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APOSTILA DE

PRIMEIROS

SOCORROS
APRESENTAÇÃO

“A conscientização e Treinamento de
Primeiros Socorros deveria fazer parte
da educação de todas as pessoas “.
ÍNDICE:

01- Definição de Primeiros Socorros


02- Choque elétrico e suas consequências
03- Produtos químicos e envenenamentos
04- queimaduras
05- Insolação
06- Fraturas, entorses, luxações e contusões
07- Lesões na coluna
08- Amputação
09- Ferimentos e hemorragias
10- Desmaios, convulsões e epilepsias
11- Mordidas de animais, picada de cobra e insetos
12- Corpos estranhos e asfixias
13- Choque anafilático
14- Infarto - ataque cardíaco
15- Parada cardio-respiratória
16- Posição de recuperação
17- Transporte das vítimas
01- Definição de Primeiros Socorros
O que são Primeiros Socorros:
Primeiros Socorros são os atendimentos prestado às vítimas de
qualquer acidente ou mal súbito antes da chegada do médico, da
ambulância ou de qualquer profissional qualificado da área da
saúde.

Finalidades:
- Preservar a vida.
- Restringir os efeitos da lesão.
- Promover a recuperação da vítima.

Quem presta socorro deve:


AVALIAR A SITUAÇÃO
- Inteirar-se do ocorrido com tranqüilidade e rapidez.
- Verificar os riscos para si próprio e para a vítima.
- Nunca se arriscar pessoalmente.

MANTER A SEGURANÇA DA ÁREA


- Proteger a vítima do perigo.
- Não tentar fazer sozinho mais do que é possível.

AVALIAR O ESTADO DAS VÍTIMAS E ADMINISTRAR


SOCORRO DE EMERGÊNCIA
- Havendo mais de uma vítima, siga os resultados de sua avaliação
para decidir as prioridades de tratamento.

CHAMAR POR SOCORRO


- Assegure-se de que a ajuda especializada foi providenciada e está
a caminho.
Prioridades nos Primeiros Socorros:
Em situações de emergência, é possível que você precise atender a
muitos problemas ao mesmo tempo. Se tentar fazer tudo de uma
vez, poderá facilmente se dispersar e dar prioridade a medidas não
fundamentais. Portanto, siga um plano, tendo em mente os
procedimentos principais da ajuda de emergência. Avalie a situação,
cuide da segurança, preste socorro de emergência e procure ajuda.
- Controle suas emoções.
- Pare para pensar.
- Não se arrisque.
- Use o bom senso.
- Não tente fazer tudo sozinho.

Avaliando as prioridades de socorro da vítima:


- Verificar nível de consciência, chamando a vítima pelo nome
ou perguntando o que aconteceu. Se a vítima não responder nem ao
menos com gestos, está inconsciente.
- Verificar a respiração, com a mão sobre as narinas tentar sentir o
ar, observar se o tórax apresenta movimentos de respiração, se não
encontrar nenhum sinal, a vítima está com uma parada respiratória
( ver pág. 05 ).
- Verificar os batimentos cardíacos, com os dedos indicador e
médio, tentar sentir a pulsação carotídea ( veia carótida de grande
calibre localizada no pescoço), se não houver, a vítima está com
uma parada cardíaca( ver pág. 05 ).
- Verificar se a vítima está com hemorragia, se sim, comprimir o
local, evitando maiores sangramentos.
- Verificar se existe fraturas ou suspeita de fraturas.
- Por último verificar se existe outras lesões.
02- Choque elétrico e suas conseqüências
Lesões por Eletricidade:
A passagem da corrente elétrica pelo corpo pode atordoar a vítima e
fazer com que a respiração e até o coração parem. A corrente pode
causar queimaduras tanto no local por onde penetra no corpo como
por onde sai do corpo para a terra. Além disso, correntes alternadas
causam espasmos musculares (contrações ) que muitas vezes
impedem a vítima de soltar-se de um fio elétrico.

- Raio:
É uma descarga natural de eletricidade, que procura contato com a
terra através do ponto mais próximo e mais alto do local onde está
ocorrendo tal descarga, e possivelmente de alguém que esteja por
perto. Ao ser atingida por um raio, as roupas da vítima pode se
incendiar e ela é jogada ao solo. Não é tão raro haver morte
instantânea. Fuja do local, o mais rápido possível, removendo as
vítimas se houver.

- Corrente de Alta Voltagem:


De modo geral, o contato com com a corrente de alta voltagem
presente em fios de alta tensão causa morte instantânea. As
conseqüências são sempre queimaduras graves e o súbito espasmo
muscular produzido pelo choque joga a vítima a alguma distância do
ponto de contato, causando outras lesões como por exemplo fraturas.
A eletricidade de alta voltagem pode saltar ( formar um arco ) até 18
metros de altura. Materiais como madeira seca ou roupas não o
protegerão da corrente de alta voltagem.
O QUE FAZER:
- Não se aproxime da vítima antes de ter certeza de que a energia foi
interrompida e, se necessário, isolada. Fique a uma distância de no
mínimo 18 metros da vítima e mantenha os curiosos afastados.
- A energia deve ser cortada e isolada antes de alguém se aproximar
da vítima. Isto tem especial importância nos locais em que os fios
elétricos de ferrovias são danificados.
- Chame imediatamente os serviços de emergência.
- É quase certo de que a vítima esteja inconsciente; quando houver
completa segurança, verifique sua respiração e pulso, e esteja
preparado para reanimá-la, se necessário. Coloque-a em posição de
recuperação.
- Trate de todas as queimaduras e lesões a elas relacionadas. Tome
medidas para minimizar o choque.

