em que a maioria da sua população é de orientação
religiosa cristã, rege-se pela palavra de Deus inscrita na Bíblia, segue maioritariamente
o que Deus ordena; "Não matarás". Também por isto é fácil compreender o número de
famílias que não considera eutanásia como opção.
A óptica da enfermagem
19)Pena de morte
"Quantas mortes ainda serão necessárias para que se saiba que já se matou
demais?"
Bob Dylan
O Estado brasileiro falha diante de seus cidadãos, do berço à sepultura. Más condições
de educação e saúde, de moradia, de sobrevida material mesmo, acabam por reduzir o ser
humano à situação desesperadora de louco desviante em muitos casos. Há muita gente
desesperada por providenciar sua sobrevivência e a dos seus, ainda que para isso tenha
de romper com as normas sociais vigentes. Se o Estado brasileiro é o maior responsável
pela elevação no índice de criminalidade, particularmente tendo em vista a brutal e
dificilmente equiparável, em escala planetária, concentração de renda, o Estado brasileiro
carece de condições morais para dizer "quem tem o direito à vida (assegurado na
Constituição, por sinal) e quem, por seus crimes, deve ser apenado com a perda deste
direito humano básico", até porque o juízo humano é falho, a pena-de-morte é uma
punição evidentemente irreversível e o "exemplo" deve vir sempre de cima, jamais dos
desesperados. Montar uma fábrica de desesperados e, para "solucionar", montar uma
máquina de extermínio de desesperados não me parece racional. É coisa parecida à
"Solução Final" dos nazistas...
Como o neocolonialismo nos colocou sob a órbita de influência dos EUA, muitos
apreciam citar aquela Nação como exemplo a ser seguido. Na esfera dos direitos humanos
há muito pouco a aprender com os ianques. Os EUA são a única Nação do primeiro mundo
em que este crime medieval é praticado, quando o Estado mata, com o beneplácito do
aparelho judiciário. Mas a justiça norte-americana tem se equivocado em diversos casos
de apenamento com a morte. Alguém poderia contra-argumentar que o aparelho judiciário
brasileiro seria superior e não cometeria falhas. Será? Somos todos humanos, sujeitos a
falhas, portanto.
2 - Intimidação: Há quem creia que, num Estado onde exista a pena capital, o assassinato
institucionalizado, o eventual criminoso tenda a "pensar duas vezes" antes de cometer
delito hediondo. Antes de mais nada, os fatos apontam na direção contrária: onde a pena
de morte é praticada os índices de criminalidade são os mais elevados. Especula-se que o
eventual criminoso tenda a eliminar potenciais testemunhas de um delito praticado em
momento não refletido de sua vida. Isso, claro, quando o sujeito pára para pensar na
besteira que estaria fazendo, o que é raro acontecer. Crimes hediondos, em geral, são
praticados por pessoas em estado de total descontrole, provisório ou permanente, de suas
faculdades mentais.
Vale a pena ressaltar que na França houve uma significativa diminuição nos índices de
criminalidade com a abolição da guilhotina enquanto que no Irã aqueles índices sofreram
significativo aumento com a reimplantação da pena de morte após a revolução islâmica.
Especula-se neste caso que as pessoas que vivem numa Nação violenta, competente para
matar ou deixar viver, tendem a seguir-lhe o exemplo...
3 - Vingança: O mais sórdido e menos ético dos argumentos utilizados pelos defensores
do assassinato institucionalizado. Descendo ao nível moral daqueles que qualificam como
criminosos, os pregadores da vingança insistem na "Lei de Talião", só possível a não-
cristãos, claro, mas que precisa ser considerada também. Ao invés de ansiar e trabalhar
pela elevação dos padrões intelectuais e morais das pessoas, aqueles que defendem a
implantação da pena de morte pregam um retrocesso do Estado ao nível de barbárie em
que se encontram alguns criminosos produzidos, repita-se, por uma ordem social injusta
em última análise, desigual e cruel em sua essência. Vale lembrar aqui as palavras do
Mahatma Gandhi: "Um olho por um olho acabará por deixar toda a humanidade cega!" É
vital deter a propagação do Mal, não expandi-la!
4 - Desumanidade: "O que é que merece alguém que comete um crime hediondo (assalto,
estupro ou seqüestro com morte)?" ou "O que é que você faria se algum ente querido seu
fosse sordidamente seviciado e assassinado?" Ora bolas, não cabe a ninguém dizer quem
é humano e quem, pelos seus crimes, deixou de o ser e com isso perdeu seus direitos! Os
nazistas, a quem a história julgou e execrou, agiam assim: primeiro tiravam o status de
humano de criminosos comuns, depois de criminosos políticos, depois de pessoas
consideradas racialmente inferiores e os iam exterminando a todos. Quanto ao que um
homem transtornado por desejos pessoais de vingança faria é um assunto. Outro assunto
é o que o Estado lúcido e ponderado, na figura de seus magistrados deve fazer.
5 - Banalidade do Mal: O defensor da pena capital, em geral, não se dá conta de seu grau
de comprometimento com a medida que propõe, pensa que, por caber a outros a execução
do que propõe já nada mais tem a ver com isso. De novo o modelo nazista: o Führer não
se sentia pessoalmente responsável pelo que acontecia fora de seu gabinete acarpetado
onde as penas capitais eram decretadas, nem seus oficiais por meramente retransmitir
ordens dadas, menos ainda os subalternos por cumprir aquelas ordens, todos
burocraticamente distantes uns dos outros. Aqueles que defendem o assassinato
institucionalizado no Brasil contemporâneo não querem comprometer-se, mas é preciso
demonstrar, por mais chocante que isto possa parecer que cada vez que alguém comete o
simples ato de erguer a mão para votar a favor da implantação desta excrescência em
nossa legislação está sendo cúmplice em potencial de um assassinato a ser cometido pelo
Estado.
• 27.083 - votantes;
• 30,05% - concorda com a redução para 16 anos;
• 48,42% - concorda com a redução para menos de 16 anos;
• 21,51% - não concorda com a redução da maioridade penal.
Só lembrando, que os pais, delegaram à escola a tarefa de educar seus filhos, quando o
papel da escola, é formar. Agora, juizes da infância e juventude, "decretaram" toque de
recolher em várias cidades do interior para menores de 16 anos. Ou seja, novamente a
educação na família falhou, agora educação virou caso de justiça e polícia. Será que é
fazendo a redução da maioridade que iremos resolver o problema da violência? Ou isso
é discurso da elite imediatista, que quer resolver tudo sem ponderação de nada? Leia a
matéria... Fonte: Caderno Especial (veja abril) - sobre maioridade penal
Que propostas sobre maioridade penal serão avaliadas pelo Congresso Nacional?
Das seis propostas de redução da maioridade penal que a Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania do Senado avalia, quatro reduzem a maioridade de 18 para 16 anos,
e uma para 13 anos, em caso de crimes hediondos. Há ainda uma proposta de emenda
constitucional (PEC), do senador Papaléo Paes (PSDB-AP) que determina a
imputabilidade penal quando o menor apresentar "idade psicológica" igual ou superior a
18 anos.
