Titulo: Linfoma Não Hodgkin da Órbita – Caso clinico Código:

Introdução: Os linfomas Não Hodgkin (LNH) constituem um grupo de neoplasias muito heterogéneo, podendo
ocorrer em nódulos linfáticos e/ou localizações extranodais.
Os LNH primários da órbita são raros, totalizando cerca de 10% dos tumores da órbita, sendo a Radioterapia (RT)
uma eficaz modalidade de tratamento para estas neoplasias, apesar dos seus potenciais efeitos secundários agudos e
tardios – a RT assume importância em tumores de localização no ápex orbitário, não acessíveis a tratamento
cirúrgico.
No entanto, as complicações decorrentes da Radioterapia (RT) podem ser minimizadas através de um planeamento
3D-CRT caso o volume e a localização do tumor sejam relativamente favoráveis, no sentido de ser viável
administrar uma dose terapêutica eficaz.
Material e Métodos: Apresenta-se o caso de uma doente de 46 anos, portadora de Linfoma B da zona marginal tipo
Malt da órbita esquerda (estadio IEA).
Após o respectivo processo de estadiamento, em Reunião de Decisão Terapêutica de Hematologia, foi proposta
para Radioterapia exclusiva.
São descritos os aspectos inerentes a um planeamento 3D-CRT neste tipo especifico de patologia tendo em
consideração a localização do tumor, a presença de estruturas radiosensíveis e a relevância de minimizar a
irradiação do olho contra-lateral.
São ilustrados os aspectos mais relevantes do respectivo planeamento de radiações, dosimetria e controlo de
qualidade.
Foi-lhe administrada a dose de 30,6 Gy em 17 fracções, após a realização de planeamento, dirigido ao tumor e
margem de segurança.
Resultados e Conclusões: A Radioterapia tem sido amplamente utilizada no tratamento do LNH da órbita, apesar
dos seus potenciais riscos, com uma taxa de controlo tumoral local muito significativa.
O planeamento deste tipo de tratamento é complexo, e exige a colaboração estreita com a Oftalmologia no
seguimento e durante a terapia, deste tipo de patologia.
O respectivo tratamento decorreu sem complicações significativas mas o seu termo foi relativamente recente pelo
que se considera prematuro falar de resultados, contudo constatou-se, 3 meses após o fim do mesmo, melhoria da
neuropatia óptica, nomeadamente a visão de cores, prssão intra-ocular, o edema da papila e da campimetria
computorizada.
Resumo de (por favor assinale 1): Comunicação Livre x Poster
(CAMPO OBRIGATÓRIO – assinale apenas uma categoria):
Mama Cabeça e Pescoço Pulmão Cuidados Paliativos e Psicológicos
Ginecologia SNC Digestivo Física
Urologia Dermatologia x Hematologia Outros
Nome do Autor: António Silva
Nome dos Co-Autores: M. José Guerrero, Ligia Cardoso, Miguel Jacobetty
Instituição: Hospitais da Universidade de Coimbra Telf.: 239400400
Serviço de Radioterapia - Directora: Dra. Paula Soares