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ÍNDICE
ANTROPOLOGIA
ANJOS
ANT. TESTAMENTO
CANAÃ
DOUTRINA
ECUMENISMO
EDUCAÇÃO CRISTÃ
ESCATOLOGIA A missão da igreja na confrontação com a opressão espiritual
ESPÍRITO SANTO Pr. Fernando Fernandes
ÉTICA
FESTAS
GÊNESIS
Introdução
GRAÇA A Palavra de Deus nos informa, de modo claro, sobre a existência de seres espirituais
IDOLATRIA classificados em ambos os Testamentos como demônios, espíritos maus, espíritos
IGREJA
INFERNO
familiares e espíritos imundos, atestando não apenas a existência como também a
INQUISIÇÃO atuação devastadora destes em relação a criação, sempre em contrariedade a
JESUS santidade de Deus.
LOUVOR
MALDIÇÃO
MARIA O próprio Senhor Jesus ensinou sobre os demônios e dedicou grande parte do seu
MISSÕES ministério para libertar os possessos, os perturbados de espírito e os lunáticos. Os
MOVIM. ECLESIAST.
NOVO TESTAMENTO
evangelhos estão repletos de narrativas sobre o confronto direto de Jesus com estes
PACTO seres espirituais.
PAGANISMO
PREGAÇÃO
SATANISMO
Vivemos em um país assolado pela atuação satânica e pela fomentação da feitiçaria,
SEITAS da magia e da idolatria, que é uma maneira sutil de se cultuar a satanás. Tais práticas
SOCIEDADE estão arraigadas em nosso imaginário devido ao fato de que os índios que aqui viviam
TEÓLOGOS
VIDA CRISTÃ
eram animistas (cultuavam a natureza) e a introdução da idolatria por parte dos
colonizadores, o que gerou em nós um sincretismo favorável à disseminação do
ocultismo, da feitiçaria, do espiritismo, do espiritualismo e de tantas outras armadilhas
diabólicas introduzidas pelos cultos afros aqui aportados com os escravos e que hoje
constituem a essência do sentimento religioso brasileiro.
Faz-se necessário e relevante um estudo desta natureza justamente pelo fato de que
não podemos estar desinformados e despreparados para as confrontações espirituais
que nos sobrevêm. Os demônios nos atacam e em particular, atacam com maior
opressão aqueles cristãos que buscam crescimento espiritual e que se dedicam à
oração.
Nossa cidade vive sob o estigma da idolatria católica, do espiritismo kardecista (mesa
branca) e da Maçonaria, que arregimentam considerável parcela da população,
sofrendo ainda, em menor escala, a opressão decorrente do baixo espiritismo
(Candomblé, Umbanda, e Quimbanda) e da Cartomancia, da Quiromancia, da
Astrologia e do esoterismo difundido pelas Seitas Orientais e pela Nova Era. Vivemos
em campo minado.
Esta é a razão pela qual estudaremos, durante este mês, sobre a Missão da igreja e a
confrontação com a opressão espiritual.
I - O diabo existe:
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personalidade, podendo falar e planejar, sendo tratado sempre com pronomes
pessoas e sendo apresentado como um ser moralmente responsável, Jó 1.6-12;
Mateus 4.1-12 e Apocalipse 20.10.
Na verdade, a Bíblia se refere a Satanás como um ser espiritual criado por Deus. Até
Gênesis 3, o Texto Sagrado assevera que toda a criação era muito boa, Gênesis
1.31, o que inclui os anjos maus que um dia foram como os bons, mas pecaram e
perderam o privilégio de servir a Deus. Isto significa dizer que mesmo no mundo
espiritual criado por Deus não existiam os demônios, que são anjos que pecaram e
que se tornaram maus e que hoje continuamente praticam o mal no mundo.
Satanás é descrito no Texto Sagrado como o ser angelical que, movido por soberba e
desejo de usurpação, se rebelou contra Deus, mas que antes do pecado esteve
presente no Éden, o Jardim de Deus, sendo considerado como o "selo da perfeição" e
"perfeito em formosura", que "vivia no monte de Deus" e que era "querubim da guarda
ungido" pelo próprio Deus.
