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Brasil e Goiás

José Mauro Santana da Silva


Engenheiro Florestal
UFSCar - Sorocaba
6,7 milhões de ha

Grande escala, corte raso e único produto – latifúndio e monocultura

Mudanças no mercado de madeira de reflorestamento


 Globalização e as restrições no consumo de nativas
 Aumento na produção industrial e surgimento de novos mercados e
produtos
 Aumento nos preços
 Descentralização da produção - Uso múltiplo.

Perspectivas para o setor florestal


 O Brasil – futuro player em celulose
 Silvicultura como excelente negócio e atração de investidores
 Mínimo
72,00
68,00
 Máximo
90,00
90,00
 Média
81,47
80,72
 - Carvão Vegetal : R$84,70 MDC
 - Carvão Vegetal empacotado: R$0,91 Kg
 - Lenha : R$30,00 St
 - Lenha de Eucalipto: R$72,50 St
 - Resíduo ou munha de carvão: R$28,70 St
 - Cavaco de Madeira: R$147,00 T
 - Cavaco de Madeira: R$47,00 M3
 H13, H 15, H 30, H 77, H 608, GG100, C 219, 58,
59, I 144, I 244, AC 144, AC 244
 Cerrado, um dos mais ricos em biodiversidade
do País, tem em Goiás sua maior área
degradada, segundo a pesquisa Indicadores de
Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2010
 Em vigor o decreto que reduz a carga tributária
da madeira de reflorestamento de 17% para 3%
nas operações internas.

 incentiva a utilização de madeira de


reflorestamento, tornando a utilização desta
vantajosa em relação à madeira oriunda de
desmatamento, contribuindo para a
preservação da vegetação original do Estado
Goiás
 colocar a propriedade dentro componente
arbóreo utilizando-o de forma sustentável. Isso
não significa apenas plantar árvores, mas
utilizá-las de diferentes maneiras, de modo dar
sustentabilidade à paisagem e a propriedade
rural.
 O governador Antonio Anastasia assinou nesta
sexta-feira (29), com o Banco KfW, da
Alemanha, e o Banco Mundial (Bird),
Memorando de Entendimento para adoção de
medidas junto às indústrias florestal, do ferro e
do aço, para atenuar a mudança climática.
 Boom da indústria de celulose pode durar
mais 10 anos.

 Há dois anos, o Brasil subiu da 6ª para a 4ª


posição no ranking dos maiores produtores de
celulose e já é o 11º principal produtor de papel
do globo, segundo a Associação Brasileira de
Celulose e Papel. Internamente, a demanda só
cresce: o consumo de papel subiu 5%, o
brasileiro usa 46,2 quilos por ano.
 a energia proveniente da madeira supera 10%
da energia primária brasileira, mesmo número
que as hidrelétricas são responsáveis
O mercado para essa bionergia vem crescendo na
Europa e EUA.

No Brasil a produção é modesta face a quantidade


de resíduos de biomassa no país.
Podem ser usados no país e/ou para exportação.
Pode ser a solução para problemas ambientais
agudos como na calcinação da gipsita hoje feita
com madeira da caatinga contribuindo para a
formação de desertos na região NE.
 A melhor forma de parar o uso de madeira
nativa (mais de metade da origem atual).

 Isto implica na eventual geração de energia


elétrica e aproveitamento dos piro-óleos e
biogases, formas nobres de energias hoje
lançadas ao meio ambiente
 A produção racional de carvão vegetal passa,
necessariamente, pelo aproveitamento dos
piro-óleos e gases combustíveis, hoje lançados
ao meio ambiente.

