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PROCESSOS DE AUTONOMIA EXPRESSIVA: DO POTENCIAL

CRIADOR DE EGON SCHIELE À INTERVENÇÃO EM GRAFISMOS


URBANOS EFÊMEROS

Flávia Maria de Brito Pedrosa Vasconcelos


Artista Plástica/Professora do Colegiado de Artes Visuais - UNIVASF
flapedrosa@gmail.com
Danilson Oliveira de Vasconcelos
Artista Plástico/ Professor Secretaria Municipal de Educação de Petrolina – SMEP
danilsonv@gmail.com

RESUMO

Este trabalho apresenta a autonomia expressiva na produção de Egon Schiele, tratando das
principais questões que envolviam seus trabalhos: uso do desenho e da pintura e sexualidade.
Pretende também tecer relações expressivas e conceituais com a técnica pictórica nas criações
de Schiele, relendo-as com a intervenção Grafismos Urbanos Efêmeros, explicada desde a
ideia ao processo, realizada por minha autoria. Nas considerações sem finais, refletimos
acerca dos caminhos percorridos, assim como da pesquisa em artes visuais como proposta
fomentadora de leituras múltiplas, transgressoras e problematizadoras do contexto urbano em
direção à expressão autônoma do artista.

Palavras-chave: Autonomia, criação, intervenção, grafismos urbanos.


1 Processos de Criação Artística

A criação, uma capacidade psíquica atribuída ao ser humano, se desenvolve através da


sensibilidade imaginativa aliada a produção. Ao contrário do que se pensa, não é peculiar
somente a alguns privilegiados no campo das Artes que tem acesso a processos criativos, mas
a todas as pessoas e nas diversas áreas, mesmo que estas criações aconteçam em diferentes
nivelações.
A capacidade do desenvolvimento criador se desenvolve através de estímulos mentais que se
tornam atos físicos, como enuncia Lowenfeld e Brittain (1977), ao dizer que o melhor
preparo para se criar é o próprio ato da criação.
No processo de criação artística, perceber a ação do criador como percepção sensorial
acumulada no seu subconsciente, que poderá se manifestar, dependendo de que forma se
mantenha o indivíduo aberto para tal, é uma das primeiras noções que envolvem a obra, antes
mesmo dela ser vislumbrada na mente criativa.
Podemos inferir que desde o princípio da humanidade, os seres humanos sentiram a
necessidade de criar dando uma significância a si como “homo faber”, pois como diz
Ostrower (2004, p.10), o homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim por
que precisa; ele só pode crescer, enquanto ser humano, coerentemente, ordenando, dando
forma, criando. O que nos faz pensar nas ideias de Dewey (2010), quando aborda a
concepção de ato criador como parte de uma experiência em arte que produz e consolida
significados essenciais à vida humana.
Quando o indivíduo coloca-se como criador, relê o significado sobre si e sobre a cultura a
qual representa e o artista talvez, seja o que esteja mais próximo dessa noção, se posicionando
“no saber perceber” e “no saber representar”, no seu olhar aguçado na construção das
expressividades estéticas que podem conter suas obras. O processo criativo para o artista é o
meio, no qual se constrói a obra.
Nesse intervalo, entre início e acabamento, surgem os caminhos da ação, que atravessam
pelos materiais, técnicas, conceitos e está relacionado a necessidade de produzir. Egon Schiele
foi um artista, que podemos relacionar como potencializador de sentimentos e sensações
humanas na produção criativa autônoma perante a sociedade austríaca conservadora, no início
do século XX.
1.1 Da apropriação à expressão.
No percurso da busca por uma expressão autônoma é natural que o artista no caminho de sua
aprendizagem em pesquisa plástica, aproprie-se de referência/s, de uma ou mais forma/s de
olhar de outros que o precederam na busca estética, pois como formula Ernesto Sábato: tudo
se constrói sobre o anterior, e em nada do que é humano se pode encontrar a pureza […]
(SÁBATO 1982, p.15 in SALLES, 1998, p.88), assim, a recriação/releitura/apropriação serve
de roupagem para aquilo que já existe.
É preciso deixar claro que o termo recriação aqui citado não se refere ao sentido “A arte imita
a natureza” da mimesis aristotélica, mas recriação enquanto processo de apropriação
simbólica, de critérios formais, pois muitas obras artísticas no curso da História serviram de
suporte técnico em prol da expressão do artista em seu rumo à autonomia criativa. O
renascentista Leonardo da Vinci já alertava aos aprendizes em seu Trattato della Pintura à
abdicarem a tal procedimento mimético:
Digo aos pintores que nunca se deve imitar o estilo de outro, por que assim será neto e
não filho da natureza; por que, existindo as coisas naturais em tanta abundância, deve-
se recorrer antes a essa natureza que aos mestres, que com ela aprenderam. E digo não
para aqueles que desejam por meio da arte alcançar a riquezas, mas para aqueles que
com a arte desejam fama e honra. Pobre do discípulo que não supera o seu mestre.
(DA VINCI, 1996, p.7 in LICHTENSTEIN, 2004, p.48)