Outros textos ricos em informações sobre o diabo e sua queda são Isaías 14.3-23,
em uma profecia contra a Babilônia, mas que é, na verdade, uma alusão clara a
Satanás, e 2 Pedro 2.4, juntamente com Judas verso 6 e Apocalipse 12.7-11, que
confirmam a queda e o abismo espiritual dos demônios, Mateus 25.41.
Satanás, que significa adversário, é o nome mais usado para se referir ao diabo na
Bíblia, aparecendo 52 vezes. Depois vem o termo diabo, derivado do Diábolos, que
significa acusador ou caluniador, que é usado 35 vezes. Também vemos aparecer
nomes como maligno, inimigo, grande dragão, Belzebu, serpente, Belial, homicida,
pecador e tentador, ou expressões como "o príncipe dos demônios", "aquele que está
no mundo", "o deus deste século", "o enganador de todo o mundo", "o príncipe das
potestades do ar", "o poder das trevas" e "o espírito que opera nos filhos da
desobediência", Mateus 4.3, 12.24 e 27, 13.19 e 38-39; Marcos 3.22; Lucas 11.15 e
19; João 8.44; 2 Coríntios 6.15; 1 Tessalonicenses 3.5; 1 João 2.13, 3.8 e 12 e
5.18; 1 Pedro 5.8 e Apocalipse 12.3 e 9.
Todos estes nomes indicam um pouco do caráter e da atividade do diabo que, como
indica os seus nomes, está empenhado na oposição a Deus e à obra de Cristo,
juntamente com os demônios que realizam seu trabalho no mundo e infligindo
tentação, engano e as mais diversas doenças a fim de impedir o progresso espiritual
do povo de Deus.
Vemos também que há uma luta, ou seja, uma disputa que exige preparo, força e
coragem. Não podemos sair de peito aberto, sem o devido preparo, para o confronto.
Lutamos contra principados e potestades. Principado é uma espécie de autoridade
superior sobre grandes regiões e muitíssimos seres e potestades são autoridades
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subordinadas que exercem funções específicas.
Destas passagens e seus ensinamentos, concluímos que o diabo existe e que está
atuante no mundo, habitando nos lugares celestiais, mas também rodeando a terra e
os filhos de Deus, exercendo o controle geral sobre o sistema mundano, Zacarias 3.1
e 1 Pedro 5.8. Duvidar da sua existência é o mesmo que desacreditar da Palavra de
Deus.
Há muita confusão sobre este tema devido ao ensinamento errôneo praticado nas
igrejas históricas, principalmente nas tradicionalistas, que propala que Satanás é
onipresente e onisciente, não sendo apenas onipotente. Isto é um absurdo e uma
prova irrefutável de ignorância quanto a Palavra de Deus.
A história de Jó deixa claro que Satanás só podia fazer o que Deus lhe permitia, Jó
1.12 e 2.6, e em Judas 6 temos a declaração de que os demônios são mantidos em
"algemas eternas", podendo os cristãos lhes resistir por intermédio da autoridade que
Cristo nos outorgou em seu nome, Lucas 9.1 e Tiago 4.7.
Além disso, o poder dos demônios é limitado. Depois de se rebelarem contra Deus já
não têm o mesmo poder que tinham quando eram anjos, pois o pecado é uma
influência debilitante e destruidora. O poder dos demônios, embora significativo, é
menor que o dos anjos, Daniel 10.
Com relação aos nossos pensamentos, a Bíblia nos diz que Jesus conhecia os
pensamentos das pessoas, Mateus 9.4 e 12.25; Marcos 2.8; Lucas 6.8 e 11.17, e
que Deus conhece os nossos pensamentos, Gênesis 6.5; Salmo 139.2, 4 e 23;
Isaías 66.18, mas não há indicação de que anjos ou os demônios possam conhecê-
los.
