You are on page 1of 10

Petróleo e Biodiesel: Aspectos legais.

DECRETO Nº 4.871, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2003 - Dispõe sobre a


instituição dos Planos de Áreas para o combate à poluição por óleo em águas sob
jurisdição nacional e dá outras providências.
Segundo o Art. 2º deste Decreto, são definidos como Plano de Área
“documento ou conjunto de documentos que contenham as informações, medidas e
ações referentes a uma área de concentração de portos organizados, instalações
portuárias, terminais, dutos ou plataformas e suas respectivas instalações de apoio,
que visem integrar os diversos Planos de Emergência Individuais da área para o
combate de incidentes de poluição por óleo, bem como facilitar e ampliar a capacidade
de resposta deste Plano e orientar as ações necessárias na ocorrência de incidentes
de poluição por óleo de origem desconhecida.” Deste modo, o Decreto em questão
visa a orientação de procedimentos a serem realizados, a fim de prevenir e controlar
possíveis acidentes de derramamento de óleo em águas.

LEI Nº 9.478, DE 06 DE AGOSTO DE 1997 - Dispõe sobre a Política


Energética Nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o
Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá
outras providências.
Dentre os objetivos desta Lei, está a proteção ao meio ambiente e promoção
da conservação de energia, além da utilização de fontes alternativas de energia. As
finalidades da Agência Nacional de Petróleo são intituídas no Artigo 8º desta lei:" A
ANP terá como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das
atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos
biocombustíveis.” São definidos ainda parâmetros legais para a Importação,
Exportação e transporte de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural, e parâmetros
relacionados às funções e deveres da PETROBRAS.

Decreto nº 2.455, de 14.01.1998, implantou a Agência Nacional do Petróleo -


ANP, autarquia sob regime especial, aprovou sua Estrutura Regimental e o Quadro
Demonstrativo dos Cargos em Comissão e Funções de Confiança.

Lei nº 11.116, de 18 de maio de 2005 - Dispõe sobre o Registro Especial, na


Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, de produtor ou
importador de biodiesel e sobre a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins sobre as receitas decorrentes da venda desse produto [...].
Além disso, define as taxas de contribuição para o PIS/Pasep e a Contribuição
Social para o Financiamento da Seguridade Social, e dispõe sobre as
penalidades as quais estarão sujeitos os não cumpridores destes.

LEI Nº 11.097, DE 13 DE JANEIRO DE 2005 - Dispõe sobre a introdução do


biodiesel na matriz energética brasileira; altera as Leis nos 9.478, de 6 de agosto
de 1997, 9.847, de 26 de outubro de 1999 e 10.636, de 30 de dezembro de 2002; e
dá outras providências.
Determina, ainda, como 5% (cinco por cento), em volume, o percentual mínimo
obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor
final, em qualquer parte do território nacional.
_____________________________________________________________________

Biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode


ser obtido por diferentes processos tais como o craqueamento, a esterificação ou pela
transesterificação. Pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos
vegetais, existindo dezenas de espécies vegetais no Brasil que podem ser utilizadas,
tais como mamona, dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso e soja,
dentre outras.

Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções. A mistura de 2%


de biodiesel ao diesel de petróleo é chamada de B2 e assim sucessivamente, até o
biodiesel puro, denominado B100.

Segundo a Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005, biodiesel é um “biocombustível


derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com
ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de
energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil”.

A transesterificação é processo mais utilizado atualmente para a produção de


biodiesel. Consiste numa reação química dos óleos vegetais ou gorduras animais com
o álcool comum (etanol) ou o metanol, estimulada por um catalisador, da qual também
se extrai a glicerina, produto com aplicações diversas na indústria química.

Além da glicerina, a cadeia produtiva do biodiesel gera uma série de outros co-
produtos (torta, farelo etc.) que podem agregar valor e se constituir em outras fontes
de renda importantes para os produtores.

As vantagens do biodiesel

• É energia renovável. As terras cultiváveis podem produzir uma enorme variedade de


oleaginosas como fonte de matéria-prima para o biodiesel.

