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CRESCIMENTO1
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
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Os redutores de crescimento atuam na planta diminuindo a produção natural de
giberelina, modificando sua morfologia e, conseqüentemente, formando plantas compactas.
Tais redutores afetam a formação de células e a elongação do internódio abaixo do
meristema assim, plantas baixas são obtidas com o desenvolvimento de flores normais
(TOLOTTI et al., 2003).
A adequação do porte das plantas para o mercado exige, no entanto, alterações nas
técnicas de cultivo tradicionais. Nesse sentido, o uso de redutores de crescimento se faz
necessário, para induzir redução no comprimento dos entrenós e manter uma relação
harmoniosa entre altura da planta e altura do vaso (CARLUCCI et al., 1991).
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade de Lobélia (Lobelia erinus
L.) cultivada em vaso, sob diferentes doses e número de aplicações do redutor de
crescimento B-Nine (daminozide).
2. METODOLOGIA
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As mudas de Lobélia (Lobelia erinus L.) foram obtidas através de sementes da
empresa ISLA Sementes Ltda. A semeadura foi realizada no dia 20 de julho de 2009, em
bandejas de isopor com 288 células contendo substrato Plantmax HT. O transplante das
mudas ocorreu no dia 28 de agosto de 2009, sendo que foram utilizadas quatro mudas para
cada vaso.
Foram utilizados vasos número 11, preenchidos com a mistura de solo classificação
São Pedro, casca de arroz carbonizada e casca de pinus moída, na proporção de 1:1:1.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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que não obtiveram alterações nas inflorescências de crisântemo após a aplicação dos
redutores de crescimento daminozide e paclobutrazol.
Verifica-se que o número de flores por vaso variou de 43,4 a 53,3 na primeira
avaliação enquanto que na segunda avaliação variou de 193,9 a 208,7 nos diferentes
tratamentos (Tabela 1). Esse aumento considerável em curto espaço de tempo no número
de flores por vaso se deve principalmente pela elevação da temperatura no período. Isso
demonstra que, provavelmente, o redutor B-Nine não foi capaz de modificar o de número de
flores por planta, comportando-se estatisticamente da mesma forma que nos casos onde
não houve aplicação do produto (testemunhas). Esse aspecto pode ser avaliado como
positivo, já que o que se busca com a aplicação de redutores é a diminuição na estatura da
planta e não na quantidade de flores.
Já a menor altura da planta para a avaliação do dia 03/11/09 foi obtida para o
tratamento com duas aplicações de 4500 mg/L B-Nine, onde a concentração de Daminozide
e a quantidade de aplicações foi a maior dentre os tratamentos. Embora este tratamento
tenha resultado na menor altura de plantas, não diferiu estatisticamente dos tratamentos
testemunha, uma aplicação de 1500mg/L B-Nine, duas aplicações de 1500 mg/L B-Nine,
duas aplicações de 3000 mg/L B-Nine e uma aplicação de 4500 mg/L B-Nine.
Para a avaliação realizada dia 09/11/09 as maiores alturas das plantas foram obtidas
com uma aplicação de 3000 mg/L B-Nine; duas aplicações de 3000 mg/L B-Nine e duas
aplicações de 1500 mg/L B-Nine, sendo seguidos dos tratamentos testemunha, uma
aplicação de 1500mg/L B-Nine e uma aplicação de 4500 mg/L B-Nine, embora estes não
tenham diferido estatisticamente.
Da mesma forma como o obtido para a primeira data de avaliação, a menor altura de
planta na segunda data de avaliação foi obtida com duas aplicações de 4500 mg/L B-Nine,
porém este resultado não apresentou diferença estatística dos resultados obtidos com os
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tratamentos testemunha, uma aplicação de 1500mg/L B-Nine e uma aplicação de 4500 mg/L
B-Nine.
Tabela 1 - Valores observados para número de flores (NF) e altura de planta (AP) em centímetros,
em duas datas de avaliação, para diferentes doses de redutor de crescimento. Santa Maria, 2009.
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BARRET, J.E. Mecanisms of action. In: Tips on the use of chemical growth regulators on
floriculture crops. Ohio Florists Association, p.12-18, 1992.
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metabolic pathways. Annual Review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology, v.51,
p. 501-531, 2000.