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Faculdade de Administração, Ciências Econômicas e Contábeis de Guaratinguetá

CONTABILIDADE DE
CUSTOS

ADMINISTRAÇÃO E CONTÁBEIS

ORGANIZAÇÃO GUARÁ DE ENSINO 1 : (012) 3125 2911 / 3125 2284


Av. Pedro de Toledo, 195, Vila Paraíba : (012) 3125 4963 / 3125 4516
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1-Origem dos Custos


1-1- Evolução das empresa
Todo o processo evolutivo da contabilidade de custos culminou com a Revolução Industrial , iniciada
na Inglaterra na metade do Século XVIII. Este estágio de evolução determinou a necessidade de ser
incrementada a forma de organização societária , proporcionando o desenvolvimento da empresa
capitalista. Com a descoberta de novas tecnologias e o aparecimento de sistemas complexos de
produção, crescimento das empresas, houve maior necessidade de controle que proporcionasse maior
segurança nas aplicações do capital e na manutenção dos sistemas produtivos com a apresentação
de resultados positivos nas suas operações.

1-2 Fases da Produção – Os Bens existentes na natureza, originalmente gratuitos, precisam sofrer
transformações para alcançar os estados de consumo ou de utilização pelas pessoas.
Para o homem primitivo satisfazer suas necessidades apareciam duas fases: extração e
beneficiamento primário, que constituíam dirigir-se aos rios e capturar um peixe ou ir à floresta e
colher frutos ou raízes, ou capturar um animal.
Em um segundo estágio de civilização com a descoberta de novos utensílios, ferramentas e
meios de transportes rudimentares e ainda contatos com grupos sociais, o processo produtivo ampliou
o número de fases para quatro: extração, beneficiamento primário, transporte para centro distribuidores
ou consumidores e distribuição e consumo
Em um terceiro estágio de civilização com a descoberta de novos utensílios permitiu a melhor
elaboração dos bens naturais para torná-los menos perecíveis surgindo além das fases anteriores outras
como recepção e estocagem.

Atualmente as fases do processo produtivo podem ser divididos em várias fases, tomando como
base a gasolina, por exemplo:

1-Extração – compreende a retirada do petróleo do subsolo.

2-Beneficiamento primário – constitui-se na separação da água e de outras substâncias.

3- Estocagem no local de beneficiamento primário – normalmente aplicado aos produtos de origem


mineral.

4-Transporte para os centros de beneficiamento secundário.

5-Recepção e estocagem nos centros de beneficiamento secundário.

6- Beneficiamento secundário – é a transformação do bem natural com apenas um beneficiamento


rudimentar em outro bem através de um processo industrial. Esta fase consiste na destilação ou
refinação do petróleo

7-Estocagem nos centros de beneficiamento secundário.

8-Transporte para os centros de beneficiamento terciário

9- Recepção e estocagem nos centros de beneficiamento terciário – compreende a inspeção,


conferência e armazenagem da produto beneficiado secundariamente.

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10- Beneficiamento terciário – é a adição de álcool e de aditivos para melhorar o desempenho dos
veículos.

11-Estocagem nos centros de beneficiamento terciário.

12- Transporte para os centros distribuidores ou consumidores.

13- Recepção e estocagem nos centros distribuidores ou consumidores

14- Distribuição: é a venda da gasolina ao consumidor

1-3 Classes envolvidas na produção

1-3-1 Operárias – Atuam sobre os bens para torná-los acessíveis ao consumidor, intermediário final.
Esta classe recebe salário como remuneração do seu tempo aplicado e aqui é simbolizado por (S).

1-3-2 Empresárias – São aquelas que organizam o processo produtivo para que se obtenham bens a
menores custos, através da ordenação da produção. As empresas constituem a classe cuja atividade é
ordenar os fatores de produção ( natureza, trabalho e capital ) para obter bens a custos mínimos.
A remuneração percebida é o Lucro ( L).

1-3-3 Emprestadoras – São as que reúnem as pequenas economias de muitos para ceder às empresas
sob a forma de capital. Este capital pode ser cedido sob a forma de bens fixos para a produção e sob a
forma de bem numerário.
A remuneração recebida é o juro e o aluguel, aqui simbolizado pela letra ( J ).

1-3-4 Governadoras – São as que executam as tarefas de infra-estrutura necessárias `a existência das
empresas, tendo em vista o beneficio coletivo. As entidades governadoras é responsável pelo
fornecimento da educação, da paz social, segurança publica, etc. A remuneração recebida é o imposto
e a taxa, simbolizado por ( I ).

Conclusão – considerando as quatro fases envolvidas e atuando na produção podemos obter a seguinte
equação do custo :

C= S+L+J+I

Na impossibilidade prática de apuração do custo partindo da equação geral anterior, reduz-se a


equação a três componentes básicos : Matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais, independente da
fase em que se está apurando o custo.

a- Matéria-prima – é o elemento que sofrerá transformação ou agregação, para o surgimento


de outro bem diferente. A mesma é adquirida de outras empresas ou proveniente de fases anteriores de
produção ou um bem natural e, portanto, gratuito na natureza, isto é com custo zero.

b- Mão-de-obra – é o elemento que atua sobre a matéria-prima para a obtenção de outro bem, quer
transformando, quer agregando várias matérias-primas.

c- Gastos Gerais – são todos os elementos necessários direta ou indiretamente, mediata ou

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imediatamente à elaboração dos bens e não classificados em nenhuma das outras categorias.

Em conseqüência, o custo pode ser definido como valor da matéria-prima somando a todos os
valores agregados a ela necessários à obtenção de novos bens.
C= MP + MO + GG

Exercícios Propostos
1- O controle do sistema de produção nas pequenas empresas existentes antes do aparecimento de
novas tecnologias era exercido pelo:
a- Economista b- Proprietário c- Contador d- Administrador de empresa

2- As decisões sobre as alternativas mais vantajosas a serem adotadas no sistema produtivo são
resultantes do conhecimento do diferencial entre:
a- a quantidade produzida de dois produtos b- os preços unitários dos produtos de maior e
menor valor
c- o custo total e a receita total de vários d- o custo unitário e o preço de venda (lucro
produtos englobadamente unitário)

3- A classe de pessoas que reúne ordenadamente os fatores de produção – natureza, trabalho e capital-
para o funcionamento racional do processo produtivo é a:
a- Operária b- Empresaria c- Emprestadora d- Governadora

4- A classe de pessoas que oferece, entre outras coisas, a infra-estrutura necessária para implantação
do processo produtivo é a:
a- Operária b- Empresaria c- Emprestadora d- Governadora

5- As classes de pessoas envolvidas no processo produtivo de um bem cujas atividades são organizar
o processo produtivo por meio da ordenação da produção e proporcionar a infra-estrutura necessária
à existência das empresas são , respectivamente:
a- Operária e Empresária b- Empresária e emprestadora
c- Emprestadora e governadora d- Empresária e governadora

6- A classe das operárias é a que atua sobre os bens para torná-los consumíveis ou utilizáveis pelo
consumidor, e a remuneração percebida é o :
a- salário b- Lucro c- Juro d- Imposto

7- Quando, nos pequenos volumes de produção, um mesmo indivíduo atua diretamente sobre os bens,
manipulando-os, e organiza seu processo produtivo, além de fornecer também recursos financeiros
para as necessidades do processo, não significa que esses individuo esteja eliminando classes de
pessoas, mas está desempenhado as atividades das classes:
a- Operária ,Empresaria e Emprestadora b- Operária ,Empresaria e governadora
c- Operária, empresária e governadora d- Empresária, emprestadora e governadora

8- Quando um indivíduo ou grupo de indivíduos reúne os recursos financeiros necessários à


implantação de um processo produtivo e também organiza, contratando, entretanto, pessoas que atuam
sobre os bens para transforma-los em outros bens, aquele indivíduo ou grupo de indivíduos está
desempenhado as atividades das classes:
a- Operária e Emprestadora b- Emprestadora e Empresaria
c- Operária e governadora d- Empresária e governadora

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9- O lucro é a diferença entre preço de venda e custo, mas pode ser considerado como custo, ou seja,
incluído no custo, porque:
a- o custo numa fase é o preço de venda na fase anterior
b- o lucro é um dos itens do preço de venda
c- obter o lucro custa alguma coisa
d- o lucro independe do custo

10- “ $ 500,00 é o preço da chapa de aço de 1/4 “ . Ou “ $550,00 é o custo do quilograma da chapa
de aço de ¼”. Qual das alternativas está correta nos momentos respectivos de:
a- venda e aplicação na produção b- compra e venda
c- Aplicação na produção e venda d- Aplicação na produção e compra

2- Classificação dos custos


2-1 Conceituação
O custo está aparecendo a todo o momento na vida do indivíduo, porque todos os Bens
necessários ao indivíduo tem um custo. Normalmente as pessoas fazem algumas confusões com os
termos relativos ao custo. Vamos defini-los de acordo com a contabilidade.

a- Preço- é o valor estabelecido pelo vendedor para efetuar a transferência da propriedade de


um Bem. No preço está incluído, além do custo, o lucro ou prejuízo, concluindo-se que o preço é
igual ao custo mais o lucro ou o custo menos o prejuízo. Ainda, se o preço for igual ao custo não terá
lucro ou prejuízo na comercialização.
O valor da transação de uma unidade de um Bem é chamado preço unitário de venda para o vendedor
e custo unitário para o comprador.

b- Receita- é o preço de venda multiplicado pela quantidade vendida.


Receita de vários Bens - é o somatório das multiplicações dos diferentes preços de vendas pelas
respectivas quantidades vendidas de cada um deles.

c- Gasto- é o valor pago ou assumido para se obter a propriedade de um Bem, incluindo-se ou


não a elaboração e a comercialização, considerando-se as diversas quantidades adquiridas, ou
elaboradas ou comercializadas.

d- Desembolso- é o pagamento de parte ou do total adquirido, ou elaborado, ou


comercializado, ou seja, a parcela ou o todo do gasto que foi pago.

e- Custo- é a parcela do gasto que é aplicado na produção, gasto este desembolsado ou não.
Custo, ainda, é o valor aceito pelo comprador para adquirir um bem, ou custo é a soma de todos os
valores agregados desde a sua aquisição até a sua comercialização.

f- Despesa- é a parcela ou a totalidade do custo que integra a produção vendida.

g- Investimento- Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a


futuro (s) período ( s)

g- Perda- Bem ou serviço consumidos de forma anormal ou involuntária

Exemplo: Matéria-Prima
-é uma Receita para o vendedor, e é um Gasto para o comprador no ato da compra;
-é um desembolso, no ato do pagamento, que pode ser a vista ou a prazo;

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-é um custo no ato de sua aplicação na produção;


-é uma despesa no ato da venda do produto que ela integra.

2- 2 Classificações dos Custos

2-2-1-Quanto a natureza- O custo total é a soma de todos os custos, tomando-se o valor deles
individualmente. A empresa pode adotar sua própria classificação dos custos quanto a natureza. Ex:
matérias- primas; materiais auxiliares; materiais de expediente; mão-de-obra, combustíveis, aluguéis,
etc.

2-2-2 Quanto a Função


A classificação do custo com relação a função, vamos destacá-lo a nível de gerência, no qual
será considerado três aspectos, a saber:
a- Custos de produção- são aqueles que ocorrem nos setores de produção e são necessários
para a fabricação dos produtos como: matéria-prima, mão-de-obra e outros.

b- Custos administrativos- são os necessários à administração, à programação e ao controle.


Ex: custo pessoal da administração do pessoal; custo de transportes; de restaurantes, custo de
vigilância, ETC
c- Custos de comercialização- são aqueles necessários à movimentação, controle e
distribuição dos produtos desde a compra e pagamento de fornecedores até a distribuição e
recebimento dos clientes como: embalagem de expedição, fretes, aluguéis de depósitos e lojas
propaganda, comissões, etc.

Portanto, a nível de gerência o (CT) custo total é igual a soma dos custos administrativos, com
os de comercialização ( CC ) e com os custos de produção ( CP ), apresentando a seguinte equação:
CT= CA+ CC + CP

2-2-3 Quanto a Contabilização:

Quanto a Contabilização os custos podem ser classificados:

a- Custos realizados- são os que integram as contas de resultado do período, isto é, aqueles
que foram considerados consumidos para efeito do resultado contábil do período.
Ex. matéria-prima, materiais auxiliares, mão-de-obra, depreciações, e os demais custos que integram
os custos dos produtos vendidos.

b- Custos a realizar- São os custos que integram as contas patrimoniais, ou seja, é aqueles
que mesmo que a empresa já tenha incorrido neles, adquirido-os, ainda permanecem na empresa.
Ex: matéria-prima, materiais auxiliares, mão-de-obra, e os demais custos que integram os
estoques, além das imobilizações permanentes ainda não depreciadas.
Conclusão- O custo total quanto a contabilização é a resultante da soma dos custos realiza-
dos ( RE ) com os custos a realizar ( AR). CT= RE + AR

2-2-4 Quanto a apuração


Quanto à apuração, os custos podem ser classificados em Diretos e Indiretos.
a- Direto- é aquele que pode ser diretamente apropriado a cada tipo de Bem ou Órgão, no
momento da ocorrência do fato, isto é, está ligado a cada tipo de Bem ou função do custo.

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b-Indireto- é aquele que não pode apropriar diretamente a cada tipo de Bem ou função de
custo no momento de sua ocorrência. Atribui-se parcela dele a cada tipo de Bem ou função de custo
através de um critério denominado Rateio.

Rateio- é a divisão proporcional por uma base que tenha valores conhecidos em cada função e que se
julga que o custo ocorre nas mesmas proporções da base.
Conclusão- o Custo total quanto a apuração é formado pela soma dos Custos diretos (CD) com os
Custos indiretos. CT= CD+ CI

2-2-5 Quanto a formação


Quanto a formação os custos são estudados em função das variações que podem ocorrer no
volume de atividade, ou seja, na quantidade produzida pela empresa. Os mesmos podem ser
classificados em : fixos, variáveis e mistos.
a- Custos fixos- são os custos de estrutura que ocorrem período após período sem variações,
ou cujas variações não ocorrem como conseqüência da variação no volume de atividade em
períodos iguais. Ex: aluguel de imóvel ocupado pela indústria e depreciação acumulada de
equipamento.

b- Custos variáveis- são aqueles que variam em função da variação de volume de atividade,
ou seja, a variação da quantidade produzida no período. Quanto maior o volume de atividade no
período maior será o custo variável.

O custo variável pode ser dividido em: progressivo, constante e regressivo.


Variável progressivo- é quando a variação ocorre em proporções maiores que a variação do
volume de atividade. Se cresce o volume produzido, o custo cresce proporcionalmente mais, ou vice-
versa. Ex. aumento da mão-de-obra direta em um recinto pequeno.
Variável constante- é o custo variável que ocorre na mesma proporção da variação do volume
de atividade. Ex: matéria-prima
Variável regressivo- é o custo variável cuja variação é proporcionalmente menor em relação à
variação do volume de atividade. Se cresce o volume produzido, o volume cresce em proporções
menores, ou vice-versa. Ex: custo da energia elétrica consumida na produção quando a taxa por
quilowatt-hora decresce com o acréscimo de consumo.

Abstendo-se dos custos mistos, o Custo total ou Global (CT) quanto a formação é composto da soma
dos Custos fixos (CF) com os Custos variáveis (CV).
CT= CF+ CV

CT CF CV
Cm = ------ Cf = -------- Cv = -------
Q Q Q

Cm = Custo médio total CT = Custo total ( global) Cf = Custo fixo unitário

Cv = Custo variável unitário CV = Custo variável total CF = Custo fixo total

Q = quantidade produzida

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Os Custos mistos são aqueles que possuem, no seu total, uma parcela fixa e uma parcela variável, que
permitem considerá-los , caracteristicamente, iguais ao custo total. A diferença é que este último
engloba vários custos classificados como variáveis e vários custos classificados como fixos, enquanto
o custo misto é o único custo que possui as parcelas fixa e parcelas variável. Ex: caldeira para a
produção de vapor, aluguel de uma copiadora, etc.

ESPÉCIE CUSTO COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO AO VOLUME DE


PRODUÇAO

FIXO TOTAL NÃO VARIA

FIXO UNITÁRIO VARIA INVERSAMENTE

VARIÁVEL
TOTALVARIÁVEL
VARIÁVEL TOTAL VARIA PROPORCIONALMENTE
TOTAL

VARIÁVEL UNITÁRIO
NÃO VARIA

Exercício:

Exercício:
1-Sabendo-se que a Empresa JJ LTDA produziu no período 1 um volume de atividade de 1.000
unidades com um custo misto de 50.000. Em um segundo período sob as mesmas condições produziu
1.150 unidades do mesmo produto. Pede-se calcular: Custo Fixo Total, Custo Fixo Unitário, Custo
Variável Total, Custo Variável Unitário e o Custo Médio com base nos valores fornecidos.

2- Faça a representação numa tabela e graficamente nos seus diversos níveis de produção dos custos
fixos, variáveis e totais ( total e unitário) de uma empresa cuja capacidade máxima de produção é
de dez unidades , custo fixo total de $ 1.000 e custo variável total de $3.000, valores estes
considerados no nível máximo da capacidade de produção.

2-2-6 Classificação do custo quanto a ocorrência:


Os Custos apresentam diversos estágios durante as suas fases de produção, nos quais Podem
ser determinados ou acumulados. Os mesmos quanto à sua ocorrência são classificadas em: básico, de
transformação, direto ou primário, indireto, fabril, dos produtos fabricados e dos produtos vendidos.
Custo Básico: é representado pelo valor da matéria-prima direta ou material direto consumido.
Sobre ele são aplicados mão-de-obra direta e custos indiretos para transformá-los.

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Custo de Transformação: é representado pelo valor dos elementos que são aplicados sobre o
custo básico para transformá-lo. O mesmo constitui-se da mão-de-obra direta apropriada e dos custos
indiretos.

Custo Direto ou Primário: são os primeiros custos a ocorrer no processo de transformação. O


mesmo é composto pelo valor da matéria-prima direta ou material direto e da mão-de-obra direta
apropriada.

Custo Indireto: é a soma de todos os custos ocorridos na produção e não classificáveis como
matéria-prima ou mão-de-obra direta.

Custo Fabril: é soma dos custos básico e de transformação ou a soma dos custos direto ou
primário e indireto. Representa o total do custo aplicado durante o período no setor de fabricação.
Independentemente de todas as unidades ficarem prontas ou não.

Custos dos Produtos Fabricados: é a soma do custo fabril mais o estoque inicial de produtos
em elaboração menos o estoque final de produtos em elaboração.

Custos dos Produtos Vendidos: O custo dos produtos vendidos é determinado pela produção
fabricada no período, diminuída do estoque final de produtos acabados e somada ao estoque inicial de
produtos acabados.

Vamos verificar os conceitos citados acima através das fórmulas e exercícios a seguir:
Custo básico = MP Direta consumida, que é CB = EI + C + EF
Custo direto ou primário = CB + MOD apropriada
Custo de transformação = MOD + CI
Custo fabril = CB + CT ou Custo fabril = CD + CI
Custo dos produtos fabricados = CF + EIPE – EFPE
Custo dos produtos vendidos = CPF + EIPA – EFPA

Matéria-prima direta

1-1-compras 10.000
1-2-estoques
1-2-1-inicial 1.000
1-2-2-final 2.000

2-Mão-de-obra direta
2-1-Disponível 10.000
2-2-Apropriada 8.000

3-Outros custos indiretos 5.000

4- Estoques de produtos em elaboração


4-1-inicial 2.000
4-2-final 1.000

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5-Estoques de produtos acabados


5-1-inicial 5.000
5-2-final 3.000
Pede-se: CB, CD, CT,CF,CPF, CPV

Classifique os seguintes custos quanto à apuração e quanto a formação usando da administração.


Os símbolos F= fixo; V= variável; D= direto; I= indireto, considerando-se que na empresa a apuração
de custo tem a finalidade de determinar o custo de cada tipo de bem para fins de fixação de preço de
venda, apurando custo a nível de produto.

