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Inicialmente, é mais que válido chamar a atenção para o fato de que a dedicação
exclusiva nada mais é do que um regime de trabalho; assim, "quando se fala em
regime de dedicação exclusiva, não se está referindo a nenhum outro cargo público
específico, mas a um regime de trabalho inerente ao cargo de Professor, seja de
Universidade, Escola Técnica ou de Ensino Fundamental, previsto em legislação
específica", como acertadamente salientado pela Secretaria de Recursos Humanos do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, quando do Despacho
proferido nos autos do Processo no. 04500.000276/2005-21, datado de 14.05.2005 e
aprovado pelo Sr. Secretário de Recursos Humanos do MPOG no dia seguinte.
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(Direito Administrativo Brasileiro, São Paulo, 16 a. ed., 2a. tir., Ed. Revista dos
Tribunais,, 1991, p. 401, 402 e 403) (grifei)
Contudo, este mesmo Decreto, em seu art. 2 o., "caput", determinou que:
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Como retratado pelo art. 10, parágrafo único do Decreto no. 57.744, de
03.02.1966, "verbis":
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Seja o regime estatutário; seja o celetista; seja algum outro que vier a ser criado,
na forma preconizada pelo art. 39, "caput" da CF/88, com a redação dada pela Emenda
no. 19/98, o resultado terá que ser sempre o mesmo: a obedi ência da legislação
infraconstitucional às grandes normas e aos superiores princípios sediados na
Constituição Federal.
Logo, assim também dever á ser no que disser respeito à definição das espécies
de regimes de trabalho dos servidores públicos federais, e também assim deverá ser em
tudo o que disser respeito às hipóteses de vedação ou de permissão de acumulação de
cargos, empregos e/ou fun ções públicos.
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hipótese de acumulação de cargos, empregos e/ou funções públicas, que tenha sido
permitida expressamente pela Constituição Federal.
Como, aliás, já teve oportunidade de decidir a Colenda 6a. Turma do Eg. STJ,
quando do julgamento do RESP no. 97.551-PE, Rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro,
dec. Un. Pub. DJU 25.8.1997, p. 39.411, cuja respectiva ementa passo a transcrever:
Chega-se, aqui, à conclusão que logo no início deste trabalho, foi antecipada.
E assim tem sido, tanto pelo próprio legislador, como pelo administrador,
como pelo órgão maior encarregado do controle da execução orçamentária dos órgãos e
entidades da Administração Pública Federal, e dos Três Poderes: o TCU.
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"O Plenário, diante das razões expostas pelo Relator, de acordo com
os pareceres, decide conhecer da presente consulta para responder ao
TRT/15 a. Região que ao juiz classista temporário é possível, em
havendo compatibilidade de horários, o exercício concomitante do
magistério público." (grifei)
A primeira norma referente a regime de tempo integral foi instituída pelo art.
244 da Lei no. 1.711, de 28.10.1952, o antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
da União, o qual, obviamente, nenhuma menção fez em relação aos magistrados.
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Art. 51. O servidor que, para optar pelo regime de tempo integral,
for obrigado a desacumular, terá, como gratificação, importância não
inferior à do vencimento do cargo desacumulado."
Redação esta que, como não podia ser de outro modo, reproduzia a norma
contida nos arts. 185 e 96, I da CF/46, "verbis":
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(Curso de Direito Constitucional, 2002, São Paulo: Celso Bastos Editor, p. 543)
(grifei)
Além dessa condi ção, outra tinha que ser satisfeita, e ao mesmo tempo.
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Conclui-se, assim, que aos juízes não se poderia exigir nem o preenchimento
prévio do requisito da compatibilidade de matérias – o que ser-lhe-ia impossível,
como visto -, e, por igual, nem ser-lhe-ia possível exigir o cumprimento prévio do
requisito da comprovação da compatibilidade de horários – o que também ser-lhe-ia
impossível juridicamente.
