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DIEGO ANDRADE CERQUEIRA

A EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA
Desde os séculos passados até os dias de hoje

ETE. “RUBENS DE FARIA E SOUZA”


2

SOROCABA/ 2004
DIEGO ANDRADE CERQUEIRA

A EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA
Desde os séculos passados até os dias de hoje

TCC apresentado à ETE. “Rubens de Faria e


Souza.”, como exigência parcial para conclusão
do Curso do Ensino Médio em 2004
_______________
Orientador: Prof.(a) Acidália C. Moretti.

ETE. “RUBENS DE FARIA E SOUZA”

SOROCABA/ 2004
3
4

Dedico aos meus pais que não


mediram esforços para investir
em minha formação acadêmica,
o que tornou possível a abertura
das portas de uma vida profissional
de grandes sucessos a mim.
5

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que a cada dia me dá sabedoria e


vigor, para avançar sempre vencendo a todas as barreiras que se
interpõem em meu caminho.

Agradeço a Ângela Maria Exner, valorosa amiga, sempre


presente em todos os momentos, dedicada, alegre e compreensiva.

Agradeço aos professores que se empenharam em ser


mais que instrutores e com sua dedicação trouxeram para mim
conselhos e momentos que haverei de levar por toda minha vida, a
saber, Cíntia, Fátima, Acidália e Márcia.

Agradeço a Sergio Rosa e Kaliny Lourenção


Consorte, instrutores de informática, pelo apoio dispensado para o
enriquecimento de meus conhecimentos relacionados à minha profissão.

Agradeço aos meus pais por todo apoio que


dispensaram durante a elaboração deste trabalho.

Agradeço a mim mesmo pelas horas de dedicação


aos estudos autodidatas que tornaram possível a elaboração deste
trabalho.
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RESUMO

Visando justamente apresentar de uma forma clara


e objetiva a história da informática, que impulsiona a globalização
atualmente, foi desenvolvida esta obra que mostra os principais
acontecimentos que desencadearam esta revolução digital que está presente
em todos os lugares e campos da humanidade. De uma maneira dinâmica
são apresentados ordenadamente os acontecimentos no campo da
informática desde a criação do primeiro computador eletrônico até os
microcomputadores presentes em milhares de casas, é apresentada a internet
desde a sua criação para fins relacionados à guerra até a sua popularização
atual. Esta obra foi desenvolvida com o justo intuito de preencher um espaço
deixado pela falta de livros de informática que nesta linha de pensamento
demonstrem a história da informática utilizando-se de termos técnicos
acessíveis. O que há hoje a respeito da evolução da informática são vagos
resumos de alguns fatos relevantes, porém sem uma
explicação aprofundada. A obra foi divida por categorias e as categorias por
assuntos de maneira bastante objetiva. Através deste minucioso estudo é
possível compreender de forma mais facilitada os avanços tecnológicos da
atualidade, quebrar certas credulidades impostas por mitos pregados pelas
corporações participantes, mostrar idéias que também foram ou/e ainda são
inovadoras, de maneira a apresentar a informática sob um ângulo menos
unilateral, podendo-se assim aproveitar este estudo de forma a utilizar-se da
informática de uma maneira que favoreça um maior progresso. Pois somente
conhecendo-se as várias marcas, plataformas e tecnologias que se pode
então afirmar e aplicar as que se apresentam como as melhores.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................... 01

1. O QUE É INFORMÁTICA................................................................. 03
1.1. Classificação............................................................................... 03
1.2. Tipo de Computadores................................................................ 03
1.3. As Gerações............................................................................... 04
1.4. Classificação do Porte dos Computadores................................. 05
1.6. Classificação dos Microcomputadores........................................ 06

2. A ORIGEM DOS COMPUTADORES................................................ 08

3. INÍCIO DA ERA DA COMPUTAÇÃO................................................ 12


3.1. Aplicação da Tecnologia das Máquinas...................................... 12
3.2. Sistemas Numéricos................................................................... 13

4. COMPUTADORES DE PRIMEIRA GERAÇÃO................................ 14


4.1. Mark I.......................................................................................... 14
4.2. Hitler, o destruidor de projetos................................................... 15
4.3. Colossus..................................................................................... 16
4.4. Eniac........................................................................................... 17
4.5. Válvulas Termoiôncas................................................................. 19
4.6. Edvac.......................................................................................... 19
4.7. Edsac.......................................................................................... 20

5. COMPUTADORES DE SEGUNDA GERAÇÂO................................ 20


5.1. Transistores................................................................................ 20
5.2. Linguagens de Programação...................................................... 21
5.3. Univac......................................................................................... 23
5.4. Outras Inovações........................................................................ 23
5.5. Tradic.......................................................................................... 24
8

6. COMPUTADORES DE TERCEIRA GERAÇÃO............................... 24


6.1. Circuito Integrado........................................................................ 24
6.2. Componentes com tecnologia CI................................................ 25
6.3. Os primeiros Microcomputadores............................................... 26
6.4. Altair 8800................................................................................... 27
6.5. Linguagens de Programação...................................................... 28
6.6. Final da Terceira Geração.......................................................... 29

7. COMPUTADORES DE QUARTA GERAÇÃO.................................. 30


7.1. Circuito Integrado em Larga Escala............................................. 30
7.2. Microprocessadores de Quarta Geração.................................... 30

8. COMPUTADORES DE QUINTA GERAÇÃO.................................... 32


8.1 Circuitos Integrados de VLSI....................................................... 32
8.2. Multiprogramação....................................................................... 33
8.3. Teleprocessamento..................................................................... 33
8.4. Linguagens de Programação...................................................... 34

9. SOFTWARE...................................................................................... 39
9.1. O que é?..................................................................................... 39
9.2. Classificação de Softwares......................................................... 40

10. HARDWARE................................................................................... 44
10.1. Definição................................................................................... 44
10.2. Componentes............................................................................ 44

11. HISTÓRIA DOS COMPUTADORES IBM PC E PS/2..................... 71


11.1 IBM-PC....................................................................................... 71
11.2. IBM-PC XT................................................................................ 73
11.3. IBM-PCjr.................................................................................... 74
9

11.4. IBM-PC AT................................................................................ 74


11.5. IBM-PS/2.................................................................................. 75
11.6. IBM-PC’s Portáteis................................................................... 77
11.7. A atualidade............................................................................. 78

12. FAMILÍA DE PROCESSADORES INTEL....................................... 79


12.1. Origens – 8086/8088................................................................. 79
12.2. Melhoria 80186/80188.............................................................. 81
12.3. Evolução – 80286..................................................................... 82
12.4. Tecnologia – 386...................................................................... 83
12.5. Inovação – 486.......................................................................... 84
12.6. Tecnologia dos Co-processadores Matemáticos...................... 85
12.7. Performance – Pentium............................................................ 86
12.8. A tecnologia MMX..................................................................... 87

13. A HISTÓRIA DOS COMPUTADORES APPLE MACINTOSH........ 88


13.1. Apple II...................................................................................... 88
13.2. Outros Modelos Apple............................................................... 90
13.3. Revolução Macintosh................................................................ 92
13.4. Viagem através doa anos na história do Apple Macintosh....... 94

14. HISTÓRIA DOS SISTEMAS OPERACIONAIS............................... 105


14.1. Definição e CP/M...................................................................... 105
14.2. Microsoft DOS........................................................................... 108
14.3. Unix........................................................................................... 108
14.4. Microsoft Windows.................................................................... 110
14.5. Mac OS..................................................................................... 117
14.6. IBM OS/2................................................................................... 118
14.7. Linux ......................................................................................... 118

15. A INTERNET................................................................................... 123


10

15.1. As origens – ARPANET............................................................ 123


15.2. AS origens – WWW.................................................................. 124
15.3. Definições................................................................................. 125
15.4. A Internet.................................................................................. 125
15.5. A Internet e as empresas.......................................................... 126
15.6. Geração Sites........................................................................... 129

16. CONCLUSÃO................................................................................. 130

BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 132
11

INTRODUÇÃO

Se olharmos a nossa volta, certamente notaremos a


presença de diversos equipamentos eletrônicos, porém sem vislumbrar de
maneira aprofundada a importância que cada um representa para nossas
vidas, uma vez que isso somente acontece quando algum deles apresenta
algum problema que venha a inviabilizar o seu uso.
Devido ao avanço tecnológico do século passado, hoje é
impossível imaginar as nossas vidas sem as magníficas invenções que
ocupam os nossos lares, nosso local de trabalho e até mesmo lazer. As
invenções que surgiram ao longo dos tempos mudou as estruturas de nossas
vidas de alguma forma, tais como a roda, eletricidade, imprensa, automóvel,
televisor, entre outras, de maneira que hoje se uma delas faltar, certamente
causará grandes transtornos em nosso cotidiano, uma vez que se tornaram
imprescindíveis.
Mas de todas as invenções citadas acima, certamente o
computador é o que trouxe em menos tempo as mais radicais revoluções a
nível mundial. Hoje se o computador vier a faltar, certamente o mundo irá ficar
inerte, uma vez que hoje tudo está computadorizado, tudo está a um clique de
distância!
Criado a princípio apenas efetuar cálculos de uma maneira
menos complicada e rápida, os computadores tomaram dimensões de
importância tão grandes, que rapidamente passaram a contribuir de alguma
maneira em quase todos os campos da humanidade.
Potencialmente o equipamento mais versátil da atualidade,
pode ser utilizado para enviar e receber mensagens, ampliar os horizontes de
conhecimento, trazer entretenimento, possibilitar a comunicação mundial de
maneira simples, barata, rápida e eficaz, automatizar indústrias inteiras,
efetuar complicados cálculos, armazenar grandes quantidades de
informações de maneira dinâmica entre outras milhões de utilidades.
Justamente visando explorar um pouco deste vasto mundo
e de maneira clara e objetiva mostrar a evolução da informática é que esta
obra foi desenvolvida. O principal intuito é apresentar de forma clara para
aqueles que se utilizam diariamente do computador como ferramenta de
trabalho e desejam obter mais informações a respeito da evolução das
diferentes tecnologias que envolvem o mundo da informática e suas
aplicações, ou para aqueles que são usuários e desejam simplesmente
vislumbrar o histórico da informática desde os seus primórdios até os
presentes dias.
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E com a grande demanda e crescimento das tecnologias


que envolvem o mundo da informática se faz necessário saber porque os
rumos assim são tomados e como avaliar o que cada corporação pode
oferecer tendo em vista o agir dela e os resultados trazidos ao longo dos
tempos.
Justamente também visando esta conscientização de que
não é necessário andar debaixo das regras ditadas pelas maiores
corporações que atuam no ramo da informática, muitas vezes de maneira
antiética é que são expressas as vantagens e desvantagens de cada uma das
tecnologias que surgiram e/ou estão presentes no nosso cotidiano.
E assim com base em mais de dois anos de pesquisa está
obra poderá assumir uma posição pouco difundida e explorada no mundo da
informática, de maneira a trazer para os que se utilizam da informática em seu
dia-a-dia uma visão mais crítica e menos unilateral a respeito do que se pode
visualizar no mercado a cada dia.
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1. O QUE É INFORMÁTICA?

1.1. Classificação

Quando ouvimos a palavra informática, de imediato a


associamos aos computadores. Esta associação é muito lógica, pois nada
mais é do que a junção das palavras “informação” e “automática”, que
emergiram com os progressos realizados no domínio dos computadores que
estiveram na base do desenvolvimento desta nova ciência que denominamos
Cibernética. Informática nada mais é do que o tratamento automático da
informação através da utilização de técnicas, procedimentos e equipamentos
adequados.
O minidicionário “Silveira Bueno” define a palavra
“computador” como sendo: processador de dados capaz de aceitar
informações, efetuar “operações programadas e fornecer resultados para
resolução de problemas. Existem computadores de grande porte e os
microcomputadores. Quanto à evolução tecnológica os computadores se
dividem em: 1ª geração (utilização de válvulas); 2ª geração (utilização de
transistores); 3ª geração (utilização de circuitos integrados: chip). E a palavra
“informática” como sendo: “emprego da computação eletrônica na ciência ou
matéria da informação”.

1.2. Tipo de Computadores

Há ainda uma classificação de tipos de computadores,


porém esta classificação é pouco difundida uma vez que na atualidade quase
todos os computadores utilizados são basicamente do mesmo tipo.
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1.2.1. Computadores Analógicos

São aqueles que operam por simulação de sinais elétricos


semelhantes e costumam ser aplicados em problemas de controle de
processos. A sua programação é integrada aos circuitos e não são muito
precisos e nem velozes. Possuem uma grande área de processamento e um
pequeno volume de entrada e saída de volume de dados.

1.2.2. Computadores Digitais

Representam a programação e os dados através de


cadeias de dígitos binários (0 e 1). Encontram aplicação em praticamente
todos os campos de atividade humana, são mais precisos e velozes que os
computadores analógicos. Possuem uma pequena área de processamento de
dados e um grande volume de entrada e saída de dados.

1.2.3 Computadores Híbridos

São os que possuem as características dos analógicos e


dos digitais. A entrada de dados é controlada por um conversor “analógico-
digital”, a informação é processada por um conversor digital e a saída é
canalizada por um conversor “digital-analógico”.

1.3. As Gerações

A partir daí então é que se começa a dividir os


computadores, porém não há um consenso pré-determinado, há autores que
fazem a divisão em 4 gerações, outros em 5, outros em 6 e ainda outros em 3
ou 2, por isso convencionou-se fazer a divisão em 5 gerações.
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1.4 Classificação do Porte dos Computadores

Assim como a classificação dos computadores por geração


não é precisa, do mesmo modo não há um consenso com relação à
classificação do porte dos computadores. Por isso convencionou-se fazer a
classificação dos computadores em relação ao se porte em: super
computadores, minicomputadores e microcomputadores. Porém ainda assim
esta classificação não é muito difundida, pois computadores de diferentes
portes podem ser utilizados para desenvolver as mesmas tarefas, ainda que
em proporções diferentes.

1.4.1. Super Computadores ou Mainframes

São utilizados em grandes corporações onde há uma


necessidade de processar grande volumes de dados. Sua aplicação consiste
em emissão de taxas e impostos, estatística, meteorologia, planejamento
econômico, sistemas bancários, controle de viagens espaciais entre outros.
Podem ocupar salas inteiras devido a exigência de uma alta capacidade de
processamento.

1.4.2. Minicomputadores

São utilizados pelas médias empresas onde o volume de


informações a serem processadas é grande, mas menor em relação ao das
grandes corporações. Sua aplicação consiste em folhas de pagamento,
estatística, merketing e vendas, consultoria, controle de produtos e estoques,
planejamentos e produções entre outras atividades.
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1.4.3. Microcomputadores

É nesta categoria que se englobam os computadores


utilizados no dia-a-dia por milhões de pessoas em todo o mundo. Embora
possuam capacidade inferior de memória, velocidade e processamento são os
microcomputadores que movimentam a maior parte da economia baseada na
tecnologia da informação. Através deles pode se desenvolver tarefas
destinadas a uso doméstico e empresarial. São aplicados basicamente em
todos os campos da humanidade.

1.5. Classificação dos Microcomputadores

1.5.1. Desktops

São os microcomputadores mais comuns de serem


encontrados. Geralmente são utilizados para aplicações domésticas e de
empresas. Apresentam construção modular, seus periféricos podem ser
unidos como alguns modelos da Apple e outros da antiga Compaq, ou
separados de sua Unidade Central de Processamento, como a maioria dos
computadores.
As vantagens que apresentam sobre os outros tipos de
microcomputadores são: baixo custo de manutenção e equipamentos, alta
capacidade de expansão, flexibilidade, tamanho relativamente bom para ser
transportado.

1.5.2. Portáteis

São geralmente chamados de laptops ou notebooks. São


extremamente versáteis, uma vez que podem apresentar o mesmo
desempenho dos desktops com a vantagem de poderem ser transportados
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para qualquer lugar, trazendo um melhor aproveitamento do tempo


principalmente para quem trabalha fora da empresa.
Os atuais laptops têm a vantagem de não somente ser
transportado com facilidade como também de poderem trabalhar
desconectados da tomada através de uma bateria que os acompanha. Os
modelos atuais de notebook da plataforma IBM-PC são acompanhados com
baterias de duração média de uma hora e meia nos modelos básicos e
aproximadamente três horas e meia nos modelos mais sofisticados. Os
laptops da plataforma Apple-Macintosh geralmente são acompanhados com
baterias que duram aproximadamente cinco horas.
Outro importante fator a ser considerável nos laptops é o
seu peso. Os modelos básicos pesam em torno de três quilos e meio e os
mais sofisticados pesam em média um quilo e meio, uma grande revolução
em relação aos primeiros laptops que pesavam cerca de dez quilos, sendo
considerados por muitos, como computadores arrastáveis e não portáteis.
Atualmente algo importante da versatilidade dos
computadores portáteis é sua alta capacidade de conectividade com a internet
e redes sem fio através da tecnologia Wi-fi. Com o objetivo de customizar a
versatilidade dos portáteis as empresas que fabricam processadores estão
incluindo em seus processadores tecnologias que visam dar maior controle
sobre a tecnologia Wi-fi e desenvolvendo processadores que possam oferecer
o maior desempenho com o menor gasto possível de energia, um exemplo
disso são os processadores Intel Centrino e Pentium M. Mas quem necessita
de performance extrema dos laptops ainda pode optar por processadores
como o Intel Pentium 4, que geralmente é muito utilizado nos desktops
profissionais.
Havia há pouco tempo atrás também de uso um pouco
mais popularizado, o equipamento Docking Station para laptops, que visava
aumentar seu desempenho transformando-o em um computador de mesa,
quando não estivesse sendo usado fora do ambiente de trabalho.
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Embora ofereçam tecnologia e versatilidade, o maior


número de computadores vendidos ainda são os desktops, pois um notebook
pode chegar a custar de três a dez vezes mais caro que um desktop de
mesma configuração.
Em detrimento do alto custo que apresentam, as empresas
e usuários domésticos ainda optam na hora da compra pelos desktops.

1.5.3. Workstations

Há Workstations de médio porte e as de mesmo porte de


microcomputadores. São computadores mais poderosos e mais caros.
Geralmente rodam sistemas operacionais como Windows 2000, 2003 ou
ainda NT (os mais antigos) e Unix. Sua utilização geralmente é restrita em
sistemas que exijam alto poder de processamento, segurança e confiabilidade
tais como: sistemas bancários, corporativos, governamentais, hospitalares
entre outros. Também há workstations para uso destinado à computação
gráfica, para criação de animações para vinhetas de TV, animações para a
internet, criação de desenhos voltados para produção industrial entre outros.

2. A ORIGEM DOS COMPUTADORES

O homem sempre procurou uma maneira de produzir mais


com menos. E para satisfazer a essa exigência, ele desenvolveu máquinas
capazes de otimizar determinadas atividades, que se feitas por humanos,
seriam complicadas e morosas.
No princípio o homem se utilizava de hieróglifos e pinturas
em suas cavernas para expressar o seu viver. Essas e outras atividades que
visavam facilitar a sua vida diária, o levou a outras grandes descobertas como
o fogo, machado, roda, números entre outras que visavam inibir as suas
limitações.
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No campo matemático podemos destacar que homem se


utilizava do sistema numérico decimal, que exigia um tipo de trabalho mais
aplicado e com isso mais vagaroso. Visando justamente suprir a esta
necessidade que foi inventado o Ábaco por volta de -3000 A.D.
O Ábaco é um dos mais antigos instrumentos de cálculos
de que se tem conhecimento. Ele era constituído por uma armação produzida
de madeira onde eram amarrados fios com pequenas pedras calcárias
denominadas Calculis. A estes eram atribuídos valores na ordem de
centenas, dezenas, unidades entre outras. Os cálculos eram feitos com o
deslocamento dos Calculis. Para a época isto representou uma revolução
suficiente para desencadear uma verdadeira corrida rumo ao desenvolvimento
de novos instrumentos de cálculo para atender a demanda. Porém ainda
assim o Ábaco é ainda usado nos dias de hoje em diversos países do oriente.
Pelo decorrer do tempo foram criados diversos instrumentos visando à
mecanização do cálculo, algo complexo para a humanidade resolver de forma
rápida.
Mas a primeira calculadora que realizava operações
básicas como adição e subtração foi criada por Blaise Pascal no século XVII.
Filósofo e cientista, Pascal cria aos seus dezoito anos de idade a Pascaline,
constituída de um mecanismo com certo número de rodas dentadas, que
tornava possível através de sucessivos giros a execução de cálculos de até
oito dígitos como presente nas calculadoras comuns de hoje. Porém sua
operação por ser vagarosa não apresentou nenhuma vantagem sobre o
famigerado cálculo manual.
Analisando a genialidade da criação de Pascal, Gottfried
Leibniz projetou uma máquina bem mais sofisticada que além de executar
operações de adição e subtração também multiplicava e dividia valores. A
máquina de Leibniz era constituída de cilindros de rodas dentadas e um
complexo sistemas de engrenagens capazes de assombrar qualquer
engenheiro contemporâneo.
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As primeiras máquinas comercializadas no século XIX eram


baseadas nos princípios de funcionamento de sua máquina. Porém estas
máquinas não podem nem de longe serem comparadas à atual tecnologia
presente em nossas vidas. Elas trabalhavam basicamente combinando
números nela inseridos através de alavancas e relógios, desprovidas de uma
condição de armazenamento e um tipo de instrução automatizada.
Porém as coisas começaram a apresentar um avanço significativo a partir da
época da Revolução Industrial, quando definitivamente a idéia de substituir o
trabalho humano por máquinas começou a ser implantado.
Foi neste século que Charles Babbage deu um grande impulso ao
desenvolvimento das “Máquinas Matemáticas”.
Babbage dedicou sua vida ao projeto de tais máquinas,
porém sempre se deparou com problemas, pois a complexidade mecânica
que envolvia tais máquinas era excessiva para a época. Porém o seu objetivo
de criar máquinas que calculassem e imprimissem foi bem sucedido, pois foi
ele quem criou o conceito de uma leitora de cartões, que muito se
assemelham as nossas impressoras matriciais e que tornou possível técnicas
de programação que viriam a ser aplicadas no século XX.
Babbage idealizou um pequeno modelo constituído por 96 rodas e 24 eixos
que denominou “Máquina Diferencial”. Estimou aproximadamente 3 anos este
projeto, porém à medida que ele avançava novas idéias surgiam e
inutilizavam todo o trabalho anterior.
Logo após a “Maquina Diferencial”, Babbage passou ao
desenvolvimento da “Máquina Analítica”, que foi a primeira máquina
considerada programável, capaz de executar quaisquer cálculos, ainda que
através de programação externa. A máquina deveria dispor de uma memória
capaz de mil números de cinqüenta dígitos, comparando-os e agindo de
acordo com o resultado obtido. Sua limitação se baseava no fato de que toda
a informação seria armazenada em cartões perfurados, contendo programa e
dados, através de arames que podiam ou não perfurar os cartões, princípio
inicial da programação dos computadores eletrônicos.
21

Embora os projetos de Charles Babbage fossem revolucionários, sua


complexidade era tamanha que desencadearam diversos fracassos que
fizeram seu projetos permanecerem abandonados.
Na mesma época o inglês George Boole, depois de estudar várias teorias
matemáticas estabelece a “Lógica Formal” ou “Álgebra de Boole”. Através
desta lógica, foi permitido o estabelecimento de procedimentos que
identificam se uma situação é falsa ou verdadeira através de operadores
lógicos “AND”, “OR” e “NOT”, que foi de grande valia para o procedimento
para o uso da técnica de programação.
Outros matemáticos continuaram seus estudos após a morte de Boole,
criando os sistema de numeração binária, base dos modernos computadores
eletrônicos.
Foi nesta época que foi desenvolvida as diretrizes que
impulsionaram as atuais técnicas de programação (técnicas que inserem nas
máquinas os procedimentos e diretrizes para que elas realizem as
operações).
Foi Alan Turing quem criou o que hoje é à base de todas as técnicas de
programação, que consistia numa forma de inserir dados nas máquinas,
denominada decodificação.
Concretizava-se assim a ideologia da possibilidade de uma
máquina trabalhar com diversos tipos de dados diferentes, dependendo
apenas dos procedimentos e diretrizes que nela fossem inseridos, surgindo-se
assim a máquina programável.
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3. O ÍNICIO DA ERA DA COMPUTAÇÃO

3.1. Aplicação da Tecnologia das Máquinas

Essa crescente evolução das máquinas de calcular e


computar tornou possível em 1890 à elaboração do Censo Estado-Unidense
por Herman Hollerith. Porém se ele se utilizasse da máquina presente na
época, só terminaria o censo na época de realizar outro (1900). Assim
Hollerith fez um aperfeiçoamento dos cartões perfurados e consegui com êxito
obter os resultados em três anos. Para isso ele introduziu o uso da
eletricidade em sua máquina. Os cartões eram introduzidos na máquina que
os lia a partir de pinos metálicos, que ao entrarem em contato com os cartões
ultrapassavam a as marcas perfuradas e entravam em contato direto com
uma superfície também metálica. No contato dos pinos com a superfície
metálica era transmitida uma corrente elétrica, que era registrada e
armazenada na memória da máquina. A máquina de Hollerith ficou conhecida
com Tabulador de Hollerith.
Em função do sucesso obtido com o censo, Herman
Hollerith fundou a TMC (Tabulation Machine Company) em 1896, se
associando em 1914 com outras duas pequenas empresas e formando a
Computing Tabulation Recording Company que veio a se tornar em 1924 a
famosa IBM (Internacional Business Machine).
Em 1930, os cientistas começaram a progredir nas
invenções de máquinas complexas sendo o Analisador Diferencial de Vanner
Bush o marco para o início da moderna era do computador.
Em 1936, Allan Turing faz a publicação de um artigo sobre números
computáveis e Claude Shannon demonstra numa tese a conexão entre a
lógica, simbólica e circuitos elétricos.
Em 1937, George Stibitz desenvolve em sua mesa de
cozinha um “Somador Binário”.
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Porém ainda que haja estas menções acima, nada de novo


foi especialmente criado, tudo isto foi apenas um aperfeiçoamento das
máquinas já existentes.