Eu não nasci para defender bandido. Quem é contra a redução não sabe o que está
falando. Um coisa é um estudo sentado em uma mesa, outra é a prática", disse.
"Qualquer pesquisa mostra que 75% da população é a favor da redução", alegou.
Beto Albuquerque disse que o menor que comete um crime não pode ser beneficiado
por sua idade. "O menor que comete um crime bárbaro, hediondo, com crueldade vai ser
protegido pelos 16 anos? Não, então a maioridade tem que ser mantida para alguns
princípios, mas não para crimes hediondos", afirmou.
O líder do PFL, Onyx Lorenzoni (RS), concorda com Beto Albuquerque. Para ele, a
redução da maioridade penal tem que ser feita em alguns casos, como por exemplo, a
redução de crimes hediondos. "A questão não é reduzir na maioria dos casos, mas sim
se adequar as penas", disse. Os dois líderes são contra também a progressão da pena
para crimes hediondos.
O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), afirmou hoje, em seu boletim diário,
que reduzir a idade penal para 16 anos seria um grave erro. "Nos presídios não cabe
mais ninguém. Não se consegue executar os mandados de prisão", disse Maia. Segundo
ele, a redução da maioridade penal será uma falsa solução por muitos anos ainda.
"Legislar e não cumprir será ainda pior", alegou.
Na sexta-feira, dois dias depois do crime, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
afirmou que a redução da idade penal não é suficiente para coibir os crimes cometidos
por menores no País. "Nós não resolveremos aumentando a punição", afirmou.
Lula defendeu que o Estado não pode reagir emocionalmente aos crimes cometidos na
sociedade. "Eu às vezes fico me perguntando: eu, como ser humano, posso reagir
emocionalmente e posso fazer qualquer barbaridade contra quem pratica um crime. Mas
o Estado não pode agir emocionalmente. O Estado tem que agir juridicamente".
Há uma semana, entrou em vigor a Lei 11.705, que prevê mais rigor
contra motoristas que ingerirem bebidas alcóolicas. A partir do limite
de dois decigramas de álcool por litro de sangue para os motoristas, a
pessoa será multado em R$ 955, perde a carteira e tem o carro
apreendido. Acima de 6 decigramas - equivalente a uma lata de
cerveja -, é crime com pena de até três anos de prisão. Veja
Também: Bafômetros descartáveis contra motoristas bêbados
Abaixo, tire as principais dúvidas sobre a nova lei: Quais os limites
de consumo de álcool para quem estiver dirigindo? Para estar sujeito
a responder criminalmente, o limite é de 6 decigramas de álcool por
litro de sangue, ou 0,3 miligrama por litro de ar expelido no
bafômetro - equivalente a dois chopes. Para punições administrativas,
a tolerância é menor: de 2 decigramas por litro de sangue, ou 0,1
miligrama por litro de ar expelido Quais as penas para quem for
flagrado com índices acima desses limites? Caso seja enquadrado
criminalmente, a pena é de 6 meses a 3 anos de prisão, com direito à
fiança. As penalidades administrativas são multa de R$ 955, 7 pontos
na carteira e apreensão do documento e do carro Como o índice de
álcool no organismo do motorista será verificado? De três maneiras:
teste do bafômetro, exame de sangue ou exame clínico (quando um
médico procura sinais de embriaguez no motorista) O motorista é
obrigado a fazer o teste do bafômetro? Não. Segundo a Constituição,
ninguém é obrigado a produzir prova contra si. Porém, em São Paulo,
os delegados foram orientados a encaminhar o motorista, caso se
recuse a fazer o teste, ao Instituto Médico-Legal, onde terá,
obrigatoriamente, de passar por exames clínicos. Segundo a
Secretaria de Segurança Pública, caso o motorista se recuse, será
preso em flagrante por desobediência Quanto tempo o álcool
permanece no sangue após o consumo? Uma taça de vinho demora
cerca de 3 horas para ser eliminada pelo organismo. Uma lata de
cerveja, cerca de 4 horas. Ambas as quantias já são flagradas no
exame do bafômetro Caso o motorista seja flagrado com índices
superiores de álcool, ele perderá a CNH? Qual o procedimento para
tê-la de volta? A lei prevê suspensão do direito de dirigir por 12
meses. É possível recuperar a carteira recorrendo ao Detran (com a
possibilidade de entrar com advogado, testemunhas e peritos que
comprovem inocência) O motorista que estiver embriagado ficará
sem a carteira, obrigatoriamente, por algum tempo? Pode haver
espera de até um mês para que o laudo de alcoolemia chegue do IML
até o delegado responsável e depois para o Detran. Durante esse
período, obrigatoriamente, o motorista ficará sem a CNH Caso seja
flagrado, o motorista terá, obrigatoriamente, seu carro retido? Não,
o veículo pode ser liberado a qualquer pessoa de confiança do
motorista que seja julgado em condições de dirigir pelos policiais O
motorista tem de pagar a multa na hora? Não, será enviada uma
autuação ao endereço declarado pelo motorista Em caso de multa, é
possível recorrer? O motorista pode recorrer de qualquer multa
Quem estabelece o valor da fiança em caso de prisão? É o delegado
quem determina, na hora, o valor da fiança. Para ser solto, é preciso
que alguém faça um depósito na conta do Estado, na Nossa Caixa, no
valor da fiança. De posse do comprovante, o motorista é solto É
possível pagar com cartão de crédito ou débito nas delegacias? Não,
as delegacias não dispõem desse serviço Alimentos ou remédios que
levam álcool podem ser acusados no bafômetro? Sim, embora a
quantidade seja pequena, também podem ser detectados Como se
defender, caso seja multado por algum desses motivos, sem que
tenha bebido? Deve-se explicar a situação ao policial. A interpretação
dele também conta na formação de convicção do delegado Fontes:
PM, Abramet, advogados criminalistas Antonio Claudio Mariz de
Oliveira e Tales Castelos Branco
Balanço divulgado na sexta-feira (18) pelo Ministério da Saúde mostra que o Rio de
Janeiro foi o Estado campeão na redução do número de acidentes causados por
motoristas embriagados desde a entrada em vigor da chamada Lei Seca, que impôs
restrições ao consumo de álcool para motoristas no país. De acordo com os números, a
média nacional de redução de mortes no trânsito foi de 6,2% desde o início da entrada
em vigor da lei.
O índice representa 2.302 mortes a menos em todo o país, reduzindo de 37.161 para
34.859 o total de óbitos causados pelo trânsito. Nesse mesmo período, o Rio de Janeiro
conseguiu 32% de redução. O RS tem uma das piores posições: a 14ª.
A estratégia de fazer cumprir a lei tem que ser mais inteligente do que os twitteiros,
disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, sobre as tentativas de burlar os
pontos de fiscalização no Rio anunciando previamente as blitze no microblog. O RJ
teve de longe o melhor desempenho de todos os Estados, afirmou.
Atrás do Rio estão Espírito Santo (-18,6%), Alagoas (-15,8%), Distrito Federal (-
15,1%), Santa Catarina (-11,2%), Bahia (-6,1%) e São Paulo (-6,5%).