Vale ressaltar o que disse Daniel ao rei Nabucodonozor, deixando bem claro que
ninguém que falasse segundo qualquer outro poder senão o do Deus do céu, poderia
interpretar com precisão o que ele havia sonhado, Daniel 2.27-28.
Os cristãos não devem temer caso se deparem com membros de seitas ocultistas ou
de falsas religiões, que pareçam exibir estranhos e secretos conhecimentos. Como
não passam do resultado da observação, esses conhecimentos não provam que os
demônios podem ler os nossos pensamentos. Nada na Bíblia nos leva a pensar que
eles têm esse poder. Conclui-se então que Satanás não é onisciente.
Outra questão que muito preocupa os cristãos diz respeito a suposta onipresença de
Satanás. Este é outro conceito errôneo que se perpetuou a partir da generalização
que fazemos do nome diabo. Diabo ou Satanás é o nome dado pelas Escrituras para
o chefe dos demônios.
Os demônios são os anjos caídos que, como súditos fiéis, realizam o trabalho
maligno de Satanás no mundo. Satanás não é onipresente. Ele depende e se serve
dos demônios para realizar os seus intentos destruidores. Satanás é um ser criado
por Deus e comparece pessoalmente perante o Criador, Jó 1.6-7 e 2.1, depois de
passear e de rodear a Terra, nunca depois de estar presente em toda parte ao mesmo
tempo.
Mark Bubeck, em seu livro "Vencer o Adversário", afirma que "sempre que Satanás
aparece nas Escrituras, há uma aura de extraordinário poder em torno dessa criatura
decaída. A Bíblia parece dar a entender que Deus jamais criou outro ser tão poderoso
quanto Satanás".
Por esta razão, não é biblicamente correto e nem mesmo muito racional duvidar da
existência e do poder do diabo, bem como ridicularizar a sua atuação destrutiva no
mundo e na igreja, 2 Coríntios 2.10-11.
Sabemos que Satanás não é invencível e que ele já está vencido, Hebreus 2.14. Mas
relatos como Daniel 10 e Judas verso 9, entre outros, nos mostram que não
podemos subestimar o inimigo, como fazem alguns cristãos atualmente.
A Palavra de Deus ensina que o diabo se comporta como um leão feroz que ruge em
busca de alguém que possa devorar, 1 Pedro 5.8. A figura utilizada por Pedro é muito
sugestiva e indica a intenção objetiva do diabo de engolir ou de devorar os servos de
Deus. Os termos usados no original se referem à impossibilidade de se recuperar os
que são tragados por este leão devastador.
Em 2 Coríntios 4.4, Paulo intitula o diabo como sendo o "deus deste mundo". Esta
designação se refere ao supremo poder do diabo em influenciar o mundo e ao
corromper os sistemas sociopolíticos, bem como as instituições sociais, incitando a
humanidade em oposição contra o Deus único e verdadeiro e almejando a adoração de
todos os que se recusam a adorar ao Senhor da glória.
Por esta razão, a atividade e o poder de Satanás devem ser levados a sério, visto que
o tormento causado pelos espíritos malignos é uma experiência extremamente
dolorosa. Se o diabo conseguir obter o domínio total da mente da pessoa que o
subestima, de certo a induzirá a um estado alarmante de incredulidade em relação a
sua atuação no mundo, acorrentando esta pessoa na dor e no desespero de não
visualizar a vitória de Cristo em sua vida. Infelizmente, ao subestimar o diabo, muitos
cristãos brincam com o poder demoníaco sem saber que estão plantando sementes
da desgraça.
O verdadeiro problema em se subestimar o diabo e seu poder é que nesta atitude está
implícita a imaturidade espiritual do cristão. Isto é um problema sério, visto que
maturidade em Cristo é elemento fundamental para a vitória na guerra espiritual.
