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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JAYME DE ALTAVILA – FEJAL

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ – CESMAC


CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – CCJUR
NÚCLEO DE GERENCIAMENTO ACADÊMICO – NGA

Albery Carlos
Almira Patrícia
Ana Cláudia
Egídio Aires
Fernando Steve
Jonathan Liberato
José Fagner
Kelly Morgana
Maria Aparecida
Maria Giane
Mariseuda Gonçalves
Nadiane Souza e Silva
Técio Marques

FALÊNCIA PATRIMONIAL – RECUPERAÇÃO JUDICIAL

ARAPIRACA
2007
Albery Carlos
Almira Patrícia
Ana Cláudia
Egídio Aires
Fernando Steve
Jonathan Liberato
José Fagner
Kelly Morgana
Maria Aparecida
Maria Giane
Mariseuda Gonçalves
Nadiane Souza e Silva
Técio Marques

FALÊNCIA PATRIMONIAL – RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Trabalho solicitado como nota para 2ª


avaliação na disciplina de Direito
Comercial II, sob orientação da prof.ª
Jaqueline do Cesmac, extensão Arapiraca.

ARAPIRACA
2007
INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi elaborado através de pesquisas, e no decorrer destas, foi


possível levantar dados sobre a recuperação judicial na nova lei de falência. A nova lei de
recuperação de empresas nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, vem a regular a recuperação
judicial e a falência nos trazendo algumas mudanças importantes na atual legislação
falimentar, conforme será discorrido de forma geral.
DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Com a aprovação da Lei nº 11.101, de 09 de fevereiro de 2005, revogando a


ultrapassada legislação falimentar prevista no Decreto-Lei nº 7.661, de 21 de junho de 1945,
foi criada a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade
empresária, sendo objeto deste estudo a recuperação judicial, que surge em substituição à
concordata preventiva. A nova lei de falências está fundamentada em novos princípios que
buscam não só a preservação da empresa como unidade geradora de empregos, mas, também,
como fonte de recolhimento de tributos.
Além disso, busca-se a eliminação do instituto da concordata, que efetivamente já não
atendia mais aos interesses dos credores, além de não resolver o problema da insolvência da
empresa. Assim, foi introduzido o instituto da Recuperação Judicial, na qual a participação
dos credores não se dá compulsoriamente, mas sim, com participação voluntária de todos.
Portanto o objetivo central da nova lei de falências é recuperar a empresa que esteja em crise
econômico-financeira, para isso, mister se faz analisar a viabilidade da empresa para suportar
a recuperação judicial.

Finalidade da recuperação judicial

A recuperação judicial do devedor visa à continuidade dos negócios das empresas


viáveis, a manutenção de empregos e o pagamento dos credores. Enquanto que a legislação
atual se preocupa somente com aspectos formais para declarar a falência da empresa, a futura
lei não é tão formalista como a atual porque ela se preocupa com a função social da empresa
dentro do seu meio de atuação.

Créditos sujeitos a recuperação judicial

Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos que se tenha contra o devedor
recuperando na data do pedido de recuperação, ainda que não vencidos, conforme o disposto
no art. 49 da LRE. Ressalta-se, entretanto, que esta regra possui exceções, visto não estarem
sujeitos à recuperação judicial os seguintes créditos: a) no qual o credor tenha a posição de
credor fiduciário de bens móveis ou imóveis. É o caso, por exemplo, da alienação fiduciária
em garantia, forma contratual muito utilizada em nossos dias; b) relativos a arrendamento
mercantil (leasing); c) no qual o credor seja proprietário ou promitente vendedor de imóvel
cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade,
inclusive em incorporações imobiliárias; d) cujo credor seja proprietário de bem objeto de
venda com reserva de domínio; e) decorrentes de adiantamento de contrato de câmbio para
exportação onde o recuperando seja devedor; f) os créditos fiscais.
Em que pese o contido no art. 49 da LRE, destacam-se observação de Manoel Justino Bezerra
Filho: Este artigo, se efetivamente encontrasse correspondência na Lei, talvez trouxesse
possibilidade de permitir a recuperação judicial. No entanto, à semelhança do art. 47, acima -
que permaneceu no texto como declaração de princípios, sem respaldo no conjunto da Lei -, o
art. 49 é contraditado por inúmeros outros artigos, de tal forma que deixa de ficar sujeita à
recuperação uma série de créditos, aliás, os mais importantes e determinantes em qualquer
tentativa de recuperação. Os créditos que foram mais diretamente ressalvados são os de
origem financeira, de tal forma que, quando da elaboração final da Lei, dizia-se que esta não
seria a lei de "recuperação das empresas" e sim, a lei de "recuperação do crédito bancário". E,
efetivamente, a Lei não propicia grande possibilidade de recuperação, principalmente por não
corresponder à realidade o que vem estabelecido no art. 49.

Apresentação do plano de recuperação judicial

Com a nova lei, o devedor apresenta seu pedido e tem até 60 dias para apresentar um
plano detalhado de recuperação dizendo de que forma o empresário vai se recuperar e pagar
seus credores. O processo de recuperação judicial é aberto por uma fase preparatória e
conservatória que permite uma análise profunda da situação econômico, financeira,
patrimonial e social da empresa para ver se é possível sua recuperação.