Segundo Temporão, no Rio há hoje uma certeza: de que você não pode mais beber e
dirigir, porque você corre o sério risco de parar numa blitze e ser punido. Já sobre a
questão dos custos o Rio gasta R$ 4 milhões na operação Lei Seca por ano -, o ministro
afirmou que investir pesado nessa estratégia sai muito barato. Ele se referiu aos custos
indiretos causados pelas mortes, como os danos materiais, previdência e reabilitação.
O projeto começa em Curitiba, Rio Branco, São José do Rio Preto e São Paulo. A
previsão é de que até julho de 2004, 105 mil alunos da rede pública recebam 8
preservativos por mês, chegando a 2,5 milhões de alunos atingidos até 2006. Em 3 anos,
estarão sendo oferecidas 235 milhões de unidades anualmente, a um custo de US$ 7
milhões. Estima-se em quase 9 milhões o número de alunos entre 15 e 19 anos.
Países que tentaram estratégias semelhantes tiveram resultados desastrosos e opostos
aos esperados. Segundo informações do British Medical Journal , na Inglaterra os
casos de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis aumentaram significativamente
nos últimos anos entre adolescentes de 16 a 17 anos, período em que se facilitou em
grande medida aos jovens o acesso e informação sobre os métodos de contracepção.
Nos EUA é freqüente encontrar artigos nos meios médicos animando os profissionais da
saúde a recomendar a abstinência sexual aos adolescentes e informando-os acerca de
como se pode viver a abstinência. Em vários programas americanos de educação sexual
que orientam a esperar pelo casamento, ou seja, atrasar as relações sexuais, conseguiu-
se diminuir notavelmente os casos de gravidez entre adolescentes.
Com grande experiência no assunto, a Dra. Mannoun diz que os jovens "nos procuram
ansiosos por aprender a dizer não, e nas escolas ver-se-ão induzidos a exercer atividade
sexual prematuramente, por adultos que apelam ( exploram ? ) - aos impulsos
hormonais nascentes. Tal atitude dirigida a seres humanos que estão se abrindo à vida,
sem que lhes sejam oferecidas todas as opções existentes, é no mínimo, atentar à
dignidade e aos direitos humanos."
A proposta é de que nestas máquinas os adolescentes possam digitar uma senha e retirar
o seu preservativo. Cada escola vai decidir onde vai instalar a sua máquina, mas a ideia
é que elas fiquem em locais onde os alunos possam retirar sua camisinha com discrição,
como nos banheiros
Então, por que a mudança de comportamento dos alunos tem que passar pela
distribuição de camisinhas nas escolas? Em sã consciência, que mudança de
comportamento o governo federal espera a partir dessa atitude?
De modo algum não podemos nos omitir e permanecer pelos cantos em atitude isolada
de indignação ou de pura constatação. De outro lado temos que nos mobilizar e impedir
que o Ministério da Saúde delibere sozinho em assuntos tão graves e pertinentes à vida
e ao futuro de nossos filhos e de nossos netos. Afinal, somos cidadãos conscientes e
responsáveis e como tal gostaríamos de ser tratados!
Uma vez, uma aluna perguntou o que havia de errado em "do you
want that I go?" Do ponto de vista sintático, não há erros na
construção. No entanto, quando se quer dizer em inglês "você quer
que eu vá?", dizemos "do you want me to go?".
Uso social
Ao lermos ou produzirmos um texto (seja em língua materna ou em
língua estrangeira) é importante considerar que o texto lido, escrito
ou elaborado oralmente está ancorado em práticas de linguagem
historicamente construídas. Ou seja, em situações de interação social
em que as pessoas fazem um determinado uso da língua.
A língua de hoje
É por isso que não falamos mais o português falado no início do
século passado. É por isso que uma pessoa que fizesse uso da língua
portuguesa hoje como esta era usada por volta de 1930, teria alguma
dificuldade para estabelecer a interlocução. Seria, mais ou menos,
como se ela estivesse se comunicando por meio de uma língua
estrangeira.
Gêneros textuais
Nas situações de produção discursiva, os gêneros textuais se
constituem em um elemento significativo, já que as práticas de
linguagem se materializam num gênero determinado. A partir de um
gênero e de suas características, podemos nos aproximar dos
conteúdos veiculados por ele, conhecer a estrutura comunicativa do
texto em questão, buscar regularidades em relação a outros textos de
um mesmo gênero e reconhecer traços da posição enunciativa do seu
autor.
Há muito tempo se discute o que é certo e o que é errado com relação aos usos da
linguagem. Usar a língua é como usar roupas, tudo é permitido desde que sejam
respeitadas as convenções necessárias. Ninguém vai à praia num dia de sol usando
terno, gravata ou salto alto e vestido de noite. Assim como ninguém vai para uma
entrevista de emprego de biquíni, canga ou sunga e chinelos. Imagine você chegando a
uma festa em que todos estão usando terno, gravata e vestido longo e só você está de
jeans e camiseta. Seria o “mico” do ano. Com a linguagem acontece o mesmo. Temos
vários estilos de linguagem - variantes lingüísticas - e nada é errado, desde que
saibamos usá-los de acordo com as convenções sociais.
Existe uma necessidade de nos fazermos entender e para isso devemos respeitar
algumas regras. O uso de uma variante lingüística qualquer dentro de um ambiente que
requer o uso da variante padrão pode ocasionar problemas de comunicação. Imagine
você abrindo um jornal de circulação nacional e lendo a seguinte manchete: “Menino
rouba o cacetinho do padeiro”. Muitos de nós nos assustaríamos com esse texto,
entretanto trata-se de uma linguagem regional, para algumas comunidades cacetinho é
pão. Nesse caso o que houve foi o uso inadequado da linguagem regional. Um jornal de
circulação nacional exige que a notícia seja escrita em língua padrão, ou seja, aquela
linguagem que é comum a todos.
A internet é hoje um dos meios que temos para conhecer as pessoas e suas capacidades.
Através de um texto escrito por alguém no ambiente virtual podemos avaliar sua
formação e seus conhecimentos. Saber transitar por várias variantes lingüísticas e
adequá-las ao ambiente correto é uma amostra da capacidade intelectual e também
profissional do autor do texto. Por isso devemos cuidar da nossa linguagem, como
cuidamos do nosso visual, caso contrário nossos textos se tornarão o “mico da net”.
24)Importância do censo para o desenvolvimento do Brasil
A importância do censo
Aqui estão alguns exemplos da importância dos números divulgados pelo censo.
• O governo federal usa os números divulgados pelo censo para distribuir mais
de US$100 bilhões em verbas federais anualmente, para programas e serviços
comunitários, como programas educacionais, desenvolvimento de moradia e da
comunidade, assistência médica para idosos e treinamento profissional, entre
outros. Governos estaduais, locais e de tribos usam as informações divulgadas
pelo censo para planejar e distribuir verbas para construção de novas escolas,
bibliotecas e outros edifícios públicos, sistemas de segurança nas estradas e de
transporte público, novas estradas e pontes, locais para delegacias e bombeiros,
entre outros projetos.
• Organizações comunitárias usam as informações para desenvolver programas
sociais, projetos comunitários, merenda para a terceira idade e creches.