Satanás se opõe a nossa maturidade espiritual e fará de tudo para que não
reconheçamos a sua natureza, o seu caráter e o seu poder, pois enquanto ele nos
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mantiver nesta ignorância, também nos manterá acorrentados na incompreensão do
que somos em Jesus, pelo Espírito Santo, e do poder que temos em nome de Cristo
para derrota-lo. Enquanto o diabo nos mantiver confundidos e cegos na atitude de
subestima-lo, não conseguiremos enxergar que as cadeias que uma vez nos
prenderam foram quebradas por Cristo, 1 Coríntios 15.54-57 e 1 João 3.7 e 8.
Nossa vitória e o nosso poder contra o diabo está em Cristo, João 12.32 e
Colossenses 2.15. Não são prudentes e nem sábias algumas conotações que se têm
dado ao diabo em determinados cultos e cânticos evangélicos, atualmente, visto que
tais afirmações e determinações denotam claramente que a "teologia" expressa
subestima a Satanás. Uma atitude desta natureza, na verdade, não expressa uma
Teologia consistente e coerente com a Palavra de Deus, mas sim um teologismo
niilista em relação a Satanás. O teologismo é uma fonte abundante e perene de
heresias que presta valiosíssimo serviço ao inferno e que faz com que as pessoas
prossigam para a perdição pensando que caminham para o céu.
O cuidado que devemos tomar neste caso é por que Satanás não se importa em qual
direção ele possa perverter a verdade. Seu único interesse é que os cristãos e a igreja
passem a agir com base em seus enganos, e não com base na Palavra de Deus.
Pela opressão, Satanás consegue criar nas pessoas a idéia de que sofrem
enfermidades graves ou incuráveis, sem causa aparente ou comprovada, podendo
também levar a pessoa a apresentar distúrbios emocionais ou comportamentais
identificados nas reações psicossomáticas ou pela obsessão em relação à
determinada questão.
Vale ressaltar que toda a opressão inicia, subjetivamente, pela mente, pois quando a
mente humana não está em harmonia com a vontade de Deus, está vulnerável às
sugestões satânicas. Satanás se aproxima lenta e sorrateiramente, procurando
seduzir e influenciar a mente das pessoas até ao ponto em que desobedeçam à
Palavra de Deus e que tenham prazer em uma vivência mundana orientada nas
sugestões existenciais, sociais ou religiosas oferecidas pelos espíritos malignos. A
sugestão é o primeiro passo do estratagema diabólico na tentativa de oprimir alguém,
Mateus 16.23 e Efésios 2.1-2.
Vale destacar também que qualquer pessoa, seja cristã ou incrédula, pode ser
oprimida por Satanás. Ninguém e nenhum ser dotado de cérebro está imune à
opressão de Satanás, Marcos 5.11-14 e 1 João 5.19, que pode ser motivada por
diversas causas que servem de precedente para que o diabo seduza ou influencie a
mente humana. Pessoas que persistem na prática do pecado mesmo depois da
decisão por Cristo, sentindo prazer em pecar, ou que encastelam no coração mágoas,
ódio, inveja e ressentimentos estão vulneráveis a sedução do diabo e, por certo,
sofrerão opressão maligna, Efésios 4.17-32 e Tiago 3.14-16. Da mesma forma,
aqueles que desprezam o senso religioso, desvalorizando a devocionalidade espiritual
e aqueles que duvidam do poder e da vitória de Jesus no embate contra Satanás,
estão passivos de opressão satânica.
Outros sintomas podem ser observados, mas até mesmo os grupos neopentecostais
admitem que estes aqui alistados são os mais freqüentes e mais comuns, pelo que, é
crucial estudarmos e conhecermos estas diversas maneiras pelas quais os demônios
oprimem e escravizam as pessoas. Por natureza e devido à corrupção do pecado
somos vulneráveis aos ataques de Satanás e só conseguiremos resistir a sua
sedução se tivermos consciência efetiva do que ele é capaz de fazer contra as
criaturas e os filhos de Deus.
