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Considerando os dados da tabela, assinale fósforos repetidamente, como um sinal de que

a alternativa que representa um argumen- não desertamos nosso posto..


to que se contrapõe à justificativa dos EUA VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta. Tomo
de que o acordo de Kyoto foi pouco rigoro- l. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.
so com países em desenvolvimento. Neste texto, por meio da metáfora da
a) A emissão acumulada da União Euro- lâmpada que ilumina a escuridão, Érico
péia está próxima à dos EUA. Veríssimo define como uma das funções
do escritor e, por extensão, da literatura,
b) Nos países em desenvolvimento as
emissões são equivalentes às dos a) criar a fantasia.
EUA. b) permitir o sonho.
c) A emissão per capitã da Rússia asse- c) denunciar o real.
melha-se à da União Européia.
d) criar o belo.
d) As emissões de CO2 nos países em de-
senvolvimento citados são muito bai- e) fugir da náusea.
xas.
e) A África do Sul apresenta uma emissão 06. Os seres humanos podem tolerar apenas
anual per capita relativamente alta. certos intervalos de temperatura e umi-
05. dade relativa (UR), e, nessas condições,
outras variáveis, como os efeitos do sol e
Érico Veríssimo relata, em suas memórias, do vento, são necessárias para produzir
um episódio da adolescência que teve influên- condições confortáveis, nas quais as pes-
cia significativa em sua carreira de escritor. soas podem viver e trabalhar. O gráfico
“Lembro-me de que certa noite — eu teria mostra esses intervalos:
uns quatorze anos, quando muito — encarre-
garam-me de segurar uma lâmpada elétrica
à cabeceira da mesa de operações, enquanto
um médico fazia os primeiros curativos num
pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal
haviam “carneado”. (...) Apesar do horror e da
náusea, continuei firme onde estava, talvez
pensando assim: se esse caboclo pode agüen-
tar tudo isso sem gemer, por que eu não hei
de poder ficar segurando esta lâmpada para
ajudar o doutor a costurar esses talhos e sal-
var essa vida? (...)
Desde adulto, comecei a escrever romances,
tem-me animado até hoje a idéia de que o me- A tabela mostra temperaturas e umidades
nos que o escritor pode fazer, numa época de relativas do ar de duas cidades, registra-
atrocidades e injustiças como a nossa, é acen- das em três meses do ano
der a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade
de seu mundo, evitando que sobre ele caia a Março
Maio Outubro
escuridão, propícia aos ladrões, aos assassi- T (ºC)
T(ºC) UR(%) T(ºC) UR(%)
UR(%)
nos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a
despeito da náusea e do horror. Se não tiver- Campo Grande 25 82 20 60 25 58
mos uma lâmpada elétrica, acendamos o nos- Curitiba 27 72 19 80 75 18
31
so toco de vela ou, em último caso, risquemos

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Com base nessas informações, pode-se 08.
afirmar que condições ideais são observa-
das em
a) Curitiba com vento em março e Campo
Grande, em outubro.
b) Campo Grande com vento em março,
e Curitiba com sol em maio.
c) Curitiba, em outubro, e Campo Grande Na charge, a arrogância do gato com re-
com sol em março. lação ao comportamento alimentar da mi-
d) Campo Grande com vento em março, nhoca, do ponto de vista biológico,
Curitiba com sol em outubro. a) não se justifica, porque ambos, como
e) Curitiba, em maio, e Campo Grande, consumidores, devem “cavar” diaria-
em outubro. mente o seu próprio alimento.
b) é justificável, visto que o felino possui
07. No gráfico estão representados os gols
função superior à da minhoca numa
marcados e os gols sofridos por uma equi-
teia alimentar.
pe de futebol nas dez primeira partidas de
um determinado campeonato. c) não se justifica, porque ambos são
consumidores primários em uma teia
Gols marcados
alimentar.
Gols sofridos d) é justificável, porque as minhocas, por
6 se alimentarem de detritos, não parti-
5
cipa, das cadeias alimentares.
Número de gols

