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INTRODUÇÃO

A continência urinária na mulher é atribuída à interação de vários


fatores, destacando-se a capacidade de transmissão da pressão abdominal
para a uretra e sua integridade anatômica e funcional, bem como das
estruturas responsáveis por seu suporte específico, do colo vesical e das
demais estruturas que constituem o Assoalho Pélvico (AP) (Catium, 2004).
O assoalho pélvico é um conjunto de partes moles que fecham a pelve,
sendo formado por músculos, ligamentos e fáscias. Suas funções são de
sustentar e suspender os órgãos pélvicos e abdominais, mantendo as
continências urinária e fecal (Oliveira & Lopes, 2006).
Essa estrutura pode sofrer alterações durante as diferentes fases da
vida da mulher como na gravidez, parto e no envelhecimento fisiológico. Estes
fatores podem comprometer a integridade do AP e conseqüentemente
acarretar incontinência urinária (Strohbehn, 1998). A IU é definida como “perda
involuntária de urina que é um problema social e higiênico” e pode causar
diversas alterações na qualidade de vida das mulheres que possuem (Lopes &
Higa, 2006)
Durante a gestação o corpo feminino sofre uma série de
modificações para adaptar-se ao estado gravídico, são ajustes fisiológicos no
organismo materno com o objetivo de criar ambiente propício para o
desenvolvimento do feto. As mudanças ocorridas durante a gravidez são
decorrentes principalmente da interação de 4 fatores como alteração do
“status” hormonal, aumento do volume sangüíneo total, crescimento fetal e
alterações do centro de gravidade e da postura (Polden & Mantle, 2000).
A prevalência de incontinência urinária (IU) durante a gestação tende a
aumentar significantemente nos últimos dois trimestres (Hidvman et al, 2002)
tendo como principais sintomas urinários relatados neste período a noctúria,
policiúria e urgência miccional. (Scarpa et al, 2006 ).
O incremento do peso corporal materno e o peso do útero gravídico
aumentam a pressão sobre a musculatura do AP na gestação. O aumento do
índice de massa corpórea (IMC) na gravidez, são fatores que diminuem a força
dos músculos do AP (Polden & Mantle, 2000).

1
O Diabetes é associado ao risco aumentado de incontinência
urinária (IU). ???, Porém, na literatura existem poucos trabalhos que
relacionam o Diabete Melito Gestacional (DMG) com a IU ou DMAP. Entretanto,
um estudo recente demonstrou que a incidência de incontinência urinária era
maior em gestantes com DMG prévio (Barbosa et al, 2007).
O DMG caracteriza-se por intolerância à glicose de intensidade
variável, detectado pela primeira vez durante a gestação (ADA, 2005), podendo
levar a maior freqüência de anormalidades quando comparada a uma gestação
normal (Montenegro et al, 2000).
É a complicação médica mais comum da gravidez (Katz et al,
2002), e sua incidência varia de 3 % à 7% dependendo da população estudada
e dos critérios de diagnósticos utilizados. No Brasil estima-se que a prevalência
seja de 2,4% à 7,2% (Miranda & Reis, 2006).
A avaliação funcional e o acompanhamento das modificações que
ocorrem na musculatura do assoalho pélvico durante a gestação irão elucidar o
melhor entendimento dessas alterações deste período (Morkved et al, 2004).
A avaliação da força do assoalho pélvico é um importante parâmetro
no meio clínico e científico. Os métodos de avaliação utilizados para mensurar
a habilidade de contração são: observação clínica, palpação digital,
perineomêtria, ultra - som, ressonância magnética e E.M.G (Peschers et al,
2006; Bo & Sherburn, 2005).
O exame bidigital da vagina é o método mais comumente utilizado na
avaliação da musculatura do assoalho pélvico. Este fato deve-se ao baixo
custo e a facilidade da sua realização, tendo em vista que não requer qualquer
tipo de equipamento. Este método é bem tolerado pelas pacientes, pois pode
ser considerado minimamente invasivo. Entretanto, a sua correlação com
métodos objetivos de avaliação do AP e sua reprodutibilidade ainda são
bastante questionáveis (Hundley et al 2005; Amaro et al, 2003; Amaro et al,
2005).
A International Continence Society (ICS) em 2005 em seu consenso, se
refere à palpação vaginal como método fácil de avaliar o assoalho pélvico em
sua função de contração e relaxamento e ainda para testar e reproduzir a dor
sentida pela paciente durante a contração (Messelink B et al, 2005).