O juiz é juiz 24 horas por dia, todos os dias da semana, todos os meses, o ano
inteiro, ininterruptamente.
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É ler-se:
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acumular." (grifei)
Basta a simples leitura comparativa para concluir-se, sem maior esforço, que o
art. 18 da Lei no. 5.539/68 teve em mira não o art. 26 da Lei no. 4.881-A/65, mas
apenas o art. 39 desta.
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A exclusividade dos destinatários já havia sido mencionada pela Lei no. 4.345,
de 26.6.1964, que instituíra "novos valores de vencimentos para os servidores públicos
civis do Poder Executivo" e dera "outras providências", a qual, em seus arts. 11 e 12,
dispusera:
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A Lei no. 4.863, de 29.11.1965, por seu turno, dispôs, em seu art. 7 o .:
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§ 5º (...)
É certo, não obstante, que o Decreto no. 97.595, de 29.3.1989, em seus arts. 1 o. e
§ 1o., e 2o., previu a figura da compatibilidade de horários também para os juizes que
estivessem a acumular os cargos de magistrado e de professor.
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É para lá de manifesto que aquilo sobre o que o art. 1o., § 2o. do Decreto no.
97.595, de 29.3.1989 está a tratar é, precisamente, a regulamentação da acumulação de
cargo de professor de instituição federal de ensino superior, em regime de dedicação
exclusiva, com o cargo de magistrado.
Norma esta que foi alterada pelo art. 26 do Decreto no. 59.676, de 06.12.1966,
"verbis":
Certo, é mais que notório o fato de que os juízes, para tentarem dar conta da
pletora de causas que, aos milhares, lhes são distribuídas para decidirem, costumam
levar autos e autos para suas casas, a fim de continuar o trabalho inclusive nos períodos
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Mas, daí a enxergar nesse proceder voluntário e altruísta dos juízes, norma
legal ou regulamentar restritiva do desempenho de quaisquer outras atividades,
ainda que fora do expediente forense ordinário, vai uma longa distância...
Leia-se:
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E tanto era assim, que o art. 18, II da Lei no. 5.539/68 era expresso ao referir-se
a cargo, ainda que de magistério.
"Art. 2 o . – (...)
Valendo destacar que o objetivo desse ato regulamentar era o de "dispor sobre a
instituição de Programa de Implantação Progressiva do Regime de Tempo Integral e
Dedicação Exclusiva para as atividades de pesquisa da Administração
Federal..." (grifei), consoante sua ementa.
Distinção esta que foi observada pelo Decreto no. 67.349, de 06.10.1970, que
instituiu o Programa de Implantação Progressiva do Regime de Tempo Integral e
Dedicação Exclusiva para as atividades de pesquisa da Administração Federal, que, em
seu art. 2o ., parágrafo único, dispôs:
Assim, por exemplo, no Decreto no. 1.590, de 10.8.1995, que dispõe sobre "a
jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública Federal direta, das
autarquias e das fundações públicas federais", o art. 1o., "caput" e inciso I, impõe o
período de "oito horas diárias" ("caput") e de "quarenta horas semanais, exceto nos
casos previstos em lei específica, para os ocupantes de cargos de provimento
efetivo"; o inciso II deste mesmo artigo, por sua vez, prevê "regime de dedicação
integral, quando se tratar de servidores ocupantes de cargos em comissão ou função de
direção, chefia e assessoramento superiores, cargos de direção, função gratificada e
gratificação de representação", sem fazer qualquer alusão a número de horas a serem
trabalhadas, por dia ou por semana, o que mais destaca a natureza de provimento em
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No que foi seguido pelo Decreto no. 4.432, de 18.10.2002, cujo art. 4 o ., inciso I
estatuiu:
Mas também deve ser observado que as leis que dispuseram sobre os Estatutos
do Magistério Superior sempre incluíram no cômputo da carga horária dos professores
as atividades próprias de magistério superior.