• É constituído por carbono neutro, ou seja, o combustível tem origem renovável ao


invés da fóssil. Desta forma, sua obtenção e queima não contribuem para o aumento
de CO2 na atmosfera, zerando assim o balanço de massa entre emissão de gases dos
veículos e absorção dos mesmos pelas plantas.

• Contribui ainda para a geração de empregos no setor primário, que no Brasil é de


suma importância para o desenvolvimento social. Com isso, evita o êxodo do
trabalhador no campo, reduzindo o inchaço das grandes cidades e favorecendo o ciclo
da economia auto-sustentável essencial para a autonomia do país.

• Com a incidência de petróleo em poços cada vez mais profundos, muito dinheiro esta
sendo gasto na prospecção do petróleo o que torna cada vez mais onerosa a
exploração e o refino das riquezas naturais subsolo no Brasil, havendo então a
necessidade de se explorar os recursos da superfície o que pode ter um fim social
melhor para o país, visto que o cultivo e a colheita das plantas oleaginosas, como a
mamona e o pinhão manso, são vegetações naturais do semi-árido e não requerem
nenhum investimento e uma vez, que até a colheita sera feita manualmente pelos
próprios nordestinos evitando o êxodo rural para os grandes centros.

• Nenhuma modificação nos atuais motores do tipo ciclo diesel faz-se necessária.
Desta forma, é mais simples e menos oneroso os fabricantes conservarem a
tecnologia do que modificar os atuais motores, como foi o caso da tecnologia auto-
regulável do motor Elsbett que já pode funcionar com qualquer tipo de mistura
oleaginosa e inclusive biodiesel com banha.

Desvantagens na utilização do Biodiesel

• Os grandes volumes de glicerina previstos como subprodutos e equivalentes entre 5


e 10% do produto bruto e que não servem nem para piso asfaltico, não poderão ter
colocação mesmo se negociados a preços irrisórios e desse modo, todo o programa
de despoluição dos rios e lagos brasileiros incluindo a fauna, serão afetados e junto o
esforço dos ambientalistas.

Para se ter uma idéia da quantidade de glicerina resultante no Programa Biodiesel


(B2), basta dizer que no período inferior a 1 ano, os tanques de combustível das
refinarias, dos postos de revenda e veículos consumidores, seriam insuficientes para
armazenar esse rejeito e se não for urgentemente desenvolvido uma tecnologia similar
ao Motor Diesel, capaz de absorver esses derivados, dissipando-os na atmosfera e
sem poluir, não há ainda uma visão clara sobre os impactos ambientais desta oferta
de glicerina, haja visto, tratar-se também de matéria prima indispensável na
industrialização de explosivos como o TNT e que infelizmente, no Brasil, não se
conhece ainda outras aplicações que explorem “as reações associadas ao glicerol“ de
forma mais controlável e para uso energetico, que é o que se deve atingir.

• No Brasil e na Ásia, lavouras de soja e dendê, cujos óleos são fontes potencialmente
importantes de biodiesel, estão invadindo florestas tropicais, importantes bolsões de
biodiversidade. Embora, aqui no Brasil, essas lavouras não tenham o objetivo de
serem usadas para biodiesel, essa preocupação deve ser considerada.

• A produção intensiva da matéria prima de origem vegetal leva a um esgotamento das


capacidades do solo que provoca estragos a médio prazo, para além da destruição da
fauna e flora natural, aumentando o risco de erradicação de espécies e aparecimento
de novos parasitas e o retorno da malária.

Aspectos econômicos do biodiesel

Em 2002, a demanda total de diesel no Brasil foi de 39,2 milhões de metros cúbicos,
dos quais 76% foram consumidos em transportes. O país importou 16,3% dessa
demanda, o equivalente a US$ 1,2 bilhão. Como exemplo, a utilização de biodiesel a
5% no país, demandaria, portanto, um total de dois milhões de metros cúbicos de
biodiesel.

Fundamentos estratégicos do biodiesel

O biodiesel, não deve ser visto apenas como um produto, mas também como um
projeto a nível governamental, que tem como missão, promover a curto prazo, a fusão
dos recursos renováveis (biocombustível) com os esgotáveis (petróleo),
subentendendo-se que; somente os as refinarias autorizadas pela ANP poderão
proceder a mistura dos esgotáveis com os renováveis e a conseqüente
comercialização através de conveniados.