Custos Classificação
a- Combustível de máquina de produção ( )
b- Depreciações ( )
c- Salários de vigilantes ( )
d Salários ( )
e- Matéria-prima direta ( )
f- propaganda ( )
g- Mão-de-obra direta apropriada ( )
h- Fretes de matéria-prima direta ( )
i- Honorários da diretoria ( )
j- Supervisão ( )
k- Embalagens ( )
l- Matéria-prima indireta ( )
m- Gastos de alimentação ( )
n- Transporte de pessoal ( )
o- Material de limpeza ( )
p- Água e esgoto ( )

Exercícios Propostos
1- Quanto a apuração, os custos podem classificar-se em:
a- Diretos e indiretos c- Diretos e variáveis
b- Diretos e fixos d- Indiretos e fixos
2- Quanto à formação, os custos podem classificar-se em:
a- Fixos e indiretos c- Variáveis e fixos
b- Fixos e diretos d- Variáveis e diretos
3- Os custos que não variam em função da variação do volume de atividade da
empresa são:
a- Fixo total e variável total c- Fixo unitário e variável total
b-Fixo total e variável unitário d- Fixo unitário e variável unitário
4- O custo fixo unitário, dentro do limite da capacidade máxima e do período, é:
a- Crescente com o acréscimo da c- Decrescente com o decréscimo da
quantidade produzida quantidade produzida
b- Decrescente com o acréscimo da d- Constante para qualquer quantida-
quantidade produzida de produzida
5- Quando se aumenta o volume de atividade ( quantidade produzida) no período,
pode-se dizer em relação aos custos fixo unitário e variável unitário que:
a- Decrescem ambos c- Decresce o primeiro e cresce o segundo
b- Não varia o primeiro e cresce o d- Decresce o primeiro e não varia o segun-

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segundo do
6- Dependendo do nível de produção em que a empresa está operando, acima de uma
unidade, o custo variável unitário pode ser:
a- Maior que o custo fixo unitário c- Maior que o custo fixo total
b- Maior que o custo variável total d- Maior que o custo total
7- Os custos quanto à formação, que variam em função do volume de atividade ou da
quantidade produzida, são:
a- Fixo unitário, variável unitário c- Fixo unitário, médio( fixo unitário +
variável total variável unitário) e variável total
b- Fixo total, fixo unitário e variável d- Fixo unitário, variável unitário e médio
unitário ( fixo unitário + variável unitário)
8- Mantido o nível de produção e alterando –se o custo variável unitário de um produto,
serão alterados seus custos:
a- Fixo unitário, variável unitário e c- Total geral, variável total e fixo total
médio ( total por unidade) d- Fixo total, fixo unitário e total geral
b- Total geral, variável total e total
por unidade
9- Mantido o nível de produção , a alteração do custo variável total de um produto pode
ser conseqüência da alteração de seus custo
a- Variável unitário c- Fixo unitário
b- Fixo total d- Tanto fixo total quanto fixo unitário
10 – Podem ser classificados como custos fixos, isto é, os que não variam em função da
variação do volume de atividade do período:
a- Matéria-prima indireta, supervisão c- Matéria-prima direta, combustível, ener-
, aluguel mensal gia elétrica
b- Aluguel mensal, depreciação, transpor- d- Energia elétrica, supervisão, matéria-
te de pessoal prima indireta
11- Podem ser classificados como custos variáveis , isto é, os que variam em função
da variação do volume de atividade do período:
a- matéria-prima indireta, transporte c- aluguel mensal, depreciação( linha
reta)
de pessoal e aluguel mensal e combustível
b- Matéria-prima indireta, aluguel d- Energia elétrica ( força), matéria-
prima
mensal e depreciação ( linha reta) direta e mão-de-obra direta

12- Podem ser classificados como custos variáveis , isto é, que variam em função da
variação de atividade do período:
a- Combustíveis, depreciação ( linha c- Aluguel mensal, matéria-prima e
reta) e energia elétrica ( iluminação) supervisão
b- Combustíveis, energia elétrica (força) d- transporte de pessoal, matéria-prima
e
e matéria-prima combustível
13- Uma empresa com um custo misto de 72.000,00 para uma produção de 100.000
unidades no 1º período e de 79.000, para uma produção de 110.000 unidades no 2º
período apresenta neste último período uma parcela variável total de :
a- 77.000,00 c- 70.000,00
b- 67.000,00 d- 60.000,00

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14-No período 1, a empresa produziu 8.000 unidades de um produto e teve um custo


misto de 16.000,00; no período 2, produziu 6.000 unidades e teve um custo misto de
13.000,00. A parcela fixa e a parcela variável totais no período 2 são, respectivamente:
a-3000,00 e 10.000,00 c- 10.000,00 e 3.000,00
b- 4.000,00 e 9.000,00 d- 9.000,00 e 4.000,00
15- Uma empresa no nível máximo de sua capacidade de produção ( 500 unidades )
tem um custo fixo total de 250.000,00 e um custo variável total 4.000.000,00. Produzindo
400 unidades em um período, apresenta o seguinte custo total por unidade produzida:
a- 8.500,00 c- 10.625,00
b- 8.625,00 d- 10.500,00
16- Uma empresa no nível máximo de sua capacidade de produção ( 2.000 unidades)
tem um custo fixo total de 20.000,00 e um custo variável total de 100.000,00.
Produzindo 1250 unidades em um período, apresenta um custo total por unidade
produzida (CT ÷ Q ) :
a- 60,00 c- 90,00
b-66,00 d- 96,00
Quadro 2.4 Dados ocorridos na área fabril de uma empresa em certo período.
Depreciação................................................................................................1.000,00
Energia elétrica para iluminação.................................................................9.000,00
Materiais diretos.........................................................................................85.000,00
Imposto predial..........................................................................................10.000,00
Mão-de-obra direta......................................................................................60.000,00
Supervisão...................................................................................................35.000,00
Seguro contra incêndio do prédio.................................................................35.000,00
Total do custo 235.000,00.

17- Os valores do custo de transformação e do custo variável do quadro 2.4 são:


a- 95.000,00 e 130.000,00 c- 150.000,00 e 145.000,00
b- 105.000,00 e 130.000,00 d- 150.000,00 e 154.000,00

Quadro 2.5 Dados apurados em um dos produtos em certo período


Energia elétrica para iluminação Aluguel da fábrica 5.000,00
da fábrica 1.000,00
Depreciação de equipamentos Gerência do departamento 10.000,00
da fábrica 3.000,00 Materiais diretos 60.000,00
Pessoal de limpeza geral 5.500,00 Seguros das máquinas da fábrica 6.000,00
Mão-de-obra direta Combustíveis de acionamento
40.000,00 de máquinas 5.000,00
Seguro da fábrica 10.000,00
17- Os totais dos custos diretos e dos indiretos aplicados no produto do quadro 2.5 são:
a- 111.000,00 e 34.500,00 c- 100.000,00 e 45.500,00
b-111.000,00 e 45.500,00 d- 100.000,00 e 34.500,00

18- Os totais dos custos de transformação e fabril aplicados no produto do quadro 2.5
a- 85.500,00 e 145.000,00 c- 72.000,00 e 130.000,00
b- 40.000,00 e 145.500,00 d- 79.000,00 e 130.000,00
19- Os totais dos custos fixos e variáveis aplicados no produto do Quadro 2.5 são:
a- 35.000,00 e 110.500,00 c- 40.500,00 e 105.000,00
b- 25.000,00 e 120.500,00 d- 80.500,00 e 60.000,00

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19- Com base nos dados do Quadro 2.5 , se forem produzidas 2.000 unidades
acabadas e não existirem unidades inacabadas do produto, o custo total por unidade
será de:
a- 72,75 c- 52,50
b-52,75 d- 20,25
20- Com base nos dados do quadro 2.5, se forem produzidas 1.250 unidades inacabadas
e não existirem unidades inacabadas do produto, o custo total por unidade será:
a- 116,40 c- 84,00
b- 84,90 d- 72,90
21- Classifique os custos/despesas a seguir quanto à formação e à apuração,
considerando a apuração em nível de produto diferente:
a- Couro utilizado na fabricação dos calçados w, x, y e z
a- variável direto c- misto direto
b-Variável indireto d- Fixo indireto
22- Imposto predial de fábrica que produz os produtos w, x e y:
a- Variável direto c- Fixo direto
b- Variável indireto d- Fixo indireto
23- Tampas metálicas , apenas com a marca da empresa, aplicadas nas garrafas dos
sucos x e y;
a- Variável e direto c- Fixo direto
b- Variável indireto d- Misto indireto
24- Combustível consumido pelos ônibus que transportam os empregados da
empresa dos produtos x e z:
a- Misto direto c- Misto Indireto
b- Variável indireto d- Fixo indireto
25- Alimentação fornecida aos empregados que produzem os produtos x, y e z]
a- Variável direto c- Misto direto
b- Variável indireto d- Fixo indireto
26- Embalagem de expedição envolvendo conjuntamente os produtos x e y:
a- Variável direto c- Fixo direto
b- variável indireto d- Misto indireto
27- Depreciação ( linha reta) de equipamento que fabrica os produtos W e X:
a- Variável direto c- Fixo direto
b- Misto indireto d- Fixo indireto
30 Energia elétrica que aciona máquina produtora do produto z:
a- Variável direto c- Misto indireto
b- Variável indireto d- Fixo direto
31- Salário do supervisor de fabricação dos produtos x, y e z:
a- Variável direto c- Fixo direto
b- Misto indireto d- Fixo indireto
32- Explosivo utilizado num,a pedreira que produz concomitantemente as pedras x, y e
z:
a- variável direto c- Fixo direto
b- Variável indireto d- Fixo indireto
33- Embalagem plástica que envolve cada uma das camisetas x e y:
a- variável direto c- Misto direto
b- Variável indireto d- Fixo indireto
34- Aluguel mensal de equipamento que fabrica apenas o produto z:
a- variável direto c- Fixo direto
b- Variável indireto d- Fixo indireto

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35- Aluguel mensal de ônibus para transporte dos operários que elaboram apenas o
produto x:
a- variável direto c- Fixo direto
b- Variável indireto d- Fixo indireto
36 Salário (sem comissão ) de vendedores dos diferentes produtos W e z:
a- variável direto c- Fixo direto
b- Variável indireto d- Fixo indireto
37. Energia elétrica consumida para manter forno a uma temperatura constante,
utilizado na elaboração do produto z:
a- variável direto c-Misto direto
b- Variável indireto d-Misto indireto
38- Propaganda para divulgar apenas o nome da empresa que fabrica os produtos x,y e
z:
a- variável direto c- Fixo direto
b- Variável indireto d- Fixo indireto
39 Madeira aplicada na produção dos móveis x, y e z:
a- Variável direto c- Misto direto
b- Variável indireto d- Fixo indireto
40- Quanto à ocorrência , a soma da matéria-prima direta, mão-de-obra direta e custos
indiretos constitui o custo:
a- Básico c- De transformação
b- Direto d- Fabril
41- Quanto à ocorrência, a soma da matéria-prima direta e mão-de-obra direta constitui o
custo:
a- Básico c- indireto
b- Direto d- Fabril
42- Quanto à ocorrência , a soma da mão-de-obra direta e custos indiretos constitui o
custo:
a- Básico c- De transformação
b- Direto d- Fabril
43- A parcela do gasto que é aplicada na produção ou em função de custo, quer esse
gasto tenha sido desembolsado ou não , é chamada:
44- Tecnicamente, a parcela ou a totalidade do custo que integra a produção vendida
deve ser designada por:
a- Receita b- Despesa c- Preço d- Desembolso
45- O pagamento de parte ou total do adquirido, elaborado ou comercializado, é
denominado:
a- Receita b- Despesa c- Preço d- Desembolso
46- Segundo os conceitos contábeis e a legislação fiscal brasileira, depreciações e
amortizações são custo quando abrangem os bens do ativo imobilizado utilizados nos
órgãos de:
a- Administração b- Comercialização c- Produção d- Fornecimento
47- Um gasto involuntário e anormal que ocorre sem a intenção de obter receita, é
denominado:
a- Doação b- Perda c- Custo d- Despesa
48- Os custos realizados e os custos a realizar pertencem à classificação quanto à :
a- Natureza b- Função c- Contabilização d- Apuração
49- O custo total por unidade produzida é menor na produção em grande escala porque:
a- O custo fixo por unidade cresce b- O custo fixo por unidade decresce
c- O custo variável por unidade é constante d- O custo variável por unidade cresce

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50- Os custos fixos e os custos variáveis pertencem à classificação quanto à:


a- Natureza b- Apuração c- Função d- Formação

3 – Custo de Material
3-1 Conceituação
O material é o componente originário da natureza, podendo apresentar-se com algum
beneficiamento, que se transformará, pela ação da mão-de-obra e a utilização de diversos insumos, em
outro bem diferente, após a elaboração do processo produtivo.
Na classificação quanto à formação, os materiais serão sempre classificados como custo variável.
Já nas classificações quanto à ocorrência , quanto a apuração e quanto à função , eles geralmente
serão classificados básico ou direto, ou de produção, respectivamente.
O material pode ser subdividido em: matéria-prima direta, matéria-prima indireta, materiais
auxiliares, materiais de embalagens e outros.
É importante ressaltar a fase ou estágio de processamento em que se encontra o material, pois o
produto acabado e, portanto, produto final em uma fase de processamento ou em uma empresa pode
ser matéria-prima em uma fase seguinte ou em outra empresa.
A classificação de um material como custo indireto ou matéria-prima indireta é dependente de
uma série de circunstâncias, como o volume de produção, a independência das apurações, a
organização do setor de produção, etc.

3-2 Formulários
Existem vários formulários utilizados no controle do material desde a sua compra até sua
venda. A seguir apresentaremos alguns destes formulários.

3-2-1 – Pedido de compra – O mesmo será emitido pelo órgão usuário do material e enviado
ao Setor de Material, quando este não existe estoque. Alguns dados deverão conter no formulário
como: o nome do setor usuário, seu centro de custo e finalidade da aquisição, o local da aplicação,
quantidade desejada e o valor orçado.

3-2-2 – Pedido de cotação de preços – Será emitido pelo Setor de Material, após o
recebimento do Pedido de Compra, com as especificações e quantidades desejadas e com espaços para
o preço unitário, prazo de entrega e de pagamento. Este formulário é enviado aos fornecedores
( mínimo de três ) que deverão devolvê-lo numa determinada data, em envelope fechado.

3-2-3 – Mapa de cotação de preços – Preenchido pelo Setor de Material com o nome de cada
fornecedor e as condições oferecidas por cada um, com base nos dados Pedidos de Cotação de Preços
devolvidos. Sua finalidade é facilitar a decisão de compra pelo responsável pela aprovação da mesma.
Neste formulário são resumidas as condições de cada fornecedor, permitindo rápida visualização
daquele que fornece as condições mais vantajosas para a empresa compradora.

3-2-4 – Autorização de fornecimento – Preenchido pelo Setor de Material e enviado ao


fornecedor constante no Mapa de Cotação de Preços que ofereceu as condições mais vantajosas para a
compra. Deve ser especificada corretamente o material e a quantidade comprada, com as demais
condições preenchidas pelo fornecedor no Pedido de Cotação de Preços.

3-2-5 – Nota Fiscal – Recebida a autorização de fornecimento e com o material em condições


de entrega, o fornecedor envia o material para o comprador, acompanhado da Nota Fiscal.

3-2-6 – Solicitação de Verificação – É um formulário emitido pelo setor de material e enviado


ao órgão solicitante para que seja feita a inspeção de recebimento, para atestar a qualidade e

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especificação do material adquirido. Se o material não atender `as especificações determinadas, o


mesmo será devolvido ao fornecedor, com a mesma Nota Fiscal ou com emissão de uma Nota Fiscal
de Devolução, se o material atende às especificações, será registrado no estoque.

3-2-7 – Ficha de Controle de Estoque – Na sua parte superior discrimina os dados do material
ao qual deverá ser controlado como: código, nível de estoque máximo e mínimo e os principais
fornecedores. Na sua parte inferior registra-se a movimentação do material como: entradas, saídas e o
saldo.
3-2-8 – Nota de movimentação de material – Ao necessitar de um material para a aplicação
em qualquer serviço, o requisitante emite uma Nota de Movimentação de Material, em
O destino dessas três vias são:
Primeira via – arquivada no Almoxarifado.
Segunda via – destinada ao órgão de material-controle de estoques, onde será anotada a
quantidade fornecida ou recebida, preenchidas a colunas de valor para a apuração do custo e posterior
contabilização.
Terceira via - pertence ao requisitante do material.

3-3 Métodos Para Valoração de Material:


Em virtude de poder existir em estoque o mesmo material a valor de aquisição diferente, no
momento de requisição do material ao Almoxarifado para a aplicação na produção, foram criados
diversos métodos para valorar a material e poder apropriar o seu custo à produção. Existem vários
métodos, a saber:

1 - Preço Específico – consiste na utilização do valor de aquisição de cada unidade específica do


material a ser utilizado na produção. Cada unidade deverá ter identificações como: número de série,
data de fabricação, data de aquisição, valor unitário, fabricante, etc.

2 – PEPS ( O Primeiro a Entrar é o Primeiro a Sair ) também conhecido por FIFO (First In-
First Out ). Significa que o primeiro valor a entrar é o primeiro valor a sair.

3 – UEPS ( O Último a Entrar é o Primeiro a Sair ) ou LIFO ( Last In-Frst Out ). Significa que o
último a entrar é o primeiro valor a sair.

4 – Custo Médio Ponderado Móvel – como o próprio nome indica, um valor médio do saldo
existente no Almoxarifado, e que é determinado pela divisão do valor do saldo pela sua quantidade,
após cada entrada do material, já que as saídas não alteram o valor médio de estoque.

As devoluções de material requisitado em excesso e não aplicado na produção entram no


estoque pelo mesmo valo unitário que originou, na data em que se efetuar a devolução, qualquer que
seja método citado anteriormente.

3.4 Controle Permanente de Estoques


O controle permanente de estoques possibilita a qualquer momento saber o custo do material
aplicado na produção e o valor de cada um dos materiais em estoque na empresa industrial, assim
como saber o custo das mercadorias vendidas e o estoque de cada uma das mercadorias na empresa
comercial.
O valor unitário obtido, por um dos métodos utilizados, multiplicando pela quantidade de
material aplicado na produção, constitui um dos componentes dos produtos fabricados, ( Custo do
Material aplicado ). O Controle permanente de estoques pode ser feito através do formulário Ficha de
Controle de Estoques, e o custo das mercadorias vendidas aos clientes da empresa comercial podem

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ser obtidos através de formulário Nota de Movimentação de Material.

3-5 Controle Periódico de Estoques


Se o controle é feito apenas ao final de cada período, o estoque final de mercadorias é obtido
pela contagem física de cada tipo de mercadoria, e é denominado Inventário de Mercadorias.
O mesmo é realizado obrigatoriamente por ocasião do encerramento do balanço. O valor do
estoque final é determinado multiplicando-se cada quantidade obtida no inventário pelo valor unitário
de cada tipo de produto.
Outra forma de obter o valor do estoque final é multiplicar a quantidade de cada tipo de
material pelo valor unitário das últimas entradas registradas no Livro Razão de Compras se o método
utilizado for o PEPS.
Se o método for o UEPS, a quantidade de cada material ou mercadoria é multiplicada pelo
valor unitário das primeiras entradas registradas no Livro Razão de Compras.
Se o método utilizado for o médio, determina o mesmo e multiplica-se pela quantidade
levantada fisicamente, para obter o valor do estoque final.

O custo da mercadoria vendida será determinada pela fórmula CMV= EI+C-EF.


O grande problema do controle periódico é a dificuldade na determinação do valor do material
aplicado em cada tipo diferente de produto que esteja sendo utilizado. Assim, o mesmo, só pode ser
utilizado pelas empresas comerciais ou pelas industrias que só produzem um tipo de produto.

3-6 Implicações Legais ( métodos de Valoração das mercadorias)


No Brasil, a Lei das Sociedades por Ações determina que o estoque de mercadorias e produtos,
assim como o estoque de matérias-primas e de produtos em elaboração , deverá ser avaliado pelo
valor de aquisição ou de produção se este for menor que o do mercado.

Na análise destes métodos o FEPS não pode ser utilizado contabilmente.


O método UEPS, durante períodos inflacionários, é o que oferece menor possibilidade de
necessitar de ajuste para o valor de mercado. O mesmo ocasiona o menor valor de estoque final e o
maior valor do custo do material aplicado ou de custo das mercadorias vendidas. Exemplo- a
empresa comprou matéria-prima por 100,00 , 110,00 e l20,00 e o valor praticado pelo mercado é de
115,00. Para o sistema UEPS, os valores utilizados para o custo de material aplicado seria 110,00 e
120,00, e o valor final de estoque 100,00, portanto menor que o valor de mercado 115,00.
Se o critério fosse o PEPS, os valores utilizados para o custo do material aplicado seria 100,00
e 110,00, ficando com o estoque final no valor de 120,00, portanto maior que o valor de mercado
115,00, não atenderia a legislação.
Se o método utilizado fosse o Médio, o valor utilizado para o custo do material aplicado ou
para o custo das mercadorias vendidas seria 110,00, valor que seria igual ao estoque final , que é
menor do que o valor de mercado.
O método específico ora trabalhará como PEPS ora como UEPS dependendo da ordem física
com que os materiais forem retirados do estoque.
Verifica-se em um regime de inflação, os métodos mais indicados são o primeiro o UEPS, e
segundo o Médio para a valoração de mercadorias e matérias primas.

Comportamento dos métodos para produtos acabados


Para os produtos acabados o método UEPS não satisfaz a legislação, porque ficaria com o
valor de estoque final de 120,00, o qual estaria acima do custo médio de marcado 115,00, da mesma
forma o custo PEPS ficaria com o estoque final de produtos acabados por 120,00 que é maior do que o
valor de mercado 115,00.