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Vê-se, outrossim, que o art. 26 apenas estabeleceu carga hor ária total
diferenciada, para menos, em favor dos docentes submetidos a regime de
dedicação exclusiva e tempo integral, em comparação com os demais docentes
sujeitos "ao regime normal" de quarenta horas.
Por sua vez, o art. 25 Lei no. 9.394, de 20.12.1996 – Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, em seu art. 67, inciso V, determina que o "período reservado a
estudos, planejamento e avaliação" por parte dos "profissionais de educação" será
"inclu ído na carga de trabalho".
Este o fundamento pelo qual o Decreto no. 3.860, de 09.7.2001, em seu art. 9o .,
dispôs que:
"Art. 9o. – Para os fins do inciso III do art. 52 da Lei no. 9.394, de
1996, entende-se por regime de trabalho docente em tempo integral aquele
que obriga a prestação de quarenta horas semanais de trabalho na
mesma instituição, sendo nele reservado o tempo de vinte horas
semanais destinado a estudos, pesquisas, trabalhos de extensão,
planejamento e avaliação". (grifei)
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O caráter mínimo daquela reserva de tempo pode ser dimensionado pelas várias
hipóteses consideradas como integrantes das "atividades de ensino" e de "programas
e projetos de interesse da instituição de ensino" pelo Decreto no. 4.432, de
18.10.2002.
Aliás, o art. 3o., I do Decreto no. 94.664, de 23.7.1987, que aprovou o Plano
Único de Classificação e Retribui ção de Cargos e Empregos de que trata a Lei no.
7.596, de 10.04.1987, também já dispusera:
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Como seria possível admitir-se, em não sendo deste modo, que um professor,
submetido a regime de trabalho integral, ou em dedicação exclusiva, que estivesse a
integrar uma Banca Examinadora de Teses de Doutorado, por exemplo – hipótese de
"programa e projeto de interesse da instituição de ensino", consoante o art. 3o ., "caput" e
inciso VII do Decreto no. 4.432/2002 -, cujos trabalhos tivessem se desenvolvido por
mais de cinco horas seguidas, em dois ou três dias da semana, acabasse descontado em
seus vencimentos, ou pior, respondesse a sindicância ou a processo administrativo
disciplinar, por não ter cumprido as restantes vinte horas de trabalho a que estava
obrigado, já que o período de reserva de tempo para aquela atividade – repita-se, de
interesse da própria instituição de ensino superior – seria de, no m áximo, vinte horas
semanais, ex vi o art. 9 o . do Decreto no. 3.860, de 09.7.2001?
O absurdo é completo.
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"(...) 17. Por mais apto e dotado, física e mentalmente, que seja o
servidor, não se concebe razoável entenderem-se compatíveis os horários
cumpridos cumulativamente de forma a remanescer, diariamente, apenas
oito horas para atenderem-se à locomoção, higiene física e mental,
alimentação e repouso, como ocorreria nos casos em que o servidor
exercesse dois cargos ou empregos em regime de quarenta horas semanais,
em relação a cada um. (...)"
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O art. 13, parágrafos 1 o . e 2o. da Lei no. 5.539, de 27.11.1968 assim dispõe:
"Art. 13 – (...)
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"§ 2o . – O intervalo para refei ção não poderá ser inferior a uma
hora nem superior a três horas." (grifei)
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Federal, de cumprir com intervalo de onze horas entre duas jornadas de trabalho, com
isto prologando-se para a esfera estatutária norma trabalhista destinada às relações entre
empregadores e empregados privados, deve ser lembrado, como fez a Secretaria de
Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gest ão – MPOG,
quando do Despacho proferido nos autos do Processo no. 04500.00276/2005-21, que "a
dedicação exclusiva, prevista no art. 14 do Decreto no. 94.664, nada mais é do que
um regime de trabalho", e que, "quando se fala em regime de dedicação exclusiva,
não se está referindo a nenhum outro cargo público específico, mas de um regime
de trabalho inerente ao cargo de Professor, seja na universidade, escola técnica ou
de ensino fundamental, previsto em legislação específica".