Mistura biodiesel/diesel

O biodiesel pode ser usado misturado ao óleo diesel proveniente do petróleo em


qualquer concentração, sem necessidade de alteração nos motores Diesel já em
funcionamento, porém em alguns motores antigos no Brasil necessitam de alterações.
A concentração de biodiesel é informada através de nomenclatura específica, definida
como BX, onde X refere-se à percentagem em volume do biodiesel ao qual é
misturado ao diesel do petróleo. Assim, B5, B20 e B100 referem-se, respectivamente
às misturas de Biodiesel/Diesel com porcentagens de biodiesel de 5, 20 e 100%.

Importância estratégica

Pode cooperar para o desenvolvimento econômico regional, na medida em que se


possa explorar a melhor alternativa de fonte de óleo vegetal (óleo de mamona, de
soja, de dendê, etc.) específica de cada região. O consumo do biodiesel em lugar do
óleo diesel baseado no petróleo pode claramente diminuir a dependência ao petróleo
(a chamada "petrodependência"), contribuir para a redução da poluição atmosférica, já
que contém menores teores de enxofre e outros poluentes, além de gerar alternativas
de empregos em áreas geográficas menos propícias para outras atividades
econômicas e, desta forma, promover a inclusão social.

Projeto piloto

Cidades como Curitiba, capital do Estado do Paraná, Brasil, possuem frota de ônibus
para transporte coletivo movida a biodiesel. Esta ação reduziu substancialmente a
poluição ambiental, aumentando, portanto, a qualidade do ar e, por conseqüência, a
qualidade de vida num universo populacional de três milhões de habitantes.

Acredita-se que até 2010 mais de quinhentas cidades estarão com o biodisel em suas
bombas.

Já o biodiesel, ou seja, óleo virgem derivado de algumas espécies de plantas,


apresentam vantagens muito interessantes, como a possibilidade real de substituir
quase todos os derivados do petróleo sem modificação nos motores, eliminando a
dependência do petróleo. Além de ser naturalmente menos poluente, o biodiesel
reduz as emissões poluentes dos derivados de petróleo (em cerca de 40%, sendo
que seu potencial cancerígeno é cerca de 94% menor que os derivados do
petróleo), possui elevada capacidade de lubrificar as máquinas ou motores
reduzindo possíveis danos, é seguro para armazenar e transportar porque é
biodegradável, não-tóxico e não explosivo nem inflamável à temperatura ambiente,
não contribui para a chuva ácida por não apresentar enxofre em sua composição,
permite dispensar investimentos em grandes usinas, ou linhas de transmissão, para
atendimento local de energia em regiões com pequena demanda

As plantas mais utilizadas atualmente para produção do biodiesel são a soja, a


colza, o pinhão manso, mamona, dendê, girassol e macaúba. As mais produtivas
são o dendê (Elaeis guineensis) e a macaúba (Acrocomia aculeata - típica do litoral
brasileiro), confirmando a potencialidade das palmeiras.

A soja (Glycine Max) é a mais utilizada nos EUA, onde também é comum misturar
com restos de óleos usados para fritura.

A colza (Brassica napus) é a principal planta estudada e plantada para este fim na
União Européia.
Existem outras muito produtivas, como a castanha do Pará, o coco e a copaíba,
porém outros derivados seus são mais interessantes economicamente.

Tendo em vista tantas vantagens, o governo brasileiro têm estimulado a produção


e comercialização do biodiesel, sendo o marco principal a publicação do Decreto No.
5.488, em 20 de maio de 2005, que regulamenta a lei 11.097 (janeiro/2005). Essa
lei dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira.
Inicialmente a proporção autorizada é 2% do diesel comum até 2008, 5% até 2013
e já é pensado 20%, sendo que nos Estados Unidos, os automóveis movidos com
100% de biodiesel têm apresentado rendimentos surpreendentes.