2
O perineômetro foi descrito como método objetivo para avaliação da
força muscular do AP (Kegel, 1948). Pode-se utilizar uma sonda vaginal ou
anal na avaliação objetiva do AP com perineometria (Shull, 2002). É um
método simples, pouco invasivo e de baixo custo (Hundley et al, 2005). A
International Continence Society (ICS), em 2005, validou a perineometria como
método fidedigno na avaliação objetiva da força muscular do AP (Messelink et
al,2005).

A EMG registra os potenciais elétricos gerados pela despolarização


das fibras musculares em repouso e durante a contração voluntária. Na prática
clínica, os eletrodos de superfície são mais comumente utilizados na região
perineal devido a maior sensibilidade. Fisiologicamente, os músculos do
assoalho pélvico diferem de outros músculos estriados esqueléticos, pois
mantêm atividade eletromiográfica constante, exceto durante a micção,
defecação e manobras de Valsava. (Wester & Brubaker, 1998).
Na avaliação funcional dos MAP, podemos observar a diminuição da
força muscular que ocorre com a idade e paridade e pode levar à redução da
consciência da contração e conseqüentemente da função muscular, com isso
identificamos se há recrutamento muscular correto e predizemos alterações
nos MAP (Thompson, 2004).
São escassos na literatura estudos que relacionam o DMG com a
IU e a DMAP, justificando assim a importância da avaliação da musculatura do
assoalho pélvico e outras variáveis que poderiam influenciar na disfunção
destes músculos em gestantes com este diagnóstico.

3
OBJETIVOS

- O objetivo deste trabalho é avaliar a força da musculatura do


assoalho pélvico em gestantes multíparas normais comparando-se com
gestantes portadoras de Diabetes Melito Gestacional.

-Determinar a prevalência de incontinência urinária nesta população.

-Investigar se as gestantes que apresentam incontinência urinária


possuem alguma alteração em sua qualidade de vida.

4
PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O projeto de pesquisa intitulado “Avaliação da musculatura do assoalho


pélvicos (MAP) e determinantes da prevalência de Incontinência Urinária
em gestantes normais e com Diabetes Melito Gestacional (DMG)” terá seu
plano de trabalho desenvolvido em 2 anos, no período compreendido de 2009
a 2010. Durante o ano de 2009 serão realizados levantamentos bibliográficos e
coleta de dados. No ano de 2010, será feita análise estatística dos dados e
realizada a redação da dissertação de mestrado.

Cronograma do Plano de Trabalho

PLANEJAMENTO

ANO 1o SEMESTRE 2o SEMESTRE

- Levantamento
bibliográfico;
2009 - Coleta de dados

- Início da coleta de dados;


- Início da análise dos
resultados e análise
2010 - Redação da Dissertação
estatística de Mestrado.

PACIENTES E MÉTODOS

5
Serão avaliadas 132 gestantes divididas em 2 grupos. O grupo (GN)
composto por 66 gestantes normais e o grupo (GD) formado por 66 gestantes
com diagnóstico de DMG, acompanhadas no ambulatório de Pré-natal ou
internadas na Maternidade no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
de Botucatu - UNESP.

Serão selecionados gestantes que preencherem os critérios de


inclusão para ambos os grupos e logo após elas serão orientadas sobre a
avaliação e os procedimentos que poderão ser realizados após sua autorização
e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO I).

