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Justa causa.

A falta grave imputada ao empregado deve ficar cabal e


induvidosamente
comprovada, de modo que, havendo dúvida quanto à conduta
infratora imputada, sua
absolvição é medida que se impõe, uma vez que a justa causa é a
pena máxima aplicada
no direito do trabalho.
A dispensa por justa causa é a pena máxima aplicada no direito do trabalho. Seus
efeitos não se limitam aos prejuízos de ordem material, mas sim, sobretudo, ao
ambiente
profissional e familiar do empregado. Não bastasse, pode contribuir, ainda, para
dificultar
a obtenção de novo emprego, cujas conseqüências são por demais conhecidas.
Sensível a essa situação, a doutrina e a jurisprudência pátria, a uma só voz,
firmaram entendimento segundo o qual:
- A falta grave imputada ao empregado deve ficar cabal e induvidosamente
comprovada, de modo que, havendo dúvida quanto à conduta infratora imputada, sua
absolvição é medida que se impõe, em decorrência de ser a justa causa a pena
máxima
aplicada no direito do trabalho, não do vetusto princípio in dubio pro misero,
inaplicável
no tocante a apreciação das provas no processo trabalhista.
Vejamos arestos do Eg. T.R.T. da 18º Região acerca da matéria ora analisada:
JUSTA CAUSA. PROVA FRÁGIL. NÃO CONHECIMENTO. A dispensa por
justa causa, como pena máxima a autorizar a rescisão do contrato
sem ônus para o
empregador, deve ser provada de modo irrefutável, para deixar
induvidosa a falta
grave cometida pelo empregado. À míngua dessa prova, acolhe-se a
dispensa sem
justa causa. (TRT-18ª Reg. - RO 3921/98 - Ac. 0764/99 - Rel. Juiz Luiz Francisco
Guedes
de Amorim - DJGO, 15/03/99, pág. 142).
JUSTA CAUSA. FALTA DE PROVAS. É imperioso a presença de prova
robusta e convincente de atos perpetrados pelo obreiro que
caracterizem justa causa,
pois o seu acolhimento tem sérias conseqüências no meio familiar e
social do
trabalhador. Não há nos autos provas capazes de justificar a dispensa
por justa causa.
Mantenho a sentença. (Juiz José Luiz Rosa). (TRT-18ª Reg. - RO 4465/98 - Ac.
1773/99 -
Rel. Juiz Saulo Emídio dos Santos - DJGO, 03/05/99, pág. 111).
JUSTA CAUSA. APLICAÇÃO. A justa causa é a mais dura penalidade
aplicada ao Obreiro, cuja comprovação em juízo requer prova
robusta, clara e
convincente, a fim de que não dê margem a dúvidas, pois que tal
penalidade traz
efeitos que extravasam as simples relações empregatícias, para
repercutir na vida
familiar, social e profissional do empregado. (TRT-18ª Reg. - RO 1375/99 -
Ac. 4839/00
- Rel. Juiz Heiler Alves da Rocha - DJGO, 13/09/99, pág. 69).
Acerca da justa causa, colaciono a excelente lição do i. Magistrado Tarcísio de
Miranda Monte, Juiz Togado do Eg. T.R.T. da 13ª Região:
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"A DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA.
Existe o instituto jurídico da justa causa para despedimento do
empregado,
protegendo o empregador e propiciando-lhe uma dispensa sem
reparações.
A rescisão por justa causa está incluída na categoria da rescisão
unilateral, na
qual se exime a parte rescindente do pagamento de qualquer
indenização à outra.
Essa rescisão unilateral por justa causa, poderá ter como parte
rescindente o próprio
empregado, nas hipóteses da rescisão do contrato de trabalho pelas
vias indiretas (ou
simplesmente nas "rescisões indiretas", como se costuma chamar).
Aqui, todavia, se
cuida apenas do ato unilateral da rescisão promovida pelo
empregador, por culpa do
empregado, e, conseqüentemente, sem impor reparações por aquele.
Na verdade, não seria justo compelir o empregador a manter em seus
serviços
um empregado que, por sua própria culpa, deixou de merecer a
confiança da
empresa.
REDENTI, endossando a mesma linha de BARASSI, viu como motivo
da
rescisão justa "a prática de ato capaz de fazer desaparecer o
elemento confiança
recíproca, ou mesmo capaz de perturbar gravemente o lado moral da
relação de
serviço".