• Empresas usam os números para decidir onde instalar fábricas, shopping
centers, cinemas, bancos e escritórios - atividades que geram novos empregos.
• O Congresso Americano usa os números totais divulgados pelo censo para
determinar quantos assentos determinado Estado deve possuir na Câmara
dos Deputados. Além disso, Estados usam os números para distribuir assentos
nas assembléias legislativas.
• O que é o censo? Para que serve? O que muda na vida de cada cidadão? São
algumas das questões que surgem ao nos depararmos com as notícias que
confirmam a realização do XII Censo Demográfico brasileiro a partir de agosto
de 2010. Considerado pelo próprio IBGE (responsável pelas pesquisas) como o
maior censo de todos os tempos, seus resultados apresentarão um retrato
completo da população brasileira, trazendo a conhecimento as características
socioeconômicas e, ao mesmo tempo, fornecendo informações que pautarão o
planejamento público e privado nos próximos dez anos.
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No
ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a
educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de
aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e
também no de graduação.
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um
espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão
flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as
possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder
mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e
pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula.
Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos
tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados,
entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor
vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador,
um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de
som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela,
acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será
mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que
nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o
telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar
interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros
bancos de dados.
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas
presenciais com interação a distância.
Esta modalidade de ensino surgiu no Brasil em 1950 com os chamados cursos por
correspondencias Depois na decada de 90 com a ascenção da internet surgiiu o ensino
via internet e hoje em dia com a ascenção de tecnologias como banda larga entre outras
surgiu então as chamadas plataformas de Ead que são sistemas onde se ministram aulas
totalmente via Internet ou com apoio de Polos em caso de cursos semi-presenciais.
Online:Que são cursos ministrados totalmente via internet na sua maioria são cursos
livres de atualização ou mesmo profissionalização de nivel basico.
Semi-presenciais:que são cursos onde o aluno tem que frenquentar aulas na unidade
uma vez por semana na sua maioria são cursos técnicos e faculdades e alguns cursos
profissionalizantes de base regulados por ogãos regulatórios.
Mas ai vem a pergunta quais os aspectos legais de se fazer um curso Ead?
No caso dos chamados cursos livres nenhum deles dependem de autorização do mec
para funcionamento e no caso a Legislação da total amparo legal a todos os cursos livres
e de profissionalização basica no caso de cursos de profissionalização basica em alguns
casos e preciso seguir a determinações dos chamados orgãos de classe como o
COREN,CREA entre outros que prevem algumas normas regulatórias para este tipo de
curso.
No caso dos chamados cursos semi-presenciais estes tem que ser autorizados pelo MEC
com execeção de cursos profissionalizantes livres para terem amparo legal.
Bom mas surge outra pergunta Quais os beneficios e quais as perdas de se ministrar ou
fazer um curso de Ead?
No caso as perdas principais para o aluno seria a falta de contato senão parcial total e de
convivio social com outros alunos.
Mas de outro lado traz ao aluno e ao professor um novo conceito de aprendizagem que
permite um aprofundamento maior tanto do aluno que ira aprender como do professor
que ira ensinar nos conteudos ministrados.
Mas o ead tem se mostrado como uma ferramenta de inclusão social de pessoas que
antes não podiam pagar por uma faculdade ou um curso profissionalizante e graças a
esta tecnologia estão conseguindo fazer uma faculdade.
26) Existe desenvolvimento econômico e social sem educação?
EDUCAÇÃO
• Objetivos
• Objetivos
b) Valorização do professor.
• Metas físicas
Em 1996: Equipar 46 mil escolas públicas com Kit tecnológico (TV, vídeo e
antena parabólica).
• Recursos
• Objetivos
• Metas físicas
• Recursos
• Objetivos
• Metas físicas
• Recursos
R$ 250 milhões.
OBS: Tais recursos são calculados de acordo com o número de alunos
matriculados e devem ser aplicados pela própria direção da escola, associação
de pais e professores, etc.
• Objetivos
• Metas físicas
Em 1996: avaliação de 200 mil alunos do ensino básico e 66 mil alunos dos
cursos de graduação e nível superior.
• Objetivos
• Objetivos
• Recursos
R$ 36 milhões, em 1996.
• Objetivos
• Metas físicas
Ampliar, em 5 anos, as vagas de 139 mil para 604 mil no ensino técnico
público, incluindo cursos de curta duração e cursos especiais.
Criar, em 5 anos, 1.200 centros de educação profissional por meio das escolas
profissionalizantes existentes.
• Recursos
• Objetivos
• Metas físicas
• Recursos
R$ 12 milhões, em 1996.
• Objetivos
• Recursos
27) Obesidade
O que é?
Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de
gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do
indivíduo.
O que se sente?
O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando
atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes
limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal
até menor do que o aceitável como normal.
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:
Doenças Distúrbios
Hipertensão arterial Distúrbios lipídicos
Doenças cardiovasculares Hipercolesterolemia
Doenças cérebro-vasculares Diminuição de HDL ("colesterol bom")
Diabetes Mellitus tipo II Aumento da insulina
Câncer Intolerância à glicose
Osteoartrite Distúrbios menstruais/Infertilidade
Coledocolitíase Apnéia do sono
Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e
distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua
expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida (ver a
seguir).
Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos
de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os
limites inferiores e superiores de peso corporal para as diversas alturas conforme a
seguinte tabela :
Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez
com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela
divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do
paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a
Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples
medida da circunferência abdominal também já é considerado um indicador do risco de
complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:
A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas,
principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a
Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância
Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende
determinar com mais detalhe a constituição corporal.
De acordo com suas causas, a obesidade pode ainda ser classificada conforme a tabela a
seguir.
Cabe salientar ainda que a avaliação médica do paciente obeso deve incluir uma história
e um exame clínico detalhados e, de acordo com essa avaliação, o médico irá investigar
ou não as diversas causas do distúrbio. Assim, serão necessários exames específicos
para cada uma das situações. Se o paciente apresentar "apenas" obesidade, o médico
deverá proceder a uma avaliação laboratorial mínima, incluindo hemograma, creatinina,
glicemia de jejum, ácido úrico, colesterol total e HDL, triglicerídeos e exame comum de
urina.
A partir dessa abordagem inicial, poderá ser identificada também uma situação na qual
o excesso de peso apresenta importante componente comportamental, podendo ser
necessária a avaliação e o tratamento psiquiátrico.
Reeducação Alimentar
Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo),
uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas,
acidose e arritmias cardíacas.
Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com
líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários
problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis,
uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a
deposição de gordura no fígado e outros órgãos.
Exercício
a diminuição do apetite,
o aumento da ação da insulina,
a melhora do perfil de gorduras,
a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.
Drogas
Como se previne?
Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças
apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar incluída em princípios gerais de
vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos
adequados e uma estrutura familiar organizada. No paciente que apresentava obesidade
e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a
permanência da atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo. Esses
aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral
no estilo de vida do paciente.
Leia algumas curiosidades sobre as conquistas femininas no Brasil. A pesquisa foi feita
com ajuda da internauta do Portal ORM e estudante de jornalismo, Heloá Canali.