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Utilizando o preço Médio, o valor aplicado seria 110,00, valor com o qual o produto acabado
entraria no estoque e o mesmo com sairia para venda e que é menor que o preço de mercado,
atendendo plenamente a legislação sem necessidades de ajustes.
Conclusão- o método PEPS não satisfaz para o produto acabado, para a matéria-prima e para
mercadoria; o UEPS satisfaz para matéria-prima e para a mercadoria e não satisfaz para produto
acabado; o Médio satisfaz tanto para matéria-prima, para mercadoria bem com produto acabado.
Para as empresas que não possuem sistemas de custos organizados pode ser utilizados os
seguintes valores para a determinação do s estoques finais:
Os produtos acabados podem ser avaliados em 70% do maior preço de venda do período-base;
Os materiais em processamento podem ser a avaliados em uma vez e meia o maior custo das matérias-
primas adquiridas no período-base ou em 80% do valor dos produtos acabados.
Exercício
Fazer os lançamentos em ficha de controle de estoques apurando o Estoque Final
Estoque inicial = 2000 unidades a 500 a unidade
Dia 03= compra de 800 unidades a 550/unidade
Diao5= compra de 2200 unidades a 600/unidade
Dia10= requisição de 2000 unidades para a aplicação no produto B
Dia 12= requisição de 1500 unidades para a aplicação no produto A
Dia 15= compra de 1000 unidades a 650/unidade
Dia 17= devolução ao depósito de matérias-primas do excesso de 1000 unidades das 2000
requisitadas no dia 10 para aplicação no produto B
DIA 18= compra de 3500 unidades a 700/unidade
Dia 25= requisição de 2000 unidades para aplicação ao produto B
Dia 28= requisição de 3000 unidades para a aplicação ao produto A
Dia 30= requisição de 500 unidades para aplicação no produto B

Execícios Propostos

Quadro 3.3 Movimentação de matéria-prima X


Data
03 Compra de 80 unidades a 5.100,00 a unidade
05 Compra de 220 unidades a 5.200,00 a unidade
10 Requisição de 100 unidades para aplicação no produto A.
12 Requisição de 150 unidades para aplicação no produto B.
15 Compra de 250 unidades a 5269,00 a unidade
20 Requisição de 100 unidades para aplicação no produto C.
23 Requisição de 60 unidades para aplicação no produto B.
25 Requisição de 90 unidades para aplicação no produto A
28 Requisição de 50 unidades para aplicação no produto C.
30 Requisição de 70 unidades para aplicação no produto A

1- Com base nos dados do Quadro 3.3 , considerando um estoque inicial de 200 unidades a 5000,00 a
unidade, o uso do controle permanente e do método PEPS, apuraram-se como estoque final e custo
total da meteria-prima aplicada nos produtos A, B e C os valores de:
a- 684 .970,00 e 2.187.520,00 c- 650.000,00 e 2.226.000,00
b- 650.000,00 e 3.219.250,00 d- 684. 970,00 e 3.184.280,00

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2- Considerando a utilização do método Ueps e todas as demais premissas do exercício 1, os valores


do estoque final e o custo total aplicado nos produtos A, B e C são:
a- 650.000,00 e 3.219.250,00 c- 650.000,00 e 2.226.000,00
b-684 .970,00 e 3.219.250,00 d- 688.480,00 e 3.187.520,00
3- Considerando a utilização do método médio e todas as demais premissas do exercício 1, os valores
do estoque final e do custo total aplicado nos produtos A, B e C são:
a- 650.000,00 e 2.226.000,00 c- 650.000,00 e 3.226.000,00
b- 6840.970,00 e 3.219.250,00 d- 674.245,00 e 3.195.005,00
4- Numa empresa que utiliza o controle permanente de estoques , houve a seguinte movimentação de
matéria –prima:
data Movimentação
1º Compra de 5 unidades a 600,00 a unidade
05 Compra de 20 unidades a 650,00 a unidade
10 Compra de 15 unidades a 700,00 a unidade
15 Aplicação de 20 unidades na produção
20 Compra de 10 unidades a 750,00 a unidade
25 Compra de 15 unidades a 800,00 a unidade
30 Aplicação de 35 unidades na produção

O valor do estoque final da matéria-prima é de:


a- 8.000,00 pelo método PEPS c- 7.740,00 pelo método médio
b- 6. 250,00 pelo método Ueps d- 1ª e 2ª opções
5- Pelo método custo específico , o material utilizado tem seu custo apropriado a produção pelo valor:
a- estimado de reposição ao estoque c- real pelo qual foi adquirido
b- Real de reposição de estoque d- Real do material atualmente no mercado

Quadro 3.5 Movimentação da matéria-prima X


1º Período 2º Período 3º Período
Itens
1- Compras 1.200,00 ............................ 3.000,00
2-Estoque inicial .................... ......................... ..........................
3- Disponibilidade p/ aplicação ....................... ......................... ...........................
4- Estoque final 100,00 300,00 ...................
5- Custos dos matérias aplicados CMA 1.500,00 2.000,00 2.500,00

6- Após efetuar os cálculos e preencher os espaços do Quadro 3.5, os valores do estoque inicial nos
três períodos são:
a- 100,00, 300,00 e 800,00 c- 100,00 , 100,00 e 600,00
b- 400,00, 300,00 e 300,00 d- 400,00, 100,00 e 300,00
7- Quando o valor unitário da compra subseqüente é maior do que o da compra anterior, o valor da
aplicação do material na produção é maior pelo método:
a-Peps do que pelo Ueps c- Ueps do que pelo Peps
b- Médio do que pelo Ueps d- Peps do que pelo Médio
8- Quando o valor unitário da compra subseqüente é menor do que o da compra anterior, o valor da
aplicação do material na produção é menor pelo método
a-Peps do que pelo Ueps c- Médio do que pelo Ueps
b- Ueps do que pelo Peps d-Peps do que pelo Médio

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9- Uma Nota Fiscal de aquisição de 100 unidades de um material, incluindo ICMS de 18 % e IPI de
20 %, totalizou 24.000,00. Essa operação deverá ser registrada na COLUNA “ Entrada – Valor
Unitário” da Ficha de Controle de Estoque de uma empresa contribuinte destes impostos pelo valor:
a- 200,00 b- 192,00 c-164,00 d- 157,44
10- Se a empresa do exercício anterior for contribuinte apenas do IPI e não do ICMS , a alternativa
correta será:
a- 200,00 b-192,00 c-164,00 d-157,44
11- Se a empresa do exercício anterior for contribuinte apenas do IPI, mas apenas do ICMS , a
alternativa correta será:
a- 200,00 b-192,00 c-164,00 d-157,44
12- Se a empresa do exercício anterior não for contribuinte do IPI e não do ICMS , a alternativa
correta será:
a- 200,00 b-192,80 c-164,00 d-157,44
13- Se a empresa do exercício anterior não for contribuinte nem do IPI e nem do ICMS , a
alternativa correta será:
a- 240,00 b-192,00 c-164,00 d-148,80
14- O Formulário Mapa de Cotação de Preços é utilizado para:
a- selecionar o fornecedor mais vantajoso c- controlar entradas e saídas de material
b- atestar a especificação do material adquirido d- solicitar compra de material
15-As aplicações da matéria –prima na produção provocam o seguinte lançamento contábil:
a- Estoques de matéria-prima c- Estoques de Matéria-prima
a Produtos em elaboração a Fornecedores
b- Estoques de Matéria-prima d- Estoques de produto em elaboração
a caixa a estoques de Matéria-prima

Quadro 3-6 Movimentação da matéria-prima X


itens 1º Período 2º Período 3º Período
1-Estoque Inicial
1.1 Quantidade 100 unidades ---------unidades ---------unidades
1.2 Valor unitário 20,00 25,00

2. Compra (entrada)
2.1 Quantidade 800 unidades 700 unidades ----------unidades
2.2 Valor unitário 25,00 30,00 35,00

3.Aplicação ( saída)
3.1 Quantidade 600 unidades 400 unidades 800 unidades

4. Estoque final
4.1Quantidade -----------unidades ----------unidades 100 unidades
4.2 Valor unitário ---------------- ----------------- ----------------

16- Após completar os espaços do Quadro 3.6 e considerando o uso do controle permanente, os valores
do estoque final e da aplicação da matéria-prima na produção ao fim do 3º período são:
a- 3.500,00 e 50.000,00 b- 2.000.00 e 51.500,00
c- 3.056,00 e 50.444,00 d- 3 800,00 e 49.500,00
17- Com base no quadro 3.6, qual o método de valoração de material usado;
a- PEPS b-UEPS c-PMPM d-FEPS

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Quadro 3.7
Itens 1º Período 2º Período 3º Período
1- Estoque Inicial
1.1 Quantidade ------------Unidades -------------Unidades ------------Unidades
1.2 Valor Unitário _____________ _________________ _____________

2. Compra ( Entrada)
2.1 Quantidade 500 unidades 300 Unidades -----------Unidades
2.2 Valor Unitário 40,00 45,00 49,50

3. Aplicação ( saída)
3.1 Quantidade 600 Unidades 500 Unidades 700 Unidades

4.Estoque Final
4.1 Quantidade 300 Unidades -------------Unidades 50 Unidades
4.2 Valor Unitário 30,00 -----------------

Após completados os espaços do Quadro 3.7 e considerando o uso do controle permanente , os valores
do estoque final e da aplicação da matéria-prima na produção no 3º período são:
a- 2.395,00 e 70.280,00 c- 1.500,00 e 76.175,00
b- 2. 475,00 e 75.200,00 d- 1.650,00 e 72.425,00

4- Custo de Pessoal
O custo de pessoal abrange todos os gastos despendidos com o pessoal e pode ser atribuído
direta ou indiretamente à elaboração de bens e serviços em determinado período. Esse custo está
subdividido em dois grandes grupos: mão-de-obra direta ( MOD) e mão-de-obra indireta (MOI)

Define-se Mão-de-obra direta como a representada pelo tempo dos operários envolvidos
diretamente na elaboração de determinado tipo de bem, dentre os vários tipos de bens elaborados pela
empresa, numa fábrica ou num setor É a parcela da mão-de-obra cujo custo pode ser apropriado
diretamente a cada um dos diferentes tipos de bens em elaboração no momento da ocorrência do custo,
ou seja, durante sua execução..

A Mão-de-obra indireta é aquela representada pelos operários ou outras categorias


profissionais que não estão envolvidos diretamente na elaboração de um determinado bem ou serviço,
entre os vários tipos em elaboração. É a mão-de-obra comum a vários tipos de bem ou serviço em
execução, cuja parcela pertencente a cada tipo de produto ou função de custo é impossível de ser
determinada no momento de sua ocorrência.

Conclusão- Os custos de pessoal comuns às diferentes funções de custo ou aos tipos diferentes
de bens ou serviços podem ser chamados mão-de-obra indireta. O custo do pessoal específico a cada
tipo diferente de bem ou função de custo ou os que podem ter a parcela pertencente a cada bem
diferente, perfeitamente apropriável no momento de sua ocorrência, podem ser classificados como
mão-de-obra direta. A mão-de-obra direta é normalmente classificada como custo variável e a mão-
de-obra indireta como custo fixo quanto à formação.

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Contribuições Sociais
As Contribuições Sociais incidem sobre a remuneração, têm seu valor definido com exatidão e seu
recolhimento deve ser efetuado mensalmente, em data certa, e são, portanto, classificadas como
obrigações. Elas constituem os recursos destinados a custear as necessidades sociais e assistenciais
dos assegurados da previdência e seus dependentes.

Exceto nas empresas inscritas no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de pequeno porte ( Simples), para as demais empresas comerciais e
industriais , as contribuições sociais estão assim decompostas:
a- Contribuição para a Previdência Social.............................................................20 %
b- Seguro de Acidente de Trabalho:
- Risco leve..............................................................................................................1 %
-Risco médio...........................................................................................................2%
-Risco grave............................................................................................................3%
c- Salário-educação.................................................................................................2,5%
d- Sesi/Senai ou Sesc/Senac .................................................................................2,5%
e- Incra.Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária...... ....................2,0%
f- Sebrae- Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas............... 0,6%
g- FGTS- Fundo de Garantia do Tempo de Serviço...............................................8,0%

Formulários
Para apuração e controle do custo de pessoal utilizam-se formulários, normalmente quando se trata
do controle sobre mão-de-obra relacionada à elaboração de bens e serviços.
Apresentamos alguns modelos:

a- Cartão- de- ponto- Controla a freqüência do pessoal, serve de suporte para a confecção das Folhas
de Pagamento e também pode servir como recibo de pagamento de salário.

b- Cartão de mão de obra- controla o período de trabalho de cada operário em cada “ordem de
serviço” , “ordem de produto” ou “centro de custo”. Ao iniciar uma tarefa , o empregado marca a hora:
ao se afastar, marca o término; ao voltar a mesma tarefa repete-se a sistemática. Pelas dificuldades
apresentadas , este sistema é restrito apenas às pequenas empresas em que a área de trabalho é
pequena, tais como oficinas e pequenas fabricas. O mesmo consome uma grande quantidade de cartões
e há necessidade do grande valor imobilizado ( relógios para marcações de cartões)

c- Relatório periódico de apropriação de mão de obra- Em áreas de trabalho muito extensas,


com equipe de operários bem definidas, como a construção civil, o relatório periódico de apropriação
da mão-de-obra substitui o Cartão de mão-de-obra por englobar várias funções com diversos operários
em cada função, proporcionando economia de cartões e relógios de ponto. O resumo desses relatórios
juntamente com os demais dados de custos constituem os mapas de apuração de custos que servirão
para o orçamento de obras futuras, planejamento de desembolso de recursos e custo global por setor,
por tarefa, por unidade, etc.

Lançamentos Contábeis
Raciocinando sobre a mão-de-obra tarefeira , isto é, aquela que só tem direito a receber pagamento
como contrapartida de alguma tarefa executada, é fácil compreender os lançamentos. Nessa hipótese,
debita-se a conta “ Produtos em Elaboração”, ou “ Produtos em Fabricação” e credita a conta “
Caixa”, ou “Bancos” se o pagamento for efetuado no período de apropriação de custos.
Caso o pagamento não se tenha efetivado no período, será creditada uma conta de obrigação que
deverá ter um título compatível, tal como “ Salários a Pagar”, Mão-de-obra a pagar”, etc.

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É muito comum a mão-de-obra ser assalariada, nesse caso , ela fica a disposição da empresa por um
valor contratado no período, quer seja aplicada , quer fique ociosa. Por essa linha de conduta, a mão-
de-obra é adquirida e debita-se a conta “ Mão-de-obra” ou “ Mão-de-obra Disponível”

Exercícios Propostos
1- É classificada como mão-de-obra direta, quando se está apurando custo em nível de tipo
diferente de produto:
a- Toda aquela existente na empresa
b- Apenas aquela apropriada a cada produto
c- Toda aquela disponível para aplicação na produção
d- Apenas aquela alocada a cada produto, por rateio
2- Classifica como mão–de-obra indireta, quando se está apurando custo em nível de tipo diferente
de produto
a- Toda aquela existente na empresa
b- Apenas aquela apropriada a cada produto
c- Toda aquela disponível para aplicação na produção
d- Apenas aquela alocada a cada produto, por rateio
3- O conjunto dos encargos sociais e trabalhistas que está relacionado à mão-de-obra direta pode
ser classificado como:
a- Fixo e direto b- Fixo e indireto c- variável e direto d- Variável e indireto
4- Os custos de pessoal são compostos por dois grupos. O primeiro deles é constituído pelos
salários e o segundo, pelos encargos sociais e trabalhistas. Quanto à apuração, o primeiro deles é
classificado como custo:
a- Direto e o segundo como indireto b- Indireto e o segundo como direto
c- Direto ou indireto e o segundo também d- Todas as alternativas
5- Os custos comuns a diferentes tipos de bem e os específicos de cada tipo de bem são
classificáveis, quanto à apuração, em:
a- Diretos e indiretos, respectivamente b- Indiretos e diretos, respectivamente
c- Diretos, ambos d- indiretos, ambos
6- Legalmente no Brasil só existe 12 feriados. Entretanto, os hábitos e costumes criaram
“feriados” , tais como a segunda-feira e a terça-feira de carnaval, os meios expedientes da quarta-
feira de cinzas, das vésperas do Natal, do Ano novo e sexta-feira da paixão, além de outros dias
santificados . As empresas deverão tomar a seguinte providência:
a- Conceder esses ‘feriados” de hábitos e costumes e recalcular o custo aumentando que esse
encargo representa
b- compensar esses ‘feriados”, aumentando a jornada de outros dias, mantendo o mesmo custo
desse encargo
c- Contrariar os hábitos e costumes e não conceder dispensa nesses “feriados”
d- Todas as alternativas anteriores
7- As horas de um operário normalmente apropriadas como custo direto podem ser, ao contrário,
classificadas como custo indireto num sistema de apuração de custo, se o operário:
a- Ficar ocioso em parte do período b- Não comparecer à empresa
c- Produzir concomitantemente produtos d- Todas as alternativas anteriores
diferentes em função das características
do processo produtivo
8- O formulário Cartão de Ponto, além de servir para outros controles,pode servir também para:
a- Base de confecção da folha de pagamento
b- Indicar o número de horas disponíveis em cada setor da empresa
c- Apropriação da mão-de-obra nas pequenas empresas
d- Todas as alternativas anteriores

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9-Despendendo 580 horas, um profissional executou 2000 unidades de uma tarefa, ganhando 9,00
por hora. Não se considerando a influência do desenvolvimento tecnológico, para executar 3.000
unidades da mesma tarefa em que o reajuste salarial do período foi de 20%, esse profissional
deverá despender____________________ pela tarefa.
a- 870 horas e perceber 9.396,00 c- 580 horas e perceber 11.745,00
b- 580 horas e perceber 7.830,00 d- 870 horas e perceber 6.264,00

10- Em determinada data , foram realizadas 4.500 unidades de uma tarefa cujo resumo do
Relatório de Apropriação de Mão-de-obra é o seguinte:

Função Montador Soldador Ajudante de Ajudante


montador soldador Total
Total de horas 1.120 2.300 1.400 2.600 7.420
Salário -hora 5,00 4,00 2,50 2,00 -----
Custo total 5.600,00 9.200,00 3.500,00 5.200,00 23.500,00

Desconsiderando –se a influência do desenvolvimento tecnológico e preenchido p resumo do


relatório que fornecerá os dados para o orçamento de execução de 6.750 unidades dessa mesma
tarefa em outra data cujos salários deverão evoluir 30% no período, os totais de horas e de custo a
serem previstos serão:]
a- 14.469 horas e 45.825,00 c- 14.469 horas e 30.550,00
b- 11.130 horas e 45.825,00 d- 11.130 horas e 30.550,00

5-Custos Gerais
Os Gastos Gerais são definidos como os que não se classificam como de material ou de pessoal,
embora alguns destes, cujo valor seja pouco expressivo, possam se classificar , na prática, como
gerais. Os que estão ligados às áreas de elaboração de bens e serviços podem ser subdivididos em
custos gerais fabris – os ocorridos nas áreas de fabricação da empresa - e em custos gerais não
fabris - aqueles que , embora não ocorridos nas áreas de fabricação propriamente ditas, ocorrem nos
departamentos de administração, de apoio e auxiliares da produção e são indispensáveis ao
funcionamento harmonioso da empresa.
Além dos custos gerais , fabris ou não fabris, os gastos gerais de fabricação englobam também um
grupo expressivo denominado contabilmente de despesa, e que está dissociado das atividades de
elaboração de bens e serviços. Como cita Mott, Graham, de que valeria toda a produção do mundo se
não houvesse as atividades de vendas e de administração das demais atividades indispensáveis a
uma organização e que consomem recursos
Verifica–se que a atividade completa de uma empresa é suportada pela totalidade dos gastos
incorridos sob a forma de custos ou de despesas, e que sua produção não é dependente apenas dos
custos de material e pessoal, mas também dos custos gerais fabris e dos não fabris. Entendem-se
como custos gerais fabris como os gastos despendidos em limpeza, depreciação, conservação,
manutenção e supervisão da área de fabricação. Os custos gerais não fabris os despendidos com
vigilância , transporte de pessoal, salário do pessoal auxiliar, de administração, de apoio, de
planejamento, bem como os referentes a depreciações de prédios, móveis e utensílios da área não
fabris, porém ligados às atividades de produção. As despesas são as não ligadas à elaboração de
bens e serviços e compreendem as vendas e administração geral.

Critérios de Rateio
Como todos os custos indiretos estão englobados nos custos Gerais, os mesmos são apurados no final

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do período, pelo total de cada um deles, sem atribuição a cada produto ou função de produção
diferente.
Para atribuição do custo indireto a cada tipo de produto ou de função, é necessário proceder-se
ao Rateio.
O rateio é a divisão proporcional pelos valores de uma base conhecida. A melhor base de
rateio para determinado custo é aquela que se supõe que o custo ocorra na mesma proporção dela, ou
seja, o custo indireto deve guardar estrita correlação com os dados escolhidos como base de rateio.

Cálculo do Rateio- Dividindo-se o valor do custo indireto pelo total da base, obtêm-se o quociente de
rateio, o qual deverá ser usado com o máximo de casas decimais possíveis. Multiplicando-se o
quociente de rateio pelo valor da base referente a cada produto ou função, obtêm-se a parcela do custo
indireto atribuível ao respectivo produto ou função. A soma de todas as parcelas do custo indireto
atribuídas aos diferentes produtos tem que ser igual ao que total que foi rateado.

A seguir veremos alguns tipos de gastos gerais e suas bases de rateio mais indicadas.

Matéria-prima indireta- o dado que guarda estreita relação com a mesma, portanto serve como base
de rateio, é a matéria-prima direta.

Supervisão- caracteriza-se pela remuneração paga ou devida ao pessoal que chefia um grupo de
pessoas. A melhor base de rateio para este custo é o valor da mão-de-obra direta apropriada a cada tipo
de produto diferente ou a cada função diferente do custo.

Combustíveis- o dado que melhor serve como base de rateio é a potência das máquinas a combustão,
quanto mais potente for a máquina mais combustível deverá consumir.

Energia ( força)- O dado mais indicado para a base de rateio é a potência das máquinas elétricas.

Depreciações- O valor do imobilizado( imobilizações industriais) é o dado que melhor serve como
base para o rateio deste custo.

Material de limpeza e salário do pessoal de limpeza - Em se tratando de limpeza industrial, o dado


mais adequado como base de rateio deste custo é a área ocupada.

Energia elétrica- A área ocupada também será o dado mais adequado como base de rateio, quanto
maior for a área ocupada na fabricação de um produto, mais energia elétrica será consumida no
respectivo local.

Publicidade e propaganda- Um dos dados comumente usados como base de rateio é o valor da
produção, que simplificadamente é o valor das vendas futuras.

Aluguéis- A base de rateio é a área ocupada. O produto que ocupa a maior área receberá a maior
parcela do custo.

Fretes de produtos- O dado que melhor serve como base de rateio é o peso da produção, que poderá
ser obtido multiplicando-se a quantidade produzida pelo preço unitário.

Despesas de restaurante- A base de rateio será o número de empregados diretos, quanto maior o
número de empregados ocupados diretamente na produção , maior será a parcela do custo da

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alimentação.
Transporte de pessoal- A base de rateio mais indicada é também o número de empregados diretos.

Outros formas de rateio:


Cascata, o mesmo é utilizado quando há conveniência para a empresa a apuração de custo de
cada função, antes de se chegar ao custo final de cada produto.Os custos serão ordenados do mais
genérico para o mais específico, até alcançar os custos diretos que estarão localizados nas últimas
linhas.
Outra forma de rateio é a de Taxas predeterminadas de custos indiretos, em função dos custos
direto, devendo sua aplicação ser adotada após razoável período de utilização de uma das outra
utilizadas.

Exercício:
Na forma de rateio direto, o valor de aluguel de 5000,00 por um galpão onde se fabrica três produtos
diferentes: O produto “A “ ocupa uma área de 250 m2, o “B” uma de 150 m2 e o “C “ de 600 m2.
Ratear o valor do aluguel entre os três produtos fabricados.