A - Critérios de Inclusão das pacientes para o grupo de gestantes


normais:

-Gestante (2 ou 3 partos anteriores, tipo cesárea);


-Concordar e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

B- Critérios de Inclusão para o grupo de gestantes diabéticas:

-Gestantes (2 ou 3 partos anteriores, tipo cesárea);


-Ter diagnóstico de DMG entre a 24ª e 28ª semana gestacional;
-Concordar e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

C-Critérios de não inclusão em ambos grupos:

-Ter diagnóstico prévio de DM, hipertensão arterial, disfunções


urinárias prévias, doenças neuromusculares, alterações cognitivas, cirurgias
abdominais, gestação gemelar.

6
Entre a 34 e 38 semana gestacional, irá ser aplicado um questionário
de avaliação clínica (ANEXO II) e logo após deverá ser realizada as avaliaçôes
(subjetiva e objetiva) do AP, eletromiografia e a aplicação de um questionário
sobre qualidade de vida em mulheres incontinentes (ANEXO III), naquelas que
apresentarem alguma alteração. Descreveremos cada um desses parâmetros a
serem estudados:

a) Questionário de avaliação clínica

Na avaliação clínica serão obtidos os dados pessoais, história


clínica, ginecológica e obstétrica, e antecedentes familiares.

Serão feitas medidas do Índice de Massa Corpórea nas gestantes,


utilizando a seguinte fórmula: IMC= P/H², onde P= peso ; H= altura.,

Classificação?

b) Exame ginecológico

Esse acompanhamento será feito rotineiramente pelos obstetras


responsáveis pelo Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia.

c) Avaliação subjetiva do assoalho pélvico

As pacientes deverão ser posicionadas em decúbito dorsal, desnudas


da cintura pra baixo, com os membros inferiores (MMII) fletidos e abduzidos,
apenas recobertas com um lençol. Inicialmente as gestantes serão orientadas a
maneira correta de realizar a contração do AP (realizar uma força como se
fosse “segurar” a urina). Após o examinador deverá introduzir os dedos médio e
indicador no intróito vaginal, na posição posterior e anterior e após deverá pedir
para a gestante realizar 3 contrações perineais com intervalo de 1 minuto entra
elas, logo assim, deverá ser registrada a média entre as medidas. A
classificação do grau de força de contração deverá ser feita de acordo coma
resposta muscular em oposição aos dedos do examinador. Conforme ilustrado
na Tabela 1.

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Tabela 1 - Classificação subjetiva em diferentes graus de contração
muscular do assoalho pélvico (Amaro et al, 2003).

Grau Palpação Digital

0 Ausência de Contração muscular

1 Contração leve

2 Contração moderada - não sustentada por mais de


6 segundos

3 Contração normal – sustentada por mais de 6


segundos

d) Avaliação objetiva do assoalho pélvico

O perineômetro ou eletromiograma de pressão registra as contrações


do AP e traduz sua intensidade por sinais visuais numa escala numérica
(mmhg). É composto por um sensor vaginal, monitor com visor de leitura e um
transdutor de pressão. As gestantes deverão ficar na mesma posição descrita
para o teste AFA. O sensor vaginal deverá ser recoberto por um preservativo,
não lubrificado e descartável, e deverá ser introduzido no intróito vaginal.
Posteriormente a sonda deverá ser insuflada com ar, através de uma seringa,
até que houvesse o contato da sonda com a parede vaginal. Neste momento o
aparelho deverá ser zerado, assim então o examinador deverá solicitar a
contração perineal, mantida pelo maior tempo possível, numa seqüência de
três contrações, com intervalo de um minuto entre elas. Deverão ser
registrados os valores das três contrações e estimados os valores de pico,
média e duração. A média destes três registros deverá ser utilizada como a
classificação ilustrada na Tabela 2.

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Tabela 2: Classificação objetiva em diferentes graus de contração do
AP, através do perineômetro:

(Barbosa, et al 2004).

E) Avaliação eletromiográfica do assoalho pélvico.