3.2. Sistemas Numéricos

Muitas pessoas alguma vez em suas vidas ouviram dizer


que o computador trabalha apenas com números e de uma maneira ainda
mais estranha, apenas com zeros e uns.
Visto que as informações dos computadores são passados
através de circuitos eletrônicos e estes são ativados através de impulsos
elétricos, estes podem apenas estabelecer apenas dois estados estáveis:
positivo e negativo. A partir daí então foi desenvolvido um sistema
representativo de apenas dois símbolos (0,1) que representam os impulsos
elétricos negativo e positivo respectivamente.
Todos os sistemas então obedecem a regra chamada de
“Sistema Posicional”, que determina que a composição de algarismos não
depende somente dos algarismos que o compõem como também a sua
devida posição.
Para que o computador possa processar uma informação
ele se utiliza da linguagem de máquina. Não importa se inserimos um dado
em letra ou número ou ainda vetores de desenho, para o computador isto tudo
sempre será representado por números.
As bases numéricas mais comuns na informática são
binária, decimal e hexadecimal.

3.2.1. Sistema Binário

Usualmente aplicado na linguagem de máquina apresenta


somente os algarismos: 0 e 1.
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3.2.2. Sistema Decimal

Usualmente aplicado em diversas linguagens de


programação, vetores de imagens gráficas, cálculos é composto dos
algarismos: 0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

3.2.3. Sistema Hexadecimal

Usualmente aplicado em algumas linguagens de


programação tem seu uso bastante difundido na aplicação de codificação de
cores, é composto pelos seguintes algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B,
C, D, E e F.

4. COMPUTADORES DE PRIMEIRA GERAÇÃO

4.1. Mark I

O crescente avanço nas tecnologias das máquinas


chamaram a atenção dos militares estado-unidenses, que interessados no
poder que estas máquinas poderiam trazer a longo prazo, investiram alto em
pesquisas e projetos, que começaram a trazer resultados durante a Segunda
Guerra Mundial.
Em meados de 1944, graças a grandes avanços obtidos no
campo da eletricidade, inicia-se a construção de uma máquina baseada nos
princípios de funcionamento de dispositivos eletromecânicos conhecidos
como relês. Assim pela primeira vez foram implementados os princípios da
Álgebra de Boole que foram implementados através de circuitos de
chaveamento, tipo abre e fecha de relês, de modo a expressarem alternativas
SIM/NÃO, 1/0, Ligado/Desligado, que identificam a validade ou não uma
proposição.
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Este incrível computador eletromecânico foi desenvolvido


na Universidade de Harvard, pela equipe do professor H. Aiken com ajuda
financeira da IBM, que veio a investir US$ 500.000,000 no projeto. Seu nome
era Mark I e era controlado por programa que usava o sistema numérico
decimal. Ele tinha 15 metros de profundidade e 2,5 metros de altura,
envolvido por vidro e aço inoxidável brilhante.
Suas principais características eram:
• 760.000 peças;
• 800 km de fios;
• 420 interruptores para controle;
• Realizava uma multiplicação em 0,4 segundos;
• Realizava uma divisão em aproximadamente 10
segundos;

O Mark I prestou serviços matemáticos na Universidade de


Harvard por dezesseis anos completos, apesar de não ter feito muito sucesso,
por razão de ser obsoleto antes mesmo de ser concluído. Um dos seus
maiores inconvenientes no uso, porém era o intenso ruído que emita quando
estava em funcionamento.

4.2. Hitler, o destruidor de projetos

Em 1941, ao passo do desenvolvimento do Mark I, Konrad


Zuse, na Alemanha, já estava a criar modelos de teste muito superiores ao
Mark I: o Z1 e Z2. Logo após estes, completou um computador operacional
que chamou de Z3, que consistia num dispositivo controlado por programa
baseado no sistema binário, e era muito menor e de construção bem mais
barata que o famigerado Mark I.
Os computadores Z3 e logo a seguir o Z4, foram utilizados
na solução de problemas de engenharia de aeronaves e projetos de mísseis.
Zuse construiu outros vários computadores para fins especiais, mas não teve
26

apoio do governo alemão. Hitler na época mandou embargar todas as


pesquisas científicas, excetos as de curto prazo, sendo que o projeto Zuse
levaria cerca de dois anos para ser concluído. Uma das principais aplicações
das máquinas de Zuse era quebrar os códigos secretos que os ingleses
utilizavam para se comunicarem com os comandantes no campo.

4.3 Colossus

Em face o crescente avanço na tecnologia das máquinas


computáveis, em 1943, sob a liderança de Alan Turing, criador do que
originaria os parâmetros da programação moderna, foi desenvolvido o
computador Colossus, que era muito mais ambiciosa que o famigerado
Mark I, uma vez que ao invés de relés eletromecânicos se utilizava do novo e
revolucionário invento da época, as válvulas.
Trabalhando com símbolos perfurados numa argola de fita
de papel, o Colossos trouxe uma grande revolução para as máquinas da
época, pois utilizava-se da leitura fito elétrica, comparando a mensagem
cifrada no papel coma os códigos conhecidos até encontrar uma coincidência
e assim processar a informação.
O Colossus possuía aproximadamente 2.000 válvulas e era
capaz de processar até 25.000 caracteres por segundo. Por coincidência o
número de válvulas de que ele se utilizava era aproximadamente o número
proposto para a nova máquina que não lhe foi permitido desenvolver.
Em 1945, Jonh Von Nemann delineia os elementos críticos
de um computador, possibilitando-se assim uma melhora na resolução de
problemas e desenvolvimento de soluções para as máquinas computáveis.
27

4.4. Eniac

Com a invenção da válvula e com o aprimoramento da


álgebra de Boole, foi possível o desenvolvimento do primeiro computador
digital eletrônico de grande escala: o Eniac – Eletronic Numeric Integrator and
Calculator (Computador e Integrador Numérico Eltrônico).
Com o seu desenvolvimento impulsionado pela Segunda
Guerra Mundial, seu uso era voltado para efetuar cálculos balísticos e decifrar
códigos inimigos.
Projetado pelos engenheiros Jonh W. Mauchly e J. Presper
Eckert, que era um gênio em engenharia (desenvolveu um rádio a cristal com
apenas oito anos de idade e o colocou na ponta de um lápis), com o apoio do
Departamento de Material de Guerra do Éxercito dos Estados Unidos da
América, na Universidade da Pensilvânia, o Eniac representou a revolução
que teve a maior repercussão por todo o mundo, uma vez que era
extremamente melhor que as máquinas criadas até então.
Porém ainda que desenvolvido para fins militares, o
desenvolvimento do Eniac foi concluído em apenas 1946, um ano após o
término da Segunda Guerra Mundial.
Programado através de números binários aliados a álgebra
de Boole, diferentemente da programação baseada em números decimais que
estava presente em uma grande maioria das máquinas eletromecânicas, sua
principais características eram:
• Totalmente eletrônico;
• Possuía 17.468 válvulas de vidro interligadas por
aproximadamente 300 km de fios;
• 500.000 conexões de solda;
• Consumia aproximadamente 250 kW de potência elétrica
por hora (gasto aproximado de um mês inteiro na média de
casas da maioria da população do país);
28

• Alcançava altas temperaturas quando se encontrava em


plena operação;
• Uma válvula queimava a cada cinco minutos;
• Não possuía capacidade de armazenamento de
informações em sua memória;
• Eram necessários no mínimo 5 operadores;
• Pesava por volta de 30 toneladas;
• Ocupava uma área de aproximadamente 180 metros
quadrados de área construída e com altura de
aproximadamente 9 metros;
• 2 vezes maior que o Mark I;
• Realizava uma soma em 0,0002 segundos e uma
multiplicação com números de 10 dígitos em apenas 0,005
segundos;

Ainda que possuísse um grande potencial para cálculos,


apresentava um enorme problema: com um número extremamente alto de
válvulas operando a uma taxa de 100.000 pulsos por segundo, havia 1,7
bilhão de chances por segundo de que uma válvula viesse a falhar,
apresentando também aquecimento demasiadamente alto. Em detrimento das
válvulas liberarem muito calor, mesmo com os ventiladores, a temperatura
subia às vezes até a 67ºC. Eckert, aproveitando-se da idéia que era utilizada
em equipamentos eletrônicos, diminuiu a tensão elétrica das válvulas,
reduzindo as falhas para apenas 1 ou 2 vezes por semana.
Embora tenha sido uma máquina extremamente poderosa
para a época, apresentava muitos inconvenientes que fizeram com que fosse
deixada de lado em 1948 e desativada em 2 de Outubro de 1955.
29

4.5. Válvulas Termoiônicas

Embora apresentassem um grande avanço tecnológico, as


válvulas apresentavam os seguintes problemas:
• Aquecimento demasiado;
• Queima freqüente em razão do elevado aquecimento;
• Elevado consumo de energia;
• As válvulas eram relativamente lentas;

4.6. Edvac

O sucessor do Eniac foi o Edvac – Eletronic Discrete


Variable Computer (Computador Eletrônico de Variáveis Discretas).
Também desenvolvido pelo engenheiro Eckert, o Edvac
trouxe alguns avanços significativos em relação ao Eniac, pois permitia que o
trabalho fosse acelerado com a capacidade de armazenamento de dados e
programas.
Os dados eram armazenados eletronicamente num meio
matéria composto de um tubo cheio de mercúrio, conhecido como linha de
retardo, onde cristais dentro do tubo geravam pulsos eletrônicos que se
refletiam para frente e para trás, tão lentamente quanto podiam com o objetivo
de reter a informação, semelhante a um desfiladeiro que retém um eco, que
Eckert descobriu por acaso ao trabalhar com um radar.
Embora apresentasse um sistema de armazenamento, este
não era seguro o suficiente.
Outra grande característica do Edvac era o poder de
codificar as informações em forma binária em vez da forma decimal, ao
contrário do Eniac que era programado por números binários e codificados no
sistema decimal, reduzindo assim significativamente o número de válvulas.
30

4.7. Edsac

Em 1949, o cientista inglês Maurice Wilkes, desenvolve o


Edsac – Eletronic Delay Storage Automatic Calculator
(Calculadora/Computador Automático com Armazenamento por Retardo
Eletrônico).
O Edsac além de se utilizar do avanço em questão de
armazenamento que o sistema de memória por retardo eletrônico, o que
marcou o seus sucesso foi o fato de ele ser o primeiro computador
operacional com a capacidade de armazenar os seus próprios programas.
Em face ao crescimento inicial da indústria do computador,
em 1951 surge o primeiro computador comercial o Leo.

5. COMPUTADORES DE SEGUNDA GERAÇÃO

5.1. Transistores

Em meados de 1947 e 1948, os estudos realizados por


Willian Shockley, Jonh Bardeen e Walter Brattain, levam ao aparecimento de
um novo componente que revolucionou o mundo da eletrônica e da
informática: Transistor.
Desenvolvido em 1952 pela Bell Laboratories, o Transistor
passou a ser um componente básico na construção de computadores,
assinalando o início da Segunda Geração de Computadores.
Este componente baseava-se nas propriedades
semicondutoras de alguns elementos tais como o germânio e o silício,
representando assim uma versão de válvula em estado sólido.
Suas principais vantagens sobre a válvula:
• Tamanho reduzido;
• Menor dissipação de calor;
• Menor consumo de energia elétrica;
31

• Apresentava maior velocidade de operação;


• Mais confiável e sujeito a menores danos mecânicos;
• Mais econômicos;

5.2. Linguagens de Programação

5.2.1 Assembly

Nesta geração de computadores inicia-se a imposição do


termo Software para a parte lógica da informática, composta basicamente por
programas e dados, e Hardware, para a parte física da informática, composta
por discos, máquinas, cabos entre outros.
Se houve uma crescente evolução nos computadores em
termos de hardware, também o mesmo aconteceu com as linguagens de
programação desde o Eniac. Até então a programação era feita em linguagem
de máquina, classificada como linguagem de baixo nível, por razão de muito
se distanciar da linguagem utilizada por nós. Além de a codificação ser feita
toda de acordo com o sistema binário, não apresentava nenhuma facilidade
para ser projeta, editada e ser efetuada manutenção de programas.
Estas linguagens foram substituídas pelas linguagens de
montagem, conhecidas como Assembly, que contém a mesma instrução das
linguagens de máquina, só que representadas por uma seqüência de códigos
simbólicos, que convencionou-se chamar de mnemônicos.
A vantagem que esta linguagem apresentou sobre as
linguagens de máquina foram que ao invés de utilizar uma seqüência
numérica desde o seu desenvolvimento, passaram a ser desenvolvidas
através do formato de códigos, que permitiram uma melhor visualização,
aumentando a confiabilidade, eficiência e rapidez no seu desenvolvimento.
Porém ainda que a linguagem Assembly tenha
proporcionado um grande avanço tecnológico, manteve a certas dificuldades
como por exemplo o fato de que os programas só poderiam ser executados
32

em computadores com o mesmo sistema operacional, do qual o programador


era obrigado conhecer detalhes.
Embora possuíssem as dificuldades apresentadas acima,
as linguagens de montagem são utilizadas até hoje, mais precisamente no
desenvolvimento de software básico, mas desde meados da década de 90, o
seu uso decaiu de maneira drástica.
Visando uma solução menos complicada, surgiram anos
após as linguagens de Alto Nível. Dentre as primeiras podemos destacar a
Fortran e a Cobol.

5.2.2. Compliadores

Essas linguagens de programação são digitadas em forma


de texto e gravadas em um arquivo de computador (os programas). Os
compiladores, são responsáveis pela “tradução” destes programas em
linguagem de máquina, ou seja à partir de um arquivo de texto contendo um
programa elaborado em determinada linguagem, eles geram um outro arquivo
de maneira que o computador “entenda” as instruções contidas nele e as
execute.

5.2.3. Interpretadores

Os interpretadores são programas que não geram um novo


arquivo de forma que o computador possa entender as instruções. Eles lêem,
interpretam e executam as instruções contidas no programa, comando por
comando, o que os torna mais lentos do que os compiladores, uma vez que
neste últimos não existe a necessidade de interpretação, pois as instruções já
estão codificadas.
Embora apresentem um meio mais sofisticado de trabalhar
com a programação, não apresentam uma relação de vantagens grande para
serem substitutos dos compiladores.
33

5.3. Univac

Em meados de 1951 e 1952, Jonh Mauchly e J. Presper


Eckert abriram a sua própria firma na Filadélfia e desenvolveram o Univac –
Universal Automatic Computer (Computador Automático Universal).
O Univac era o primeiro computador a utilizar-se da nova
tecnologia dos transistores, o que o tornou muito mais versátil e confiável que
os computadores eletrônicos de válvulas termoiônicas.
Era um computador voltado para uso comercial e suas
principais inovações consistiam no fato de que armazenava seus programas e
recebia instruções de uma fita magnética de alta velocidade, que
representavam grandes vantagens em relação aos famigerados cartões
perfurados.
Para comprovar a sua eficácia no campo dos
computadores, o Univac foi utilizado para prever os resultados de uma eleição
presidencial dos Estados Unidos.

5.4. Outras Inovações

No ano de 1952, Grace Hopper transformou-se em uma


pioneira no processamento de dados, por haver criado o primeiro compilador
que ajudou a desenvolver duas linguagens de programação que tornaram os
computadores mais atrativos para uso comercial.
Em 1953, Jay Forester, do MITS (Micro Instrumentation and
Telemetry Systems), construiu uma memória magnética muito menor que a
utilizada pelo Univac e bem mais rápida, a qual substituía as que usavam
válvulas eletrônicas, feitas sob o processo de retardo eletrônico.
Gordon Teal em 1954, descobre um meio de fabricar
transistores de cristais isolados de silício a um custo baixo.
A IBM em 1954 conclui o projeto do primeiro computador
produzido em série e de porte médio, o IBM/650.
34

5.5 Tradic

Em meados de 1955 conclui-se o primeiro computador


totalmente transistorizado, desenvolvido no âmago da Bell Laboratories: o
Tadic.
O Tradic inovou em diversos aspectos em relação aos
computadores que já começavam a utilizar-se de maneira parcial os
transistores, pois possuía apenas 800 deles, sendo cada um em seu próprio
recipiente, contribuindo bastante para minimizar o espaço físico ocupado pelo
computador.

6. COMPUTADORES DE TERCEIRA GERAÇÃO

6.1. Circuito Integrado

Conclui-se em meados de 1960, o projeto do CI – Circuitos


Integrados. De aproximadamente 1958 a 1959, Robert Noyce, Jean
Hoerni, Jack Kilby e Kurt Lehovec, participam do desenvolvimento
revolucionário que haveria de permitir posteriormente o surgimento dos
microcomputadores, os Circuitos Integrados, pastilhas que ficaram
conhecidas como Chips.
Estes chips incorporavam, numa única peça de dimensões
exageradamente reduzidas, várias dezenas de transistores interligados
formando assim complexos circuitos eletrônicos.
Com as técnicas desenvolvidas por esta equipe, foi
possível produzir o componente com dezenas de transistores e outros
componentes eletrônicos com apenas cinco centímetros quadrados.
Os circuitos integrados podem ser classificados em: SSI,
MSI e LSI.
35

6.1.1. SSI

O cirrcuito integrado do tipo SSI podia abrigar em seu


componente cerca de 100 transistores. SSI é o acrônimo de “Small Scale
Integration” (Pequena Escala de Integração).

6.1.2. MSI

O circuito integrado do tipo MSI podia abrigar em seu


componente cerca de 1.000 transistores. MSI é acrônimo de “Middle Scale
Integration” (Média Escala de Integração).

6.1.3. LSI

O circuito integrado do tipo LSI podia abrigar em seu


componente cerca de 10.000 transistores. LSI é acrônimo de “Large Scale
Integration” (Larga Escala de Integração).

6.2. Computadores com tecnologia CI

Aproveitando a deixa da nova tecnologia que diminuía o


tamanho dos computadores e conferia a eles maior desempenho, a IBM,
uma das corporações líderes no desenvolvimento de computadores em
série, desenvolve em 1960 o IBM/360.
Em 1961, Steven Hofstei, descobriu o transistor de efeito
campo, usados nos circuitos integrados dos componentes da MOS
Technology.
Em 1965, a Digital Equipament introduz no mercado o
PDP-8, o primeiro Minicomputador comercial com preço bastante
convidativo.
36

Em 1968, a Burroughs criou os primeiro computadores que


utilizavam-se totalmente da tecnologia proporcionada pelos circuitos
integrados: o B2500 e o B3500.

6.3. Os primeiros Microprocessadores

6.3.1. Intel 4004

Até então a unidade de processamento central dos


computadores era descentralizada em vários componentes, o que muito
dificultava um processamento mais ágil.
Em 1971, revolucionando o mercado de computadores do
mundo, foi desenvolvido o primeiro microprocessador do mundo: o
processador Intel 4004.
O Intel 4004 era um único chip com todas as partes básicas
de um processador central, uma CPU de um computador de 4 bits.
Suas principais características eram:
• Primeiro Microprocessador do mundo;
• Possuía 2.250 componentes em um único chip;
• Somava 2 números de 4 bits em 11 milionésimos de
segundo;

6.3.2. Intel 8080

A Intel Corporation, uma das maiores corporações de


desenvolvimento de processadores de época traz uma nova revolução em
1974, o microprocessador Intel 8080.
Abrigando muito mais componentes que seus antecessores
Intel 4004 e 8008, este microprocessador trouxe um novo padrão para a
indústria de computadores possibilitando assim uma maior performance em
37

microcomputadores, que na época estavam começando a surgir a até então


não eram tão interessantes ao ponto de serem primordiais no uso comercial.
Suas principais características eram:
• Tornou-se padrão para a indústria de microcomputadores;
• Possuía 4.500 componentes;
• Somava dois números de 8 bits em 2,5 milionésimos de
segundo;

6.3.3. MOS Technology 6502

Em 1975 a MOS Techonoly, desenvolve o


microprocessador MOS-6502 e representou uma outra revolução no mercado
de processadores. Dando assim início a uma crescente demanda de
desenvolvimento de novas tecnologias em microprocessadores.
Suas principais características eram:
• Muito utilizado em computadores domésticos;
• 4.300 componentes;
• Somava 2 números de 8 bits em 1 milionésimo de segundo;

6.4. Altair 8800

Em 1974, Ed Roberts, do MITS, em Albuquerque


desenvolve o Altair 8800: um dos mais revolucionários microcomputadores
da época.
O Altair era baseado no microprocessador Intel 8080, que
possibilitou uma performance mais que suficiente para aplicações
doméstica, comercial e para pequenas empresas.
O nome Altair segundo dizem se deve a uma estrela, pois
consideravam o lançamento da máquina um “evento estelar”.
O Altair veio a se tornar o maior sucesso, marcando o ínicio
de uma indústria multibilionária, pois ao passo que Roberts esperava
38

vender aproximadamente 800 unidades, teve dificuldades para atender a


mais de 4.000 pedidos.

6.5. Linguagens de Programação

6.5.1 Linguagens de Alto Nível

Com o grande aumento da capacidade e velocidade dos


computadores, começaram a surgir no mercado linguagens de
programação orientadas para a resolução de problemas específicos.
Em virtude da linguagem de montagem desenvolvida na
segunda geração de computadores não atender a necessidade da
crescente demanda de novas tecnologias que surgiam, houve a
necessidade da criação de linguagens de Alto Nível, que tornava a
programação mais fácil e rápida, através de comandos de fácil
aprendizado para que possuíam comandos em inglês que substituíam as
instruções de máquina. Estas linguagens tornaram muitas pessoas aptas a
programar.
Dentre elas as principais que podemos destacar são a
Fortran e Cobol.

6.5.2. Cobol

O Cobol (COmmon Bussiness Oriented Language) era uma


linguagem de programação destinada ao processamento de serviços
comerciais. Por esta razão, possui maiores facilidades para definir e
manipular nomes de pessoas, códigos, formação de arquivos, edição de
valores monetários, elaboração de relatórios, emissão de cheques, nota
fiscais entre outros.
39

6.5.3. Fortran

O Fortran (FORmula TRANslation) foi originalmente


desenvolvido pela IBM, em 1956, e destinado a resolver problemas
científicos, pois possui facilidades para manipulação e cálculos de fórmulas
matemáticas.
Devido ao seu grande uso, pois é uma linguagem que está
disponível em quase todos os tipos de computadores, o Fortran evoluiu
muito e possui várias versões e variações tais como: Fortran I, Fortran II,
Fortran IV, Fortran IV-G, Fortran IV-H entre outras versões.

6.6. Final da Terceira Geração

No final da terceira geração de computadores é que


finalmente passaram a se popularizar o uso de microcomputadores, porém
ainda assim não chegava nem perto da grande expansão que vivemos na
última década.
Logo após o desenvolvimento do Altair, em 1975 os
estudantes Willian (Bill) Gates e Paul Allen criam o primeiro software para
microcomputador, o qual era uma adaptação do BASIC (Begginners All-
Purpose Symbolic Insruction Code) para o Altair. Anos mais tarde, Gates e
Allen fundam a Microsoft, a mais rica companhia de softwares para
microcomputadores do mundo.
Em 1977 surge no mercado de produção em série três
microcomputadores: o Apple II, O TRS-80 da Radio Shack (vendido no
Brasil sob produção da Prológica) e o PET da Commodore.
Em 1979 é lançado pela Software Arts o VisiCalc, o
primeiro programa comercial para microcomputadores.
40

7. COMPUTADORES DE QUARTA GERAÇÃO

7.1. Circuito Integrado em Larga Escala

Na década de 80, foi desenvolvido o IC-LSI – Integrated


Circuit Large Scale Integration (Circuito Integrado em Larga Escala de
Integração), que possuía uma tecnologia tão superior aos circuitos integrados,
que era possível haver em um mesmo chip até 300.000 componentes.
Dentre os processadores que tiveram um grande destaque
nesta época tivemos os processadores da HP e Motorola.
Foi nesta geração que se iniciou a criação de
microprocessadores de até 32 bits que revolucionaram de tal forma o
mercado de microcomputadores que estão presentes até os dias de hoje.
Em meados de 1978 a 1980 uma equipe comandada pela
IBM, desenvolveu o sistema de arquitetura aberta, que possibilitou o
lançamento da plataforma IBM-PC, utilizando-se da tecnologia que o
IC-LSI podia proporcionar para que ela entrasse no mercado de
microcomputadores sem problemas, que se encontra presente até os dias de
hoje.
Em 1984, a Apple lança o Macintosh, que vendeu milhares
de unidades devido à sua versatilidade e interface gráfica, beneficiando-se da
tecnologia IC-LSI para construí-lo em forma de monobloco.
Também em 1984 foi comercializado o micro MMX,
destinado ao uso doméstico com boa aceitação no mercado.

7.2. Microprocessadores da Quarta Geração

7.2.1. Motorola 68000

O microprocessador desenvolvido pela Motorola em 1979


era um dos chips de 16 bits mais poderosos e versáteis da época, pois a
41

maioria que havia no mercado não atingia a sua performance ou processava


informações em modo de 8 bits. Através deste desenvolvimento, os chips que
foram desenvolvidos posteriormente baseados nele, foram utilizado nos
computadores Apple durante toda a década de 80, porém ele não foi o único a
equipar os computadores Apple, também estiveram presentes em sua
unidade central de processamento chips da IBM e MOS.
Suas principais características eram:
• Um dos mais poderosos e versáteis chips de 16 bits;
• Executava multiplicações de uma só vez ao invés de o
fazer através da repetição de adições como a maioria dos
microprocessadores da época, apresentando maior
velocidade e agilidade;
• Possuía 70.000 componentes;
• Multiplicava 2 números de 16 bits em 3,3 milionésimos de
segundo;

7.2.2. Hewlett Packard Super Chip

Uma nova revolução que reflete até os dias de hoje foi-nos


proporcionada pela HP com seu micro processador Super Chip o primeiro de
32 bits do mundo, desenvolvido em 1981.
Porém a Hewlett Packard não investiu mais na produção de
microprocessadores como o fazia a Intel, Motorola e MOS Technology, e por
isso o que mais se aproveitou de seu chip foi a tecnologia aplicada, pois o seu
uso em computadores da época foi muito pouco difundido. Uma das razões
para que seu uso fosse restrito é que a maioria dos processadores da época
trabalhava com 8, que por ter atingido uma maior maturidade no mercado
possuía maior número de periféricos e softwares compatíveis e ainda havia os
de 16 bits que começavam a se popularizar lentamente.
Suas principais características foram:
• Primeiro microprocessador de 32 bits do mundo;
42

• O seu projeto durou 18 meses;


• Possuía o número revolucionário de 450.000 componentes;
• Multiplicava 2 números de 32 bits em 1,8 milionésimos de
segundo;

8. COMPUTADORES DE QUINTA GERAÇÃO

8.1. Circuitos Integrados VLSI

É nesta geração que se encontram os microcomputadores


utilizados por nós até os dias de hoje, pois são baseados na tecnologia IC-
VLSI.
Os componentes IC-VLSI – Integrated Circuit Very Large
Scale Integration (Circuitos Integrados em uma Escala Muito Maior de
Integração) – permitiram uma miniaturização ainda maior dos circuitos
integrados. Através desta tecnologia que foi possível a considerável
diminuição dos computadores e a produção de computadores portáteis de
maneira a expressarem ainda maior tecnologia e capacidade de expansão
que os baseados em IC-LSI.
Generaliza-se nesta época os termos Multiprogramação,
Multiprocessamento e o Teleprocessamento.
É nesta geração também que passam a surgir aplicações
gráficas mais sofisticadas e aplicações educacionais.
Tamanha foi a diminuição dos chips que o F-100,
desenvolvido na década de 80, media apenas 6 milímetros quadrado,
sendo pequeno o suficiente para passar pelo buraco de uma agulha.
43

8.2. Multiprogramação

Até então a maioria dos microcomputadores estava limitado


à execução de apenas um programa que era operado através de algumas das
linguagens de programação da época e que não podia ficar retido no
computador para ser usado posteriormente, uma vez que se utilizavam da
memória ROM (Read Only Memory – Memória Somente de Leitura) por razão
dos processadores da época terem baixo desempenho e ainda não ser
popularizado o uso de discos rígidos.
A partir de então os computadores, dotados de tecnologias
que favoreciam o surgimento de diversos programas, eles passaram a possuir
a capacidade de executar vários programas em um mesmo computador,
através de discos rígidos e unidades removíveis, assim era possível executar
em um mesmo computador programas gráficos, comerciais entre outros.