Por outro lado, utilizando-se o artista de referências, poderia perpassar por variações criativas
na produção em curtos períodos, tratando como um rascunho obsoleto, o que antes era um
modelo. É o caso de Egon Schiele, quando estudante, liberta-se da tradição academicista do
copismo de estatuetas e paisagens, migrando mais tarde para um estilo com apropriações do
Art Noveau da época, absorvendo os elementos contidos nos trabalhos de seu “protetor”
Gustav Klimt, mesmo que em um curto espaço de tempo, como relata Diedmar Elger:
[…] os seus nus ainda possuem a linha de corpo decorativa da Arte Nova. O retrato de
sua irmã Gertrude de 1909 possui os atributos formais, que são também característicos
das pinturas de Klimt. A figura é colocada numa superfície livre e num espaço
indefinido, com riqueza de formas arabescas, valiosas cores de prata, ouro e bronze ao
lado da pintura a óleo comum. No entanto Schiele demonstra já ter superado as suas
influências. Os seus contornos já não tem o traçado harmonioso de Klimt. (ELGER,
2002, p.245)

Em confronto com as linhas suaves da Arte Nova, Schiele novamente, sobressai nos
trabalhos, os seus traços retilíneos e angulosos. Assim, mais uma vez o artista se apartaria de
um provável vicio formalista, passando a concentrar-se nos contornos de suas figurações
humanas e consequentemente para as composições que mais tarde abordariam o tema da
sexualidade.
2 Desenho versus cor, do debate a apropriação autônoma em Schiele

Nos questionamentos sobre linha ou cor, penso em qual dos elementos poderia representar
melhor a supremacia expressiva nas obras de Schiele. Os dois elementos parecem ser tão
indivisíveis para a essência da representação quanto a alma é para o corpo humano. Essa
discussão nos leva as antigas querelas ocorridas na França do século XVII (anos 1660) entre
os poussinistas defensores do desenho e os rubenistas partidários da cor, durando cerca de
quarenta anos e atravessando séculos até a atualidade, quando nos defrontamos em cursos de
graduação com atitudes de defesa de um elemento expressivo em detrimento do outro.
O confronto já havia acontecido anteriormente na Itália sob uma “versão renascentista” entre
os admiradores do disegno de Rafaelo, que eram oponentes dos defensores da colore de
Tiziano. A distição entre cor e desenho parecia estar mais acirrada em cada grupo que
procurava justificar suas razões segundo às suas ideologias estéticas.
Em certa ocasião Roger de Piles, representante dos rubenistas respondeu à seu adversário
Charles Le Brun: “assim como não há homem se a alma não estiver unida ao corpo, da mesma
forma não há pintura se o colorido não estiver unido ao desenho”. Não podemos negar que a
seleção de procedimentos para se executar um trabalho artístico prescinde a necessidade do
artista de expressão autônoma, conforme Salles (2008, p.17) enuncia, ao pensar a criação
como rede de conexões, em que um elemento expressivo nunca está distante de outro, fazendo
parte da multiplicidade de relações que mantêm o processo de criar.
Apesar de ter pincelado inúmeros quadros, os trabalhos de Schiele realizados sobre papel
mesmo como esboço em desenho, não perdem em nada à força expressiva dedicada nas
pinturas. O desenho, como diz Elger (2003) “se tornou o seu meio de expressão mais
próprio”. As linhas feitas à carvão que percorriam os espaços do papel se uniam
corporificando as mulheres dando-lhes não só formas como volumes para os seios, coxas e
nádegas.
Figura 1- Postcards designs of the Viena Workshops. Egon Schiele, 1910

