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ESCALA DE OBREIROS DA IGREJA

JORNAL INFORMATIVOOrgão Informativo Oficial da Igreja Evangélica Baptista de Cascais


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Contrariamente à opinião popular, o cultivo de uma psicologia da crença acrítica não é um bem incondicional e se levado longe demais, pode

SETEMBRO DE 2010 - NÚMERO LXVI


tornar-se positivamente um mal: O mundo inteiro caiu estupidamente nas arapucas do diabo, e a arapuca mais mortal é a religiosa. O erro nunca
parece tão inocente como quando se acha no santuário. Um campo em que armadilhas aparentemente inofensivas, mas de fato mortais,
aparecem em grande profusão é o da oração. As doces noções sobre oração existentes são tantas que não caberiam num volumoso livro, todas
elas erradas e sumamente prejudiciais às almas dos homens.

Penso agora numa dessas falsas noções que se acha muitas vezes em locais aprazíveis, em sorridente consórcio com outras noções de
inquestionável ortodoxia. É a de que Deus sempre responde à oração. Este erro aparece entre os santos como uma espécie de terapia filosófica
para todos os fins, para impedir que algum cristão decepcionado sofra um choque forte demais quando se evidencia que as suas expectativas,
calcadas na oração, não se estão cumprindo. Dá-se a explicação de que Deus sempre responde à oração, seja dizendo Sim, seja dizendo Não,
ou substituindo o favor desejado por alguma outra coisa.

Ora, seria difícil inventar um artifício mais bonito que esse para salvar a situação do suplicante cujos pedidos foram negados por sua
desobediência. Assim, quando uma oração não é respondida, ele só tem de sorrir vivamente e explicar: "Deus disse Não". Isso tudo é muito
cômodo. Sua hesitante fé é salva de confusão e permite que sua consciência minta tranqüilamente. Mas eu pergunto se isso é honesto. Para
receber-se resposta à oração, como a Bíblia emprega o termo e como historicamente os cristãos o têm entendido, dois elementos precisam estar
presentes: (1) Um claro pedido feito a Deus, de um favor específico. (2) Uma clara concessão desse favor, feita por Deus, em resposta ao pedido.
É preciso que não haja nenhum desvio semântico, nenhuma troca de rótulos, nenhuma alteração do mapa durante a viagem empreendida para
ajudar o embaraçado turista a encontrar-se a si mesmo.

Quando nós dirigimos a Deus a petição de que Ele modifique a situação em que nos achamos, isto é, de que Ele responda a oração, precisamos
preencher duas condições: (1) Devemos orar segundo a vontade de Deus e (2) devemos estar naquilo que os cristãos à moda antiga muitas
vezes chamam de "território da oração"; isto é, devemos estar vivendo de modo agradável a Deus. É vão pedir a Deus que aja de maneira
contrária aos Seus propósitos revelados. Para orar com confiança, o peticionário deve assegurar-se de que a súplica se enquadra na livre
vontade de Deus quanto ao Seu povo.

A segunda condição também é de vital importância. Deus não se pôs na obrigação de acatar pedidos de cristãos mundanos, carnais ou
desobedientes. Ele só ouve e responde às orações dos que andam em Suas veredas. "Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança
diante de Deus; e aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante dele o que lhe é agradável...
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito" (1 João 3:21, 22; João 15:7).
Deus deseja que oremos e deseja responder às nossas orações, mas Ele faz o nosso uso da oração como privilégio, fundir-se com o Seu uso da
oração como disciplina. Para recebermos respostas à oração precisamos cumprir os termos de Deus. Se negligenciarmos os Seus mandamentos,
as nossas _petições não serão levadas em consideração. Ele somente alterará situações à solicitação de almas obedientes e humildes. O
sofisma, Deus-sempre-responde-às-orações, deixa sem disciplina o homem que ora. Pelo exercício desta peça de lisonjeiro casuísmo, ele ignora
a necessidade de viver sóbria, justa e piedosamente neste mundo, e de fato entende a peremptória recusa de Deus a responder sua oração como
sendo a própria resposta. É natural que tal homem não cresça em santidade; que nunca aprenda a lutar e a esperar; que nunca saiba o que é ser
corrigido; que nunca ouça a voz de Deus, convocando-o para ir avante; que nunca chegue ao ponto em que estaria moral e espiritualmente apto
para ter respondidas as suas orações. Sua filosofia errônea o arruinou.

Por isso exponho a má teologia em que se firma a sua má filosofia. O homem que a aceita nunca sabe onde está; nunca sabe se tem a
verdadeira fé ou não, pois, se o seu pedido não é atendido, ele evita a conclusão certa com o artifício de declarar que Deus fez girar a coisa toda
e lhe deu outra coisa. Ele não se sujeitará a atirar num alvo, de modo que não se sabe se é bom ou mau atirador. De certas pessoas Tiago diz
claramente: "... pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres." Dessa breve sentença podemos aprender que
Deus rechaça alguns pedidos porque aqueles que os fazem não são moralmente dignos de receber a resposta. Mas isto nada significa para
aquele que foi seduzido pela crença em que Deus sempre responde à oração. Quando um homem desses pede e não recebe, faz um passe de
mágica e identifica a resposta com alguma outra coisa. A uma coisa ele se apega com grande tenacidade: Deus nunca manda ninguém embora,
mas invariavelmente atende todos os pedidos. A verdade é que Deus sempre responde à oração que se harmoniza com a Sua vontade revelada
nas Escrituras, contanto que aquele que ora seja obediente e confiante. Além disto não nos atrevemos a ir.
Fonte: www.bomcaminho.com
A espiritualidade bíblica “pode ser definida ou mais facilmente entendida
como uma profunda busca pela pessoa de Deus. É uma vida que tem como
objetivo central agradar e imitar a pessoa de Jesus Cristo, bem como
encarná-lo em todas as esferas da vida. O apóstolo Paulo, inspirado pelo
Espírito Santo, expressa esse entendimento ao dizer: “Já não sou eu quem
vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo
pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por
mim”(Gl 2:20). Jesus Cristo é o padrão perfeito de espiritualidade. Em sua
encarnação nos mostrou que Deus não faz separação entre espiritual e o
material, entre sagrado e o secular. Cristo uniu na sua carne estes mundos
que estavam separados na crença das pessoas. Ele nos mostrou o caminho
que devemos seguir, o caminho é ele mesmo .