Não podemos nos esquecer que por causa da prevalência do mal moral e do mal
sistêmico no mundo o diabo tem poder para promover destruição, fazendo com que as
pessoas se predisponham constantemente para o pecado e para a perda do interesse
efetivo pelas coisas genuinamente espirituais ensinadas na Palavra de Deus.
O grande perigo que corre a pessoa oprimida é que o diabo tentará dar o segundo
passo na tentativa de concretizar a possessão sobre a sua vida e seu corpo. Devemos
observar a decorrência da opressão que é um estado obsessivo compulsivo e mórbido,
que varia de intensidade de pessoa para pessoa.
Muitas vezes a pessoa oprimida tem condições de optar pela libertação, mas a
pessoa obcecada fica tão iludida que acredita estar fazendo as coisas da maneira
correta, não desejando a libertação. A pessoa oprimida que é tomada por obsessão
não percebe a necessidade de libertação e pode se tornar uma vítima voluntária de
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Satanás, permitindo-se à perpetuação da ilusão maligna em sua vida.
Por mais estranho que possa nos parecer, Satanás pode tomar posse de um ou mais
órgãos do corpo humano, bem como de todo o corpo, se alojando no sistema nervoso
da pessoa e dominando a sua mente de tal forma que esta pessoa se adapta com
certa facilidade a um padrão de vida sub-humana e às praticas horrendas do
ocultismo, tais como beber sangue, comer cérebro humano, comer cacos de vidro e
outras coisas humanamente impensáveis.
É certo que nem todos os casos apresentam todos estes sintomas ao mesmo tempo
e em muitos casos o diabo consegue forjar uma normalidade que mascara a sua
atuação, pelo que se faz necessário discernimento espiritual e até mesmo, habilidade
com o Texto Sagrado para provocar o inimigo a uma manifestação objetiva. O diabo
não suporta os textos bíblicos que afirmam a vitória de Jesus sobre ele e sobre seus
demônios, tais como Filipenses 2.9-11, Colossenses 2.15, Hebreus 2.14 e 15, 1
Pedro 5.8-9, 1 João 3.7-8 e 5.18.
Não podemos e nem devemos utilizar a possessão demoníaca como carro chefe da
mensagem cristã, ou como estratégia de marketing. A Palavra de Deus nos outorga
autoridade, em nome de Jesus, para expulsar os demônios, Mateus 10.8, Lucas 9.1-
2, mas não nos autoriza tais atitudes. 4.3 As possíveis causas da possessão
demoníaca:
Muitas podem ser as causas da possessão, mas verificamos, seja pela experiência
ministerial ou ao longo da narrativa bíblica, que algumas causas são mais comuns.
Ler livros ou assistir filmes e novelas que abordem esta temática; manter
relacionamento afetivo com pessoas envolvidas ou declaradamente professas; ir a uma
festa; comer alimentos consagrados aos ídolos; usar bijuterias ou qualquer outra coisa
que esteja ligada aos rituais diabólicos, ou que tenha sido consagrada aos demônios,
é um envolvimento perigoso que deixa a pessoa vulnerável à possessão demoníaca.
O pastor Reginaldo Pires, pastor Batista no Rio de Janeiro, em seu livro Grandes
Verdades Sobre o Espiritismo, narra que quando sua mãe estava grávida dele, teve
uma visão de seu avô, já falecido, que solicitou a dedicação do recém-nascido aos
orixás para que este herdasse todos seus poderes do espiritismo. A criança foi
consagrada ao nascer e ao completar sete anos os demônios reivindicaram a
legalidade concedida anteriormente, fazendo o menino passar por momentos terríveis,
nos quais tinha desmaios freqüentes, problemas cardíacos sem comprovação médica,
fobias aterrorizantes e visões noturnas de orixás e de pessoas vestidas de branco que
diziam que ele era médium de berço.
A Bíblia mostra que Deus condena tais práticas em passagens como Levítico 18.1-
30 e 20.7-23, Romanos 1.18-32, 1 Coríntios 6.9-10, que indicam o sentimento de
Deus para com os praticam estas coisas abomináveis.
