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Os alimentos e o poder da mídia

NUTRIÇÃO

23/6/2008

CRISTINA HAUTZ

ELAINE ESCABIA

Confesso que fiquei muito surpresa dias atrás, depois de assistir a


um programa semanal de grande audiência exibido às sextas-feiras
e que abordou, como tema principal, “alimentos saudáveis”, em
que alguns deles foram praticamente elevados à categoria de
milagrosos.

No domingo daquela semana, estive no supermercado para as


compras de rotina, quando observei que não havia aveia. Ao
solicitar tal produto ao funcionário do supermercado, este
prontamente afirmou: "Depois do programa de sexta-feira, não
estamos vencendo repôr os produtos citados na reportagem, e
alguns, como a aveia, esgotaram-se".

Sinceramente, fico preocupada com o poder (nem sempre positivo)


que a televisão exerce sobre grande parte da população em relação
aos hábitos alimentares. Não estou aqui desmerecendo o valor
desse cereal, que realmente possui inúmeros benefícios à saúde,
entretanto qualquer alimento, quando citado por nutricionistas e
especialistas na ciência da nutrição, deve ter suas propriedades
funcionais associadas à inúmeros fatores, e nunca isoladas.

Alimentos funcionais como a soja, o brócolis, o tomate e a citada


aveia são, sem dúvida, muito nutritivos, mas podem ser ainda
melhores quando consumidos em uma dieta coerente. O que
significa uma dieta coerente? Não basta comer pratos cheios de
brócolis, quilos de aveia e ingerir a carne com gordura, o frango
com a pele, lanches forrados de bacon e litros de refrigerante.
Quando dizemos que um alimento é funcional significa que
"apresenta potencial de trazer benefícios à saúde humana ou de
reduzir o risco de doenças crônicas, além das suas funções
nutritivas básicas, podendo prevenir doenças ou promover à saúde"
(FDA 1995).

Em outras palavras, podemos dizer que os alimentos classificados


como funcionais são realmente especiais, podendo inclusive evitar
doenças, contudo devemos ressaltar que devem estar associados
a outros hábitos alimentares igualmente saudáveis. Adquirir
produtos apenas pela influência da mídia pode não surtir o efeito
esperado, pois a alimentação ideal ou a mais coerente é aquela
que reúne de maneira equilibrada todos os principais nutrientes da
dieta.

Importante ressaltar que os alimentos mais práticos, em geral, são


repletos de gordura, sal, conservantes e glutamato monossódico –
esse último ativa as chamadas "papilas gustativas", fazendo com
que o consumidor sinta vontade de comer mais. Porém, é rico em
sódio, assim como o sal de cozinha que, consumido em excesso,
compromete inúmeros órgãos, como os rins e o coração.

O ideal é procurar consumir produtos de forma equilibrada,


evitando ingerir apenas produtos industrializados e incluir alimentos
"in natura", como legumes, verduras e frutas. Quanto às
informações veiculadas pela mídia, o consumidor deve, acima de
tudo, desenvolver o senso crítico, não sair comprando tudo o que é
indicado pelas reportagens. Procure adquirir informações
adicionais, para assim poder decidir o que realmente é saudável e
nutritivo para si e sua família.

Elaine Escábia (CRN 102092) é técnica em Nutrição. La Belle


Cuisine:
lcuisine@terra.com.br

Fonte:
http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=46&Int_ID=5196
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CHÁS PARA TODA HORA, LUGAR E
NECESSIDADE
BENEFÍCIOS

18/5/2008

Quando tomados com sabedoria, os chás de ervas podem


auxiliar no tratamento de diversas doenças

Chá verde para emagrecer, camomila para acalmar os nervos,


boldo para o estômago, erva-cideira para dores de cabeça. Quem é
que nunca recorreu ao velho e bom chazinho para aliviar a
sensação de mal-estar? Mas será que eles realmente funcionam?
Nossas avós já sabiam e a ciência confirma. Segundo a
nutricionista Elaine Escábia, os chás realmente podem oferecer
efeitos terapêuticos. "Entretanto, como tudo na vida, deve ser
ingerido com moderação, pois assim como os medicamentos,
podem apresentar efeitos diferentes para cada indivíduo."