Abertura do processo de recuperação judicial

Atualmente o devedor apresenta ao juízo uma proposta de pagamento que será feita a
seus credores seguindo as condições estabelecidas na lei para realização de pagamentos. Uma
vez preenchidos os requisitos estabelecidos na legislação, o julgador, sem ouvir ninguém,
determina a abertura do processo de concordata.
Pessoas submetidas a esse regime jurídico

As sociedades comerciais e civis de fins econômicos, as cooperativas e as pessoas


físicas que exerçam atividade econômica em nome próprio e de forma organizada.Entretanto,
não se sujeitam a esse regime as pessoas físicas que exerçam atividade econômica, de forma
individual ou de forma organizada, inclusive a exploração de propriedade rural, desde que seu
patrimônio líquido e sua renda anual não ultrapassem os limites estabelecidos pela Secretaria
da Receita Federal. Entretanto, o último texto da emenda aglutinativa, tal qual o substitutivo
do relator, não admitem nem a recuperação das empresas nem a falência dos ativos das
empresas públicas e das sociedades de economia mista e das instituições financeiras, porque
sobre elas deverão dispor leis específicas. A subemenda adota a terminologia do projeto do
Executivo voltando a chamar-se falência ao invés de liquidação judicial.

Requerimento

Podem requerer sua própria recuperação em Juízo às sociedades comerciais e civis de


fins econômicos, as sociedades cooperativas e as pessoas físicas que exerçam atividade
econômica em nome próprio e de forma organizada, excetuando-se as pessoas físicas que
exerçam atividade econômica autônoma, de forma individual ou organizada, inclusive a
exploração de propriedade rural, desde que seu patrimônio líquido e a sua renda anual líquida
não ultrapassem os limites estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal para fins de
obrigatoriedade de declaração do Imposto de Renda - Pessoa Física. A recuperação judicial
também poderá ser requerida, conforme o caso, pelo liquidante, cônjuge sobrevivente,
herdeiros do devedor, inventariante ou pelo sócio remanescente.

Condições necessárias

As condições impostas são: exercício de suas atividades por mais de dois anos, de forma
regular, e ainda atendam os seguintes requisitos:
I – não ser falido ou, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado,
as responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, requerido recuperação judicial ou não ter deixado de
cumprir recuperação judicial anterior;
III – não ter pedido de falência pendente, salvo se, julgado improcedente, encontrar-se em
exame pela instância recursal; e
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio-controlador de empresa,
pessoa condenada por qualquer dos crimes capitulados nos arts. 216 a 225 desta lei.

Formas de recuperação judicial

A recuperação pode dar-se por meio da concessão de prazos e condições especiais para
pagamento das obrigações vencidas, vincendas ou que se vencerem antecipadamente, em
virtude da recuperação judicial.Também poderá ocorrer, por outros meios, tais como: I -
concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas,
vincendas ou que se vencerem antecipadamente por força do requerimento de recuperação
judicial; II - cisão, incorporação, fusão, constituição de subsidiária integral ou cessão de
quotas ou ações da sociedade; III - substituição total ou parcial dos administradores; IV -
aumento de capital social; V – arrendamento, de preferência às sociedades cooperativas
formadas por empregados da própria empresa, atendendo às exigências de seguro dos bens e
outras que o juiz entender necessárias, sem que se caracterize a sucessão de dívidas ou
transferência de direitos e obrigações; VI - celebração de acordo coletivo de trabalho,
inclusive para reduzir salários e aumentar ou reduzir a carga horária dos trabalhadores; VII -
dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia
própria ou de terceiro; VIII - constituição de sociedade de credores; IX - venda parcial dos
bens; X - equalização dos encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo
como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se
inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto nas legislações específicas
que disciplinam a matéria; XI - usufruto da empresa; XII - administração compartilhada; XIII
- emissão de debêntures, sujeita à condição de aceitação pela maioria em assembléia de
credores; XIV – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar em
pagamento dos créditos os ativos da empresa em recuperação judicial, ressalvado o direito dos
credores dissidentes receberem seus créditos quando da realização dos ativos, pelo valor que
lhes caberia em rateio proporcional aos valores de avaliação; e XV – substituição de garantia
Direito de prioridade de recebimento dos créditos no processo de recuperação judicial

Havendo débitos de natureza estritamente salarial vencidos nos três meses anteriores
ao pedido de recuperação judicial esses devem ser pagos no prazo de 30 ( trinta ) dias até o
limite de 5 salários mínimos por trabalhador. O saldo deverá ser pago no prazo de 1 ( um )
ano juntamente como o crédito decorrente de acidentes de trabalho. De forma geral os demais
créditos serão pagos conforme estiver previsto no plano de recuperação judicial. O crédito
tributário está excluído podendo ser cobrado fora do plano, sendo que legislação específica
deverá estabelecer o parcelamento.

Do deferimento da recuperação judicial

Uma vez processada a recuperação judicial com a aprovação do plano de recuperação,


o empresário permanecerá sob observação judicial, em princípio, somente por dois anos. Após
este período, o processo é retirado da justiça. O plano pode ser revisto se houverem
modificações substancias na situação econômico-financeira do devedor.

Descumprimento das obrigações do devedor em recuperação judicial

Atualmente o devedor que deixa de cumprir com suas obrigações pecuniárias no


processo de concordata tem, em situações normais, sua falência declarada. Com a nova lei não
somente pelo descumprimento de obrigações pecuniárias, mas também pelo descumprimento
de outras obrigações essenciais ele terá declarada sua falência, como por exemplo, da não
realização de uma fusão que era considerada essencial para a recuperação da empresa pelos
credores ao aprovarem o plano de recuperação judicial.
.
CONCLUSÃO

Portanto, diante do exposto percebe-se que o a recuperação judicial visa recuperar a


empresa que esteja em crise econômico-financeira, por isso, é necessário analisar a
viabilidade da empresa para suportar a recuperação judicial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. Editora Saraiva. São Paulo.

FÜNDER, Maximilianus Cláudio Américo. Resumo de Direito Comercial (Empresarial) –


34ª Edição: Malheiros. São Paulo, 2005.

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