O contrato de trabalho solidariza empregado e empregador impondo-
os
obrigações recíprocas. E tanto são recíprocas que a lei previu a
rescisão do contrato
por iniciativa do empregado e em vista de falta cometida pelo
empregador (rescisão
indireta).
Segundo Orlando Gomes e Elson Gottschalk, a despedida do
empregado por
justa causa "reflete uma forma patológica de aplicação do Direito, um
anormal
funcionamento das relações jurídicas." Concluem afirmando que tal
modalidade
rescisória é, antes, "o exercício de um poder, o poder disciplinar do
empregador, do
que o mesmo de um direito espontâneo, tal como se manifesta na
rescisão sem justa
causa."
Na lei específica brasileira - a Consolidação das Leis do Trabalho - as
justas
causas são enumeradas no artigo 482, consolidado.
Nosso sistema legislativo é taxativo, ou seja, as hipóteses elencadas
no diploma
legal são numerus clausus; não comportam extensão. Isso implica em
que, fora dos
casos enumerados, não há que se falar em justa causa. No entanto,
há figuras legais -
como a improbidade, o mau procedimento, a indisciplina - que
abrangem uma gama
enorme de condutas possíveis do empregado. Em outras palavras,
dificilmente um ato
faltoso, de natureza grave, que realmente importe em prejuízo ao
vínculo de confiança
existente entre empregado e empregador não será enquadrado como
justa causa.
É necessário, entretanto, que haja sempre a previsão legal de falta
para que
seja aplicada a pena máxima ao obreiro. Analogicamente ao direito
penal, onde o juiz
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deve ater-se necessariamente à conduta típica descrita na lei como
crime, também no
âmbito da jurisdição trabalhista o julgador não pode fugir das
descrições legais.
Nullum crimen sine lege. O velho brocardo latino tem aplicação sobre
ambas as áreas
jurídicas.
Nas palavras do mestre Mozart V. Russomano, “sempre, pois que a
justa causa
atribuída ao empregado não estiver, previamente, estipulada em lei,
o que será difícil
de ocorrer, o empregador não poderá despedi-lo, pois não há pena
aplicável quando
não há previsão legal da mesma.”
A justa causa deve ser apreciada e julgada in concreto e não in
abstracto, ou
seja, não se aprecia a justa causa enumerada, em si mesma, mas
aquela justa causa
praticada por aquele empregado, sem sujeição a medidas padrões
devendo ser
observadas, cuidadosamente, as particularidades de que se
revestiram o seu
cometimento.
Cabe ao Juiz fazer a adequada subsunção entre o ato praticado e a
falta em
que incorreu o obreiro. Qualificando juridicamente os fatos, o juiz
aplica ao
empregado a punição que lhe é devida. Iura novit curia.
Também a personalidade e a posição do faltoso dentro da empresa,
os costumes
e as praxes do estabelecimento, o uso local, etc., são elementos que
não devem ser
desprezados para a melhor decisão.
São elementos configurativos e essenciais da justa causa:
- a gravidade (implica na proporcionalidade e no non bis in idem)
- a atualidade
- a determinância.
O elemento GRAVIDADE é aquele que exige seja a demissão a pena
adequada;
ela e não outra (advertência, suspensão disciplinar, etc.). Das penas,
a demissão é a
medida extrema.
À falta praticada, para não desamparar o empregado, deve ser
aplicada uma
penalidade própria, dentro de uma intensidade recíproca e
equivalente. É o chamado
princípio da proporcionalidade.
A esse respeito preleciona o mestre uruguaio Américo Plá Rodrigues,
em sua
brilhante obra PRINCÍPIOS DE DIREITO DO TRABALHO: “Deve existir
uma
razoável proporcionalidade entre as sanções aplicáveis e a conduta
do trabalhador,
tanto no que se refere à natureza da falta, como a sua reiteração,
como também no
que concerne aos demais antecedentes do trabalhador punido”.
Note-se que é vedada a dupla punição. Vigora também no direito
trabalhista o
princípio do non bis in idem com relação à aplicação de penalidades.
Se determinada
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falta já foi apenada com uma multa ou suspensão, não pode
posteriormente ser
invocada como ensejadora de rescisão do contrato por culpa do
trabalhador.
