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1 – Origem da Microbiologia
2 – Biogênese X Abiogênese
3 – Teoria Microbiana da Fermentação
4 – Teoria Microbiana da Doença
5 – Primeiros Estudos sobre a Imunidade
1 – Origens da Microbiologia
Nas antigas civilizações, as causas das doenças infecciosas eram atribuídas a natureza
como o aparecimento de um cometa, ou um desagrado a uma divindade, no entanto
preconizava-se alguns métodos de higiene e a quarentena.
Hipócrates, médico grego, estabeleceu alguns conceitos de doença que influenciaram a
prática até a Idade Média e vários conceitos sobre as doenças infecciosas ainda datavam
da era a. C.. Em 1546, Girolano Francastoro, médico italiano, definiu que o contágio
ocorria: 1 – pelos contatos; 2 – através de fômites ou objetos; 3 – a distância (através do
ar).
2 – Biogênese X Abiogênese
Essa discussão durou até meados de 1860, quando um químico francês chamado Louis
Pasteur realizou seus experimentos clássicos que derrubaram definitivamente a teoria
da geração espontânea. Ele utilizou frascos com um pescoço semelhante a um pescoço
de cisne, preenchidos com caldo nutritivo e fervidos. Demostrou com isso, que a poeira
do ar continham muitos microrganismos e que os mesmos, contaminavam os meios
nutritivos. Essas infusões fervidas permaneciam estéreis indefinidamente pois o frasco
com o gargalo semelhante a um “S” evitavam a passagem dos microrganismos, mais
não do ar propriamente dito.
O físico John Tyndall, em 1881, contribuiu para a confirmação da teoria da biogênese
realizando um experimento onde usou uma câmara de cultivo ou caixa, onde demostrou
que o ar poderia ficar sem microrganismo simplesmente por permitir que as partículas
de poeira se sedimentassem no fundo de uma caixa fechada.
Postulados de Koch:
1 - Um microrganismo específico deve sempre estar associado a uma doença.
2 - O microrganismo deve ser isolado e cultivado em cultura pura, em condições
laboratoriais.
3 - A cultura pura do microrganismo produzirá a doença quando inoculada em animal
susceptível.
4 - É possível recuperar o microrganismo inoculado do animal infectado
experimentalmente.
Devaine (1863): utilizando sangue de animais infectados pelo antraz, transmitiu
infecções em camundongos, carneiros e gados sadios. A filtração do sangue infectado
em filtros de barro removia os organismos do filtrado e dessa forma não induzia a
doença, enquanto os depósitos sobre o filtro produzia a doença.
Oliver W. Holmes (1809-1894): médico americano, insistiu em 1843 que a febre de
parturiente era contagiosa e , portanto, era transmitida de uma mulher para outra pelas
mãos dos médicos e das parteiras
Ignaz Philipp Semmelweis (1818-1865) pesquisava uma maneira de manter as incisões
cirúrgicas livre de contaminação pelos microrganismos usando soluções cloradas na
antisepsia das mãos dos médicos.
Após a descoberta dos vírus, agentes que não crescem em laboratório, como fazem as
bactérias, foram requeridas algumas alterações dos postulados de Koch. Dentro de um
curto período de tempo depois do estabelecimento da teoria microbiana, o postulado
conduziu à descoberta da maioria das bactérias que causam a doença humana.
Dmitri Ivanovski (1864-1920): em 1892, descobriu que o agente do mosaico do tabaco
podia ser transmitido por um suco filtrado da planta doente. Esse agente era o vírus,
palavra derivada do latim que significa líquido viscoso ou veneno. A partir do
conhecimento de que os microrganismos causam doenças, os cientistas começaram a
dar maior atenção a sua prevenção e tratamento, surgindo conceitos como anti-sepsia,
imunização e quimioterapia. A descoberta do microscópio eletrônico, por volta de
1934, introduziu uma nova era na citologia molecular, estimulando o sucesso a
renovação da pesquisa, com aplicação de técnicas histoquímicas estabelecidas. A era da
antibiótica deu início com a descoberta da penicilina por Fleming (1929) que foi
desenvolvida durante a segunda Guerra Mundial.
6 – Bibliografia
7
BIER, O. Microbiologia e Imunologia . v. 1, 30ª ed., São Paulo –
Melhoramentos, 1994.
NISENGARD, R. J., NEWMAN, M. G. Microbiologia Oral e
Imunologia. 2ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.
PELCZAR, M. J., et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. v. 1, 2ª
ed., São Paulo: Makron Books, 1997