A nutricionista alerta que não se deve tomar um chá apenas por


indicação de uma amiga, por exemplo, sem saber seus reais efeitos
em seu organismo. Um chá inofensivo ingerido sem orientação
pode causar sérios inconvenientes.

Exemplo é o chá de sene, utilizado para melhorar o funcionamento


do intestino, mas se ingerido em quantidade superior ao que o
organismo está preparado (o que varia de pessoa para pessoa)
pode causar forte diarréia e, conseqüentemente, desidratação e
outras complicações.

Segundo Elaine, não existe uma quantidade mínima ou máxima que


possa ser ingerida, depende muito do tipo de chá, a sua finalidade e
a tolerância de cada organismo. "Nem tudo o que faz bem a uma
pessoa, fará o mesmo em outra", observa.

Famosos - Alguns chás já são famosos como o de erva cidreira,


conhecido como tranquilizante; e o chá de ´quebra pedra´, aquele
matinho que se encontra com facilidade e que se tornou famoso
contra as dores das pedras nos rins. Entretanto, até mesmo os mais
popularmente conhecidos não podem ser consumidos em grande
quantidade e sempre se deve levar em conta possíveis efeitos
colaterais, mesmo sendo eles naturais.

Modo de tomar – O chá deve ser ingerido logo após seu preparo,
nunca deixado de um dia para o outro, pois além de alterar suas
características, pode acumular microrganismos nocivos à saúde. Os
chás de saquinho são certamente mais práticos, entretanto é
importante que se adquira apenas marcas confiáveis, que não
misturam ingredientes além dos que estão indicados na
embalagem. Outro fato importante é que pessoas com restrição à
ingestão de líquidos, ou problemas renais diversos, só devem
consumi-los com orientação de um médico.

Chá verde emagrece? – Ninguém discute as propriedades do chá


verde, que traz benefícios diversos para a saúde graças às suas
funções. Porém, quanto ao fato de que ele faz emagrecer, é preciso
salientar que para a perda de peso não basta apenas o chá, mas
sim uma dieta equilibrada, coerente com a atividade diária de cada
pessoa, e a prática de atividade física. De nada adinatará adotar
uma dieta rica em gorduras e carboidratos e tomar o chá verde, pois
o efeito não será o esperado.

Uma dica para quem deseja emagrecer é consumir o chá verde no


seu dia-a-dia, pois é uma bebida que não possui calorias. Utilize
adoçante e tenha cuidado com os acompanhamentos. Assim você
se esquenta e mantém a forma.

VIVIANE RODRIGUES

Fonte:
http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=1&int_id=49031

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Alimentos antiinflamatórios 1
Créditos à : Elisabete Fernandes Almeida

Alimentos antiinflamatórios
Graças ao efeito antiinflamatório de alguns alimentos, muitas
pessoas melhoram dos sintomas da artrite, necessitando ingerir
menos medicamentos e conseguindo uma melhor qualidade de
vida. Atum e salmão são dois bons exemplos de alimentos com
efeito antiinflamatório.

Quanto aos antioxidantes, não são apenas os pacientes com artrite


que precisam deles. Pesquisadores acreditam que a inflamação
contribui para o desenvolvimento de doenças cardíacas, câncer,
doença de Alzheimer e o diabetes tipo 2, e que as substâncias
antiinflamatórias encontradas nos alimentos podem combater estas
doenças.

Para consumir estes alimentos, não é necessário mudar


radicalmente a sua dieta alimentar. Experimente, por exemplo,
consumir mais peixe.

A inflamação nem sempre tem aspectos negativos. Um ferimento


fica avermelhado e inchado porque o organismo recruta leucócitos
que combatem a infecção e aumentam o fluxo de sangue rico em
oxigênio, para facilitar a cicatrização.