Textos como Levítico 10.8-11,x Provérbios 20.1 e 23.29-35, Isaías 28.7 e Oséias
4.11 são bem objetivos e são favoráveis à abstenção, mesmo que muitos cristãos,
infelizmente até mesmo alguns pastores, queiram encontrar defesa bíblica para um
aperitivo, ou para a manutenção dos rituais envolvendo substância alucinógenas que
são comuns entre os povos animistas.
Normalmente são pessoas que não crêem em Jesus e que resistem a mensagem do
evangelho. Não são templos do Espírito Santo, são do "mundo que jaz no maligno", 1
João 5.19. A Palavra de Deus assevera que quem não é de Deus, queiramos ou não,
esta sob influência dominadora do Diabo, Efésios 2.1-3.
Por mais difícil que seja para admitirmos isto, até por causa dos nossos amigos e
parentes não evangélicos, todo e qualquer coração sem Jesus Cristo é vulnerável à
possessão demoníaca.
Também é válido o alerta da Palavra de Deus quando nos orienta para que oremos
pedindo ao Pai que não nos deixe ser engodados ou induzidos pela tentação, Mateus
6.13 e Lucas 22.31-32, colocando sobre os nossos ombros a responsabilidade de
estarmos atentos para as ciladas do Diabo e de resistirmos os seus ataques pela fé,
para a vitória, Efésios 6.11 e 16, Tiago 4.7 e 1 Pedro 5.9.
O Texto de Lucas 22.31-33 é muito objetivo e nele é o próprio Jesus quem assevera
que Satanás faz uma espécie de petição, uma reclamação ou demanda de direitos,
reivindicando legalidade sobre nossas vidas para nos cirandar, para nos chacoalhar
até as últimas conseqüências, a fim de verificar se resistimos aos seus ataques e se
nos firmamos na fé em Cristo para a vitória.
Apenas para recordarmos e para prosseguirmos na mesma linha pensamento que nos
conduziu até este ponto neste estudo, relembramos que a possessão demoníaca é a
ocupação da mente humana por uma entidade espiritual maligna, que ofusca ou
elimina a personalidade do possuído, manipulando todas as suas faculdades
sensoriais e se apossando do corpo da pessoa na materialização das manifestações
demoníacas.
a) Verso 2 - O homem estava possesso, ou seja, tinha demônios dentro de si, Lucas
8.27. Isto significa dizer que ele estava completamente dominado pelos demônios
habitavam nele, tendo perdido a sua própria personalidade e atuando como um
verdadeiro porta-voz do Diabo.
e) Verso 8 - Jesus não faz entrevista marqueteira ou trava um diálogo amistoso com
os demônios. Ele exerce autoridade espiritual plena. A ordem é para sair e é dada no
tempo verbal imperativo aoristo da língua grega. O que significa dizer que é para
Satanás e seus demônios saírem agora, de uma vez só, e de uma vez por todas. É
uma ação incisiva de Jesus. Este tempo verbal grego é mais forte do que o imperativo
em português, não admitindo confrontação à ordem recebida ou desobediência.
f) Verso 9 - A possessão daquele homem era exercida por uma legião de demônios.
Uma legião de soldados romanos, usada como figura neste texto, tinha
aproximadamente 6 mil soldados. Vale destacar que Jesus faz uma única pergunta
aos demônios, mas isto depois da ordem expressa para que saíssem do homem. Não
se deve dar ibope para Satanás, batendo papo com ele. Deve-se exercer autoridade
espiritual e expulsá-lo.
Desejo deixar bem claro que Jesus expulsou demônios sem estabelecer uma fórmula
única para este fim. Embora não haja no texto sagrado uma fórmula definida para se
promover libertação da possessão demoníaca, é interessante notar que a
característica marcante da atuação de Jesus nestes casos é a autoridade espiritual
exercida ao ordenar que os demônios saíssem das pessoas.
Não venceremos o confronto espiritual pela força física ou pela persuasão ideológica.