Será realizada avaliação eletromiográfica e registro dessa atividade pelo


equipamento Myotrac da Top Star (Figura 1) conectado a um notebook da
marca Acer. Para tanto, a sonda será introduzida no intróito vaginal com a
mulher em posição ginecológica e após a limpeza da região subcostal (15
centímetros acima da região umbilical) serão utilizados eletrodos de contato
para captação da atividade da musculatura oblíqua abdominal, com objetivo
de evidenciar a utilização de musculatura acessória. Os eletrodos de
referência serão colocados na crista ilíaca ântero-superior bilateralmente.
Serão registradas a linha de base e as contrações musculares rápidas e
lentas.

4 5 6
1 2 666

Legenda

1- Eletrodo intra-vaginal
2- Eletrodo de superfície fio
terra;
3- Aparelho de Eletromiografia
3 com cristal líquido;
4- Eletrodo de superfície fio
terra;
5- Eletrodos de superfície;
6- Eletrodos de superfície.

Figura 1– Eletromiógrafo Myotrac Top Star.

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Após a realização de todos os itens descritos acima, as gestantes
serão estratificadas em quatro grupos: Gestantes Diabéticas com DMAP ou IU,
Gestantes Diabéticas sem DMAP ou IU, Gestantes Normais com DMAP ou IU,
Gestante Normais sem DMAP ou IU.

F) Questionário sobre qualidade de vida em pacientes com IU


“King's Health Questionnaire (KHQ)” (ANEXO III): Os grupos que
apresentarem DMAP ou IU deverão responder a este questionário validado no
Brasil no ano de 2003 (Tamanini et al, 2003).É um instrumento confiável e
válido para aplicação para verificar qualidade de vida (QV) em mulheres
incontinentes (Feldiner et al, 2006). É constituído por oito domínios: percepção
geral de saúde, impacto da incontinência urinária, limitações de atividades
diárias, limitações físicas, limitações sociais, relacionamento pessoal, emoções
e sono/disposição. Os valores variam de 0 a 100 e quanto maior a pontuação,
pior é a qualidade de vida referente àquele critério.

Cálculo do tamanho amostral

Assumindo que 51% das gestantes diabéticas e 20% das gestantes


normais apresentem IU, o tamanho amostral, corrigindo para os efeitos dos
erros α (5%) e β (20%) atribuídos ao delineamento, será de 33 pacientes por
grupo, totalizando 132 indivíduos, de acordo com o proposto por Pocock
(1996)*.

Análise Estatística

A análise estatística, bem como a escolha pelos testes de comparação entre as


variáveis e grupos serão executados respeitando os pressupostos
determinados pelos resultados, características e comportamento das variáveis
de estudo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
*
n=((p1*(1-p1)+p2*(1-p2))/(p1-p2)2)*7,9

10
1. CATIUM – Curso avançado de tratamento da incontinência urinaria na
mulher. Campinas: Disciplina de Urologia, Departamento de Cirurgia.
UNICAMP. 2004. p.7 – 17.

2. OLIVEIRA C, LOPES MAB. Efeitos da Cinesioterapia no Assoalho


Pélvico durante o ciclo gravídico-puerperal, 2006. Tese (Mestrado –
Ginecologia e Obstetrícia) - Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo.

3. Strohbehn K. Uroginecology and pelvic floor dysfunction. Obstet Gynecol


Clin North Am. 1998; 25:683-70.

4. Lopes, MHBM, Higa R. Restrições causadas pela incontinência urinária


à vida da mulher. Rev. esc. enferm. USP 2006; 40(1): 34-41.

5. Polden M, Mantle J. Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia. 2nd


ed. Santos:São Paulo, 2000.

6. Hvidman L, Foldspang A, Mommsen S, Bugge Nielsen J. Correlates to


urinary incontinence in pregnancy. Int Urogynecol J 2002; 13:278-283.

7. Scarpa, KP; Herman, V; Palma, PCR. et al. Prevalência de sintomas


urinários no terceiro trimestre da gestação. Rev. Assoc. Med. Bras. 2006,
vol. 52, no. 3, pp. 153-156.

8. Diabete e IU

9. Barbosa, AMP. Prevalência e fator de risco para incontinência urinária e


disfunção do assoalho pélvico dois anos após Diabete Melito
gestacional. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. , Rio de Janeiro, v. 29, n.
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10. American Diabetes Association (ADA). Diagnosis and classification of


diabetes mellitus. Diabetes Care. 2005.

