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Escola Básica e Secundária de Machico

Curso EFA – Educação e Formação de Adultos


Nível Secundário
Ano Lectivo 2010 / 2011
Área de Competência STC

Núcleo Gerador: Saberes Fundamentais (SF)


Domínio de Referência DR1: Sociedade, Tecnologia e Ciência no contexto
privado
Tema: O Elemento: O Indivíduo e o DNA

Potencialidades do Conhecimento da Sequenciação Genética

‘Numa altura em que se constata, quase


todos os dias, que o terrorismo, a criminalidade
violenta e outras formas de criminalidade, por
exemplo, no domínio sexual, constituem marcas
negativas das sociedades contemporâneas, o
estabelecimento de uma base de dados genéticos
em Portugal constituirá, para além disso, um
contributo valioso para a prevenção, detecção e
dissuasão de actividades criminais» [disponível no
portal do governo, http://www.por-
tugal.gov.pt/Portal/, consultado a 5 de Março de
2008].’

Intervenção do ministro da Justiça num seminário sobre


«Bases de dados de perfis de ADN com fins forenses», decorrido
em Coimbra a 27 de Outubro de 2007

‘A utilização dos arrays de DNA em análises comparativas da expressão genética está


definitivamente implantada nas mais diversas áreas de investigação e diagnóstico. Graças a
esta tecnologia têm-se conseguido avanços importantes na identificação de genes específicos
para determinados tecidos, com repercussões directas no melhor entendimento dos processos
que levam à diferenciação celular (Reinke et al., 2000). Esta tecnologia tem contribuído
também para a obtenção de alguns êxitos recentes na identificação de genes envolvidos na
resposta a condições de stress, como sejam a presença de toxinas e alterações no meio de
crescimento em geral (Nuwaysir et al., 1999), e no desenvolvimento do ciclo celular; com
sejam fenómenos associados à replicação do DNA, mitose, apoptose, esporulação,
embriogénese, etc. (Marton et al., 1998). Finalmente, a área da saúde será porventura aquela
onde a introdução dos arrays de DNA estará a causar maior impacto, nomeadamente, na área
do desenvolvimento de novos fármacos (Heller et al., 1999), na busca de polimorfismos
associados a condições clínicas, por exemplo nos diabetes e em algumas condições cardíacas
(Wang et al., 1998), e na tipagem de alguns tipos de cancro (Scherf et al., 2000; Ross et al.,
2000 ).´

Jorge M. Santos, Raquel M. Silva, Pedro Domingues, Francisco Amado, e Manuel A. S. Santos in Genómica
funcional em Aveiro
Nº 68, Abril de 2001, pp13-18

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Escola Básica e Secundária de Machico
Curso EFA – Educação e Formação de Adultos
Nível Secundário
Ano Lectivo 2010 / 2011
Área de Competência STC

‘Amostras de DNA comprovam que vida urbana ajudou na resistência à infecções

Pesquisa mostrou que variação genética que reduz chance de contrair doenças é mais
frequente em áreas com urbanização mais antiga

Uma nova pesquisa realizada no University College London, na Inglaterra, descobriu que uma
variação genética que reduz a chance de contrair doenças como a tuberculose e a hanseníase
é mais frequente em populações com longas histórias de vida urbana. Os resultados do estudo
mostram que em áreas com uma longa história de assentamento urbano, os habitantes de
hoje em dia são mais propensos a ter a variante genética que oferece resistência à infecção.

Nas cidades antigas, as condições sanitárias precárias e a alta densidade populacional teria
fornecido um terreno ideal para a propagação da doença. A seleção natural deve significar que
os seres humanos desenvolveram resistência à doença em populações urbanizadas ao longo do
tempo. No entanto, esta associação tem sido muito difícil de avaliar - em especial na pré-
história.

Agora, cientistas do University College Londres e do Royal Holloway testaram a teoria através
da análise de amostras de DNA de 17 diferentes populações humanas que vivem na Europa,
Ásia e África. Além disso, eles procuraram a literatura arqueológica e histórica para encontrar
os registros mais antigos da primeira cidade ou aglomerado urbano nessas regiões.

Ao comparar as taxas de resistência à doença genética com a história urbana, eles mostraram
que a exposição a patógenos no passado liderou a resistência à propagação da doença através
das populações, com os nossos antepassados passando resistência aos seus descendentes.

"Os resultados mostram que a variante protetora é encontrada em quase toda a população do
Oriente Médio até a Índia e em partes da Europa, onde as cidades têm em torno de milhares
de anos", disse o professor Mark Thomas.

"O método que empregamos aqui, faz uso de novos dados históricos e arqueológicos, como
um meio para explicar a distribuição e a frequência de uma variante genética, e para
identificar uma fonte da seleção natural. Este parece ser um exemplo elegante da evolução em
ação. Ele destaca a importância de um aspecto muito recente de nossa evolução como espécie,
o desenvolvimento das cidades como uma força seletiva. Também poderia ajudar a explicar
algumas das diferenças que observamos na resistência à doença em todo o mundo", observou
o pesquisador Ian Barnes.

"A densidade populacional parece desempenhar um papel importante na formação de muitos


aspectos da nossa espécie", disse Thomas. "Foi um fator vital na manutenção das habilidades
complexas e da cultura pela nossa espécie, que nos distinguem dos outros primatas. Dirigiu
muitas das diferenças genéticas que vemos hoje entre as diferentes populações de todo o
mundo. E agora, ao que parece, ela também influenciou o modo da propagação de doenças
infecciosas no passado e como nós evoluímos para resistir a essas doenças".

http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/11415/ciencia-e-tecnologia/amostras-de-dna-comprovam-que-vida-
urbana-ajudou-na-resistencia-a-infeccoes

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