- Corrente de Baixa Voltagem:


A corrente doméstica, utilizada em residências, escritórios, oficinas e
lojas pode provocar lesões graves e até mesmo a morte.Muitas lesões
são conseqüência de interruptores defeituosos, fios danificados, ou
defeitos nos próprios eletrodomésticos. As crianças pequenas são as
que mais correm perigo.
Você deve estar ciente dos perigos da água, que é um bom e perigoso
condutor de eletricidade. Segurar um aparelho elétrico com as mãos
molhadas ou quando estiver caminhando sobre o chão molhado
aumenta consideravelmente o risco de choque. É fácil evitar esses
riscos.
O QUE FAZER:
- Não toque no corpo da vítima com as mãos, até ter certeza que a
corrente foi interrompida.
- Interrompa o contato desligando a chave geral, se for possível. Se
não conseguir desligue o fio da tomada ou puxe-o.
- Se não conseguir alcançar o fio ou a chave geral, fique de pé
sobre material isolante ( caixote de madeira, livro, etc ... ) e com
uma cadeira, vassoura ou qualquer outro tipo de pedaço de madeira,
de tamanho suficiente para afastar os membros da vítima do contato
elétrico.
- Se a vítima estiver inconsciente, verifique a respiração e o pulso e
prepare-se para a reanimação, se for preciso.
- Refresque as queimaduras com muita água fria.
- Coloque-a em posição de recuperação.
- Chame uma ambulância.
03- Produtos químicos e envenenamentos
Venenos Industriais:
O envenenamento pode ocorrer no local de trabalho em
conseqüência de vazamento, ou falha em instalações industriais
químicas. Muitos casos de intoxicação industrial envolvem gases
venenosos. O vazamento de substâncias químicas corrosivas podem
resultar em queimaduras. Muitas fábricas que utilizam-se de gazes
ou substâncias perigosas, possuem equipamentos de oxigênio e
sinalização para o caso de emergências.

- Inalação de gazes:
O QUE FAZER:
- Afastar a vítima do perigo sem correr riscos pessoalmente.
- Providenciar remoção urgente para o hospital.
- Se possível, leve-a para o ar livre.
- Se for treinado administre oxigênio.

- Queimaduras por produtos químicos:


Certos produtos químicos podem irritar ou danificar a pele.
Quando absorvidos por ela, causam danos generalizados e às vezes
fatais para o organismo. Diferente das queimaduras térmicas, as de
produtos químicos demoram a parecer. Contudo, os princípios de
primeiros socorros a serem utilizados são os mesmos.
O QUE FAZER:
- Banhe a área afetada com muita água para dispersar a substância
química e interromper o processo de queimadura. Certos produtos
requerem que se lave a região atingida, por vinte minutos.
- Remova com cuidado qualquer tecido contaminado, enquanto
molha a região lesada.
- Leve a vítima para o hospital, sem deixar de observar o estado das
vias respiratórias e a respiração.
NOS OLHOS:
- Não deixe a vítima tocar ou esfregar os olhos.
- Mantenha o olho atingido sob água corrente fria, por pelo menos
dez minutos.
- Tomar cuidado para que a água contaminada não escorra sobre o
olho sem lesão.
- Cubra o olho com um pano limpo, não felpudo.
- Encaminhe a vítima ao hospital.

Intoxicação por drogas:


Pode ser resultado do uso excessivo de drogas ( prescritas pelo
médico ou não ), acidental ou deliberado,ou ainda por vício.
As características da intoxicação por drogas variam dependendo da
droga e do modo como foi consumida. Algumas causam dores no
abdômen, sonolência, outras comportamento excitado com mãos
trêmulas. Na maioria, apresentam naúseas, vômito e dores de cabeça.

O QUE FAZER:
- Verifique e libere as vias respiratórias, se necessário.
- Se a vítima estiver inconsciente verifique o pulso.
- Coloque a vítima na posição de recuperação.
- Não tente induzir o vômito. Muitas vezes é ineficaz e pode
provocar outras lesões.
- Chame a ambulância. Guarde amostras do material vomitado,
recipientes vazios ou cartas de suicidas,leve tudo para o hospital
junto à vítima.
Intoxicação por álcool:
O álcool ( etanol ) é uma droga que deprime a atividade do Sistema
Nervoso Central.
Quando ingerido em pequenas doses, produz apenas uma leve
alteração do humor, mas a ingestão prolongada resulta em danos à
capacidade mental e física, podendo sobrevir a perda da
consciência. A vítima inconsciente corre o perigo de inalar o
vômito e asfixiar-se.

O QUE FAZER:
- Verifique o nível de resposta da vítima. Sacuda seus ombros com
cuidado e fale alto para ver se ela responde. Se a vítima não reagir,
verifique a respiração e o pulso e esteja preparado para reanima-lá
se necessário. Coloque-a na posição de recuperação.
- Avalie o estado da vítima e decida se deve chamar o médico ou a
ambulância.
- Proteja a vítima do frio, isole-a do chão e providencie para que
seja agasalhada, com casaco ou corbertor.