11. Montenegro Jr, RM; Pacolla GMGF; Foss MC; et al. Protocolo de
detecção e diagnóstico e tratamento do diabetes na gravidez . Medicina,
Ribeirão Preto, 33: p 520- dez 2000.

12. Katz L, Amorim M., Coutinho I., Santos LC. Análise comparativa de
testes diagnóstico para diabetes gestacional. Revista Brasileira de
Ginecologia e Obstetrícia. 24(8) 527-32, 2002.

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13. Miranda PAC, Reis R. Projeto Diretrizes: Diabetes Mellitus Gesttacional.
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2006.

14. Morkved S, Salvesen KA, Bo K, Eike-Nes S. Pelvic floor muscle strength


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Int Urogynecol J. 2004;15:384-390.

15. Peschers UM, Vodusek DB, Fanger G, Schaer GN, DeLancey JO,
Schuessler B. Pelvic muscle activity in nulliparous volunteers. Neurourol
Urodyn. 2001;20:269-75.

16. Bo K, Sherburn M. Evaluation of Pelvic Floor muscle function and


Strength. Physical Therapy. 2005;85:269-282.

17. Hundley AF, Wu JM, Visco AG. A comparison of perineometer to brink


score for assessment of pelvic floor muscle strength. American Journal of
Obstetrics and Gynecology. 2005;192:1583-91.

18. Amaro JL, Gameiro MOO, Padovani CR. Treatment of urinary stress
incontinence by intravaginal electrical stimulation and pelvic floor
physiotherapy. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct. 2003;14:204-208.

19. Amaro JL, Moreira ECH, Gameiro MO, Padovani CR. Pelcic floor muscle
evaluation in incontinent patients. Int Urogynecol J. 2005;16:352-54.

20. Messelink B, Benson T, Berghmans B, Bo K, Corcos J, Fowler C et al.


Stardization of Terminology of Pelvic Floor muscle function and
dysfunction: report from the pelvic floor clinical assessment group of the
International Continence Society. Neurourology and Urodynamics.
2005;24:374-380.

21. Kegel AH. Progressive resistance exercise in the functional restoration


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22. Shull B, Hurt G, Laycock J et al. Physical examination.In: Abrams P,


Cardozo L, Khoury S, Wein A. Incontinence Plynouth, United Kingdom:
Plymbridge Distributores Ltd. 2002.

23. Wester C, Brubaker L. Normal pelvic floor physiology . Obst Ginecol Clin
North Am. 1998; 25: 707-22.

Thompson JA, O’Sullivan PB, Briffa NK, Neumann P. Assessment of


voluntary pelvic floor muscle contraction in continent and incontinent women
using transperineal ultrasound, manual muscle testing and vaginal squeeze
pressure measurements. Int Urolgynecol J. 2006; (17) 624-630.

12
24. Barbosa AMP, Carvalho LR, Martins AMVC, Calderon IMP, Rudge MVC.
Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico. Rev
Bras Ginecol Obstet. 2005;27(11):677-82.

25. Tamanini, JTN, D'Ancona CAL, Botega JN, Rodrigues NJR. Validation of
the Portuguese version of the King's Health Questionnaire for urinary
incontinent women. Rev. Saúde 2003 ; 37(2): 203-211.

26. Feldner PCJ, Sartori MGF, Lima GRD, Baracat EC, Girão MJBC.
Diagnóstico clínico e subsidiário da incontinência urinária. Rev. Bras.
Ginecol. Obstet. 2006 ; 28(1): 54-62.

27. Pocock SJ. Clinicals trials: a practical approach. Chichester: John Wiley
& Sons, 1996.

13
ANEXO I- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Trabalho: “Avaliação da musculatura do assoalho pélvicos (MAP) e


determinantes da prevalência de incontinência urinária em gestantes normais e
com Diabetes Mellito Gestacional (DMG)”.

