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CAMÕES REVISTADO 12/08/2008 – ANO 1.

N°1 Diretor: Gustavo Ferreira

Fecha-se Com 27 ou 28?


Informática repete?
A Coordenadora Regina Rondon
responde a estas e outras perguntas
em entrevista exclusiva.
“Eu acredito muito nisso de que não é só o
aluno: há uma série de coisas e tudo deve ser
levado em conta”, diz ela.

PAG 3.

Colégio recebe visita de estudantes


estrangeiras
Nicole e Rachel assistiram aulas no Ensino Médio
As irmãs estadunidenses Nicole e Rachel moram em
Denver, no Colorado. As duas vieram passar as férias no
Brasil com sua amiga Clara, que nasceu em Santa Cruz mas
mora nos EUA. As três estiveram no Colégio Camões na
terça-feira, dia 5, e participaram da viagem cultural. PAG 3.

Alunos do 3° EM passam no “E o site da escola?”


vestibular
Pronto desde Março,
Cabeça raspada e
cara pintada: o trote site espera por
não poupa ninguém hospedagem
Foto: Luiz Orlando, Gabriel diz que a escola
aprovado em Educação ainda precisa alugar um
Física na UENP, e
Felipe, em Zootecnia na UEM e Veterinária na servidor de hospedagem para colocá-lo no ar. A
UENP. “Eles já estão garantidos”. PAG 3. Argon fornece o serviço e será procurada. PAG 3.

ENTREVISTADO HUMOR +MAIS


Sílvia fala sobre a Tiras:
iAO LEITOR PAG 3.
organização, o acervo e a
verba da biblioteca, e dá um A Raposa iARTIGO DE FUNDO
recado para os irresponsáveis Voadora “Convite à Política” – Gustavo
“Existe essa idéia de cobrar uma Ferreira PAG 3.
multa (ou o valor do livro, caso Calvin
ele tenha sumido). (...) Talvez iESPAÇO PENSAMENTO
resolva, mas não queríamos que Hagar “Mídia e Poder” – Clóvis de
chegasse a esse ponto, queríamos que todos devolvessem Oliveira PAG 3.
sem precisar pedir, e dentro do prazo - o que é questão de
PAG 3.
criar hábito (...).” PAG 3.
Direção, edição, revisão e fotos: Gustavo Ferreira; Co-direção: Felipe de Souza; Colaboradores: Bianca Renófio, Clóvis de Oliveira e Renato Coymbra.

AO LEITOR ....
É com muita satisfação que escrevo a primeira carta ao leitor do jornal (quinzenal) que estamos
desenvolvendo neste semestre. Pretendemos, por meio deste, mostrar aos alunos do Colégio Camões a
realização de eventos, entrevistas com funcionários, notícias e outras coisas as quais envolvam, de alguma
maneira, nós alunos deste colégio.
O nome “Camões Revistado”, como o leitor provavelmente já percebeu, tem duplo sentido no fato de o
jornal colocar o Colégio sob nossos olhos, ou seja, “revistado” pelo jornalismo, e também por ser um meio de
comunicação (jornal, “revista”) que divulga o que esta sendo feito em nossa cooperativa.
É indispensável a ajuda dos alunos na criação de novas idéias para o nosso jornal, aliás, esperamos
que ele cresça ao decorrer dos meses e anos, para que, um dia, seja conduzido pelas crianças que agora entram
na escola, quando estas estiverem no ensino médio.
Contamos com a sua colaboração, leitor, para que esse jornal, que está em sua mão, sobreviva por
muitos anos. As Cartas e sugestões podem ser enviadas pela nossa comunidade no Orkut: “Camões Revistado”.
Um abraço e boa leitura!
Felipe Pinheiro de Souza

ARTIGO DE FUNDO ...


