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Após receber pedidos de ajuda, para a situação denunciada por protetores, de maus tratos e crueldades
cometidas contra animais em um abrigo no município de Tietê, Feliciano enviou seus assessores para acompanhar
a situação e verificar a destinação dos animais.
Chegamos ao município de Tietê em 07/02/11 e de imediato procuramos nos informar sobre o assunto,
conversando com diversas pessoas que se demonstraram estarrecidos com a situação descoberta, muitos deles
ajudavam mensalmente financeiramente ou com ração a referida ONG denominada SOPAAT (que estava
mudando o nome para O BICHO FELIZ). Outros ainda nos informaram participar dos eventos periódicos como
jantares e bingos, realizados para angariar fundos para os animais.
Pela manhã do dia 08/02 nos encontramos com algumas das protetoras que descobriram e denunciaram o abrigo.
Tudo se iniciou com a doação, mal sucedida, de um cão da raça pitbull para um munícipe da cidade, onde a
protetora recebeu a oferta de abrigá-lo provisoriamente no referido abrigo. Quando foi buscar o animal, cerca de
cinco dias após, foi surpreendida com um cão extremamente magro, infestado de pulgas e carrapatos, abrigado
num terreno de terra batida. Ela não entrou no local, mas viu que os animais ali abrigados necessitavam de ajuda
urgente. A protetora de imediato ligou para o presidente da ONG oferecendo ajuda e iniciou uma campanha
entre os protetores para irem ao local efetuar uma limpeza e dar banho nos animais. Quando os voluntários do
mutirão entraram no local, se depararam com uma situação estarrecedora de crueldade e maus tratos cometidos
no abrigo de uma ONG que teria por obrigação protegê-los, entre os abusos cometidos se depararam com sete
corpos de animais mortos em condições desconhecidas. Os protetores lavraram um Boletim de Ocorrência
denunciando a situação.
No dia 09/02 pela manhã fomos ao Parque Ecológico para ver a condição dos animais retirados do “abrigo” e
pudemos constatar que o local é capaz de oferecer, temporariamente apenas, uma condição digna de alojamento
dos cães, ao sairmos pudemos acompanhar a chegada de mais 11 animais. Percebemos algumas deficiências que
foram passadas posteriormente à responsável de Vigilância Sanitária da Prefeitura.
Medicamos todos os 73 animais com
remédios antiparasitários, fotografamos e
cadastramos com nome, pelagem, sexo e
idade aproximada. Outros 11 estavam ainda
internados em clínicas veterinárias.
• Que existe a necessidade da prefeitura iniciar uma campanha de castração e identificação de animais,
bem como a conscientização para a Posse Responsável, a fim de diminuir o abandono e punir maus
tratos.
• Que a condição de abandono e sub-humana em que vive o funcionário que cuida dos animais também
teria que ser acompanhada.
As representantes acolheram nossas sugestões. Informaram ainda que a Prefeitura oferece à população cerca de
40 castrações gratuitas por mês, exaltamos a necessidade de que esse número seja aumentado e oferecido aos
protetores da cidade que fazem um trabalho de doação com filhotes.
Ao sairmos da reunião recebemos a ligação do funcionário do abrigo informando que uma cadelinha estava muito
doente, levamos ao veterinário. Em seguida voltamos ao abrigo para encontrar os membros da ONG Cão Sem
Dono, que estavam totalmente indignados com o que viram e decidiram levar 45 animais, sendo 39 do abrigo e
outros seis internados na clínica. De imediato removeram a cadelinha que estava conosco e mais duas com
piometra.
Ainda à tarde nos conduzimos ao Ministério Público a fim de conversar com a Promotora de Meio Ambiente, Dra
Adriana Palma, que já havia recebido várias denuncias e estava juntando provas.
À noite nos reunimos com as protetoras voluntárias da ONG SOPAAT, que nos informaram que embora
trabalhassem com os animais abandonados da cidade em nome da ONG, sabiam que o local do abrigo era
inadequado, que lá havia animais doentes, mas não visitavam o local. Algumas ainda exaltaram o trabalho e o
“amor” aos animais por parte do presidente do ONG, que a situação chegou a este ponto por falta de recursos,
que sabiam que a ONG recebia doações em dinheiro dos munícipes, mas a principal preocupação gerou em torno
da reputação e implicações judiciais de cada uma. Falamos apenas das leis descumpridas, das responsabilidades e
co-responsabilidades, dos maus tratos e crueldades infligidos aos animais, de conivência e omissão.
Ainda à noite recebemos a ligação da protetora denunciante informando que tentaria impedir a retirada dos
animais da cidade.
No dia 10/02 fomos chamados à Vigilância Sanitária, pois lá havia dois protetores de animais questionando o
resgate e a destinação dos cães. Conversamos com eles, exaltando que os animais corriam risco de morte e que o
local só poderia ser reformado mediante a retirada de todos os cães, os levamos para ver como os cães retirados
estavam acomodados no parque Ecológico e, com a autorização do presidente da ONG que ofereceu ajuda,
garantimos que poderiam acompanhar o tratamento dispensado a estes cães. Exaltamos ainda que os cães que
ficaram na cidade, cerca de 40, precisavam de ajuda para serem doados, que uma rádio da cidade ofereceu
divulgar semanalmente a doação destes e a necessidade deles acompanharem este processo.
Voltamos ao Ministério Público, depois fomos ao canil onde confirmamos que os animais começaram a ser
resgatados e encerramos nossa vista.
Assessoria Parlamentar