8.2. Multiprocessamento

É a capacidade que os computadores da quinta geração


passaram a apresentar de executar simultaneamente vários programas em
computador que utiliza mais de uma unidade central. Um dos princípios que
possibilitariam o uso de vários processadores em um computador e trabalho
em redes locais.

8.3. Teleprocessamento

É nesta época que se inicia o uso daquela que mais tarde


viria a ser a grande rede mundial de computadores: a internet.
Com origem em 1969, a ARPANET visava apenas ligar
poucos pontos estratégicos durante a Guerra Fria, porém nesta época havia
tipo uma pequena expansão sendo utilizada por técnicos e cientistas.
44

Teleprocessamento nada mais era que a definição da


capacidade que um computador tinha de enviar e receber informações de
locais remotos via telecomunicação.
O teleprocessamento pode ser on-line e off-line.

8.3.1. On-Line

Se um computador estiver diretamente conectado ao meio


ou canal de telecomunicação, recebendo e transmitindo as informações
processadas.

8.3.2. Off-Line

Quando um computador não efetua diretamente a recepção


e transmissão que ficam a cargo de um outro computador (que está, então,
on-line com a transmissão). O computador off-line recebe e entrega ao on-line
uma fita, disco magnético ou rede a informação a ser processada.

8.4. Linguagens de Programação

8.4.1. Basic

Na meados da década de 70 e 80 foi desenvolvida a


linguagem de programação Basic. Acrônimo de Begginers All-purpose
Symbolic Instruction Code (Código de Instruções Simbólicas para Todos os
Propósitos dos Principiantes), trouxe um caráter revolucionário ao trazer uma
sintaxe de codificação simples e de fácil aprendizado que tornou muitas
pessoas aptas a programar e assim atender às suas pequenas necessidades,
como comércios, ambiente doméstico entre outros.
45

Mas também ao mesmo passo que atendia a demanda


comercial e doméstica, podia também ser utilizada em terminais remotos de
computadores.
Seu caráter conversacional (isto é o programador pode
executar e corrigir seu programa diretamente pelo terminal, sem interferência
de outro operador) proporciona estrutura simples aos comandos, embora
permita também programação de problemas complexos.
A linguagem de programação Basic foi utilizada até o início
da década de 90, sendo aos poucos substituída pelas linguagens Qbasic e
posteriormente Visual Basic, ambas da Microsoft.

8.4.2. PL/1

O PL/1 (Programing Language One) era uma das


linguagens mais poderosas que se conheceu em meados do final da década
de 70 e década de 80. Sua principal característica era oferecer ao
programador um imenso repertório de recursos e comandos de programação
para o desenvolvimento de qualquer tipo de aplicação.
Basicamente o PL/1 possuía, ao mesmo tempo:
• Todos os recursos de Fortran para programação de
problemas científicos;
• Todos os recursos do Cobol para a programação de
problemas comerciais;
• Os recursos de programação modular em estrutura de
blocos e outras facilidades da linguagem chamada Algol;
• Facilidade para manipular seqüência de caracteres ou listas
de nomes ou tabelas, como ocorre com linguagens
especiais para processar listas e chamadas Lisp, Snobol
etc.;
46

Além disso, o PL/1 possuía a facilidade ou opção para


escrever programas simplificados através de comandos padronizados,
semelhantes aos usados em Basic.
O PL/1 possuía portanto, as seguintes vantagens:
• Era apropriado para programação de problemas que
envolviam tanto aspecto científico como comercial ou
processamento de tabelas ou listas;
• A riqueza de comandos e de recursos que permitiam a
programação adequada de problemas extensos;
• Permitia unificar a linguagem de programação usada na
empresa tanto pelos engenheiros como pelos
programadores comerciais;

Algumas das desvantagens que o PL/1 apresentava eram:


• O seu compilador era extenso, só permitindo o uso em
computadores de porte médio para cima;
• Se o problema for exclusivamente científico ou comercial, a
eficiência de um programa PL/1 pode ser bem menor que o
mesmo escrito em Fortran ou Cobol.

8.4.3. A Linguagem Pascal

A linguagem Pascal (em homenagem ao matemático


francês Blaise Pascal do século XVII) era uma linguagem poderosa e
compacta para mini e microcomputadores. Foi definida em 1968 pelo
professor Niklaus Wirth do Instituto Federal de Tecnologia, de Zurique Suíça,
e possuía as seguintes características:
• É uma linguagem estruturalmente mais poderosa do que o
Basic e Fortran por possibilitar a programação modular em
forma de blocos estruturados, como acontecia com as
linguagens Algol e PL/1;
47

• A sua simplicidade e precisão na definição de comandos


poderosos permitiu a sua implementação em mini e
microcomputadores, o que não tinha sido possível em
linguagens do mesmo tipo como o Algol e P/L1;
• Sua característica marcante era a maneira simples para
definir os tipos possíveis de estrutura de dados (variáveis,
matrizes, seqüência de caracteres e registro de dados
comerciais) englobando todos os tipos possíveis de dados
que existem em outras linguagens, tais como o Basic,
Fortran, Cobol e PL/1;
• Possuía essencialmente os mesmos comandos ou
comandos principais da linguagem Algol e PL/1;
• Os comandos podem ser utilizadas de formas simples e
livre como acontece com a linguagem Basic, o que muito
facilitava o aprendizado;

Uma das desvantagens era o trabalho adicional oferecido


pelo Pascal: a necessidade de declarar previamente todas as variáveis e
matrizes (o que era obrigatória em Algol, PL/1 e Cobol) e todos os rótulos ou
labels (o que era novidade do Pascal). Porém este fato tinha a finalidade
também de forçar o programador a rever e conferir a lista de variáveis,
matrizes e rótulos do seu programa antes da execução.

8.4.4. O programa Visicalc

Um programa que merece destaque em ser mencionado é


o Visicalc. Na época inicial do início dos microcomputadores, os usuários que
não tinham dinheiro suficiente para investir em um Apple Lisa ou Macintosh
que possuía interface gráfica, ou no ambiente operacional Microsoft Windows
lançado em 1985, ele era um meio versátil para desenvolvimento de
aplicações em detrimento das facilidades visuais que apresentava.
48

O Visicalc possuiu boa divulgação e utilização ampla entre


usuários de microcomputadores para a manipulação e preparação de dados
em forma de tabelas.
A maior vantagem e o motivo do sucesso do Visicalc,
residia no fato de oferecer ao usuário, através da tela do terminal, amplo
conhecimento visual e acompanhamento de todas as operações que estavam
acontecendo com os dados, em contraste com outros tipos de linguagem de
programação ou aplicação, onde os dados e resultados estavam sempre
armazenados em memórias e portanto invisíveis até serem solicitados.
O Visicalc efetuava através de comandos simples, as
seguintes categorias de operações com uma tabela de dados:
• Efetuava cálculos matemáticos, tais como: adição,
subtração, multiplicação, totalização de linhas ou colunas,
cálculos de valores médios etc.;
• Possibilitava colocar livremente títulos e diretrizes
(cabeçalhos) sobre qualquer parte dos dados, preparando-
os em forma de relatórios, documentos, gráficos etc.;
• Podia armazenar em arquivos de dados na memória partes
ou a totalidade dos dados da tabela;

Em resumo, a partir do instante em que o usuário sentava


diante do microcomputador, o Visicalc permitia a operação imediata e fácil
com o conjunto de dados que surgiam na tela do terminal.
Entretanto, para aplicações envolvendo grande quantidade
de dados ou cálculos sofisticados que ultrapassem a capacidade operacional
do Visicalc, há a necessidade de utilização conjunta do mesmo com a
linguagem de programação Basic.
49

8.4.5. Outras Linguagens de Programação

Outras linguagens de programação surgiram desde esta


época até os dias de hoje, dentre elas podemos destacar algumas que
tiveram uma relevada importância. Algumas delas caíram em desuso, outras
continuam a ser utilizadas até hoje:
• Pascal;
• Microsoft Qbasic;
• Fortran;
• Cobol;
• Mumps;
• Clipper;
• Assembler;
• Microsoft Visual C++
• Sun Linguagem C;
• Sun Java;
• Microsoft Visual Basic;

9. SOFTWARE

9.1. O que é?

Software é um conjunto de instruções colocadas em ordem lógica


que quando executada, a seqüência de comandos presente nele controla o
computador de modo a levá-lo a realização de tarefas de maneira eficiente e
rápida, que para o ser humano seria de maneira difícil e morosa.
50

9.2. Classificação de Softwares

Existem atualmente no mercado softwares que nos


solucionam os mais diversos problemas com resultados excelentes ou
customizam o desenvolvimento de trabalhos que se fossem feitos de maneira
análoga, não teriam a versatilidade, precisão e rapidez que se obtidos através
de softwares.
Há hoje softwares de caráter original e protegidos, onde é
necessário fazer a aquisição de uma licença para utiliza-lo, há os de uso e
distribuição livre, conhecidos como freeware e há ainda aqueles que depois
de um tempo de uso é necessário licenciá-lo, porém com preço muito inferior
a um software análogo distribuído por uma grande empresa no
desenvolvimento de softwares. Há ainda os programas desenvolvidos de
forma personalizada para atender a exigências específicas.
A divisão é feita basicamente em softwares de base e de
aplicação, e softwares sob medida e aplicativos.

9.2.1. Softwares de Base

Podemos afirmar que é parte indispensável ao


funcionamento do computador, pois sem eles o computador funciona, mas
numa espécie de estado “vegetativo”, uma vez que fica impossibilitado de
realizar tarefas de quaisquer espécie.
Um exemplo deste tipo de software são os Sistemas
Operacionais, que controlam a unidade central de processamento do
computador (CPU ou UCP), gerenciam memória, monitoram as atividades do
processador, controla os acessos aos periféricos, coordena a entrada e saída
de informações, asseguram a estabilidade de outros softwares que estejam
sendo executados no momento, de maneira a oferecer o melhor desempenho
e estabilidade ao usuário.
51

Nesta classificação também era costumeiro incluir os


ambientes operacionais, que representavam uma interface gráfica que rodava
sob um sistema operacional de comandos. Visto o desenvolvimento
tecnológico deste ambientes operacionais, também conhecidos como
plataformas operacionais gráficas, eles passaram a ser independentes dos
sistemas operacionais não gráficos, tornando-se eles próprios também
sistemas operacionais. Um exemplo clássico é o Microsoft Windows.

9.2.2. Softwares de Aplicação

Os softwares de aplicação são nada mais que os


programas de que nos utilizamos dia-a-dia para a resolução de problemas
específicos ou execução de tarefas de maneira customizada.
Podem ser desenvolvidos por Softhouses, firmas
especializadas, empresas de desenvolvimento de programas ou pelo próprio
usuário, desde que este tenha domínio em alguma linguagem de
programação.

9.2.3. Softwares Sob Medida

São desenvolvidos por empresas especializadas,


programadores ou mesmo usuário, desde que tenham conhecimento de
alguma linguagem de programação.
São criados para atenderem a necessidades muito
específicas e exclusivas do usuário ou empresas. Geralmente são
desenvolvidos por razão dos softwares aplicativos não atenderem ou
atenderem mal as necessidades do usuário.
Podemos exemplificá-los como sistemas de lojas, bancos,
empresas em geral etc.
52

9.2.4. Softwares Aplicativos

São programas destinado a diversas aplicações,


geralmente comercializados mundialmente para atender de uma forma padrão
e versátil as mais diversas necessidades de milhões de usuários.
A seguir mencionamos uma das maiores empresas
especializadas no desenvolvimento de softwares que são utilizados
diariamente por um número extremamente grande de usuários.

9.2.4.1. Sistemas Operacionais

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,


Apple, IBM, Conectiva, Sun Microsystems etc.

9.2.4.2. Pacotes de Produtividade

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,


Apple, Corel, Sun Microsystens etc.

9.2.4.3. Editoração Gráfica

Principais empresas que atuam no segmento: Adobe,


Quark, Corel etc.

9.2.4.4. Multimídia

Principais empresas que atuam no segmento: Apple,


Macromedia, Adobe, Corel, Amabilis etc.
53

9.2.4.5. Computação Gráfica

Principais empresas que atuam no segmento: Macromedia,


Adobe, Corel etc.

9.2.4.6. Internet

Principais empresas que atuam no segmento: Macromedia,


Adobe, Microsoft, Apple, Netscape – AOL, Opera etc.

9.2.4.7. Programação

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,


Apple, IBM, Conectiva, Sun Microsystems, Borland
Ebendinger etc.;

9.2.4.8. Entretenimento

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,


Apple, Eletronic Arts etc.

9.2.4.9. Utilitários

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,


Apple, MacAfee, Symantec, PowerQuest etc.

9.2.4.10. Sistemas para Sevidores e Workstations

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,


Apple, IBM, Conectiva, Sun Microsystems, Bell Labs etc.
54

10. HARDWARE

10.1. Definição

Hardware é a parte física do computador, geralmente


composta por monitor, drives de mídia removível, teclado, mouse, impressora,
memória entre outros itens.

10.2. Componentes

10.2.1. Unidade Central de Processamento

A Unidade Central de Processamento, denominada CPU


(UCP) é composta por um conjunto de componentes que torna possível o
desenvolvimento dos trabalhos a serem executados pelos softwares.
A CPU é geralmente composta por diversos itens tais como:
processador, memória, disco rígido, placas entre outros.
É também nela que se encontram as portas de comunicação com
os periféricos tais como: USB, firewire, porta serial, paralela, vga etc.

10.2.1.1. Motherboard

A Motherboard ou Placa Mãe, é a placa na qual são


inseridos o conjunto de componentes que tornará possível o funcionamento
do computador, tais como: processador, memória, placa de vídeo etc.
Podem ser onboard ou offboard. As motherboards onboard
vêm com as interfaces de som, vídeo e fax entre outras em si, utilizando-se do
desempenho da memória e processador, roubando assim um pouco de
desempenho do computador para atender a execução das tarefas destas
interfaces e as placas offboad, têm necessariamente que possuir estas
interfaces com seu processamento e memória próprios, que além de garantir
55

um desempenho superior, não diminuem o desempenho do computador na


execução de outras tarefas.

10.2.1.2. Processador

Este é certamente o mais importante componente que


compõe um computador. Ele está para o computador como o cérebro está
para nós, é ele que gerencia todos os dispositivos, programas, sistemas e
entrada e saída de informações.
Atualmente a maioria dos microcomputadores pessoais e
de pequenas empresas, possuem o processamento de 32 bits. Os de 64 bits
embora já existissem há algum tempo, estão passando a entrar no mercado
de microcomputadores domésticos e de pequenas empresas agora. Por razão
de a plataforma de 32 bits já ser mundialmente difundida, e haver disponíveis
uma quantidade infindável de softwares e itens de hardware compatíveis, a
transição deverá ser lenta e o menos transtornante possível, uma vez que não
a imposição para esta, pois os computadores e itens de 32 bits ainda
continuam a evoluir.
As empresas de maior expressividade no mercado de
processadores são a Intel e AMD para microcomputadores baseados na
plataforma IBM-PC, e IBM, Apple e Motorola para microcomputadores da
plataforma Apple Macintosh.
Por volta dos anos 80 os processadores operavam a uma
taxa de aproximadamente 4 MHz a 10 MHz e tinham processamento
geralmente de 8 ou 16 bits. Com a crescente evolução no campo da
informática, para atender a demanda da novas tecnologias, hoje os
processadores são operados a uma taxa de 1200 MHz (ou 1,2 GHz) a
3600 MHz (u 3,6GHz) para os processadores Intel e AMD, com
processamento de 32 ou 64 bits e a uma taxa de 933 MHz a 1800 MHz
(ou 1,8 GHz) para os processadores IBM-Apple.
56

Com o desenvolvimento de tecnologias mais avançadas a


cada dia, os atuais processadores possuem embutidos tecnologias onde os
componentes atingem tamanhos excepcionalmente pequenos na casa dos
nanômetros. Atualmente há processadores com tecnologia especial para
portáteis, há processadores econômicos, porém que não deixam a desejar em
desempenho, e há ainda os topo de linha que oferecem a maior performance
para aplicações que exijam um alto poder de processamento.
Outro importante fator a ser levado em consideração em
um processador é a sua memória de cache e a freqüência de barramento, que
conferem ao processador maior poder de processamento, e se possuem uma
tecnologia chamada Hyper Threading, que confere ao microprocessador
caráter de bi-processamento, fazendo-o se comportar como se fossem dois
processadores.
10.2.1.2.1. Intel Celeron

Atualmente os processadores da linha econômica Intel


Celeron, têm uso muito difundido no mercado de microcomputadores
domésticos e corporativos. Possuem entre 128 (Celeron) e 256 KB (Celeron
D) de memória de cache e operam na freqüência de 400 (Celeron) a 533 MHz
(Celeron D) no barramento frontal. Seu clock atualmente se encontra entre 2,2
a 2,8 GHz.

10.2.1.2.2. Intel Centrino

Descendentes da linha de processadores Intel Celeron, os


processadores Centrino (ou Celeron M) possuem a nova tecnologia Wi-fi
embutida no processador e exigem menor uso de energia, sendo para isso
utilizados em laptops com o intuito de oferecer o melhor desempenho e exigir
a menor performance possível bem como economizar energia. Assim como os
da linha Celeron possuem entre 128 e 256 KB de memória de cache e
57

operam na freqüência de 400 a 533 MHz no barramento frontal. Seu clock


atualmente se encontra entre 1,1 GHz e 1,8 GHz.

10.2.1.2.3. Intel Pentium 4

Os processadores da linha Pentium 4, topo de linha da


Intel, oferecem o melhor desempenho e alta velocidade de processamento
para as mais diversos tipos de aplicações. Possui duas classes, os com
tecnologia Hyper Threading e os sem esta tecnologia, que conferem ao
processador caráter de 2 processadores. Possuem entre 512 KB a 2 MB de
memória de cache e operam na freqüência de 533 a 800 MHz no barramento
frontal.

10.2.1.2.4. Intel Pentium M

Os processadores da linha Intel Pentium Móbile,


apresentam as mesmas tecnologia e características dos processadores
Centrino, porém com performance análoga ao dos processadores Pentium 4,
para serem utilizados em computadores portáteis. Possuem entre 512 KB e
2 MB de memória de cache e operam à taxa de 400 MHz no barramento
frontal. Atualmente seu clock se encontra entre 1,6 GHz e 1,8 GHz.

10.2.1.2.5. Intel Xeon

Os processadores da linha Intel Xeon são destinados para


uso em servidores, visando oferecer a maior performance em ambientes de
rede. Tem versões comum e versões que visam maior economia de energia
elétrica, os da linha Low Voltage. Possuem entre 512 KB e 1MB de memória
de cache e operam a freqüência de 533 a 800MHz. Seu clock atual se
encontra entre 2,0 GHz e 2,8 GHz.
58

10.2.1.2.6. Intel Itanium e Itanium2

São processadores de 64 bits destinado a serem usados


em computadores que exijam um alto poder de processamento em aplicações
pesadas. O Itanium 2, nova versão sofre atualmente com a resistência que as
empresas têm em aderí-lo devido ao fato de ele possuir uma nova estrutura
de arquitetura diferente da difundida arquitetura de instrução x-86, utilizada
em praticamente todos os computadores da atualidade. Embora melhor, o
Itanium 2 enfrenta muitas incompatibilidades com os aplicativos para x-86.

10.2.1.2.7. AMD Duron ou K7

Este processador da linha econômica da AMD, teve boa


aceitação no mercado de computadores domésticos, porém muito perdia em
desempenho para o rival chip econômico da Intel, o Celeron, pela sua baixa
velocidade de processamento. Atualmente está em fase de substituição pela
nova linha de processadores AMD Semprom. Possuem 128 KB de memória
de cache e operam a freqüência de 100 MHz no barramento frontal. Seu clock
atualmente se encontra em 950 MHz a 1,8 GHz.

10.2.1.2.8. AMD Athlon XP

Os processadores AMD Athlon, apresentam o melhor


custo-benefício para aqueles que desejam obter um boa performance do
computador. Teve excelente aceitação no mercado de computadores
domésticos e profissionais, e atualmente continua a ser vendido, porém já há
uma visão de transição para o novo processador Semprom. O único
inconveniente, como em todos os processadores da AMD, é a alta dissipação
de calor que ele apresenta. Possui 384 KB de memória de cache e opera na
freqüência de 333 MHz no barramento frontal. Atualmente seu clock se
encontra entre 1,6 GHz e 2,9 GHz.
59

10.2.1.2.9. AMD Athlon 64 FX

É uma nova linha de processadores de 64 bits desenvolvida


pela AMD, com o intuito de representar o melhor custo benefício para
computadores que precisem de um alto poder de processamento para a
utilização de aplicações pesadas. Rivalizando com o Itanium, o Athlon Fx, tem
melhor aceitação e esta começando a ser difundida a sua utilização em
computadores domésticos e profissionais, e os motivos principais são:
continua a utilizar-se da arquitetura baseada em x-86 e possui baixo custo.

10.2.1.2.10. AMD Opteron

É outra linha de processadores de 64 bis da AMD. Novo no


mercado este processador apresenta um futuro promissor em ambientes
corporativos pelo seu alto desempenho e performance, apresentando a
melhor relação custo-benefício. Rivaliza diretamente com o Itanium 2 e assim
como o Athlon Fx, além de apresentar boa relação custo-benefício ainda
possui resquícios da arquitetura x-86. Porém perde em velocidade para o
concorrente operando em 1,6 GHz no se clock.

10.2.1.2.11. IBM-Apple PowerPC G4

A linha de processadores desenvolvidos pela IBM e Apple


trouxeram desde meados da década de 90 uma nova forma de tecnologia
para os microcomputadores Apple, ao ser competitivo o suficiente para
disputar na corrida dos chips com o Intel Pentium, apresentando performance
muitas vezes igual e superior. Ao se libertar da Motorola que não tinha muito
interesse em investir no chip, a plataforma PowerPC que vive sobre a
plataforma Macintosh da qual os modelos Apple são derivados ganhou
atualmente dimensões de tecnologia relativamente altas, conferindo excelente
60

desempenho aos computadores Apple. Atualmente se encontra na maioria de


seus modelos o chip PowerPC G4. Geralmente possuem entre 256 KB e 2B
de memória de cache e operam a freqüência de 300 a 733 MHz no
barramento frontal. Seu clock se encontra atualmente entre 700 MHz e
1,25 GHz, porém ainda que por muitos seja considerado um clock baixo, ele
pode ser até 70% mais rápido que um Intel Pentium 4 na execução de
algumas tarefas, principalmente gráficas.

10.2.1.2.12. IBM-Apple PowerPC G5

Lançado em meados de 2003, o novo processador de 64


bits da Apple e IBM para computadores Macintosh, trouxe uma verdadeira
revolução ao esbanjar em alta tecnologia, versatilidade, desempenho e
performance, muito superior a maioria dos chips que se encontram no
mercado atualmente. Equipando o Power Macintosh G5, o estado da arte em
matéria de alta tecnologia, e mais recentemente o novo iMac, o processador
G5 pode ter entre 1 e 2 MB de memória de cache e seu clock pode atingir de
1,6 a 1,8 GHz.

10.2.1.3. Fonte

A fonte é o equipamento designado a enviar energia para


alimentar os outros componentes, como placa-mãe, drives de cd-rom, disco
rígido, que por razão de consumirem uma voltagem menor (geralmente
aproximadamente 3, 5, 12 volts) necessitam de um aparelho que administre
essas quantidades de maneira correta.
A fonte também é responsável pela proteção dos
componentes que compõem a unidade central de processamento através de
mecanismos que devem estar presentes nela. Cada fonte têm uma
capacidade de administração de energia, geralmente nos microcomputadores
essa média fica em 200 W para os domésticos e 500 W para os profissionais
61

que necessitam de mais energia por possuir maior quantidade de


componentes.
É muito comum a montagem de computadores da
plataforma compatível com IBM-PC, e muitos dos gabinetes atualmente vêm
com a fonte inclusa. Porém geralmente estas fontes são de má qualidade e
representam o mínimo necessário para o funcionamento do computador,
porém de maneira deficiente.
Geralmente as fontes feitas no Brasil são muito baratas,
apresentam uma estrutura desorganizada de componentes, não possuem
nenhum mecanismo de segurança e oferecem energia muito menor do que a
anunciada. Há casos de fontes que anunciam ter 300 W de potência e na
realidade oferecerem apenas 90W. Não obstante isto, ao ocorrer uma avaria
todos os componentes ficam comprometidos, ocasionando muitas vezes
queima de processador, unidades de disco entre outros males.
O ideal ao montar um microcomputador é fazer o que a
maioria dos usuários e técnicos não têm coragem de fazer, é gastar mais,
geralmente seis vezes mais, e comprar uma boa fonte que possua todos os
itens de segurança, capacidade potencial suficiente para o computador e
estrutura organizada. Geralmente estas fontes oferecem até 10% mais Watts
que o anunciado. No caso de microcomputadores de marca esta preocupação
pode ser deixada de lado uma vez que as fontes que eles utilizam atendem a
todos os requisitos.
Para servidores e workstations que precisam estar em
pleno funcionamento de maneira estável e confiável o ideal é utilizar-se de
fontes duplas, que são nada mais que duas fontes juntas, e utilizar-se de
metade do potencial, para que quando uma falhar a outra venha garantir a
energização do computador.
Porém o fato de o computador possuir uma fonte de
energia segura e de boa qualidade, não o isenta do uso de estabilizadores de
tensão, módulos estabilizadores entre outros equipamentos de proteção, uma
vez que aproximadamente 50% dos problemas que ocorrem com os
62

computadores são relacionados a energia, que infelizmente no Brasil é muito


instável e sujeita a falhas frequentemente.