A política brasileira prevê o incentivo à produção da mamona no Nordeste e no


Bioma Caatinga como um todo, do dendê no Norte e Amazônia e da soja no
Cerrado, Sul e Sudeste. O maior problema está no fato de serem plantas exóticas,
sendo que a macaúba, o buriti (Maurutia fexuosa), o pinhão manso (Jatropha
curcas) e o babaçu (Ricinus communis), todas nativas, apresentam grande
potencial, só não sendo mais produtivas que o dendê, o qual ainda tem a vantegem
de apretesentar baixo custo de produção (custa cerca de um terço do óleo diesel
europeu). Todavia, o conhecimento sobre a cultura das nativas ainda é incipiente e
a tecnologia para utilização precisa de muitos estudos para ser mais viável
economicamente. Ao contrário, as exóticas são mais conhecidas, suas culturas já
são dominadas agronomicamente e existem muitos estudos publicados.

A mamona, além de ser menos produtiva do que todas essas nativas, possui muitas
exigências de solo (irrigação e adubação), o que causa muitas modificações sérias
no ambiente, não sendo portanto a mais indicada para a região Nordeste e
Caatinga. Seria mais eficiente utilizar o pinhão manso, que é mais adaptado ao
semi-árido nordestino. O pequi também poderia ser uma boa opção pela alta
produtividade, mas não deve ser viável economicamente já que é uma arbórea de
crescimento lento.

Substituir o que resta dos biomas brasileiros por mais monoculturas de plantas
exóticas, existindo altos potenciais nativos, não parece ser a estratégia mais
eficiente para levar o Brasil crescentemente à independência ao petróleo, à melhor
contribuir para o controle das mudanças climáticas e para a preservação ambiental.
A melhor saída seria estimular sistemas agro-florestais consorciando nativas e
exóticas (a serem substituídas à medida que os estudos sobre as nativas, e a
tecnologia associada, avancem), arbustos, árvores e palmeiras.

Embrapa avaliará impacto ambiental de biocombustível


A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anuncia, em setembro,
a criação do primeiro mecanismo para avaliar impactos ambientais dos
biocombustíveis e a instituição de um sistema global de certificação da produção
que deve resultar na fundação de um selo internacional de qualidade ambiental.

Acusados de induzir o desmatamento e de desrespeitar direitos trabalhistas


básicos, os combustíveis à base de produtos agrícolas passarão a ter um sistema
de indicadores de sustentabilidade específicos para gestão ambiental e
certificação da produção. Matéria-prima para o biodiesel, o dendê será o primeiro a
obter a chamada "eco-certificação", uma parceria da Embrapa Labex Europa com
o francês Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica (Cirad),
sediados em Montpellier, na França. Uma agência européia de fomento à pesquisa
já ofereceu 260 mil euros para financiar a execução das primeiras ações.

Autor do projeto, o pesquisador Geraldo Stachetti Rodrigues informa que o dendê


será o primeiro a ter estudos de certificação porque a Embrapa domina o processo
de produção da oleaginosa e por ser mais cultivado na Amazônia, região vista
como essencial pelo governo para a conservação e integração agroflorestal. Além
disso, o dendê envolve diversas unidades da Embrapa dedicadas à agroenergia.

As avaliações de impacto incluirão indicadores como distribuição de renda,


qualidade do emprego, segurança e saúde no trabalho, além de acesso à
educação, serviços básicos, esporte e lazer. A análise será estendida a padrões
de consumo, conservação dos habitats e do patrimônio histórico e artístico, entre
outros. São verificados 62 itens integrados em cinco dimensões, como ecologia
(reserva legal), qualidade ambiental (atmosfera, água e solo), valores sociais,
culturais e econômicos, além de gestão e administração. "São mudanças nesses
indicadores que afetam o desenvolvimento local e a qualidade de vida nas
comunidades. Com eles, podemos estabelecer a conexão entre avaliação de
impacto e gestão sustentável, passível de certificação", afirma.

Para o pesquisador, a certificação ambiental ajudará o setor privado na


qualificação e no desempenho produtivo, como o acesso a mercados exigentes da
Europa, Japão e EUA. Também auxiliará o setor público a efetuar ações para
reparar impactos, promover o desenvolvimento local sustentável e acompanhar os
requisitos de certificação.

