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SERRA
08 DE NOVEMBRO DE 2010
ANALISE DOS ARTIGOS:
Proposta de um modelo fuzzy para apoio à tomada de decisão no Controle de
Tráfego Aéreo do Aeroporto Internacional de Salvador
SERRA
08 DE NOVEMBRO DE 2010
Sumário
1 Introdução ao método fuzzy 4
2.2.1 Distância-dec 7
2.2.2 No-ponto 8
2.2.3 Perto 8
2.2.4 Longe 8
2.2.5 Velocidade-dec 8
2.2.6 Distância-aprox 9
2.2.7 Velocidade-aprox 10
4 Conclusão 20
5 Referências 21
1 Introdução ao método fuzzy
A imperfeição da informação geralmente conhecida na literatura de sistemas baseados
em conhecimento como incerteza, porém estar endereçando outras imperfeições da
informação, como imprecisão, conflito, ignorância parcial, etc.
Uma aeronave no solo está taxiando em direção à pista, prestes a decolar, e uma outra
aeronave se aproxima para pouso. A decisão a ser tomada pela Torre de Controle é:
“Autorizar ou não a aeronave (do solo) a decolar antes que a outra pouse com
segurança?”
Seria fácil para o controlador de tráfego aéreo tomar a decisão se a aeronave que está
por pousar estivesse bem longe ou bem perto. Porém, se a aeronave que pousa estiver a
uma distância intermediária, ocorre a dúvida, uma avaliação errada poderia causar um
incidente ou um acidente aéreo.
Diante deste cenário, este trabalho visa propor um modelo para apoio à tomada de
decisão no Controle de Tráfego Aéreo, especificamente para auxiliar aos controladores
de tráfego aéreo na tomada de decisão de autorização de decolagens de aeronaves que
possam entrar em conflito com outras aeronaves que estejam próximas para pouso.
A primeira tarefa foi selecionar as aeronaves que mais trafegam em Salvador e que
possuem desempenho semelhante em aproximação final para pouso e táxi para
decolagem. Boeing 737-300, Boeing 737-400, Boeing 737-500, Boeing 737-700,
Boeing 737-800, Fokker 100, Airbus 319 e 320.
Em outra etapa, foram feitos questionados os seus critérios utilizados para tomar a
decisão de autorização de decolagens. Houve também um questionário direcionado a
pilotos que trafegam em Salvador, com a finalidade de saber os valores limites de
velocidade em táxi e velocidade mínima em aproximação para pouso.
Com os questionários foi possível listar os itens mais relevantes na avaliação da tomada
de decisão: tipo das aeronaves envolvidas, posição e velocidade da aeronave que está
por decolar e posição e velocidade da aeronave que se aproxima para pouso.
2.2.1 Distância-dec
É a distância que a aeronave que está por decolar se encontra em relação ao ponto de
espera, medida em metros. Classificada como: no- ponto, perto e longe, mostrados na
Figura 4.
Figura 4. Variável linguística distancia-dec e seus termos
2.2.2 No-ponto
Representa o ponto de espera, ou suas proximidades. Este ponto é o marco zero para a
medição das distâncias desta variável. A forma escolhida para o conjunto foi a
triangular, pois a distância zero possui grau de pertinência 1 (vértice superior) e à
medida em que se afasta do ponto de espera esse grau vai caindo proporcionalmente, até
chegar à distância 125 metros, ponto em que o grau de pertinência vale 0.
2.2.3 Perto
Representa a distância entre o ponto de espera e um ponto a 330 metros daquele ponto.
A forma triangular foi escolhida para o conjunto. É de consenso entre os controladores
de tráfego aéreo que o ponto 125 metros representa “perto do ponto de espera” (vértice
superior) e que os valores vizinhos têm representatividade gradual diminutiva. O
triângulo não é simétrico devido à transição gradual entre os termos e ao
comportamento semântico real de “perto” em Tráfego Aéreo, pois “perto” está mais
próximo de “no-ponto” do que “longe”.
2.2.4 Longe
Representa a distância entre o ponto 125 metros e o ponto 450 metros do ponto de
espera. A forma trapezoidal foi escolhida para o conjunto, pois o termo longe possui
uma faixa de valores que possuem grau de pertinência um (de 330 a 450 metros) e
também possui um trecho cujos graus de pertinência são menores que um e vão
gradativamente diminuindo à medida que se aproximam do termo “perto”.
2.2.5 Velocidade-dec
É a velocidade empregada pela aeronave que está por decolar, durante seu táxi em
direção ao ponto de espera, medida em nós. A velocidade máxima para a maioria das
aeronaves se limita a vinte nós e a mínima é zero nó.A velocidade-dec possui os termos:
zero, baixa, normal e alta, mostrados na Figura 5.
Figura 5. Variável linguística velocidade-dec e seus
termos
Zero : Conjunto fuzzy que representa velocidades iguais a zero e próximas de zero.
Esse tipo de conjunto normalmente é chamado de número fuzzy zero.
2.2.6 Distância-aprox
É a distância entre cabeceira da pista e uma aeronave que se aproxima para pouso,
medida em milhas náuticas (NM)7. Usualmente existem duas distâncias a se considerar
para a aeronave que se aproxima: perto e longe. Estes termos são mostrados na Figura
6.