Grêmio Estudantil (Gustavo Ferreira)
Um Grêmio Estudantil é uma organização política e democrática composta por alunos de um colégio ou
universidade. Seu papel é proporcionar o desenvolvimento e a coesão da comunidade em que atua,
representando o grupo estudantil dentro e fora da escola.
Nós estudantes, de qualquer idade ou Ensino, somos um grupo, e como todo temos interesses (pelo
menos deveríamos ter) que só com uma boa organização podem ser efetivamente realizados. Além disso,
formamos, junto de diretores, funcionários, pais e mestres, a comunidade escolar. E ao exemplo deles, dos
professores e diretores, que se organizam entre si nas HTPCs*, e com os pais na APM*, deveríamos nos
organizar em uma agremiação (reunião, associação), e assim como esses grupos, fazer valer nossos interesses
sobre nossa comunidade.
Mas há um obstáculo que precisamos combater: nosso grupo é pouco coeso. - Coeso? Coesão quer dizer
união, que é essencial, porque só dela pode surgir a organização, especialmente a política - pois que é política
senão a preocupação e o cuidado com o coletivo, com o Todo? Ora, toda iniciativa política (o grêmio estudantil
é uma) deve partir do reconhecimento de que somos todos iguais, de que as coisas melhoram se cuidamos uns
dos outros, de que temos interesses em comum - em resumo: de que precisamos nos unir.
Um grêmio seria a prova dessa união e, portanto, o seu surgimento representaria nossa vitória sobre
aquele obstáculo.
Por ser uma agitação estudantil, só os alunos fariam parte, o que não significa que os demais ficariam à
margem, pelo contrário: todos acabariam se envolvendo de alguma forma, pois para agir na comunidade escolar
um grêmio estudantil deve estar em conexão plena e direta com ela toda. Assim, não só o grupo, mas também a
comunidade se torna mais coesa, o que facilita o desenvolvimento.
É verdade que nosso colégio é como uma célula viva: está em constante evolução e mudança (quem
estuda aqui há mais de dois anos sabe). Esta é uma característica muito positiva, porque para haver
desenvolvimento é sempre necessário se mover. Entretanto, até agora não fomos mais do que testemunhas desse
processo evolutivo. No máximo, servimos de objeto de experiência para as “propostas pedagógicas do ano” - e
sim, elas se aperfeiçoam a cada ano - mas o resultado poderia ser ainda melhor se todos nos movêssemos
juntos: e é aí que está a importância do nosso envolvimento.
Sendo assim, eu convido aqueles que acreditam e querem se envolver em tal empreendimento a se
manifestarem: vamos trocar idéias juntos! Sei que não é comum fazer convites em um editorial, mas esse jornal
não pretende ser comum. A maior pretensão desse jornal é cooperar para a formação crítica dos leitores. Então,
procurem a mim ou aos outros membros da equipe e conversemos todos. É preciso começar logo.
*HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo) é o momento em que professores e toda a equipe gestora da escola (diretores,
coordenadores, etc.) se reúnem para estudo, reflexão, discussão e avaliação da proposta pedagógica e do desempenho escolar do
aluno. No Colégio Camões tais reuniões funcionam de forma diferenciada e têm o nome de Reuniões de Rede.
*APM (Associação de Pais e Mestres) é uma entidade que inclui professores, gestores e pais, e atua participando das decisões
relativas à organização e funcionamento escolar nos aspectos administrativos, pedagógicos e financeiros. Por ser uma cooperativa,
no Camões não há nenhuma entidade do tipo. O que há é a Assembléia da Cooperativa, cuja atuação é a mesma.
ENTREVISTADO
A cada edição o CAMÕES REVISTADO trará pelo menos uma entrevista, a
ser colocada nesta seção. A entrevistada dessa quinzena foi a bibliotecária do
Colégio, Sílvia Morbi Garcia. Confira abaixo.

Camões Revistado - Sílvia, como é organizada a biblioteca?

Sílvia - A organização é feita pela faixa etária. Os livros juvenis e infanto-juvenis eu coloco do
lado esquerdo de quem entra na biblioteca, e os livros pedagógicos, de pesquisa e de literatura clássica,
ficam do lado contrário. Cada livro tem um código, que é uma etiqueta que eu coloco em cada um, e
tem uma numeração. Com isso eu sei onde está disponível cada um.