Essas informações estão sendo fornecidas para sua


participação voluntária neste estudo. Nosso objetivo é
avaliar a força da musculatura do assoalho pélvico em
gestantes normais e comparar com gestantes diabéticas,
determinar a prevalência de incontinência urinária nesta
população e investigar se as gestantes que apresentam
incontinência urinária possuem alguma alteração em sua
qualidade de vida. Os procedimentos propostos pelo
presente estudo serão os seguintes:

1)Exame bidigital da vagina – examinador introduz dois dedos


na vagina e solicita força contra seus dedos;
2)Perineômetro – examinador introduz sonda vaginal inflável
revestida com preservativo e solicita 3 contrações sustentadas
por quanto tempo for possível;
3) Questionário de avaliação clínica e de qualidade de vida:
A Sra irá responder a perguntas referentes a dados pessoais e
qualidade de vida se possuir incontinência urinária.

Riscos e desconfortos
A avaliação da da musculatura do assoalho pélvico, não oferece nenhum risco ou
desconforto para a saúde do paciente.

Garantias
Em qualquer momento do estudo o avaliado pode ter acesso aos profissionais
responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas ou mesmo para
retirar o consentimento e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo. O
principal investigador é a Fisioterapeuta Ana Carolina Monteiro Santini que pode ser
encontrada na Dr Costa Leite, 1255; telefones: 38817701 ou 81470477, sob a
orientação do Prof Dr Adriano Dias. Se houver alguma consideração ou dúvida sobre a

14
ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – Distrito
de Rubião Júnior s/nº, tel: (14) 3811 6143 ou (14) 3815 6205. As informações obtidas
serão analisadas em conjunto com outros avaliados, não sendo divulgado a identificação
de nenhum avaliado. O avaliado também terá direito de ser informado sobre os
resultados parciais da pesquisa. Garantimos o uso dos dados da pesquisa para fins
exclusivamente acadêmicos.Não há despesas pessoais para o avaliado em qualquer fase
do estudo, incluindo exames e consultas. Também não há compensação financeira
relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida
pelo orçamento da pesquisa. Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos
procedimentos, o avaliado será encaminhado ao atendimento médico do Hospital.

Consentimento

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou


que foram lidas para mim, descrevendo o estudo “Avaliação da musculatura do
assoalho pélvicos (MAP) e determinantes da prevalência de incontinência urinária
em gestantes normais e com Diabetes Mellito Gestacional (DMG)”. Ficaram claros
para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus
desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos
permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que
tenho garantia do acesso a tratamento hospitalar se for necessário. Concordo
voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a
qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de
qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste Serviço.

Eu ______________________________________________ Rg_____________
Telefone:_________________________________________ Cel_____________
Endereço_________________________________________________________
concordo voluntariamente em participar dos procedimentos de avaliação, os quais fui
devidamente esclarecida.

Data: ____/_____/_____

_______________________________

Pesquisadora Responsável

Ana Carolina Monteiro Santini


Fisioterapeuta- 29177LTF
Rua Dr Costa Leite, 1255
Botucatu- SP
81470477 ou 38817701

15
_______________________________

Orientador Responsável

Prof Dr Adriano Dias


Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
Grupo de Apoio à pesquisa (GAP).
ANEXO II-QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Data da avaliação:____/____/_____

Número da Amostra:_______
Grupo de Inclusão:
GD ( ) ou GN ( )
Apresenta IU ( ) ou não apresenta IU ( )
* Exclusão ( ).

1. Identificação:
Data da avaliação:____/____/_____

Nome:____________________________________________________________

RG (H.C.):_________________________________________________________

Endereço:_______________________________________________no_________

Bairro:________________________________Cidade:____________Estado:____

Telefone:______________________________Profissão:____________________

Data de Nascimento:____/____/_______ ( )anos

Idade Gestacional:______ semanas* (Entre 34 e 38 semana de gestação).

