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Nessa trilha, a Súmula 357 do TST, conforme já explicitado, foi criada para fornecer ao julgador Por conseguinte, no caso de necessidade extrema, a testemunha arrolada, que tenha ação
uma interpretação do art. 829 da CLT, não devendo ser aplicada indiscriminadamente para trabalhista contra as mesmas reclamadas e com pedidos semelhantes, deve ser ouvida tão
todas as lides. somente na qualidade de informante, pela aplicação do art. 405, § 4º, do CPC, interpretando-se,
adequadamente, a súmula multimencionada do TST.
Assoma-se ao “simples fato” de que trata a súmula, a identidade do objeto da ação. Assim, em
verdade, não será considerada suspeita a testemunha que litiga ou já litigou com a mesma Diante de todo o exposto, fica cristalino que o judiciário trabalhista deve ser cauteloso ao
reclamada do processo que irá depor, mas, se o objeto de sua demanda é ou foi o mesmo, ela interpretar a súmula 357 do C. TST, aplicando-o para aqueles casos em que a testemunha
tem interesse na vitória do empregado. arrolada pelo autor possui ação contra a mesma reclamada, mas com pedidos diferentes.
Assim, poderá a testemunha prestar compromisso e seu depoimento servir como prova válida. A
Esse é o entendimento da doutrina, equiparando, inclusive, ao inimigo capital da parte ré aquela aplicação da súmula para todos os casos, a torto e a direito, prejudica a parte contrária e
testemunha que demanda em juízo, com semelhante pedido, contra a mesma reclamada. beneficia, de forma injusta, os empregados.
Vejamos:
“A testemunha que está em litígio contra a mesma empresa deve ser equiparada ao inimigo
capital da parte; o embate litigioso é mau ambiente para a prudência e isenção de ânimo que se
exigem da testemunha; entender de outra forma é estimular à permuta imoral de vantagens em
falsidades testemunhais mútuas, mesmo sobre fatos verdadeiros; extremamente fácil;
‘reclamante hoje, testemunha amanhã’”.
“Tem a testemunha interesse na solução do litígio quando são idênticos os pedidos que faz em
sua ação e na do processo do autor, ainda que parcialmente, não tendo isenção de ânimo para
depor, pois seu envolvimento irá influir em sua visão da realidade, externando aquilo que
entende para si devido e não o que realmente ocorreu; deixando, portanto, de haver
imparcialidade, resultando no interesse na solução da demanda que em relação a ela pretenda
ser igual”.
Aliás, acertadamente, a jurisprudência dos Tribunais Regionais, antes da edição da súmula 357,
dava conta pela suspeição da testemunha na questão em comento. Vejamos a seguinte decisão:
“Acolhimento de contradita de testemunhas, que têm em curso ação contra a mesma reclamada
e com o mesmo objetivo. Inocorrência. Interesse evidente. Suspeição destas caracterizada. Não