10.2.1.4. Memória RAM

RAM é acrônimo de Randomic Access Memory (Memória


de Acesso Randômico). Sua principal função é armazenar programas e
conjuntos de instruções que serão manipulados pelo computador durante o
momento que estiverem sendo executados.
Possuir uma boa quantidade de memória é essencial para
que se possa rodar os sistemas operacionais mais modernos, executar
programas que exijam um maior poder de processamento e
consequentemente um maior espaço na memória, executar diversos
programas ao mesmo tempo sem problemas ou limitações.
Atualmente a maioria dos microcomputadores pessoais
vêm com 128 MB ou 256 MB que podem ser expandidos para 2 GB ou 4 GB.
Ao possuir em seu microcomputador uma quantidade
grande de memória, este se torna mais veloz, estável e confiável.
Há também uma tecnologia que aumenta o desempenho
das memórias RAM, denominado Dual Canil, geralmente em motherboards
com 4 slots de memória, colocados na ordem 0 e 2 ou 1 e 3.
Atualmente no mercado há memórias RAM dos tipos
SD-RAM, SD-RAM DDR, SD-RAM DDR2, com ECC ou não (tecnologia contra
falhas e erro da memória).
Houveram também memórias do tipo RD-RAM, FPM, EDO,
porém deixaram de ser fabricados por apresentarem desempenho inferior à
memórias SD-RAM e DDR.
Atualmente a melhor memória no mercado de
microcomputadores é SD-RAM DDR2, com 400 MHz de freqüência e
transferências de até 3,6 GB por segundo. Há também ainda o uso bastante
difundido da memória SD-RAM DDR 266, com freqüência de 266 MHz e
63

transferências de até 2,1 GB por segundo. As memórias SD-RAM embora


ainda existam no mercado, estão sendo deixadas de serem utilizadas em
desktops, seu uso ainda é freqüente em computadores portáteis e estima se
que seu uso seja abandonado em breve.
Porém do desligar o computador, todos os dados que
estavam salvos em seus setores são perdidos, sendo assim considerada uma
memória volátil.

10.2.1.5. Placas de Áudio, Vídeo e Fax/Modem

Está presente nas placas onboard ou vendidas


separadamente para serem utilizadas por motherboads offboard, que são as
melhores.
Com a crescente demanda da multimídia para
microcomputadores, hoje é comum computadores com todas estas placas
inclusas na sua unidade central de processamento.
As placas offboard são muito mais versáteis, uma vez que
não ficam limitadas ao uso dependente do processamento e memória do
computador, que compromete a performance deste na execução de outras
tarefas. As placas offboard embora mais caras apresentam uma solução
muito melhor das aplicações multimídia, uma vez que podem apresentar tipos
diferentes, capacidades diferentes e padrões diferentes, tendo-se ao alcance
vários modelos, para que possa ser adequada às necessidades do usuário.
As placas de áudio representam uma solução eficaz no uso
da multimídia uma vez que hoje os computadores podem ser utilizados para
música, filmes em DVD, jogos, trazendo assim de maneira integrada uma boa
aplicação das novas tecnologias de áudio, possibilitando até mesmo a
conexão de home theathers.
As placas de vídeo são essenciais para pessoas que
desempenham atividades gráficas e multimídia ou utilizem do entretenimento
digital proporcionado por filmes e jogos. Como as placas de vídeo onboard
64

são as que mais roubam o desempenho do computador, é aconselhável


possuir uma placa offboard, que geralmente pode ter a interface PCI ou a
mais avançada interface AGP. Para que utiliza-se constantemente de jogos
para computador é indispensável o uso de uma placa de vídeo, uma vez que
o desempenho e funcionalidade dos jogos ficam comprometidos sem ela.
Atualmente as placas de vídeo possuem memória DDR de
128 à 256 MB, uma quantidade mais que suficiente para atender as
necessidades da computação gráfica, animações e jogos. Há ainda também a
comercialização de computadores com placas de 64 MB, porém já está
caindo em desuso este tipo de placa.
Há também placas de vídeo que possibilitam a conexão
com cabos de canais de TV e entrada e saída de áudio e vídeo, os que o
torna uma solução integrada para o uso de TV e DVD.
As placas de Fax/Modem representam um meio de
transformar o computador numa versátil ferramenta de telecomunicação,
entretenimento e conhecimento, pois permite enviar e receber faxes e acessar
a internet, a rede mundial de computadores, transformando os sinais
analógicos telefônicos em um mundo de informações. Atualmente se
encontram no mercado as placas com velocidade de 56 Kbps (Kilobits por
segundo) padrão v.90 e v.92, esta última com tecnologia para uso da linha
telefônica ao mesmo tempo da internet, sem interrupções (só que para se
utilizar da tecnologia proporcionada o provedor têm de serviços de internet
têm que oferecer este recurso, o que no caso do Brasil não acontece, haja
visto que a maioria se utiliza do v.90).
Para o Modem não a necessidade de ser offboard, embora o
possa ser, por razão que ele não compromete ou compromete de maneira
quase imperceptível o desempenho computador.
O Modem, acrônimo de Modulador-Demodulador, que é capaz de
converter sinais digitais de baixa freqüência em sinais modulados e sinais
modulados em sinais de baixa freqüência, pode ser utilizado para a
transmissão de vídeo, voz, dados escritos, imagens entre outros.
65

10.2.1.6. Disco Rígido

O disco rígido, nada mais é do que uma unidade de disco


de alta capacidade que armazena dados, sistemas e programas que não se
perdem ao desligarmos o computador, como ocorre com as memórias RAM,
uma vez que podemos gravar e apagar qualquer coisa a hora que quisermos.
Fora da visão do usuário, no interior do gabinete, interligado
à placa-mãe através de cabos ele funciona como depósito de informações,
arquivos gerados pelo usuário.
Atualmente o espaço que os discos de computadores
destinados a uso pessoal e empresarial, possuem entre 40 GB e 240 GB, que
é equivalente a 40960 MB e 245760 MB respectivamente. Não faz muito
tempo em que podíamos encontrar no mercado HD’s de 540MB, 1.2 a 10 GB
ou mesmo 20 GB. Entretanto com a crescente expansão da tecnologia
multimídia e expansão dos arquivos, o número de Gigabytes que os HD’s vêm
apresentando aumenta a cada dia, uma vez que não é aconselhável enchê-lo
de dados, para assegurar um bom desempenho.
O padrão de HD’s é a interface IDE e SCSI (Small
Computer System Information “lê-se scâsi”). Para a interface IDE temos os
padrões SATA e PATA.
Os HD’s SCSI são muito mais caros que os HD’s IDE,
porém apresentam maior segurança das informações, maior desempenho,
sistema de endereçamento por ID, ao invés de máster e slave (primério e
escravo), porém exigem que o computador possua uma motherboard
compatível com a interface SCSI. Este padrão geralmente é mais utilizado em
computadores servidores e workstations, que necessitam de maior
desempenho e confiabilidade, e alguns modelos Apple (menos antigos)
Os HD’s IDE são utilizados em quase todos os
microcomputadores da atualidade, incluindo modelos Apple. Embora não
66

sejam melhores que os SCSI, são bons o suficiente para serem utilizados
para computadores domésticos e empresariais.
Os HD’s IDE possuem os padrões PATA e ATA. O padrão
Paralelo ATA, é o mais comum e constitui de uma ligação com a motherboard
através de cabos de 40 ou 80 vias, geralmente mais ágeis, porém mais
frágeis e sucessíveis a erros. As transferências do padrão Paralelo ATA
podem chegar a 133 MB por segundo, do qual é mais comum o modo
UDMA133 (Ultra DMA). O padrão SATA, é o mais novo, mais caro que o
PATA, principalmente nos modelos de alta rotação, e confere um novo modo
de transferência que começa com modelos de 150 MB por segundo até
modelos de 300 MB por segundo, através de cabo serial, mais veloz, confiável
e menos sucessível a erros.
A velocidade em rotações por minuto também é outro fator
importante a ser levado em consideração. A maioria dos modelos PATA
vendidos atualmente têm modelos de 5.400 rpm e 7.200 rpm, os modelos de
4600 rpm deixaram a pouco de serem comercializados. Os modelos SATA,
podem ser de 7.200 rpm ou 10.000 rpm. Os modelos SCSI começam com
modelos de aproximadamente 9.200 rpm, 10.000 rpm e 13.000 rpm.

10.2.1.7. BIOS

É nela que são guardadas todas as informações do


hardware do computador, e as instruções de como o computador deve
proceder no controle dos dispositivos.
É a BIOS que gerencia o setor de entrada e saída de
informações dos periféricos. Antes ela vinha soldada na placa-mãe com as
instruções gravadas em memória ROM. Atualmente ela vem gravada em
memória Flash, permitindo que sejam feitas atualizações, para que o
computador possa suportar aplicações de tecnologia que na época em que
ele foi criado ainda não existiam. Um exemplo são os computadores de
geração inferior ao Pentium III não suportarem HD’s com grande capacidade,
67

tipo UDMA, ao invés do modo obsoleto PIO mode, de mais de 10 GB. Para
solucionar este problema, faz-se a atualização da BIOS e o computador passa
então a suportar HD’s maiores que 10 GB em modo UDMA.

10.2.2. Unidades de Disco Removível

10.2.2.1. Disquetes

A portabilidade de arquivos foi possível com a introdução


de unidades de mídia removível. Dentre elas podemos destacar o disquete
como sendo um dos principais, desde que passou a ser utilizado em
microcomputadores na década de 70.
Desde lá, o disquete, disco magnético, diminuiu de
tamanho e aumentou a capacidade de armazenamento. Antes os disquetes
utilizados não conseguiam comportar 300 KB e tinham 8 polegadas de
tamanho, em razão da maioria dos computadores da época não possuírem
disco rígido, basicamente tudo era executado através deles. Logo após
surgiram os disquetes de 5,25 polegadas que tinham inicialmente a
capacidade de armazenar 360 KB, e aumentaram para 720 KB e depois para
1,2 MB, porém estes disquete era muito frágil. O uso de disquetes foi
abandonado em meados da década 90. Depois foi introduzido pela Apple o
uso de drives de disquetes de 3,5 polegadas que tinham a capacidade de
armazenar 720 KB de informações e posteriormente surgiram os de 1,2 MB e
1,44 MB, que são utilizados atualmente.
Embora seu uso tenha sido bastante difundido e
amplamente aceito, os disquetes atualmente estão deixando de serem
utilizados em razão do surgimento de mídias com melhor preço por MB e com
capacidade maior de armazenamento, uma vez que a maioria das aplicações
de hoje em dia são grandes de mais para caber em disquetes. Hoje em dia
seu uso só é difundido para portar pequenos arquivos, já que os disquetes
podem ser utilizados por quase todos os computadores.
68

10.2.2.2. Zip Drive

Criado exclusivamente pela Iomega, os drives de Zip


tiveram uma grande popularização em meados da década de 90, por razão de
oferecerem uma capacidade relativamente grande para a época, o
equivalente a aproximadamente 70 disquetes, 100 MB. Seu uso foi muito
difundido entre artistas gráficos que necessitavam de uma mídia grande o
bastante para armazenar as informações e imagens com que trabalhavam.
Em uma época em que os HD’s tinham entre 350 MB à
2 GB, eles representavam uma revolução em mídia removível.
Surgiram nos anos subseqüentes os discos Zip de 250 MB
e 750 MB, este último há pouco tempo. Porém devido ao seu alto custo e a
popularização dos drives de CD-RW (Compact Disc Rewritable – Disco
Compacto Regravável), os drives Zip estão caindo drasticamente em desuso.
A própria Iomega, especializada em desenvolver soluções
para armazenamento desenvolveu outras unidades que atualmente não são
mais fabricadas tais como: Ditto, Jaz, Sparc etc.

10.2.2.3. Disco Compacto

Criado no inicio da década de 80, se uso passou a se


popularizar no inicio da década de 90. Com capacidade equivalente a
aproximadamente 415 disquetes, e com um preço atraente, passaram nesta
época a serem largamente usados para armazenar softwares.
Em meados da década de 90, praticamente todos os
softwares passaram a ser comercializados em CD, pois além de pequenos e
muito mais seguros que as mídias magnéticas possuíam a capacidade de
armazenamento suficiente para a maioria dos arquivos de programas.
Ao final da década de 90 e inicio do novo século, os drives
capazes de gravar CD’s foram ficando com preços mais atraentes e as mídias
69

cada vez mais baratas que cada vez mais usuários passaram a aderir esta
nova unidade.
No começo estes drives eram apenas capazes de gravar
CD’s, porém atualmente os drives não apenas gravam CD’s, como também
gravam e regravam CD-RW, e ainda há outros drives que incluem leitor de
DVD ou gravador de DVD.
Até a pouco tempo atrás encontrávamos CD’s de 600 MB e
74minutos, porém hoje é possível encontrar CD’s de até 750 MB e 80
minutos.

10.2.2.4. DVD

Acrônimo de Digital Vídeo Disc, os DVD trouxeram uma


nova revolução para o mercado de entretenimento, pois possibilitou a
gravação de grandes filmes em mídias do tamanho de CD’s, com tecnologia
de vídeo digital de alta definição e áudio de cinco canais como no cinema. A
revolução foi tão grande que hoje a proporção que um videocassete é
vendido, são vendidos 7 aparelhos de DVD.
Porém esta revolução não ficou restrita apenas ao
entretenimento digital no lar, o DVD também abriu um mundo de
possibilidades no mercado da informática.
Devido a sua alta capacidade de armazenamento, 2,4 GB
nos DVD’s comuns e 4,2 GB nas mídias DVD-RAM sem caddy e 9,4 GB nos
DVD-RAM dupla face com caddy, podem ser utilizados para backup de dados,
armazenamento de jogos, vídeos, músicas, imagens, fotografias entre outros.
As mídias de DVD existente no mercado hoje em dia são o
DVD-ROM, somente de leitura com capacidade de 2,4 GB, o DVD-R, gravável
com capacidade de 2,4 GB, DVD-RW, regravável com capacidade de 2,4 GB,
o DVD+R, gravável com capacidade de 2,4 GB e dupla velocidade de
gravação, o DVD+RW, regravável com capacidade de 2,4 GB com dupla
70

velocidade de gravação e por fim o DVD-RAM, com caddy dupla face 9,4 GB
e sem caddy com uma face com 4,2 GB.
Porém ainda que hajam todos estes tipos de DVD, o mais
utilizado para filmes é o DVD-ROM, DVD-R e o DVD-RW. Os tipos DVD+R,
DVD+RW são incompatíveis com a maioria dos drives de DVD.
O DVD-RAM é o menos interessante para uso em entretenimento
digital uma vez que é incompatível com aproximadamente 90% dos drives de
DVD, e por razão uma de sua versões, a de dupla face, possuir uma capa
protetora chamada de caddy que o torna quadrado, maior que o normal,
incompatibilizando-se com os drives, geralmente ele é uma boa solução para
Backup’s de arquivos.
Nos computadores os DVD’s podem ser lidos por unidades de
DVD-ROM, semelhantes aos CD-ROM’s, com ou sem suporte a CD’s
comuns, ou através dos drives chamados de Combo Drive, que incluem
gravador de CD e leitor de DVD ou ainda os mais sofisticados drives
gravadores de DVD, que está incluso na maioria dos novos modelos da
Apple, chamado pela própria Apple se Super Drive.

10.2.2.5. Outros Drives

Há ainda outros drives de armazenamento, mas que no


entanto não são popularizados para uso doméstico ou pequenas empresas.
São geralmente muito sofisticados e possuem uma enorme
capacidade de armazenamento. Exemplos: Fita DAT (Digital Áudio Tape), Fita
AIT, Iomega VER, e algumas mais antigas como a Jaz e Sparc, entre outras.
71

10.2.3. Monitor

O monitor se constitui no principal canal de comunicação


com o computador e com os usuários. Quando as informações que foram
inseridas no computador através de um periférico de entrada, e processada
pela sua CPU são executadas de maneira correta, o monitor, que é um
periférico de saída, exibe todas as informações resultantes. Quando, porém
algo não dá certo, ele exibe as informações que relatam o problema e as
providências a serem tomadas.
Há monitores CRT (Tubo de Raios Catódicos), que são os
mais simples, maiores, e utilizados na grande maioria dos computadores. Há
os modelos TFT (Tela de Matriz Ativa) utilizado geralmente nos laptops. Há
outros modelos de maior performance que estão começando a se popularizar
agora, os monitores LCD (Cristal Líquido), que além de ocuparem menor
espaço físico, possuem qualidade de imagem superior e gasto de energia
inferior. Até alguns anos atrás podíamos encontrar monitores monocromáticos
(uma só cor), e mais antigamente os de fósforo (verde, branco ou âmbar) e os
coloridos de baixa definição. Porém com a diminuição dos preços e o
aumento da qualidade de imagem, todos os monitores dos atuais
computadores são coloridos, com exceção para uso em terminais comerciais,
onde as cores fazem pouca ou nenhuma diferença.
Um dos fatores a serem levados em conta na classificação
de um monitor são as funções exibidas, se ele é digital ou analógico, o
tamanho em polegadas e a resolução máxima que ele pode atingir.
Até a pouco tempo atrás, eram comuns os monitores
analógicos CRT tipo SVGA (Super VGA) de 14 polegadas com resolução
máxima de 800x600 pixels (unidade de medida utilizada na informática, não
precisa e sim relativa, ao depender de vários fatores) e alguns poucos de 15
com resolução de 1024x768 pixels. Havia também os de 17, 19, 20 e 21
polegadas, porém caros e de uso muito restrito a profissionais gráficos de alto
nível.
72

Atualmente está difundido o uso de monitores CRT de 17


polegas com resolução máxima de 1600x1200 pixels nos países como os
Estados Unidos e infelizmente os de 15 CRT com resolução máxima de
1024x768 no Brasil. Os de 19 ainda são uma opção sofisticada para uso de
profissionais gráficos. O uso de monitores LCD no Brasil está começando a
se popularizar e os CRT’s de 17 ainda estão começando aos poucos se
repousar sobre as mesas de computadores brasileiras.
A resolução utilizada pela maioria dos brasileiros
infelizmente ainda é 800x600 pixels, pois muitos ainda não sabem que a
resolução de 1024x768 pixels, ainda que diminua os itens do monitor, que
causam má impressão de início, proporcionam um aumento significativo da
área de trabalho e ainda faz com que as imagens apresentadas sejam de
qualidade muito inferior uma vez que a interface do sistema operacional
Microsoft Windows ainda é feita por gráficos bitmaps, que se distorcem ao
serem aumentados, ao contrário das imagens vetoriais, que não apresentam
distorção ao serem aumentadas ou reduzidas por razão do sistema interpretar
a imagem através de cálculos numéricos complexos.

10.2.4. Teclado

Um dos principais canais de interação entre o usuário e o


computador é o teclado. O padrão atual para microcomputadores de
plataforma IBM-PC é o ABNT PS/2, composto de teclas semelhantes ao de
uma máquina de escrever, um teclado de funções especiais e um teclado
numérico semelhante ao de uma calculadora. Alguns modelos atuais trazem
ainda teclas de atalho multimídia especiais.
Há também atualmente a tecnologia ótica que possibilita ao
teclado maior versatilidade, uma vez que o liberta dos fios e confere a ele
maior mobilidade. Há também teclados especiais para portadores de
deficiência física, outros compactos e ainda outros desenvolvidos para quem
digita muito com forma ergonômica.
73

10.2.5. Mouse

Também conhecido como dispositivo apontador, o mouse


foi introduzido pela Apple, nos modelos Lisa e Macintosh e depois aderido aos
microcomputadores de outras plataformas.
Com ele é possível controlar um cursos sobre a tela do
monitor para selecionar opções em menus e acionar outros dispositivos
exibidos, desenhar, mover objetos entre muitas outras utilidades que visam
facilitar e customizar o trabalho. Em geral a maioria dos sistemas operacionais
da atualidade foram desenvolvidos para trabalharem com o mouse, podendo
também trabalhar com o teclado em lugar do mouse, mas de uma maneira
pouco prática e muito limitada.
A atual tecnologia aplicada aos mouses, gerou uma grande
variedade de mouses, que desempenham além da função principal, outra
funções secundárias, um exemplo disto são mouses com teclas de atalho e
multimídia, barra de rolagem, mouses com leitores de cartões de memória,
dentre os quais podemos destacar o da Sony, capaz de gravar e ler
informações em cartões de memória tipo Memory Stick com capacidade de
armazenamento de até 1 GB, mouses com teclas de calculadora, com teclas
de telefone entre outras soluções criativas que podemos encontrar nas lojas
especializadas.
Há também atualmente o uso difundido de mouses ópticos,
com ou sem fio, que apresentam maior agilidade e precisão, muito útil para
uso em aplicações de computação gráfica. Os mouses da Apple são um
exemplo clássico em eficiência, pois além de possuir a capacidade óptica, não
possui botões, sendo sensíveis as pressões da mão.
74

10.2.6. Microfone e Caixas Acústicas

Completando a era da multimídia, estes representam uma


forma de entretenimento bastante integrada, pois permitem manipulação de
músicas, sons, comunicação, comandos de voz para computadores que
possuem softwares que se utilizem destas tecnologias entre muitas outras
utilidades.

10.2.7. Alto-Falante

Geralmente os computadores possuem alto-falante, mesmo


aqueles que não possuem placa de som e recursos multimídia. Seu principal
intuito é emitir “bips” de advertência quando algo está errado e o monitor não
funciona, para que sejam interpretados para fins técnicos, ou simplesmente
para confirmar ações que foram executadas com sucesso.

10.2.8. Joystick

Utilizado geralmente para controlar jogos. Porém é


dispensável, pois seus comandos podem geralmente ser executados pelo
mouse e teclado.

10.2.9. Mesas Digitalizadoras

Possuem a mesma função do mouse, porém são mais


precisas e geralmente voltadas para uso em softwares de design gráfico.
75

10.2.10. Impressoras

Certamente uma das mais importantes fontes de saída de


dados são as impressoras.
Assim como todos os periféricos, elas são capazes de
receber instruções na linguagem numérica utilizada pelos computadores.
Essas instruções é que determinam o tamanho do texto, a fonte a ser
utilizada, a posição e cor dos pontos que formarão as imagens etc.
Existem diferentes tecnologias de impressão, as principais
em uso atualmente são as impressoras matriciais, jato de tinta, laser, plotters
e impressoras que imprimem por sublimação e ainda há as multifunções ou
multifuncionais.

10.2.10.1. Impressoras Jato de Tinta

Essas são as impressoras mais baratas do mercado, as de


melhor definição de imagens para uso doméstico e de pequenas empresas e
as mais utilizadas atualmente.
Essas impressoras possuem cabeças de impressão, onde
estão reservatórios de tinta com minúsculos orifícios. Cada orifício tem uma
resistência elétrica, que pode ser aquecida instantaneamente. O calor faz com
que uma pequena gota de tinta seja despejada sobre o papel. Para a
impressão em cores, são combinadas gotículas das cores básicas, que
formam todas as outras cores.
Há no mercado atualmente impressoras jato de tinta
comuns monocromáticas (que imprimem em uma só cor), que são as menos
comuns a serem utilizadas, as coloridas simples, que se utilizam de um
cartucho de tinta preto e outro colorido com as três cores básicas – magenta,
ciano e amarela -, que podem ser utilizadas ao mesmo tempo ou uma por vez
e as impressoras coloridas de definição fotográfica que podem utilizar
76

cartuchos da mesma maneira que as outras e ainda cartuchos independentes


ou ainda cartuchos de até seis cores.
Há também impressoras jato de tinta mais modernas, que
incluem além de resolução denominada fotográfica, entrada para cartões de
memória, que permitem assim a impressão de fotos tiradas com câmaras
fotográficas de tecnologia digital sem o auxílio do computador, e ainda outras
com pequenos monitores para visualização das fotos e informações. A
pioneira destas modernas impressoras fotográficas são a HP e Epson.
Porém a desvantagem que apresentam é o alto custo do
suprimento, ou seja a tinta. De alta qualidade as impressoras duram anos sem
problemas, porém a sua tinta se acaba rápido de acordo com a rotina de uso
de usuário. Em relação aos preços o suprimento chega a custar
aproximadamente um terço do valor do equipamento.

10.2.10.2. Impressoras Laser

Embora seu preço seja muito elevado, elas são muito


utilizadas em empresas onde o volume de impressões é muito grande. Apesar
do custo de seu suprimento ser caro, apresenta uma melhor relação custo
benefício para um grande volume de impressões em relação às impressoras
jato de tinta, custando muito menos que um terço do valor do equipamento.
Além destes fatores, a tecnologia de impressoras à laser é maior, pois
apresenta vários modelos para atender a mais diferentes necessidades, e a
velocidade e eficiência destas impressora em ambiente de rede proporcionam
a ela características favoráveis para uso em empresas. Há modelos
monocromáticos e coloridos.
Estas impressoras utilizam um mecanismo de alta precisão,
baseado em raios laser, para transferir um espécie de pó, conhecido como
toner, a pontos específicos da superfície do papel. O laser cria cargas
elétricas sobre determinados pontos de um cilindro. Estas cargas atraem o
toner, fazendo com que suas partículas se fixem nos pontos do cilindro. A
77

impressão se dá quando o cilindro carregado de toner entra em contato com o


papel. Sua fixação é resultado da ação do calor.
10.2.10.3. Impressoras Matriciais

Largamente utilizada em meados das duas últimas


décadas, atualmente está caindo em desuso, pela baixa qualidade de
imagens que apresenta e a falta de versatilidade que apresentam. Geralmente
ainda são usadas para impressões de textos e impressões comerciais e
fiscais.
Neste tipo de impressora, as letras e imagens são formadas
por pequenas agulhas, acionadas por um dispositivo eletromagnético
chamado de cabeça de impressão. Obedecendo as instruções recebidas do
computador, as agulhas são acionadas no momento e na posição certos.
Quando uma agulha é acionada, ela pressiona uma fita entintada contra o
papel, transferindo a tinta para aquele ponto.
O microprocessador da impressora controla também o
movimento da cabeça de impressão e o rolo de impressão. O movimento
coordenado desses elementos forma os desenhos e texto desejados.
As impressoras matriciais são muito mais caras em relação
as jato de tinta, em detrimento do baixíssimo custo de seu suprimento,
representando a forma mais econômica para impressões simples.
A maioria destas impressoras são absolutamente
monocromáticas, não imprimindo nem mesmo em tons de cinza.
Existem também impressoras matriciais que imprimem em
cores, mas são extremamente difíceis de serem encontradas atualmente, e
são uma exceção, pois não têm a mesma qualidade das tecnologias mais
modernas.
78

10.2.10.4. Impressoras Plotters

Também chamadas de plotadoras, são largamente usadas


em engenharia, arquitetura e CAD. Neste tipo de trabalho, frequentemente há
a necessidade de criar grandes desenhos, como plantas arquitetônicas ou
projetos de máquinas, que além de grandes, requerem muita precisão.
Ao contrário das impressoras comuns, o plotter utiliza-se de
canetas que se movimentam segundo os comandos enviados pelo
computador para criar as linhas do desenho. Dessa forma o plotter é capaz de
gerar linhas contínuas, ao contrário do que ocorre com as impressoras
comuns, que criam linhas através da seqüência de pontos.
Além disso, um plotter pode trabalhar com canetas
coloridas de várias cores para criar desenhos coloridos, porém não é eficiente
par criar áreas contínuas preenchidas com cores, pois a caneta têm que fazer
várias linhas até preencher toda a área, implicando num grande gasto, já que
as plotters são caras e com assistência e suprimentos caros.