 No Brasil podem ser usados como insumo


industrial e/ou como combustíveis
 não há uma regulamentação mínima para
produção, transporte, comercialização e
estoque deste bioenergéticos.
Produtividade das Florestas de
Rápido Crescimento
(m³/ha. ano)

Brasil 70
(eucalipto) 41

Uruguai 35
(eucalipto) 25

Potencial
Indonésia 30
Atual
(acácia) 20

Chile 30
(eucalipto) 25

0 20 40 60 80
Momento atual
Investimento Investimento
Porte
Estado Descrição Período Estimado 2010-2013
( ha/ ano ) ( R$ milhões ) ( R$ milhões )
Programa Florestal para projeto industrial 2009-2010 10.000 55 36
Programa Florestal para projeto industrial 2011-2020 10.000 275 83
Programa Florestal para projeto industrial 2009-2010 13.000 117 70
BAHIA
Programa Florestal para projeto industrial 2011-2020 13.000 585 176
Programa Florestal para projeto industrial 2010-2013 15.000 240 240
Expansão de base Florestal 2010-2013 20.000 360 360
Programa Florestal 2008-2010 13.000 125 42
MINAS GERAIS
Programa Florestal 2011-2020 13.000 416 125
MATO GROSSO DO SUL Expansão de base Florestal para Projeto Industrial 2010-2011 30.000 240 240
Programa Florestal para projeto industrial 2010-2011 15.000 120 120
Programa Florestal para projeto industrial 2012-2020 15.000 540 120
SÃO PAULO
Programa Florestal para projeto industrial 2010-2013 15.000 240 240
Expansão de base Florestal para Projeto Industrial 2010-2011 20.000 180 180
Programa Florestal para projeto industrial 2010-2011 40.000 360 360
Programa Florestal para projeto industrial 2012-2020 90.000 3.645 810
Plantio de Eucalipto sem destinação 2009-2020 16.000 768 256
OUTROS
Programa Florestal para projeto industrial 2010-2020 10.000 495 180
Expansão de base Florestal para Projeto Industrial 2010-2012 35.000 473 473
Expansão de base Florestal para projeto industrial 2009-2013 45.000 900 720
10.133 4.829
Investimento Investimento
Porte
Empresa Estado Descrição Período Estimado 2010-2013
( mil t/ ano ) ( R$ milhões ) ( R$ milhões )
Cenibra MG Aumento de capacidade de 1,2 mm t/ ano para 2 mm t/ ano 2013-2014 800 2.000 1.000
CMPC RS Fábrica de celulose de 1,3 mm t/ ano 2013-2015 1.300 3.250 1.250
Fibria MS Fábrica de celulose de 1,4 mm t/ ano n.d. 1.400 3.500 -
Fibria RS Fábrica de celulose de 1,5 mm t/ ano n.d. 1.500 3.750 -
Eldorado MS Fábrica de celulose de 1,5 mm t/ ano 2010-2012 1.500 3.750 3.750
Klabin PR Fábrica de celulose de 1,5 mm t/ ano n.d. 1.500 3.750 -
Suzano MA Fábrica de celulose de 1,4 mm t/ ano 2011-2013 1.400 3.500 3.500
Suzano PI Fábrica de celulose de 1,4 mm t/ ano 2014-2016 1.400 3.500 -
Suzano n.d. Fábrica de celulose de 1,4 mm t/ ano n.d. 1.400 3.500 -
Suzano BA Desgargalamento de fábrica - 400 mil t/ ano n.d. 400 800 -
Veracel BA Fábrica de celulose de 1,5 mm t/ ano 2011-2013 1.500 3.750 3.750
14.100 35.050 13.250
Investimento Investimento
Porte
Estado Descrição Período Estimado 2010-2013
( mil t/ ano ) ( R$ milhões ) ( R$ milhões )
SÃO PAULO Linha de fraldas e de absorventes 2009-2010 n.a. 79 40
PARANÁ Linha de papel cartão de 400 mil t/ano n.d. 400 2.200 -
MATO GROSSO DO SUL Linha de papel I&E de 200 mil t / ano 2010-2011 200 400 400
Manutenção em diversas linhas de produção 2009-2010 n.a. 300 150
OUTROS
Manutenção/ Modernização em linhas de produção 2008-2013 n.a. 454 318
3.433 907
Segmento Empregos
Florestas Plantadas Silvicultura 1.233.224
Siderurgia e Carvão Vegetal 810.084
Produtos de Madeira 466.550
Indústria Móveis 294.093
Celulose e Papel 1.143.455
Total 3.947.406
Fonte:Estimativa ABRAF/STCP, 2010

Geração de 3,9 milhões de empregos


A. Incrementar a área de floresta plantada para
carvoejamento em cerca de 2,0 milhões de ha
até 2020, com aproveitamento de áreas
degradadas.

