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Introdução ao Eclipse

O que é um ambiente de desenvolvimento?

Um IDE – Integrated Development Environment (Ambiente de desenvolvimento


integrado) - consiste em um software que contém um conjunto de funcionalidades
embutidas, cuja finalidade é prover um modo mais fácil e interativo de construir e
manipular seus programas. Entre estas ferramentas geralmente figuram:

• Um editor de texto com facilidades especialmente desenhadas para a


linguagem;

• Um compilador (e um interpretador, no caso de Java e outras linguagens


interpretadas) ;

• Um editor gráfico, com facilidades para criação e edição da interface gráfica do


programa a ser desenvolvido;

• Um debugger, uma ferramenta especialmente feita para se tirar os bugs do


código. Ela possibilita um monitoramento mais elegante do funcionamento do seu
programa, facilitando a detecção e remoção dos erros. Perceba que não estamos
falando em erros de sintaxe, mas erros na própria lógica do programa, que fazem
seu programa gerar resultados indesejados ou travar (apesar de ele compilar), e
que geralmente são difíceis de se encontrar simplesmente analisando o código.

O Eclipse

O Eclipse é um ambiente extensível, portável e aberto que permite a integração de


várias ferramentas de desenvolvimento (não somente codificação!).
Possui facilidades que vão desde a rápida visualização de todos os arquivos
contidos no projeto até ferramentas de gerenciamento de trabalho coletivo.
Além das ferramentas mencionadas no tópico anterior, o Eclipse possui:
• Um Class browser ou Package Explorer, que permite visualizar toda a
estrutura de diretórios e arquivos contidos no projeto.

Wizards, que são "programas" que auxiliam na construção rápida de aplicações


com características iniciais já conhecidas.

Plug-in são módulos que permitem a extensão das funcionalidades do Eclipse

Perspectiva, Conjunto de visões e editores organizados para apoiar um certo tipo


de atividade. Principais perspectivas: Java, Java Browsing, Debug, Resources,
CVS (Sistema de Controle de Versões).
Ao instalar novos plug-ins, novas perspectivas podem ficar disponíveis.

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Workspace, Pasta que contém um ou mais projetos

Projeto, Pasta dentro do workspace que representa um programa ou um módulo.


Pode conter código e outros recursos.

Package, Subpasta do projeto que contém um conjunto de classes que tratam de


um mesmo assunto (a princípio)

Projeto
Java

Pacote

Classe

Atributo

Método

Editor
Eclipse na Perspectiva Java

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Criando um projeto
• Primeiramente clique em File > New > Project.
.Um wizard de criação de projetos aparecerá

Selecione a opção Java > Java Project e clique em Next

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• Digite um nome para o seu projeto
• Clique em Next.

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• Clique em Finish

O projeto já está criado, mas ainda não possui nenhuma classe.

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Para criar uma Classe:
• Clique em File > New > Class. A seguinte tela aparecerá.

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• Em "Source folder", determine de que projeto sua classe fará parte.

• Em “Package”, especifique o “pacote” (veja dica para organizar o projeto)

Especifique o nome da sua classe no campo "Name". (com a primeira letra


maiúscula)

• Opcionalmente poderá marcar a opção "public static void main(String[]


args)".
• Clique em Finish.

A Classe será criada e parecerá como a da imagem abaixo.

• Perceba que um campo de comentários comum e um de comentários javadoc


foram automaticamente inseridos no inicio da sua classe.

Para alterar os templates destes e outros comentários clique em Window >


Preferences > Java > Code Style > Formatter > Edit.

O Eclipse gerou também um método main, conforme havíamos pedido na janela


anterior.

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Dicas para a Organização do Projeto

Existe um padrão de projeto chamado MVC - Model-Viewer-Controller que


sugere que uma aplicação deve ser dividida em três camadas (grupos de classes):

•Model: para Classes cujos objetos representam os dados manipulados pelo


sistema.

•Viewer: para Classes destinadas à implementação da interface com os usuários.

•Controller: para Classes destinadas ao controle de execução dos casos de uso.

Para criar um projeto no padrão MVC utile sempre os procedimentos abaixo:

–Crie o pacote “dominio” para armazenar as classes cujos objetos representam


os dados sendo manipulados pelo sistema (camada Model).

