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Aurélio Savi

OAB/PR - 45414

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ DE DIREITO


DA __ VARA TRABALHISTA DA COMARCA DE PARANAGUÁ –
ESTADO DO PARANÁ.

Procedimento: Ordinário
Valor da causa: R$ 22.000,00

Jesse de Assis, Brasileiro, Casado, Auxiliar gerais, portador(a) da


Cédula de Identidade 7519923-1, devidamente inscrito (a) no CPF/MF sob
nº051521129-06, portador(a) da CTPS 4803028, inscrito(a) no PIS sob nº
129.46442.51-0, filho de Deunice da Costa de Assis, nascido em 22/08/1981,
residente e domiciliado na rua Paranapanema, 72, Jardim Guaraituba, Paranaguá,
PR; vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu procurador, infra-
assinado, "ut" documento procuratório anexo nos termos do artigo 39 do CPC,
propor a presente:

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

em face de:

1ª - ASSOCIACAO DOS OPERADORES PORTUARIOS DO


CORREDOR DE EXPORTACAO DO PORTO DE PARANAGUA - AOCEP, pessoa
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob nº 04.920.215/0001-81, com

Rua Baronesa do Cerro Azul, nº 1183, Centro, Paranaguá – PR - CEP: 83.203-420– tel. 41 – 3425 4324.
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endereço à Av. Cel. José Lobo, 407, Costeira, nesta cidade de Paranaguá-PR, CEP
83.203-340;

2º - ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E


ANTONINA - APPA, pessoa jurídica de direito público interno, autarquia estadual,
inscrita no CGC(MF) sob o nº 79.621.439/0001-79, estabelecida na Rod. BR-277,
Km 0, CEP 83.209-500, pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos:

PRELIMINARMENTE

Esclarece o autor que na cidade de Paranaguá não existe qualquer


Comissão de Conciliação Prévia para submeter os pedidos que a seguir serão
arrolados, conforme prevê a Lei 9.957/2000.

1 - DO CONTRATO DE TRABALHO

O autor foi contratado pela reclamada em 1º de agosto de 2008, para


laborar na função de auxiliar de serviços gerais.
Sua maior remuneração foi R$ 604,50 (seiscentos e quatro reais e
cinqüenta centavos).
Foi dispensado sem justa causa no dia 03 de agosto de 2010. Quando
da dispensa, não recebeu o correto pagamento das verbas trabalhistas e rescisórias
a que fazia jus, como será descrito e requerido a seguir.

2 – DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA

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Admitido o reclamante pela primeira reclamada, durante todo pacto


laboral prestou serviços à 2ª reclamada que é subsidiariamente responsável
conforme o inciso IV, do Enunciado 331/TST.
Esse tem sido o entendimento do Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho da 9ª Região:

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -


RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA TOMADORA -
CULPA IN ELIGENDO E IN VIGILANDO - O principal
fundamento para que seja imputada a responsabilidade
subsidiária à tomadora dos serviços é o artigo 159 do Código
Civil, já que restaram caracterizadas: 1º.) a culpa in eligendo,
consubstanciada no fato de que a segunda reclamada,
tomadora, não se cercou dos cuidados necessários no
momento da escolha da empresa prestadora de serviços (má
escolha); E 2º.) a culpa in vigilando, decorrente da ausência da
fiscalização da segunda reclamada (tomadora) sobre a primeira
(prestadora), para verificar a correição no pagamento dos
haveres trabalhistas da autora (Enunciado 331, IV, do TST).
Sentença que se mantém. (TRT-9ª R. - RO 1633/2009-095-09-
00.0 - 4ª T. - Rel. Sérgio Murilo Rodrigues Lemos - DJe
29.01.2010 - p. 289)

Diante do exposto, requer:


2.1 seja declarada a responsabilidade subsidiária da segunda
reclamada, na qualidade de tomadora do autor, nos termos da Súmula 331, IV, do
TST.