Camões Revistado - É difícil manter essa organização?

Sílvia - Não, é tranqüilo. A biblioteca é muito pequena. Todo dia antes de ir embora eu verifico
como ela está e a arrumo. Peço para as crianças não recolocarem os livros que retiram do lugar, porque
às vezes elas retiram e os colocam em outro lugar, dificultando a localização posterior. Então quem
retira o livro deixa em cima da mesa e sou eu quem guarda.

Camões Revistado - E os alunos cooperam?

Sílvia – Cooperam. Todos eles cooperam.

Camões Revistado – Sílvia, o que você acha do acervo


disponível na biblioteca?

Sílvia - A biblioteca é pequena, ainda, mas não podemos reclamar pois a maioria dos livros
provêm de doação. As pessoas fazem a doação, eu faço uma seleção do que é muito importante, e
deixo aqui. E é aos poucos que a escola vai comprando os livros, então falta muita coisa, muita coisa
ainda, mas o que tem supre o que a gente precisa no momento.

Camões Revistado - E de quanto em quanto tempo a biblioteca compra e/ou recebe livros?

Sílvia - Doação, geralmente, no final do ano, quando as pessoas fazem faxina em casa e
mandam pra cá. Então eu faço uma reciclagem e seleção dos livros, pois vem muita coisa que já tem
aqui, e essas eu dôo também. Para as compras há uma verba da cooperativa destinada a esse fim, mas
ainda é pouco.

Camões Revistado - Bem, vejo que a biblioteca adquiriu vários Atlas e alguns livros...

Sílvia - Os Atlas são uma coleção da Folha de São Paulo, semanal, a 19,90 cada volume (a
escola que compra). São 26 volumes: daqui a seis semanas termina.

Camões Revistado - E no total, quantos títulos foram adquiridos?

Sílvia - Ahn... Menos de vinte livros.

Camões Revistado - Tirando os Atlas.


Sílvia - Sim, tirando os Atlas. Dessa cota que eu tenho por semestre (que é uma cota pequena se
você pensar que livros são caros) não dá pra comprar tantos livros. Por exemplo, se você me dá o nome
de um que você quer que seja comprado, eu ponho na lista, mas se ela passar daquele valor eu vou ter
que cortar alguns itens. Então eu compro o que é mais pedido ou o que a professora indica, que na
maioria das vezes são os clássicos e os indicados para vestibular, estes é necessário comprar. Mas
compro também esses populares, que estão na lista dos mais vendidos como O Caçador de Pipas, que
é um livro que todo mundo pediu e está aí para diversão.

Camões Revistado - Bom, Sílvia, você gostaria de dar algum recado para os alunos?

Sílvia - Ah tem uma coisa muito importante que eu queria falar com relação à devolução. Ainda
é muito difícil as pessoas espontaneamente virem e devolverem um livro. Todo final de semestre eu
fico de quinze a vinte dias passando de classe em classe, cobrando os alunos, um por um, para que
devolvam os livros. É difícil recuperá-los para verificar se estão em ordem, para concertá-los, para não
os perder. Essa é a parte em que eu encontro mais dificuldade na organização de biblioteca. Isso
acontece com alunos de qualquer idade, apesar de que os pequenos até devolvem sem eu precisar pedir
muito, mas quanto maior mais difícil fica de recuperar... E uma coisa muito interessante é que tem
gente que nunca vem aqui. Alunos que eu olho e penso “nossa você nunca passou por lá”. Por outro
lado, tem gente que vem aqui todo santo dia pra ler jornal, revista, emprestar livro...

Camões Revistado - Nem que seja só pra dormir, né? (Risos)

Sílvia - Nem que seja! (Risos)

Camões Revistado - Você acha que talvez devesse ser cobrada um taxa no caso de atraso na
devolução? Seria uma solução?