A demissão - máxime se por justa causa - corresponde a um
gravíssimo fato na
vida do empregado. Para o patrão, geralmente, com a dispensa,
perde-se apenas um
servidor da sua estrutura funcional, enquanto para este a demissão
representa um
seríssimo abalo em todo o seu ordenamento.
Daí por que o ato de demissão por justa causa deve corresponder a
uma falta
efetiva e grave praticada pelo empregado.
A ATUALIDADE protege o empregado contra o despotismo do
empregador.
Evita que fique o trabalhador sempre a mercê da empresa, acoimado
e assustado
dentro do emprego, por causa de um erro que cometeu.
Praticada a falta pelo empregado, cabe ao patrão, em sendo grande
essa falta,
demiti-lo incontinenti. Em assim não agindo, ter-se-á a mesma por
perdoada,
tacitamente, não podendo ela ser mais argüida.
Há que se considerar, entretanto, que determinadas faltas
caracterizam-se
exatamente pelo caráter de habitualidade, como é o caso de desídia,
por exemplo. O
comportamento negligente que constitui essa modalidade de justa
causa configura-se
ao longo do tempo. Em tais hipóteses necessário se faz o exame de
período anterior,
sob pena de nunca se chegar à caracterização da justa causa.
A imediação, entretanto, não significa instantaneidade. Pode e deve o
empregador apurar a culpa do empregado, antes de agir, porém o
lapso de tempo
para tal fim deve ser mínimo, com atuação permanente na apuração
da falta,
permanecendo esta inesquecida até o ato da demissão.
A lei brasileira não fixa qualquer prazo para apuração dos fatos
imputados ao
obreiro e a aplicação da penalidade de dispensa. Cabe ao julgador, no
exame de cada
caso concreto, examinar a razoabilidade do tempo transcorrido entre
a ciência da
falta e sua punição, proferindo decisão sobre a observância do
elemento da
atualidade.
A manifestação imediata evita, ainda, coação ao empregado; do
contrario,
ficaria este sujeito às intenções da empresa que, contra ele como que
sempre estaria
apontando uma arma engatilhada e pronta para disparar. Passaria a
tal o estado de
insegurança que se criava para o trabalhador, que a sua permanência
no emprego
transformar-se-ia num verdadeiro martírio. Ficaria o empregador
sempre esperando
lhe desse vontade de argüir a falta do empregado; e este, angustiado
e inseguro,
estaria sempre aguardando o desmoronamento do seu maior
patrimônio (o emprego)
até que, para livrar-se da insuperável angústia, deixasse por sua
mesma, a casa. Pois,
a respeito dizia ADAM SMITH "... o patrão tem mais fôlego para
esperar do que o
operário"...
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A DETERMINÂNCIA é aquele elemento que exige tenha sido a justa
causa
invocada o fato determinante para o despedimento. E até mesmo
que, no momento da
demissão, seja o empregado faltoso cientificado do motivo (ou
motivos) da ação do
empregador. A falta cometida, portanto, há de ser a causa efetiva da
dispensa. Não
vale o empregador se armar de faltas do empregado se, na verdade,
outro foi o motivo
da demissão.
Esse elemento indica a imprescindibilidade de um nexo de causa e
efeito entre a
falta e a demissão. Essa decorre necessariamente daquela. A esse
respeito, manifestase
Délio Maranhão: “Justa causa é o fato que determina a resolução do
contrato. Uma
vez indicado, a menos que se trate de outro desconhecido e
posteriormente descoberto,
não pode ser substituído por causa diferente. Uma observação se
impõe aqui: os fatos
é que não podem ser mudados. Quanto à classificação jurídica deles,
caberá ao juiz
fazê-la sem ficar jungido à errônea classificação da parte.”
O professor Evaristo de Moraes Filho sintetiza brilhantemente a idéia
da
determinância ao aduzir que a justa causa deve ser anterior e
suficiente para ensejar
a ruptura do vínculo de emprego, não bastando que o justifique mais
tarde, sendo
necessário "que a anteceda, determine e condicione, de forma
precisa e inequívoca, o
específico ato de desistência do contrato". DT - Livros & CD-Rom -
Doutrina e
jurisprudência.
Acerca da imediação na justa causa, é lição do i. Magistrado do T.R.T. da 2ª Região,
Valentim Carrion:
"(...) a reação da empresa, rescindindo o contrato, deve ser imediata,
o que não
afasta o decurso de tempo razoável para reflexão e apuração,
variável com a
complexidade da empresa (...)." Comentários à Consolidação das Leis do
Trabalho",
Editora Saraiva, ano 2.000, 25ª Edição, pg. 357.
