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INOVAÇÃO: OUSADIA ENTRE PEQUENOS É ESSENCIAL.
DIÁRIO DO COMÉRCIO - 09/02/2011

A inovação se tornou palavra de ordem no mundo dos negócios, com destaque


semelhante ao ocupado pelos projetos de qualidade implementados na década de
1990. As grandes corporações já incorporaram à sua cultura a necessidade de inovar.
As pequenas, no entanto, nem sempre encontram condições de investir em
empreitadas do gênero para aprimorar (ou criar) processos e produtos.

"Quando falamos em inovação, também estamos falando em entregar qualidade. Mas


atualmente, só qualidade não é suficiente", afirmou a consultora do escritório paulista
do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), Evelin
Cristina Astolpho. As micro e pequenas empresas acrescenta a consultora, precisam
oferecer algo de novo a fim de conquistar outros clientes e, com isso, se manter no
mercado em condições competitivas.

O tema já é tratado de forma mais articulada entre as grandes corporações. Em 2009,


sob coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi criado o projeto
Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), com meta de dobrar até 2013 o número
de empresas inovadoras.

Recursos – As micro e pequenas empresas não devem ficar para trás. Os primeiros
meses do ano ainda comportam ajustes no planejamento, com espaço à inclusão do
tema inovação na pauta de 2011.

Para a conhecida dificuldade dos empreendimentos desses portes em obter recursos,


há alternativas como as oferecidas pelo programa do Sebrae nacional, o Sebraetec
(viabilizadas em São Paulo por meio do escritório local da entidade); além de opções
da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência e Tecnologia;
e da Agência de Fomento Paulista-Nossa Caixa, da Secretaria da Fazenda do Estado
de São Paulo.
O Sebraetec, com a reestruturação anunciada no final de 2010, acena com R$ 787,5
milhões para contemplar projetos de tecnologia e inovação de micro e pequenas
empresas, em todo o País, desde janeiro deste ano.

O programa, reestruturado no final de 2010, prevê cinco frentes de atuação, com


recursos específicos. Duas delas, denominadas como sendo de inovação incremental
(e direcionadas especificamente à ecoinovação) e inovação de ruptura (algo inédito)
serão instituídas por meio de editais a serem lançados neste ano e também por meio
de parcerias. A modalidade Indicação Geográfica (para apoiar a denominação de
origem de um produto, por exemplo) será operada a partir de 2012 e também requer
atenção com a publicação do respectivo edital. Já as duas linhas restantes (tecnologia
básica e avançada, direcionada à inovação) não demandam regras de editais.

Atuação pontual – O Sebraetec, explicou Evelin, tem mais de dez anos em São Paulo e
já era bastante ativo. O programa, aqui, pode atender a projetos pontuais, mas em
2011 estará mais voltado às iniciativas regionais e às de grupos setoriais. "É para
ganhar escala", justificou a executiva.

Na prática, o programa atua na empresa para melhorar produtos ou processos, por


meio de parcerias com instituições cadastradas, como fundações com
direcionamento em ciência, tecnologia e inovação.

O empresário paulista interessado no programa deve procurar um posto do Sebrae da


sua região. Se for contemplado pelo programa, poderá obter subsídio de até 80% do
serviço de consultoria contratado. Um projeto de cem horas, exemplificou Evelin, teria
custo aproximado de R$ 7,5 mil, cabendo à empresa pagar 20% do montante.

O Sebrae-SP pleiteou R$ 10 milhões para implementar o Sebraetec no Estado. A verba


da entidade para os demais programas, voltados à gestão de negócios, não está
incluída nesse montante, conforme ressalvou Evelin.
Finep oferece opções para MPEs

O micro e pequeno empresário também poderá buscar recursos com a Financiadora


de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia. "Trabalhamos
com todos os portes de empresa, mas há programas que atendem ao pequeno
empresário – alguns deles reembolsáveis", afirmou o chefe do departamento de
acompanhamento de projetos da fundação, Mauricio Alves Syrio.

Ele explicou que, na linha de subvenção nacional (não-reembolsável), 80% da


demanda é gerada pelas pequenas empresas, especialmente as envolvidas com
projetos de tecnologia da informação (TI). "São projetos de inovação e os empresários
se candidatam via editais", explicou. É no edital que estará definido o limite máximo
de financiamento da linha. O de 2011 ainda será publicado. No ano passado, contou
Syrio, o teto foi de R$ 10 milhões.

Os interessados podem acompanhar a publicação dos editais pelo site da instituição


(www.finep.gov.br) ou pelo seu endereço no twitter. O documento também define os
percentuais de contrapartida da empresa que pleiteia os recursos, conforme o porte
do negócio. Em 2010, empreendimentos com faturamento anual menor ou igual a
R$ 2,4 milhões, por exemplo, arcavam com 10% do valor do projeto.

Lançamento – Na modalidade não-reembolsável, a Finep também oferece a Pappe


Subvenção, linha operada de forma descentralizada por parcerias estabelecidas em
cada estado. "Ela é mais voltada para desafios de uma região, e o limite de subvenção
varia conforme o estado", explica Syrio.

Ele conta que a Finep está prestes a lançar a Pappe subvenção em São Paulo, por
meio de parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp). Com o mesmo perfil, a Pappe Integração atende estados do Norte, Nordeste
e Centro-Oeste. Outra opção de subvenção não-reembolsável é a Primeira Empresa
Inovadora (Prime). Segundo Syrio, a ideia não é a de apoiar o projeto, mas estruturar
a empresa. São Paulo está entre os 17 estados contemplados com a Prime.

As linhas reembolsáveis da Finep (Programa Inova Brasil e Programa Juro Zero, por
exemplo) também são abertas às pequenas empresas, mas, por requererem garantias,
nem sempre são acessíveis. A fundação também ajuda na criação de fundos de
investimentos e prepara o empreendimento para entrar no mercado.

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