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3 - DA NULIDADE DA DISPENSA – DO DIREITO À ESTABILIDADE


ACIDENTÁRIA – DA INDENIZAÇÃO PELO PERÍODO CORRESPONDENTE

No dia 09/09/2008, pela manhã, quando se dirigia ao trabalho, o autor


sofreu um acidente. Esclarece que quando saia de casa, escorregou na calçada,
que estava com o chão úmido. Na queda, apoiou seu peso sobre o ombro esquerdo,
vindo a deslocá-lo.
Em seguida, comunicou o ocorrido ao Sr. Andrei, seu encarregado,
porém, não foi emitida a CAT.
Em decorrência do acidente, esteve o autor em benefício de auxílio
doença por aproximadamente 8 meses.
Ao receber alta, voltou ao trabalho, porém, um mês depois, foi
dispensado injustamente, mesmo estando o autor pela estabilidade acidentária, em
razão de ter sofrido o acidente descrito acima.
O autor não concordou com a dispensa, mas não teve alternativa a não
ser receber os haveres que estavam sendo pagos.
O art. 118 da Lei 8.213/91 garante ao trabalhador a estabilidade
acidentária, conforme exposto a seguir, verbis:

"Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida,


pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses, a manutenção do seu contrato
de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença
acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente".

A mesma Lei, equipara a acidente de trabalho aquele ocorrido a


caminho do local de trabalho:

“Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos


desta Lei:

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d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste


para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo
de propriedade do segurado.”

Mesmo sabedora da estabilidade provisória a que tem direito o autor, a


reclamada a demitiu sumariamente, gerando-lhe prejuízos financeiros. É de ver-se
que o autor tem direito a permanecer no emprego por mais doze meses, contados
da data da alta médica, que se deu em 10/06/2009.

Ante o exposto, REQUER:

4.1 – em razão de já ultrapassado o período à estabilidade, que se deu


em 10/06/2010 seja o direito à estabilidade transformado em indenização, pagando-
se ao autor, a titulo de indenização os salários do período da estabilidade provisória
e verbas consectárias devidas (13º salário, férias acrescidas do terço e FGTS com a
multa dos 40%).

5 – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – DA INDENIZAÇÃO POR


DANOS MATERIAIS (pedido sucessivo)

Deve a Reclamada ser condenada ao pagamento dos honorários


advocatícios em percentual fixado por Vossa Excelência, no percentual mínimo de
20%.
O Código Civil no seu art. 186 e 927 garantem a reparação ao Autor.
O Dano Material fica caracterizado, uma vez que em Juízo o Autor se
obriga a pagar honorários advocatícios para receber direitos que deveriam ter sido
pagos espontaneamente pela Reclamada.

Face ao exposto, requer:

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5.1 o pagamento dos honorários advocatícios em 20% ou


sucessivamente a indenização devido aos danos materiais sofridos pelo Autor no
valor correspondente aos honorários contratados de 30%, contrato em anexo.

6. CONCLUSÃO:

Recebida a presente ação com os documentos anexos, e considerada


provada, requer, além do que já foi expressamente requerido nos subitens
anteriores, o que segue:

6.1) Concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, por ser o


reclamante pessoa pobre, na acepção jurídica do termo, não tendo condições de
arcar com o ônus do processo, sem prejuízo de seu sustento e de sua família, nos
termos da Lei 1.060/50, com as modificações introduzidas pela Lei 7.510/86;

6.2) Sejam as reclamadas notificadas para comparecer em audiência a


ser designada por Vossa Excelência, para, querendo, oferecer defesa e produzir
provas, sob pena de revelia e presunção de verdadeiros os fatos alegados,
acompanhando até sentença final, que espera o autor sejam julgados totalmente
procedentes os pedidos, condenando-se a reclamada ao pagamento das verbas
postuladas, acrescidas de juros moratórios, correção monetária na forma da lei;

6.3) Correção monetária das verbas deferidas com base nos meses
das prestações laborais;

6.4) Seja a primeira reclamada compelida a juntar aos autos os


holerites de pagamento e demais documentos inerentes ao contrato de trabalho
mantido com o reclamante, pena de aplicação do artigo 359 do CPC;

6.5) Por derradeiro, requer a produção de todos os meios de prova em


direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do representante legal da
empresa reclamada, sob pena de confissão; a oitiva de testemunhas, cujo rol será

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ofertado oportunamente, a juntada de novos documentos e tudo o mais que exigir o


contraditório.

Dá-se à causa, para fins de alçada, o valor de R$ 22.000,00 (vinte e


dois mil reais).

Nestes Termos, pede Deferimento.

Paranaguá, 27 de julho de 2010.

Aurélio Cesar Savi dos Santos


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