Colaciono ementas de votos da lavra do i. Magistrado Sérgio Pinto Martins,
relacionadas com o ponto ora estudado - justa causa:
Indenização de 40% do FGTS. Rescisão antecipada de contrato por
tempo
determinado. A indenização de 40% do FGTS é devida pelo fato de
que houve
rescisão antecipada do contrato de trabalho por tempo determinado,
importando em
dispensa sem justa causa e não em término do contrato de trabalho
temporário. O
contrato de trabalho temporário foi firmado em 90 dias. Não houve,
ainda, prova da
cessação da necessidade transitória e extraordinária que determinara
a contratação
por prazo determinado. Logo, houve dispensa sem justa causa, sendo
aplicável o
parágrafo 1º do artigo 18 da Lei nº 8.036/90. T.R.T. 2ª. RO Juiz Relator:
SÉRGIO
PINTO MARTINS. RO 02980562704.
Justa causa. Improbidade. Considera-se justa causa de improbidade
quando a
empregada alterá o atestado médico de um para quatro dias visando
a comprovar
faltas ao serviço. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO MARTINS. RO
2990305135.
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Abandono de emprego. Publicação em jornal. A comunicação feita no
jornal
chamando o empregado ao trabalho, não tem qualquer valor, pois o
empregado não
tem obrigação de lê-lo, nem na maioria das vezes dinheiro para
comprá-lo. O ideal é
que a comunicação seja feita por meio de carta registrada ou até de
notificação
judicial. O fato de o empregado não atender a comunicação publicada
na imprensa
pelo empregador pedindo retorno do trabalhador ao serviço, sob pena
da
caracterização da justa causa, não revela o seu ânimo de abandonar
o emprego. Deve
o empregador mandar uma carta com aviso de recebimento, ou
telegrama,
convocando o obreiro para o retorno ao trabalho. Poderia também ser
feita uma
notificação judicial ou extrajudicial. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO
MARTINS. RO 2980509951.
Prova testemunhal contraditória. Prevalência. A prova testemunhal foi
contraditória. Enquanto a testemunha da empresa afirmou que o
autor estava
dormindo, a do reclamante disse o contrário. Havendo contradição na
prova
testemunhal, deve-se verificar o ônus da prova da justa causa, que
era da empresa.
Assim, entende-se que a reclamada não fez a prova da justa causa,
sendo devidas as
verbas rescisórias. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO MARTINS. RO
2980456491.
Multa do parágrafo 8º do art. 477 da CLT. Justa causa. As verbas
rescisórias
só são devidas com o trânsito em julgado da sentença, que envolve a
apreciação da
justa causa e dos dias trabalhados. Assim, não se pode falar em
atraso no pagamento
das verbas rescisórias. Dou provimento ao recurso para excluir da
condenação o
pagamento da multa do parágrafo 8º do art. 477 da CLT. T.R.T. 2ª. Juiz
Relator:
SÉRGIO PINTO MARTINS. RO 2980419952.
Justa causa. Imediação. Última falta. Para que haja justa causa é
preciso que a
empresa prove a última falta praticada pelo empregado. No caso dos
autos, não restou
demonstrado pelo empregador que o reclamante tivesse agredido
verbalmente o
segurança (art. 818 da CLT). O segurança relatou por carta o fato em
7.2.97 e a
dispensa só ocorreu em 10.2.97, havendo falta de imediação para a
dispensa. Logo, a
dispensa ocorreu sem justa causa, sendo devidas as verbas
rescisórias. T.R.T. 2ª. Juiz
Relator: SÉRGIO PINTO MARTINS. RO 2980134672.
Justa causa. Abandono de emprego. Comunicação em jornal. A
comunicação
de abandono de emprego em jornal nada prova, pois a empresa tem
o endereço da
residência do reclamante e poderia convocá-lo no referido local para
retornar a
prestar serviços. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO MARTINS. RO
2970093353.
Litigância de má-fé. Não é litigante de má-fé a empresa que
apresenta sua
defesa, sem que se verifique dolo em prejudicar o empregado.