Ingestão de venenos:
O QUE FAZER:
- Examine e desobstrua as vias respiratórias, se necessário.
- Se a vítima estiver inconsciente, verifique a respiração e o pulso,
se necessário reanime-a.
- Não provocar o vômito.
- Leve a vítima para o hospital.
04- Queimaduras
O que são queimaduras:
Queimaduras são lesões causadas por calor, substâncias corrosivas, líquidos e
vapores, podendo ocorrer também devido ao frio intenso, a radiação
inclusive do sol.Podem ser acidentais ou conseqüências de situações que
expõem a vida humana a perigos maiores. Um incêndio por exemplo, pode ser
provocado acidentalmente e resulta às vezes em lesões graves causadas por
explosão ou salto de um edifício em chamas. Por isso, a vítima deve passar
por um exame completo após o tratamento das queimaduras.
O fogo, as explosões, as correntes elétricas, os vapores tóxicos e outros riscos
são fatores que dificultam a aproximação em casos de acidentes que causam
queimaduras.
As queimaduras podem ser muito alarmantes, especialmente quando o fogo
ocorre em locais fechados. O cheiro de cabelo chamuscado e pele queimada é
muitas vezes angustiante, tanto para você como para a vítima.
Há muitos fatores a serem considerados, quando se avalia a gravidade de
uma queimadura e a melhor forma de trata-la. É preciso determinar sua causa,
profundidade e extensão, além de verificar se as vias respiratórias foram
afetadas.A extensão da queimadura lhe dará elementos para concluir a
probabilidade de estado de choque, pois o fluído dos tecidos (soro) vaza da
região queimada e é reposto por fluídos do sistema respiratório.
As queimaduras também acarretam sérios riscos de infecção.

O QUE FAZER:
- Deite a vítima, se possível protegendo a região queimada do contato
com o chão.
- Banhe a queimadura com uma grande quantidade de água. O resfriamento
completo pode levar dez minutos ou mais, mas nem por isso deve retardar a
remoção da vítima para o hospital.
- Enquanto estiver esfriando a queimadura, verifique as vias respiratórias, a
respiração e o pulso. Prepare-se para a reanimação, se necessário.
- Remova com cuidado anéis, relógio, cinto, sapatos ou roupas queimadas da
região afetada, antes que ela comece a inchar. Tenha muito cuidado ao retirar
as roupas, e só o faça se não estiverem coladas à pele.
- Cubra a lesão com faixa esterilizada ou outro material apropriado, como por
exemplo, um pedaço limpo de lençol ou fronha.
- Certifique-se de que a ambulância está a caminho. Enquanto espera, trate a
vítima do estado de choque. Controle e registre a respiração e o pulso, e
prepare-se para a reanimação, se isso vier a se tornar necessário.

Queimaduras nas vias respiratórias:


Quaisquer das partes que compõem as vias respiratórias podem ser lesadas pela
fumaça tóxica, gases quentes ou produtos químicos corrosivos. São lesões
muito sérias, pois os tecidos incham rapidamente, tornando a respiração muito
difícil.
Suspeite que as vias respiratórias estão em perigo quando a queimadura estiver
ao redor da boca, do nariz, do pescoço. Verifique se tem fuligem ao redor da
boca e do nariz, pêlos chamuscados no nariz, língua vermelha, inchada ou
queimada e voz rouca.
O QUE FAZER:
- Chame uma ambulância e informe que há suspeita de queimadura afetando as
vias respiratórias.
- Tome todas as medidas possíveis para aumentar o suprimento de ar para a
vítima: desabotoar a camisa é uma delas. Ministre oxigênio, se souber.
- Se a vítima perder a consciência, coloque-a na posição de recuperação.
Prepare-separa tentar a reanimação.

Queimaduras nos olhos:


Quando um produto químico espirra nos olhos, a lesão pode se tornar grave se
não for tratada com rapidez. Esses produtos danificam a superfície dos olhos,
resultando em marcas e até cegueira.
O QUE FAZER:
- Mantenha o olho atingido sob água corrente fria por no mínimo dez minutos.
Garanta a irrigação completa dos dois lados da pálpebra. Pode ser mais fácil
fazer isso com a utilização de um copo.
- Se o olho fechar num espasmo de dor, abra as pálpebras com cuidado, mas
firmemente. Tome cuidado para que a água contaminada não escorra no olho
não lesado.
- Cubra o olho com um pano limpo e não felpudo.
- Encaminhe a vítima o mais rápido possível para o hospital.
05- Insolação
Efeitos do calor excessivo:
Em condições de calor extremo, os mecanismos utilizados pelo corpo
para eliminá-lo podem falhar. Quando a temperatura ambiente se iguala
a temperatura do corpo, torna-se impossível para este eliminar calor por
intermédio da radiação.
Se houver alto grau de umidade no ar, o vapor não se evapora completamente. Nesses
casos, especialmente durante exercícios físicos extenuantes, quando há mais calor
gerado pela atividade muscular, a insolação e a desidratação, podem ocorrer.