Peso:__________ Altura:__________ IMC:_________

2. Antecedentes:
- A Sra tem Diabetes ? ( ) Sim ( ) Não
- A Sra já teve alguma gestação gemelar? ( ) Sim * ( ) Não
-A Sra já apresentou perda de urina antes desta gestação? ( ) Sim* ( ) Não

16
3. Dados Obstétricos:
- Quantas vezes a Sra ficou grávida contando com esta Gestação?____________
-Quantos partos a Sra teve?(mais que 3- encerre* a entrevista).______________

Descrição dos Partos:


Partos Forma de parto: 1-Vaginal* ou 2 Cesário Peso do Bebê ao nascer
1
2
3
* Se houver algum parto vaginal, encerre a entrevista
- A Sra tem DMG? Sim ( ) ou Não ( )
- A Sra teve DMG em alguma das gestações anteriores? Sim ( ) ou Não ( ).
- A Sra teve algum aborto? Sim ( ) ou Não ( )

4- Dados uroginecológicos:
- A Sra tem perda de urina? Sim ( ) ou Não ( )
- A Sra já apresentou perda de urina nas gestações anteriores? Sim ( ) ou Não ( )
- A Sra perde urina quando faz algum esforço? Sim ( ) ou Não ( )
-Quantas vezes a Sra perde urina por semana? Diariamente ( )Poucas Vezes ( )
- A Sra perde urina nas relações sexuais? Sim ( ) ou Não ( )

Sobre perda de urina ao esforço:


Situação Assinale Período 1- antes da gestação, 2 nesta
Sim ou Não gestação, 3 antes e nesta gestação

Tosse
Espirra
Ri
Muda de
posição
Carrega algo
Outros
esforços

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5- Avaliação Subjetiva e Objetiva do AP:

AFA
AFA

Data Anterior Posterior

Perineômetria

CR CS
1º 2º 3º 1º 2º 3º
Fm
T

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ANEXO III- QUESTIONÁRIO SOBRE QUALIDADE DE VIDA
“King's Health Questionnaire (KHQ)”
Versão em Português

PERCEPÇÃO GERAL DE SAÚDE

1. Como Você descreveria sua saúde no momento?

ESCORE ESCALA
1 Muito boa
2 Boa
3 Regular
4 Ruim
5 Muito ruim

IMPACTO DA INCONTINÊNCIA

2. Quanto você acha que o seu problema de bexiga afeta sua vida?

ESCORE ESCALA
1 Nem um pouco
2 Um pouco
3 Moderadamente
4 Muito

À seguir, estão algumas das atividades diárias que podem ser afetadas por seu
problema de bexiga- Quanto seu problema de bexiga afeta você? Nós gostaríamos
que você respondesse cada questão, escolhendo a resposta que mais se aplica a
você.

LIMITAÇÕES DEATIVIDADES DIÁRIAS

3ª. Quanto seu problema de bexiga afeta seus afazeres domésticos como limpar a casa,
fazer compras. etc...?

3b.Quanto seu problema de bexiga afeta seu trabalho ou suas atividades diárias fora de
casa?

ESCORE ESCALA
1 Nem um pouco

19
2 Um pouco
3 Moderadamente
4 Muito

LIMITAÇÕES FISICAS

4a. Seu problema de bexiga afeta suas atividades físicas como andar, correr, praticar
esportes, lazer, ginástica, etc...?

4b. Seu problema de bexiga afeta suas viagens?

LIMITAÇÕES SOCIAIS

4c. Seu problema de bexiga limita sua vida social?

4d. Seu problema de bexiga limita seu encontro ou visita a amigos?

ESCORE ESCALA
1 Nem um pouco
2 Um pouco
3 Moderadamente
4 Muito

RELAÇÕES PESSOAIS

5a. Seu problema de bexiga afeta o relacionamento com seu parceiro?

5b. Seu problema de bexiga afeta sua vida sexual?

5c. Seu problema de bexiga afeta sua vida familiar?

ESCORE ESCALA
O Não aplicável
1 Nem um pouco
2 Um pouco
3 Moderadamente
4 Muito
EMOÇÕES

6ª. Seu problema de bexiga faz com que você se sinta deprimida?