10.2.10.5. Impressoras de Sublimação

Também conhecidas como impressoras de transferência


térmica. A tinta se encontra em forma de cera ou plástico sobre um filme com
as cores básicas. À medida que o papel passa pelas várias cores, pontos
específicos do filme são aquecidos, liberando a tinta para a impressão.
As impressoras que se utilizam da transferência térmica
não se popularizaram, pois têm aplicações muito específicas, em algumas
áreas da impressão. Atualmente encontramos no mercado algumas versões
compactas, geralmente destinadas à impressão de fotografias digitais sem o
uso do microcomputador.
79

10.2.11. Multifunções

Uma tendência no mercado de equipamentos para


escritório é a integração de vários componentes em um único gabinete que
pode conter uma combinação de fax, scanner, copiadora, impressora e
telefone.
Há pouco tempo atrás o uso de multifunções era pouco
difundido, pois na tentativa de uma redução de custos havia uma limitação em
sua qualidade, por exemplo, a maioria dos modelos apresentava o scanner e
impressora em preto e branco. Era voltado ao mercado SOHO (Small Office
Home Office – Pequeno Escritório-Escritório Doméstico).
Atualmente houve uma popularização das multifunções,
haja visto que incorporaram as mais novas tecnologias oferecendo a um custo
mais baixo, equipamentos com desempenho semelhante e até mesmo
superior aos equipamentos vendidos separadamente.
Assim como algumas impressoras fotográficas, há modelos
com entrada para cartões, variedade de tipos de combinação de cartuchos e
pequenos monitores.

10.2.12. Scanners

Um scanner é um periférico capaz de capturar a imagem de


uma página impressa. Essa imagem pode ser gravada em um arquivo de
computador que fica em condições de ser editado, transferido ou modificado.
O princípio do funcionamento de um scanner é similar ao de uma
fotocopiadora: uma luz brilhante movimenta-se sobre a página; a luz refletida
por cada ponto é medida e quantificada, criando uma imagem correspondente
àquela contida na página original.
Para que um scanner fosse conectado a um computador
era necessário que existisse uma porta de comunicação adequada, porém
atualmente essa conexão se dá pela versátil porta USB.
80

Além do equipamento, o processo de scaneamento de


imagens exige um software capaz de receber os dados da imagem do
scanner e transforma-lo em um formato de arquivo apropriado. Outro fator
relevante é se o scanner possui a capacidade de scanear textos e de imagens
transformá-los em formato de texto apropriado para edição em processadores
de texto, chamada de OCR (Optical Character Recognition – Reconhecimento
Ótico de Caracteres).
Há modelos de mesa e de mão, o handscan, e mais
atualmente scanner em formato tamanho de caneta, chamados de penscan.
Porém os modelos de mão são um tanto imprecisos, por razão de estarem
sujeitos a variações naturais da mão.

10.2.13. Câmeras e Filmadoras Digitais

Um equipamento que tem se popularizado nos últimos anos


são as câmeras, que não constituem um item necessário para aquisição com
um computador. Porém a alta tecnologia e versatilidade de algumas câmeras,
dentre as quais se destaca a linha Cyber Shot da Sony, têm atraído cada vez
mais pessoas a adquirirem estes equipamentos e montarem em suas próprias
casas verdadeiros laboratórios de fotografia digital, através da tecnologia e
facilidade das impressoras fotográficas.
Constituindo um meio de entretenimento e hobby, podemos
encontrar modelos de câmeras sem nenhum recurso de edição e com apenas
tecnologia de transferência com o computador até câmeras sofisticadas com
alta resolução, zoom óptico, recursos de edição de fotografias e monitores
LCD para uma pré-visualização das fotos.
As fotografias podem ser gravadas em CD para serem
visualizadas no computador ou DVD, impressas ou editadas em poderosas
estações fotográficas, como o último modelo da Sony lançado este ano.
Para aqueles que gostam de vídeos, hoje há a opção de
filmadoras digitais, que além de gravarem vídeos de alta qualidade que
81

podem ser visualizados em monitores LCD semelhantes ao das câmaras


fotográficas, podem ser transferidas e editadas no computador.

11. A HISTÓRIA DOS COMPUTADORES IBM-PC E IBM PS/2

11.1 IBM-PC

A IBM (International Business Machine), analisando o


sucesso que empresas de menor expressividade com a Apple Computer,
Radio Shack e Digital Research estavam obtendo com a produção de
microcomputadores, concedeu em meados de 1978, autonomia imediata à
equipe responsável pelo desenvolvimento do PC (Personal Computer) para a
criação de um sistema de arquitetura aberta.
Em 1981, é lançado então o IBM-PC, desenvolvido pela
Entry Level System Division em Boca Raton. O IBM-PC não era em nenhum
aspecto melhor que os concorrentes Apple e Altair, porém tinha tecnologia o
suficiente para ser utilizada para a maioria das aplicações domésticas e
comercias.
Utilizando-se do microprocessador Intel 8088, inferior em
desempenho em relação ao 8086, porém compatível com a maior parte de
periféricos e softwares da época, atraiu um número considerável de
fornecedores independentes interessados em fabricar componentes,
acessórios e periféricos compatíveis.
Sua configuração original era extremamente distante da
moderna evolução dos dias de hoje. Suas principais características inicias
eram as seguintes:
• Utilizava-se do processador Intel 8088 operando a taxa de
4,77 MHz de freqüência de clock;
• 16 KB de RAM, expansível para 64 KB;
• 40 KB de ROM;
• Unidade de disquete de 160 KB;
82

• Monitor CGA monocromático (fósforo verde, âmbar ou


branco);

O seu lançamento com sistema de Bus aberto, deu origem


a um mercado secundário muito grande que veio a “abocanhar” uma grande
fatia do mercado com os seus computadores IBM-PC compatíveis, chamados
de clones.
Na primavera de 1982, os IBM-PC’s eram entregues em
grande volume, e para o espanto de todos, a demanda excedia o estoque. O
PC foi um sucesso inesperado do dia para a noite. Embora o sucesso possa
ter apanhado a IBM e o restante da indústria de computadores desprevenidos,
todos acordaram rapidamente para as possibilidades que o PC criava.
Ainda que inferior aos concorrentes, o PC possuía
versatilidade e preço competitivo que lhe garantia bom sucesso no mercado
de microcomputadores.
O fator que tornou o IBM-PC a plataforma de computador
mais vendido do mundo foi o fato que com o surgimento de clones e facilidade
de encontrar itens compatíveis e com grande concorrência que gerava uma
maior oferta o seu preço foi diminuindo até cair no domínio popular, mas o
ponto trivial foi o fato de que a sua qualidade foi muito reduzida ao longo dos
anos em relação aos computadores de plataformas concorrentes.
Uma das empresas que teve grande destaque no início do
desenvolvimento dos novos IBM-PC foi a antiga Compaq, comprada
recentemente pela Hewlett Packward.
Durante os primeiros dias do PC, uma série de executivos e
engenheiros experientes em computador, observavam que havia uma
necessidade real de uma versão de PC que pudesse ser transportada. A idéia
transformou-se no primeiro produto da Compaq Computer Corporation. Seu
primeiro acréscimo a família PC foi chamado de Compaq Portable. Ele foi
anunciado em novembro de 1982, um pouco mais de um ano após o
lançamento do IBM-PC original.
83

11.2. IBM-PC XT

Acrônimo de “eXtended Technology”, foi lançado em 1982,


com a capacidade de ser incluída uma unidade de disco rígido, conhecida
como Winchester, desenvolvida pela Seagate. Porém o uso de disco rígido
nesta época foi muito pouco difundido por razão de custar muito caro. Suas
principais inovações foram além da capacidade de inclusão de disco rígido,
pois ele possuía uma fonte de alimentação nova e mais poderosa, novos slots
de expansão e suportava até 640 KB de RAM.
O computador IBM-PC XT se tornou logo o sucessor do IBM-PC
original. A Compaq equiparou-se ao PC XT no outono de 1983, com um outro
computador portátil, o Compaq Plus.
Por volta da mesma época a IBM introduziu o seu próprio
portátil, o Portable PC. Entretanto ele não foi um sucesso, criando apenas um
pequeno impacto no mercado.
A configuração do poderoso IBM-PC XT era a seguinte:
• Permitia a inclusão de até 8 placas de expansão;
• 512 KB de memória RAM;
• 40 KB de ROM;
• Unidade de disquetes de 5,25 polegas com capacidade de
360 KB.
• Capacidade para a inclusão de discos rígidos de 10
a 40 MB;
• Monitor CGA monocromático (fósforo verde, âmbar ou
branco) ou colorido.
• Placas de expansão ISA de 8 bits;

Assim como seu antecessor, possuía processador Intel de


16 bits com processamento em lotes de 8 bits, que muito perdia em
desempenho para a maioria dos processadores de 16 bits com
84

processamento em lotes de 16 bits da época, sendo este o seu principal ponto


fraco.

11.3. IBM-PCjr

Em 1983, tornou-se de conhecimento público que a IBM estava


planejando uma versão menos cara de PC, que pudesse ser usada como
computador doméstico ou uma versão mais econômica para negócios e uso
profissional. Esta máquina foi chamada de PCjr, carinhosamente conhecida
como “Peanut”.
Quase todos esperavam que o PCjr fosse um sucesso ainda
maior que o IBM-PC original, mas não foi. Os problemas de projeto,
juntamente com um interesse menor que o esperado em computadores
caseiros na faixa de preço do PCjr, contribuíram para tornar esta máquina um
desapontamento.
Por volta de 1984, o PCjr foi enfraquecido, e em 1985, apesar de
várias tentativas heróicas de rejuvenescimento, a IBM discretamente
descontinuou a máquina.

11.4. IBM-PC AT

Por um lado o ano de 1984, foi um desapontamento para o


PCjr de vida curta, mas por outro foi um ano maravilhoso para o outro extremo
da família de computadores da plataforma PC.
Em Agosto, a IBM introduziu no mercado o PC AT,
acrônimo de “Advanced Technology”, ele era incrivelmente mais rápido que os
IBM-PC XT’s mais rápidos. O sucesso do IBM-PC AT foi tamanho que nos
anos subseqüentes ele serviu como computador pessoal de liderança da IBM,
inspirando uma série de clones, muitos deles melhorados e com menores
preços.
85

São do padrão IBM-PC AT que descendem os nossos


computadores da plataforma PC da atualidade.
De 1984 a 1987, a IBM não fez mudanças de grande escala
na linha PC. Houve novos modelos do PC AT, mas foram apenas uma
variação do mesmo tema. A mudança mais significativa foi a introdução do
teclado melhorado de 101 teclas, que desde então se tornou padrão da
indústria de microcomputadores PC.
As principais características do PC AT foram:
• Utilizava-se do processador Intel 80286 que operava a uma
freqüência de 8 a 12,5 MHz;
• 1 MB de memória RAM;
• 64 KB de memória ROM;
• Unidade de disquete de 5,25 polegadas com capacidade de
360 a 720 KB de armazenamento;
• Monitor CGA monocromático (fósforo verde, âmbar ou
branco) ou colorido EGA;
• Slots de expansão ISA de 8 ou 16 bits;

11.5. IBM-PS/2

Em 1987 a IBM mudou de forma radical os rumos da


microcomputação introduzindo a nova plataforma denominada IBM-PS/2.
O PS/2 (Personal System/2) revolucionou ao utilizar-se da
arquitetura de Microcanal (MCA), superior à utilizada pelo PC, a arquitetura
padrão da indústria (ISA).
Devido a uma mudança radical em sua estrutura de
hardware o PS/2 apresentava grande incompatibilidade com a maioria de
softwares e periféricos da época, compatíveis com o antecessor IBM-PC.
Diferentemente do PC a IBM gastou muito mais tempo no
projeto de desenvolvimento do PS/s do que o PC. Os novos computadores da
linha PS/2 ostentavam um projeto completamente novo que incorporava uma
86

poderosa tecnologia que continha muito menos peças de domínio público.


Essa atitude tomada pela IBM dificultava que outras empresas viessem a
desenvolver clones compatíveis com o PS/2.
O Microcanal, arquitetura básica de construção do
IBM-PS/2 oferecia uma melhoria significante sobre o ISA, pois mudava a
natureza das placas adaptadoras que poderiam ser inclusas no computador,
fazendo com que as antigas placas existentes no mercado não funcionassem
no PS/2 que continha a arquitetura MCA.
Infelizmente a introdução destes computadores teve um
efeito prejudicial no mundo dos computadores, que puçás pessoas
esperavam. A IBM esforço-se ao máximo para assegurar que o PS/2 pudesse
rodar todo o software antigo, que já estava nesta altura de uso amplamente
aceito e difundido. Entretanto como já foi dito, o projeto de hardware era
totalmente diferente do utilizado por toda a indústria, que recusou-se a mudar.
Até então a IBM tinha dado partida em quase todos os
novos padrões na indústria de microcomputadores, padrões estes que foram
seguidos pela grande maioria de empresas que estiveram a vender e fabricar
os microcomputadores IBM-PC compatíveis, sendo entre estas a mais
importante a Compaq.
Naturalmente, os padrões de hardware mais importantes
eram aqueles que tinham a ver com o projeto do próprio computador. Embora
a IBM definisse estes padrões, ela relaxou-se por não exigir os seus direitos,
e milhares de empresas em todo o mundo aproveitaram a deixa e imitaram
com impunidade os computadores IBM-PC.
Com os novos IBM-PS/2 e a arquitetura Microcanal, a IBM
decidiu impor rígidas taxas de autorização, em alguns casos pedindo às
empresas para pagarem de volta royalties sobre os computadores mais
antigos que foram copiados sem autorização da IBM.
Desta vez as outras empresas, lideradas pela Compaq,
recusaram-se a ceder as pressões da IBM, preferindo não se utilizarem da
nova tecnologia por melhor que fosse esta, antes preferindo ficar com a
87

tecnologia antiga padrão dos computadores plataforma IBM-PC, criando elas


o termo do qual já foi utilizado neste texto, o termo ISA – Arquitetura Padrão
da Indústria. Estas empresas afirmavam que a mudança para o MCA por
parte da IBM havia sido desnecessário e que elas continuariam a montar
computadores baseados no IBM-PC e ignorariam o MCA.
Mais tarde estas empresas se juntaram e criaram o EISA
(Extended ISA), uma alternativa de alta performance para o Microcanal.
Devido a este problema entre a tecnologia MCA e ISA, o
campo da informática baseada em PC’s ficou divido até o início dos anos 90
em dois campos: a IBM com seus PS/2 e as outras empresa com o PC.
Porém devido a alguns avanços tecnológicos, a maioria dos programas
sofreram alterações de maneira a poderem ser utilizados por PC’s e PS/2’s.

11.6. IBM-PC’s Portáteis

Como sabemos os PC’s são muito pequenos se


comparados aos seus ancestrais de grande porte e minicomputadores.
Entretanto, pouco tempo depois que o primeiro PC foi laçado, os engenheiros
passaram a trabalhar afincamente para tornar as coisas menores o suficiente
para que fosse possível levá-los para qualquer lugar.
Atualmente existem PC’s portáteis o suficiente para serem
levados para qualquer lugar sem esforço. Porém naquela época havia
dificuldades para tornar um computador leve o bastante para ser repousado
sobre o colo, principalmente por causa da fonte de tensão que começava a
ser reduzido em tamanho e com maior potência, porém longe de proporções
portáteis.
Como solução surgiram os computadores conhecidos como
“arrastáveis”, por razão de não serem tão pequenos e exigirem uma ligação
em tomada. E pouco mais tarde foi possível a miniaturização de um
computador com tamanho para ser repousado sobre o colo, com tamanho
próximo a um grande bloco de anotações, porém perdiam consideravelmente
88

em desempenho e versatilidade de componentes dos computadores de mesa.


Eram ligados a tomada ou utilizavam-se de pilhas que ofereciam baixa
capacidade de tensão.
Desde então houveram muitos computadores portáteis,
porém todos eles não eram não-IBM.
O primeiro computador portátil PC foi o Portable PC em
1983, pesando cerca de 14 quilos, e o PC Conversível em 1987, ambos um
fracasso que foram retirados logo do mercado.
Porém em 1989, foi desenvolvido o portátil IBM-PS/2 P70
que teve ampla aceitação no mercado, que ao contrário de seus
antecessores, oferecia as mesmas funcionalidades do computador de mesa,
tais como: disco rígido, teclado maior, mais memória, tela maior entre outras,
pesando menos de 10 quilos.

11.7. A atualidade

Atualmente os computadores baseados em PC, dominam a


maior parte de microcomputadores do mundo. Muito evoluíram desde 1981,
quando houve o lançamento do IBM-PC.
Hoje os computadores IBM-PC estão presentes nos mais
diversos campos da humanidade, possuindo uma gigante compatibilidade
com softwares e hardware.
Hoje é possível até que pessoas com um conhecimento
básico montem seus próprios computadores sem grandes dificuldades, devido
a facilidade que o PC proporcionou aos usuários domésticos.
Embora possuam estas facetas boas, o PC’s possui as
mais diversas desvantagens em relação aos computadores de outras
plataformas tais como: componentes de qualidade inferior apresenta falhas de
estabilidade constantemente, não sendo uma plataforma muito confiável, têm
como principal sistema operacional o Microsoft Windows que apresenta
muitas instabilidades, apresenta performance inferior para aplicações gráficas,
89

estrutura de organização interna de seu gabinete desorganizada entre outros


inconvenientes.

12. FAMÍLIA DE PROCESSADORES INTEL

12.1 Origens – 8086/8088

Uma das palavras chave para entender melhor a família de


computadores IBM-PC é necessário entender também a família de
processadores Intel, uma vez que eles foram baseados no uso deste
processadores.
Na verdade os computadores modernos apresentam vários
processadores, cada um deles dedicado a uma tarefa especial, no entanto
sempre há um processador principal, simplesmente denominado de
processador do computador.
Com os PC’s da época, eles sempre erma baseados em
processadores da família Intel 86. Alguns computadores, porém possuíam um
co-processador que atuavam como auxiliadores do processador principal de
maneira a conferir para este, maior desempenho. Geralmente esses co-
processadores matemáticos pertenciam à família Intel 87.
A princípio todos tinham o nomes que começavam com
“80”. Na verdade, havia vários ancestrais da família 8086. Eles eram do mais
antigo ao mais novo, respectivamente: 4004, 8008, 8080A e 8085A.
Levando adiante a tradição, os nomes originais dos
membros da família 86 eram: 8086, 8088, 80186, 80188, 80286,80386 e
80486.
Mas um fato a ser destacado é que não há uma relação
direta entre a história do PC e dos microprocessadores que por ele foram
utilizados. Isso poder ser verificado com a ausência dos processadores 8086,
80186 e 80188 na linha dos microcomputadores PC. O modelo 8086 foi usado
90

em apenas um ou dois modelos, enquanto o 8088, 80286, 80386 e 80486 foi


utilizado em uma séries deles.
O motivo para que os processadores Intel 8086, 80188 e
80186, não fossem utilizados largamente pelos computadores PC da época,
não era por serem ruins, como alguns o pensam, pois eles desempenhavam
bem a função para a qual foram criados, eles geralmente nunca estavam
disponíveis em grande quantidade para atender a demanda de vendas ou no
momento correto para se projetar um computador campeão de vendas. O seu
papel foi usurpado pelo mais novo e mais poderoso processador Intel 80286
ou simplesmente 286. Porém não é correto afirmar que eles não foram
utilizados, pois tanto a Intel quanto a IBM e até mesmo utilizaram-se deste
microprocessadores em suas empresas, porém com o lançamento do 286,
podemos dizer que eles caíram aos pedaços.
Para compreender melhor a história dos
microcomputadores da plataforma IBM-PC e como eles dependeram destes
processadores, é necessário voltar um pouco no tempo, mais precisamente
no início da década de 80 quando os microcomputadores PC foram
construídos. Os projetistas já enfrentavam logo de primeira um dilema, pois
tinham que optar pelo 8088 ou 8086. Esses processadores eram idênticos,
exceto pela quantidade de dados que podiam enviar de uma só vez.
Os computadores armazenam e manipulam informações
como bits, que formam a cada 8 unidades 1 byte. Para caracterizar um
processador, dizemos quantos bits ele é capaz de trabalhar de uma só vez, e
quantos bits ele pode enviar ou receber de uma vez. Tanto o 8086 quanto o
8088 trabalhavam com 16 bits de uma vez, no entanto enquanto o 8086 podia
enviar ou receber 16 bits de cada vez, o 8088 comunicava-se com 8 bits de
cada vez.
Um outro modo de colocar a afirmação acima, é deixando
expresso que ambos os processadores trabalhavam com 16 bits
internamente, mas comunicavam-se com 16 bits (8086) ou 8 bits
externamente (8088). Isso significava que um computador baseado no 8086
91

usaria dispositivos (como drives de disco) e circuitos eletrônicos que se


comunicassem com 16 bits de cada vez, que eram escassos no mercado em
relação aos que trabalhavam com 8 bits, que haviam sido desenvolvidos para
os computadores antigos e mais lentos que eram utilizados na época. Para se
adaptar a esse mercado, a Intel projetou o processador 8088 que fosse
funcionalmente equivalente ao 8086, mas pudesse, no entanto tirar proveito
dos componentes antigos feitos para 8 bits, que no momento existiam com
mais disponibilidade e com custo muito menor.
Fazendo-se um retrospecto, parece que o 8086, teria sido a
escolha lógica para o IBM-PC original. Entretanto, na ocasião, os projetistas
da IBM não tinham a idéia de que o PC seria tão popular, e nem logo definiria
padrões mundiais. Na realidade o PC não era visto a princípio como um
computador especialmente importante importante. Tudo o que a IBM queria
era um computador pequeno que atuasse como máquina de entrada para
seus clientes, possuindo para isso até um departamento especial, o Entry
Systems Division – Divisão de Sistemas de Entrada.
Porém em face à utilização ampla do 8088 não significava
que de fato que o 8086 havia sido abandonado, a Compaq o usou para o
Deskpro, seu primeiro computador de caráter não portátil e a IBM, mais tarde
o usou para modelos de menor potência dos PS/2.

12.2. Melhoria – 80186/80188

Não muito tempo após a introdução dos


microprocessadores 8086 e 8088, a Intel começou a trabalhar sobre as
melhorias destes. Até então, todos os microprocessadores baseavam-se no
suporte de outros circuitos eletrônicos. Entretanto os projetistas da Intel
notaram que havia importantes desvantagens em ter estas funções de suporte
sendo executadas por circuitos separados. Incorporando muito destas
funções em um só circuito para um processador mais poderoso, faria com que
92

computador trabalhasse mais rápido. Além destes benefícios, o uso de menos


circuitos diminuiria o custo geral do computador.
Os resultados destas melhorias foram os processadores
Intel 80186 e 80188, simplesmente conhecidos como 186 e 188. A principal
característica presente em ambos é que eles integravam diversas funções de
suporte no próprio processador. Havia também outras novas capacidades,
porém menos importantes.
De maneira análoga aos processadores 8086 e 8088, eles
também trabalhavam com 16 bits internamente e se comunicavam com 16 e 8
bits respectivamente.
Embora o 186 e 188 fossem uma extensão importante da
família 86, porém pouco usada, eles na realidade não tiveram um impacto e
melhorias dramáticas para os processadores mais antigos.

12.3. Evolução – 80286

A Intel visto que havia a necessidade de introduzir um


processador mais poderoso, devido ao crescimento da demanda por maior
desempenho em microcomputadores, trabalhou e investiu bastante, que
resultou na sua realização mais ousada: o 80286, ou simplesmente 286.
O 286 era mais que apenas uma melhoria dos
processadores antigos, era uma revolução em forma de processador, já que
apresentou em relação aos seus antecessores enormes vantagens, dentre as
quais podemos destacar:
• Poderia utilizar mais memória em relação ao 186 e 186,
que utilizavam no máximo 1 MB, utilizando-se de até 16 MB
de memória;
• Pela primeira vez, um processador destinado ao uso em um
plataforma PC poderia utilizar-se do recurso conhecido
como memória virtual, já utilizada pelo Unix e Macintosh;
93

• Outra inovação foi a capacidade “multitarefa de hardware”


que permitia que o processador fosse rápido o bastante
para ir e voltar diversas vezes em vários programas,
recurso este já presente nos computadores Macintosh e os
com o sistema Unix;
• Poderia trabalhar com a divisão de tempo em “modalidade
real” e “modalidade virtual”, diferentemente dos
processadores mais antigos que trabalhavam da mesma
forma o tempo inteiro;
• Para o uso da capacidade de multitarefa, ele trabalhava na
modalidade de proteção, que impedia que problemas com
um programa afetassem todo o sistema;

Sendo assim essas novidades aumentaram bastante a


escala de trabalho do 286. Porém o 286 foi inserido na plataforma PC com o
surgimento do IBM-PC AT. Logo após esta inclusão passou a ser
desenvolvido uma enorme variedade de computadores baseados no PC com
processadores 286.
A modalidade real é quando um programa roda
isoladamente, e qualquer problema com ele pode comprometer seriamente
todo o sistema, ao contrário da modalidade virtual de proteção, que
compartilha tempo entre diversos programas e evita que programas afetem o
sistema, a única coisa que um programa pode fazer é afetar-se a si próprio.