No Uruguai, o sistema já está em uso. Foi adaptado como instrumento de política


pública em um projeto de pecuária extensiva e horticultura dentro do programa de
desenvolvimento tecnológico do Cone Sul (Procisur), financiado pelo Banco
Mundial e o Global Environmental Facility (GEF).

Vantagens na utilização do Biodiesel

• É energia renovável. No Brasil há muitas terras cultiváveis que podem produzir uma
enorme variedade de oleaginosas, principalmente nos solos menos produtivos, com um
baixo custo de produção.
• O biodiesel é um ótimo lubrificante e pode aumentar a vida útil do motor.
• O biodiesel tem risco de explosão baixo. Ele precisa de uma fonte de calor acima de 150
graus celcius para explodir
• Tem fácil transporte e fácil armazenamento, devido ao seu menor risco de explosão.
• O uso como combustível proporciona ganho ambiental para todo o planeta, pois colabora
para diminuir a poluição e o efeito estufa.
• A viabilidade do uso direto foi comprovada na avaliação dos componentes do motor, que
não apresentou qualquer tipo de resíduo que comprometesse o desempenho.
• Para a utilização do biocombustível, não precisa de nenhuma adaptação em caminhões,
tratores ou máquinas.
• O biodiesel é uma fonte limpa e renovável de energia que vai gerar emprego e renda
para o campo, pois o país abriga o maior território tropical do planeta, com solos de alta
qualidade que permitem uma agricultura auto-sustentável do plantio direto; topografia
favorável à mecanização e é a nação mais rica em água doce do mundo, com clima e
tecnologia que permitem a produção de duas safras ao ano.
• Por outro lado, o diesel do petróleo é um combustível não-renovável. O petróleo leva
milhões de anos para se formar.
• Substitui o diesel nos motores sem necessidade de ajustes.
• O produtor rural estará produzindo seu combustível.
• Diminuição da poluição atmosférica.
• Redução de custos na propriedade.
• No caso do biodiesel Eco Óleo o produtor não compra o biodiesel, a comercialização será
por meio de permuta, ou seja: troca de mercadorias como, por exemplo, o produtor
entrega o girassol e recebe o Eco Óleo. Será o uso cativo.
• O produtor estará fazendo rotação de culturas em sua propriedade, incorporando
nutrientes na sua lavoura.
• O biodiesel é usado puro nos motores, porém aceita qualquer percentual de mistura com
o diesel, pois é um produto miscível.
• Outra grande vantagem é que, na formação das sementes, o gás carbônico do ar é
absorvido pela planta.
• O calor produzido por litro é quase igual ao do diesel.
• Pouca emissão de partículas de carvão. O biodiesel é um éster e, por isso, já tem dois
átomos de oxigênio na molécula.
• Na queima do biodiesel, ocorre a combustão completa.
• É necessária uma quantidade de oxigênio menor que a do diesel.
• É uma fonte de energética renovável, a exemplo de todos os produtos originários do ciclo
produtivo da agroindústria. Nesse ciclo, a energia que está armazenada nos vegetais, no
caso o grão da soja, é transformada em combustível e depois da combustão uma parte
destina-se à operação de um sistema como um motor, e outra retorna para a nova
plantação na forma de CO2, o CO2 combinado com a energia solar realimenta o ciclo.
• Não são necessárias alterações na tecnologia (peças e componentes) e de regulagem.
Apenas é preciso que o biodiesel tenha uma qualidade definida. Por ser um produto
natural e biodegradável, surgem problemas de degradação natural. Ao utilizar biodiesel
você estará utilizando qualidade.
• Os óleos vegetais usados na produção do biodiesel podem ser obtidos do girassol, nabo
forrageiro, algodão, mamona, soja, canola... Qualquer oleaginosa.
• É constituído de carbono neutro. As plantas capturam todo o CO2 emitido pela queima