Lutamos contra Satanás, não contra o possesso. A pessoa endemoninhada carece da
graça e da misericórdia de Deus para a sua libertação. Satanás é o inimigo que já
está derrotado pela vitória de Jesus Cristo na cruz, Colossenses 2.8-15.
Em Mateus 16.13-23 a Palavra de Deus nos mostra claramente que até mesmo o
cristão mais abençoado e mais iluminado pelo Espírito Santo não está imune ao
ataque do diabo.
Sem oração e sem leitura bíblica a vida cristã fica subnutrida e mequetrefe. O pecado
é sempre relativizado e o irmão, coitado, um o crente de esparrela e vulnerável que é
aos ataques do diabo, muitas vezes, na melhor das boas intenções, inferniza a igreja.
Textos como o Salmo 91, Colossenses 2.15, Filipenses 2.9-10, bem como uma
série de outros textos bíblicos, não nos permite duvidar da vitória de Jesus contra
Satanás. Se de fato estamos firmados em Jesus, somos vencedores. Somos mais
que vencedores, Romanos 8.31-39.
Confiar no amor de Deus por nós é um segredo indispensável para a nossa vitória, 1
João 4.18. A conseqüência de, pela fé, não nos apropriarmos das promessas de
Deus para nossa segurança e para a nossa vitória individual contra o diabo, sempre
será um derrotismo catastrófico e uma cosmovisão espiritual distorcida e maligna, que
afetará toda a igreja.
Ainda temos algo a considerar neste estudo sobre a missão da igreja na confrontação
espiritual. Es seguida, estudaremos sobre os segredos espirituais para a vitória contra
Satanás.
Não devemos agir como os católicos ou como os espíritas que usam a Bíblia como
um amuleto da sorte e também não devemos usar a Palavra de Deus como se ela
fosse um amuleto como a figa, a ferradura, o patuá, o galho de arruda, a "espada de
são Jorge" ou a "comigo ninguém pode", como fazem os satanistas.
A Palavra de Deus é para nós escudo e broquel, Salmo 91.4. É a espada que o
Espírito coloca em nossas mãos, Efésios 6.18, e que é mais cortante e penetrante do
que qualquer espada de dois gumes, Hebreus 4.12, sendo a única arma que devemos
utilizar nos embates contra Satanás.
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No livro "Vencer o Adversário", Mark Bubeck alista quatro segredos espirituais que
nos garantem a vitória contra o diabo. Veremos que estes não são, na realidade,
segredos misteriosos. São, antes de tudo, princípios bíblicos que devem estar bem
definidos em nossas mentes como cristãos.
O primeiro deles é a união do salvo com Cristo. Efésios 6.10 nos exorta a estarmos
no Senhor. A nossa força e certeza que temos de vitória consiste no fato de estarmos
no Senhor. Precisamos manter um vínculo inseparável com Jesus, em sua plenitude e
autoridade divinas, pois como
Não podemos nos contentar com partes da armadura. Temos que utilizá-la em sua
inteireza, visto que cada peça tem um papel singular e estratégico para que
obtenhamos a vitória contra Satanás e para que tenhamos recursos espirituais
suficientes para a preservação e manutenção desta vitória, Efésios 6.13-17.
O último segredo é a oração. Este segredo é de suma importância visto que é por
meio da oração que alcançar os anteriores. Efésios 6.18 nos exorta a orarmos todo o
tempo no Espírito, suplicando perseverantemente por todos os santos. A idéia é a de
criarmos uma corrente contínua de oração e de intercessão na igreja, Romanos 12.12;
1 Tessalonicenses 5.17; Tiago 5.16-18, visto que nenhum de nós está livre dos
ataques do diabo.
Somente pela oração é que alcançamos a união com Cristo, que nos enchemos do
Espírito Santo, que renunciamos as capacidades humanas para que lutemos tão
somente pela unção espiritual.