Em alguns momentos, os traços dos desenhos emaranhavam-se sob formas de cachos, que
desciam compridos das cabeças ou espessos quando retratados na altura da virilha. Porém,
não só nas figuras humanas que Schiele se inspirou, não foram poucas as oportunidades em
que ele observou o entorno que o cercava, dando origem à estudos paisagísticos e
arquitetônicos paralelamente aos explícitos corpos coloridos que marcaram as situações
íntimas das relações humanas.
Schiele quando recorre à cor como meio de criação, utiliza-a de forma objetiva, específica.
Por vezes retoca os contornos como linhas e outras vezes a cor substancia os volumes
corporais. Em algumas obras, os corpos ficam incompletos dando uma impressão de esboço.
Outros, se tornam nós entrelaçados em dupla, constroem a relação de amparo mútuo, como
nas obras Jovem mãe (1914) e A morte e a donzela (1915), a expressão autônoma se
consubstancia no que o artista procura demonstrar, buscando consolo entre seus personagens,
mesclando sua personalidade entre as pinceladas.

3 A sexualidade e a representação do corpo em Schiele

O sexo em diversas culturas, foi objeto natural de interesse de diversos estudiosos. Abordado
pela psicanálise de Freud sob um aspecto científico, o sexo representou uma permissão para
que a sexualidade, em plena era vitoriana, fosse sem restrições morais, discutidas em vários
ambientes, inclusive em conventos.
Isto foi possível por que o jovem psicanalista constatou em seus estudos: Três ensaios sobre a
teoria da sexualidade (1905)1 a suposição de que a repressão sexual ou acúmulo de excitação
sexual, poderia dar origem à males como a neurose de angústia. Outro ponto que ele salienta é
o auto-erotismo, ou seja, a criança buscava satisfazer seus instintos sexuais manipulando seu
próprio corpo.
Paralelamente a estes estudos, a arte erótica de Schiele marcava presença sob aspecto
negativo, sendo encarado de forma escrachada e transgressora, não sendo tão aceita pela
sociedade quanto a teoria científica freudiana. Embora o erotismo e representação pictórica
tenham sempre coexistido desde o início da arte, dentro do contexto da Áustria vitoriana, as
obras eróticas de Schiele não foram encaradas como uma busca ao autoconhecimento sexual.
Como expressa Danto (2006)2 em diversos de seus artigos, na obra de Schiele o corpo
humano exprime a sua sexualidade como verdade artística, e não como uma afronta à moral
e aos bons costumes. Schiele expôs em pinceladas o que Freud afirmou em estudos teóricos.
A relação entre o homem e sua forma de encarar a imagem do corpo discursa de acordo com
as circunstâncias de cada época:
São milhares de maneiras de representar a figura humana, as quais, provavelmente,
estiveram associadas às condições e circunstâncias de uma certa época, bem como
interligadas à relação que o homem mantém com seu próprio corpo: reflexos de uma
determinada visão do mundo. Cada época desenha a sua figura, a sua imagem, a sua
persona cultural. O corpo com seus impulsos e reações, é a manifestação de uma
vontade[...]A noção de si-mesmo é assentada na experiência da vida num corpo.
(DERDYK, 1990, s/página)

A liberdade com que Schiele tratava os anseios da sexualidade, talvez não tenha sido o único
fator condenatório, mas a má conduta perante a sociedade fez com que o artista tivesse a
imagem de um depravado. Durante a sua curta vida, escândalos eram colecionados pelo artista
e por fim, contribuíram para a sua prisão em 1912, entre eles, uma acusação de sequestro,
sedução de uma menor de treze anos e difusão de imagens pornográficas, algumas simulando
atos masturbatórios (ver figura 2) sendo apreendidas pela polícia em visita ao seu ateliê.

