Professional Documents
Culture Documents
Diabetes mellitus
Diabetes mellitus é uma doença metabólica
caracterizada por um aumento anormal da
glicose ou açúcar no sangue . A glicose é a
principal fonte de energia do organismo, mas
quando em excesso, pode trazer várias
complicações à saúde.
Quando não tratada adequadamente, causa
doenças tais como infarto do coração, derrame
cerebral, insuficiência renal, problemas visuais
e lesões de difícil cicatrização, dentre outras
complicações.
Embora ainda não haja uma cura definitiva para
o Diabetes, há vários tratamentos disponíveis
que, quando seguidos de forma regular,
proporcionam saúde e qualidade de vida para o
paciente portador.
Epidemiologia
O Diabetes afeta cerca de 12% da população no
Brasil (aproximadamente 22 milhões de
pessoas) e 05% da população de Portugal (500
mil pessoas) .
De acordo com a Organização Mundial da
Saúde, em 2006 havia cerca de 171 milhões de
pessoas doentes da Diabetes, e esse índice
aumenta rapidamente. É estimado que em 2030
esse número dobre. A Diabetes Mellitus ocorre
em todo o mundo, mas é mais comum
(especialmente a tipo II) nos países mais
desenvolvidos. O maior aumento atualmente é
esperado na Ásia e na África, onde a maioria
dos diabéticos será vistos em 2030. O aumento
do índice de Diabetes em países em
desenvolvimento segue a tendência de
urbanização e mudança de estilos de vida.
A diabetes está na lista das 5 doenças de maior
índice de morte no mundo, e está chegando
cada vez mais perto do topo da lista. Por pelo
menos 20 anos, o numero de diabéticos na
América do Norte está aumentando
consideravelmente. Em 2005 eram em torno de
20.8 milhões de pessoas com diabetes somente
nos Estados Unidos. De acordo com a American
Diabetes Association existem cerca de 6.2
milhões de pessoas não diagnosticadas e cerca
de 41 milhões de pessoas que poderiam ser
consideradas pré-diabéticas.
Classificação
DIABETES MELITO TIPO 1
SINTOMAS
- Poliúria - Noctúria
- Polifagia - Perda inexplicada de
peso
- Irritabilidade - Infecção respiratória
- Desejos de bebidas doces
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL
1 – GLICEMIA DE JEJUM
OBS :
As amostras de LCR muitas vezes estão contaminadas
com bactérias ou células , por isso após a coleta
devemos centrifugar e analisar imediatamente ou
refrigerar.
Em urina de 24 horas a glicose é preservada pela
adição de 5ml de ácido acético glacial no frasco
coletor, antes do inicio da coleta., devendo ser
armazenada sob refrigeração; em temperatura
ambiente, podem perder até 40% do seu
conteúdo de glicose nas 24 horas.
2 -GLICEMIA PÓS- PRANDIAL
1 =Hiperglicemia
Eleva a produção hepática e diminui a captação
celular da glicose.
2 =Distúrbio do metabolismo protéico
A gliconeogênese promove a perda protéica,
para cada 100g de glicose formada 175g de
proteínas são destruídas.
3 =Distúrbio do metabolismo lipídico
A deficiência da insulina e a ação do glucagon
estimulam a lipólise e a liberação de ácidos
graxos para a circulação, inibindo também a
atividade da lípase lipoprotéica que reduz o
desdobramento tanto das VLDL como dos
quilomicrons, elevando os triglicérides.
4 =Hiperpotassemia
Uma das ações da insulina é a captação de íons
potássio pelas células
5 =Distúrbios ácido-base
Devido a cetoacidose diabética, os níveis de
bicarbonato do plasma baixam alterando o
pH(6,8).
COMPLICAÇÕES DO DIABETES
MELITO
Do ponto de vista bioquímico as principais
complicações são:
• Cetoacidose Diabética: É um estado de
desordem metabólico complexo caracterizado
por hiperglicemia (> 200 mg/dl), acidose (pH <
7,2) e cetonuria (> 5mEq/L). Ocorre como
conseqüência da absoluta ou relativa deficiência
de insulina que é acompanhada pelo aumento
dos hormônios contra-regulatórios (glucagon,
cortisol, HGH e adrenalina).