Insolação:
A insolação ocorre, quando a vítima fica exposta às radiações solares por muito tempo,
principalmente nas crianças.Provoca queimaduras de primeiro grau na pele, que se
apresenta avermelhada com inchaço e às vezes com bolhas. Como conseqüência da
insolação a vítima desenvolve gradualmente, à desidratação, que é causada por perda
de sal e água do corpo através da transpiração excessiva.
À medida que o problema se desenvolve, poderá haver dor de cabeça, tontura, perda de
apetite, naúseas e caimbras.

O QUE FAZER:
- Ajude a vítima deitar-se em lugar fresco. Erga e apoie suas pernas( para melhorar a
irrigação sanguínea do cérebro ).
- Procure deixá-la com roupas leves e frescas.
- Ajude a vítima a beber aos poucos o máximo de solução fraca de sal com água (uma
colher de chá de sal para cada litro de água).
- Se ela se restabelecer rapidamente, aconselhe-a a consultar seu médico.
- Se a vítima perder a consciência, coloque-a em posição de recuperação. Chame uma
ambulância. Verifique e anote a respiração, o pulso e o nível de resposta a cada dez
minutos.
06- Fraturas, entorses, luxações e contusões
Tipos de lesões:
Os ossos podem quebrar-se ( fratura ), desencaixar-se em alguma articulação (
luxação) ou ambos. Podem também ocorrer também lesões nos músculos e
ligamentos ( entorse ) ou sofrer qualquer golpe brusco, como um soco,
rompendo os vasos capilares ( contusão ).

O QUE FAZER:
- Mesmo que não se tenha certeza, qualquer suspeita de
fratura deve ser tratada como se estivesse confirmada a fratura.
- Não mova a vítima antes de fixar e apoiar a parte lesada, a menos que ela
esteja em situação de perigo.
- Não deixe que a vítima coma ou beba.
- Diga à vítima para não se mover; firme e apoie a parte lesada com as mãos,
até imobilizá-la.
- Para um apoio mais firme, prenda a parte lesada à parte não lesada do corpo.
* Em caso de fratura no braço, prenda-o contra o tronco e enfaixe ou coloque
uma tipóia.
* Em caso de fratura na perna, enfaixe a perna sã à perna lesada.
* Pode-se improvisar talas com pedaços de madeira, livro, jornal enrolado e
etc.
- Chame a ambulância. Trate do estado de choque, se necessário. Se possível
erga o membro lesado. Verifique a cada dez minutos a circulação sangüínea
na região fora da imobilizada.
- Nunca tente colocar o membro lesado não posição normal, na imobilização
mantenha a posição em que o encontrou pois, a mobilização pode agravar as
lesões.
- No caso da fratura ser exposta ( com o osso para fora da pele ), cubra o
ferimento com gaze ou pano limpo não felpudo, para proteger o osso de
infeções e controlar o sangramento.
07- Lesões na coluna
Problemas da coluna:
As possíveis lesões na coluna incluem fraturas nos ossos da coluna,
luxação de disco intervertebral, tensão muscular e torção dos
ligamentos.
O maior perigo, das lesões na coluna, principalmente das fraturas
e lesão do disco, é que elas podem afetar a medula e os nervos
vertebrais.
Suspeite sempre de lesão na coluna quando as costas ou o pescoço tiverem
sido afetados por pressões anormais, especialmente se a vítima se queixar de
qualquer distúrbio ligado a sensibilidade ou movimento.
A indicação mais importante para definir o tratamento conveniente é a
história do incidente.
Se a vítima ou testemunhas lhe informarem, que o ocorrido envolveu forte
inclinação para frente e para trás, ou a coluna foi dobrada, você deve tratar o
caso como uma fratura.

O QUE FAZER:
- Não tire a vítima do local em que foi encontrada, a menos que ela corra
perigo ou perca a consciência. Se precisar ser removida, use uma maca.
- Tranqüilize a vítima e diga-lhe para não se mover.
- Colocando as mãos sobre as orelhas da vítima, afirme e apoie sua cabeça
numa posição neutra. Mantenha esta posição.
- Se suspeitar de lesão no pescoço, consiga alguém que o ajude a colocar
cobertores dobrados ou outros objetos apropriados em volta do pescoço e
ombros da vítima.
- Chame a ambulância.
- Se a remoção da vítima demorar, coloque um colar cervical, no pescoço da
vítima, que pode ser improvisado com jornal enrolado. Não deixe de segurar
a cabeça e o pescoço durante e após sua colocação.
- Se precisar retirar a vítima do local, apoie sua cabeça e vire-a de lado com
muito cuidado (nesta manobra é necessário no mínimo duas pessoas) com a
vítima de lado, coloque uma maca ou prancha sob ela, deitando a vítima
sobre esta e em seguida removendo-a.
08- Amputação

Causas da amputação e definição:


A força que causa um ferimento pode ser tal que um membro ou parte dele
( por exemplo um dedo das mãos ou dos pés ) pode ser
parcialmente ou completamente amputado.
Às vezes é possível, por meio de técnicas microcirúrgicas,
reimplantar partes amputadas.
Quanto mais cedo a vítima, junto com sua parte
amputada, chegar ao hospital, melhor.
Relate o acidente com clareza para os serviços de emergência.