Figura 2- Menina se masturbando. Egon Schiele, 1910


Nos vinte e quatro dias de tormento em que esteve na prisão distrital de Neulengbach, Schiele
chegou a usar a saliva para desenhar no cimento da cela. Os dias de confinamento lhe
renderam dez imagens entre desenhos e aquarelas (sem conotação erótica), além de um diário
ríspido dirigido à moral hipócrita da burguesia que consumia pornografia vendida nas mesas
dos cafés vienenses. Sabe-se que Schiele chegou a vender algumas cenas de masturbação de
jovens para colecionadores.
A recorrência à manipulação da genitália, parecia fascinar o artista, que ilustrou inúmeras
cenas, inclusive como autoretrato. O fato é que muitos consideravam o ato libidinoso demais,
para ser exposto abertamente em uma sociedade puritana que preferia aceitar a “libertação do
impulso sexual” como algo limitado aos estudos clínicos da psicanálise.

4 Autonomia Expressiva e Transgressão: Grafismos Urbanos Efêmeros

Schiele, como Camille Claudel, Modigliani, entre outros, foi um artista que não abdicou de
sua busca pela autonomia expressiva. Os caminhos que esta busca atravessam percorrem
diversas discussões que atingem o limite, quando a criação chega no ponto em que o artista
vislumbra o abismo, geralmente ele se seduz dele e nele se imiscui. Outros, souberam tomar
partido das visões que o abismo trazia, transformando-as em obras vendidas através do
mercado de arte, como Renoir e Picasso.
Atualmente, na perspectiva que a arte pós-moderna traduz, fala-se em autonomia na
transgressão, que vai além do ponto do abismo, em situações que a arte busca um sentido em
seu fazer, após tantas teorias desarrazoadas sobre a morte da arte, Gullar (1999, p.130)
argumenta que a obra de arte é uma coisa viva, produzida por alguém que necessita mostrar
que está vivo.
No dia 5 de agosto de 2010, entre as 22 e 23h da noite, defronte o Serviço Social do Comércio
(SESC) Petrolina, tive a ideia de realizar um processo autônomo em criação, quando me
disseram que as tintas para pintar determinado tapume estavam trancadas. Produzi então um
trabalho que procurei desenvolver a autonomia expressiva, seja pela apropriação de um
material avulso (restos de massa acrílica), seja pela ação da transgressão em si
Pensei, para criar a obra, não se usa somente tinta, ainda mais se for intervenção. A
intervenção em si é um ato que não é feito por encomenda, ela simplesmente acontece e faz
parte da arte urbana.3
Figs. 3 e 4 – Início e processo do trabalho:Grafismos Urbanos Efêmeros. 2010

O grafismo é um desenho que começa por um risco, decidi então gravar o giz no chão da
calçada, defronte os tapumes. Sabia que naquele momento estava realizando além de uma
transgressão, uma produção efêmera, pois o material com o vento, água e o trânsito da rua iria
em breve ser apagado.
A necessidade de expressão foi mais forte do que a ideia de que o que eu estava fazendo iria
sumir, em algumas horas. Optei por ir desenhando as imagens que apareciam em minha
mente, quis fazer um grafismo de elementos que o rio São Francisco dispunha: cactos,
árvores, águas, ilhas sendo queimadas. Percebi que foi aparecendo bem no meio, um rosto,
que abria sua enorme boca de onde jorrava um líquido, decidi dar ênfase nele e, no final,
escrevi a frase: o rio chora.4
Como Schiele, procurei a autonomia na expressão ao representar uma face que pela boca
derrama um líquido, que poderia ser de dor ou de prazer, o desenho terminava em um enorme
falo, representado abaixo da frase, que dizia o mesmo que ela, em forma de anagrama.
Representações de flashes em formato de estrelas, remetiam a ideia da mídia que a Aldeia do
Velho Chico5 produz perante as culturas da região, mídia extensamente ligada a uma
perspectiva do rio São Francisco e suas belezas estéticas. Por este motivo, optei pelo viés
crítico.
5 Considerações sem finais