12.4. Tecnologia – 386

O seguinte membro da família Intel de processadores foi o


80386, ou simplesmente 386.
Além de reter total compatibilidade com os processadores
antigos, e oferecer a modalidade real que emulava o 8086. Sua modalidade
de proteção também trouxeram melhorias significativas uma vez que podia
94

lidar com até 32 MB de memória real e até 128 MB de memória virtual, contra
16 MB e 1 MB do 286 respectivamente.
Uma das inovações porém mais importantes foi o novo
modo de operação denominado “modo 386 virtual”. Isso permitiu que o
processador executasse em multitarefa mais de um programa do DOS, que
embora fosse muito limitada, era o principal sistema operacional utilizado na
época, devido ao alto preço de sistemas operacionais com interface gráfica.
Diferentemente dos processadores que o antecederam, o
386 era um processador de 32 bits completo, ou seja, processava 32 bits de
um só vez internamente e externamente. Entretanto a desvantagem inicial
consistia em que a maioria dos dispositivos da época se comunicavam com
16 bits, não podendo tirar o proveito das capacidades do 386.
A Intel reconhecendo que esta mudança era um pouco
radical para a época, desenvolveu uma nova versão do 386, cuja única
diferença era que comunicava-se com 16 bits de cada vez. As vantagens
deste novo processador eram bem menores em relação ao 386 completo e
consequentemente mais barato. Para distinguir os dois modelos a Intel
denominou o antigo e mais poderoso de 386 DX e o novo 386SX, fazendo
uma analogia em Duplo e Simples respectivamente.

12.5. Inovação – 486

Logo após o sucesso do microprocessador 386 e suas


funcionalidades que trouxeram maior poder de desempenho nos
computadores da família PC, a Intel desenvolveu o processador 80486 ou
simplesmente 486.
Funcionalmente ele incorporava, em um circuito, o 386
mais dois outros componentes importantes: o co-processador matemático
embutido e um controlador de cache especial, que tinha a função de dirigir a
memória de uma maneira especial, ou seja em alta velocidade).
Em face a estas e outras inovações que trouxeram mais poder aos
95

microcomputadores PC, o 486 poderia operar numa freqüência de até 66 MHz


contra os 4,77 MHz do 8088, utilizado no PC original, e ainda possuindo até
512 KB de memória de cache.
Devido as suas características de alta tecnologia, foi à partir
dele que os computadores começaram, de uma maneira mais difundida, a
apresentar a capacidade multimídia, pois devido ao seu alto poder de
processamento apresentava melhor desempenho para trabalhar com drives
de cd, placas de som, de vídeo etc.

12.6. Tecnologia dos Co-processadores Matemáticos

O processador atua como “cérebro” do computador.


Entretanto havia nesta época processadores especiais, os chamados de co-
processadores, que poderiam ser usados para estenderem os poderes do
processador principal. Eles eram dedicados principalmente a operações
matemáticas, sendo referenciados como “co-processadores matemáticos”.
Entretanto os co-processadores não vinham inclusos com
os processadores, eles eram opcionais. Porém se o computador não tivesse
um co-processador, isto não haveria de representar um problema, pois o
processador principal por si só era capaz de fazer todo o trabalho, incluindo
os cálculos matemáticos. Mas ao optar por obter um processador que
trabalhasse em ação conjunta com um co-processador, ele seria capaz de
lidar com a maioria das demandas de cálculo dos seus programas.
Porém muitos pensavam, que ele era uma utilidade mais
precisa para quem usasse o computador para lidar com maior parte das vezes
para uso matemático, porém este é um conceito errôneo, pois a maioria dos
programas, principalmente os de cálculos e os de edição de imagens
vetoriais, são os que mais trabalham com cálculos, trazendo assim uma
considerável diferença em relação aos que não tinham incluso o co-
processador.
96

À partir da linha de processadores 80486, os


co-processadores passaram a ser incluídos em todos os processadores, uma
vez que este agora era embutido no processador principal.

12.7. Performance – Pentium

Nesta altura, a tecnologia de processadores de 32 bits mais


desenvolvida e difundida no mercado, possibilitou a Intel a desenvolver um
processador muito mais poderoso e ambicioso que os 486.
Podendo operar inicialmente a mais de 100 MHz, eles
representaram uma verdadeira revolução na linha de processadores que
dominam a maioria dos computadores do padrão IBM-PC.
Foi nesta época que surgiram outros processadores que
visavam competir com o Pentium e oferecer uma performance análoga a um
preço muito mais acessível. Porém eles não chegavam atingir a tecnologia do
onipresente Pentium, mesmo operando a velocidades maiores que ele, mais
sendo semelhantes a 486 melhorados. Dentre eles podemos destacar o 586
da Cyrix e AMD.
A Intel iria nomeá-lo como 80586, porém ele não teria um
caráter de superioridade que merecia, uma vez que não era uma simples
melhoria do 486 e sim um processador muito diferente.
Outra inovação na tecnologia dos processadores da nova
linha Pentium foi a introdução de três variantes, o Pentium Clássico, o
Pentium Pro e o magnífico Pentium MMX (MultiMedia EXtended – Multimídia
Estendida).
A partir de então iníciou-se uma corrida rumo ao
desenvolvimento de processadores cada vez mais poderosos e com maior
concorrência, principalmente da AMD, que passou a desenvolver
processadores com uma boa relação custo-benefício.
Dentre as inovações que partiram da nova linha do
Pentium, surgiram o Pentium II, o Pentium III e o Pentium IV. Destes, o último
97

continua reinando absoluto como a maior tecnologia para computadores


baseados em IBM-PC, superando todas as expectativas.
Na época do 486, esperava-se um dia, um processador da
família 86 da Intel, o 80786, ou simplesmente 786 de 250 MHz, e hoje
possuímos os processadores Pentium 4 de 3,6 GHz com tecnologia de
bi-processamento.

12.8. A tecnologia MMX

Com o desenvolvimento de computadores da linha


Pentium, a Intel desenvolveu uma tecnologia especial, que denominou MMX –
Multimídia Estendida.
PC de escritório com até 20% de aumento no desempenho
de aplicativos Microsoft Windows, era a proposta da tecnologia MMX, embora
os principais softwares e pacotes de produtividade não estivessem otimizados
ainda para a nova tecnologia MMX.
PC doméstico com aumento de até 16 vezes no
desempenho de determinados filtros de edição de imagem era outra das
propostas do Pentium MMX, e certamente uma das mais atraentes.
O conjunto de instruções incorporados no MMX foi
projetado especificamente para aumentar a velocidade de processamento
destes tipos de dados, vários testes provaram que ele aumentava
significativamente o desempenho reduzindo a utilização da CPU.
À partir deste momento surgiram no marcado uma ampla
gama de softwares compatíveis e muitos deles otimizados para a tecnologia
MMX, tais como: jogos, pacotes de edição de imagem, reprodutores de MPEG
e software de reconhecimento de voz. A CPU de quinta geração da Intel
recebeu assim 57 novas instruções para acelerar aplicações multimídia.
Até então a Intel conservou uma identidade de sempre
melhorar os processadores da geração seguinte e aumentar a sua velocidade
para satisfazer as necessidades finais de cada usuário, fosse esse
98

profissional ou não, podendo ser facilmente identificadas as gerações de


microprocessadores através da velocidade de seus clock. Porém esta
identidade entrou em crise com o surgimento do Pentium, mais precisamente
com a introdução das tecnologias Pentium Pro e Pentium MMX. Além de
atingir velocidades exorbitantemente maiores que os seus antecessores,
podendo chegar a princípio a 166 MHz, possuía a tecnologia 3D e
apresentava aprimoramentos surpreendentes em tarefas de execução de
áudio e vídeo e processamento de imagens.
Através da introdução da tecnologia MMX, os Pentium
clássicos passaram a serem utilizados no mercado de computadores de
entrada, pois a tecnologia que o MMX e o Pro ofereciam eram
surpreendentemente melhor.
Depois da introdução da tecnologia MMX que permitia um
maior desempenho de aplicações multimídia, todos os processadores
subseqüentes, a saber, os processadores: Pentium II, Pentium III, Pentium 4,
Pentium M, Celeron e Celeron M, passaram incluir, ainda que de maneira não
expressa ao pública a tecnologia MMX, sempre melhorada a cada novo
processador, uma vez que hoje basicamente todos os novos computadores
possuam capacidade multimídia, e para tanto exija um desempenho maior.

13. HISTÓRIA DOS COMPUTADORES APPLE MACINTOSH

13.1. Apple II

Em 1976, Steve Wosniak, filho de um engenheiro


desenvolve o microcomputador que denomina Apple, segundo alguns dizem,
em razão de Wosniak haver trabalhado em um pomar de maçãs.
O computador Apple I não podia ser considerado sob
nenhum aspecto um fruto de tecnologia avançada, uma vez que sua
construção foi bastante rudimentar. Porém foi o suficiente para gerar um
precursor rumo no campo da informática através dos futuros Apple Macintosh.
99

A configuração do Apple I de madeira era a seguinte:


• Utilizava-se de microprocessador da MOS Tech 6502 de 1
MHz com1 MHz de freqüência Bus;
• Possuía 8 KB de RAM expansíveis para 32 KB;
• Possuía 1 KB de VRAM;
• Resolução máxima de 40x24 caracteres;
• 58 W de consumo de energia elétrica por hora;
• Introduzido em Abril de 1976 e descontinuado em 1977;
• O custo de desenvolvimento foi aproximadamente de
US$ 700,00;

Amigo de Steve Jobs, que também era entendido em


computadores, porém muito mais dado à estratégias de negócios, eles se
associam e desenvolvem em 1977 o computador que chamam de Apple II,
que passa a ser produzido na garagem de Steve Jobs.
Porém ao passo que Jobs tinha uma ampla visão
empresarial ampla e desejava junto de Wosniak criar um computador
“perfeito” para tornar-se um novo e revolucionário padrão de mercado, este
último, só queria sair com sua banda de rock e tocar por aí, porém ainda
assim, ainda que um pouco ausente, permanecia ao lado de Jobs na
empreitada que a Apple Computer começava a enfrentar.
Os incríveis computadores Apple II começam a vender mais
que o esperado e acontece na Apple algo semelhante ao que aconteceu com
o Altair 8800, e a Apple tem dificuldades para a atender a demanda de
pedidos.
Os computadores Apple II revolucionaram o mercado de
microcomputadores, pois eram um dos primeiros a se utilizarem de corpo de
plástico para abrigarem a CPU, que era incrivelmente poderosa. Os
microcomputadores Apple II possuíam monitor de fósforo colorido e unidades
de disco de alta capacidade, além de ser altamente expansível. Suas
configuração básica era a seguinte:
100

• Utilizava-se do mesmo processador da MOS Tech de 1


MHz com freqüência de Bus de 1MHz de 8 bits;
• Possuía memória RAM de 4 KB expansível para 64 KB;
• Possuía 8 slots de expansão de alta capacidade;
• Possuía 12 KB de memória ROM;
• Tinha drive de disquete como opcional;
• Vinha opcionalmente com cartão de expansão serial;
• Tinha alto-falantes mono;
• Possuía monitor de até 6 cores com resolução máxima de
280x192 com 4 bits de cor a 40x48, incrivelmente alto para
a época;
• Foi introduzido em 1977 e descontinuado somente em
1980;

Iniciou-se assim o desenvolvimento em série dos


computadores Apple, custando aproximadamente 1,5 mil dólares.
Surgiram posteriormente outras variações deste modelo
nos anos subseqüentes:
• 1979: Apple II+;
• 1983: Apple IIe
• 1984: Apple IIc / IIc+
• 1985: Apple IIe Platinum/Enhanced;
• 1986: Apple IIgs;

13.2. Outros Modelos Apple

Durante os anos que se seguiram ao fantástico lançamento


do Apple II, surgiram outros modelos que eram apenas uma variação do
mesmo. A única versão diferente antes da consagrada plataforma Macintosh,
101

surgiram apenas o Apple III e o Lisa, que não atingiram o nível de sucesso do
Apple II, ainda que melhores.
O modelo Apple III, foi anunciado em Junho de 1980, entre
as suas principais inovações podemos destacar:
• Utilizava-se do processador Syner Tec 6502A em vez do
processador da MOS Tech, operando a taxa de 2 MHz com
freqüência de BUS de 2 MHz de processamento de 8 bits,
contra 1 MHz do MOS;
• Possuía 4 KB de memória ROM;
• O primeiro a possuir a altíssima capacidade de 128 KB de
RAM na versão III e 256 KB na versão III+;
• Possuía 4 slots de expansão compatíveis com o Apple II;
• Foi o primeiro a incluir em sua CPU um drive de disquete
de 5,25 polegadas;
• Possuía como opcional um cartão serial de expansão
serial;
• Assim como o Apple II tinha caixas acústicas mono;
• Foi introduzido em 1980 e descontinuado em 1985;

Outro modelo da Apple foi o Lisa, uma plataforma destinada


a uso corporativo, com um poder de processamento alto, interface gráfica,
porém com um preço muito elevado. Suas principais características eram:
• Foi o primeiro Apple a utilizar-se do processador de 16 bits
da Motorola, o MC68000, com a alta velocidade de 5 MHz;
• Possuía 16 KB de ROM com diagnóstico de código
presente;
• Tinha a extrema capacidade de memória RAM de 1 MB;
• Incluía 2 unidades de disquete interno de 3,5 polegadas,
uma novidade de alta tecnologia em armazenamento para
a época com capacidade de armazenamento de 400 KB a
2400 KB da Sony no Lisa II e as famigeradas unidades de
102

5,25 polegadas com capacidade 871 KB no primeiro


modelo;
• Possuía HD de 5 MB, expansível para 2HD’s de 10 MB;
• Possuía saída de áudio CVSD – Continuously Variable
Slope Demodulador;
• Incluía caixas acústicas mono;
• Gestão de ID: 2;
• Possuía interface gráfica, proporcionada pelos Sistemas
Operacionais suportados por ele: Lisa OS e Mac Works;
• Foi introduzido em Janeiro de 1983 e descontinuado em
1986;
• Primeiro a usar o mouse;

Infelizmente a tentativa da Apple de entrar com força no


mercado corporativo com o Apple Lisa, não tiveram sucesso, por razão de
que ele era excelente, mas custava muito caro, chegando a custar mais de 11
mil dólares contra os modelos Macintosh e Apple II que custavam entre 1,5 e
2,5 mil dólares.
No mesmo ano surgiu o Mac XL, com capacidades
semelhantes ao Lisa, porém ele não é considerado o verdadeiro Macintosh
que deu origem aos computadores Apple que são vendidos até hoje, mas
considerado uma pré-versão do Macintosh de 1984.

13.3. Revolução Macintosh

Em 21 de janeiro é feito o evento fechado de lançamento


do novo computador da plataforma Apple Macintosh, e em 24 de janeiro a
estréia em público.
Uma semana antes, o comercial 1984, dirigido por Ridley
Scott, fora apresentado na TV (pela única vez em toda a história) durante o
Super Bowl (final do campeonato de futebol americano, a maior audiência da
103

TV no ano), virando um dos anúncios mais premiados e influentes da história


da publicidade.
O Macintosh não é primeiro computador a utilizar a
Interface Gráfica com Usuário (GUI), mas o primeiro deste tipo com preço
acessível, embora caro, custando aproximadamente 2,5 mil dólares,
quebrando a meta original de 500 dólares, quando foi inflacionado na tentativa
de criar o computador perfeito proporcionado por Steve Jobs.
A sua configuração básica era a seguinte:
• Utilizava-se do processador Motorola MC68000 de 16 bits
operando na rápida freqüência de 8 MHz;
• Possuía uma memória ROM incrivelmente alta: 64 KB.
• Vinha com 128 KB de memória RAM.
• Possuía monitor de 9’ com VRAM de 1 bit à resolução de
512x342;
• Vinha com a nova unidade de disquete de 3,5 polegas com
capacidade de 400 KB de armazenamento;
• Gestão de ID: 1;
• Alto-falantes mono;
• Suportava o sistema operacional do Mac OS 1.0 ao 6.0.8;
• Introduzido em janeiro de 1984 e descontinuado em
outubro de 1985;

Em 1984, a Apple ainda é o principal fabricante de


computadores pessoais do mundo, com uma base instalada de mais de 2
milhões de Apples II, mas perde terreno rapidamente para os clones do IBM-
PC e seu MS-DOS. O Mac, que tinha começado como um projeto paralelo de
uma pequena equipe, virou a grande esperança da empresa para combater o
avanço da IBM, considerada o Grande Inimigo. Um fato curioso era que
Bill Gates e a Microsoft, por outro lado, eram considerados aliados.
O Mac 128K era revolucionário, mas estava longe da
perfeição. O principal problema é a falta inicial de software, o que muito
104

comprometeu as vendas do computador, mas mesmo assim, mais de 50 mil


Macs são vendidos nos primeiros 100 dias. Em setembro é lançado o Mac
512K com 512 K de memória RAM.
Em Dezembro de 1984, a Apple lança uma campanha de
marketing intitulada: “Teste Drive a Mac”. Várias celebridades como Mick
Jagger, Michael Jackson e Andy Warhol são presenteadas com Mac’s.

13.4. Viagem através dos anos na história do Apple Macintosh

Em 1985, o embalo inicial do Macintosh acaba muito depressa, devido à falta


de um "programa matador" que o tornasse realmente imprescindível.
Quando o “barco” do Macintosh parecia prestes a virar, eis
que surgem dois produtos que salvam a todos. A Apple LaserWriter
(US$ 7 mil) e o programa Aldus PageMaker mostraram ao Mac o problema
para o qual ele era a solução. Graças à possibilidade de ver na tela uma
reprodução aproximada do que seria impresso, o Mac era capaz de substituir
caríssimos sistemas fechados e agilizar os métodos convencionais de
produção gráfica. Estava inaugurada a revolução do Desktop Publishing, que
rendeu anos de margens de lucro exorbitantes para a Apple. São vendidos
500 mil Macs em 1985, ano em que a Microsoft lança a primeira (e hoje
irreconhecível) versão do Windows.
O CEO John Sculley comete dois erros fatais. Chega a ele
um recado secreto de (veja bem) Bill Gates, pedindo a liberação dos clones
de Mac para transformá-lo na plataforma padrão do mercado, substituindo o
IBM-PC. Sculley ignora o conselho. Meses depois, assina um malfadado
acordo com a Microsoft que abre caminho para que as inovações do Mac
sejam clonadas a impunemente pelas versões posteriores do sistema
opercional Microsoft Windows.
O sucesso do Mac no nicho do DTP vem tarde demais para
salvar a pele de Steve Jobs. Ele sai da Apple em setembro, ao cabo de
prolongada disputa política em que tenta tomar o poder da empresa e acaba
105

sendo traído pelo ex-amigo John Sculley. Junto com Steve vão embora cinco
funcionários-chave, com os quais ele irá fundar a NeXT. Jonh Sculley, CEO
da Apple chega a tentar processá-lo, mas desiste
Em 1986, O Macintosh Plus elimina o grande problema do
Mac original, saindo de fábrica com 1 MB de RAM e podendo ser expandido
para 4 MB. Ele introduz também o SCSI, a porta serial e o drive de disquete
de 800K. Em Setembro é lançado o Apple IIgs, o último Apple de 8 bits
(tirado de linha em 1992), com um sistema operacional muito similar ao do
Mac, como uma solução integrada para aplicação em problemas pouco
complexos.
Em março de 1987, a Apple vende seu milionésimo Mac. No mesmo ano
surge o Macintosh SE, com HD interno, mouse, teclado ADB e slot de
expansão para placa de rede.
O Macintosh II é o primeiro modelo com CPU separada do
monitor e ampla capacidade de expansão, contrariando a idéia original de
Jobs de fazer do Mac um sistema fechado e monobloco.
A Apple funda a Claris, sua divisão de software.
O System 5, ou Mac OS 5, pode abrir mais de um programa
ao mesmo tempo, exibindo assim a capacidade mutitarefa, copiada pelos
modelos IBM-PC com processadores Intel.
Em agosto surge o HyperCard, programa idealizado para
permitir a criação de softwares sem a necessidade de escrever código. Ele
foge das normas de interface tradicionais do sistema e antecipa o estilo da
Web, com organização por páginas, links de hipertexto e multimídia integrada.
O Macintosh IIx traz como novidade o processador
Motorola 68030 e disquetes de 1,4 MB. Sai também o System 6 ou Mac OS 6.
A NeXT, nova empresa de Steve Jobs, lança o computador
NeXT, um (adivinhou) cubo com drive óptico, monitor de 17" de alta resolução
(porém ainda não colorido) e sem drive de disquete (antecipando a moda em
10 anos), para o mercado educacional.
106

Em 1989, é lançado o Macintosh SE/30, o Mac original


melhorado pelo chip 68030 de 50 MHz. Saem também o Macintosh IIcx e o
IIci - este, o primeiro Mac modular com vídeo integrado e resolução de 480 x
640 pixels a 256 cores.
O Mac Portable, primeira tentativa da empresa de fazer um
Mac portátil, não dá muito certo. Ele não deixa a desejar quando comparado
com os modelos de mesa. Mas, pesando cerca de 8 kg, não é exatamente um
portátil.
A NeXT lança o NeXTStep, seu sistema baseado em Unix
com jeitão de Macintosh, que dez anos depois viraria o Mac OS X.
Em 1990, tentando sair do nicho do DTP e conquistar os
usuários domésticos, a Apple lança três modelos de baixo custo: o Macintosh
Classic (US$ 1 mil, sem HD); o Macintosh LC (US$ 2,400), um modular com
monitor Sony Trinitron colorido de 12"; e o Macintosh IIsi (US$ 4.000),
basicamente um Macintosh IIci sem slots de expansão e processador mais
lento.
Em abril de 1991, John Sculley faz um acordo de troca de
tecnologias com a ex-rival IBM. A IBM desenvolverá a plataforma PowerPC
para a Apple, e esta ajudará a criar um novo sistema operacional (chamado
Taligent) para as duas empresas. O PowerPC sairia dali a três anos; o tal
sistema operacional, jamais.
É lançado Macintosh o System 7, com ícones coloridos,
memória virtual e a possibilidade de usar mais de 8 MB de RAM.
A Apple dá início a uma nova revolução - a da multimídia e
do vídeo digital - com o o QuickTime e posteriormente o iTunes, que
possibilitaram o desenvolvimento do iLife.
Chegam ao mercado os Macintosh Quadra, com chip
PowerPC 68040, e os primeiros PowerBooks, criados em parceria com a
Sony e trazendo inovações que hoje são consideradas lugar-comum, como o
teclado recuado (deixando espaço para apoiar as mãos) e a trackball
(posteriormente trocada pelo trackpad, também introduzido pela Apple).
107

Na tentativa de concorrer com os PCs em preço e tentando


desesperadamente aumentar sua fatia de mercado, a Apple lança a linha
Performa, que não é nada mais do que modelos antigos reciclados. O topo de
linha, o Performa 600, perdia em velocidade para o Macintosh IIx. Mas em
compensação foi o primeiro computador a vir com drive de CD-ROM.
Enquanto isso, a Microsoft consolida seu caminho para a
dominação do mundo com o lançamento do Windows 3.1.
Em 1992, a ânsia de ganhar mercado a qualquer custo
toma proporções dantescas. A Apple lança nada menos que 19 modelos de
Macintosh, entre as linhas LC, Centris, Quadra e PowerBook. Um modelo de
Centris dura apenas três meses do lançamento à descontinuação. A Apple é
acusada de "estufar" o canal de vendas, contando máquinas entregues para
revendas e devolvidas como máquinas vendidas.
Em 1993, em fevereiro, já haviam sido vendidos 10 milhões
de Macintosh. Surgem no mesmo ano o Macintosh Color Classic, o primeiro
PowerBook colorido, os Quadras AV (com saída e entrada de áudio e vídeo) e
o bizarro Mac TV, um LC 520 pintado de preto com uma placa para sintonizar
canais de TV.
Em agosto sai o Newton, o primeiro PDA (Personal Digital
Assistant) do mundo. Custando quase US$ 1 mil e com reconhecimento de
escrita deficiente (que só ficaria satisfatório na terceira geração), o
lançamento é um megafracasso, com 25% das unidades vendidas sendo
devolvidas.
John Sculley, esgotado, cai do posto de CEO. Em seu lugar
assume Michael Spindler.
No ano de 1994, chegam ao mercado os novos modelos
denominador Power Mac’s, a maior mudança na plataforma desde a criação
do Macintosh. O chip PowerPC foi desenvolvido pela trinca IBM-Apple-
Motorola. Ironicamente, essa transição foi muito mais tranquila que a
transição do Mac O6 para o Mac OS 7, graças a um emulador do chip 68K
108

embutido no PowerPC. O resultado desta inovação foi: 1 milhão de Power


Mac’s vendidos em um ano!
Para cortar custos, a Apple começa a adotar tecnologias
padrão no mundo PC, como os discos IDE. É uma mudança radical: a Apple
era conhecida como "a empresa que diz NIH" ("Not Invented Here" - Não
Inventado Aqui), por desprezar qualquer tecnologia que não houvesse sido
desenvolvida em seus laboratórios. O Quadra (ou Performa) 630 foi o primeiro
Macintosh com HD IDE, que hoje é padrão em todos os Mac’s.
Apple lança a QuickTake 100, a primeira câmera fotográfica
digital do mundo, co-projetada com a Kodak. Mas não tira vantagem do
pioneirismo., que fica a cargo de grandes corporações como Sony, Kodak,
Cânon, Olympus, Samsung Panasonic entre outras de menor expressividade.
A recém-fundada Netscape, comprada mais tarde pela AOL
(América On Line) lança seu browser (baseado no Mosaic, que por sua vez
fora criado junto com a World Wide Web num computador NeXT) e dá início à
explosão da Internet, sendo este o primeiro navegador incluso no sistema do
Macintosh.
Em 1995, os planos originais da trinca Apple-IBM-Motorola
que eram de transformar o PowerPC numa plataforma aberta (ou semi-aberta)
que pudesse rodar vários sistemas operacionais (incluindo OS/2 e Windows
NT) e fosse clonada por fabricantes autorizados, depois de muita discussão, a
tal "Plataforma Comum de Referência" (CHRP) ainda estava longe de virar
realidade, mas a Apple já tinha algumas empresas credenciadas para fazerem
clones, como a Power Computing, a Radius, a Unitron. O objetivo era ampliar
a fatia de mercado da Apple de 10% para 20% ou mais.
Mais uma tecnologia Windows – Intel tomam um espaço nos
computadores Macintosh - o barramento PCI – que foi adotado pela Apple.
É lançado o Power Mac 9500, o primeiro a usar o
microprocessador PowerPC 604 (com capacidade de sofrer upgrade), sendo
este o maior Mac de todos os tempos (até o G5). A Apple estava à frente na
109

corrida dos megahertz: um 8500/132 MHz era quase duas vezes mais rápido
que um Pentium 133 MHz, que vigorava no mundo dos PC’s da época.
O sistema operacional de 32 bits da Microsoft, o Windows
95 é lançado, diminuindo ainda mais as diferenças entre PC’s e Mac’s.
A Apple aposta na linha Performa e vê sua margem de
lucro ser esmagada pela concorrência com os PC’s. Entra no vermelho no
final do ano e quase é vendida a preço extremamente baixo para a
Sun Microsystems , fabricante de workstations Unix.
Spindler, CEO da Apple cai e em seu lugar assume Gil
Amelio, famoso na época por ter “ressuscitado” a National Semiconductor.
Em 1996, de maneira assustadora a Apple assume um
prejuízo de quase US$ 800 milhões no primeiro trimestre.
Em fevereiro do mesmo ano, Steve Jobs, um dos
fundadores da Apple Computer dá uma entrevista para a revista Wired e
declara: "A guerra das plataformas acabou. A Apple perdeu."
Precisamente no mesmo momento, a Business Week
"mata" a Apple em matéria de capa. Isso é só o começo do massacre que a
Apple começa a sofrer diariamente na imprensa.
Gil Amelio faz uma nova reestruturação da empresa,
reduzindo o número de produtos, e cancela o Copland, o sistema "moderno"
que viria substituir o velho System 7.5 e não havia saído da prancheta após
vários anos e milhões de dólares investidos. Começa a procura pelo sucessor
do Mac OS fora da empresa. O principal candidato é o BeOS, criado por
Jean-Louis Gassée, ex-engenheiro-chefe da Apple, porém como a Apple não
se interessou, Jean o tornou um sistema operacional livre para uso em PC’s
com processadores Intel e mais tarde também AMD, porém em meados do
último ano a Palm comprou os direitos dele, encerrando as suas atualizações
e declarando não ter interesse em investir no sistema e nem comercializá-lo.
Em abril, a Apple lança o 20th Anniversary Mac
("Spartacus"), provando que ao menos no campo do design não está morta.
110