Norma esta que não só foi mantida pelo art. 6o ., "caput" do Decreto no. 57.744,
de 03.02.1966, mas que ainda contou, em seu parágrafo único, com a imposição de
acréscimo de "período de trabalho" "de, no mínimo, 6 (seis) horas semanais", "em
se tratando de atividade de magistério".
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Exigir-se, desta forma, apenas dos juízes que acumulem cargo de professor
de instituição de ensino superior, e sendo eles, também, profissionais do ensino, mas
não fazer igual exigência aos demais professores da mesma instituição de ensino
superior, à falta de controle de freqüência, somente por não serem estes, juízes,
importará em ofensa manifesta ao princípio da isonomia, ao qual está
constitucionalmente vinculada toda a Administração Pública Federal, direta, indireta e
fundacional.
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É importante chamar a atenção para o fato de que O art. 3o ., "caput" da Lei no.
7.596, de 10.04.1987 expressamente assegura "a uniformidade de critérios para
ingresso mediante concurso público de provas, ou de provas e títulos" nas
Universidades e demais instituições federais de ensino superior.
Por último, há que se recordar a decisão proferida pelo Pleno do Eg. STF,
quando do julgamento da ADI no. 3126, Rel. Min. Gilmar Mendes, dec. p. maioria pub.
DJU 06.5.2005, quando decidiu-se que os magistrados, autorizados que estão
diretamente pela Constituição Federal, podem exercer dois ou mais cargos de
magistério, desde que haja "a compatibilização de horários, que se resolve caso a
caso", como dito pelo Exmo. Sr. Ministro Presidente Nélson Jobim, quando de decisão
liminar, ao final referendada pelo Colegiado maior.
CONCLUSÕES
Logo, tudo o que disser respeito à defini ção das espécies de regimes de trabalho
dos servidores públicos federais, quanto às hipóteses de vedação e de permissão de
acumulação de cargos, empregos ou funções públicas, terá que obedecer as normas e os
princípios constitucionalmente fixados;
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Neste sentido, decidiu o Pleno do Eg. STF quando do julgamento da ADI no.
3126, Rel. Min. Gilmar Mendes, por maioria, acórdão publicado no DJU de 06.5.2005,
que "o exercício de mais de uma função no magistério não importa em lesão ao bem
privilegiado pela CF – o exercício da magistratura", e que "a questão é a
compatibilização de horários, que se resolve caso a caso";
Ao tempo em que vigentes os arts. 96, I e 185 da CF/46 e 26, § 2o. e 39 da Lei
no. 4.881-A, de 06.12.1965, a legislação era explícita no sentido de exigir as
compatibilidades de matérias e de hor ários somente aos professores, excluídos os
juízes;
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BIBLIOGRAFIA
Sobre o autor
Alberto Nogueira Júnior é autor dos livros: "Medidas Cautelares Inominadas Satisfativas ou
Justiça Cautelar" (LTr, S ão Paulo, 1998) e "Cidadania e Direito de Acesso aos Documentos
Administrativos" (Renovar, Rio de Janeiro, 2003).
E-mail: Entre em contato
Sobre o texto:
Título original: "Da possibilidade de acumulação de cargo de professor universitário de
instituição de ensino superior pública, em regime de dedicação exclusiva, com cargo de
magistrado federal".
Texto inserido no Jus Navigandi nº1027 (24.4.2006)
Elaborado em 01.2006.
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Informações bibliográficas:
Conforme a NBR 6023:2000 da Associa ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto científico publicado em
periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma:
NOGUEIRA J ÚNIOR, Alberto. Da possibilidade de acumulação de cargo público de professor
universitário, em regime de dedicação exclusiva, com cargo de magistrado federal . Jus
Navigandi, Teresina, a. 10, n. 1027, 24 abr. 2006. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8261>. Acesso em: 24 abr. 2006.
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