Os caminhos percorridos no trabalho artístico são estruturas que uma pesquisa em artes
visuais percorre, enviezada por processos, a criação autônoma traduz a expressividade do
artista. Schiele foi o artista escolhido para inspirar minha produção em grafismo urbano, seja
pelas suas trangressões para a época, seja pela sua liberdade do traço no desenho e na pintura.
Seus processos técnicos surgem de um questionamento interno que o meio produzia nele,
refletido em suas obras.
A pesquisa em artes visuais é uma proposta fomentadora quando se relaciona com obras de
outros artistas, dialogando didaticamente na construção das obras contemporâneas. Relendo e
sendo inspirado por trabalhos já realizados, a obra a caminho se rearticula, ressignifica,
multipliciza. Transgredir limites é uma das questões mais discutidas pelos artistas pós-
modernos.
Por isso, refletir acerca de processos, como a transgressão, a busca da expressão autônoma e o
contexto urbano traduzem, problematizando-os se deslinda como plataforma conceitual,
técnica e pedagógica na criação e pesquisa em artes visuais.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DANTO, Arthur C. Live Flesh, 2006. Disponível em:


<http://www.thenation.com/article/live-flesh> Acesso em: 27 Ago. 2010.
DERDYK, Edith. O desenho da figura humana. São Paulo: Scipione, 1990.
DEWEY, John. Arte como Experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
ELGER, Diedmar. Expressionismo, Taschen, 2003.
FILHO, Antonio Gonçalves. O pároco da Arte erótica, 2010. Disponível em:
<http://www.luzesnoasfalto.com.br/imprensa/materias-publicadas/?id=305&grupo=1>
Acesso em: 28 Ago. 2010.
GULLAR, FERREIRA. Argumentação contra a morta da arte. São Paulo: Revan, 1999.
DA VINCI, Leonardo. Da Imitação dos Mestres. In: LICHTENSTEIN, Jacqueline (Org.). A
Pintura - Vol. 5: Da imitação à expressão. São Paulo: Editora 34, 2004.
LOWENFELD, V. e BRITTAIN, W.L. Desenvolvimento da capacidade criadora. São
Paulo: Mestre Jou,1977.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação, Petrópolis: Vozes, 1997.
SÁBATO, Ernesto. In: SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado: processo de criação
artística, São Paulo: Anablume, 1998.
SALLES, Cecília Almeida. Redes da Criação: construção da obra de arte. São Paulo: Ed.
Horizonte, 2006.
1Antes dos estudos de Freud, acreditava-se que as primeiras manifestações sexuais surgiam só no período da
puberdade. Para a sociedade da época, que há pouco havia passado pelo choque da teoria evolucionista, não era
nenhum assombro saber da tese de que o sexo dominava o inconsciente e estava subjacente a todos os interesses
humanos.

2Arthur Coleman Danton é crítico de Arte e professor de Filosofia. Ele faz críticas para a revista americana The
Nation, na qual escreveu um artigo sobre a arte erótica de Egon Schiele intitulado Live Flesh, publicado em Janeiro de
2006.

3Andei pela rua, procurando materiais. Tal foi a minha surpresa, quando vi rebocos de massa acrílica, que remetiam em
minha mente a imagem do giz branco, relembrei a época em que fui professora polivalente.
4 Mais fotos que documentam o trabalho podem ser visualizadas em: <http://www.flapedrosa.blogspot.com>, acesso
em 15 de agosto de 2010.
5 Aldeia do Velho Chico é um festival de Artes que engloba manifestações artísticas e oficinas, debastes em Dança,
Música, Teatro, Artes Visuais e Arte Regional. No ano de 2010 ocorre durante todo o mês de agosto. Fui convidada
para pintar alguns tapumes com discentes do Curso de Licenciatura em Artes Visuais, sem o material para tal
empresa, resolvi fazer o trablaho em intervenção.

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