Sílvia - Eu acho. Inclusive nós já discutimos isso com a Regina. Existe essa idéia de cobrar uma
multa (ou o valor do livro, caso ele tenha sumido). O que até agora não aconteceu porque esse
programa que eu uso é muito antigo e não supre as necessidades. Mas hoje instalaram um programa
novo, pelo qual vou ter acesso direto à ficha do aluno. Então, se ele não devolver ou perder o livro, cai
na conta dele no fim do mês. Eu acho que daí ninguém vai perder livro nem atrasar. Talvez resolva,
mas não queríamos que chegasse a esse ponto, queríamos que todos devolvessem sem precisar pedir, e
dentro do prazo, o que é questão de criar hábito, de responsabilidade.

Camões Revistado – Quer dizer que o programa de computador que você usava até agora, não
servia de nada?

Sílvia - Nada. Muito antigo, em DOS... Ele faz o mínimo; não tenho controle. Hoje a gente
instalou um novo, mas vai demorar muito para eu conseguir usar, pois vou ter que catalogar tudo de
novo, e pra cada livro são mais de vinte itens. Não sei em quanto tempo eu vou fazer tudo, então eu
vou começar, devagar...

Camões Revistado – OK... Sílvia, muito obrigado!

Sílvia - Por nada!


“E o site da escola?”
Gustavo Ferreira

Todos fazem a mesma pergunta a Gabriel Ferreira, aluno do 7° ano do Ensino Fundamental e
encarregado de desenvolver o portal eletrônico do Colégio Camões. Em Março ele o apresentou em
reunião aos professores e diretores.
“Eles gostaram e deram algumas opiniões”, afirma. Nessa altura, todo
o sistema, design e conteúdo escrito já estavam prontos. O site só não foi
colocado no ar logo em seguida porque “ainda faltavam as fotos, que só
foram liberadas pela escola em junho, quando eu pude finalizar de vez o
trabalho”, declara Gabriel. Ele diz que, segundo a Coordenadora Regina
Guimarães, o professor de informática José Guilherme está encarregado Gabriel mostrando o site.
de alugar um domínio e providenciar a hospedagem. A Argon, que oferece esse serviço, não foi
procurada. Gabriel não sabe dizer quando poderemos acessar o portal. “Todos os professores me
cobram: ‘E o site da escola?’ Bom, o que cabia a mim, eu já fiz”, diz ele.
Hospedagem e Domínio
Para colocar um site no ar, é preciso primeiramente hospedá-lo em um servidor. É o servidor
que faz com que ele apareça na internet. O aluno do 2° ano do Ensino Médio, Francisco Macieirinha
Neto, é filho do proprietário da Argon e informa que uma hospedagem lá custa 35 reais por mês. Uma
vez hospedado, é preciso alugar um domínio, um endereço para o site, por exemplo,
www.colegiocamoes.com.br. Esse aluguel é anual, e, sendo com final “.com.br”, custa 30 reais por
ano, que são pagos ao órgão público que regulamenta esse tipo de domínio. Assim, nessas condições -
e é bom que se pesquisem os preços de outras empresas de hospedagem -, o Camões gastaria R$37,50
por mês com o portal.

Colégio recebe visita de estudantes estrangeiras


Bianca Peres Renófio

Na terça-feira passada, dia cinco, recebemos a visita de duas americanas. As irmãs Rachel, de
14 anos, e Nicole, de 17, vieram do Colorado (nos EUA) passar as férias no Brasil. Isto aconteceu
através de Clara, 14, que é brasileira e cuja família é de nossa cidade.
Clara mora nos Estados Unidos da América desde pequena, e além da
família, aqui ela também tem alguns velhos amigos. Dois deles são Pedro e
Victória Renófio, que estudam em nossa escola. Além disso, ela fez várias
novas amizades com outras pessoas de nosso colégio e até de Ourinhos.
As três participaram da viagem cultural de nossa escola para Minas
Gerais, que foi realizada nas férias de julho, e assim tiveram contato com
alguns alunos. Mais tarde, elas acharam legal passar um dia em nossa Nicole, envergonhada, na
escola, para conhecê-la e reencontrar alguns colegas. sala do 3° EM
Clara e Rachel ficaram na sala do 1º ano do Ensino Médio e Nicole na sala do 3º, que
correspondem às suas salas nos EUA Deste modo, alguns alunos puderam ter um contato maior com
elas, fazendo perguntas e treinando seu inglês.
Foi muito bacana a visita delas ao nosso colégio, pois por meio das suas respostas às nossas
perguntas percebemos as diferenças existentes entre um país e outro. Assim, esperamos que voltem
mais vezes.
Fecha-se Com 27 ou 28? Informática repete?
Eis uma duvida geral. E se você perguntar para os professores, cada um vai dar uma resposta
diferente, às vezes uma ao contrário da outra.. Assim, essa entrevista tem o objetivo de esclarecer de
uma vez por todas as dúvidas mais freqüentes com relação à nota, exame, conselho, repetência, etc.