Solução: “A” “B” “C”


250 m2 + 150 m2 + 600 m2= 1000 m2
5000,00 ( 1000 = 5,00m2
5,00/m2 x 250 m2= 1250,00 ( produto A)
5,00/m2 x 150 m2= 750,00 ( produto B)
5,00/m2 x 600m2= 3000,00 ( produto C)

Lançamentos Contábeis ( custos gerais)


Os Custos Gerais devem ser debitados em cada uma das contas específicas dos custos gerais e
creditadas na contas a pagar ou depreciações acumuladas.
Os custos gerais que são indiretos serão rateados no final do período e suas parcelas serão
atribuídas aos diversos produtos em elaboração ou às diversas funções de custos com os mesmos
lançamentos do parágrafo anterior. Assim, todas as contas específicas de custos gerais terão seus
saldos anulados por contrapartidas de lançamentos a débito da conta “produtos em elaboração” a não
ser aquelas contas que possuam estoques não consumidos no período, tais como combustíveis e
lubrificantes.

Apuração de Custos
A Apuração de Custos consiste em sua acumulação em cada tipo de unidade ou função
diferente de acumulação de custo cujo valor se deseja conhecer. Antes do estabelecimento de
qualquer sistema de controle , deve-se definir de quais unidades se deseja apurar custos. Se a
apuração é de toda a empresa , o controle é bastante simples, e é suficiente a demonstração normal
de resultados, não se preocupando com a classificação dos custos quanto a apuração ( direto ou
indireto) Bastam as classificações quanto à natureza ( plano de contas ) – para classificar os custos
correta e consistentemente sob o aspecto contábil, para fazer algumas análises gerenciais simples.
Apurando-se os custos dos diversos órgãos da empresa, aumenta-se o nível dos controles. Nesse
caso, há necessidade de preocupar-se também com a classificação quanto à apuração , afim de alocar
as parcelas dos custos indiretos aos diversos órgãos.
Quando a determinação do custo unitário resulta da divisão do custo total acumulado pela
quantidade de produção obtida, uma vez que tal quantidade seja constituída por unidades do mesmo
tipo e que sejam padronizadas quanto à forma e tamanho. Quando não são obtidas unidades
padronizadas , ´e necessário o conhecimento da relação existente entre elas para se chegar a um

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valor equivalente a um dos tipos, tomado como padrão. É necessário que todas as unidades do mesmo
tipo sejam padronizadas para que a determinação do custo unitário seja igual para cada uma das
unidades. No caso de produtos finais com tamanhos diferentes, mas com a mesma estrutura de custos,
isto é, os custos dos diferentes componentes mantêm a mesma proporção, para chegar-se à quantidade
equivalente de cada um deles, correlacionando o volume dos diversos produtos diferentes com o
volume de um deles tomado como base.
Por outro lado, quando aparecem produtos em estado físico diferente, como os combustíveis
derivados do petróleo, onde aparecem derivados líquidos, como a gasolina, e o gás combustível, neste
caso, deve-se adotar uma unidade de conversão de modo a obter uma unidade de medida uniforme,
como o poder calorífico de cada um deles.
Métodos de Custeio
O estudo de custos de produção pode ser feito sob dois enfoques: o econômico e o contábil O primeiro
diz respeito aos custos para tomada de decisões , e o segundo trata dos custos voltados para a
apuração do resultado. Sob o aspecto contábil os métodos mais utilizados são
- Por absorção
- Direto/variável
- Baseado em atividades ( ABC)
- Padrão
O Método de Custeio por Absorção , também chamado Custeio Pleno ou Integral, é o mais
utilizado quando se trata de apuração de resultado e consiste em associar aos produtos e serviços
os custos que ocorrem na área de elaboração , ou seja , os gastos referentes às atividades de execução
de bens e serviços, esse método satisfaz plenamente aos Princípios Fundamentais da contabilidade.
Não considera as despesas como integrantes dos estoques dos bens e serviços , mas todos os custos
aplicados na obtenção.
O Método Custeio direto ou variável o mesmo envolve todos os custos variáveis, quer sejam
diretos ou indiretos, necessários à obtenção de produto ou serviço, englobando, portanto, não só a
matéria-prima e mão-de-obra direta, mas também os custos indiretos proporcionais ao volume de
produto ou serviço obtido, além das despesas variáveis. O custeio direto é baseado na margem de
contribuição, conceituada como a diferença entre o total da receita e a soma de custos e despesas
variáveis, .e possui a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada
produto para absorver custos fixos e proporcionar lucro.
O Método baseado em atividades (ABC)- esse método atribui aos objetos de custeio ( produtos,
serviços, clientes, etc) todos os custos e despesas, sendo os diretos por apropriação e os indiretos
rastreados por direcionadores de custos.Não pode ser utilizado para apuração de impostos nem
distribuição de dividendos , tendo em vista ser ele um método exclusivamente gerencial, que
considera a totalidade dos gastos ( custos e despesas) do período e os confronta com as despesas
potenciais, ou seja, as correspondentes ao total da produção de bens e serviços.
O Custo padrão é a determinação antecipada dos componentes do produto e do serviço, em
quantidade e valor, apoiada na utilização de dados de várias fontes, com validade para determinado
espaço de tempo. È de grande valia para o estabelecimento dos padrões o conhecimento e a
utilização dos custos históricos para posteriores comparações, objetivando a apuração das
diferenças. Estabelecem-se padrões para materiais, mão-de-obra e custos indiretos e, após a produção ,
apuram-se as diferenças respectivas, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis, tanto de quantidade
quanto de valor.

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Exercícios Propostos

1- Os custos gerais fabris são os gastos gerais que ocorrem nas áreas de:
a- Elaboração de bens e serviços c- Apoio à produção
b- Administração da produção d- Auxílio à produção
2- Os custos gerais não fabris são os gastos gerais que ocorrem nas áreas de:
a- Administração da produção c- Auxilio à produção
c- Apoio à produção d- Todas as alternativas anteriores
3- Os custos gerais fabris não fabris são os gastos gerais que devem ser:
a- Apropriados a cada tipo de produ- c- Apropriados a um único tipo de
to ou função diferente de custo produto ou função de custo, entre
vários
b- Apurados englobadamente sem d- Abandonados , por não ocorrerem
apropriação específica a cada tipo nos setores de produção da empresa
de produto ou função diferente de custo
4- Os custos indiretos são apurados por seu valor total no final do período e têm suas parcelas
distribuídas às diferentes funções por:
a- Apropriação direta a cada uma das c- Alocação aleatória
funções d- Decisão unilateral de um dos responsáveis
b- Rateio , utilizando um dado adequado
como base
5- Três amigos alugaram uma casa de campo, constituída de um grande quarto com capacidade
para 15 pessoas, sala, cozinha e banheiro. Com os três amigos ocupando a casa, o aluguel deve
ser rateado por:
a- Peso dos amigos c- Número de lâmpadas da casa
b- Número de cômodos na casa d- Partes iguais para cada amigo
6- Entre os dados a seguir , o que melhor serve como base para ratear o custo de alimentação do
pessoal ocupado na produção de bens e serviços diferentes é:
a- Números de empregados diretos c- Número de homens /hora
b- Valor da mão-de-obra direta d- Quantidade produzida
7- O custo da energia elétrica consumida por uma máquina que coloca tampas em garrafas do
mesmo tamanho usadas por tipos de bebidas diferentes devem ser rateado por:
a- Quantidade produzida c- Peso da produção
b- Número de empregados diretos d- Potência da máquina
8-O método de custeio que satisfaz aos princípios fundamentais de contabilidade é o:
a- Direto b- Por absorção c- Variável d- Baseado em atividades
9- As somas dos custos de pessoal , de materiais e gerais apropriadas e rateadas aos objetos
constituem apenas os custos:
a- Diretos c- Da produção acabada
b- Indiretos d- Aplicados no período
10- Uma empresa com capacidade de produção de 12.500 unidades de um determinado produto
produziu 10.000 e vendeu 6000 unidades, apresentando os seguintes dados no período:
Preço de venda ................................$ 400,00/unidade Depreciação industrial........$15.000,00
Matéria-prima..................................$120,00/unidade Mão-de-obra indireta .........$ 300.000,00
Mão-de-obra direta .........................$ 90,00/unidade Outros custos fixos............$ 185.000,00
Custos gerais variáveis....................$ 40,00/unidade Despesas operacionais.......$ 400.000,00
Despesas de vendas variáveis $ 20,00 /unidade

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No final do período, sem considerar estoque inicial e impostos e utilizando o método de custeio
por absorção, o lucro operacional e o estoque final de produtos acabados terão valores de:
a- $ 80 000,00 e $ 1.200.000,00 c- $ 120.000,00 e $ 1.000.000,00
b- $ 140.000,00 e $ 1.160.000,00 d- $ 40.000,00 e $ 1.080.000,00

12- Utilizando o método de custeio direto , a resposta do exercício anterior seria:


a- $ 80 000,00 e $ 1.200.000,00 c- $ 120.000,00 e $ 1.000.000,00
b- $ 140.000,00 e $ 1.160.000,00 d- $ 40.000,00 e $ 1.080.000,00
13- Nas empresas que produzem segundo encomenda de clientes, utilizando, porém, matéria-prima
própria, o sistema de apuração de custo mais adequado para ser usado é o:
a- Por produto b- Por ordem de produção
c- Por ordem de serviço d- Por processo produtivo
14- Nas empresas que produzem elaborando matérias-primas de clientes sob especificação dos
mesmos, o sistema de apuração de custo mais adequado para ser usado é o :
a- Por produto b- Por ordem de produção
c- Por ordem de serviço d- Por processo produtivo
15- Nas empresas cuja produção independe de encomenda de clientes, isto é, produzem para
estoque, e os produtos têm que passar por setores independentes de produção, o sistema de
apuração de custo mais adequado para ser usado é o:
a- Por produto b- Por ordem de produção
c- Por ordem de serviço d- Por processo produtivo
16- Nas empresas com sistema de produção contínua em que são elaborados produtos diferentes
em um mesmo setor, sem que possa apropriar qualquer dos custos a cada tipo diferente de
produto , o sistema de apuração de custo mais adequado para ser usado é o:
a- Por produto b- Por ordem de produção
c- Por ordem de serviço d- Por processo produtivo
17- Na produção por processo existem tipos diferentes e distintos entre si, caracterizados por:
a) O produto é continuamente transferido de um para outro processo, até o último
b) Mais de um produto elaborado é elaborado por meio de uma ou de mais de uma fase de
processos independentes, que podem ser operados simultaneamente ou não
c- Existência de várias fases para vários produtos, sem que todos eles passem , necessariamente ,
por todas as fases

As características mencionadas representam, na ordem, os tipos:


a- seqüencial, seletivo e paralelo b- seletivo, paralelo e sequencial
c- Paralelo, seqüencial e seletivo d- Seqüencial , paralelo e seletivo

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Métodos de Custeio
O estudo de custos de produção pode ser feito sob dois enfoques: o econômico e o contábil O primeiro
diz respeito aos custos para tomada de decisões , e o segundo trata dos custos voltados para a
apuração do resultado. Sob o aspecto contábil os métodos mais utilizados são
- Por absorção
- Direto/variável
- Baseado em atividades ( ABC)
- Padrão
O Método de Custeio por Absorção , também chamado Custeio Pleno ou Integral, é o mais
utilizado quando se trata de apuração de resultado e consiste em associar aos produtos e serviços
os custos que ocorrem na área de elaboração , ou seja , os gastos referentes às atividades de execução
de bens e serviços, esse método satisfaz plenamente aos Princípios Fundamentais da contabilidade.
Não considera as despesas como integrantes dos estoques dos bens e serviços , mas todos os custos
aplicados na obtenção.
O Método Custeio direto ou variável o mesmo envolve todos os custos variáveis, quer sejam
diretos ou indiretos, necessários à obtenção de produto ou serviço, englobando, portanto, não só a
matéria-prima e mão-de-obra direta, mas também os custos indiretos proporcionais ao volume de
produto ou serviço obtido, além das despesas variáveis. O custeio direto é baseado na margem de
contribuição, conceituada como a diferença entre o total da receita e a soma de custos e despesas
variáveis, .e possui a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada
produto para absorver custos fixos e proporcionar lucro.
O Método baseado em atividades (ABC)- esse método atribui aos objetos de custeio ( produtos,
serviços, clientes, etc) todos os custos e despesas, sendo os diretos por apropriação e os indiretos
rastreados por direcionadores de custos.Não pode ser utilizado para apuração de impostos nem
distribuição de dividendos , tendo em vista ser ele um método exclusivamente gerencial, que
considera a totalidade dos gastos ( custos e despesas) do período e os confronta com as despesas
potenciais, ou seja, as correspondentes ao total da produção de bens e serviços.
O Custo padrão é a determinação antecipada dos componentes do produto e do serviço, em
quantidade e valor, apoiada na utilização de dados de várias fontes, com validade para determinado
espaço de tempo. È de grande valia para o estabelecimento dos padrões o conhecimento e a

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utilização dos custos históricos para posteriores comparações, objetivando a apuração das
diferenças. Estabelecem-se padrões para materiais, mão-de-obra e custos indiretos e, após a produção ,
apuram-se as diferenças respectivas, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis, tanto de quantidade
quanto de valor.

Análise Custo –Lucro- Volume

Conceituação
A análise baseada na relação entre custo, lucro e volume consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento , de acordo com a seleção da
alternativa a ser adotada entre as várias disponíveis.Esta analise consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento. Isto significa que vários níveis de
produção dentro da capacidade máxima instalada, devem ser estudados e comparados para ser
detectada a alternativa mais viável ou as alternativas mais convenientes. De acordo com esta análise,
podem ser respondidas perguntas tais como:

O empreendimento é viável ?
Qual é o produto mais rentável ?
Qual é o produto mais lucrativo?
Reduzindo a produção da empresa , quais são as consequências nos resultados ?

Ponto de Equilíbrio
É aquele que a empresa equilibra custos e receitas, este ponto também é chamado Ponto de Ruptura,
Ponto de Nivelamento, Ponto Crítico ou Ponto de quebra.
No ponto de equilíbrio, a empresa está produzindo o suficiente para gerar receita que se iguala ao
custo, a empresa não tem lucro nem prejuízo. Este ponto indica o mínimo de receita gerada pela
produção para que a empresa não sofra prejuízo.

No Ponto de Equilíbrio podem ser deduzidas das seguintes fórmulas:


RT = C T RT = p . q CT = CF + CV CV = cv . q

RT= Receita Total ou Vendas


CT= Custo Total
CF= Custo Fixo Total
CV= Custo Variável Total
Cv = custom variável unitário
p= preço de venda
q= quantidade

O ponto de equilíbrio em quantidade é encontrado pela seguinte fórmula:


CF
Eq=
p - cv

O ponto de equilíbrio em percentagem pode se encontrado pela seguinte formula:

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CF
E% = x 100
RT – CV

O ponto de equilíbrio em valor da receita total de vendas pode se encontrado pela seguinte
formula:

CF
E$=
1 – CV ÷ RT

CF
E$=
1-cv ÷ p

Legenda: RT= Receita Total de Vendas; CT= Custo Total; P= Preço de Vendas; CF= Custo Fixo
Total; CV= Custo Variável Total; cv= custo variável unitário; q= quantidade

Conclusão:
Não existe ponto de equilíbrio que se possa afirmar ser o ideal, o mesmo deve ser o mais baixo
possível, quanto menor o ponto de equilíbrio, mais segurança para a empresa não entrar na área de
prejuízo.

Análise das variações


A análise das variações considera prioritária a diferença entre receita total ( RT ) e o custo
variável total (CV ), porque é com a diferença que a empresa vai absorver os custos fixos ( CF ) e obter
lucro. A diferença entre ( RT– CV) é chamada Receita Marginal, ou Margem de contribuição, ou
Margem de Segurança que quanto maior for, maior lucro ou menor prejuízo proporcionará.
Em outras palavras, a receita marginal é o que sobra da receita total após abatidos os custos
variáveis totais e serve para absorver os custos fixos e proporcionar lucro.
Análise dos Produtos
A empresa, naturalmente, poderá produzir mais de um produto, diante disto é necessário a
análise individual de cada produto para verificar o seu desempenho. Estudando cada um dos produtos
individualmente, é possível definir os que são mais lucrativos, os menos lucrativos e até aqueles que
dão prejuízo, para que decisões possam ser tomadas com vistas na melhoria do desempenho destes
últimos ou a sua eliminação da produção.

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.
Custo de Pessoal
O custo de pessoal abrange todos os gastos despendidos com o pessoal e pode ser atribuído
direta ou indiretamente à elaboração de bens e serviços em determinado período. Esse custo está
subdividido em dois grandes grupos: mão-de-obra direta ( MOD) e mão-de-obra indireta (MOI)

Define-se Mão-de-obra direta como a representada pelo tempo dos operários envolvidos
diretamente na elaboração de determinado tipo de bem, dentre os vários tipos de bens elaborados pela
empresa, numa fábrica ou setor É a parcela da mão-de-obra cujo custo pode ser apropriado
diretamente a cada um dos diferentes tipos de bens em elaboração no momento da ocorrência do custo,
ou seja, durante sua execução..

A Mão-de-obra indireta é aquela representada pelos operários ou outras categorias


profissionais que não estão envolvidos diretamente na elaboração de um determinado bem ou serviço,
entre os vários tipos em elaboração. É a mão-de-obra comum a vários tipos de bem ou serviço em
execução, cuja parcela pertencente a cada tipo de produto ou função de custo é impossível de ser
determinada no momento de sua ocorrência.

Conclusão- Os custos de pessoal comuns às diferentes funções de custo ou aos tipos diferentes
de bens ou serviços podem ser chamados mão-de-obra indireta. O custo do pessoal específico a cada
tipo diferente de bem ou função de custo ou os que podem ter a parcela pertencente a cada bem
diferente, perfeitamente apropriável no momento de sua ocorrência, podem ser classificados como
mão-de-obra direta. A mão-de-obra direta é normalmente classificada como custo variável e a mão-
de-obra indireta como custo fixo quanto à formação.

Dos custos que estão relacionados a cada um dos dois grupos, os mais relevantes são os Encargos
Sociais e Trabalhistas. Eles constituem o conjunto de recursos despendidos pela empresa com seu
pessoal, além do salário, e recebem as mesmas classificações de acordo com o grupo ao qual estão
vinculados, ou seja, direto e variável relacionados à moa-obra direta, e indireto e fixo se relacionados
à mão-de-obra indireta.

Contribuições Sociais
As Contribuições Sociais incidem sobre a remuneração, têm seu valor definido com exatidão e seu
recolhimento deve ser efetuado mensalmente.
As Contribuições sociais estão assim dispostas:
c- Contribuição para a Previdência Social.............................................................20 %
d- Seguro de acidente de trabalho:
- Risco leve..............................................................................................................1 %
-Risco médio...........................................................................................................2%
-Risco grave............................................................................................................3%
c- salário-educação.................................................................................................2,5%
d- Sesi/Senai ou Sesc/Senac .................................................................................2,5%
e- Incra.Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária...... ....................2,0%
f- Sebrae- Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas............... 0,6%
g- FGTS- Fundo de Garantia do Tempo de Serviço...............................................8,0%

Formulários
Para apuração e controle do custo de pessoal utilizam-se formulários, normalmente quando se trata

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do controle sobre mão-de-obra relacionada à elaboração de bens e serviços.


Apresentamos alguns modelos:

a- Cartão- de- ponto- Controla a freqüência do pessoal, serve de suporte para a confecção das Folhas
de Pagamento e também pode servir como recibo de pagamento de salário.

b- Cartão de mão de obra- controla o período de trabalho de cada operário em cada “ordem de
serviço” , “ordem de produto” ou “centro de custo”. Ao iniciar uma tarefa , o empregado marca a hora:
ao se afastar, marca o término; ao voltar a mesma tarefa repete-se a sistemática. Pelas dificuldades
apresentadas , este sistema é restrito apenas às pequenas empresas em que a área de trabalho é
pequena, tais como oficinas e pequenas fabricas. O mesmo consome uma grande quantidade de cartões
e há necessidade do grande valor imobilizado ( relógios para marcações de cartões)

c- Relatório periódico de apropriação de mão de obra- Em áreas de trabalho muito extensas,


com equipe de operários bem definidas, como a construção civil, o relatório periódico de apropriação
da mão-de-obra substitui o Cartão de mão-de-obra por englobar várias funções com diversos operários
em cada função, proporcionando economia de cartões e relógios de ponto. O resumo desses relatórios
juntamente com os demais dados de custos constituem os mapas de apuração de custos que servirão
para o orçamento de obras futuras, planejamento de desembolso de recursos e custo global por setor,
por tarefa, por unidade, etc.

Lançamentos Contábeis
Raciocinando sobre a mão-de-obra tarefeira , isto é, aquela que só tem direito a receber pagamento
como contrapartida de alguma tarefa executada, é fácil compreender os lançamentos. Nessa hipótese,
debita-se a conta “ Produtos em Elaboração”, ou “ Produtos em Fabricação” e credita a conta “
Caixa”, ou “Bancos” se o pagamento for efetuado no período de apropriação de custos.
Caso o pagamento não se tenha efetivado no período, será creditada uma conta de obrigação que
deverá ter um título compatível, tal como “ Salários a Pagar”, Mão-de-obra a pagar”, etc.
É muito comum a mão-de-obra ser assalariada, nesse caso , ela fica a disposição da empresa por um
valor contratado no período, quer seja aplicada , quer fique ociosa. Por essa linha de conduta, a mão-
de-obra é adquirida e debita-se a conta “ Mão-de-obra” ou “ Mão-de-obra Disponível”

Custos Gerais
Os Gastos Gerais são definidos como os que não se classificam como de material ou de pessoal,
embora alguns destes, cujo valor seja pouco expressivo, possam se classificar , na prática, como
gerais. Os que estão ligados às áreas de elaboração de bens e serviços podem ser subdivididos em
custos gerais fabris – os ocorridos nas áreas de fabricação da empresa - e em custos gerais não
fabris - aqueles que , embora não ocorridos nas áreas de fabricação propriamente ditas, ocorrem nos
departamentos de administração, de apoio e auxiliares da produção e são indispensáveis ao
funcionamento harmonioso da empresa.
Além dos custos gerais , fabris ou não fabris, os gastos gerais de fabricação englobam também um
grupo expressivo denominado contabilmente de despesa, e que está dissociado das atividades de
elaboração de bens e serviços. Como cita Mott, Graham, de que valeria toda a produção do mundo se
não houvesse as atividades de vendas e de administração das demais atividades indispensáveis a
uma organização e que consomem recursos
Verifica–se que a atividade completa de uma empresa é suportada pela totalidade dos gastos
incorridos sob a forma de custos ou de despesas, e que sua produção não é dependente apenas dos
custos de material e pessoal, mas também dos custos gerais fabris e dos não fabris. Entendem-se
como custos gerais fabris como os gastos despendidos em limpeza, depreciação, conservação,
manutenção e supervisão da área de fabricação. Os custos gerais não fabris os despendidos com

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vigilância , transporte de pessoal, salário do pessoal auxiliar, de administração, de apoio, de


planejamento, bem como os referentes a depreciações de prédios, móveis e utensílios da área não
fabris, porém ligados às atividades de produção. As despesas são as não ligadas à elaboração de
bens e serviços e compreendem as vendas e administração geral.