do biodiesel e separam o CO2 em Carbono e Oxigênio, neutralizando suas emissões.
• Contribui ainda para a geração de empregos no setor primário, que no Brasil é de suma
importância para o desenvolvimento social e prioridade de nosso atual governo. Com
isso, segura o trabalhador no campo, reduzindo o inchaço das grandes cidades e
favorecendo o ciclo da economia auto-sustentável essencial para a autonomia do país.
• Muito dinheiro é gasto para a pesquisa e prospecção do petróleo. O capital pode ter um
fim social melhor para o país, visto que o biodiesel não requer esse tipo de investimento.
• Podemos prever claramente os efeitos positivos do biodiesel, analisando os benefícios da
adição do etanol na gasolina. O etanol vem da indústria do álcool, uma indústria forte e
que faz circular um grande volume de capital, gera empregos e ainda gera dinheiro para
o governo através dos impostos, ajudando a reduzir o déficit publico.
• A maior parte dos veículos da indústria de transporte e da agricultura usam atualmente o
diesel. O biodiesel é uma alternativa econômica, tendo a vantagem de ser confiável,
renovável e fortalecer a economia do país gerando mais empregos.
• Como combustível já é uma realidade em expansão.
• Beneficia os agricultores e contribui para o crescimento econômico dos municípios, pois
reduz a exportação de divisas e permite a redução de custo desse insumo.
• preservar o interesse nacional;
• promover o desenvolvimento, ampliar o mercado de trabalho e valorizar os recursos
energéticos;
• proteger os interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos;
• proteger o meio ambiente e promover a conservação de energia;
• utilizar fontes alternativas de energia, mediante o aproveitamento econômico dos
insumos disponíveis e das tecnologias aplicáveis
• Redução da emissão de poluentes locais com melhorias na qualidade de vida e da saúde
pública
• Possibilidade de utilização dos créditos de carbono vinculados ao Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo decorrentes do Protocolo de Kioto
• Sedimentação da tecnologia de produção agrícola e industrial
• Lubricidade otimizada
• Número de cetano mínimo 51
• Sem a presença de aromáticos (benzeno)
• Estável e com boa atividade
• Ajuda na eficiência de catalisadores
• tecnologia atual permite aos veículos Diesel atender a norma EURO III, dispositivos de
retenção de particulados - filtros regenerativos (com B100 poderão operar melhor pela
ausência de enxofre e material particulado)
• Perspectiva de exportação de Biodiesel como aditivo de baixo conteúdo de enxofre,
especialmente para a União Européia onde o teor de enxofre está sendo reduzido
paulatinamente de 2000 ppm em 1996, para 350 ppm em 2002, e 50 ppm em 2005.
• Melhora o número de cetano (melhoria no desempenho da ignição) e lubricidade
(redução de desgaste, especialmente do sistema de ignição).
• Ampliação da vida útil do catalisador do sistema de escapamento de automóveis.
• O biodiesel é uma alternativa tecnicamente viável para o diesel mineral, mas seu custo
hoje, de 1,5 a 3 vezes maior, o torna não competitivo, se externalidades positivas, como
meio ambiente local, clima global, geração e manutenção de emprego, balanço de
pagamentos não forem consideradas. Esses custos já consideram todos os créditos por
subprodutos (uso da torta residual; glicerina). Não são previstas possibilidades de
reduções significativas no custo de produção, para os óleos vegetais usados na Europa
para biodiesel. Trata-se de processos agrícolas e industriais muito conhecidos, “maduros”
e eficientes. O custo de referência, de diesel mineral, sem impostos, utilizado nesta
análise é de US$ 0.22/ litro;