Mas o Macintosh mais vendido no Brasil é o da linha Performa com


desempenho inferior aos computadores mais antigos da Apple.
Em dezembro, a Apple compra a NeXT e traz Jobs de volta,
como consultor. A idéia é continuar desenvolvendo o Mac OS e ao mesmo
tempo adaptar o sistema da NeXT (que roda em PCs com processador Intel)
à plataforma da Apple. A previsão é de que o novo sistema estaria pronto no
final de 1998. Porém este sistema anunciado só veio a ser lançado anos mais
tarde.
Em março de 1997, depois de um ano tentando reerguer a
Apple sem conseguir tirá-la do “vermelho”, Amelio demite 2.700 funcionários,
acaba com a linha Performa e reduz a verba de pesquisa e desenvolvimento.
Em uma articulação de bastidores, Jobs consegue
convencer o board (conselho diretor) da Apple de que Amelio não é o homem
certo para estar no comando da empresa. O homem certo seria... Steve Jobs.
Em julho, já com plenos poderes, Jobs comanda a feira
Macworld de Nova York e apresenta em um telão, para espanto e horror dos
macmaníacos, Bill Gates para anunciar uma aliança com a arqui-rival. Ele
anuncia que a Microsoft adquiriu US$ 150 milhões em ações da Apple (sem
direito a voto) e assinou um acordo de partilha de patentes durante cinco
anos, que beneficiou a Apple financeiramente, mas não a nível de empresa,
uma vez que a Microsoft utilizou-se deste acordo para ganhar ainda mais
mercado com as inovações do Macintosh no sistema operacional Windows.
Em setembro, Jobs finalmente assume o posto de "CEO
interino" (para só tirar o "interino" em 2000). Uma de suas primeiras medidas
é acabar com os clones, que em vez de ampliarem o mercado do Mac OS
estavam roubando as vendas da Apple. A seguir, lança o Mac OS 8.
Em novembro, a Apple inaugura a AppleStore, sua loja
online.
Também no mesmo ano saem o Power Mac G3 e o
PowerBook G3. Mais rápido e consumindo menos energia, o chip G3 logo é
adotado em todos os Macintosh.
111

Estréia a impactante campanha publicitária "Think


Different", que associa o Mac a gênios, inventores e artistas famosos.
No último trimestre do ano, a Apple finalmente sai do
“vermelho”. A Grande Crise passou.
Em 1998, Steve Jobs toma uma das suas decisões mais
polêmicas: acaba com o Newton, PDA criado há vários anos, como uma
solução para computadores portáteis que coubessem na palma da mão.
"Filho" de seu arquiinimigo Sculley, Jobs nunca foi com a cara "daquele treco
de rabiscar". A fim de focar a Apple em seus negócios centrais, defenestra o
Newton (e seu irmão eMate) justo quando ele se firmava no mercado, que
acaba ficando todinho para o Palm.
Em agosto, a Apple finalmente lança o computador-símbolo
de sua volta por cima: o iMac. Colorido, curvilíneo, totalmente diferente do
marasmo dos PC’s beges. Durante meses, é o computador mais vendido nos
EUA. Depois dele, a Apple nunca mais seria a mesma.
Em 1999, seis meses depois de lançar o iMac, a Apple ao
invés de apenas aumentar a sua velocidade, ela o lançou em cinco cores,
misturando conceitos de decoração, design e usabilidade.
A moda (ou praga, para alguns) das cores chega aos
modelos profissionais, com o Power Mac G3 azul e branco. Em agosto,
chegam os Power Macs G4, com um tom mais sóbrio, acinzentado.
Graças a instruções embutidas que aceleram cálculos
matemáticos (chamadas de Velocity Engine ou AltiVec), o processador
PowerPC G4 dá uma boa vantagem aos Macintosh em relação ao
processador Intel Pentium da época.
Em setembro chega o iBook, o primeiro laptop da história
não direcionado a executivos ou “nerds milionários”. Junto com ele a Apple
estréia a Internet sem fio: AirPort. Um clássico até hoje (e sim, dá para rodar o
Panther nele!).
O iMac DV dá a partida na segunda revolução promovida
pela Apple: o Desktop Video. É o primeiro computador para uso doméstico
112

capaz de editar vídeos, graças ao FireWire e ao iMovie.


Em 1999, 52% de todas as máquinas vendidas pela Apple
são iMacs.
No hardware as coisas vão bem, mas o sistema
operacional continua atrasando. Rebatizado de Mac OS X, ele é previsto para
chegar às mãos dos consumidores no final de 1999, porém mais uma vez não
fica pronto no tempo previsto.
Em meados do ano de 2000, o Power Macintosh com
processador PowerPC G4 começa a perder a batalha dos megahertz,
resultado do desinteresse da Motorola em investir no chip. O modelo de 500
MHz, anunciado em agosto de 1999, só chega em fevereiro de 2000, quando
a Intel já anunciava a quebra da barreira do Gigahertz pelo Pentium.
Em julho sai o G4 Cube, obra-prima do design e
retumbante fracasso comercial. Ninguém queria pagar mais por uma máquina
com menos capacidade de expansão e processamento, por mais maravilhosa
que fosse. Seis meses depois, a Apple baixa o preço do Cube a níveis
atraentes, mas aí já é tarde demais.
O iMac muda de cores, mais transparentes e vistosas,
ganha várias faixas de preço, de acordo com o processador. O iMac 350 MHz
Indigo é vendido a US$ 799 - o Mac mais barato de toda a história da Apple e
bem próximo da meta de US$ 500 do Macintosh original.
A Apple troca o famigerado mouse redondo pelo mouse
óptico transparente sem botões, sensível à pressão da mãe.
Finalmente o Mac OS X dá o ar da sua graça, em uma
versão beta pública, no final do ano. Mais de 100 mil cópias são distribuídas.
O futuro é Aqua, denominação para a interface obra prima do design
desenvolvido pela Apple.
Em 2001, depois de anos de preto, os PowerBook’s
ganham o primeiro “revamp” da Era Jobs: nasce o Titanium. Com chip
PowerPC G4, tela de 15’ widescreen e design digno de um “Mies van der
113

Rohe”, o laptop é um sucesso estrondoso, mesmo esquentando horrores e


descascando depois de um tempo.
Surge também o SuperDrive, incluído no Power Mac G4
733 MHz - drive que lê e grava DVD’s e CD’s. Reconhecendo que “apostou
no cavalo errado (ou no certo na corrida errada)”, Steve Jobs faz uma
autocrítica e assume a culpa por não ter embutido um gravador de CD-R nos
iMacs logo em 1999, preferindo o drive de DVD.
Além do drive que o povo queria, os iMacs coleção 2000
trazem dois modelos que marcam época: o Flower Power e o Blue Dalmatian,
com design bastante extravagante.
Em janeiro de 2002, Jobs fala pela primeira vez no conceito
de "Hub Digital" e lança o iTunes, o primeiro passo da Apple rumo à
dominação do mercado de música online. Em outubro é lançado o iPod, o
segundo passo, considerado até os dias de hoje o melhor tocador de MP3 do
mercado, atingindo atualmente capacidade de até 40 GB em um pequeno
aparelho que cabe na palma da mão sendo capaz de gravar mais de 13.000
músicas de 128 kHz contra 96 e 72 e 48 kHz dos concorrentes, e ainda gravar
e exibir em seu monitor, fotografias digitais em cores!
O Mac OS X começa a ser vendido em março (ainda
faltando uns pedaços que vão sendo incluídos no meio do caminho). A
reclamação de lentidão é geral, os softwares incompatíveis são vários, os
bugs muitos, mas o Aqua é lindo. O 10.1 (em setembro) dá uma recauchutada
geral no sistema, conferindo a ele maior estabilidade.
Em maio chegam os iBooks branquinhos, dando início à
"Era Linha Branca" do design Apple.
Ainda em 2002, a "linha branca" incorpora o iMac com o
lançamento do iMac G4 "abajur", que leva o aspecto alienígena do iMac a
níveis nunca antes imaginados.
É lançado o eMac, modelo básico da Apple que
semelhantemente aos iMac’s G3, incorporam a CPU e monitor em um único
equipamento, porém seguindo o estilo de cor branca brilhante do novo iMac.
114

Mesmo sendo designado como modelo de entrada da Apple, o eMac oferece


desempenho muito superior à PC’s do mesmo segmento.
O susto com o design do novo iMac é tanto que o
lançamento do Power Mac G4 "QuickSilver" com dois processadores
PowerPC G4 de 1 GHz, passa quase despercebido.
O Jaguar (Mac OS X 10.2) sai em outubro, transformando o
Mac OS X em um sistema maduro, mais rápido e com muitas novas funções.
A Apple entra no ramo dos servidores profissionais com a
linha Xserve.
Em janeiro de 2003 é lançado o primeiro funcional e versátil
browser (navegador de internet) desenvolvido pela Apple, trazendo assim a
substituição do Microsoft Internet Explorer para Macintosh.
No campo do hardware, o ano batizado por Steve Jobs de
"Ano do Laptop" começa com o lançamento dos PowerBooks de alumínio de
12 e 17 polegadas. Em julho chegam os Power Mac’s G5 , que além de
design extremamente elegante, fez novamente a Apple ficar a frente na
corrida das plataformas, uma vez que o novo lançamento superava em vários
aspectos os computadores PC de configuração semelhante.
Em março, a Apple lança com enorme sucesso a sua
iTunes Music Store e prova que é possível a venda de música online. O iPod
chega aos 40 GB.
O final do ano traz os novos iBooks G4, o PowerBook de
alumínio de 15’ e o iMac com tela de 20".
Neste ano são feitas várias melhorias na linha de
computadores existentes, a introdução de versões especiais do iPod e a
introdução do novo Mac OS X Panther versão 10.3.
Durante 20 anos, o fim da Apple e do Macintosh foi
anunciado inúmeras vezes. Mas ambos continuam aí, liderando a indústria de
informática no design, na tecnologia e na facilidade de uso, provando que
sempre há espaço para idéias criativas e inovadoras.
115

14. HISTÓRIA DOS SISTEMAS OPERACIONAIS

14.1. Definição

O sistema operacional de um computador é a interface de


comunicação entre usuários, programas e hardware, de maneira a executar
instruções e através de resultados executar tarefas determinadas pelo
operador.
Ao introduzirmos alguma informação ou dar algum
comando para a execução de uma tarefa o computador basicamente faz a
gestão de controle da memória, supervisão de entradas e saídas de dados,
organização e carregamento de programas, criação, manipulação, edição e
eliminação de arquivos.
Há dois tipos de sistemas operacionais, o CLI (Command
Line Interface – Interface por linha de comando) e o GUI (Graphics User
Interface – Interface gráfica com o usuário).
Porém para cada tipo de conjunto de ações e para tipos de
plataformas com desempenho diferentes, há sistemas operacionais
diferentes.

14.1.1. CLI

Os sistemas operacionais que se comunicam através da


interface CLI, operam e manipulam informações e executam ações através de
comandos digitados pelo usuário através do teclado.
Alguns exemplos de sistemas operacionais por linha de
comando são: Microsoft DOS, Apple DOS, Digital Researsh DOS, IBM PC-
DOS, CP/M entre outros.
São bastante limitados em execução de tarefas e utilizam-
se do mínimo de desempenho dos computadores e são muito pouco
116

versáteis. Trabalham com o sistema monotarefa, monousuário,


monoprocessamento etc.

14.1.2. GUI

Os sistemas operacionais gráficos (GUI) proporcionam aos


usuários, maior facilidade na operação e comunicação com os gráficos. As
suas principais características eram:
• Formato de comunicação gráfico;
• É voltado ao usuário que não se utiliza da informática;
• Interação com o sistema feita através do mouse;
• Utilização da metáfora da mesa de trabalho (desktop) que
representa uma mesa de trabalho eletrônica constituída de
objetos como ícones, janelas, cortinas, caixas de diálogo,
elevadores, botões etc.
• Navegador para acesso a Internet;

Alguns exemplos de sistemas operacionais que se utilizam


da interface gráfica podemos destacar: o Microsoft Windows, o Apple Mac
OS, o Conectiva Linux, o Sun Unix, o IBM OS/2 entre outros.

14.1. CP/M

Voltando ao passado distante do início do uso dos


microcomputadores na década de 70, o sistema operacional que reinava era o
CP/M da Digital Research.
Sua interface era por linha de comando. A quantidade de
programas existentes para ele era ampla e destinada ao uso em plataformas
de 8 bits de processamento.
117

Sua versatilidade era muito baixa e seu desempenho assim


como muitos outros sistemas que se utilizavam da interface por linha de
comando.
Quando a IBM iniciou os projetos para desenvolvimento do
PC, procurava por um sistema operacional que pudesse acompanhá-lo, e o
CP/M era uma potencial alternativa.
Porém o maior problema era que o CP/M era somente
compatível com computadores com sistema de processamento de 8 bits e
embora o IBM fosse utilizar-se do processador Intel 8088 que processava 8
bits de informações por vez, este era um processador de 16 bis e era
incompatível com o CP/M.
Nesta época que começavam a surgir computadores com
unidades de processamento de 16 bits, uma possível alternativa foi portar o
CP/M para esta plataforma, criando assim o CP/M 16, que mesmo compatível
com sistemas de 16 bits, não apresentava nenhuma melhoria significativa.
Há uma história a respeito da queda do CP/M que consiste
nos seguintes e possíveis fatos: a IBM estava a procura de um sistema
operacional para o seu novo projeto. Visto que o CP/M era o dominante, a
IBM preferia não trocar o certo pelo duvidoso e com isso os seus executivos
foram negociar com a Digital Research. Porém o seu presidente os tratou com
tanto desdém, deixando os executivos furiosos a esperar, enquanto ele, o
presidente da Digital Research, viajava de avião na hora da reunião.
Enfurecidos, os executivos da IBM foram a procura de outra empresa, e esta
não era nada menos que a Microsoft, pequena empresa de processamento de
dados que desenvolvia softwares através das linguagens de programação da
época, porém não desenvolvia sistemas operacionais. Ao passo que a Digital
Research tratou a IBM com total indiferença, usando a estratégia errada para
o momento, a Microsoft de Bill Gates e Paul Allen, “estenderam o tapete
vermelho” para a IBM, que veio a desenvolver o sistema operacional
MS-DOS.
118

14.2. Microsoft DOS

Ao final da década de 70, após negociar de maneira correta


com a IBM, que necessitava de um sistema operacional para seu novo
projeto, o IBM-PC, a Microsoft desenvolveu de maneira rápida e eficiente o
MS-DOS.
Na verdade o MS-DOS não era nenhum fruto de
criatividade da Microsoft, era apenas uma cópia do CP/M, só que com
algumas melhorias leves.
Também se utilizando da interface de linha de comando, o
MS-DOS, reinou absoluto nos PC’s até o início da década de 90.
Por razão de ser monotarefa e monousuário processando
apenas 8 bits de informações por vez, o DOS era um sistema pouco confiável
que “cortava” de maneira surpreendente o desempenho que as novas
tecnologias conferiam aos novos microprocessadores, tais como modalidade
de segurança, capacidade multitarefa, uso de memória virtual,
co-processamento matemático otimizado para atividades gráficas.
Como os Mac’s eram caros e o Microsoft Windows, também
caro e cheio de falhas, muitos usuários estavam confinados ao uso do DOS.
Em relação as suas desvantagens, pelo menos em algo ele
era bom, pois possuía compatibilidade com uma ampla gama de softwares,
todos compatíveis com ele.

14.3. Unix

Desenvolvido pela Bell Laboratories da AT &T na década


de 70, o Unix é considerado o melhor sistema operacional, o mais confiável,
estável e seguro que há no mundo.
A princípio o Unix poderia ter versões desenvolvidas por
vários fabricantes ou modificados por especialistas, uma vez que a sua
plataforma de programação era aberta. Porém o Unix se tornou rapidamente
119

um sistema operacional que para ser utilizado era necessário adquirir uma
licença de uso, muito cara, o que tornava o seu uso inviável para a maioria
dos usuários.
Atualmente a principal fabricante do sistema operacional
Unix é a Sun Microsystems, que desenvolveu a plataforma de computadores
workstations Sparc.
Porém devido ao seu alto custo, outras empresas
fabricaram variantes mais acessíveis como a própria Microsoft que
desenvolveu o Xenix. Outras entretanto desenvolveram outros sistemas
operacionais diferentes, porém baseados nas tecnologias do Unix, como a
Apple que desenvolveu o Mac OS e Linus Torvalds que desenvolveu o Linux.
Uma de suas principais características é a capacidade avançada
de multitarefa, tempo compartilhado entre usuários, tecnologias avançadas de
rede, fácil administração remota, boa solução para problemas corporativos de
alto nível, ferramentas adequadas para a administração de grandes banco de
dados entre outras.
Porém o Unix tem uma reserva muito maior de mercado
para servir aplicações, e seu uso é mais difundido em sofisticadas
workstations ou computadores simples e básicos. Falta ao Unix uma reserva
para entrar no segmento intermediário de aplicações do qual o Microsoft
Windows NT e atualmente o 2000 ocuparam espaço.
Outra característica importante do Unix é a capacidade de
poder ser utilizado em uma ampla quantidade de tipos de plataformas.
120

14.4. Microsoft Windows

14.4.1. O sistema

O sistema operacional Windows da Microsoft é o mais


popular entre os usuários de microcomputadores e o mais compatível com a
ampla gama de softwares e equipamentos de hardware do mercado. Porém
não é o melhor sistema operacional para computadores PC, uma vez que a
sua estrutura interna é desorganizada, o que confere a ele menor estabilidade
e uma maior probabilidade a apresentar erros que são muito difíceis ou
impossíveis de serem localizados para uma possível solução.
Embora atualmente ele tenha melhorado muito, suas
principais características no que diz respeito a aplicação de novas
tecnologias, foi muitas vezes copiadas de outros sistemas operacionais.
Porém o Microsoft Windows é o sistema operacional mais
versátil para microcomputadores da atualidade, e apresenta entre algumas de
suas vantagens a de possuir várias versões destinadas para certas rotinas de
uso, todas elas oferecendo alguma vantagem na área em que são destinados.
A seguir será mostrada de um forma objetiva a evolução
deste sistema operacional que atende às expectativas de milhões usuários
em suas tarefas diárias:

14.4.2. Windows 1.0

Lançado em 1985, esta versão do Windows apresentava


muitas falhas e poucos softwares compatíveis para serem executados sob o
seu gerenciamento. Como os processadores da época eram lentos, esta
versão era muito limitada.
Denominado ambiente operacional gráfico, esta versão não
chegava a ser um sistema operacional completo. Era apenas uma solução
gráfica que rodava sobre o sistema operacional principal: o MS-DOS.
121

Porém seu custo era alto e os benefícios, poucos, o que fez


desta, uma versão muito pouco utilizada.

14.4.3. Windows 2.0

Lançado em 1987, esta versão do ambiente Windows


estava começando a se tornar adequada para a plataforma de computadores
IBM-PC graças aos novos recursos disponibilizados pela nova geração de
microprocessadores.
A nova versão dispunha de recursos adicionais de
manipulação de memória, discos rígidos mais rápidos e uma eletrônica de
processamento muito mais veloz.
Havia versão para computadores compatíveis com IBM-PC
com versões para os microprocessadores Intel 80286 e 80386.
Começaram nesta época a surgir versões de programas
que rodavam sob o sistema operacional DOS, compatíveis com o Windows,
mais simples e fáceis de serem usadas que em versões para DOS.
Foi nesta versão que foi introduzido o uso da tecnologia
DDE (Dynamic Data Exchange) que era uma forma de transferência de dados
entre aplicativos.
Nesta versão um dos pontos versáteis a serem destacados
era a capacidade de rodar múltiplos programas do MS-DOS combinados com
os programas de Windows.

14.4.4. Windows 3.0

Lançada em 1990, esta versão passou a se tornar mais


popular entre usuários que dispunham de recursos necessários para sustentar
os altos custos do Windows em relação ao Microsoft DOS.
Esta nova versão melhorou de maneira significativa o
gerenciamento de memória e combinou as versões voltadas para 286 e 386,
122

tornando possível a examinação do hardware como um todo e inicializando


com a melhor configuração possível.
À partir desta versão é que houve uma migração
quantitativa da maioria de softwares que rodavam até então sob o MS-DOS.
As versões de novos programas passaram então a serem
comercializados em versões para Windows e ainda para o DOS, haja visto
que ainda uma grande maioria de utilizava deste último.

14.4.5. Windows 3.1 e 3.11

Lançado em 1992, esta foi uma versão que foi muito


vendida e iniciou uma maior difusão do ambiente Windows para usuários de
microcomputadores PC.
Além de otimizar os melhoramentos da versão 3.0, esta
versão do Windows melhorou o gerenciamento de memória, que possibilitou
um maior desempenho da capacidade multitarefa.
Foi inclusa à partir desta versão, as fontes denominadas
True Type que eram exibidas na interface e impressão. Os programas
baseados em DOS, poderiam rodar em modo gráfico em uma janela.
Outra mudança radical foi a incorporação da tecnologia
OLE (Object Linking and Embedding), que possibilitava a ligação e
incorporação de objetos sua distribuição entre aplicativos.
Também apresentava a inclusão de vários programas que
acionavam outros dispositivos, conhecidos como drivers e suporte inicial a
capacidade multimídia.
A versão 3.11 para Workgroups, apresentava a capacidade
de trabalhar em pequenas redes domésticas ou de escritórios. Sendo esta
lançada em meados de 1993 e 1994.
123

14.4.6. Windows 95

Lançado em 1995, foi lançado o mais ambicioso projeto da


Microsoft, o Windows 95.
Sendo executado através do processamento de 32 bits
contra os 16 bits de seus antecessores, sua interface foi mudada de maneira
radical , de maneira a tornar a sua utilização mais intuitiva e eficientemente
funcional.
Dentre as principais mudanças, podemos destacar o trivial
menu “Iniciar” e a “barra de tarefas”, que se encontra presente em todas as
versões posteriores do Windows 95.
O sucesso foi tão grande que esta verão do Windows
vendeu mais de um milhão de cópias no primeiro mês.
Dentre algumas das muitas tecnologias e inovações do
Windows 95, foi a capacidade de trabalhar com a internet de uma maneira
simplicada, com a incorporação de ferramentas que facilitavam o acesso e o
uso dos serviços oferecidos pela Internet.
Em 1997 ele foi otimizado com o lançamento da verão
Windows 95 OSR2.

14.4.7. Windows NT

O Windows NT (New Tecnology) foi uma versão sofisticada


desenvolvida para uso corporativo, concorrendo com o Unix ao propor uma
nova tecnologia cliente /servidor.
Otimizado para uso em plataformas de grande porte
(RISC), inicialmente foi pouco usado no início de seu lançamento por razão de
apresentar uma incompatibilidade grande com softwares e sofria com a falta
de drivers, uma vez que se utilizava de uma instrução que não permitia que os
aplicativos utilizassem todo o desempenho do hardware, e nem tomassem
atalhos através destes para executar suas tarefas. Para que qualquer item
124

fosse disponibilizado para ele, deveria conter o mesmo tipo de instrução,


incomum aos sistemas operacionais domésticos. Porém esta tecnologia
garantia ao Windows maior segurança e confiabilidade para o mercado de
aplicações corporativas, até então dominados pelo Unix.
Como apresentava custos maiores, eram utilizados para
fins destinados a grandes empresas.
Porém com o tempo o seu uso foi bastante difundido, e a
compatibilidade aumentou ao passo que os custos de sua administração
diminuíram.
Possuía versões para servidores e para workstations.

14.4.8. Windows 98

Sem sombra de dúvida esta foi uma das mais inovadoras


formas de sistema operacional Windows, pois trouxe a possibilidade de um
mundo de possibilidades aos usuários de PC.
Sua interface era muito semelhante com a do Windows 95
com exceção dos motivos de integração da Internet na interface de trabalho,
gerada pelo grande “Boom” da internet.
Dentre as principais inovações apresentadas por esta
versão podemos destacar as seguintes: maior interatividade com o usuário
através da internet, suporte a tecnologia versátil proporcionada pelas portas
USB e FireWire, suporte a nova tecnologia Plug & Play, capacidade
multimídia ampliada, suporte aos gráficos AGP, suporte ao DVD entre outros.
Porém devido a primeira versão apresentar muitas
instabilidades, a Microsoft lançou em 1999 a versão Windows 98 SE (Second
Edition).
Atualmente é comum a instalação do Windows 98 em
computadores novos, por ainda atender as necessidades de integração e
baixo gastos do usuário.
125

Devido ter sofrido ao longo de sua vida melhorias


consideráveis, hoje ele é um sistema muito estável e seguro, chegando a ser
tão estável quanto o atual Windows XP.