1827 - Surgiu a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que
freqüentassem as escolas elementares. Instituições de ensino mais adiantado ainda eram
proibidas a elas.
1879 - As mulheres têm autorização do governo para estudar em instituições de ensino
superior; mas as que seguiam este caminho eram criticadas pela sociedade.
1937/1945 - O Estado Novo criou o Decreto 3199 que proibia às mulheres a prática dos
esportes que considerava incompatíveis com as condições femininas tais como: 'luta de
qualquer natureza, futebol de salão, futebol de praia, pólo, pólo aquático, halterofilismo
e beisebol'. O Decreto só foi regulamentado em 1965.
Quando 129 operárias de uma indústria têxtil em Nova Iorque foram assassinadas, em
1857, por protestarem em busca de melhores salários e condições trabalhistas, anos
depois, 8 de março, data do crime brutal, foi transformado no Dia Internacional da
Mulher, o março da equiparação dos direitos entre os sexos.
A inclusão feminina na vida pública teve início em 1927, quando o estado do Rio
Grande do Norte legalizou o voto da mulher. Porém, as restrições políticas só foram
suprimidas com Código Eleitoral Brasileiro de 1932 sem, entretanto, a obrigatoriedade
do voto feminino.
Apesar de a luta ter começado há décadas, o Dia Internacional da Mulher ainda serve
para reforçar o papel das mulheres na sociedade. A primeira-dama do Estado, Adriana
Ancelmo Cabral, ressalta a importância da mulher nos reflexos sentidos na sociedade
como um todo.
- Sem sombra de dúvida, o Dia Internacional da Mulher é mais do que especial. Nesse
dia, a sociedade não somente rende homenagens àquelas que respondem pela existência
humana, mas busca destacar e valorizar o fundamental papel desempenhado por todas
as mulheres na condução de suas famílias, pequenos núcleos da própria sociedade. É
uma data não só de comemoração, mas também, de avaliação e discussão da posição das
mulheres no contexto social - ressalta a primeira-dama.
A introdução das crianças e jovens à vida em sociedade começa em casa, pela educação
que, na maioria das vezes, está a cargo das mães. Mas, no entanto, um flagelo abala esta
base. É o que lembra o governador Sérgio Cabral ao defender que a questão da
violência contra a mulher seja combatida com firmeza.
- A mulher conquista espaço pela sua competência, pois não é o sexo que faz a
diferença, mas a competência de cada um. Todo mundo que se esforça, que trabalha,
que tem seriedade, consegue destaque e as mulheres, com seu trabalho, competência,
esforço e inteligência tem conquistado o espaço que merecem na sociedade- destaca a
Secretária de Educação.
Teses e pesquisas apontam que, mesmo tão bem preparada quanto o homem, a mulher
sofre com as diferenças salariais. Adriana Rattes, Secretária de Cultura, destaca essas
divergências.
Para o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a sociedade que tem a mulher como
modelo tende a ser mais avançada.
- Eu acho que o direito da mulher avança quando o direito da sociedade avança. Uma
sociedade machista será sempre violenta e predadora. Uma sociedade que respeita, que
convive e que esteja impregnada dos direitos das mulheres, da sensibilidade da mulher,
será uma sociedade menos violenta, menos racista e menos poluidora - acredita Minc.
Alcançar e lutar por mais espaço na sociedade sem dar brecha à diferenciação é o
aspecto enfocado pela Secretária de Ambiente, Marilene Ramos.
-As mulheres hoje estão conquistando mais espaço e conseguindo desempenhar todas as
suas obrigações na família e com os filhos. A mulher tem que manter este caminho,
ocupando mais espaços, não permitindo a discriminação - opina Marilene.
1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados
Unidos;
1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na
Suécia;
1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs;
1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto
para as mulheres inglesas;
1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das
Mulheres;
1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.
(Fonte: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm)
Cada vez mais a mulher desempenha posições de liderança, chefiando equipes, muitas
vezes compostas exclusivamente por homens. Esse novo cenário trouxe muitas
oportunidades para o sexo feminino. A evolução da legislação brasileira que trata da
proteção ao trabalho da mulher foi fundamental para esse processo. Neste Dia
Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março, vale lembrar que atualmente, a
Constituição Federal conta com modificações que beneficiam a mulher brasileira e
ampliam suas oportunidades profissionais.
Mais adiante, em abril de 2002, a edição da Lei 10.421 acrescentou o art. 392-A à CLT,
estendendo o direito de licença maternidade também às adotantes. Uma conquista, de
fato. Mas elas, porém, ao contrário das gestantes, não têm direito à estabilidade, que é
atribuída apenas para mulheres que engravidaram. Para as adotantes, a licença é de 120
dias quando a criança adotada tiver até um ano de idade; de 60 dias quando a criança
tiver de um a quatro anos; e 30 dias para se adotar crianças de quatro a oito anos de
idade.
Outra conquista foi para as empregadas domésticas, que até o ano passado não tinham
direito à estabilidade em razão da gestação. Por esse motivo, elas ficavam com receio de
engravidar com medo de perder o emprego. “A empregada doméstica não podia
planejar sua família, tampouco decidir o momento para ter filhos, que são dois dos 12
direitos das mulheres assegurados pela Organização das Nações Unidas: o direito a
construir relacionamento conjugal e a planejar sua família e o direito a decidir ter ou
não ter filhos e quando tê-los”, explica o advogado Alencar da Silva Campos, da área
trabalhista do escritório Brasil Salomão e Matthes Advocacia.
Essa decisão é muito recente. Apenas em julho de 2006 foi editada a Lei 11.324, que
estendeu à empregada doméstica gestante a estabilidade no emprego. “A referida lei
trouxe mais dignidade a essas profissionais, proporcionando a aplicação dos direitos
tidos pela ONU como fundamentais para todas as mulheres”, conclui Alencar.
29) Discutir o perfil econômico do Brasil
Brasil tem um mercado livre e uma economia exportadora. Medido por paridade de
poder de compra, seu produto interno bruto ultrapassa 1.6 trilhão de dólares, fazendo-
lhe a oitava maior economia do mundo e a maior da América Latina em 2006. [1] O
Brasil possui uma economia sólida, construída nos últimos anos, após a crise de
confiança que o país sofreu em 2002, a inflação é controlada, as exportações sobem e a
economia cresce em ritmo moderado. Em 2007, o PIB brasileiro demonstrou um
crescimento superior ao que se pensava, mostrando uma economia muito mais saudável
e pronta para estrelar junto às outras economias BRICs. O Brasil é considerado uma das
futuras potências do mundo junto à Rússia, Índia e China.
A economia contém uma indústria e agricultura mista, que são cada vez mais
dominadas pelo setor de serviços. As recentes administrações expandiram a competição
em portos marítimos, estradas de ferro, em telecomunicações, em geração de
eletricidade, em distribuição do gás natural e em aeroportos (embora a crise área tenha
atormentado o país) com o alvo de promover o melhoramento da infra-estrutura. O
Brasil começou à voltar-se para as exportações em 2004, atingindo em 2006
exportações de US$ 137.5 bilhões, importações de US$ 91.4 bilhões e um saldo
comercial de quase US$ 46 bilhões.