6b. Seu problema de bexiga faz com que você se sinta nervosa ou ansiosa?

6c. Seu problema de bexiga faz com que você sinta mal consigo mesma?

ESCORE ESCALA
1 Nem um pouco
2 Um pouco
3 Moderadamente

20
4 Muito

SONO E DISPOSIÇÃO

7 a. seu problema de bexiga afeta seu sono?

7b. Você se sente esgotada ou cansada?

ESCORE ESCALA
1 Nunca
2 Às vezes
3 Freqüentemente
4 O tempo todo

MEDIDAS DE GRAVIDADE

Você faz alguma dessas coisas? E se faz, quando?

8 a- Você usa forros ou absorventes para se manter seca?

8 b- Toma cuidado com a quantidade de líquidos que bebe?

8c- Troca suas roupas intimas quando elas estão molhadas?

8d- Preocupa-se com a possibilidade de cheirar urina?

8e- Fica envergonhada por causa do seu problema de bexiga?

ESCORE ESCALA
1 Nunca
2 Às vezes
3 Freqüentemente
4 O tempo todo

21
Gostaríamos de saber quais são seus problemas de bexiga e quanto eles afetam
você. Da lista abaixo- escolha somente aqueles que você apresenta atualmente.
Exclua os problemas que não se aplicam à você.
Quanto que os problemas afetam você?

ESCORE ESCALA
1 Um pouco
2 Moderadamente
3 Muito

Freqüência (ir ao banheiro para urinar muitas vezes)


Noctúria (1evantar à noite para urinar)
Urgência (um forte desejo de urinar e difícil de segurar)
Urge-incontinência (vontade muito forte de urinar, com perda de urina antes de chegar
ao banheiro)
Incontinência urinária de esforço (perda urinaria que ocorre durante a realização de
esforço físico como tossir, espirrar, etc...)
Enurese noturna (urinar na cama. à noite, durante o sono)
incontinência durante relação sexual (perda urinária durante a relação sexual)

Infecções urinárias freqüentes

Dor na bexiga

Dificuldade para urinar

Você tem alguma outra queixa? Qual?_________________ ___________________

Muito obrigado.
Agora veja se você deixou de responder alguma questão.

22
Pontuação e cálculo do ‘RAW SCALE” (O - 100)

PARÁ CALCULAR ÁS PONTUAÇÕES

PERCEPÇÃO GER&L DE SAÚDE


Pontuação= ((Pontuação da Questão 1 – 1)/ 41) x 100

IMPACTO DA INCONTINÊNCIA
Pontuação = ((Pontuação da Questão 2 - 1)/3) x 100

LIMITAÇÕES DE ATIVIDADES DIÁRIAS


Pontuação = (((Pontuação das Questões 3a + 3b) - 2) 6) x 100

LIMITAÇÕES FÍSICAS
Pontuação= (((Pontuação das Questões 4a – 4b)-2)/6) x 100

LIMITAÇÕES SOCIAIS
Pontuação= (((Pontuação das Questões 4c+4d + 5c) – 3) 9) x 100**
Se a pontuação da Questão 5c >=1; se 0. então -2) 6) x 100

RELAÇÕES PESSOAIS
Pontuação= ((Pontuação das Questões 5a + 5b) -2)/ 6 x l00***
***Se a pontuação das Questões 5a +5b >= 2.
Se(5a +5b)=1: -1)3)x100
Se (5a + 5b)= 0: tratar como “missing value” (não aplicável)

EMOÇÕES
Pontuação= (((Pontuação das Questões 6a+ 6b+ 6c) – 3)/ 90 x100

SONO E DISPOSIÇÃO
Pontuação= ((( Pontuação das questões 7ª+7b)-2)/6)x100

MEDIDAS DE GRAVIDADE
Pontuação=(((Pontuação das questões 8ª+8b+8c+8d+8e)-5) /15) x 100

ESCALA DE SINTOMAS

PONTUAÇÃO ESCALA DE GRADUAÇÃO

0 Omitiu resposta
1 Um pouco
2 Moderadamente
3 Muito

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