14.4.9. Windows Millennium Edition

A versão do Windows Me, trouxe grandes inovações no


campo da multimídia, ampliando ainda mais os horizontes de capacidade
multimídia já existente no PC.
Com o Windows Me, além de uma maior integração das
inovações do Windows 98, havia uma grande expansão em interatividade,
proporcionada também pela sua interface intuitiva e customizada.
O Windows Me incluiu softwares de edição de vídeos
domésticos, integração das tecnologias proporcionadas por equipamentos de
áudio e vídeo, DVD, câmeras e filmadoras digitais e ainda incluiu ferramentas
de sistema muito eficientes como restauração de sistema, assistente de
conexões entre outras.
Porém o Windows Me desagradou e muito desagrada os
usuários devido as suas falhas de segurança que permitiram maior
vulnerabilidade à bugs.
Mesmo favorecendo a multimídia, ele foi o sistema mais
instável da última década na família Windows.

14.4.10. Windows 2000 Professional

Desenvolvido sobre a base e tecnologias robustas e


confiáveis do NT, o Windows 2000 é largamente utilizado até os dias de hoje
para o mercado corporativo de aplicações.
Com a interface interativa do Me e a robustez do NT, o
Windows 2000 é um dos sistemas mais seguros, confiáveis e estáveis da
atualidade.
126

Em razão de o Windows NT ter atingido níveis de


compatibilidade e drivers, o uso dele não implicou em custos exorbitantes de
aplicação, o que muito facilitou a sua popularização.

14.4.11. Windows XP

Desenvolvido sobre a estável base do Windows 2000, o


Windows XP, lançado em 2002 é uma versão mais segura e confiável que seu
antecessor Windows Me.
Com uma interface gráfica moderna e mais fácil de ser
utilizado, esta nova versão proporcionou significativas melhorias no trabalho
multimídia, trabalhos gráficos e aplicações mais poderosas.
A interface pulg & play foi otimizada de maneira a oferecer
maior compatibilidade. Também foi inovador ao trazer um maior controle para
alternância de usuários, maior facilidade no trabalho em redes, trabalho com
músicas, vídeos, TV, DVD, áudio avançado de cinema, fotos animações
internet e segurança com o lançamento recentemente do Service Pack 2,
pacote de atualizações e serviços que visam aumentar a segurança e
confiabilidade do sistema.
Atualmente é comercializado nas versões Windows XP
Home, Windows XP Professional e Windows XP 64-bit Edition.

14.4.12. Windows 2003

Uma versão nova baseada no Windows 2000, com a


interatividade do XP e segurança do NT. Atualmente este novo sistema está
dentro dos planos de estratégia .NET da Microsoft.
Mais poderoso e confiável que o Windows 2000, esta
versão possui vária versões direcionadas a diversos usos, tais como
Enterprise Edition, Web Edition, entre outras.
127

14.5. Mac OS

Este é o sistema operacional para uso destinado aos


computadores da plataforma Apple Macintosh.
Baseado no Unix, é um sistema seguro e confiável.
Desenvolvido pela Apple, especialista em design, este sistema operacional
apresenta uma interface considerada muito intuitiva, versátil e linda, uma vez
que é uma obra primor do design.
Em detrimento dos computadores Macintosh se
apresentarem como uma plataforma mais estável para a execução de
aplicativos gráficos que exigem um alto poder de processamento, este
sistema é otimizado para a execução de tais aplicativos, dos quais se
destacam os da própria Apple, Adobe, Corel, Quark e Macromedia.
Possui uma estrutura orientada para objetos multimídia
poderosa, principalmente porque nesta última versão foram inclusos
aplicativos multimídia que formam a estratégia Apple iLife.
Apresentam grande compatibilidade com os softwares de
renome no mercado, porém um mercado muito restrito de aplicativos
secundários, como freewares e sharewares.

14.6. IBM OS/2

Este sistema operacional foi desenvolvido pela IBM em


1987, como uma solução em sistema operacional para uso empresarial,
visando tomar parte do mercado até então dominado pelo DOS da Microsoft,
que não era capaz de utilizar todo o desempenho que as novas máquinas
podiam oferecer.
Diferentemente dos sistemas operacionais gráficos da
época, incluindo o Windows, que utilizavam da tecnologia de 16 bits, o OS/2
(Operacional System 2), visando oferecer uma maior performance e
128

maturidade em matéria de sistema operacional trabalhava integralmente com


a nova tecnologia de 32 bits.
Em razão de seu uso ser pouco difundido com usuários
domésticos e pequenas empresas, havia uma quantidade menor de softwares
e equipamentos de hardware, que o seu uso foi ficando cada vez mais restrito
a grandes empresas.
Desde meados de 1996 a 1998 o OS/2 em sua versão
Warp, deixou de ser comercializado no Brasil, embora a IBM continue a
produzí-lo.
A IBM garante que já vendeu mais de um milhão de
unidades do sistema operacional OS/2, porém isto não é verdadeiramente
comprovado.

14.7. Linux

14.7.1. O sistema

Baseado no onipresente Unix, o Linux apresenta uma


solução integrada em uso de sistema operacional de qualidade profissional e
caráter gratuito, que permite uma drástica redução de custos em empresas, e
instituições acadêmicas e governamental.
Estruturalmente superior, mais estável e seguro que seu
principal concorrente Windows, apresenta um grande cotigente de softwares
gratuitos compatíveis, o que está tornando o seu uso bastante difundido em
todas as classes de usuários. Há algum tempo atrás ele era bastante
completo em relação com os softwares que o acompanhavam, porém tinha
poucos softwares de terceiros, o que hoje deixou de ser um problema.
Ele é gratuito, porém há empresas especializadas em fazer
a distribuição industrializada de pacotes, como manuais, CD’s de instalação,
programas entre outros, cobrando valores bem mais acessíveis que as
129

licenças de softwares não gratuitos. No Brasil a empresa autorizada a fazer a


distribuição Linux é a Conectiva.

14.7.1. História

Estávamos em 1991 e no mundo dos computadores


começava a surgir um grande futuro, já que o hardware puxava os limites dos
computadores para além do que alguém poderia esperar. Mas ainda faltava
alguma coisa... Faltavam sistemas operacionals para PC, onde um grande
vazio existia.
O DOS nesse tempo reinava com um grande império nos
PC's. Os utilizadores de PC não tinham outra alternativa. Os Macintosh da
Apple eram melhores mas com preços astronômicos que ninguém conseguia
suportar e, como tal, permaneceram uma miragem para os milhões de
utilizadores comuns.
Outra hipótese era o mundo UNIX. Mas o UNIX era muito
mais caro. Para obterem bastante dinheiro, os vendedores de UNIX
praticavam um preço muito alto para se assegurarem que os utilizadores
pequenos não o utilizavam. O código fonte do UNIX, em tempos divulgado em
universidades por cortesia da Bell Labs, era agora guardado cuidadosamente
e não era publicado. Para aumentar a frustração dos utilizadores de PC's em
todo o mundo, as grandes empresas do mercado de software falharam a
fornecer uma solução para este problema.
Uma solução parecia surgir na forma do MINIX. Foi
desenvolvido de início por Andrew S. Tanenbaum, professor holandês nascido
nos Estados Unidos, que queria ensinar aos seus alunos como era por dentro
um sistema operacional real. Foi desenhado para correr nos
microprocessadores Intel 8086 que reinavam em todo o mundo.
Como sistema operacional, o MINIX não era o ideal. Mas
tinha a vantagem de que o código estava disponível. Quem tivesse o livro
“Operating System” de Tanenbaum podia ver o código de 12000 linhas escrito
130

em C e Assembly. Pela primeira vez, um programador ou “hacker” podia ler o


código fonte do sistema operacional, que até então os vendedores de
software guardavam vigorosamente. Um autor ideal, Tanenbaum, cativou as
mentes mais brilhantes das ciências da computação com uma discussão
elaborada sobre a arte de criar um sistema operacional. Estudantes em todo o
mundo analisavam extensivamente o livro lendo as linhas de código para
saberem como o sistema operacional corre nos seus computadores.
E um deles era o Linus Torvalds.
Em 1991, Linus Benedict Torvalds era um estudante do
segundo ano de Computer Science (Ciência da Computação) na Universidade
de Helsínquia e um “hacker” auto-didata. Este finlandês de 21 anos adorava
mexer com o poder dos computadores e os limites a que um sistema pode ser
puxado. Mas faltava um sistema operacional que pudesse responder às
exigências dos profissionais. O MINIX era bom, mas era um sistema
operacional para estudantes, desenhado como uma ferramenta para a
aprendizagem e não um sistema com força industrial.
Nesse tempo, os programadores em todo o mundo estavam
muito inspirados pelo projecto GNU de Richard Stallman, que era um projeto
que visava fornecer software livre e de qualidade. Referenciado como um
herói de culto no domínio da computação, Stallman começou a sua carreira
no famoso Artificial Intelligence Laboratory no MIT, e nos meados e fim dos
anos setenta criou o editor "emacs".
No princípio dos anos oitenta, as companhias de software
comercial contrataram muitos dos programadores brilhantes do laboratório AI
e negociaram acordos para proteger os seus segredos. Mas Stallman tinha
uma visão diferente. A sua ideia era que, ao contrário de outros produtos, o
software devia ser livre de restrições de cópia e modificação para se obter
programas de computador melhores e mais eficientes.
Com o seu famoso manifesto de 1983 que declarou o
princípio do projeto GNU, ele deu início a um movimento para criar e distribuir
software segundo a sua filosofia (GNU é um acrônimo recursivo que significa
131

“GNU is Not Unix” ou seja “GNU Não é Unix”). Mas para alcançar este sonho
de criar um sistema operacional, ele precisava criar as ferramentas primeiro.
Então, no início de 1984, Stallman começou a codificar o GNU C Compiler
(GCC), um feito extraordinário para um programador individual. Com os seus
conhecimentos técnicos, fez sozinho o trabalho de grupos inteiros de
programadores de vendedores comerciais de software, na criação do GCC,
considerado um dos compiladores de C mais eficientes e robustos de sempre.
Em 1991, o projecto GNU já tinha criado muitas
ferramentas. O muito esperado compilador de C estava disponível então, mas
ainda não havia um sistema operacional. Até o MINIX tinha de ser licenciado.
Desenvolvia-se trabalho no kernel GNU, o HURD, mas ainda faltava uns anos
para sair.
Isso era muita espera para o Linus. Em 25 de Agosto de
1991, uma mensagem histórica foi enviada para o grupo de notícias do MINIX
pelo Linus, falando sobre o novo sistema.
A versão 0.03 saiu depois de poucas semanas.
Em Dezembro veio a versão 0.10 e ainda o Linux estava
pouco mais que uma forma de esqueleto. Apenas tinha suporte para discos
rígidos AT, não tinha “login” (iniciava directamente na “bash”).
A versão 0.11 já era muito melhor com suporte para
teclados multilingues, drives de disquetes, suporte para VGA, EGA, Hercules,
etc. Os números de versões foram directamente de 0.12 para 0.95 e 0.96 e
por aí a diante. Depressa o código estava em todo o mundo via “sites” ftp na
Finlândia e outros sítios.
Depressa Linus teve de enfrentar alguma confrontação e
esta vinha de Andrew Tanenbaum, o grande professor que escreveu o MINIX.
Numa mensagem que envou para o Linus, contra o sistema.
Mas ele estava errado com o Linux, porque Linus era um
rapaz teimoso que não admitia a derrota. Tanenbaum também disse: “O
Linux está obsoleto”
132

E o trabalho prosseguiu. Depressa mais de 100 pessoas


juntaram-se ao campo Linux. Depois milhares. Depois centenas de milhares.
Isto não era mais um brinquedo de “hackers”. Junto com um bom conjunto de
programas do projecto GNU, o Linux estava pronto para ser mostrado
realmente. Foi licenciado sob General Public License da GNU, o que
assegura que todos os códigos fonte estão livres para todas a pessoas
copiarem, estudarem e modificarem. Os estudantes e programadores
pegaram nisto.
Depressa, os vendedores comerciais entraram. O Linux em
si é livre. O que os vendedores fizeram foi compilar vários pacotes de
software e juntá-los num formato distribuível, como os outros sistemas
operacionais que as pessoas estão mais familiarizadas. Red Hat, Caldera,
Debian, SuSE e outras companhias obtiveram uma receptividade substancial
em todo o mundo. Com as novas interfaces gráficas (como o X-windows,
KDE, GNOME) as distribuições de Linux tornaram-se mais populares.
Entretanto, coisas espantosas ocorrem com o Linux. Além
do PC, o Linux foi adaptado para muitas plataformas diferentes, como por
exemplo o computador PalmPilot da 3Com. A tecnologia de “clustering”
permitiu a combinação de um grande número de máquinas, a correr o Linux,
numa única entidade de computação, um computador paralelo. Em Abril de
1996, investigadores no Los Alamos National Laboratory usaram o Linux para
correr 68 PC's como uma única máquina de processamento paralelo para
simular ondas de choque atômicas.
A melhor coisa sobre o Linux é a onda de entusiasmo que o
segue. Quando sai uma nova peça de hardware, o kernel do Linux é
desenvolvido para tirar vantagem desta. Por exemplo, depois de poucas
semanas da introdução do Microprocessador Intel Xeon, o kernel do Linux foi
arranjado e estava preparado para este. Também foi adaptado para ser usado
no Alpha, Mac, e até Palmtops, um feito que é dificilmente comparável por
outro sistema operacional. E ainda continua a sua jornada para o novo
milénio, com o mesmo entusiasmo que começou num belo dia de 1991.
133

Linus continua um homem simples. Diferente de Bill Gates,


ele não é um bilionário. Tendo completado os estudos, ele mudou-se para os
EUA para trabalhar na Transmeta Corporation. Depois de realizar um projeto
de desenvolvimento e investigação ultra secreto, a Transmeta lançou o
processador Crusoe. Linus era um membro ativo da equipe de investigação.
Casou-se com a Sra. Tove e é um pai orgulhoso de uma
menina, a Patrícia Miranda Torvalds. Mas continua o programador mais
famoso e favorito do mundo até hoje. Aclamado por comunidades de
computadores em todo o mundo, Linus é de longe o programador mais
popular do mundo.

15. A INTERNET

15.1. As Origens - ARPANET

A Rede Mundial de Computadores foi criada na década de


60 a pedido do ministro de defesa dos Estados Unidos da América. O objetivo
era transmitir documentos e informações de forma não centralizada, ou seja,
as transmissões não seriam feitas sempre de um mesmo lugar. Deste modo,
as informações estariam protegidas dos soviéticos em razão da Guerra Fria,
guerra de poder e armamento entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Esta rede de longa distância criada em 1969, foi
denominada ARPANET, onde ARPA era acrônimo de “Advanced Research
Projects Agency Network, e foi criada em consórcio com as principais
universidades e centros de pesquisa estado-unidenses.
Conhecida como a rede-mãe da Internet, foi desativada em
199, posto que as estruturas alternativas das redes já cumpriam seu papel
nos Estados Unidos.
No início da década de 70 a rede foi usada exclusivamente
por universidades e centros de pesquisa para a troca de experiências técnicas
e científicas.
134

Com o aumento significativo do número de computadores


pessoais na década de 80, a Internet se expandiu para usuários de todos os
tipos, porém de uma maneira essencialmente restrita uma vez que ainda era
usada para fins técnicos e científicos com o leve introdução de seu uso por
grandes corporações, devido ao seu alto custo.

15.2. As Origens – WWW

A World Wide Web (Rede de Alcance Mundial) teve o seu


ínicio através da física. Tudo começou em março de 1989, quando Tim
Berners Lee da European Participle Physics Labotory (um grupo europeu de
físicos pesquisadores) teve a idéia de desenvolver um projeto para criação de
um meio de transporte para pesquisas e idéias de forma visualmente mais
atrativa para toda a organização (que é conhecida com CRN – Eurpean póur
Récherche Nucleaire).
No final de 1990, o primeiro software Web foi lançado. Ele
permitia visualizar e transmitir documentos em hipertexto para outras pessoas
da internet. Com o tempo o software foi melhorando e ele foram
acrescentadas outras capacidades. Porém o número de pessoas que se
utilizavam desta nova tecnologia para visualização de documentos eram
extremamente pequeno. Aproximadamente nesta época que foi criado o
protocolo HTTP (Hiypertext Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de
Hipertexto), que estabeleceu a fundação da Web e que se encontra presente
até os dias de hoje em sua verão mais avançada 1.1.
O software que era utilizado para a visualização de
hipertexto era chamado de browser ou navegador, sendo este primeiro criado
em 1993 o MOSAIC, do qual descendem todos os navegadores da
atualidade, sendo também o primeiro a usar a interface gráfica da World Wide
Web. Desenvolvido pela National Center for Supercomputing Applications –
Centro Nacional para Aplicação em Supercomputadores (NCSA), na
135

Universidade de Illinois (E.U.A.), a principio ele foi distribuído gratuitamente


por razão de ter sido desenvolvido com financiamento público.
Derivado do MOSAIC surgiu o Netscape, que era
distribuído gratuitamente em suas versões menos sofisticadas.
Em 1995, surge então o navegador da Microsoft, incluso
em seu mais novo sistema operacional, o Internet Explorer para Windows 95.
É atribuído o ano de 1993, como o ano de explosão de uso
da Internet, sendo 1995 o ano em que mais cresceu o número de usuários.

15.3. Definições

É designado como Internet toda a rede mundial de


computadores e seus serviços.
É designado internet com “i” minúsculo uma rede de redes,
e não propriamente a rede mundial.
É designado como Web um dos serviços oferecidos pela
Internet, como por exemplo a visualização de páginas.

15.4. A Internet

De todas as tecnologias lançadas no último século, a


Internet foi a maior responsável por esta interligação global e a crescente
demanda do crescimento da velocidade da informação.
Com sua primeira fase, com uso restrito a técnicos e
cientistas que desejavam compartilhas documentos de estudo e caráter
profissional, com a segunda sendo utilizada para fins comerciais de grandes
corporações e mais atualmente expandida a todos, é uma fonte de
entretenimento, informação, conhecimento e comunicação.
Embora tenha o seu lado bom, também possui seu lado
ruim uma vez que não há leis específicas que regem o seu uso e as poucas
que são tentadas ser implantadas são de alta ineficiência.
136

Atualmente é possível fazer compras, conversar com


pessoas do outro lado do mundo a um custo acessível , visualizar sites de
entretenimento, obter informações de pesquisas e estudos acadêmicos e
profissionais entre outras mil possibilidades.
Na Internet é possível encontrar tecnologias que permitem
a visualização de páginas, upload e download de arquivos, sejam estes
arquivos de textos, programas gratuitos, músicas, vídeos, animações entre
tantos outros, enviar e receber mensagens eletrônicas, conversar em tempo
real vendo ou não a outra pessoa com o periférico de captura de imagem,
entrar em fóruns, grupos de notícias entre outros serviços disponíveis.

15.5. A Internet e as empresas

Há algum tempo algumas empresas se questionavam se


era realmente essencial possuírem os seus próprios sites na Internet. O uso
da internet pelas empresas possibilitou a quebra de várias barreiras e trouxe
uma grande movimentação econômica a nível mundial.
Quando uma empresa entra no competitivo mercado da
Internet, abre-se um grande número de portas de oportunidade.
As principais vantagens de ser uma empresa .COM são:
• Quebra de barreiras regionais, podendo trazer atuação
mundial.
• Competitividade com empresas do mesmo segmento;
• Melhor atendimento ao cliente;
• Novas oportunidades de negócios;
• Redução de custos;
137

15.6. Gerações de Sites

15.6.1. Definição

Desde o seu lançamento e o início de seu uso na década


de 90, os sites evoluíram demais em tecnologia.
Não há um consenso em respeito a gerações de sites, pois
há quem diga que estamos na segunda, outros na terceira ou quarta e ainda
há quem diga que estamos na sexta geração, porém convencionou-se
expressar aqui quatro gerações.

15.6.2. Sites de 1ª Geração

Devido a limitação imposta por modem’s lentos e monitores


monocromáticos os web sites de primeira geração eram muito simples. As
primeiras paginas que circularam pela web foram criadas por cientistas e
pesquisadores que desejavam compartilhar suas idéias, documentos, teses
entre outros.
Essas páginas caracterizadas por longos textos, com
seqüência do topo para a base e da esquerda para a direita e usava recursos
básicos de formatação de textos, como negrito, itálico, marcadores de textos
etc. Os web sites de primeira geração eram criados por técnicos e muitos
utilizavam texto preto em fundo cinza.

15.6.3. Sites de 2ª Geração

Os sites de segunda geração trouxeram algumas novidades


visuais que foram possibilitadas pelos recursos incorporados nas novas
versões dos navegadores.
Incluem estas melhorias visuais: ícones substituindo
palavras, imagens “ladrilhadas”, substituindo o fundo cinza, botões com
138

chanfros e banners substituindo os títulos. Uma outra característica dos sites


de segunda geração é a utilização de menus verticais com opções dispostas
de cima para baixo e com listas para apresentar uma hierarquia de
informações.
A tecnologia teve grande influência nos sites de segunda
geração. Isto trouxe como resultados tantos sites com uma melhoria visual
através do uso de ícones e menus.
Neste momento a Internet estava sendo utilizada para fins
comercias, porém as páginas ainda eram construídas por técnicos.

15.6.4. Sites de Terceira Geração

Os sites de terceira geração apresentam uma mudança


radical em sua aparência. Apesar da contínua evolução dos navegadores e
tecnologias que sempre influenciam o design, a principal característica dos
web sites de terceira geração não é a tecnologia e sim o design. Esta
mudança foi conseqüência, sobretudo, da vinda de designers que já
trabalhavam com artes gráficas para o mundo das páginas web. Começaram
a aparecer páginas mais criativas, com melhor combinação de cor, mais
harmonia na composição dos elementos, enfim, com planejamento visual.
A maioria dos web sites que conhecemos atualmente é
classificado como sendo da terceira geração.

15.6.5. Sites de Quarta Geração

Os sites de quarta geração constituem um novo tipo de


sites com fortes estruturas multimídia. Essas criações estão se tornando
possíveis graças as novas tecnologias que estão surgindo a cada dia como
uma solução bastante integrada para aplicações gráficas e multimídia.
Uma dessas tecnologias é o Shockwave Flash. Através dos
recursos multimídia disponíveis nesta tecnologia, pode-se criar web sites com
139

interfaces animadas, com efeitos sonoros, imagens 3D, fotos, vídeos,


músicas, jogos entre outros. O design ganha novas dimensões, facilitando a
interação do internauta com a interface e a informação.
Em um futuro próximo a tecnologia VRML (Realidade
Virtual das páginas web) poderá apresentar uma evolução na interação com
os web sites à medida que se poderá navegar em interfaces tridimensionais
que reagirão às escolhas do internauta, levando-o por salas, ambientes e
galerias tridimensionais.

15.6.6. W3C

Existe desde 1994, um consórcio de empresas chamado


W3C ou World Wide Web Consortium, que regulamenta e define os padrões
que serão usados nas novas tecnologias. O problema que o comitê W3C
enfrenta é o tempo a apreciação de uma nova tecnologia e sua aprovação
para uso pelo mercado. A velocidade da criação de novas tecnologias e a
demanda do mercado acabam levando as empresas de tecnologia,
principalmente a Microsoft e a Netscape, a lançarem novas versões de
navegadores e programas que suportam novas tecnologias ainda não
aprovadas pelo W3C.

15.6.7. Guerra dos Browsers

Apesar dos inumeráveis processos que a Microsoft


acumula por falta de ética profissional ao não esperar o aval para o
desenvolvimento de novas tecnologias desde o lançamento do Internet
Explorer, e da venda da Netscape para a AOL, a guerra dos browsers
continua.
Há diversos navegadores no mercado, porém os que mais
são utilizados são o Microsoft Internet Explorer e o Netscape Navigator, e
140

outros de menor expressividade como o Opera Browser, Mozill FireFox, Apple


Safari etc.
Na tentativa de estarem a frente, a Netscape e Microsoft
lançam tecnologias sem o aval do W3C, que para pânico de quem acessa ou
desenvolve só são suportados por eles, sendo extensões de tecnologia.
A Microsoft muito foi processada em 95, por incluir o
Internet Explorer no sistema Windows, numa tentativa de monopolizar o
mercado dos browsers, pois se o usuário já tem em seus sistema um
navegador que atenda as suas necessidades, não irá se preocupar em pagar
e experimentar outro modelo, mesmo nos dias de hoje, em que a maioria são
gratuitos.
Inicialmente os navegadores da Netscape eram mais
rápidos, depois superados pelos da Microsoft, e hoje relativamente mais
rápidos. Porém, ainda que a ultima versão, a 7.2 do Navegador seja um
pouco mais rápido e apresente mais recursos que o IE 6.0, este não é mais
desenvolvido pela AOL no Brasil e para tanto não há mais versões
comercializadas no Brasil.
O navegador porém que vêm ganhando espaço é o Mozilla
FireFox, baseado no Netscape.

16. CONCLUSÃO

Assim sendo, em face as tecnologias aqui apresentadas


que envolveram a informática, podemos vislumbrar os sucessos e fracassos
de cada uma delas, a falta de ética com que agiram algumas delas para
descobrirmos que tecnologias muitas vezes poderia ter atendido alguma de
nossas necessidades, porém foram esmagadas por uma desta corporações,
que demonstraram somente a ânsia de obter hegemonia.
Por conhecer mais, possamos escolher melhor as
tecnologias que farão parte de nosso cotidiano na execução de tarefas que se
nos constituem em necessidades, sabendo dizer “não” as regras ditadas por
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estas empresas que muitas vezes retêm tecnologias novas e criativa somente
para não ameaçar a sua obsoleta tecnologia consolidada no mercado.
Sabermos a existência de projetos criativos que por falta de condições
financeiras não pode ir de encontro as poderosas corporações bilionárias.
Ainda que seja difícil, sejamos tão profissionais e tão
somente bons profissionais que não se preocupam em ganhar grandes somas
de dinheiro, mas introduzir no mundo uma tecnologia que venha auxiliar a
todos, como o fez Linus Torvalds.
Porque conforme afirmado por um dos CEO’s destas
grandes corporações, elas tem medo dos jovens cheios de idéias em sua
“garagem”. E para assegurar que não serão ameaçadas absorvem estas
pequenas empresas e tecnologias, mas não para se utilizar delas ou investir
nelas, mas tão somente para apagá-las para mão oferecerem risco.
Assim conclui-se então uma pequena parte de vasto e rico
mundo da informática, expresso nestas páginas, e nas nossas vidas.
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