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DEMOCRACIA
1. Introdução:
2. Tipos de democracia:
Vários são os tipos de democracia que a doutrina distingue. Desses tipos 2 podem
ser ditos puros: a democracia direta e a democracia indireta.
a) democracia direta:
Nenhum Estado pode adotá-la, já que não é possível reunir milhões de pessoas
para resolver os problemas comuns.
Além disso, muitos problemas envolvem questões técnicas que merecem exames
de pessoas especializadas.
b) democracia indireta:
c) democracia cesarista:
Essa democracia foi posta em prática por Napoleão I, imitada por Napoleão II e
Hitler. Em tese seu caráter democrático é sustentável: o poder do povo como vem
do povo o dos parlamentares ou do presidente.
Na realidade, porém, sempre foi ela uma ditadura disfarçada pelo chamamento
das massas a referendar entusiasticamente as decisões do homem forte. Esse
resultado é obtido de um lado pelo controle da propaganda que opera num único
sentido, de outro pelo que os psicólogos chamam de “horror ao vazio”. Todo posto
diante da escolha entre alguma ordem e o caos, a incerteza, opta por essa ordem
qualquer. Por outro lado, em tal regime não há freios nem limites ao poder do
chefe, já que o mesmo, pela invocação do voto das massas, pode a qualquer
instante superar os existentes.
d) democracia semidireta:
Quanto ao momento de sua realização, pode ser ante legem ou post legem. O
primeiro se realizaria antes da edição da lei, enquanto o segundo se seguiria à
aprovação do Parlamento para confirmar ou tolher a aprovação da lei.
a) Teoria do mandato:
Pela teoria do mandato haveria entre o eleitor e o eleito uma relação assimilável à
existente no Direito Privado entre mandante e mandatário.
b) Teoria da investidura:
c) Mandato partidário:
1. Introdução:
Contudo, daí não podemos concluir que como todo Estado é dotado de
organização jurídica, todo Estado, em conseqüência seria um “Estado de Direito”.
Contudo, nem toda democracia é fiel cumpridora dos direitos fundamentais. Basta
verificar constante violação aos direitos humanos mais freqüente em países
instáveis, mas também em nações desenvolvidas., porque o desenvolvimento não
significa respeito aos direitos fundamentais.
O Estado que deve ser o garante dos direitos humanos é no mais das vezes seu
principal violador, seja através das autoridades ou não.
2. A Constituição:
1. Introdução:
2. Tipos de sufrágio:
b) É indireto quando os eleitores elegem certo número de delegados, que, por sua
vez, devem escolher, numa segunda eleição, os governantes.
Nações consideradas democráticas adotam o sistema indireto, como os Estados
Unidos da América.
3. Condições gerais:
Não se pode confundir as condições gerais para o voto, com restrições odiosas.
As condições gerais são estabelecidas pela experiência de cada povo, fruto de
padrões internos e internacionais sobre o que se entende por sufrágio
democrático.
- idade mínima, requisito de capacidade física e mental, pois para exercer com
responsabilidade o direito de voto, exige-se pleno desenvolvimento da pessoa.
Importante:
Dessa forma, para ser eleito é preciso estar filiado a um partido político mas para
votar não é preciso filiação partidária.
Todos devem ser considerados igualmente, valendo seus votos de igual modo e
maneira no processo eleitoral.
Liberdade de exercício está associada ao voto secreto, pois o sigilo impede que o
eleitor ao exercer o seu direito não sofra qualquer tipo de coação. Qualquer
coação direta ou indireta acaba por macular a escolha.
Segundo Bonavides a vantagem desse sistema é que cada voto possui igual
parcela de eficácia e nenhum eleitor será representado por um deputado em quem
não haja votado. É também o sistema que confere às minorias igual ensejo de
representação de acordo com sua força quantitativa. Como é um sistema aberto e
flexível, ele favorece, e até certo ponto estimula, a fundação de novos partidos,
acentuando desse modo o pluralismo político da democracia partidária.
c) Sistema misto: embora não seja exatamente uma forma autêntica de sistema,
alguns doutrinadores admitem o sistema misto, fruto da combinação de ambos,
proporcional e majoritário.