–Crie o pacote “face” para armazenar as classes que implementam a interface


com o usuário (camada Viewer)

–Crie o pacote “controle” para armazenar as classes que irão controlar a


execução dos casos de uso, ou seja, com as funcionalidades do sistema
(camada Controller)

–Toda vez que for construir uma aplicação, crie no pacote “controle” uma classe
chamada “Programa” que armazenará somente o método main, a partir do qual
uma aplicação Java começa a ser executada.

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Visão Geral do Ambiente

O Eclipse já inicia com inovações em relação à maioria das IDEs: ele possui a
funcionalidade de customização do ambiente de trabalho.
Trata-se de um programa open-source, originalmente escrito para ser uma IDE
versátil e possível de ser adaptada para qualquer propósito relacionado ao
desenvolvimento de software, desde a produção de plug-ins para ele mesmo e/ou
outros programas, passando pela integração de ferramentas ao ambiente Eclipse
e culminando no desenvolvimento do software final em si.
Esta adaptabilidade já começa pela estética do ambiente. Na Java Perspective (o
conjunto de modificações para tornar o ambiente familiar ao desenvolvedor Java),
o layout do ambiente é como na imagem abaixo:

4.
1. 2.

3.

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1. Package Explorer (1)

O Package Explorer é um visualizador simples e elegante dos seus projetos.


Um projeto representa toda a estrutura do seu programa, armazenando os
arquivos-fonte (.java), os bytecodes (.class), as configurações gerais do ambiente
para o projeto, eventuais arquivos de backup e outros arquivos inerentes ao
escopo do programa (por exemplo, quaisquer possíveis imagens relacionadas ao
projeto).
A navegação é semelhante à do Windows Explorer, bastante intuitiva e
respeitando a hierarquia do projeto, com a qual ficaremos mais familiarizados com
a prática, ao longo do desenvolvimento do projeto.

2. Editor de Texto (2)

O editor de textos do Eclipse, assim como o do BlueJ, ConText e outros, denota


as palavras-chave de Java™ em letras destacadas para facilitar a leitura do
código.
Durante a implementação de um método, quando digitarmos o nome de alguma
variável que denote um objeto e o ponto para chamada de método, o editor de
textos do Eclipse nos mostrará uma janela com uma relação completa de todos os
métodos e atributos que este objeto pode acessar em seu contexto, e a medida
em que escrevermos as letras, ele filtrará tudo o que puder ir sendo descartado,
como ilustra a imagem abaixo.

Uma grande funcionalidade das principais IDEs atuais é a detecção de erros de


compilação em tempo de implementação.
O editor de textos do Eclipse, ao perceber um erro de sintaxe (e até alguns poucos
erros de lógica), imediatamente marca em vermelho o trecho que ele supõe estar
errado, além de indicar as possíveis causas do erro e sugerir algumas soluções.
Ele sublinha o trecho errado e marca as linhas que apresentam problema de
sintaxe no lado direito da janela.
Ele também separa os trechos de código contido entre chaves, no lado esquerdo
da janela, em azul.
Podemos clicar nos triângulos azuis para exibir/esconder trechos entre chaves,
facilitando a visualização do arquivo e sua navegação.

Por último, o editor do eclipse nos poupa bastante tempo de pesquisa em


documentação de classes nas APIs das mesmas com um recurso muito simples e
interessante.
Ao mantermos o mouse por cima de nomes de classe ou métodos, uma caixa de
texto aparecerá na tela com toda a documentação da classe/ método em questão.

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3. Console (3)

O Eclipse, assim como o BlueJ, oferece um terminal de console para a entrada de


dados do teclado pela stream de entrada padrão e a saída de dados que o
programa escreve na stream de saída padrão, exatamente como estamos
habituados no BlueJ ou usando o JDK.

4. Outline (4)

A janela Outline funciona semelhantemente ao Package Explorer, sendo que


voltada para a estrutura interna do seu arquivo .java - frequentemente a sua
classe. Como podemos observar, existem ícones diferentes para cada parte do
arquivo.