Nossa tendência natural é fazer separação entre o sagrado e o secular, pois


de certa forma é mais fácil tentar controlar os dois mundos, mas isto não é
funcional. Criamos igualmente uma separação entre Cristo e o cristianismo,
mesmo que subjetivamente. Estabelecemos um sistema de regras, dogmas,
atitudes que nomeamos cristianismo, mas que na prática não tem muito que
ver com a pessoa de Cristo. Seguir este “cristianismo” estabelecido por nós
mesmos, chamamos de espiritualidade. Eli Stanley Jones em seu clássico
livro “The Christ of The Indian Road” escreveu: “Eu defino o cristianismo
como Cristo”. Na concepção de Stanley Jones, não há como separar Cristo
do cristianismo. O cristianismo é o caminho, e o caminho é Cristo.

Devido a grande deformação da religiosidade, definir o cristianismo como


Cristo certamente poderá despertar o protesto de muitos. No entanto,
devemos voltar a essência da fé e seguir um cristianismo que seja nada
menos que a própria vida de Cristo, caso contrário o próprio monoteísmo
cristão estaria em questão. O cristianismo não pode ser simplesmente um
estilo de vida que estabelecemos em paralelo com a pessoa de Jesus Cristo,
como se ambos fossem de naturezas distintas. Não há como seguir um
sistema religioso, tenha ele o nome que tiver, e ao mesmo tempo seguir a
Cristo. Os reformadores nos ajudaram a abandonar a religiosidade e a voltar
para Cristo ao apregoar “Solo Christus”. Cristo é suficiente, não precisamos
de acréscimos, se nossa religião necessita de acréscimos, de algo mais além
de Cristo, então estamos no caminho errado. A espiritualidade bíblica é
aquela que tem Cristo como centro e modelo único para todas as coisas.
Emilio Antonio Nunes escreveu com graça para Revista Ultimato:

“O Cristo revelado nas Escrituras é o Cristo Deus — o Logos eterno,


associado eternamente com o Pai e com o Espírito, criador e sustentador dos
céus e da terra, o Senhor da vida e da história, o Alfa e o Ômega, o princípio MIMO MISSIONÁRIO
e o fim, o “que é, que era e que há de vir”, o Todo-poderoso Senhor. O Cristo
revelado nas Escrituras é o Cristo histórico — manifestado no tempo e no O Depto. De Missões informa que há uma caixa na igreja onde podem ser depositadas prendas
espaço, em data precisa do calendário de Deus, na plenitude da história
humana, no contexto de uma geografia, de um povo, de uma cultura, de uma para serem enviadas para os missionários Paulo e Tatiana Meireles e Herbert e Desiré Lucas, que
sociedade. O Cristo revelado nas Escrituras é o Cristo humano — estão na África. Sugerimos, livros, CDs e DVDs, roupas, brinquedos para o Levi e Natã, perfumes,
engendrado pelo Espírito, concebido pela virgem Maria, participante de carne loções, etc. Estas prendas são para os missionários! É bom designar na prenda para quem ela é
e sangue, “feito carne”, identificado plenamente com a humanidade. O Cristo
revelado nas Escrituras é o Cristo profeta — o arauto de Deus Pai, intérprete destinada.
da Divindade, revelador da vontade divina para seu povo e para toda a
humanidade. O Cristo revelado nas Escrituras é o Cristo sacerdote — o que
está sentado à direita da Majestade nas alturas e “também pode salvar
totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para
interceder por eles” (Hb 7.25). O Cristo revelado nas Escrituras é o Cristo rei,
que está para vir — o Juiz de vivos e de mortos, o Rei dos reis e Senhor dos
senhores, o Cristo da renovação total.”

Este é o Cristo que devemos seguir, a fonte alimentadora da espiritualidade


bíblica. As propostas espirituais que venham com seus acréscimos ou
deduções devem ser rejeitada. Ricardo Barbosa em seu artigo Espiritualidade
e Espiritualidades faz uma maravilhosa declaração da espiritualidade bíblica:
“O propósito da espiritualidade é o nosso crescimento em direção a Cristo,
ser conformados à imagem de Jesus Cristo. Não se trata de um ajustamento
sociológico ou psicológico, de sentir-se bem emocional ou socialmente, mas
de um processo de crescimento e transformação. Para Paulo, isto significa
caminhar em direção à perfeita varonilidade, à medida de estatura de Cristo.
Ele mesmo afirma que a vida se encontra oculta em Cristo e, por esta razão,
devemos buscar as coisas do alto onde Cristo vive. O fim da espiritualidade
cristã está em uma humanidade madura e completa em Cristo”.

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