O QUE FAZER COM A VÍTIMA:


- Tente acalmar a vítima.
- Controle a perda de sangue aplicando pressão direta com um pano limpo não
felpudo e erguendo a parte lesada. Se logo encharcar de sangue o compressivo
não o retire, coloque outro compressivo por cima deste.
- Trate a vítima do estado de choque.
- Nunca use torniquetes ou garrotes para controlar a hemorragia.
- Peça uma ambulância, informando que o acidente envolve amputação.
Acompanhe a vítima ao hospital.

O QUE FAZER COM A PARTE AMPUTADA:


- Envolva a parte amputada em um pano limpo não felpudo ( mesmo que o
membro esteja sujo ), depois coloque em um saco plástico.
- Coloque o pacote em um recipiente ( por exemplo, outro saco plástico ), com
gelo. O gelo ajudará a preservar o membro, por várias horas.
- Não lave a parte amputada.
- Não ponha algodão em nenhuma superfície em carne viva.
- Não deixe que a parte amputada entre em contato direto com o gelo.
- Leve o pacote com o membro junto à vitima para o hospital.
09- Ferimentos e hemorragias
Tipos de ferimentos:

INCISÃO, corte bem definido LACERAÇÃO, ruptura irregu- ABRASÃO ou escoriação,


feito por material cortante, co- lar causada por esmagamento ferimento leve em que a pe-
lâminas ou vidro. Pode haver ou dilaceração, como as provo- le é raspada. Com pouco
sangramento intenso. cadas por máquinas. Sangra- sangramento.
mento médio.

CONTUSÃO, qualquer golpe PERFURANTE, causado por FERIMENTO À BALA, ou


brusco,pode romper os vasos material pontiagudo como pre- qualquer outro projétil,
capilares. O sangue escapa pa go, agulha e faca. A lesão é onde entra é perfurante e por
os tecidos. Não há sangra- maior internamente. Pode onde sai é uma laceração.
mento externo. haver sangramento intenso. Sangramento intenso.
O QUE FAZER:
Qualquer que seja o tipo de ferimento e ou hemorragia o procedimento será o
mesmo.
- Remova ou corte a roupa da vítima para expor o ferimento. Cuidado com
materiais cortantes, como cacos de vidro.
- Faça pressão direta sobre o ferimento, apertando-o. De preferência com um
pano limpo.
- Se você não conseguir fazer pressão direta ( por exemplo, se houver algum
objeto saindo do ferimento )pressione bem os lados.
- Levante e segure o membro lesado acima do nível do coração da vítima.
Tenha cuidado no caso de haver fratura.
- Pode ser de grande ajuda deitar a vítima. Isto reduz o fluxo de sangue no
local da lesão e minimiza o estado de choque.
- Se já houver alguma proteção no local da lesão e esta encharcar, não retire-
a, coloque outra sobre esta.
- Se houver corpo estranho saindo do local, coloque apoios nos dois lados do
objeto. Atente para que sejam suficientemente altos para enrolar a faixa sobre
o objeto sem pressioná-lo. Deixe que pessoas especializadas retire o objeto,
sem agravar a lesão.
- Peça uma ambulância. Trate do estado de choque. Verifique se há
vazamento no curativo e a circulação fora da bandagem.
- Nunca use torniquete ou garrote, pode piorar a hemorragia, causar lesão no
tecido e até gangrena.

Hemorragia nasal:
O QUE FAZER:
- Sente a vítima e peça para ela respirar pela boca ( isto
também a acalmará )e aperte o nariz logo abaixo do osso.
Ajude-a se necessário.
- Diga-lhe para não tentar falar, engolir, tossir, cospir ou fungar,
pois isso pode atrapalhar a coagulação. Dê-lhe um pano limpo para secar o
sangue.
- Após dez minutos, diga-lhe para relaxar a pressão. Se o nariz ainda estiver
sangrando, aplique novamente a pressão por períodos de dez minutos.
- Se o sangramento persistir por mais de trinta minutos, leve ou mande a
vítima para o hospital.
- Quando o sangramento estiver sobre controle, limpe delicadamente em
volta do nariz e da boca.
- Aconselhe a vítima a descansar por algumas horas e evitar esforço. Não
assoar o nariz para não bloquear a coagulação.
10- Desmaios, convulsões e epilepsias
Desmaio:
Desmaio, também conhecido como síncope, é uma perda breve da consciência
causada por redução temporária do fluxo sangüíneo no cérebro.Pode ser uma
reação à dor, ao medo, ou resultante de perturbação emocional, exaustão ou
falta de alimentação. Se tem a impressão de que a vítima está dormindo.
O QUE FAZER:
- Deite a vítima, erguendo e apoiando suas pernas.
- Assegure-se de que não lhe falte ar.
- Quando ela recobrar os sentidos, tranqüilize-a ajudando-a sentar-se.
- Procure e trate de qualquer lesão ocasionada pela queda.
Convulsões e epilepsias:
A convulsão, ou ataque epiléptico, é uma contração involuntária e instantânea
de vários músculos do corpo, causada por alterações nas funções cerebrais.
São geralmente acompanhadas de perda de consciência.Existem muitas causas
possíveis, incluindo traumatismos na cabeça, doenças que causam danos no
cérebro, redução do fluxo de oxigênio e ingestão de substâncias tóxicas ou
venenosas. Em crianças e bebês, os ataques podem ser desencadeados por febre
alta.
A epilepsia pode se apresentar de forma branda, com alterações súbitas e
passageiras no cérebro, causando confusão mental e algo que parece um
devaneio: a pessoa se desliga do ambiente por alguns segundos.
O QUE FAZER:
- Se puder, ampare a vítima antes de ela cair ou tente atenuar a queda. Abra
espaço ao seu redor e peça aos curiosos que se afastem.
- Proteja a cabeça e vire-a para o lado para que a vítima não se afogue com a
saliva.
- Afrouxe as roupas em volta do pescoço.
- Não dê nada para a vítima comer ou beber.
- Não tente desenrolar a língua, pois a pressão do maxilar contraído pode
provocar uma lesão grave em sua mão, mesmo porque, a língua não é
suficiente para asfixia-la e sim a saliva.
- Lembre-se que a saliva, não é contagiosa, pois é um distúrbio neurológico e
uma não infeção.
- Quando cessarem as convulsões, coloque-a na posição de recuperação. Fique
ao seu lado até sua recuperação total.
11- Mordidas de animais, picada de cobra e insetos