O diabo nunca se preocupou muito com os rituais religiosos da igreja, mas tem um
medo descomunal da oração genuína. Quando oramos e intensificamos, pela oração,
a nossa intimidade com Deus e o nosso poder espiritual, mesmo que não tenhamos
do Espírito Santo o dom para discernir espíritos, temos a capacitação espiritual para
percebermos e para identificarmos novas e diversificadas formas de oposição da parte
de Satanás, recebendo também do próprio Deus o poder e a autoridade, em nome de
Jesus, para a vitória.
Vejam que, como disse no início, na verdade, não há segredo algum. Todo o salvo
deve saber disso e deve se apropriar da Palavra de Deus, se deseja vencer o maligno
quando ele se manifestar.
Temos uma missão e em conseqüência desta, um confronto direto com o diabo. Não
podemos dizer que cumprimos nossa missão evangelizadora como igreja, na
implantação do reino de Deus no mundo, se não nos incomodamos com o fato de que
as pessoas à nossa volta permanecem opressas ou possessas pelo maligno. Temos
que enfrentá-lo cara a cara e para isso é necessário que tenhamos em mente algumas
verdades bem objetivas, para que não sejamos envergonhados.
c) Os demônios podem existir fora ou dentro dos seres humanos. Marcos 5.12
mostra que eles pediram para entrar nos porcos, o que indica que eles são capazes
de se locomover livremente, não estando sujeitos a barreiras naturais.
e) Os demônios se comunicam entre si. Lucas 11.24-26 deixa claro que o diabo
tem seus próprios meios de comunicação.
f) Cada demônio tem a sua própria identidade. Ainda em Lucas 11.24-26 vemos
a indicação de uma personalidade que é capaz de raciocinar, de se lembrar de fatos
ocorridos anteriormente, de avaliar situações, de traçar planos e de tomar decisões
próprias. Não estamos nos confrontando com forças impessoais.
Vale ressaltar que a expulsão de demônios não é privilégio de uma casta superior de
crentes ou apenas de pastores avivados ou pentecostais. Também não é sinal ou
evidência de maior poder ou de mais autoridade espiritual, Lucas 10.20. A soberba
espiritual por se ter recebido um dom espiritual ou por se ter vencido um confronto
contra o diabo é pecado. Quando isso acontece no coração do cristão, quem venceu o
confronto, na realidade, foi o diabo.
Seria interessante que o salvo que tem experiências com pessoas possessas ou
oprimidas desenvolvesse o hábito de jejuar. O jejum nos moldes de Isaías 58.6-14
produz quebrantamento e purificação espiritual. O quebrantamento sincero do nosso
coração diante de Deus nos permite desfrutar das promessas de restauração íntima e
de vitória sobre Satanás, Tiago 4.6-10. Tenha em mente que o maior exemplo que
temos de vitória contra o diabo é o do Senhor Jesus Cristo, que venceu o maligno
após longo período de oração e de jejum, 40 dias, exclusivamente pela autoridade da
Palavra de Deus, Mateus 4.1-11.
Conclusão:
Espero ter auxiliado aos amados irmãos e irmãs a esclarecerem as dúvidas que
tinham sobre este assunto, bem como a reformularem os seus conceitos sobre a
pessoa de Satanás e sobre o confronto com a opressão e a possessão maligna na
consecução da missão da igreja.
Se me arriscasse a resumir tudo o que estudamos neste período sobre este tema, A
missão da igreja na confrontação com a opressão espiritual, diria que a nossa
grande e infalível arma contra o diabo é, ao mesmo tempo, a oração, a submissão a
Deus e a resistência ao próprio diabo, pela fé em Cristo Jesus, Tiago 4.7 e 1 Pedro
5.6-9.
Desejo encerra esta série de estudos declarando que Satanás está derrotado em
minha vida, em nossas vidas e em nossa igreja, pois "para isto o Filho de Deus se
manifestou: para destruir as obras do Diabo", 1 João 3.8.
Amém!
Aleluia!
Glória a Deus!
Bibliografia:
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