Professional Documents
Culture Documents
Universidade de Brasília
IHD - Dpto. de História
Brasília -DF- 70910-900 www.pej-unb.org
DANIÉLICAS”
VII SEMINÁRIO DE ESTUDOS DE APOCALÍPTICA / I SEMINÁRIO
INTERNO DO PROJETO DE ESTUDOS JUDAICO-HELENÍSTICOS - PEJ -/
I SEMINÁRIO DO GEA, 28 DE NOVEMBRO - 01 DE DEZEMBRO 2006
Resumo / abstract
2
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
3
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
4
Maurice Casey. “Porphyry and the origin of the Book of Daniel” in:
Journal of Theological Studies, 27.1, 1976. P.64.
5
John J. Collins. Daniel: with an Introduction to Apocalyptic
Literature. Grand Rapids: Eerdmans, 1984. P.109. No Glossário
fornecido por Collins nas últimas páginas do livro encontra-se um
verbete para “apocalipse histórico”, conceituado como um subgênero de
apocalipse que se caracteriza pela ausência de viagem ao além e pela
presença de profecias ex-eventu da história na forma de uma
periodização ordenada por predições escatológicas indicadas pelos
sinais do fim, do julgamento, da salvação e da ressurreição dos
mortos.
4
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
6
Idem, p.34. Cf. também John J. Collins e Peter W. Flint (orgs.). The
Book of Daniel: Composition and Reception. 2 vols. Leiden / Boston:
Brill, 2002. P.38.
7
Collins, Daniel, pp.36-38.
8
Antíoco IV Epífanes (215-164 a.C.), terceiro filho de Antíoco III,
tornou-se rei em 175 do império selêucida. Sua intervenção em
Jerusalém com vistas à sua helenização resultou em uma imagem negativa
do rei, do ponto de vista da historiografia selêucida, como
apresentado em Macabeus 1-3. Cf. Old Greek Dictionary.
9
Gleason L. Archer Jr. St. Jerome’s Commentary on Daniel. Grand
Rapids: Baker, 1958. P.491.
5
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
10
Collins, Daniel, p.39.
6
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
11
AJ 10.266-267.
12
Plotino (205–269/70 d.C.), um dos maiores expoentes da filosofia
neoplatonista, era natural do Egito, não obstante seu nome fosse
romano, e provavelmente tinha o grego por língua materna. Em Roma
tornou-se uma figura central em meio a um influente círculo de
intelectuais, do qual Porfírio fazia parte. Para os historiadores
contemporâneos, o trabalho de Plotino representa o desenvolvimento
lógico de um pensamento grego anterior, cujos elementos organizou em
uma nova síntese destinada a satisfazer as necessidades de seu momento
histórico. Anastos explica que os historiadores divergem em opinião
acerca da postura de Plotino diante do conflito entre pagãos e
cristãos; não se pode afirmar que o filósofo, por sua orientação
neoplatônica ou outra razão, contendeu com os cristãos, diferentemente
do que ocorre com seu discípulo Porfírio. Cf. Milton Anastos.
“Porphyry’s Attach on the Bible” in: Luitpold Wallach (ed.). The
Classical Tradition: Literary and Historical Studies in Honor of Harry
Caplan. Ithaca: Cornell University Press, 1966. P.423.
13
Neoplatonismo é um termo moderno para a renovação da filosofia
platônica por Plotino no séc.III a.C. e tornou-se a filosofia
dominante do mundo antigo até o séc.VI d.C.. Plotino desenvolveu uma
interpretação peculiar de Platão, que apresenta idéias profundamente
metafísicas e psicológicas que ofereceram a seus sucessores uma base
frutífera de reflexão.
14
Collins, Daniel. A Critical and Historical Commentary on the Book of
Daniel, p.114.
7
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
15
Anastos, op.cit. p.424.
16
Collins, Daniel. A Critical and Historical Commentary on the Book of
Daniel, p.114.
17
Archer Jr., op.cit. p.491.
18
Nem mesmo Jerônimo teve acesso direto ao tratado completo de
Porfírio, o que vale para todos os comentadores clássicos posteriores
a 325 a.C. (Anastos, op.cit. p.424). Isso evidencia que o CJr não
aborda a totalidade das idéias desenvolvidas por Porfírio acerca da
doutrina cristã e de sua exegese bíblica. Essa conclusão constitui um
argumento a favor de Casey, ao afirmar que “[...] Jerônimo era um
experiente polemista da mais extrema hostilidade, logo não seria
surpreendente descobrir que algumas de suas análises são enganosas”
in: Casey, op.cit. p.15.
8
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
19
Archer Jr., op.cit. p.491.
20
Idem, p.491-492.
21
Idem, p.491.
22
Acerca do relativo consenso que passou a existir na historiografia
quanto ao caráter pseudepigráfico de Daniel, sua datação e seu
contexto geral, cf. Collins e Flint, The Book of Daniel, vol.1, pp.1-
2.
9
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
23
Casey, op.cit. p.23.
24
Idem, p.19.
25
Archer Jr., op.cit. p.531.
26
Casey, op.cit. p.17.
10
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
27
Idem, p.19.
28
Collins, Daniel. A Critical and Historical Commentary on the Book of
Daniel, p.116.
29
Idem, p.21.
11
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
30
Casey, op.cit. p.20.
31
Archer Jr., op.cit. p.533.
32
Casey apresenta um estudo, em seu artigo, acerca do caráter
falacioso de algumas interpretações de Jerônimo sobre a crítica de
Porfírio. Cf. Casey. op.cit. p.22.
33
Collins. Daniel. A Critical and Historical Commentary on the Book of
Daniel, p.114.
34
Archer Jr. op.cit. p.576.
12
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
35
Casey, op.cit. pp.16-17. Jerônimo trata o argumento de Porfírio como
se este se referisse a uma datação das revelações contemporânea ao
reinado de Antíoco IV Epífanes, quando na verdade Porfírio propõe uma
datação posterior ao governo do rei selêucida.
36
Idem, p.23.
13
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
14
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
38
Em acréscimo ao fato de que entre a composição de Dn e a de CC não
há traços da existência de uma tradição exegética siríaca, é
importante destacar a observação de Collins de que Aphrahat não é uma
testemunha satisfatória da suposta tradição, pelas interpretações
confusas que faz acerca da simbologia daniélica; que a identificação
que faz Ephraim do “Filho do Homem” identifica-o com os Macabeus,
porém encontra sua plenitude em Cristo; e que Policrônio identifica os
“santos do Altíssimo” como aqueles que acreditam em Cristo. Assim,
torna-se evidente que a correspondência de Porfírio com esses autores
está longe de se completar. Cf. Collins, Daniel. A Critical and
Historical Commentary on the Book of Daniel, pp.114-117.
15
PEJ - UnB 2006 - Lilian Chaves Maluf
39
Idem, p.116.
16