História
A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da História do Brasil. Em cada ciclo,
um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocou sucessivas mudanças
sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira.
O café foi o produto que impulsionou a economia brasileira desde o início do século
XIX até a década de 1930. Concentrado a princípio no Vale do Paraíba (entre Rio de
Janeiro e São Paulo) e depois nas zonas de terra roxa do interior de São Paulo e do
Paraná, o grão foi o principal produto de exportação do país durante quase 100 anos. Foi
introduzida por Francisco de Melo Palheta ainda no século XVIII, a partir de sementes
contrabandeadas da Guiana Francesa.
Em meados do século XIX, foi descoberta que a seiva da seringueira, uma árvore nativa
da Amazônia, servia para a fabricação de borracha, material que começava então a ser
utilizado industrialmente na Europa e na América do Norte. Com isso, teve início o
ciclo da borracha no Amazonas (então Província do Rio Negro) e na região que viria a
ser o Acre brasileiro (então parte da Bolívia e do Peru).
O chamado desenvolvimentismo (ou nacional-desenvolvimentismo) foi a corrente
econômica que prevaleceu nos anos 1950, do segundo governo de Getúlio Vargas até o
Regime Militar, com especial ênfase na gestão de Juscelino Kubitschek.
Desde a década de 1970, o novo produto que impulsionou a economia de exportação foi
a soja, introduzida a partir de sementes trazidas da Ásia e dos Estados Unidos. O
modelo adotado para o plantio de soja foi a monocultura extensiva e mecanizada,
provocando desemprego no campo e alta lucratividade para um novo setor chamado de
"agro-negócio". O crescimento da cultura da soja se deu às custas da "expansão da
fronteira agrícola" na direção da Amazônia, o que por sua vez vem provocando
desmatamentos em larga escala. A crise da agricultura familiar e o desalojamento em
massa de lavradores e o surgimento dos movimentos de sem-terra (MST, Via
Campesina).
Da Crise do Petróleo até o início dos anos 1990, o Brasil viveu um período prolongado
de instabilidade monetária e de recessão, com altíssimos índices de inflação
(hiperinflação) combinados com arrocho salarial, crescimento da dívida externa e
crescimento pífio.
No governo Itamar Franco o cenário começa a mudar. Com um plano que ganhou o
nome de Plano Real a economia começa a se recuperar. Pelas mãos do então ministro da
Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que elegeria-se presidente nas eleições seguintes
por causa disso, alija o crescimento econômico do país em nome do fortalecimento das
instituições nacionais com o propósito de controlar a inflação e atrair investidores
internacionais.
Principais indicadores
O Produto interno bruto (PIB) do Brasil (GDP) medido por Paridade de poder de
compra (PPC) foi estimado em 1.616 trilhões de doláres em 2006, e em 943.6 bilhões
em termos nominais. [1] Seu padrão de vida, medido no PIB per capita (PPC) era de
8.600 doláres. O Banco Mundial relatou que renda nacional bruta do país era a segunda
maior da América Latina e renda per capita em termos nominais de mercado era a
oitava maior, sendo US$ 644.133 bilhões [4] e US$ 3.460 [5] respectivamente, com
isso, o Brasil é estabelecido como um país de classe média. Depois da desaceleração de
2002 o país se recuperou e cresceu 5.7, 2.9 e 3.7 por cento em 2004, em 2005 e em
2006, [6] mesmo que se considere estar bem abaixo do crescimento potencial do Brasil.
A moeda corrente brasileira é o real (ISO 4217: BRL; símbolo: R$). Um real é dividido
em 100 centavos. O real substituiu o cruzeiro real em 1994 em uma taxa de 2.750
cruzeiros por 1 real. A taxa trocada remanesceu estável, oscilando entre 1 e 2.50 R$ por
US$. As taxas de juros em 2007 situam-se em torno 13%, [7]. As taxas de inflação estão
em baixos níveis também, a registrada em 2006 foi de 3.1%] e as taxas de desemprego
de 9.6 por cento. [1] O Índice de desenvolvimento humano (IDH) do país foi relatado
em 0.792, considerado médio, mas bem próximo do nível elevado.
Economias regionais
Em nível municipal, as disparidades são maiores: Campinas em São Paulo tem um IDH
similar ao da Alemanha, enquanto, Manari em Pernambuco, teria um IDH similar ao do
Haiti. A maioria das unidades federais com desenvolvimento elevado (superior a 0.80)
está situada na região sul. Os estados menos desenvolvidos (com desenvolvimento
médio nos termos de IDH) são situados no nordeste.
Comércio exterior
Atualmente o país está entre os 20 maiores exportadores do mundo, com US$ 137,6
bilhões (em 2006) vendidos entre produtos e serviços a outros países. Mas com um
crescimento vegetativo de dois dígitos ao ano desde o governo Fernando Henrique, em
poucos anos a expectativa é que o Brasil esteja entre as principais plataformas de
exportação do mundo.
O Brasil é visto pelo mundo como um país com muito potencial assim como a Índia,
Rússia e China. A política externa adotada pelo Brasil prioriza a aliança entre países
sub-desenvolvidos para negociar com os países ricos. O Brasil, assim como a Argentina
e a Venezuela vêm mantendo o projeto da ALCA em discussão, apesar das pressões dos
EUA. Existem também iniciativas de integração na América do Sul, cooperação na
economia e nas áreas sociais.
Setores
Mercado financeiro
Centro-Oeste
Nordeste
Norte
Sudeste
Sul
A maior parte das riquezas provém do setor de serviços, mas possui também indústria e
agropecuária bem desenvolvidas. Destacam-se as regiões metropolitanas de Curitiba e
Porto Alegre.
Parceiros comerciais
Fonte: pt.wikipedia.org
Economia do Brasil
A economia brasileira
3.A produção nacional necessária pela restrição da balança de pagamentos será restrita
aos bens de consumo. O progresso técnico, que se dá (~ria) nos ramos de máquinas, fica
assim eliminado mesmo com o aumento do volume de produção.
A questão política
Não pode haver 'consenso' entre entreguistas (advogados da 'vocação agrícola', neo-
liberais, monetaristas etc) e nacionalistas (desenvolvimentistas, 'protecionistas' etc.),
uma vez que os primeiros trabalham (conscientemente ou não) a favor, e os segundos,
contra, a reprodução da sociedade brasileira em sua forma atual. Participam assim do
próprio antagonismo fundamental que move as transformações sociais.
Fonte: www.usp.br
Economia do Brasil
O período foi marcado por algumas descontinuidades e rupturas, podendo ser dividido
em alguns subperíodos:
Faremos a seguir, uma análise da evolução da economia brasileira com base nesta
cronologia, destacando os principais aspectos em termos de modelo de desenvolvimento
e mudanças institucionais, bem como os principais determinantes dos ciclos
econômicos.
Neste sentido, percebe-se que o setor dinâmico do PSI era o estrangulamento externo,
recorrente e relativo. Este funciona como estímulo e limite ao investimento industrial.