Critérios de Rateio
Como todos os custos indiretos estão englobados nos custos Gerais, os mesmos são apurados no final
do período, pelo total de cada um deles, sem atribuição a cada produto ou função de produção
diferente.
Para atribuição do custo indireto a cada tipo de produto ou de função, é necessário proceder-se
ao Rateio.
O rateio é a divisão proporcional pelos valores de uma base conhecida. A melhor base de
rateio para determinado custo é aquela que se supõe que o custo ocorra na mesma proporção dela, ou
seja, o custo indireto deve guardar estrita correlação com os dados escolhidos como base de rateio.

Cálculo do Rateio- Dividindo-se o valor do custo indireto pelo total da base, obtêm-se o quociente de
rateio, o qual deverá ser usado com o máximo de casas decimais possíveis. Multiplicando-se o
quociente de rateio pelo valor da base referente a cada produto ou função, obtêm-se a parcela do custo
indireto atribuível ao respectivo produto ou função. A soma de todas as parcelas do custo indireto
atribuídas aos diferentes produtos tem que ser igual ao que total que foi rateado.

A seguir veremos alguns tipos de gastos gerais e suas bases de rateio mais indicadas.

Matéria-prima indireta- o dado que guarda estreita relação com a mesma, portanto serve como base
de rateio, é a matéria-prima direta.

Supervisão- caracteriza-se pela remuneração paga ou devida ao pessoal que chefia um grupo de
pessoas. A melhor base de rateio para este custo é o valor da mão-de-obra direta apropriada a cada tipo
de produto diferente ou a cada função diferente do custo.

Combustíveis- o dado que melhor serve como base de rateio é a potência das máquinas a combustão,
quanto mais potente for a máquina mais combustível deverá consumir.

Energia ( força)- O dado mais indicado para a base de rateio é a potência das máquinas elétricas.

Depreciações- O valor do imobilizado( imobilizações industriais) é o dado que melhor serve como
base para o rateio deste custo.

Material de limpeza e salário do pessoal de limpeza - Em se tratando de limpeza industrial, o dado


mais adequado como base de rateio deste custo é a área ocupada.

Energia elétrica- A área ocupada também será o dado mais adequado como base de rateio, quanto
maior for a área ocupada na fabricação de um produto, mais energia elétrica será consumida no
respectivo local.

Publicidade e propaganda- Um dos dados comumente usados como base de rateio é o valor da
produção, que simplificadamente é o valor das vendas futuras.

Aluguéis- A base de rateio é a área ocupada. O produto que ocupa a maior área receberá a maior
parcela do custo.

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Fretes de produtos- O dado que melhor serve como base de rateio é o peso da produção, que poderá
ser obtido multiplicando-se a quantidade produzida pelo preço unitário.

Despesas de restaurante- A base de rateio será o número de empregados diretos, quanto maior o
número de empregados ocupados diretamente na produção , maior será a parcela do custo da
alimentação.
Transporte de pessoal- A base de rateio mais indicada é também o número de empregados diretos.

Outros formas de rateio:


Cascata, o mesmo é utilizado quando há conveniência para a empresa a apuração de custo de
cada função, antes de se chegar ao custo final de cada produto.Os custos serão ordenados do mais
genérico para o mais específico, até alcançar os custos diretos que estarão localizados nas últimas
linhas.
Outra forma de rateio é a de Taxas predeterminadas de custos indiretos, em função dos custos
direto, devendo sua aplicação ser adotada após razoável período de utilização de uma das outra
utilizadas.

Exercício:
Na forma de rateio direto, o valor de aluguel de 5000,00 por um galpão onde se fabrica três produtos
diferentes: O produto “A “ ocupa uma área de 250 m2, o “B” uma de 150 m2 e o “C “ de 600 m2.
Ratear o valor do aluguel entre os três produtos fabricados.

Solução: “A” “B” “C”


250 m2 + 150 m2 + 600 m2= 1000 m2
5000,00 ( 1000 = 5,00m2
5,00/m2 x 250 m2= 1250,00 ( produto A)
5,00/m2 x 150 m2= 750,00 ( produto B)
5,00/m2 x 600m2= 3000,00 ( produto C)

Lançamentos Contábeis ( custos gerais)


Os Custos Gerais devem ser debitados em cada uma das contas específicas dos custos gerais e
creditadas na contas a pagar ou depreciações acumuladas.
Os custos gerais que são indiretos serão rateados no final do período e suas parcelas serão
atribuídas aos diversos produtos em elaboração ou às diversas funções de custos com os mesmos
lançamentos do parágrafo anterior. Assim, todas as contas específicas de custos gerais terão seus
saldos anulados por contrapartidas de lançamentos a débito da conta “produtos em elaboração” a não
ser aquelas contas que possuam estoques não consumidos no período, tais como combustíveis e
lubrificantes.

Apuração de Custos
A Apuração de Custos consiste em sua acumulação em cada tipo de unidade ou função
diferente de acumulação de custo cujo valor se deseja conhecer. Antes do estabelecimento de
qualquer sistema de controle , deve-se definir de quais unidades se deseja apurar custos. Se a
apuração é de toda a empresa , o controle é bastante simples, e é suficiente a demonstração normal
de resultados, não se preocupando com a classificação dos custos quanto a apuração ( direto ou
indireto) Bastam as classificações quanto à natureza ( plano de contas ) – para classificar os custos
correta e consistentemente sob o aspecto contábil, para fazer algumas análises gerenciais simples.

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Apurando-se os custos dos diversos órgãos da empresa, aumenta-se o nível dos controles. Nesse
caso, há necessidade de preocupar-se também com a classificação quanto à apuração , afim de alocar
as parcelas dos custos indiretos aos diversos órgãos.
Quando a determinação do custo unitário resulta da divisão do custo total acumulado pela
quantidade de produção obtida, uma vez que tal quantidade seja constituída por unidades do mesmo
tipo e que sejam padronizadas quanto à forma e tamanho. Quando não são obtidas unidades
padronizadas , ´e necessário o conhecimento da relação existente entre elas para se chegar a um
valor equivalente a um dos tipos, tomado como padrão. É necessário que todas as unidades do mesmo
tipo sejam padronizadas para que a determinação do custo unitário seja igual para cada uma das
unidades. No caso de produtos finais com tamanhos diferentes, mas com a mesma estrutura de custos,
isto é, os custos dos diferentes componentes mantêm a mesma proporção, para chegar-se à quantidade
equivalente de cada um deles, correlacionando o volume dos diversos produtos diferentes com o
volume de um deles tomado como base.
Por outro lado, quando aparecem produtos em estado físico diferente, como os combustíveis
derivados do petróleo, onde aparecem derivados líquidos, como a gasolina, e o gás combustível, neste
caso, deve-se adotar uma unidade de conversão de modo a obter uma unidade de medida uniforme,
como o poder calorífico de cada um deles.

Métodos de Custeio
O estudo de custos de produção pode ser feito sob dois enfoques: o econômico e o contábil O primeiro
diz respeito aos custos para tomada de decisões , e o segundo trata dos custos voltados para a
apuração do resultado. Sob o aspecto contábil os métodos mais utilizados são
- Por absorção
- Direto/variável
- Baseado em atividades ( ABC)
- Padrão
O Método de Custeio por Absorção , também chamado Custeio Pleno ou Integral, é o mais
utilizado quando se trata de apuração de resultado e consiste em associar aos produtos e serviços
os custos que ocorrem na área de elaboração , ou seja , os gastos referentes às atividades de execução
de bens e serviços, esse método satisfaz plenamente aos Princípios Fundamentais da contabilidade.
Não considera as despesas como integrantes dos estoques dos bens e serviços , mas todos os custos
aplicados na obtenção.
O Método Custeio direto ou variável o mesmo envolve todos os custos variáveis, quer sejam
diretos ou indiretos, necessários à obtenção de produto ou serviço, englobando, portanto, não só a
matéria-prima e mão-de-obra direta, mas também os custos indiretos proporcionais ao volume de
produto ou serviço obtido, além das despesas variáveis. O custeio direto é baseado na margem de
contribuição, conceituada como a diferença entre o total da receita e a soma de custos e despesas
variáveis, .e possui a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada
produto para absorver custos fixos e proporcionar lucro.
O Método baseado em atividades (ABC)- esse método atribui aos objetos de custeio ( produtos,
serviços, clientes, etc) todos os custos e despesas, sendo os diretos por apropriação e os indiretos
rastreados por direcionadores de custos.Não pode ser utilizado para apuração de impostos nem
distribuição de dividendos , tendo em vista ser ele um método exclusivamente gerencial, que
considera a totalidade dos gastos ( custos e despesas) do período e os confronta com as despesas
potenciais, ou seja, as correspondentes ao total da produção de bens e serviços.
O Custo padrão é a determinação antecipada dos componentes do produto e do serviço, em
quantidade e valor, apoiada na utilização de dados de várias fontes, com validade para determinado
espaço de tempo. È de grande valia para o estabelecimento dos padrões o conhecimento e a
utilização dos custos históricos para posteriores comparações, objetivando a apuração das
diferenças. Estabelecem-se padrões para materiais, mão-de-obra e custos indiretos e, após a produção ,

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apuram-se as diferenças respectivas, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis, tanto de quantidade
quanto de valor.

Análise Custo –Lucro- Volume

Conceituação
A análise baseada na relação entre custo, lucro e volume consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento , de acordo com a seleção da
alternativa a ser adotada entre as várias disponíveis.Esta analise consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento. Isto significa que vários níveis de
produção dentro da capacidade máxima instalada, devem ser estudados e comparados para ser
detectada a alternativa mais viável ou as alternativas mais convenientes. De acordo com esta análise,
podem ser respondidas perguntas tais como:

O empreendimento é viável ?
Qual é o produto mais rentável ?
Qual é o produto mais lucrativo?
Reduzindo a produção da empresa , quais são as consequências nos resultados ?

Ponto de Equilíbrio
É aquele que a empresa equilibra custos e receitas, este ponto também é chamado Ponto de Ruptura,
Ponto de Nivelamento, Ponto Crítico ou Ponto de quebra.
No ponto de equilíbrio, a empresa está produzindo o suficiente para gerar receita que se iguala ao
custo, a empresa não tem lucro nem prejuízo. Este ponto indica o mínimo de receita gerada pela
produção para que a empresa não sofra prejuízo.

No Ponto de Equilíbrio podem ser deduzidas das seguintes fórmulas:


RT = C T RT = p . q CT = CF + CV CV = cv . q

RT= Receita Total ou Vendas


CT= Custo Total
CF= Custo Fixo Total
CV= Custo Variável Total
Cv = custom variável unitário
p= preço de venda
q= quantidade

O ponto de equilíbrio em quantidade é encontrado pela seguinte fórmula:


CF
Eq=
p - cv

O ponto de equilíbrio em percentagem pode se encontrado pela seguinte formula:

CF
E% = x 100

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RT – CV

O ponto de equilíbrio em valor da receita total de vendas pode se encontrado pela seguinte
formula:

CF
E$=
1 – CV ÷ RT

CF
E$=
1-cv ÷ p

Legenda: RT= Receita Total de Vendas; CT= Custo Total; P= Preço de Vendas; CF= Custo Fixo
Total; CV= Custo Variável Total; cv= custo variável unitário; q= quantidade

Conclusão:
Não existe ponto de equilíbrio que se possa afirmar ser o ideal, o mesmo deve ser o mais baixo
possível, quanto menor o ponto de equilíbrio, mais segurança para a empresa não entrar na área de
prejuízo.

Análise das variações


A análise das variações considera prioritária a diferença entre receita total ( RT ) e o custo
variável total (CV ), porque é com a diferença que a empresa vai absorver os custos fixos ( CF ) e obter
lucro. A diferença entre ( RT– CV) é chamada Receita Marginal, ou Margem de contribuição, ou
Margem de Segurança que quanto maior for, maior lucro ou menor prejuízo proporcionará.
Em outras palavras, a receita marginal é o que sobra da receita total após abatidos os custos
variáveis totais e serve para absorver os custos fixos e proporcionar lucro.
Análise dos Produtos
A empresa, naturalmente, poderá produzir mais de um produto, diante disto é necessário a
análise individual de cada produto para verificar o seu desempenho. Estudando cada um dos produtos
individualmente, é possível definir os que são mais lucrativos, os menos lucrativos e até aqueles que
dão prejuízo, para que decisões possam ser tomadas com vistas na melhoria do desempenho destes
últimos ou a sua eliminação da produção.

.
CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS II

ADMINISTRAÇÃO E CONTÁBEIS

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1-Origem dos Custos


1-1- Evolução das empresa
Todo o processo evolutivo da contabilidade de custos culminou com a Revolução Industrial , iniciada
na Inglaterra na metade do Século XVIII. Este estágio de evolução determinou a necessidade de ser
incrementada a forma de organização societária , proporcionando o desenvolvimento da empresa
capitalista. Com a descoberta de novas tecnologias e o aparecimento de sistemas complexos de
produção, crescimento das empresas, houve maior necessidade de controle que proporcionasse maior
segurança nas aplicações do capital e na manutenção dos sistemas produtivos com a apresentação
de resultados positivos nas suas operações.

1-2 Fases da Produção – Os Bens existentes na natureza, originalmente gratuitos, precisam sofrer
transformações para alcançar os estados de consumo ou de utilização pelas pessoas.
Para o homem primitivo satisfazer suas necessidades apareciam duas fases: extração e
beneficiamento primário, que constituíam dirigir-se aos rios e capturar um peixe ou ir à floresta e
colher frutos ou raízes, ou capturar um animal.
Em um segundo estágio de civilização com a descoberta de novos utensílios, ferramentas e
meios de transportes rudimentares e ainda contatos com grupos sociais, o processo produtivo ampliou
o número de fases para quatro: extração, beneficiamento primário, transporte para centro distribuidores
ou consumidores e distribuição e consumo
Em um terceiro estágio de civilização com a descoberta de novos utensílios permitiu a melhor
elaboração dos bens naturais para torná-los menos perecíveis surgindo além das fases anteriores outras
como recepção e estocagem.

Atualmente as fases do processo produtivo podem ser divididos em várias fases, tomando como
base a gasolina, por exemplo:

1-Extração – compreende a retirada do petróleo do subsolo.

2-Beneficiamento primário – constitui-se na separação da água e de outras substâncias.

3- Estocagem no local de beneficiamento primário – normalmente aplicado aos produtos de origem


mineral.

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4-Transporte para os centros de beneficiamento secundário.

5-Recepção e estocagem nos centros de beneficiamento secundário.

6- Beneficiamento secundário – é a transformação do bem natural com apenas um beneficiamento


rudimentar em outro bem através de um processo industrial. Esta fase consiste na destilação ou
refinação do petróleo

7-Estocagem nos centros de beneficiamento secundário.

8-Transporte para os centros de beneficiamento terciário

9- Recepção e estocagem nos centros de beneficiamento terciário – compreende a inspeção,


conferência e armazenagem da produto beneficiado secundariamente.

10- Beneficiamento terciário – é a adição de álcool e de aditivos para melhorar o desempenho dos
veículos.

11-Estocagem nos centros de beneficiamento terciário.

12- Transporte para os centros distribuidores ou consumidores.

13- Recepção e estocagem nos centros distribuidores ou consumidores

14- Distribuição: é a venda da gasolina ao consumidor

1-3 Classes envolvidas na produção

1-3-1 Operárias – Atuam sobre os bens para torná-los acessíveis ao consumidor, intermediário final.
Esta classe recebe salário como remuneração do seu tempo aplicado e aqui é simbolizado por (S).

1-3-2 Empresárias – São aquelas que organizam o processo produtivo para que se obtenham bens a
menores custos, através da ordenação da produção. As empresas constituem a classe cuja atividade é
ordenar os fatores de produção ( natureza, trabalho e capital ) para obter bens a custos mínimos.
A remuneração percebida é o Lucro ( L).

1-3-3 Emprestadoras – São as que reúnem as pequenas economias de muitos para ceder às empresas
sob a forma de capital. Este capital pode ser cedido sob a forma de bens fixos para a produção e sob a
forma de bem numerário.
A remuneração recebida é o juro e o aluguel, aqui simbolizado pela letra ( J ).

1-3-4 Governadoras – São as que executam as tarefas de infra-estrutura necessárias `a existência das
empresas, tendo em vista o beneficio coletivo. As entidades governadoras é responsável pelo
fornecimento da educação, da paz social, segurança publica, etc. A remuneração recebida é o imposto
e a taxa, simbolizado por ( I ).

Conclusão – considerando as quatro fases envolvidas e atuando na produção podemos obter a seguinte
equação do custo :

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C= S+L+J+I

Na impossibilidade prática de apuração do custo partindo da equação geral anterior, reduz-se a


equação a três componentes básicos : Matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais, independente da
fase em que se está apurando o custo.

a- Matéria-prima – é o elemento que sofrerá transformação ou agregação, para o surgimento


de outro bem diferente. A mesma é adquirida de outras empresas ou proveniente de fases anteriores de
produção ou um bem natural e, portanto, gratuito na natureza, isto é com custo zero.

b- Mão-de-obra – é o elemento que atua sobre a matéria-prima para a obtenção de outro bem, quer
transformando, quer agregando várias matérias-primas.

c- Gastos Gerais – são todos os elementos necessários direta ou indiretamente, mediata ou


imediatamente à elaboração dos bens e não classificados em nenhuma das outras categorias.

Em conseqüência, o custo pode ser definido como valor da matéria-prima somando a todos os
valores agregados a ela necessários à obtenção de novos bens.
C= MP + MO + GG

2- Classificação dos custos


2-1 Conceituação
O custo está aparecendo a todo o momento na vida do indivíduo, porque todos os Bens
necessários ao indivíduo tem um custo. Normalmente as pessoas fazem algumas confusões com os
termos relativos ao custo. Vamos defini-los de acordo com a contabilidade.

a- Preço- é o valor estabelecido pelo vendedor para efetuar a transferência da propriedade de


um Bem. No preço está incluído, além do custo, o lucro ou prejuízo, concluindo-se que o preço é
igual ao custo mais o lucro ou o custo menos o prejuízo. Ainda, se o preço for igual ao custo não terá
lucro ou prejuízo na comercialização.
O valor da transação de uma unidade de um Bem é chamado preço unitário de venda para o vendedor
e custo unitário para o comprador.

b- Receita- é o preço de venda multiplicado pela quantidade vendida.


Receita de vários Bens - é o somatório das multiplicações dos diferentes preços de vendas pelas
respectivas quantidades vendidas de cada um deles.

c- Gasto- é o valor pago ou assumido para se obter a propriedade de um Bem, incluindo-se ou


não a elaboração e a comercialização, considerando-se as diversas quantidades adquiridas, ou
elaboradas ou comercializadas.

d- Desembolso- é o pagamento de parte ou do total adquirido, ou elaborado, ou


comercializado, ou seja, a parcela ou o todo do gasto que foi pago.

e- Custo- é a parcela do gasto que é aplicado na produção, gasto este desembolsado ou não.
Custo, ainda, é o valor aceito pelo comprador para adquirir um bem, ou custo é a soma de todos os
valores agregados desde a sua aquisição até a sua comercialização.

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f- Despesa- é a parcela ou a totalidade do custo que integra a produção vendida.

g- Investimento- Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a


futuro (s) período ( s)

g- Perda- Bem ou serviço consumidos de forma anormal ou involuntária

Exemplo: Matéria-Prima
-é uma Receita para o vendedor, e é um Gasto para o comprador no ato da compra;
-é um desembolso, no ato do pagamento, que pode ser a vista ou a prazo;
-é um custo no ato de sua aplicação na produção;
-é uma despesa no ato da venda do produto que ela integra.

2- 2 Classificações dos Custos

2-2-1-Quanto a natureza- O custo total é a soma de todos os custos, tomando-se o valor deles
individualmente. A empresa pode adotar sua própria classificação dos custos quanto a natureza. Ex:
matérias- primas; materiais auxiliares; materiais de expediente; mão-de-obra, combustíveis, aluguéis,
etc.

2-2-2 Quanto a Função


A classificação do custo com relação a função, vamos destacá-lo a nível de gerência, no qual
será considerado três aspectos, a saber:
a- Custos de produção- são aqueles que ocorrem nos setores de produção e são necessários
para a fabricação dos produtos como: matéria-prima, mão-de-obra e outros.

b- Custos administrativos- são os necessários à administração, à programação e ao controle.


Ex: custo pessoal da administração do pessoal; custo de transportes; de restaurantes, custo de
vigilância, ETC
c- Custos de comercialização- são aqueles necessários à movimentação, controle e
distribuição dos produtos desde a compra e pagamento de fornecedores até a distribuição e
recebimento dos clientes como: embalagem de expedição, fretes, aluguéis de depósitos e lojas
propaganda, comissões, etc.