Picadas de cobras:
No Brasil ocorrem acidentes por picadas de cobras como cascavéis e as corais.
A picada é reconhecida pela marca dos dentes na pele, pela dor no local
atingido, pelo inchaço e pelas bolhas que surgem.
Toda picada de cobra, mesmo sem qualquer sintoma após o acidente, merece
atendimento médico.
Se possível, capture a cobra para identificação do serviço especializado.
O QUE FAZER:
- A vítima deve permanecer deitada e quieta; ajude-a a se acalmar.
- Lave a ferida com água e sabão.
- Chame a ambulância.
- Não faça ferimentos adicionais para drenar o veneno.
- Não coloque torniquete.
- Não tente sugar ou remover o veneno, pois agrava o acidente.
- Se conseguir pegar a cobra, leve-a com segurança junto à vítima ao hospital.

Picadas de insetos:
Abelhas, vespas e marimbondos quando picam provocam dor e assustam, mas
os riscos são pequenos, a menos que sejam picadas numerosas e a pessoa
tenha reações alérgicas.

O QUE FAZER:
- Retire o ferrão com pinças. Vespas e marimbondos não deixam ferrão;
abelhas morrem depois de picar, deixando o ferrão.
- Aplique compressa fria para aliviar a dor e diminuir o inchaço.
- Aconselhe a vítima a procurar seu médico se a dor ou inchaço não
melhorarem.
- Se for picada de carrapato, ele fica grudado na pele e deve ser removido com
uma pinça pela cabeça.
Mordida de animais:
Todos os animais, incluindo o ser humano, tem germes na boca. Dentadas
causas ferimentos prefurantes pele, podendo causar uma infeção. A mordida
humana com freqüência amassa e mortifica os tecidos.
Dar um soco na boca de alguém provoca com freqüência uma “mordida” nos
dedos.
Mordidas externas necessitam de cuidados hospitalares; qualquer mordida que
perfura a pele precisa de primeiros socorros, seguido de assistência médica.
O QUE FAZER:
- Lave a ferida com água e sabão.
- Seque bem o ferimento e cubra com um pano limpo.
- Encaminhe a vítima para o hospital ou Centro de Saúde ( Posto ).

Raiva:
É uma infeção causada pôr vírus potencialmente fatal e é transmitido pela
saliva de animais infectados. A raiva urbana é transmitida pelo cachorro, mas
todos os mamíferos podem adquiri-la; o gato é um transmissor muito
eficiente. A raiva no Brasil também é transmitida por morcegos.

O QUE FAZER:
- Lave a ferida com água e sabão.
- Cubra o ferimento com um pano limpo.
- Se você conhecer o animal ou o dono dele, verifique se foi vacinado contra
a raiva.
- Encaminhe a vítima ao Centro de Saúde ( Posto ).
- Comunique ao profissional da saúde que atender a vítima, se o animal foi
ou não vacinado.
12- Corpos estranhos e asfixias
Asfixia:
Qualquer distúrbio no processo respiratório é potencialmente fatal, pois
pode causar a asfixia. Este é o termo médico para o sufocamento, ou seja,
qualquer condição que impeça o oxigênio de ser levado ao sangue. As vias
respiratórias podem ser obstruídas por alimentos, vômito ou outra substância
estranha, por inchaço da garganta após uma lesão, ou pela língua, se a vítima
estiver inconsciente.
Na asfixia, a respiração fica ruidosa e difícil, movimento reverso do peito e
do abdômen, pele arroxeada, narinas dilatadas e contração da parede entre as
costelas e a região que se encontra acima da clavícula e do esterno.
O QUE FAZER:
- Remova qualquer obstrução à respiração ou leve a vítima para onde haja ar
puro.
- Se ela estiver inconsciente, verifique a respiração e o pulso, e prepare-se
para reanimá-la; coloque-a na posição de recuperação e chame uma
ambulância.
- Se ela estiver consciente, tranqüilize-a, mas mantenha-a em observação.
Chame um médico ou ambulância.