Tal investimento, substituindo as importações, passou a ser a variável chave para
determinar o crescimento econômico. Todavia, conforme o investimento e a produção
avançava em determinado setor, geravam pontos de estrangulamento em outros. A
demanda pelos bens destes outros setores era atendida através de importações.
Com o correr do tempo, estes bens passam a ser objeto de novas ondas de investimentos
no Brasil, substituindo as importações ditaria a seqüência dos setores objeto dos
investimentos industriais que, grosso modo, foi a seguinte:
Esta ampla participação estatal gerava uma tendência ao déficit público e forçava o
recurso ao financiamento inflacionário, na ausência de fontes adequadas de
financiamento.
Caráter capital intensivo do investimento industrial, que não permitia grande geração de
emprego no setor urbano.
Neste quadro, não restava alternativa de financiamento ao Estado, que teve que se valer
das poupanças compulsórias, dos recursos provenientes da recém-criada Previdência
Social, dos ganhos no mercado de câmbio com a introdução das taxas de câmbio
múltiplas, além do financiamento inflacionário e do endividamento externo, feito a
partir de agências oficiais.
A demanda por estes bens vinha da própria concentração de renda anterior que elevava
os padrões de consumo de determinadas categorias sociais.
Construção de Brasília
O plano foi implementado através da criação de uma série de comissões setoriais que
administravam e criavam os incentivos necessários para atingir as metas setoriais.
O cumprimento das metas estabelecidas foi bastante satisfatório, sendo que em alguns
setores estas foram superadas, mas em outros ficou aquém. Com isso, observou-se
rápido crescimento econômico no período com profundas mudanças estruturais, em
termos de base produtiva.
Pelo exposto, percebe-se que, apesar das rápidas transformações ocorridas, o Plano de
Metas aprofundou todas as contradições existentes no PSI, tornando claros os limites do
modelo dentro do arcabouço institucional vigente.
Aqui na Uenf, trabalhamos com projetos ligados à atividade de irrigação, entre outras.
Existe a pesquisa pura e a pesquisa aplicada. No primeiro caso, os estudos são feitos
teoricamente dentro da universidade. No segundo, ocorre a realização das conclusões
extraídas dos estudos no ambiente acadêmico na realidade local, respeitando as
condições regionais.
Como a região em que se localiza a Uenf é economicamente frágil e defasada em
termos tecnológicos, optamos por dar ênfase à pesquisa do tipo aplicada. Nas pesquisas
sobre os efeitos da irrigação nas plantações de goiaba, por exemplo, o produtor avalia
qual a quantidade de água para a plantação é mais viável. Além disso, trabalhamos
também com culturas como cana-de-açúcar, maracujá e abacaxi.
Atualmente, nós estamos com poucos projetos em condições de gerar recursos para a
universidade. Como nós recebemos capital através do governo, ou seja, dinheiro do
contribuinte, não temos a mentalidade de vender resultados. Existe a possibilidade de
disponibilizar este saber para empresas privadas, mas nosso objetivo principal não é
este. Fomentamos pesquisa para gerar conhecimento para a sociedade.
Uma recente avaliação feita pela ONU aponta que o Brasil está em 43º lugar, num
grupo de 70 países, no índice de avanço tecnológico. Isto indica que o Brasil está abaixo
de países como Argentina, Chile, México, Costa Rica, entre outros, em termos de
aplicação do conhecimento científico. É uma posição extremamente desconfortável, se
considerarmos que somos a nona ou oitava maior economia do mundo.
Com certeza um indicador apenas não é suficiente para que se faça uma avaliação mais
ampla. Até porque, se analisarmos a qualidade da pós-graduação aqui no Brasil, por
exemplo, concluiremos que é uma das melhores da América Latina. Hoje somos
praticamente autônomos na formação de doutores em quase todas as áreas do
conhecimento. Poucos segmentos necessitam que se envie estudantes e pesquisadores
para que terminem seus programas de doutorado fora do país.
Mas o que os índices da ONU avaliam é a tecnologia aplicada ao sistema de produção.
Não basta apenas construir o conhecimento, é necessário difundi-lo e aplicá-lo de forma
útil no desenvolvimento econômico e social. E o Brasil ficou em uma posição muito
ruim. Na minha opinião, isso se deve ao fato de, primeiramente, o incentivo à Ciência
ter sido feito a margem do crescimento industrial.
O Brasil fez uma escolha, na qual priorizou o capital e a tecnologia estrangeiros, não
guardando, com isso, uma relação com o desenvolvimento científico próprio e a
especialização da mão-de-obra nacional. Desta forma, o avanço da nossa ciência
ocorreu dissociado das demandas do setor produtivo. Em outros países, as universidades
foram criadas para dar sustentação ao crescimento científico. No Brasil, isso não
ocorreu.
Há uma associação quase direta entre o nível de escolaridade de uma povo e o grau de
desenvolvimento científico do país a que pertence. Nações que escolarizaram sua força
de trabalho e incentivaram a pesquisa são capazes de desenvolver sistemas produtivos
mais competitivos em relação ao mercado internacional.
Então, precisamos proceder uma mudança radical no país. Primeiramente, não podemos
mais ter analfabetos. Os 15% que já possuímos é uma taxa muito elevada. Necessitamos
investir mais em conhecimento científico, não apenas para manter o atual sistema, mas
expandi-lo. Temos 40 vezes menos cientistas do que deveríamos. Para que o quadro se
modifique, é preciso investir mais nas universidades e na infra-estrutura de produção do
conhecimento na nossa área científica e tecnológica.
Apesar de alguns dizerem que não vale a pena ser cientista no Brasil, eu penso o
contrário. Especialmente por que, aqui, ainda há muito por fazer. A disputa por uma
vaga no mercado em vários países desenvolvidos é muito maior. E muitos deles,
encontram-se dispostos a trabalhar em países como o nosso, onde eles possuem mais
espaço.
Eu creio que uma boa alternativa para as universidades obterem recursos para seus
projetos de pesquisa científica é a busca de parceria com as empresas. Exemplos como a
Coope-UFRJ, a Uerj, a UFF e a Uenf, que vêm tentando trabalhar com o sistema
produtivo local, podem alavancar recursos do sistema privado para a universidade. Há
um dilema já superado, que diz respeito a uma possível interferência da iniciativa
privada nos objetivos acadêmicos dos projetos. Este tipo de ingerência seria prejudicial
às próprias empresas, um dos usuários mais interessados nas soluções tecnológicas
produzidas no meio universitário.
Vantagens:
Desvantagens:
O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, configura uma vasta
diversidade cultural no seu povo. Os colonizadores europeus, a população indígena e os
escravos africanos foram os primeiros responsáveis pela disseminação cultural no
Brasil. Em seguida, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, árabes, entre outros,
contribuíram para a diversidade cultural do Brasil.
Aspectos como a culinária, danças, religião, são elementos que integram a cultura de um
povo.
As representações culturais no Norte do Brasil estão nas festas populares como o Círio
de Nazaré, Festival de Paratins a maior festa do boi-bumbá do país. A culinária
apresenta uma grande herança indígena, baseada na mandioca e em peixes. Pratos como
otacacá, pirarucu de casaca, pato no tucupi, picadinho de jacaré, mussarela de búfala. As
frutas típicas são: cupuaçu, bacuri, açaí, taperebá, graviola, buriti.
