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tecnologia de cálculo cientı́fico com capacidades gráficas. As perspectivas
para o estudo das funções no secundário casaram-se com as calculadoras
gráficas que, entretanto, tinham aparecido no mercado. O programa já previa
e recomendava a utilização de computadores e obrigava a utilização de cal-
culadoras cientı́ficas. O ajustamento vem adequar-se à evolução tecnológica
no domı́nio da electrónica e da informática entretanto sofrida. Por um lado,
tornou-se possı́vel apontar a utilização de ferramentas cientı́ficas (programas
de computadores) tão potentes quanto amigáveis e, por outro, as calculado-
ras apareceram com capacidades gráficas muito interessantes, sem perderem
as capacidades de cálculo, a portabilidade e o preço acessı́vel.
2 Intenções possibilistas
Neste estudo, não nos preocupamos tanto em apresentar problemas novos,
mas antes apresentar exemplos simples que possam ser utilizados por todos os
professores, algumas vezes na leccionação do ciclo. Consideramos da máxima
importância fornecer elementos de trabalho, viáveis mesmo nas condições
mais adversas, que permitam as apropriações de que falamos quando falamos
do uso da tecnologia gráfica (para além da ”mão que desenha”).
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2.1 Exemplo para provar a vantagem do uso da calculadora gráfica
na matemática que se faz para se aprender matemática
Começamos por apresentar um exemplo de actividade simples que serve para
demonstrar a utilidade da matemática.
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com o objectivo de averiguar se os estudantes percebem que basta uma
dimensão. Levar a calcular as outras dimensões ou a área)
A D B
Figura 1
Figura 2
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6. Activemos o gráfico dos pontos (L1 , L2 ):
2nd Y= ou STAT PLOT
STAT EDIT , depois ZOOM ZoomStat e finalmente GRAPH
Figura 3
Figura 4
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que se aprendem no ensino secundário. Aliás, devemos pedir ao aluno que
escolha entre várias alternativas
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quotidianamente são postas em evidência na vida prática: Os alunos po-
dem perceber como é que são recolhidos automaticamente dados numa dada
situação em estudo e como é que eles são transformados em listas de números,
gráficos, etc, realizando, por essa via, uma aproximação à matemática que se
utiliza, mesmo que sem plena consciência dos agentes, em todos os sectores
da vida social e profissional. A calculadora gráfica veio introduzir a possibil-
idade e a necessidade de se realizarem verdadeiras actividades de modelação,
induz o trabalho de grupo e entre diversos grupos disciplinares no sentido
de proporcionar aprendizagens matemáticas pelas aplicações, dá sentido e
utilidade ao estudo da matemática. Não só torna possı́veis, no ensino e na
aprendizagem, a compreensão efectiva de conexões entre diversos ramos do
saber, como estabelece novas conexões entre temas da matemática – por ex-
emplo, entre a geometria, as funções e a estatı́stica. As conexões com outras
ciências esclarece, para os alunos, a utilidade da matemática.
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poderá consultar para tomar decisões. No CBR, deve escolher o tipo
de máquina que lhe ligou.
2. Nas primeiras vezes, a situação a viver pelos alunos tem a ver com a
compreensão e a fiabilização dos dados obtidos pela recolha electrónica
(CBR). O mesmo será feito por qualquer profissional que verifica o
bom funcionamento das máquinas que utiliza. Por exemplo, colocar
o CBR orientado para um obstáculo fixo e a uma distância conhecida.
Os alunos devem prever qual o tipo de gráfico (t, d(t)) que se obtém.
Assim como devem, logo que possı́vel, ser chamados a prever qual o tipo
de gráfico que obtêm se pretenderem estudar a variação das distâncias
no decurso do tempo em que foram efectuadas as medições. No nosso
entender, este tipo de intervenção pode ser feita desde o inı́cio do estudo
das funções.
3. O aluno deve depois prever quais os tipos de gráficos que obtém quando
desloca o CBR, a passo normal, em relação a um obstáculo. Esta dis-
cussão permite estabelecer se o aluno percebe e interpreta bem o tra-
balho gráfico (e a sua ligação às observações efectuadas), como inicia
bem os conceitos de declive e de taxa de variação, bem como os seus
significados geométrico e fı́sico.
Também se devem apresentar situações que permitam verificar que o
aluno pode, a partir do gráfico, reconstruir o que se passou — o que
se constitui também em grande utilidade da matemática para a vida
prática. Se nós tivermos dados recolhidos e tratados, podemos recon-
struir, pelo menos em parte, o desenrolar de alguns acontecimentos.
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ficha de actividades introdutória ao uso do CBR.
Concluindo:
O CBR permite conexões, ao mesmo tempo simples e potentes, com a Fı́sica,
bem como a clara atribuição de papéis à matemática que se aprende. In-
teressa o CBR, ainda mais, quando pensamos que ele não exige quaisquer
formação ou condições especiais para o seu uso e quando a Fı́sica utilizada
em situações do tipo das descritas é básica e da formação básica de todos os
professores de Matemática.
3 Referências
1 Bower et all; Explorations – Math and Science in motion: activities for
middle school; TI; 1997