• Síndrome Hiperosmolar Hiperglicêmico não-
cetônico: É caracterizado por distúrbio
neurológico, hiperglicemia (> 600),
desidratação profunda, pH > 7.3, bicarbonato >
15 mmol/L e cetose mínima.
• Acidose Láctica: O ácido láctico é um
intermediário no metabolismo dos carboidratos,
proveniente do músculo esquelético, cérebro e
eritrócitos. Níveis de Lactato excedendo 5
mmol/L (valor médio normal = 0,9) e pH
sangüíneo < 7,25 indicam acidose láctica.
• Doença Renal: Ao redor de 10-25% dos
pacientes tratados com doença renal terminal
apresentam nefropatia diabética.
Subseqüentemente, a função renal declina com
elevação da uréia e creatinina plasmática,
eventualmente levando à insuficiência renal.
• Hiperlipidemia: As anormalidades lipídicas
associadas com o diabetes melito incluem:
- Hipertrigliceridemia. A deficiência insulínica
inibe a enzima lípase lipoprotéica reduzindo a
metabolização das VLDL.
- Hipercolesterolemia. O diabetes tipo 2 e a
intolerância à glicose são comumente
associados à hipercolesterolemia.
• Hipoglicemia: É uma condição médica aguda
caracterizada pela concentração da glicose
sangüínea abaixo dos limites encontrados no
jejum (< 50mg/dl em adultos e < 40mg/dl em
recém-nascidos). As principais causas de
hipoglicemia são:
- Neonatais: Pequeno para a idade gestacional/
prematuros; diabetes melito materna; toxemia
da gravidez...
- Crianças: Hipoglicemia cetônica; defeitos
enzimáticos congênitos (doenças do
armazenamento do glicogênio, deficiência
gliconeogênicas); idiopática...
- Adultos: Medicações (doses excessivas de
insulina ou agentes hipoglicemiantes); excesso
de etanol (reduz a gliconeogênese); doenças
hepáticas (cirrose severa, necrose e tumores
hepáticos)...
HEMOGLOBINA GLICADA
Em adultos, os eritrócitos normais contêm
hemoglobina A (97% do total), HbA2 (2,5 %) e
HbF (0,5%). Por diferentes métodos
eletroforéticos e cromatográficos, foram
detectadas subfrações da hemoglobina A,
identificadas como HbA 1a, HbA 1b e HbA 1c
e, coletivamente, denominadas hemoglobinas
glicadas (hemoglobinas glicolisadas ou glico-
hemoglobinas). A fração HbA 1c constitui
aproximadamente, 80% da HbA.
O estudo dessas hemoglobinas é realizado,
principalmente pela medida da subfração HbA
1c em pacientes com diabetes melito. Essa
avaliação indica o controle metabólico do
paciente nas 8 a 10 semanas precedentes ao
teste (as hemoglobinas glicadas são formadas
pela adição espontânea de glicose ao grupo
amino livre das proteínas hemoglobínicas por
reações não-enzimáticas. A velocidade de
síntese é proporcional à concentração de
glicose onde os eritrócitos estão expostos. Os
conteúdos destas subfrações aumentam com a
idade dos eritrócitos), enquanto a glicose
sanguínea reflete o controle somente das 24
horas anteriores. Essa dosagem deve ser
monitorada a cada 3 ou 4 meses em diabéticos
estáveis e, a cada 1 ou 2 meses, em diabéticos
com pobre controle glicêmico.
Determinação da Hb Glicada
Paciente: não necessita jejum para a coleta.
Amostra: sangue total colhido em tubo
contendo EDTA.
Métodos: (a) Cromatografia de troca iônica, (b)
reatividade química e (c) cromatografia por
afinidade e imunoensaio, onde se emprega
microcolunas.
Valores de Referência: estão entre 5 a 8% da
HbA total em indivíduos normais e variam entre
8 a 30% em pacientes com diabetes,
dependendo do grau de controle da glicemia.