Festival de Paratins (AM)
Feijoada
Costumamos dizer e ouvir que somos o povo brasileiro! Que vivemos no país do futebol
e do carnaval. Pelo menos é assim que nos vêem os outros povos, na maioria das vezes.
Contudo, quando somos indagados e questionados sobre nossa identidade nacional, ou
seja, que povo realmente somos e, qual o sentido da nossa formação enquanto nação,
ficamos na maior “crise de identidade”. Ora, como definir quem realmente somos em
meio à diversidade cultural?
Quando falamos em identidade, logo pensamos em quem somos. Vêm à nossa mente os
nossos “dados pessoais”, ou seja, a cidade onde nascemos, a data de nascimento, nossa
filiação, que são os nomes de nossos pais, uma foto registrando nossa fisionomia, nossa
impressão digital, uma assinatura feita por nós mesmos. E que ainda contém um número
de registro geral, que permite sermos identificados, não como pessoas, com suas
devidas características, mas como um número em meio a tantos outros. E o mais
interessante, está ali registrado para todo mundo ver, a nossa nacionalidade, a que nação
e povo pertencemos.
Entender como tudo começou, nos levará a compreender a grande diversidade cultural
que caracteriza nosso país! Já que a cultura é um dos instrumentos de análise e
compreensão do comportamento humano social.
“E eu, o que eu tenho com tudo isso? Será que a diversidade cultural do meu país me
atinge diretamente ou somente de forma indireta?”
A cultura faz parte da totalidade de uma determinada sociedade, nação ou povo. Essa
totalidade é tudo o que configura o viver coletivo. São os costumes, os hábitos, a
maneira de pensar, agir e sentir, as tradições, as técnicas utilizadas que levam ao
desenvolvimento e a interação do homem com a natureza. Tudo que diz respeito a uma
sociedade.
Herança social e legado cultural: são processos de transmissão cultural, que ocorrem ao
longo da história, nos quais as gerações mais velhas transmitem às gerações mais jovens
a cultura do grupo.
Logo você irá franzir a testa e, dando uma boa aula de história do Brasil, irá dizer:
O Brasil é um país que tem uma língua oficialmente reconhecida, que é o português,
falado pela imensa maioria de seus habitantes. A língua portuguesa foi herdada dos
colonizadores portugueses que aqui chegaram no século XVI. Por volta do ano de 1500,
quando chegou a frota de Pedro Álvares Cabral, na costa do país que hoje conhecemos
como Brasil havia uma população estimada em cerca de seis milhões de índios,
organizados em diferentes povos indígenas, com diferentes culturas e denominações.
Cada povo portador de uma cultura tinha uma língua própria, caracterizada por regras
linguísticas, vocabulários, uma estrutura gramatical particular. Por uma processo
histórico que desenvolveu-se nos últimos 400 anos de contatos destas sociedades
indígenas primeiramente com os europeus e mais tarde com a população nacional, a
maioria destes povos desapareceu e a população indígenas chegou a um número
alarmante: apenas 300.000 pessoas, enquanto a população nacional soma mais de 150
milhões de brasileiros. Houve um verdadeiro genocídio neste período. Hoje, estima-se
que a população indígena brasileira está se recuperando e que, pela primeira vez na
história, os números experimentam um aumento ao invés de uma diminuição.
Estima-se que atualmente existam, no Brasil, cerca de 200 línguas indígenas faladas por
quase igual número de povos que habitam este território. Estas línguas estão filiadas a
dois troncos linguísticos principais, o Tupi e o Macro-Jê, a duas famílias linguísticas
mais importantes, o Aruak e o Karib e a outras famílias menores.
Diversidade Lingüística
Tema será debatido no dia 13 de dezembro, das 9h às 17h, na Câmara dos Deputados
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Durante o Seminário Nacional sobre a Criação do Livro de Registro das Línguas,
promovido em março do ano passado, também na Câmara dos Deputados, falantes,
especialistas e técnicos do Iphan reuniram-se para discutir medidas de proteção da
diversidade linguística do país. A Audiência Pública é resultado desse encontro, que
buscou uma política pública voltada ao reconhecimento da pluralidade de línguas como
direito de cidadania.
Segundo a especialista, o Estado brasileiro vai debruçar-se, pela primeira vez, sobre esta
diversidade com um olhar de valorização e reconhecimento das línguas faladas em seu
território.
"O povo que perde a sua língua perde a sua alma", afirmou à Lusa o representante dos
Guarani Kayowá, Anastácio Peralta.
De acordo com Peralta, há cerca de 60 mil falantes do guarani no Brasil, 40 mil deles no
Estado do Mato Grosso do Sul, região Centro-Oeste.
"Nós perdemos a nossa terra, as matas, mas a nossa língua, as nossas danças, os nossos
cantos continuam com a gente. O que faz uma nação viva é a língua, a sua forma de
expressar", destacou.
O guarani foi umas das línguas que sobreviveram à imposição do português no Brasil
como único idioma legítimo. A estimativa dos especialistas é de que havia 1.078 línguas
indígenas quando os portugueses aportaram ao Brasil.
"Na década de 80,ainda éramos proibidos de falar nossas línguas maternas nas escolas-
internato dos missionários. Quem não cumpria as ordens era severamente punido",
contou Gersem dos Santos Luciano, falante de nheengatu, língua geral da Amazónia.
Os castigos passavam por ficar sem comer um dia, estar horas sob o sol quente, até
trabalhos forçados ou castigos com efeitos psicológicos.
"Uma das modalidades de que fui várias vezes vítima era um pedaço de pau pesado e
grande que eles amarravam nas nossas costas com a frase: `Eu não sei falar português`.
A placa provocava pavor e extremo constrangimento", lembrou Luciano.
Naquela altura, houve a chamada "nacionalização do ensino", que tentou pôr fim às
línguas de imigração no Brasil, como o hunsrückisch, dialecto alemão, e o talian,
variante da língua italiana, que resistiram, todavia.
"É triste a gente constatar que houve uma política de eliminação de línguas e que ainda
hoje há no Brasil muitos preconceitos linguísticos e impedimentos de uso de línguas,
por exemplo, nos meios de comunicação", afirmou à Lusa o linguista Pedro Garcez.
Na avaliação do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é muito
importante reconhecer a diversidade linguística "como um recurso e não como
problema".
"Esta é uma luta árdua. Finalmente o governo está olhando para os invisíveis", disse à
agência Lusa o presidente da Associação Cultural de Preservação do Património Bantu.
Raimundo Konmannanjy, único professor no Brasil de uma das línguas do povo bantu,
originário da África Subsariana, indicou que hoje é difícil até fazer um pequeno diálogo
em kikongo, que, como as outras línguas africanas, desapareceu no país.
O curso introdutório à língua kikongo proposto pela Associação está parado há dois
anos por falta de recursos e Konmannanjy procura agora a ajuda de angolanos para
tentar ressuscitar o projecto.