Corpos estranhos:
A “expressão” é usada para definir qualquer material que se introduz no
corpo, seja através de ferimento na pele, seja pelos orifícios naturais do
corpo, como ouvido, nariz ou boca. Em geral são partículas de sujeira ou
areia, que podem também se alojar nos olhos.
O QUE FAZER:
Na Pele:
- Limpe a região em torno do ferimento com água e sabão.
- Coloque a pinça o mais próximo possível da pele e puxe o fragmento
seguindo a mesma direção em que entrou.
- Esprema o ferimento para sangrar um pouco. Limpe e coloque o curativo.
- Confirme a validade da vacina antitetânica.
Anzóis:
- Se a farpa do anzol estiver visível, corte-a com um alicate.
- Se ela não estiver visível, passe um pedaço de linha de pescar na curva do
anzol, pressionando a curva do anzol com o dedo, puxe rapidamente a linha
para removê-lo.

Nos Olhos:
- aconselhe a vítima a não esfregar os olhos.
- Se conseguir ver o corpo estranho, lave o olho para retirá-lo, usando um
copo com água limpa, se não for eficaz, leve a vítima ao oftalmologista ou
hospital.

Nos Ouvidos:
- Não tente remover o objeto. Isto pode acabar ferindo gravemente o ouvido
e fazer com que ele penetre ainda mais fundo.
- Tranquilize a vítima.
- Leve a vítima ao hospital.

Ingestão:
- Chame um ambulância e tranqüilize a vítima.
- Não dê nada de comer ou beber à vítima.

Inalação:
- Debruce a vítima sobre sua coxa, segurando com sua mão na barriga dela,
dê tapas nas costas com a palma da mão.
- Se não for eficaz, tranqüilize a vítima e encaminhe-a para o hospital.
13- Choque anafilático

Definição:
É uma reação alérgica forte, potencialmente fatal, que pode ocorrer, em
indivíduos sensíveis, em poucos minutos ou segundos após:
- Injeção de medicamento específico.
- Picada de inseto específico.
- Ingestão de alimento específico.
A reação faz com que sejam liberadas no sangue substâncias que dilatam as
veias e estreitam a passagem de ar. A pressão arterial cai rapidamente e a
respiração se torna difícil. Além disso, o inchaço do rosto e pescoço
aumenta o risco de asfixia.
A quantidade de oxigênio para os órgãos vitais é extremamente reduzida. A
vítima necessita de oxigênio e atendimento médico urgente. Não há nenhum
tratamento específico de primeiros socorros que possa ser ministrado.
Deve-se apenas atentar para a respiração da vítima e minimizar os efeitos
do choque, até que chegue socorro especializado.

O QUE FAZER:
- Peça uma ambulância.
- Se a vítima estiver consciente, ajude-a a sentar-se na posição que dê maior
alívio à sua dificuldade de respirar. Manter a vítima sentada ajuda a
respiração.
- Se ela perder a consciência, verifique a respiração e o pulso, prepare-se para
a reanimação caso seja necessário. Coloque-a na posição de recuperação.
- Certifique-se de que o socorro já está a caminho.
14- Infarto - ataque cardíaco

Definição:
O ataque cardíaco ocorre mais comumente quando o suprimento de sangue de
uma parte do músculo do coração é subitamente interrompido - por um
coágulo em uma das artérias coronárias, por exemplo. Seu efeito depende de
quanto o músculo do coração é afetado.
O principal risco de um ataque cardíaco é o de o coração parar
de funcionar.
A vítima sente falta de ar, desconforto na parte superior do
abdômen, sensação de morte iminente e uma compressão no peito.

O QUE FAZER:
- Coloque a vítima recostada, com a cabeça e ombros apoiados e joelhos
dobrados.
Esta é a posição que propicia maior conforto.
- Se a vítima estiver consciente, dê-lhe uma aspirina e diga-lhe para mastigá-la
devagar.
- Chame uma ambulância, dizendo que suspeita de um ataque cardíaco.
- Verifique a respiração e o pulso constantemente, e prepare-se para a
reanimação, se necessário.
15- Parada cardio-respiratória
Definição:
É essencial para a vida, que o oxigênio e outras substâncias que penetram no
corpo sejam transferidas, via corrente sangüínea, para as células.É aí que eles
se transformam na energia essencial a todos os processos vitais.O cérebro
controlador das funções do organismo, precisa de suprimento constante de
oxigênio. Após 3 ou 4 minutos sem oxigênio, a função cerebral começa a
falhar: segue-se a perda de consciência, parada respiratória e dos batimentos
cardíacos, e pode sobrevir a morte.
O QUE FAZER:
- Verifique o nível de consciência: Faça perguntas à vítima como, “O que
aconteceu?”. A vítima com grave alteração de consciência pode murmurar,
gemer ou fazer movimentos leves. A vítima inteiramente inconsciente não
reagirá.
- Verifique a respiração: Coloque seu rosto próximo à boca da vítima e
observa, ouça e sinta sua respiração: observe se o tórax se movimenta,
procure ouvir os sons da respiração, procure sentir a respiração contra o rosto.
- Verifique o pulso: Com a cabeça da vítima inclinada para trás, procure
tocar com osdedos indicador e médio, a pulsação da carótida. Permaneça 5
segundos nesta posição antes de constatar a ausência de pulsação.
- Constatada a Parada cardio-respiratória:
Quando a vítima não tem pulso e não está respirando, você deve aplicar
alternadamente a respiração artificial e a compressão cardíaca.
Esta é a seqüência conhecida como RCP ( Reanimação cardiopulmonar ).
- Peça a alguém para chamar uma ambulância.
- Com a vítima deitada de costas, primeiro remova da boca qualquer obstrução
possível, inclusive próteses ( dentaduras ).
- Desobstrua as vias respiratórias da vítima inclinando a cabeça e erguendo
o queixo da vítima.
- Tampe as narinas da vítima apertando-as com o dedo indicador e o polegar.
Inspire profundamente.
- Fixe seus lábios em volta da boca da vítima, sem deixar frestas, e sopre até
perceber que o tórax se eleva. Use cerca de 2 segundos para cada sopro.
- retire os lábios e deixe que o tórax relaxe. Repita o procedimento.
- Mantenha a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura, ajoelhado ao
lado da vítima procure encontrar uma de suas costelas inferiores utilizando
os dedos indicador e médio. Deslize os dedos para cima até o ponto em que
as costelas se encontram junto ao esterno. Coloque o dedo médio neste ponto
e o indicador no osso esterno, que se localiza logo acima.
- Coloque a base da palma da mão sobre o osso esterno, e deixe-a deslizar
para baixo até que alcance o dedo indicador. Este é o ponto que você deverá
fazer a pressão.
- Coloque a base da mão por cima da outra mão e entrelace os dedos.
- Reclinando-se sobre a vítima, com os braços estendidos pressione
verticalmente o osso esterno até conseguir uma depressão de 4 a 5
centímetros. Depois relaxe a pressão sem tirar as mãos do local.
- Repita as compressões, procurando atingir um ritmo de aproximadamente 80
compressões por minuto.