Desvantagens:

• Os grandes volumes de glicerina previstos (subproduto) só poderão ter mercado a preços


muito inferiores aos atuais; todo o mercado de óleo-químicos poderá ser afetado. Não há
uma visão clara sobre os possíveis impactos potenciais desta oferta de glicerina.
• No Brasil e na Ásia, lavouras de soja e dendê, cujos óleos são fontes potencialmente
importantes de biodiesel, estão invadindo florestas tropicais, importantes bolsões de
biodiversidade. Embora, aqui no Brasil, essas lovouras não tenham o objetivo de serem
usadas para biodiesel, essa preocupação deve ser considerada.
• Contra a lei: Atualmente é proibido o uso de motor diesel em carros de passeio, se você
está pensando em ajudar a saúde do planeta, vá com calma. Em breve essa lei não fará mais
sentido.
• Cristalização em baixas temperaturas: Em regiões de clima muito frio, a viscosidade
do biodiesel aumenta bastante. Assim como o diesel, podem ocorrer formações de pequenos
cristais, que se unem e impedem o bom funcionamento do motor. Porém, existem diversas
precauções que podem ser tomadas para contornar este problema.
• Emissões de NOx: De todas as partículas prejudiciais esta é a única que com biodiesel
apresenta ligeiro aumento. O óxido de nitrogênio pode aumentar até 15% no uso de B100. O
NOx é um grande responsável pela baixa qualidade do ar em São Paulo. A boa notícia é que
com o uso de aditivos ou alteração nos motores as emissões diminuem consideravelmente.
• Limpeza do bicos injetores: Nos motores que sempre usaram diesel, pode ocorrer, nos
primeiros abastecimentos com biodiesel, a liberação de sujeiras e resíduos acumulados no
tanque. Assim, é recomendada uma limpeza do tanque de combustível a troca do filtro
quando iniciar o uso de biodiesel e quando completar 100 horas uma nova troca do filtro de
óleo. Embora esta seja a princípio uma desvantagem, se deve ao fato das melhores
características químicas do biodiesel.
• Troca de peças: Nos motores de ciclo diesel fabricados até 2002/2003 poderá ser
necessário a troca de alguns retentores da bomba injetora, pois o biodiesel é bastante
agressivo sobre essas borrachas. A mudança no motor é simples e barata. Moores
fabricados após esta data provavelmente não seja necessária qualquer adaptação. Para
aqueles mais assustados que tem um carro antigo, não se preocupem, o código de trânsito
brasileiro proíbe que os consumidores sejam obrigados a adaptarem seus veículos (e ainda
vai muito tempo até o B100).
• Somente B2 por enquanto: É relativamente fácil encontrar biodiesel nos postos
brasileiros, mas somente o B2 (2% de biodiesel e 98% de diesel). O que é considerado mais
um aditivo de lubricidade para o diesel que propriamente um novo combustível.

“Temos gasolina para queimar à vontade ao longo de todo o século XXI”, diz o
escritor e pesquisador americano Mark Hertsgaard, da Universidade Johns Hopkins.
“Mas, se fizermos isso, também vamos queimar o planeta.” Ele se refere, naturalmente,
ao aquecimento global provocado pelo gás carbônico e por outros gases lançados na
atmosfera pela combustão de derivados de petróleo. “Hoje, o país que mais contribui
para o aquecimento global são os Estados Unidos, justamente os mais desenvolvidos”,
afirma Hertsgaard.

Até as empresas que teriam mais dificuldade para se adaptar a um mundo sem
petróleo estão mudando de postura. Há poucos anos, por exemplo, a indústria
automobilística tenderia a descartar a análise de Hertsgaard. Não mais, diz o cientista
político americano John Holdren, da Universidade Harvard. “O desafio é imenso, mas
há um consenso crescente de que é preciso diminuir a nossa dependência em relação ao
petróleo.”

Petróleo e seus efeitos no


meio ambiente
Na década de 1970, técnicos da Petrobras procuravam reservas de petróleo na bacia do Rio
Jandiatuba, região do Alto Amazonas, onde viviam grupos indígenas ainda não contatados.
Houve confrontos com os índios que, empunhando arco e flecha, saíram em defesa de sua
terra. Os funcionários da Petrobras, por sua vez, responderam jogando dinamite, usada
originalmente para fazer pesquisas. Esse é o exemplo de um dos impactos, talvez dos menos
conhecidos, que a exploração do petróleo pode provocar.

Os mais freqüentes e evidentes são os vazamentos de óleo. No Brasil, o último


derramamento de grandes proporções ocorreu em 2000, no Rio de Janeiro, quando foram
lançados 1,3 milhões de litros de óleo cru na águas da Baia de Guanabara. Riscos são
inerentes a todas as atividades relacionadas ao petróleo, do poço ao posto.