B. Aumentar a eficiência do processo de


conversão da madeira em carvão vegetal e
viabilizar aproveitamento térmico do metano
emitido no processo.
Formação de estoque
florestal
DESAFIO AÇÃO RESPONSÁVEL PRAZO
FINANCIAMENTO Criação de MDIC, MAPA, MÉDIO
Fundos de BNDES,
Participação FAZENDA, Casa
para o plantio Civil
de florestas
energéticas
(modelo do
BNDES )

Estudar a MDIC, BNDES, MÉDIO


criação de linha FAZENDA, BB,
de crédito com MAPA, Casa Civil
antecipação de
receita
específica para
o fomento
florestal em
pequenas
propriedades
(modelo do
Dendê)
DESAFIO AÇÃO RESPONSÁVEL PRAZO
FINANCIAMENTO Criação de MDIC, IBAMA, MÉDIO
Mecanismo de BNDES,
Recomposição FAZENDA, Casa
Florestal que Civil
permita a
negociação em
ambiente de
bolsa

Aumentar os MDIC, BNDES, IMPLANTADO


recursos FAZENDA, BB, (CMN aprovou a
financeiros MAPA, Casa Civil elevação do limite
governamentais de crédito por
destinados à beneficiário
produção de PROPFLORA
biomassa para para R$ 300.000
produção de em 29/04/2010)
carvão vegetal
 Canadá: 0,58m3/hab/ano
 EUA: 0,57 m3/hab/ano

 Suécia: 0,55 m3/hab/ano

 Alemanha: 0,22 m3/hab/ano

 Brasil: 0,12 m3/hab/ano


Aumento da lucratividade e atratividade dos projetos florestais
 Surgimento de novos mercados
 Mercado internacional
 Melhorias da posição brasileira no ranking
 Substituicao de madeira de nativas por plantadas
 Aprimoramento da gestão florestal – modelo silvicultural
diferenciado
 Uso múltiplo dos reflorestamentos
 Multiprodutos da madeira
 Sistemas Agroflorestais

Oportunidades para o produtor – pequeno, médio e grande


- Aumento da população global

- Mudança nos padrões de Demanda atual = 3,5 bilhões m³


consumo

- Crescimento das economias

bilhões
- Restrições às florestas nativas

- Madeira como insumo energético

- Pressão dos consumidores

- Madeira industrial em 2030: 2,4 bilhões m³


4,9 bilhões m³
- Madeira p/energia em 2030: 2,5 bilhões m³
Região Área (106 ha) Produção Madeira (10³ m³)
2005 2030 ∆ 2005 2030 ∆
África 9,4 9 - 82 103 (26)
Ásia 125 172 (38) 496 756 (53)
Europa NCE 75 85 (13) 329 378 (15)
Europa Sul 9 21 (133) 58 150 (158)
América do Norte 28 40 (43) 135 206 (53)
América do Sul 11 14 (27) 253 471 (86)
Oceania 3,6 4,2 (16) 47 81 (72)
Total 261 345,2 (32%) 1400 2145 (53%)

40% da demanda total


ou
70 a 80% para uso industrial
Fonte: Carle, J. and Holmgren, P. Wood from Planted Forests – A Global Outlook 2005 – 2030
- Objetivos múltiplos da floresta

- Valorização dos bens e dos serviços ambientais (PSA)

- Novos modelos de produção e Modelos eco-fisiológicos e


silvicultura de precisão

- Ambiente favorável para expansão de florestas


plantadas

- Certificação florestal: > 85% em 2020


José Mauro
Santana da
Silva

Obrigado

josemauro@ufscar.br

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