Camões Revistado – Regina, tendo em vista a grande preocupação que os alunos têm com a
Nota, diga-nos como e por quem foram criadas as regras que regem o tratamento das provas e notas
no Camões. Que parte é definida pela Lei e que parte é livre a cada escola definir?

Regina – A forma de avaliação adotada pelo Colégio está descrita em seu Regimento Escolar,
que segue as exigências da lei maior, a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
Federal N° 9394/96). Mas nós não gostaríamos que fosse assim, pois a “nota” não corresponde à
realidade. Por exemplo: se naquela prova de matemática você estava passando mal, sua nota será baixa,
o que não quer dizer que você não conheça bem a matéria. Entende? Nós gostaríamos de mudar isso
aos poucos. Mas existe uma grande preocupação dos alunos, e principalmente dos pais, com a nota.

Camões Revistado – De uma vez por todas: “fecha-se” uma matéria com 27 ou 28 pontos?

Regina – Somando-se 28 pontos nos quatro bimestres o aluno obtém média 7, entretanto, se a
soma for 27 pontos a média é 6,75, que por aproximação é 7. Mas o importante não é a média, e sim o
que se aprende.

Camões Revistado – Quais são as matérias extra-curriculares? Elas repetem?

Regina – Nossa grade é totalmente diferente das demais escolas. As extra-curriculares são
Inglês, Espanhol, Conversação, Informática e Filosofia. Além dessas, temos aulas extras para o Ensino
Médio de Matemática, Física e Química, uma aula a mais de cada. Todas as disciplinas fazem parte do
currículo do colégio, portanto o aluno que não obtiver a média estabelecida no regimento fica retido.

Camões Revistado – E em quantas matérias um aluno precisa reprovas para repetir o ano?

Regina – O aluno que não obtiver média 7, em qualquer


matéria, será submetido ao exame final. Se a média entre a Média
Anual e a Nota do Exame for igual ou superior a 6, ele é considerado
promovido, do contrário ele é considerado retido. Também é
considerado retido na série em curso, sem direito a exame final o
aluno que não obtiver 75% de freqüência em cada matéria.

Camões Revistado – Como funciona o temido Conselho?


Quando ele é feito? Regina, Coordenadora Pedagógica.

Regina – O conselho se reúne no final de cada bimestre, após a avaliação final (exame), após a
avaliação especial (segunda época) ou quando convocado pelo diretor da escola. Após a avaliação
final, decide sobre o encaminhamento dos alunos à avaliação especial em até três disciplinas. Após
avaliação especial, decide sobre a promoção ou retenção do aluno na série. Além disso, o Conselho
analisa os padrões de avaliação, avalia o rendimento da classe nas diferentes matérias e seu
relacionamento com os diferentes professores, e identifica alunos com problemas de aprendizagem,
propondo soluções para os mesmos. Resumindo, todo o processo educativo é analisado, e eu acredito
mesmo nisso de que não é “só o aluno”: há uma série de coisas e tudo deve ser levado em conta.
Camões Revistado – Um aluno do 3° ano que passe no vestibular é promovido mais facilmente
pelo conselho em caso de reprova?