Em 1968, a Petrobras começou a exploração de petróleo em águas marinhas. Hoje, essa


modalidade representa 84% da produção nacional. Engana-se, porém, quem acredita que os
derramamentos são a única fonte de riscos e impactos negativos advindos da exploração e
produção de petróleo no mar. Após 45 dias, um poço perfurado já representa uma fase de
impactos agudos sobre a fauna e flora. "São descartados fluidos de perfuração, cascalhos
saturados de diferentes substâncias e compostos tóxicos, incluindo metais pesados como
mercúrio, cádmio, zinco e cobre", explica Guilherme Dutra, da ONG Conservation
International Brasil. Na fase do refino, existe o problema do descarte de efluentes líquidos, a
emissão de gases e vapores tóxicos para a atmosfera, além dos resíduos sólidos,
normalmente armazenados em aterros industriais.

Já os impactos produzidos pelo derramamento de óleo na água são mais visíveis.


Especialistas em poluição enfatizam que os acidentes deixam marcas por vinte anos ou mais
e que a recuperação é sempre muito longa e difícil, mesmo com ajuda humana. O contato
com o petróleo cru causa efeitos gravíssimos principalmente em plantas e animais. O óleo
recobre as penas e o pelo dos animais, sufoca os peixes, mata o plâncton e os pequenos
crustáceos, algas e plantas na orla marítima. Nos mangues, o petróleo mata as plantas ao
recobrir suas raízes, impedindo sua nutrição. Além disso, a baixa velocidade das águas e o
emaranhado vegetal nesses locais dificulta a limpeza. O petróleo, embora seja um produto
natural, originário da transformação de materiais orgânicos, existe apenas em grandes
profundidades, entrando muito pouco em contato com o ambiente terrestre, fluvial ou
marítimo. É insolúvel em água e tem uma mistura corrosiva venenosa com efeitos difíceis de
combater.

A região da costa do Alasca, por exemplo, continua a apresentar até hoje problemas
resultantes dos resíduos do óleo derramado pelo petroleiro Exxon Valdez, mesmo após 15
anos do acidente. Em 1989, o navio liberou 42 milhões de litros de óleo no mar
contaminando uma extensão de 1900 quilômetros. Técnicos do Greenpeace acreditam que a
recuperação da área ainda está longe de ser alcançada. A empresa Exxon, que comercializa
produtos da marca Esso, foi multada em US$ 5 bilhões pelos danos ambientais causados,
mas entrou na justiça recorrerendo da decisão.

Mais segurança e pesquisas para amenizar danos Depois do acidente na Baía de Guanabara,
em 2000, a Petrobras iniciou a implementação do Programa de Excelência em Gestão
Ambiental e Segurança Operacional - Pégaso. O objetivo é criar padrões internacionais de
segurança e proteção ambiental na empresa. Foram instalados nove centros de defesa
ambiental no país. Segundo o departamento de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da
Petrobrás, esses centros funcionam como uma espécie de corpo de bombeiros contra
vazamentos de óleo, com profissionais de prontidão 24 horas, barcos, balsas, recolhedores e
milhares de metros de barreiras de absorção e contenção de óleo. Além disso, a Petrobras
mantém uma embarcação na Baía de Guanabara, no litoral de Sergipe e no canal de São
Sebastião, em São Paulo, especializada no controle de vazamentos. Todas as unidades da
companhia no Brasil tem Certificado ISO 14001, que exige a manutenção de sistemas de
monitoramento do impacto de suas atividades.

Fonte: Departamento de Segurança e Meio Ambiente da Petrobras

http://brasilbio.blogspot.com/2007/09/embrapa-avaliar-impacto-ambiental-de.html
http://www.biologo.com.br/ecologia/ecologia8.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/2005/lei11116.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/decretos/2004/dec5297.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/decretos/2005/dec5457.htm
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju261pag08.pdf
http://www.biodieselbr.com/biodiesel/vantagens/vantagens-biodiesel.htm

You might also like