Portanto, a nível de gerência o (CT) custo total é igual a soma dos custos administrativos, com
os de comercialização ( CC ) e com os custos de produção ( CP ), apresentando a seguinte equação:
CT= CA+ CC + CP

2-2-3 Quanto a Contabilização:

Quanto a Contabilização os custos podem ser classificados:

a- Custos realizados- são os que integram as contas de resultado do período, isto é, aqueles
que foram considerados consumidos para efeito do resultado contábil do período.
Ex. matéria-prima, materiais auxiliares, mão-de-obra, depreciações, e os demais custos que integram
os custos dos produtos vendidos.

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b- Custos a realizar- São os custos que integram as contas patrimoniais, ou seja, é aqueles
que mesmo que a empresa já tenha incorrido neles, adquirido-os, ainda permanecem na empresa.
Ex: matéria-prima, materiais auxiliares, mão-de-obra, e os demais custos que integram os
estoques, além das imobilizações permanentes ainda não depreciadas.
Conclusão- O custo total quanto a contabilização é a resultante da soma dos custos realiza-
dos ( RE ) com os custos a realizar ( AR). CT= RE + AR

2-2-4 Quanto a apuração


Quanto à apuração, os custos podem ser classificados em Diretos e Indiretos.
a- Direto- é aquele que pode ser diretamente apropriado a cada tipo de Bem ou Órgão, no
momento da ocorrência do fato, isto é, está ligado a cada tipo de Bem ou função do custo.
b-Indireto- é aquele que não pode apropriar diretamente a cada tipo de Bem ou função de
custo no momento de sua ocorrência. Atribui-se parcela dele a cada tipo de Bem ou função de custo
através de um critério denominado Rateio.

Rateio- é a divisão proporcional por uma base que tenha valores conhecidos em cada função e que se
julga que o custo ocorre nas mesmas proporções da base.
Conclusão- o Custo total quanto a apuração é formado pela soma dos Custos diretos (CD) com os
Custos indiretos. CT= CD+ CI

2-2-5 Quanto a formação


Quanto a formação os custos são estudados em função das variações que podem ocorrer no
volume de atividade, ou seja, na quantidade produzida pela empresa. Os mesmos podem ser
classificados em : fixos, variáveis e mistos.
a- Custos fixos- são os custos de estrutura que ocorrem período após período sem variações,
ou cujas variações não ocorrem como conseqüência da variação no volume de atividade em
períodos iguais. Ex: aluguel de imóvel ocupado pela indústria e depreciação acumulada de
equipamento.

b- Custos variáveis- são aqueles que variam em função da variação de volume de atividade,
ou seja, a variação da quantidade produzida no período. Quanto maior o volume de atividade no
período maior será o custo variável.

O custo variável pode ser dividido em: progressivo, constante e regressivo.


Variável progressivo- é quando a variação ocorre em proporções maiores que a variação do
volume de atividade. Se cresce o volume produzido, o custo cresce proporcionalmente mais, ou vice-
versa. Ex. aumento da mão-de-obra direta em um recinto pequeno.
Variável constante- é o custo variável que ocorre na mesma proporção da variação do volume
de atividade. Ex: matéria-prima
Variável regressivo- é o custo variável cuja variação é proporcionalmente menor em relação à
variação do volume de atividade. Se cresce o volume produzido, o volume cresce em proporções
menores, ou vice-versa. Ex: custo da energia elétrica consumida na produção quando a taxa por
quilowatt-hora decresce com o acréscimo de consumo.

Abstendo-se dos custos mistos, o Custo total ou Global (CT) quanto a formação é composto da soma
dos Custos fixos (CF) com os Custos variáveis (CV).
CT= CF+ CV

CT CF CV

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Cm = ------ Cf = -------- Cv = -------


Q Q Q

Cm = Custo médio total CT = Custo total ( global) Cf = Custo fixo unitário

Cv = Custo variável unitário CV = Custo variável total CF = Custo fixo total

Q = quantidade produzida

Os Custos mistos são aqueles que possuem, no seu total, uma parcela fixa e uma parcela variável, que
permitem considerá-los , caracteristicamente, iguais ao custo total. A diferença é que este último
engloba vários custos classificados como variáveis e vários custos classificados como fixos, enquanto
o custo misto é o único custo que possui as parcelas fixa e parcelas variável. Ex: caldeira para a
produção de vapor, aluguel de uma copiadora, etc.

ESPÉCIE CUSTO COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO AO VOLUME DE


PRODUÇAO

FIXO TOTAL NÃO VARIA

FIXO UNITÁRIO VARIA INVERSAMENTE

VARIÁVEL
TOTALVARIÁVEL
VARIÁVEL TOTAL VARIA PROPORCIONALMENTE
TOTAL

VARIÁVEL UNITÁRIO
NÃO VARIA

Exercício:

Exercício:
1-Sabendo-se que a Empresa JJ LTDA produziu no período 1 um volume de atividade de 1.000
unidades com um custo misto de 50.000. Em um segundo período sob as mesmas condições produziu
1.150 unidades do mesmo produto. Pede-se calcular: Custo Fixo Total, Custo Fixo Unitário, Custo
Variável Total, Custo Variável Unitário e o Custo Médio com base nos valores fornecidos.

2- Faça a representação numa tabela e graficamente nos seus diversos níveis de produção dos custos
fixos, variáveis e totais ( total e unitário) de uma empresa cuja capacidade máxima de produção é

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de dez unidades , custo fixo total de $ 1.000 e custo variável total de $3.000, valores estes
considerados no nível máximo da capacidade de produção.

2-2-6 Classificação do custo quanto a ocorrência:


Os Custos apresentam diversos estágios durante as suas fases de produção, nos quais Podem
ser determinados ou acumulados. Os mesmos quanto à sua ocorrência são classificadas em: básico, de
transformação, direto ou primário, indireto, fabril, dos produtos fabricados e dos produtos vendidos.
Custo Básico: é representado pelo valor da matéria-prima direta ou material direto consumido.
Sobre ele são aplicados mão-de-obra direta e custos indiretos para transformá-los.

Custo de Transformação: é representado pelo valor dos elementos que são aplicados sobre o
custo básico para transformá-lo. O mesmo constitui-se da mão-de-obra direta apropriada e dos custos
indiretos.

Custo Direto ou Primário: são os primeiros custos a ocorrer no processo de transformação. O


mesmo é composto pelo valor da matéria-prima direta ou material direto e da mão-de-obra direta
apropriada.

Custo Indireto: é a soma de todos os custos ocorridos na produção e não classificáveis como
matéria-prima ou mão-de-obra direta.

Custo Fabril: é soma dos custos básico e de transformação ou a soma dos custos direto ou
primário e indireto. Representa o total do custo aplicado durante o período no setor de fabricação.
Independentemente de todas as unidades ficarem prontas ou não.

Custos dos Produtos Fabricados: é a soma do custo fabril mais o estoque inicial de produtos
em elaboração menos o estoque final de produtos em elaboração.

Custos dos Produtos Vendidos: O custo dos produtos vendidos é determinado pela produção
fabricada no período, diminuída do estoque final de produtos acabados e somada ao estoque inicial de
produtos acabados.

Vamos verificar os conceitos citados acima através das fórmulas e exercícios a seguir:
Custo básico = MP Direta consumida, que é CB = EI + C + EF
Custo direto ou primário = CB + MOD apropriada
Custo de transformação = MOD + CI
Custo fabril = CB + CT ou Custo fabril = CD + CI
Custo dos produtos fabricados = CF + EIPE – EFPE
Custo dos produtos vendidos = CPF + EIPA – EFPA

Matéria-prima direta

1-1-compras 10.000
1-2-estoques
1-2-1-inicial 1.000
1-2-2-final 2.000

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2-Mão-de-obra direta
2-1-Disponível 10.000
2-2-Apropriada 8.000

3-Outros custos indiretos 5.000

4- Estoques de produtos em elaboração


4-1-inicial 2.000
4-2-final 1.000

5-Estoques de produtos acabados


5-1-inicial 5.000
5-2-final 3.000
Pede-se: CB, CD, CT,CF,CPF, CPV

Classifique os seguintes custos quanto à apuração e quanto a formação usando da administração.


Os símbolos F= fixo; V= variável; D= direto; I= indireto, considerando-se que na empresa a apuração
de custo tem a finalidade de determinar o custo de cada tipo de bem para fins de fixação de preço de
venda, apurando custo a nível de produto.

Custos Classificação
a- Combustível de máquina de produção ( )
b- Depreciações ( )
c- Salários de vigilantes ( )
d Salários ( )
e- Matéria-prima direta ( )
f- propaganda ( )
g- Mão-de-obra direta apropriada ( )
h- Fretes de matéria-prima direta ( )
i- Honorários da diretoria ( )
j- Supervisão ( )
k- Embalagens ( )
l- Matéria-prima indireta ( )
m- Gastos de alimentação ( )
n- Transporte de pessoal ( )
o- Material de limpeza ( )
p- Água e esgoto ( )

3 – Custo de Material
3-1 Conceituação
O material é o componente originário da natureza, podendo apresentar-se com algum
beneficiamento, que se transformará, pela ação da mão-de-obra e a utilização de diversos insumos, em
outro bem diferente, após a elaboração do processo produtivo.
Na classificação quanto à formação, os materiais serão sempre classificados como custo variável.
Já nas classificações quanto à ocorrência , quanto a apuração e quanto à função , eles geralmente
serão classificados básico ou direto, ou de produção, respectivamente.
O material pode ser subdividido em: matéria-prima direta, matéria-prima indireta, materiais

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auxiliares, materiais de embalagens e outros.


É importante ressaltar a fase ou estágio de processamento em que se encontra o material, pois o
produto acabado e, portanto, produto final em uma fase de processamento ou em uma empresa pode
ser matéria-prima em uma fase seguinte ou em outra empresa.
A classificação de um material como custo indireto ou matéria-prima indireta é dependente de
uma série de circunstâncias, como o volume de produção, a independência das apurações, a
organização do setor de produção, etc.

3-2 Formulários
Existem vários formulários utilizados no controle do material desde a sua compra até sua
venda. A seguir apresentaremos alguns destes formulários.

3-2-1 – Pedido de compra – O mesmo será emitido pelo órgão usuário do material e enviado
ao Setor de Material, quando este não existe estoque. Alguns dados deverão conter no formulário
como: o nome do setor usuário, seu centro de custo e finalidade da aquisição, o local da aplicação,
quantidade desejada e o valor orçado.

3-2-2 – Pedido de cotação de preços – Será emitido pelo Setor de Material, após o
recebimento do Pedido de Compra, com as especificações e quantidades desejadas e com espaços para
o preço unitário, prazo de entrega e de pagamento. Este formulário é enviado aos fornecedores
( mínimo de três ) que deverão devolvê-lo numa determinada data, em envelope fechado.

3-2-3 – Mapa de cotação de preços – Preenchido pelo Setor de Material com o nome de cada
fornecedor e as condições oferecidas por cada um, com base nos dados Pedidos de Cotação de Preços
devolvidos. Sua finalidade é facilitar a decisão de compra pelo responsável pela aprovação da mesma.
Neste formulário são resumidas as condições de cada fornecedor, permitindo rápida visualização
daquele que fornece as condições mais vantajosas para a empresa compradora.

3-2-4 – Autorização de fornecimento – Preenchido pelo Setor de Material e enviado ao


fornecedor constante no Mapa de Cotação de Preços que ofereceu as condições mais vantajosas para a
compra. Deve ser especificada corretamente o material e a quantidade comprada, com as demais
condições preenchidas pelo fornecedor no Pedido de Cotação de Preços.

3-2-5 – Nota Fiscal – Recebida a autorização de fornecimento e com o material em condições


de entrega, o fornecedor envia o material para o comprador, acompanhado da Nota Fiscal.

3-2-6 – Solicitação de Verificação – É um formulário emitido pelo setor de material e enviado


ao órgão solicitante para que seja feita a inspeção de recebimento, para atestar a qualidade e
especificação do material adquirido. Se o material não atender `as especificações determinadas, o
mesmo será devolvido ao fornecedor, com a mesma Nota Fiscal ou com emissão de uma Nota Fiscal
de Devolução, se o material atende às especificações, será registrado no estoque.

3-2-7 – Ficha de Controle de Estoque – Na sua parte superior discrimina os dados do material
ao qual deverá ser controlado como: código, nível de estoque máximo e mínimo e os principais
fornecedores. Na sua parte inferior registra-se a movimentação do material como: entradas, saídas e o
saldo.
3-2-8 – Nota de movimentação de material – Ao necessitar de um material para a aplicação
em qualquer serviço, o requisitante emite uma Nota de Movimentação de Material, em
O destino dessas três vias são:
Primeira via – arquivada no Almoxarifado.

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Segunda via – destinada ao órgão de material-controle de estoques, onde será anotada a


quantidade fornecida ou recebida, preenchidas a colunas de valor para a apuração do custo e posterior
contabilização.
Terceira via - pertence ao requisitante do material.

3-3 Métodos Para Valoração de Material:


Em virtude de poder existir em estoque o mesmo material a valor de aquisição diferente, no
momento de requisição do material ao Almoxarifado para a aplicação na produção, foram criados
diversos métodos para valorar a material e poder apropriar o seu custo à produção. Existem vários
métodos, a saber:

1 - Preço Específico – consiste na utilização do valor de aquisição de cada unidade específica do


material a ser utilizado na produção. Cada unidade deverá ter identificações como: número de série,
data de fabricação, data de aquisição, valor unitário, fabricante, etc.

2 – PEPS ( O Primeiro a Entrar é o Primeiro a Sair ) também conhecido por FIFO (First In-
First Out ). Significa que o primeiro valor a entrar é o primeiro valor a sair.

3 – UEPS ( O Último a Entrar é o Primeiro a Sair ) ou LIFO ( Last In-Frst Out ). Significa que o
último a entrar é o primeiro valor a sair.

4 – Custo Médio Ponderado Móvel – como o próprio nome indica, um valor médio do saldo
existente no Almoxarifado, e que é determinado pela divisão do valor do saldo pela sua quantidade,
após cada entrada do material, já que as saídas não alteram o valor médio de estoque.

As devoluções de material requisitado em excesso e não aplicado na produção entram no


estoque pelo mesmo valo unitário que originou, na data em que se efetuar a devolução, qualquer que
seja método citado anteriormente.

3.4 Controle Permanente de Estoques


O controle permanente de estoques possibilita a qualquer momento saber o custo do material
aplicado na produção e o valor de cada um dos materiais em estoque na empresa industrial, assim
como saber o custo das mercadorias vendidas e o estoque de cada uma das mercadorias na empresa
comercial.
O valor unitário obtido, por um dos métodos utilizados, multiplicando pela quantidade de
material aplicado na produção, constitui um dos componentes dos produtos fabricados, ( Custo do
Material aplicado ). O Controle permanente de estoques pode ser feito através do formulário Ficha de
Controle de Estoques, e o custo das mercadorias vendidas aos clientes da empresa comercial podem
ser obtidos através de formulário Nota de Movimentação de Material.

3-5 Controle Periódico de Estoques


Se o controle é feito apenas ao final de cada período, o estoque final de mercadorias é obtido
pela contagem física de cada tipo de mercadoria, e é denominado Inventário de Mercadorias.
O mesmo é realizado obrigatoriamente por ocasião do encerramento do balanço. O valor do
estoque final é determinado multiplicando-se cada quantidade obtida no inventário pelo valor unitário
de cada tipo de produto.
Outra forma de obter o valor do estoque final é multiplicar a quantidade de cada tipo de
material pelo valor unitário das últimas entradas registradas no Livro Razão de Compras se o método
utilizado for o PEPS.
Se o método for o UEPS, a quantidade de cada material ou mercadoria é multiplicada pelo

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valor unitário das primeiras entradas registradas no Livro Razão de Compras.


Se o método utilizado for o médio, determina o mesmo e multiplica-se pela quantidade
levantada fisicamente, para obter o valor do estoque final.

O custo da mercadoria vendida será determinada pela fórmula CMV= EI+C-EF.


O grande problema do controle periódico é a dificuldade na determinação do valor do material
aplicado em cada tipo diferente de produto que esteja sendo utilizado. Assim, o mesmo, só pode ser
utilizado pelas empresas comerciais ou pelas industrias que só produzem um tipo de produto.

3-6 Implicações Legais ( métodos de Valoração das mercadorias)


No Brasil, a Lei das Sociedades por Ações determina que o estoque de mercadorias e produtos,
assim como o estoque de matérias-primas e de produtos em elaboração , deverá ser avaliado pelo
valor de aquisição ou de produção se este for menor que o do mercado.

Na análise destes métodos o FEPS não pode ser utilizado contabilmente.


O método UEPS, durante períodos inflacionários, é o que oferece menor possibilidade de
necessitar de ajuste para o valor de mercado. O mesmo ocasiona o menor valor de estoque final e o
maior valor do custo do material aplicado ou de custo das mercadorias vendidas. Exemplo- a
empresa comprou matéria-prima por 100,00 , 110,00 e l20,00 e o valor praticado pelo mercado é de
115,00. Para o sistema UEPS, os valores utilizados para o custo de material aplicado seria 110,00 e
120,00, e o valor final de estoque 100,00, portanto menor que o valor de mercado 115,00.
Se o critério fosse o PEPS, os valores utilizados para o custo do material aplicado seria 100,00
e 110,00, ficando com o estoque final no valor de 120,00, portanto maior que o valor de mercado
115,00, não atenderia a legislação.
Se o método utilizado fosse o Médio, o valor utilizado para o custo do material aplicado ou
para o custo das mercadorias vendidas seria 110,00, valor que seria igual ao estoque final , que é
menor do que o valor de mercado.
O método específico ora trabalhará como PEPS ora como UEPS dependendo da ordem física
com que os materiais forem retirados do estoque.
Verifica-se em um regime de inflação, os métodos mais indicados são o primeiro o UEPS, e
segundo o Médio para a valoração de mercadorias e matérias primas.

Comportamento dos métodos para produtos acabados


Para os produtos acabados o método UEPS não satisfaz a legislação, porque ficaria com o
valor de estoque final de 120,00, o qual estaria acima do custo médio de marcado 115,00, da mesma
forma o custo PEPS ficaria com o estoque final de produtos acabados por 120,00 que é maior do que o
valor de mercado 115,00.
Utilizando o preço Médio, o valor aplicado seria 110,00, valor com o qual o produto acabado
entraria no estoque e o mesmo com sairia para venda e que é menor que o preço de mercado,
atendendo plenamente a legislação sem necessidades de ajustes.
Conclusão- o método PEPS não satisfaz para o produto acabado, para a matéria-prima e para
mercadoria; o UEPS satisfaz para matéria-prima e para a mercadoria e não satisfaz para produto
acabado; o Médio satisfaz tanto para matéria-prima, para mercadoria bem com produto acabado.
Para as empresas que não possuem sistemas de custos organizados pode ser utilizados os
seguintes valores para a determinação do s estoques finais:
Os produtos acabados podem ser avaliados em 70% do maior preço de venda do período-base;
Os materiais em processamento podem ser a avaliados em uma vez e meia o maior custo das matérias-
primas adquiridas no período-base ou em 80% do valor dos produtos acabados.
Exercício

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Fazer os lançamentos em ficha de controle de estoques apurando o Estoque Final


Estoque inicial = 2000 unidades a 500 a unidade
Dia 03= compra de 800 unidades a 550/unidade
Diao5= compra de 2200 unidades a 600/unidade
Dia10= requisição de 2000 unidades para a aplicação no produto B
Dia 12= requisição de 1500 unidades para a aplicação no produto A
Dia 15= compra de 1000 unidades a 650/unidade
Dia 17= devolução ao depósito de matérias-primas do excesso de 1000 unidades das 2000
requisitadas no dia 10 para aplicação no produto B
DIA 18= compra de 3500 unidades a 700/unidade
Dia 25= requisição de 2000 unidades para aplicação ao produto B
Dia 28= requisição de 3000 unidades para a aplicação ao produto A
Dia 30= requisição de 500 unidades para aplicação no produto B

Custo de Pessoal
O custo de pessoal abrange todos os gastos despendidos com o pessoal e pode ser atribuído
direta ou indiretamente à elaboração de bens e serviços em determinado período. Esse custo está
subdividido em dois grandes grupos: mão-de-obra direta ( MOD) e mão-de-obra indireta (MOI)

Define-se Mão-de-obra direta como a representada pelo tempo dos operários envolvidos
diretamente na elaboração de determinado tipo de bem, dentre os vários tipos de bens elaborados pela
empresa, numa fábrica ou setor É a parcela da mão-de-obra cujo custo pode ser apropriado
diretamente a cada um dos diferentes tipos de bens em elaboração no momento da ocorrência do custo,
ou seja, durante sua execução..

A Mão-de-obra indireta é aquela representada pelos operários ou outras categorias


profissionais que não estão envolvidos diretamente na elaboração de um determinado bem ou serviço,
entre os vários tipos em elaboração. É a mão-de-obra comum a vários tipos de bem ou serviço em
execução, cuja parcela pertencente a cada tipo de produto ou função de custo é impossível de ser
determinada no momento de sua ocorrência.

Conclusão- Os custos de pessoal comuns às diferentes funções de custo ou aos tipos diferentes
de bens ou serviços podem ser chamados mão-de-obra indireta. O custo do pessoal específico a cada
tipo diferente de bem ou função de custo ou os que podem ter a parcela pertencente a cada bem
diferente, perfeitamente apropriável no momento de sua ocorrência, podem ser classificados como
mão-de-obra direta. A mão-de-obra direta é normalmente classificada como custo variável e a mão-
de-obra indireta como custo fixo quanto à formação.

Dos custos que estão relacionados a cada um dos dois grupos, os mais relevantes são os Encargos
Sociais e Trabalhistas. Eles constituem o conjunto de recursos despendidos pela empresa com seu
pessoal, além do salário, e recebem as mesmas classificações de acordo com o grupo ao qual estão
vinculados, ou seja, direto e variável relacionados à moa-obra direta, e indireto e fixo se relacionados
à mão-de-obra indireta.