Quando há apenas uma pessoa:


- Siga os mesmos procedimentos acima sobre respiração artificial e a
massagem cardíaca. A seqüência da RCP deve ser 2X15 ou seja, duas
respirações para cada quinze compressões cardíacas.
- A RCP deve ser feita até a vítima se restabelecer ou até que um médico
chegue ao local.

Quando há duas pessoas:


- Enquanto uma pessoa realiza as respirações, a outra alternadamente, realiza
as compressões.
- A seqüência para duas pessoas deve ser 1X5, ou seja uma respiração para
cada cinco compressões.
- A RCP deve ser feita até a vítima se restabelecer ou até que um médico
chegue no local.

Importante:
- Enquanto se realiza a Reanimação cardiopulmonar, reavalie a respiração e o
pulso a cada três minutos.
16- Posição de recuperação
Definição:
Qualquer vítima inconsciente deve ser colocada na posição de recuperação.
Esta posição impede que a língua bloqueie a garganta, e o fato de a cabeça
estar em posição ligeiramente mais baixa do que o resto do corpo facilita a
saída de líquidos da boca. Isto reduz o risco de a vítima aspirar conteúdo do
estômago.

O QUE FAZER:
- Antes de mudar a posição da vítima, se for o caso, remova seus óculos ou
quaisquer outros objetos volumosos de seus bolsos.
- Ajoelhe-se ao lado da vítima, desimpeça as vias respiratórias inclinando sua
cabeça para trás e erguendo o queixo. Estique suas pernas. Dobre o braço mais
perto de você, formando um ângulo reto em relação ao corpo, com o cotovelo
dobrado e a palma da mão para cima.
- Coloque o outro braço da vítima sobre seu peito, e segure sua mão, com a
palma aberta, junto à face que está ao seu lado.
- Com a outra mão, segure firme a coxa do lado oposto ao seu e dobre o joelho
para cima, mantendo a sola do pé no chão.
- Mantenha a mão da vítima colada à sua face e puxe-a pela coxa para virá-la
para o seu lado.
- Incline a cabeça da vítima para trás para garantir a liberação da passagem do
ar. Acomode a mão embaixo da face, se necessário, de modo que a cabeça
possa permanecer em posição inclinada.
- Se necessário, acomode a perna que está em cima, para que o quadril e o
joelho fiquem dobrados em ângulo reto.

Importante:

Se houver suspeita de fraturas é melhor não mexer na vítima, mantenha


deitada com a cabeça virada para o lado.
17- Transporte das vítimas
Definição:
A remoção de uma vítima traz consigo o risco efetivo de agravamento da
lesão. Portanto, nunca remova uma pessoa ferida a menos que ela esteja
correndo risco de vida, perigo imediato ou necessite proteção enquanto
espera socorro médico. Você também não deve colocar em risco sua própria
segurança ao remover um doente ou acidentado.

O QUE FAZER:
- Sempre explique a vítima o que está fazendo, para que ela possa cooperar se
for necessário.
- Procure uma maca o algum objeto que a substitua, como por exemplo uma
porta.
- Vire a vítima de lado, como na posição de recuperação.
- Coloque a maca embaixo da vítima e desvire-a.
- Se estiver sozinho, puxe a vítima pela maca. Se houver mais de uma pessoa
pegar uma de cada lado da maca.Também se pode improvisar uma maca com
lençóis.
- No caso de não encontrar uma maca, e ter pelo menos três pessoas, uma
segura a cabeça da vítima apoiando o pescoço, outra segura o tronco e a
última as pernas. Deve-se ter um movimento de remoção sincronizado entre
os socorristas.
- Quando o transporte é inevitável, deve se dar mais atenção ao pescoço e à
coluna da vítima.
- Nunca faça sozinho nada mais do que o possível.
- Se a vítima puder se sentar, coloque em uma cadeira, e
arraste-a imitando uma cadeira de rodas.

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