Exerceu, portanto, a
empresa a ampla defesa, assegurada constitucionalmente. Não pode
ser declarada
litigante de má-fé se deixou de fazer a prova que deveria fazer a
respeito da justa
causa e dos descontos feitos na rescisão. Assim, excluo da
condenação os honorários de
advogado pela litigância de má-fé. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO
MARTINS.
RO 2970075380.
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Justa causa. Mau procedimento. Não configura mau procedimento o
fato de a
reclamante namorar com o motorista de ônibus de empresa
contratada para
transportar funcionários da reclamada para casa. A empresa não
comprovou que a
autora estava mantendo relações sexuais com o motorista na Estrada
da Alta Tensão,
nem que havia habitualidade no namoro no referido local. O fato em
si não pode ser
considerado grave, nem foi prejudicial ao serviço, pois deu-se fora do
local de
trabalho. Incabível, portanto, a dispensa motivada, sendo devidas as
verbas
rescisórias. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO MARTINS. RO 2970093582.
Multa do parágrafo 8º do art. 477 da CLT. Justa causa. Havendo
verbas
rescisórias incontroversas, a empresa tinha um dia útil para o
pagamento de tais
importâncias. Alegou que enviou a comunicação ao empregado para
vir recebê-las,
porém não a provou. Multa devida. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO
MARTINS.
RO 2970004962.
Justa causa. Improbidade. Age com improbidade empregado que
exige
comissão de 10% das despesas de condução de outros funcionários,
que eram
fornecidas pela reclamada, principalmente sendo superior hierárquico
daquelas
pessoas. Justa causa mantida. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO
MARTINS. RO
2970004865.
Justa causa. Desídia. É desidioso o empregado que falta
injustificadamente,
tendo sido advertido e suspenso, principalmente no desenvolvimento
da função de
vigilante, em que o obreiro é pago para vigiar o patrimônio de outras
pessoas, que
fica, portanto, desguarnecido. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO
MARTINS. RO
2970005195.
Justa causa. Improbidade. Comete improbidade o empregado que
pratica
crime de furto e posteriormente é condenado criminalmente por esse
motivo, ao
atentar contra o patrimônio do empregador. T.R.T. 2ª. Juiz Relator:
SÉRGIO PINTO
MARTINS. RO 2960451664.
Justa causa. Comete justa causa a empregada que é encontrada
dormindo no
serviço e não volta a trabalhar depois de advertida. Não provou a
autora que estava
doente para elidir a falta grave. Dispensa justificada que se confirma.
T.R.T. 2ª. Juiz
Relator: SÉRGIO PINTO MARTINS. RO 2960341680.
As verbas rescisórias incontroversas foram pagas pela reclamante,
que eram o
saldo de salários e o 13º salário. As demais verbas rescisórias
postuladas na presente
ação são controversas e só foram deferidas na sentença. Na
apreciação da justa causa,
a questão somente será dirimida na sentença, não se podendo falar
em atitude
protelatória da empresa para o não pagamento das verbas rescisórias
que estão
submetidas ao crivo do Poder Judiciário, justamente porque para ela
não seriam
devidas. Havendo controvérsia sobre as verbas rescisórias, em
decorrência da justa
causa alegada pela empresa, há multa do parágrafo 8º do artigo 477
da CLT é
indevida. T.R.T. 2ª. Juiz Relator: SÉRGIO PINTO MARTINS. RO 2960341680.
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Multa do parágrafo 8º do art. 477 da CLT. Justa causa. As verbas
rescisórias
incontroversas foram pagas à reclamante no termo de rescisão
contratual. A sentença
deferiu as demais verbas rescisórias, por não reconhecer a existência
de justa causa.
Entretanto, essas verbas rescisórias são controversas, tanto que só
foram reconhecidas
em Juízo, sendo indevida a multa do parágrafo 8º do art. 477 da CLT.
T.R.T. 2ª. Juiz
Relator: SÉRGIO PINTO MARTINS. RO 2960341532.
Fonte desta compilação: vários julgados dos Tribunais Regionais Trabalhistas.
Finalidade desta compilação: dar aos estudantes de Direito uma visão teórica e
prática do universo jurídico.
Autor desta compilação: Marcos Venero da Costa.
Servidor Público do Eg. T.R.T. da 18ª Região.
Direito - Universidade Federal de Goiás.
Goiânia, 14 de setembro de 2.002 (Sáb.).
Email: venerodamas@ig.com.br

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