Contribuições Sociais
As Contribuições Sociais incidem sobre a remuneração, têm seu valor definido com exatidão e seu
recolhimento deve ser efetuado mensalmente.
As Contribuições sociais estão assim dispostas:

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e- Contribuição para a Previdência Social.............................................................20 %


f- Seguro de acidente de trabalho:
- Risco leve..............................................................................................................1 %
-Risco médio...........................................................................................................2%
-Risco grave............................................................................................................3%
c- salário-educação.................................................................................................2,5%
d- Sesi/Senai ou Sesc/Senac .................................................................................2,5%
e- Incra.Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária...... ....................2,0%
f- Sebrae- Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas............... 0,6%
g- FGTS- Fundo de Garantia do Tempo de Serviço...............................................8,0%

Formulários
Para apuração e controle do custo de pessoal utilizam-se formulários, normalmente quando se trata
do controle sobre mão-de-obra relacionada à elaboração de bens e serviços.
Apresentamos alguns modelos:

a- Cartão- de- ponto- Controla a freqüência do pessoal, serve de suporte para a confecção das Folhas
de Pagamento e também pode servir como recibo de pagamento de salário.

b- Cartão de mão de obra- controla o período de trabalho de cada operário em cada “ordem de
serviço” , “ordem de produto” ou “centro de custo”. Ao iniciar uma tarefa , o empregado marca a hora:
ao se afastar, marca o término; ao voltar a mesma tarefa repete-se a sistemática. Pelas dificuldades
apresentadas , este sistema é restrito apenas às pequenas empresas em que a área de trabalho é
pequena, tais como oficinas e pequenas fabricas. O mesmo consome uma grande quantidade de cartões
e há necessidade do grande valor imobilizado ( relógios para marcações de cartões)

c- Relatório periódico de apropriação de mão de obra- Em áreas de trabalho muito extensas,


com equipe de operários bem definidas, como a construção civil, o relatório periódico de apropriação
da mão-de-obra substitui o Cartão de mão-de-obra por englobar várias funções com diversos operários
em cada função, proporcionando economia de cartões e relógios de ponto. O resumo desses relatórios
juntamente com os demais dados de custos constituem os mapas de apuração de custos que servirão
para o orçamento de obras futuras, planejamento de desembolso de recursos e custo global por setor,
por tarefa, por unidade, etc.

Lançamentos Contábeis
Raciocinando sobre a mão-de-obra tarefeira , isto é, aquela que só tem direito a receber pagamento
como contrapartida de alguma tarefa executada, é fácil compreender os lançamentos. Nessa hipótese,
debita-se a conta “ Produtos em Elaboração”, ou “ Produtos em Fabricação” e credita a conta “
Caixa”, ou “Bancos” se o pagamento for efetuado no período de apropriação de custos.
Caso o pagamento não se tenha efetivado no período, será creditada uma conta de obrigação que
deverá ter um título compatível, tal como “ Salários a Pagar”, Mão-de-obra a pagar”, etc.
É muito comum a mão-de-obra ser assalariada, nesse caso , ela fica a disposição da empresa por um
valor contratado no período, quer seja aplicada , quer fique ociosa. Por essa linha de conduta, a mão-
de-obra é adquirida e debita-se a conta “ Mão-de-obra” ou “ Mão-de-obra Disponível”

Custos Gerais
Os Gastos Gerais são definidos como os que não se classificam como de material ou de pessoal,
embora alguns destes, cujo valor seja pouco expressivo, possam se classificar , na prática, como
gerais. Os que estão ligados às áreas de elaboração de bens e serviços podem ser subdivididos em
custos gerais fabris – os ocorridos nas áreas de fabricação da empresa - e em custos gerais não

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fabris - aqueles que , embora não ocorridos nas áreas de fabricação propriamente ditas, ocorrem nos
departamentos de administração, de apoio e auxiliares da produção e são indispensáveis ao
funcionamento harmonioso da empresa.
Além dos custos gerais , fabris ou não fabris, os gastos gerais de fabricação englobam também um
grupo expressivo denominado contabilmente de despesa, e que está dissociado das atividades de
elaboração de bens e serviços. Como cita Mott, Graham, de que valeria toda a produção do mundo se
não houvesse as atividades de vendas e de administração das demais atividades indispensáveis a
uma organização e que consomem recursos
Verifica–se que a atividade completa de uma empresa é suportada pela totalidade dos gastos
incorridos sob a forma de custos ou de despesas, e que sua produção não é dependente apenas dos
custos de material e pessoal, mas também dos custos gerais fabris e dos não fabris. Entendem-se
como custos gerais fabris como os gastos despendidos em limpeza, depreciação, conservação,
manutenção e supervisão da área de fabricação. Os custos gerais não fabris os despendidos com
vigilância , transporte de pessoal, salário do pessoal auxiliar, de administração, de apoio, de
planejamento, bem como os referentes a depreciações de prédios, móveis e utensílios da área não
fabris, porém ligados às atividades de produção. As despesas são as não ligadas à elaboração de
bens e serviços e compreendem as vendas e administração geral.

Critérios de Rateio
Como todos os custos indiretos estão englobados nos custos Gerais, os mesmos são apurados no final
do período, pelo total de cada um deles, sem atribuição a cada produto ou função de produção
diferente.
Para atribuição do custo indireto a cada tipo de produto ou de função, é necessário proceder-se
ao Rateio.
O rateio é a divisão proporcional pelos valores de uma base conhecida. A melhor base de
rateio para determinado custo é aquela que se supõe que o custo ocorra na mesma proporção dela, ou
seja, o custo indireto deve guardar estrita correlação com os dados escolhidos como base de rateio.

Cálculo do Rateio- Dividindo-se o valor do custo indireto pelo total da base, obtêm-se o quociente de
rateio, o qual deverá ser usado com o máximo de casas decimais possíveis. Multiplicando-se o
quociente de rateio pelo valor da base referente a cada produto ou função, obtêm-se a parcela do custo
indireto atribuível ao respectivo produto ou função. A soma de todas as parcelas do custo indireto
atribuídas aos diferentes produtos tem que ser igual ao que total que foi rateado.

A seguir veremos alguns tipos de gastos gerais e suas bases de rateio mais indicadas.

Matéria-prima indireta- o dado que guarda estreita relação com a mesma, portanto serve como base
de rateio, é a matéria-prima direta.

Supervisão- caracteriza-se pela remuneração paga ou devida ao pessoal que chefia um grupo de
pessoas. A melhor base de rateio para este custo é o valor da mão-de-obra direta apropriada a cada tipo
de produto diferente ou a cada função diferente do custo.

Combustíveis- o dado que melhor serve como base de rateio é a potência das máquinas a combustão,
quanto mais potente for a máquina mais combustível deverá consumir.

Energia ( força)- O dado mais indicado para a base de rateio é a potência das máquinas elétricas.

Depreciações- O valor do imobilizado( imobilizações industriais) é o dado que melhor serve como
base para o rateio deste custo.

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Material de limpeza e salário do pessoal de limpeza - Em se tratando de limpeza industrial, o dado


mais adequado como base de rateio deste custo é a área ocupada.

Energia elétrica- A área ocupada também será o dado mais adequado como base de rateio, quanto
maior for a área ocupada na fabricação de um produto, mais energia elétrica será consumida no
respectivo local.

Publicidade e propaganda- Um dos dados comumente usados como base de rateio é o valor da
produção, que simplificadamente é o valor das vendas futuras.

Aluguéis- A base de rateio é a área ocupada. O produto que ocupa a maior área receberá a maior
parcela do custo.

Fretes de produtos- O dado que melhor serve como base de rateio é o peso da produção, que poderá
ser obtido multiplicando-se a quantidade produzida pelo preço unitário.

Despesas de restaurante- A base de rateio será o número de empregados diretos, quanto maior o
número de empregados ocupados diretamente na produção , maior será a parcela do custo da
alimentação.
Transporte de pessoal- A base de rateio mais indicada é também o número de empregados diretos.

Outros formas de rateio:


Cascata, o mesmo é utilizado quando há conveniência para a empresa a apuração de custo de
cada função, antes de se chegar ao custo final de cada produto.Os custos serão ordenados do mais
genérico para o mais específico, até alcançar os custos diretos que estarão localizados nas últimas
linhas.
Outra forma de rateio é a de Taxas predeterminadas de custos indiretos, em função dos custos
direto, devendo sua aplicação ser adotada após razoável período de utilização de uma das outra
utilizadas.

Exercício:
Na forma de rateio direto, o valor de aluguel de 5000,00 por um galpão onde se fabrica três produtos
diferentes: O produto “A “ ocupa uma área de 250 m2, o “B” uma de 150 m2 e o “C “ de 600 m2.
Ratear o valor do aluguel entre os três produtos fabricados.

Solução: “A” “B” “C”


250 m2 + 150 m2 + 600 m2= 1000 m2
5000,00 ( 1000 = 5,00m2
5,00/m2 x 250 m2= 1250,00 ( produto A)
5,00/m2 x 150 m2= 750,00 ( produto B)
5,00/m2 x 600m2= 3000,00 ( produto C)

Lançamentos Contábeis ( custos gerais)


Os Custos Gerais devem ser debitados em cada uma das contas específicas dos custos gerais e
creditadas na contas a pagar ou depreciações acumuladas.
Os custos gerais que são indiretos serão rateados no final do período e suas parcelas serão
atribuídas aos diversos produtos em elaboração ou às diversas funções de custos com os mesmos

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lançamentos do parágrafo anterior. Assim, todas as contas específicas de custos gerais terão seus
saldos anulados por contrapartidas de lançamentos a débito da conta “produtos em elaboração” a não
ser aquelas contas que possuam estoques não consumidos no período, tais como combustíveis e
lubrificantes.

Apuração de Custos
A Apuração de Custos consiste em sua acumulação em cada tipo de unidade ou função
diferente de acumulação de custo cujo valor se deseja conhecer. Antes do estabelecimento de
qualquer sistema de controle , deve-se definir de quais unidades se deseja apurar custos. Se a
apuração é de toda a empresa , o controle é bastante simples, e é suficiente a demonstração normal
de resultados, não se preocupando com a classificação dos custos quanto a apuração ( direto ou
indireto) Bastam as classificações quanto à natureza ( plano de contas ) – para classificar os custos
correta e consistentemente sob o aspecto contábil, para fazer algumas análises gerenciais simples.
Apurando-se os custos dos diversos órgãos da empresa, aumenta-se o nível dos controles. Nesse
caso, há necessidade de preocupar-se também com a classificação quanto à apuração , afim de alocar
as parcelas dos custos indiretos aos diversos órgãos.
Quando a determinação do custo unitário resulta da divisão do custo total acumulado pela
quantidade de produção obtida, uma vez que tal quantidade seja constituída por unidades do mesmo
tipo e que sejam padronizadas quanto à forma e tamanho. Quando não são obtidas unidades
padronizadas , ´e necessário o conhecimento da relação existente entre elas para se chegar a um
valor equivalente a um dos tipos, tomado como padrão. É necessário que todas as unidades do mesmo
tipo sejam padronizadas para que a determinação do custo unitário seja igual para cada uma das
unidades. No caso de produtos finais com tamanhos diferentes, mas com a mesma estrutura de custos,
isto é, os custos dos diferentes componentes mantêm a mesma proporção, para chegar-se à quantidade
equivalente de cada um deles, correlacionando o volume dos diversos produtos diferentes com o
volume de um deles tomado como base.
Por outro lado, quando aparecem produtos em estado físico diferente, como os combustíveis
derivados do petróleo, onde aparecem derivados líquidos, como a gasolina, e o gás combustível, neste
caso, deve-se adotar uma unidade de conversão de modo a obter uma unidade de medida uniforme,
como o poder calorífico de cada um deles.
Métodos de Custeio
O estudo de custos de produção pode ser feito sob dois enfoques: o econômico e o contábil O primeiro
diz respeito aos custos para tomada de decisões , e o segundo trata dos custos voltados para a
apuração do resultado. Sob o aspecto contábil os métodos mais utilizados são
- Por absorção
- Direto/variável
- Baseado em atividades ( ABC)
- Padrão
O Método de Custeio por Absorção , também chamado Custeio Pleno ou Integral, é o mais
utilizado quando se trata de apuração de resultado e consiste em associar aos produtos e serviços
os custos que ocorrem na área de elaboração , ou seja , os gastos referentes às atividades de execução
de bens e serviços, esse método satisfaz plenamente aos Princípios Fundamentais da contabilidade.
Não considera as despesas como integrantes dos estoques dos bens e serviços , mas todos os custos
aplicados na obtenção.
O Método Custeio direto ou variável o mesmo envolve todos os custos variáveis, quer sejam
diretos ou indiretos, necessários à obtenção de produto ou serviço, englobando, portanto, não só a
matéria-prima e mão-de-obra direta, mas também os custos indiretos proporcionais ao volume de
produto ou serviço obtido, além das despesas variáveis. O custeio direto é baseado na margem de
contribuição, conceituada como a diferença entre o total da receita e a soma de custos e despesas
variáveis, .e possui a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada

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produto para absorver custos fixos e proporcionar lucro.


O Método baseado em atividades (ABC)- esse método atribui aos objetos de custeio ( produtos,
serviços, clientes, etc) todos os custos e despesas, sendo os diretos por apropriação e os indiretos
rastreados por direcionadores de custos.Não pode ser utilizado para apuração de impostos nem
distribuição de dividendos , tendo em vista ser ele um método exclusivamente gerencial, que
considera a totalidade dos gastos ( custos e despesas) do período e os confronta com as despesas
potenciais, ou seja, as correspondentes ao total da produção de bens e serviços.
O Custo padrão é a determinação antecipada dos componentes do produto e do serviço, em
quantidade e valor, apoiada na utilização de dados de várias fontes, com validade para determinado
espaço de tempo. È de grande valia para o estabelecimento dos padrões o conhecimento e a
utilização dos custos históricos para posteriores comparações, objetivando a apuração das
diferenças. Estabelecem-se padrões para materiais, mão-de-obra e custos indiretos e, após a produção ,
apuram-se as diferenças respectivas, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis, tanto de quantidade
quanto de valor.
Análise Custo –Lucro- Volume

Conceituação
A análise baseada na relação entre custo, lucro e volume consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento , de acordo com a seleção da
alternativa a ser adotada entre as várias disponíveis.Esta analise consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento. Isto significa que vários níveis de
produção dentro da capacidade máxima instalada, devem ser estudados e comparados para ser
detectada a alternativa mais viável ou as alternativas mais convenientes. De acordo com esta análise,
podem ser respondidas perguntas tais como:

O empreendimento é viável ?
Qual é o produto mais rentável ?
Qual é o produto mais lucrativo?
Reduzindo a produção da empresa , quais são as consequências nos resultados ?

Ponto de Equilíbrio
É aquele que a empresa equilibra custos e receitas, este ponto também é chamado Ponto de Ruptura,
Ponto de Nivelamento, Ponto Crítico ou Ponto de quebra.
No ponto de equilíbrio, a empresa está produzindo o suficiente para gerar receita que se iguala ao
custo, a empresa não tem lucro nem prejuízo. Este ponto indica o mínimo de receita gerada pela
produção para que a empresa não sofra prejuízo.

No Ponto de Equilíbrio podem ser deduzidas das seguintes fórmulas:


RT = C T RT = p . q CT = CF + CV CV = cv . q

RT= Receita Total ou Vendas


CT= Custo Total
CF= Custo Fixo Total
CV= Custo Variável Total
Cv = custom variável unitário
p= preço de venda
q= quantidade

O ponto de equilíbrio em quantidade é encontrado pela seguinte fórmula:

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Av. Pedro de Toledo, 195, Vila Paraíba : (012) 3125 4963 / 3125 4516
CEP 12.515-690 - Guaratinguetá - SP : oge@oge.edu.br
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CF
Eq=
p - cv

O ponto de equilíbrio em percentagem pode se encontrado pela seguinte formula:

CF
E% = x 100
RT – CV

O ponto de equilíbrio em valor da receita total de vendas pode se encontrado pela seguinte
formula:

CF
E$=
1 – CV ÷ RT

CF
E$=
1-cv ÷ p

Legenda: RT= Receita Total de Vendas; CT= Custo Total; P= Preço de Vendas; CF= Custo Fixo
Total; CV= Custo Variável Total; cv= custo variável unitário; q= quantidade

Conclusão:
Não existe ponto de equilíbrio que se possa afirmar ser o ideal, o mesmo deve ser o mais baixo
possível, quanto menor o ponto de equilíbrio, mais segurança para a empresa não entrar na área de
prejuízo.

Análise das variações


A análise das variações considera prioritária a diferença entre receita total ( RT ) e o custo
variável total (CV ), porque é com a diferença que a empresa vai absorver os custos fixos ( CF ) e obter
lucro. A diferença entre ( RT– CV) é chamada Receita Marginal, ou Margem de contribuição, ou
Margem de Segurança que quanto maior for, maior lucro ou menor prejuízo proporcionará.
Em outras palavras, a receita marginal é o que sobra da receita total após abatidos os custos
variáveis totais e serve para absorver os custos fixos e proporcionar lucro.
Análise dos Produtos
A empresa, naturalmente, poderá produzir mais de um produto, diante disto é necessário a
análise individual de cada produto para verificar o seu desempenho. Estudando cada um dos produtos
individualmente, é possível definir os que são mais lucrativos, os menos lucrativos e até aqueles que
dão prejuízo, para que decisões possam ser tomadas com vistas na melhoria do desempenho destes
últimos ou a sua eliminação da produção.

.
Métodos de Custeio
O estudo de custos de produção pode ser feito sob dois enfoques: o econômico e o contábil O primeiro
diz respeito aos custos para tomada de decisões , e o segundo trata dos custos voltados para a
apuração do resultado. Sob o aspecto contábil os métodos mais utilizados são

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- Por absorção
- Direto/variável
- Baseado em atividades ( ABC)
- Padrão
O Método de Custeio por Absorção , também chamado Custeio Pleno ou Integral, é o mais
utilizado quando se trata de apuração de resultado e consiste em associar aos produtos e serviços
os custos que ocorrem na área de elaboração , ou seja , os gastos referentes às atividades de execução
de bens e serviços, esse método satisfaz plenamente aos Princípios Fundamentais da contabilidade.
Não considera as despesas como integrantes dos estoques dos bens e serviços , mas todos os custos
aplicados na obtenção.
O Método Custeio direto ou variável o mesmo envolve todos os custos variáveis, quer sejam
diretos ou indiretos, necessários à obtenção de produto ou serviço, englobando, portanto, não só a
matéria-prima e mão-de-obra direta, mas também os custos indiretos proporcionais ao volume de
produto ou serviço obtido, além das despesas variáveis. O custeio direto é baseado na margem de
contribuição, conceituada como a diferença entre o total da receita e a soma de custos e despesas
variáveis, .e possui a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada
produto para absorver custos fixos e proporcionar lucro.
O Método baseado em atividades (ABC)- esse método atribui aos objetos de custeio ( produtos,
serviços, clientes, etc) todos os custos e despesas, sendo os diretos por apropriação e os indiretos
rastreados por direcionadores de custos.Não pode ser utilizado para apuração de impostos nem
distribuição de dividendos , tendo em vista ser ele um método exclusivamente gerencial, que
considera a totalidade dos gastos ( custos e despesas) do período e os confronta com as despesas
potenciais, ou seja, as correspondentes ao total da produção de bens e serviços.
O Custo padrão é a determinação antecipada dos componentes do produto e do serviço, em
quantidade e valor, apoiada na utilização de dados de várias fontes, com validade para determinado
espaço de tempo. È de grande valia para o estabelecimento dos padrões o conhecimento e a
utilização dos custos históricos para posteriores comparações, objetivando a apuração das
diferenças. Estabelecem-se padrões para materiais, mão-de-obra e custos indiretos e, após a produção ,
apuram-se as diferenças respectivas, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis, tanto de quantidade
quanto de valor.

Análise Custo –Lucro- Volume

Conceituação
A análise baseada na relação entre custo, lucro e volume consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento , de acordo com a seleção da
alternativa a ser adotada entre as várias disponíveis.Esta analise consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento. Isto significa que vários níveis de
produção dentro da capacidade máxima instalada, devem ser estudados e comparados para ser
detectada a alternativa mais viável ou as alternativas mais convenientes. De acordo com esta análise,
podem ser respondidas perguntas tais como:

O empreendimento é viável ?
Qual é o produto mais rentável ?
Qual é o produto mais lucrativo?
Reduzindo a produção da empresa , quais são as consequências nos resultados ?

Ponto de Equilíbrio
É aquele que a empresa equilibra custos com receitas, este ponto também é chamado Ponto de
Ruptura, Ponto de Nivelamento, Ponto Crítico ou Ponto de quebra.

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No ponto de equilíbrio ( E ), a empresa está produzindo o suficiente para gerar receita que se iguala ao
custo, a empresa não tem lucro nem prejuízo. Este ponto indica o mínimo de receita gerada pela
produção para que a empresa não sofra prejuízo.