1. Introdução:
“Um partido político é uma reunião de homens que professam a mesma doutrina
política” (Benjamin Constant, apud Accioli. Instituições, p. 256)
2. Natureza jurídica:
Quando sua ação é deturpada pelo domínio oligárquico, pela corrupção financeira,
pela indisciplina, ou quando é ela exercida em favor de doutrinas ou homens
hostis ao governo pelo povo, ou em favor de grupos vinculados a governos ou
interesses estrangeiros, são eles um terrível instrumento de destruição da
democracia.
A Constituição em vigor dedica aos partidos políticos o art. 17. Deste se deduz
que encara os partidos como associação de fins políticos, na medida em que lhes
atribui personalidade “na forma da lei civil” (art. 17, § 2º).
5. A experiência britânica:
Daí decorre que a eleição popular importa uma opção entre 2 programas da qual
resulta a escolha entre 2 equipes governamentais.
7. Grupos de pressão:
Manuel Gonçalves Ferreira Filho entende que grupo de pressão é todo e qualquer
grupo que procure influir no governo em defesa de um interesse. Não quer para si
o governo, contenta-se com que este sirva a seus interesses. Não luta por idéias,
salvo na medida em que estas se tornem interesses.
Os partidos políticos são, atualmente, o canal oficial por que se exprime a opinião
pública, melhor dizendo, as diversas correntes de opinião.
1. Introdução:
O Estado, em sentido amplo, é uma pessoa jurídica de direito público, com direitos
e deveres próprios, na relação com seus cidadãos e com outros Estados. Nele se
reconhece a existência de personalidade jurídica, caracterizada pelo exercício
soberano de suas próprias leis internas, a cujas regras o Estado voluntariamente,
se subordina.
A origem da concepção do Estado como pessoa jurídica pode ser atribuída aos
contratualistas, através da idéia de coletividade ou povo como unidade, dotada de
interesses diversos dos de cada um de seus componentes, bem como de uma
vontade própria, também diversa das vontades de seus membros isoladamente
considerados.
2. Teorias:
a) Ficcionistas:
Para ele a norma é a única realidade jurídica, não havendo como sustentar, dentro
dessa perspectiva, que possa existir uma pessoa jurídica real.
Assim como o direito pode atribuir ou não personalidade jurídica aos homens, o
mesmo pode fazer em relação às comunidades que encontra diante de si. Isto,
entretanto, não altera a conclusão fundamental de que, em si, as comunidades
jurídicas carecem de personalidade jurídica, mas podem ser representadas como
se fossem pessoas e tivessem personalidade.
b) Realistas:
Laband ensina que o Estado é um sujeito de direito, uma pessoa jurídica, com
capacidade para participar de relações jurídicas. O Estado é visto como uma
unidade organizada, uma pessoa que tem vontade própria que não se confunde
com a vontade do povo. Os direitos e deveres do Estado são distintos dos direitos
e deveres de seus cidadãos.
É na obra de Jellinek que a teoria da personalidade jurídica do Estado como algo
real e não fictício acaba sendo um dos principais fundamentos do direito público.
Jellinek explica que sujeito, em sentido jurídico, não é uma essência, uma
substância, e sim uma capacidade criada mediante a vontade da ordem jurídica. O
homem é um pressuposto da capacidade jurídica, uma vez que todo direito é uma
relação entre seres humanos. Entretanto, nada exige que a qualidade de sujeito
de direitos seja atribuída apenas ao indivíduo. E a elevação de uma unidade
coletiva àquela condição não tem o sentido de criação de uma substância fictícia,
que não existisse antes e que se proclame como a uma essência a que se una a
ordem jurídica.
c) Abstração:
d) Realismo:
Max Seydel diz que o Estado não é unidade, nem organismo, nem todo vivo, nem
sujeito de direitos, mas, tão-só, homens, ou, quando muito, terra e gente
dominada por uma vontade superior. Não existe vontade do Estado, mas vontade
sobre o Estado, sendo este apenas objeto de direito daquela vontade superior.
3. Conclusão:
Com efeito, só pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, podem ser titulares de
direitos e de deveres jurídicos, e assim, para que o Estado tenha direitos e
obrigações, deve ser reconhecido como pessoa jurídica.
É por meio dessa noção que se estabelecem os limites à ação do Estado no seu
relacionamento com os cidadãos. Se por um lado tem direitos, por outro o Estado
tem obrigações, possibilitando aos cidadãos fazer valer contra ele suas
pretensões.