2.2.7 Velocidade-aprox
É a velocidade empregada pela aeronave que está em aproximação para pouso, medida
em nós. A velocidade máxima para as aeronaves estudadas se limita a duzentos nós e a
mínima de cento e vinte nós. Em média, velocidades abaixo de cento e vinte nós podem
constituir risco para a operação de aproximação, pois a aeronave pode perder
sustentação e cair, dependendo do tipo da aeronave e de seu peso. Na Figura 7 são
mostrados os termos que compõem essa velocidade: normal e alta.
Normal: Conjunto de velocidades entre 120 e 170 KT. Valores entre 120 e 140
KT possuem graus de pertinência igual a 1 e valores entre 140 e 170 KT possuem graus
de pertinência decrescentes de 1 a 0.
Alta: Conjunto de velocidades entre 140 e 200 KT. Valores entre 140 e 170 KT
possuem graus de pertinência crescentes de 0 a 1 e valores entre 170 e 200 possuem
graus de pertinência igual a 1.
Autorização: Variável que comporta os valores de autorização emitidos pelos
controladores de tráfego aéreo sobre a aeronave que está por decolar. Foram
identificados três tipos de autorizações: não decola, decola e decola de imediato.
Figura 9. Editor FIS [The Mathworks Inc 1999] / Figura 10. Um exemplo de superfície
gerada no Visualizador de superfície
É importante salientar que durante a coleta destes dados tentou-se evitar ao máximo
interferências na tomada de decisão do controlador avaliado. Este processo de validação
ocorreu no período entre fevereiro e abril de 2006, durante turnos aleatórios, no qual foi
possível registrar sessenta ocorrências de tomadas de decisão.
O sistema deve ser capaz de escolher questões baseando-se em certos critérios. Esta
escolha é feita automaticamente a partir do nível de dificuldade da avaliação definido a
priori pelo professor. Baseado nesta informação e em uma base de conhecimentos
mantida pelo sistema, o sistema é capaz de selecionar dentre inúmeras questões, aquelas
que melhor representam o nível de dificuldade selecionado.
Uma avaliação fácil não examina eficientemente o aluno, pois ele poderia estudar o
mínimo necessário. Por outro lado, preparar uma prova difícil, buscando descobrir o que
o aluno não assimilou também não é o melhor, pois poderia desanimar/desestimular o
aluno. Por isso, o ideal é o equilíbrio, ou seja, uma avaliação nem fácil nem difícil; deve
ser cobrado os conhecimentos fundamentais da matéria e inserir uma ou duas questões
de um grau de dificuldade maior. Desta forma, é possível mensurar o conhecimento do
aluno.
Fig 1. Representação Gráfica das Variáveis Lingüísticas “Nível de Dificuldade” e “Porcentagem de Questões Fáceis”
Para classificar uma questão quanto ao seu nível de dificuldade (Fácil, Médio ou
Difícil), é utilizado o fator índice de erros da questão, calculado a partir da fórmula:
Onde:
nd = Nível de Dificuldade;
Os passos para se obter o número de questões fáceis (Z) que deve ser adicionada a uma
prova, por exemplo, considerando-se uma entrada 2,5 como valor para a variável “Nível
de dificuldade” é demonstrado graficamente a seguir:
Como explicado, o modelo definido neste trabalho possui três variáveis de saída, assim,
dado um grau de dificuldade x, o sistema retorna como resultado uma tripla ordenada
(y, w, z) que representa, respectivamente, a porcentagem de questões fáceis,
intermediárias e difíceis incorporadas à prova. Com base nesses dados, uma avaliação
pode ser criada a partir de um banco de dados contendo as questões classificadas quanto
ao seu nível de dificuldade.
Notou-se que, com o Sistema, houve aumento da média das notas dos alunos em
relação aos simulados realizados em sala de aula. Observa-se que a média, que antes
estava abaixo de 6,0, chegou a variar entre 8,0 e 9,0 (4º ao 9º simulado) e atingiu seu
valor máximo (9,5) no 10º simulado.
A Figura abaixo mostra a comparação entre as médias da turma de 2007, que não usou o
Sistema e, a turma de 2008 usando o Sistema.
Baseado neste gráfico percebe-se que o uso do Sistema como auxílio à aprendizagem de
informática básica alterou o ânimo e a motivação dos alunos apresentado um reflexo
significativo em suas médias. Mesmo sem seu uso mediado pelos instrutores, os alunos
mencionavam a ferramenta durante as aulas, relatando seus estudos extra-classe (em
casa, no trabalho e em lanhouses).
4 Conclusão
Após a análise dos resultados do Artigo “Proposta de um modelo fuzzy para apoio à
tomada de decisão no Controle de Tráfego Aéreo do Aeroporto Internacional de
Salvador” concluímos que é viável criar ferramentas baseadas em lógica fuzzy para o
auxilio à tomada de decisão em Controle de Tráfego Aéreo, desde que estas ferramentas
possam ser amplamente testadas e validadas.
Pois Este modelo possui um índice de risco consideravelmente alto (6,7%) para os
padrões de segurança em Controle de Tráfego Aéreo. Desta forma, o grupo de
especialistas aprovou com ressalvas o uso da ferramenta, exigindo um aperfeiçoamento
do modelo para que esta se torne plenamente operacional. Contudo, um ponto também a
ser analisado está na dificuldade do ser humano em utilizar e confiar nestes tipos de
ferramentas para ambientes altamente dinâmicos, complexos e de riscos.