No Ponto de Equilíbrio podem ser deduzidas das seguintes fórmulas:


RT = C T RT = p . q CT = CF + CV CV = cv . q

RT= Receita Total ou Vendas


CT= Custo Total
CF= Custo Fixo Total
CV= Custo Variável Total
Cv = custom variável unitário
p= preço de venda
q= quantidade

O ponto de equilíbrio em quantidade é encontrado pela seguinte fórmula:


CF
Eq=
p - cv

O ponto de equilíbrio em percentagem pode se encontrado pela seguinte formula:

CF
E% = x 100
RT – CV

O ponto de equilíbrio em valor da receita total de vendas pode se encontrado pela seguinte
formula:

CF
E$=
1 – CV ÷ RT

CF
E$=
1-cv ÷ p

Legenda: RT= Receita Total de Vendas; CT= Custo Total; p = Preço de Vendas; CF= Custo Fixo
Total; CV= Custo Variável Total; cv= custo variável unitário; q= quantidade

Conclusão:
Não existe ponto de equilíbrio que se possa afirmar com ideal. Ele deve ser o mais baixo
possível, pois quanto menor o ponto de equilíbrio, mais segurança para a empresa não entrar na área
de prejuízo.
O ponto de equilíbrio é um dos parâmetros mais usados para avaliação da viabilidade de um
empreendimento. Para sua determinação , dever feita uma classificação rigorosa dos custos quanto à

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formação, tendo-se a preocupação de separar as parcelas fixa e variável existentes nos custos mistos.
O ponto de equilíbrio deve estar relacionado , também , com o setor da economia em que a empresa
irá atuar. Assim, devem ser considerados: o mercado supridor de matérias-primas, o consumidor dos
produtos, o supridor de mão-de-obra e outros insumos básicos.
Como vimos, o Ponto de Equilíbrio é o nível de operações em que a empresa iguala custos e
despesas com receitas. Entretanto, existem estudos que desconsideram certos custos e despesas e
acrescentam outros, tais como depreciações, gastos financeiros, remuneração de capital próprio e de
terceiros. Diante de tais fatos alguns conceitos já estão consagrados pelo uso, apresentam-se
registrados e subdividem o Ponto de equilíbrio nas denominações Contábil, Econômico e Financeiro.
O Ponto de Equilíbrio Contábil é aquele que considera os aspectos contábeis, ou seja, custos e
despesas fixos divididos por margem de contribuição.
A partir do Ponto de Equilíbrio Contábil define-se o Econômico, adicionando aos custos e despesas
fixos os juros sobre o capital próprio

Análise das variações


A análise das variações considera prioritária a diferença entre receita total ( RT ) e o custo
variável total (CV ), porque é com a diferença que a empresa vai absorver os custos fixos ( CF ) e obter
lucro. A diferença entre ( RT– CV) é chamada Receita Marginal, ou Margem de contribuição, ou
Margem de Segurança que quanto maior for, maior lucro ou menor prejuízo proporcionará.
Em outras palavras, a receita marginal é o que sobra da receita total após abatidos os custos
variáveis totais e serve para absorver os custos fixos e proporcionar lucro.
Análise dos Produtos
A empresa, naturalmente, poderá produzir mais de um produto, diante disto é necessário a
análise individual de cada produto para verificar o seu desempenho. Estudando cada um dos produtos
individualmente, é possível definir os que são mais lucrativos, os menos lucrativos e até aqueles que
dão prejuízo, para que decisões possam ser tomadas com vistas na melhoria do desempenho destes
últimos ou a sua eliminação da produção.

Exercícios Propostos
1- O ponto de equilíbrio ou Ponto de Ruptura indica o nível de produção:
a- A partir do qual a empresa começa a ter lucro c- Abaixo do qual a empresa tem lucro
b- No qual a empresa tem lucro d- Acima do qual a empresa tem lucro

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Custo de Pessoal
O custo de pessoal abrange todos os gastos despendidos com o pessoal e pode ser atribuído
direta ou indiretamente à elaboração de bens e serviços em determinado período. Esse custo está
subdividido em dois grandes grupos: mão-de-obra direta ( MOD) e mão-de-obra indireta (MOI)

Define-se Mão-de-obra direta como a representada pelo tempo dos operários envolvidos
diretamente na elaboração de determinado tipo de bem, dentre os vários tipos de bens elaborados pela
empresa, numa fábrica ou setor É a parcela da mão-de-obra cujo custo pode ser apropriado
diretamente a cada um dos diferentes tipos de bens em elaboração no momento da ocorrência do custo,
ou seja, durante sua execução..

A Mão-de-obra indireta é aquela representada pelos operários ou outras categorias


profissionais que não estão envolvidos diretamente na elaboração de um determinado bem ou serviço,
entre os vários tipos em elaboração. É a mão-de-obra comum a vários tipos de bem ou serviço em
execução, cuja parcela pertencente a cada tipo de produto ou função de custo é impossível de ser
determinada no momento de sua ocorrência.

Conclusão- Os custos de pessoal comuns às diferentes funções de custo ou aos tipos diferentes
de bens ou serviços podem ser chamados mão-de-obra indireta. O custo do pessoal específico a cada
tipo diferente de bem ou função de custo ou os que podem ter a parcela pertencente a cada bem
diferente, perfeitamente apropriável no momento de sua ocorrência, podem ser classificados como
mão-de-obra direta. A mão-de-obra direta é normalmente classificada como custo variável e a mão-
de-obra indireta como custo fixo quanto à formação.

Dos custos que estão relacionados a cada um dos dois grupos, os mais relevantes são os Encargos
Sociais e Trabalhistas. Eles constituem o conjunto de recursos despendidos pela empresa com seu
pessoal, além do salário, e recebem as mesmas classificações de acordo com o grupo ao qual estão
vinculados, ou seja, direto e variável relacionados à moa-obra direta, e indireto e fixo se relacionados

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à mão-de-obra indireta.

Contribuições Sociais
As Contribuições Sociais incidem sobre a remuneração, têm seu valor definido com exatidão e seu
recolhimento deve ser efetuado mensalmente.
As Contribuições sociais estão assim dispostas:
g- Contribuição para a Previdência Social.............................................................20 %
h- Seguro de acidente de trabalho:
- Risco leve..............................................................................................................1 %
-Risco médio...........................................................................................................2%
-Risco grave............................................................................................................3%
c- salário-educação.................................................................................................2,5%
d- Sesi/Senai ou Sesc/Senac .................................................................................2,5%
e- Incra.Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária...... ....................2,0%
f- Sebrae- Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas............... 0,6%
g- FGTS- Fundo de Garantia do Tempo de Serviço...............................................8,0%

Formulários
Para apuração e controle do custo de pessoal utilizam-se formulários, normalmente quando se trata
do controle sobre mão-de-obra relacionada à elaboração de bens e serviços.
Apresentamos alguns modelos:

a- Cartão- de- ponto- Controla a freqüência do pessoal, serve de suporte para a confecção das Folhas
de Pagamento e também pode servir como recibo de pagamento de salário.

b- Cartão de mão de obra- controla o período de trabalho de cada operário em cada “ordem de
serviço” , “ordem de produto” ou “centro de custo”. Ao iniciar uma tarefa , o empregado marca a hora:
ao se afastar, marca o término; ao voltar a mesma tarefa repete-se a sistemática. Pelas dificuldades
apresentadas , este sistema é restrito apenas às pequenas empresas em que a área de trabalho é
pequena, tais como oficinas e pequenas fabricas. O mesmo consome uma grande quantidade de cartões
e há necessidade do grande valor imobilizado ( relógios para marcações de cartões)

c- Relatório periódico de apropriação de mão de obra- Em áreas de trabalho muito extensas,


com equipe de operários bem definidas, como a construção civil, o relatório periódico de apropriação
da mão-de-obra substitui o Cartão de mão-de-obra por englobar várias funções com diversos operários
em cada função, proporcionando economia de cartões e relógios de ponto. O resumo desses relatórios
juntamente com os demais dados de custos constituem os mapas de apuração de custos que servirão
para o orçamento de obras futuras, planejamento de desembolso de recursos e custo global por setor,
por tarefa, por unidade, etc.

Lançamentos Contábeis
Raciocinando sobre a mão-de-obra tarefeira , isto é, aquela que só tem direito a receber pagamento
como contrapartida de alguma tarefa executada, é fácil compreender os lançamentos. Nessa hipótese,
debita-se a conta “ Produtos em Elaboração”, ou “ Produtos em Fabricação” e credita a conta “
Caixa”, ou “Bancos” se o pagamento for efetuado no período de apropriação de custos.
Caso o pagamento não se tenha efetivado no período, será creditada uma conta de obrigação que
deverá ter um título compatível, tal como “ Salários a Pagar”, Mão-de-obra a pagar”, etc.
É muito comum a mão-de-obra ser assalariada, nesse caso , ela fica a disposição da empresa por um
valor contratado no período, quer seja aplicada , quer fique ociosa. Por essa linha de conduta, a mão-
de-obra é adquirida e debita-se a conta “ Mão-de-obra” ou “ Mão-de-obra Disponível”

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Custos Gerais
Os Gastos Gerais são definidos como os que não se classificam como de material ou de pessoal,
embora alguns destes, cujo valor seja pouco expressivo, possam se classificar , na prática, como
gerais. Os que estão ligados às áreas de elaboração de bens e serviços podem ser subdivididos em
custos gerais fabris – os ocorridos nas áreas de fabricação da empresa - e em custos gerais não
fabris - aqueles que , embora não ocorridos nas áreas de fabricação propriamente ditas, ocorrem nos
departamentos de administração, de apoio e auxiliares da produção e são indispensáveis ao
funcionamento harmonioso da empresa.
Além dos custos gerais , fabris ou não fabris, os gastos gerais de fabricação englobam também um
grupo expressivo denominado contabilmente de despesa, e que está dissociado das atividades de
elaboração de bens e serviços. Como cita Mott, Graham, de que valeria toda a produção do mundo se
não houvesse as atividades de vendas e de administração das demais atividades indispensáveis a
uma organização e que consomem recursos
Verifica–se que a atividade completa de uma empresa é suportada pela totalidade dos gastos
incorridos sob a forma de custos ou de despesas, e que sua produção não é dependente apenas dos
custos de material e pessoal, mas também dos custos gerais fabris e dos não fabris. Entendem-se
como custos gerais fabris como os gastos despendidos em limpeza, depreciação, conservação,
manutenção e supervisão da área de fabricação. Os custos gerais não fabris os despendidos com
vigilância , transporte de pessoal, salário do pessoal auxiliar, de administração, de apoio, de
planejamento, bem como os referentes a depreciações de prédios, móveis e utensílios da área não
fabris, porém ligados às atividades de produção. As despesas são as não ligadas à elaboração de
bens e serviços e compreendem as vendas e administração geral.

Critérios de Rateio
Como todos os custos indiretos estão englobados nos custos Gerais, os mesmos são apurados no final
do período, pelo total de cada um deles, sem atribuição a cada produto ou função de produção
diferente.
Para atribuição do custo indireto a cada tipo de produto ou de função, é necessário proceder-se
ao Rateio.
O rateio é a divisão proporcional pelos valores de uma base conhecida. A melhor base de
rateio para determinado custo é aquela que se supõe que o custo ocorra na mesma proporção dela, ou
seja, o custo indireto deve guardar estrita correlação com os dados escolhidos como base de rateio.

Cálculo do Rateio- Dividindo-se o valor do custo indireto pelo total da base, obtêm-se o quociente de
rateio, o qual deverá ser usado com o máximo de casas decimais possíveis. Multiplicando-se o
quociente de rateio pelo valor da base referente a cada produto ou função, obtêm-se a parcela do custo
indireto atribuível ao respectivo produto ou função. A soma de todas as parcelas do custo indireto
atribuídas aos diferentes produtos tem que ser igual ao que total que foi rateado.

A seguir veremos alguns tipos de gastos gerais e suas bases de rateio mais indicadas.

Matéria-prima indireta- o dado que guarda estreita relação com a mesma, portanto serve como base
de rateio, é a matéria-prima direta.

Supervisão- caracteriza-se pela remuneração paga ou devida ao pessoal que chefia um grupo de
pessoas. A melhor base de rateio para este custo é o valor da mão-de-obra direta apropriada a cada tipo
de produto diferente ou a cada função diferente do custo.

Combustíveis- o dado que melhor serve como base de rateio é a potência das máquinas a combustão,

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quanto mais potente for a máquina mais combustível deverá consumir.

Energia ( força)- O dado mais indicado para a base de rateio é a potência das máquinas elétricas.

Depreciações- O valor do imobilizado( imobilizações industriais) é o dado que melhor serve como
base para o rateio deste custo.

Material de limpeza e salário do pessoal de limpeza - Em se tratando de limpeza industrial, o dado


mais adequado como base de rateio deste custo é a área ocupada.

Energia elétrica- A área ocupada também será o dado mais adequado como base de rateio, quanto
maior for a área ocupada na fabricação de um produto, mais energia elétrica será consumida no
respectivo local.

Publicidade e propaganda- Um dos dados comumente usados como base de rateio é o valor da
produção, que simplificadamente é o valor das vendas futuras.

Aluguéis- A base de rateio é a área ocupada. O produto que ocupa a maior área receberá a maior
parcela do custo.

Fretes de produtos- O dado que melhor serve como base de rateio é o peso da produção, que poderá
ser obtido multiplicando-se a quantidade produzida pelo preço unitário.

Despesas de restaurante- A base de rateio será o número de empregados diretos, quanto maior o
número de empregados ocupados diretamente na produção , maior será a parcela do custo da
alimentação.
Transporte de pessoal- A base de rateio mais indicada é também o número de empregados diretos.

Outros formas de rateio:


Cascata, o mesmo é utilizado quando há conveniência para a empresa a apuração de custo de
cada função, antes de se chegar ao custo final de cada produto.Os custos serão ordenados do mais
genérico para o mais específico, até alcançar os custos diretos que estarão localizados nas últimas
linhas.
Outra forma de rateio é a de Taxas predeterminadas de custos indiretos, em função dos custos
direto, devendo sua aplicação ser adotada após razoável período de utilização de uma das outra
utilizadas.

Exercício:
Na forma de rateio direto, o valor de aluguel de 5000,00 por um galpão onde se fabrica três produtos
diferentes: O produto “A “ ocupa uma área de 250 m2, o “B” uma de 150 m2 e o “C “ de 600 m2.
Ratear o valor do aluguel entre os três produtos fabricados.

Solução: “A” “B” “C”


250 m2 + 150 m2 + 600 m2= 1000 m2
5000,00 ( 1000 = 5,00m2
5,00/m2 x 250 m2= 1250,00 ( produto A)
5,00/m2 x 150 m2= 750,00 ( produto B)
5,00/m2 x 600m2= 3000,00 ( produto C)

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Lançamentos Contábeis ( custos gerais)


Os Custos Gerais devem ser debitados em cada uma das contas específicas dos custos gerais e
creditadas na contas a pagar ou depreciações acumuladas.
Os custos gerais que são indiretos serão rateados no final do período e suas parcelas serão
atribuídas aos diversos produtos em elaboração ou às diversas funções de custos com os mesmos
lançamentos do parágrafo anterior. Assim, todas as contas específicas de custos gerais terão seus
saldos anulados por contrapartidas de lançamentos a débito da conta “produtos em elaboração” a não
ser aquelas contas que possuam estoques não consumidos no período, tais como combustíveis e
lubrificantes.

Apuração de Custos
A Apuração de Custos consiste em sua acumulação em cada tipo de unidade ou função
diferente de acumulação de custo cujo valor se deseja conhecer. Antes do estabelecimento de
qualquer sistema de controle , deve-se definir de quais unidades se deseja apurar custos. Se a
apuração é de toda a empresa , o controle é bastante simples, e é suficiente a demonstração normal
de resultados, não se preocupando com a classificação dos custos quanto a apuração ( direto ou
indireto) Bastam as classificações quanto à natureza ( plano de contas ) – para classificar os custos
correta e consistentemente sob o aspecto contábil, para fazer algumas análises gerenciais simples.
Apurando-se os custos dos diversos órgãos da empresa, aumenta-se o nível dos controles. Nesse
caso, há necessidade de preocupar-se também com a classificação quanto à apuração , afim de alocar
as parcelas dos custos indiretos aos diversos órgãos.
Quando a determinação do custo unitário resulta da divisão do custo total acumulado pela
quantidade de produção obtida, uma vez que tal quantidade seja constituída por unidades do mesmo
tipo e que sejam padronizadas quanto à forma e tamanho. Quando não são obtidas unidades
padronizadas , ´e necessário o conhecimento da relação existente entre elas para se chegar a um
valor equivalente a um dos tipos, tomado como padrão. É necessário que todas as unidades do mesmo
tipo sejam padronizadas para que a determinação do custo unitário seja igual para cada uma das
unidades. No caso de produtos finais com tamanhos diferentes, mas com a mesma estrutura de custos,
isto é, os custos dos diferentes componentes mantêm a mesma proporção, para chegar-se à quantidade
equivalente de cada um deles, correlacionando o volume dos diversos produtos diferentes com o
volume de um deles tomado como base.
Por outro lado, quando aparecem produtos em estado físico diferente, como os combustíveis
derivados do petróleo, onde aparecem derivados líquidos, como a gasolina, e o gás combustível, neste
caso, deve-se adotar uma unidade de conversão de modo a obter uma unidade de medida uniforme,
como o poder calorífico de cada um deles.

Métodos de Custeio
O estudo de custos de produção pode ser feito sob dois enfoques: o econômico e o contábil O primeiro
diz respeito aos custos para tomada de decisões , e o segundo trata dos custos voltados para a
apuração do resultado. Sob o aspecto contábil os métodos mais utilizados são
- Por absorção
- Direto/variável
- Baseado em atividades ( ABC)
- Padrão
O Método de Custeio por Absorção , também chamado Custeio Pleno ou Integral, é o mais
utilizado quando se trata de apuração de resultado e consiste em associar aos produtos e serviços
os custos que ocorrem na área de elaboração , ou seja , os gastos referentes às atividades de execução
de bens e serviços, esse método satisfaz plenamente aos Princípios Fundamentais da contabilidade.
Não considera as despesas como integrantes dos estoques dos bens e serviços , mas todos os custos

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Av. Pedro de Toledo, 195, Vila Paraíba : (012) 3125 4963 / 3125 4516
CEP 12.515-690 - Guaratinguetá - SP : oge@oge.edu.br
Faculdade de Administração, Ciências Econômicas e Contábeis de Guaratinguetá

aplicados na obtenção.
O Método Custeio direto ou variável o mesmo envolve todos os custos variáveis, quer sejam
diretos ou indiretos, necessários à obtenção de produto ou serviço, englobando, portanto, não só a
matéria-prima e mão-de-obra direta, mas também os custos indiretos proporcionais ao volume de
produto ou serviço obtido, além das despesas variáveis. O custeio direto é baseado na margem de
contribuição, conceituada como a diferença entre o total da receita e a soma de custos e despesas
variáveis, .e possui a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada
produto para absorver custos fixos e proporcionar lucro.
O Método baseado em atividades (ABC)- esse método atribui aos objetos de custeio ( produtos,
serviços, clientes, etc) todos os custos e despesas, sendo os diretos por apropriação e os indiretos
rastreados por direcionadores de custos.Não pode ser utilizado para apuração de impostos nem
distribuição de dividendos , tendo em vista ser ele um método exclusivamente gerencial, que
considera a totalidade dos gastos ( custos e despesas) do período e os confronta com as despesas
potenciais, ou seja, as correspondentes ao total da produção de bens e serviços.
O Custo padrão é a determinação antecipada dos componentes do produto e do serviço, em
quantidade e valor, apoiada na utilização de dados de várias fontes, com validade para determinado
espaço de tempo. È de grande valia para o estabelecimento dos padrões o conhecimento e a
utilização dos custos históricos para posteriores comparações, objetivando a apuração das
diferenças. Estabelecem-se padrões para materiais, mão-de-obra e custos indiretos e, após a produção ,
apuram-se as diferenças respectivas, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis, tanto de quantidade
quanto de valor.

Análise Custo –Lucro- Volume

Conceituação
A análise baseada na relação entre custo, lucro e volume consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento , de acordo com a seleção da
alternativa a ser adotada entre as várias disponíveis.Esta analise consiste na comparação dos diversos
resultados que podem ser apresentados por um empreendimento. Isto significa que vários níveis de
produção dentro da capacidade máxima instalada, devem ser estudados e comparados para ser
detectada a alternativa mais viável ou as alternativas mais convenientes. De acordo com esta análise,
podem ser respondidas perguntas tais como:

O empreendimento é viável ?
Qual é o produto mais rentável ?
Qual é o produto mais lucrativo?
Reduzindo a produção da empresa , quais são as consequências nos resultados ?

Ponto de Equilíbrio
É aquele que a empresa equilibra custos e receitas, este ponto também é chamado Ponto de Ruptura,
Ponto de Nivelamento, Ponto Crítico ou Ponto de quebra.
No ponto de equilíbrio, a empresa está produzindo o suficiente para gerar receita que se iguala ao
custo, a empresa não tem lucro nem prejuízo. Este ponto indica o mínimo de receita gerada pela
produção para que a empresa não sofra prejuízo.

No Ponto de Equilíbrio podem ser deduzidas das seguintes fórmulas:


RT = C T RT = p . q CT = CF + CV CV = cv . q

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RT= Receita Total ou Vendas


CT= Custo Total
CF= Custo Fixo Total
CV= Custo Variável Total
Cv = custom variável unitário
p= preço de venda
q= quantidade

O ponto de equilíbrio em quantidade é encontrado pela seguinte fórmula:


CF
Eq=
p - cv

O ponto de equilíbrio em percentagem pode se encontrado pela seguinte formula:

CF
E% = x 100
RT – CV

O ponto de equilíbrio em valor da receita total de vendas pode se encontrado pela seguinte
formula:

CF
E$=
1 – CV ÷ RT

CF
E$=
1-cv ÷ p

Legenda: RT= Receita Total de Vendas; CT= Custo Total; P= Preço de Vendas; CF= Custo Fixo
Total; CV= Custo Variável Total; cv= custo variável unitário; q= quantidade

Conclusão:
Não existe ponto de equilíbrio que se possa afirmar ser o ideal, o mesmo deve ser o mais baixo
possível, quanto menor o ponto de equilíbrio, mais segurança para a empresa não entrar na área de
prejuízo.

Análise das variações


A análise das variações considera prioritária a diferença entre receita total ( RT ) e o custo
variável total (CV ), porque é com a diferença que a empresa vai absorver os custos fixos ( CF ) e obter
lucro. A diferença entre ( RT– CV) é chamada Receita Marginal, ou Margem de contribuição, ou
Margem de Segurança que quanto maior for, maior lucro ou menor prejuízo proporcionará.
Em outras palavras, a receita marginal é o que sobra da receita total após abatidos os custos
variáveis totais e serve para absorver os custos fixos e proporcionar lucro.
Análise dos Produtos
A empresa, naturalmente, poderá produzir mais de um produto, diante disto é necessário a

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análise individual de cada produto para verificar o seu desempenho. Estudando cada um dos produtos
individualmente, é possível definir os que são mais lucrativos, os menos lucrativos e até aqueles que
dão prejuízo, para que decisões possam ser tomadas com vistas na melhoria do desempenho destes
últimos ou a sua eliminação da produção.

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