Regina – Normalmente não se retém alguém que passou no vestibular. Mas o conselho estuda cada
situação de forma única. A aprovação depende das particularidades de cada caso e as decisões são
baseadas nos elementos consistentes apresentados. De maneira geral, há sempre uma preocupação que
visa o melhor para o aluno.

Camões Revistado - Haverá aulas de sociologia ano que vem?

Regina - Sim. O Presidente da República sancionou a lei que torna obrigatória a Sociologia e a
Filosofia para o ensino médio.

Alunos do 3° EM passam no vestibular


Renato Justo Coymbra

Dentre os vestibulandos de inverno do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Camões,


alguns conseguiram garantir uma vaga para o próximo ano. São eles os estudantes Felipe Pinheiro de
Souza e Luiz Orlando Guimarães Rondon.
Felipe foi aprovado em veterinária na UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) de
Bandeirantes e em zootecnia na UEM (Universidade Estadual de Maringá). Das duas, apenas a vaga
que conseguiu na UEM pode ser “segurada” até 2009, e como ele prefere cursar veterinária, terá que
prestar vestibular de novo no fim do ano. Enquanto isso, Luiz Orlando conseguiu aprovar-se em
Educação Física na UENP de Jacarezinho, que, ao contrário da de Bandeirantes, “segura” vaga.
”Segurar vaga” quer dizer que o estudante que passa no vestibular de meio de ano, ou
“vestibular de inverno”, mesmo que não tenha concluído o Ensino Médio, pode se matricular e
somente ingressar na universidade no próximo ano, quando terá concluído o Médio. Assim, alunos do
3° EM têm uma chance a mais do que o tradicional (que seria só a do fim do ano). Apesar disso, esses
vestibulares geralmente apresentam menor concorrência, que também atrai os vestibulandos.
Muitos alunos do 3° EM do Colégio ficaram em lista de espera e podem ser chamados. Outros,
apesar de não conseguirem um bom resultado durante o vestibular de inverno, ainda possuem
esperanças para o vestibular de final de ano, e vamos torcer para que todos consigam o resultado
desejado.

Luiz Orlando e Felipe foram “zuados” com o trote, que


por tradição é aplicado pelos amigos a quem passa no vestibular.
ESPAÇO PENSAMENTO
Mídia e Poder (Clóvis Venturini de Oliveira)
“Jornalismo é publicar o que alguém não quer que seja publicado; todo o resto é publicidade.” – George
Orwell.
A mídia desempenha uma função fundamental no mundo globalizado. Seleciona informações para
serem ou não reveladas ao público e influencia grupos em discussões sociais, culturais, políticas e econômicas.
Ela detém um enorme poder em suas mãos que muitos desconhecem, o qual é manipulado por aqueles que se
prejudicariam pela exposição desta ou daquela notícia.
Grande parte da mídia é mascarada, pois esconde fatos que o público tem por direito saber. Tem-se aí,
não somente a falta de ética de alguns jornalistas, mas a manipulação da notícia por donos de jornais, a
apreensão em publicar notícias sobre pessoas conhecidas e poderosas, além da gratificação ilegal para esconder
informações. No entanto, existem fatos que são escondidos para não causar alarde na sociedade, visto que
envolvem aspectos delicados que poderiam nutrir situações indesejadas.
O jornalismo que publica aquelas notícias que muitos não têm coragem é sempre considerado radical e
até imprudente pela elite conservadora, a qual é tida como principal gestora da manipulação de informações.
Um jornalismo sério visa exterminar a influência dos meios de comunicação na decisão do público sobre
quaisquer aspectos, dando-lhes bases para refletirem sobre as informações que lhes são passadas de maneira
autônoma.
Enfim, é fato que a mídia escondeu muitas coisas que seriam vitais para modificar diversos aspectos
negativos da história, assim como é fato que escondeu coisas que eram necessárias serem mantidas em sigilo. A
exigência é que o jornalismo empenhe-se em expor acontecimentos relevantes para a sociedade, deixando que
esta reflita sobre estes e julgue-os. Afinal, já temos muita publicidade; necessitamos da verdade.

HUMOR – Tiras:
A Raposa Voadora

CALVIN HAGAR

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