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Compilando e executando programas com o Eclipse

Para executar o programa é necessario criar uma configuração de execução. Para


isto, clique em Run > Run...
A seguinte tela aparecerá:

A classe que contém o main que deverá ser executado inicialmente é especificada
em "Main class".

Você pode especificar argumentos para a execução(o famoso String[] args), para
a máquina virtual, configurar o classpath, etc.

A partir da primeira vez que você configurar uma rotina de execução, basta clicar
no botão Run na barra de ferramentas ou utilizar o atalho Ctrl+F11 para rodar o
programa.

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Adicionando Bibliotecas à projetos no Eclipse

Para adicionar uma biblioteca externa ao projeto, clique com o botão direito sobre
a pasta do projeto no Package Explorer e selecione a opção Properties.
A seguinte janela surgirá:

• No menu da esquerda, selecione a opção Java Build Path (como está


selecionado na figura).
A parte da direita mudará para mostrar o que está na figura.

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• Selecione a aba Libraries para visualizar as bibliotecas utilizadas pelo seu
projeto.
Provavelmente você poderá ver a biblioteca JRE System Library, que é a
biblioteca padrão que vem com o JDK instalado na sua máquina, e que
praticamente todo projeto Java deve utilizar.

• Para adicionar mais bibliotecas, clique no botão Add External JARs (Java
ARchives ou, extraoficialmente,
Java Application Resources, o último menos usado).

• Por último, selecione o caminho da biblioteca a ser adicionada e clique em Open.

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Importando/Exportando arquivos ao seu projeto

Para importar arquivos no seu projeto:


Clique em File > Import > File system.
Na janela que aparecerá, simplesmente
selecione a pasta de onde virão os arquivos a serem importados. Uma lista dos
arquivos importáveis aparecerá. Marque os que você deseja importar ao projeto e
no campo "Into Folder" selecione em que pasta os arquivos devem ser copiados.
Na figura acima estamos para importar o arquivo Console.java no nosso projeto,
portanto poderemos passar a usá-lo quando clicarmos em "Finish"

Para importar projetos no seu Workspace


Clique em File > Import > External project into workspace.
Especifique o caminho do projeto a ser importado.
O nome do projeto deve aparecer logo acima do seu caminho.
OBS.:
Note que o Import external project into workspace não copia o projeto para o
Workspace, ele apenas cria um projeto que referencia o projeto importado.

Depurando (debugging) programas com o Eclipse

Quando um programa, não esta funcionando corretamente você precisa corrigi-


lo(depurá-lo).
O Eclipse oferece um depurador para auxiliá-lo na correção do programa. Com
esse depurador você pode acompanhar passo a passo seu programa para ver se
ele esta funcionando da maneira esperada.
Com um duplo-click à esquerda da numeração das linhas (ou pelo atalho
Ctrl+Shift+B) podemos inserir um Break-Point (um ponto onde a execução do
programa para, e podemos ver os valores das variáveis, dos atributos e coisas do
tipo).
Clique com o botão direito no arquivo de onde deseja começar a depuração e
clique em Debug > Java Application.
Perceba que o layout das janelas será alterado após o início da depuração. Isso
se deve à versatilidade do Eclipse e ao conceito de Perspectivas (perspectives)
visto no início do roteiro. Quando desejamos depurar um programa, o Eclipse
automaticamente troca da Java Perspective para a Debug Perspective, que
muda totalmente o layout do programa para adaptá-lo às necessidades em tempo
de depuração.

Repare que quando código chegar no Break-Point o programa pára de executar.

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Em (1) temos uma relação dos processos em execução e os encerrados no
momento;
Em (2) temos a relação das variáveis do programa, com os respectivos valorores
no momento do Break-Point;
Em (3), temos a tela normal do editor de texto;
Em (4) temos a tela normal do outline;
Em (5) temos o terminal normal de Console.

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2

3
4

A partir da pausa na execução do programa, podemos andar passo-a-passo ao


longo da execução do
programa, observando a cada passo o que acontece com os valores das variáveis.
Temos três funções para “andar” pelo código:
• Step Into, que entra no método chamado pela linha de código (Atalho: F5);
• Step Over, que executa a linha indo para a próxima (Atalho: F6);
• Step Return, que executa todo o resto do método no qual você está e para
novamente imediatamente depois disso (Atalho : F7).

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