Mas alguns processos inflamatórios indesejáveis resultam de lesões


menos relevantes, como a oxidação das células que constituem as
paredes dos vasos sangüíneos.

Os antioxidantes podem ajudar a evitar estas lesões. Mas quando


são insuficientes, os antiinflamatórios são necessários.

Caso contrário, a tentativa do organismo de reparar suas lesões


pode levar a uma inflamação crônica, que ataca lentamente os
tecidos saudáveis das articulações, das artérias e de todo o sistema
nervoso.

Entre os alimentos com maior ação antiinflamatória se destacam os


ácidos graxos ômega-3, encontrados em grande quantidade nos
peixes. No organismo, estes ácidos são convertidos em substâncias
semelhantes aos hormônios, que reduzem inflamações.

Os poliinsaturados ômega-6 encontrados no óleo de milho


favorecem a inflamação. Os ômega-6 e ômega-3 formam uma
espécie de yin e yang, que devem ser mantidos em equilíbrio.
O consumo de quantidades equivalentes dos dois alimentos permite
manter os processos inflamatórios em equilíbrio, entretanto, a
maioria das pessoas ingere cerca de 20 vezes mais alimentos com
ômega-6 do que com ômega-3. Alimentos industrializados,
produzidos com óleo de milho ou girassol, ricos em ácidos graxos
ômega-6, são apontados como culpados.

Por outro lado, as pessoas preferem não consumir alimentos ricos


em ômega-3, como o óleo de canola, nozes, espinafre e repolho.

A aspirina e o ibuprofeno interferem no processo com enzimas que


contribuem para as propriedades inflamatórias dos alimentos que
contém ômega-6. Alguns alimentos podem atuar de forma
semelhante.

Um grupo de pesquisadores da Michigan State University realizou


alguns experimentos para demonstrar que o extrato de cereja pode
impedir dez vezes mais a formação de alguns agentes inflamatórios
do que a aspirina.

Seus achados estimularam a ingestão de suco de cereja entre


pacientes com artrite. Em outra pesquisa recente, ficou comprovado
que a amora, o morango e a framboesa produzem efeitos
semelhantes.

Outra forma de combater a inflamação é fortalecer os mecanismos


de reparo do organismo. Um grupo de pesquisadores de Boston
mediu a concentração de substâncias denominadas "proteínas de
choque" no cérebro humano.

Imagine-as como a fita adesiva do organismo - elas ajudam a


reparar lesões celulares causadas pelo estresse oxidativo,
inflamação e excesso de toxinas. Na medida em que você
envelhece, produz menores quantidades destas proteínas
protetoras.

O estudo demonstrou que dietas ricas em arando combatem essa


condição em ratos, que responderam aos processos inflamatórios
da mesma forma que animais mais jovens.

A maioria das frutas e verduras, principalmente as coloridas, parece


inibir inflamações graças à presença de fitossubstâncias como a
bromelaína, encontrada no abacaxi, e a quercetina, encontrada na
maçã e na cebola. Vegetais como o tomate contêm cerca de 20
compostos com ação anti-inflamatória.

Frutas, verduras, peixes e grãos integrais - são sempre os


alimentos defendidos pelos nutricionistas há vários anos. Por outro
lado, dietas ricas em açúcar, farinha refinada e óleos vegetais
parcialmente hidrogenados, bem como a obesidade, aumentam o
risco de inflamações.

A ingestão de alimentos com ação antiinflamatória pode ser uma


das melhores coisas que se pode fazer por você mesmo.

Fonte:
http://www.caminhosdoconhecimento.com/content/view/217/52/

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Livros recomendados: jms

“Alimentos Inteligentes – Saiba como obter mais saúde


por meio da alimentação”, Jocelem Mastrodi Salgado,
Prestígio Editorial, Rio de Janeiro, 2005.

"Previna Doenças - Faça do Alimento o Seu Medicamento",


7.ª edicão; Profa. Dra. Jocelem Mastrodi Salgado – Editora
Madras.

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