4 e) é justificável, porque os vertebrados


ocupam o topo das teias alimentares.
3
09. Na construção civil, é muito comum a
2
utilização de ladrilhos ou azulejos com a
1 forma de polígonos para o revestimento
0 de pisos ou paredes. Entretanto, não são
2001 04/02 11/02 10/02 25/02 04/03 11/03 15/03 25/03 01/04
todas as combinações de polígonos que se
Data da partida
prestam a pavimentar uma superfície pla-
Considerando que, neste campeonato, as na, sem que haja falhas ou superposições
equipes ganham 3 pontos para cada vi- de ladrilhos, como ilustram as figuras:
tória, 1 ponto por empate e 0 ponto em
caso de derrota, a equipe em questão, ao
final da décima partida, terá acumulado
um número de pontos igual a
a) 15.
b) 17.
c) 18.
d) 20.
32 e) 24.

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A tabela traz uma relação de alguns po- d) e)
lígonos regulares, com as respectivas me-
didas de seus ângulos internos.
Nome Triângulo Quadrado Pentágono Hexágono Octógono Eneágono

figura

Ângulo interno 62o 90o 108o 120o 135o 140o

Se um arquiteto deseja utilizar uma com-


binação de dois tipos diferentes de ladri- Os dois saltimbancos Marie-Thérese apoiada
no cotovelo
lhos entre os polígonos da tabela, sendo
um deles octogonal, o outro tipo escolhido 11. Em 1958, a seleção brasileira foi campeã
deverá ter a forma de um mundial pela primeira vez. O texto foi ex-
traído da crônica “A alegria de ser brasi-
a) triângulo. d) hexágono. leiro”, do dramarturgo Nelson Rodrigues,
b) quadrado. e) eneágono. publicada naquele ano pelo jornal Última
Hora .
c) pentágono.
“Agora, com a chegada da equipe imortal, as
10. O autor da tira utilizou os princípios de lágrimas rolam. Convenhamos que a seleção
composição de um conhecido movimento as merece. Merece por tudo: não só pelo fute-
artístico para representar a necessida- bol, que foi o mais belo que os olhos mortais já
de de um mesmo observador aprender a contemplaram, como também pelo seu mara-
considerar, simultaneamente, diferentes vilhoso índice disciplinar. Até este Campeona-
pontos de vista. to, o brasileiro julgava-se um cafajeste nato e
hereditário. Olhava o inglês e tinha-lhe inveja.
Achava o inglês o sujeito mais fino, mais sóbrio,
de uma polidez e de uma cerimônia inerráveis.
É, súbito, há o Mundial. Todo mundo baixou o
sarrafo no Brasil. Suecos, britânicos, alemães,
franceses, checos, russos, davam botinadas em
penca. Só o brasileiro se mantinha ferozmente
Adaptado de WATTERSON. Bill. Os dez dentro dos limites rígidos da esportividade. En-
anos de Calvin e Haroldo. V. 2. São Paulo: Beste tão, se verificou o seguinte: o inglês, tal como
News, 1996.
o concebíamos, não existe. O único inglês que
apareceu no Mundial foi o brasileiro. Por tantos
Das obras reproduzidas, todas de autoria motivos, vamos perder a vergonha(...), vamos
do pintor espanhol Pablo Picasso, aquela sentar no meio-fio e chorar. Porque é uma ale-
em cuja composição foi adotado um pro- gria ser brasileiro, amigos..
cedimento semelhante é:
Além de destacar a beleza do futebol bra-
a) b) c) sileiro, Nelson Rodrigues quis dizer que o
comportamento dos jogadores dentro do
campo
a) foi prejudicial para a equipe e quase
pôs a perder a conquista da copa do
mundo.
b) Mostrou que os brasileiros tinham as
Os amantes Retrato de Françoise Os pobres na praia mesmas qualidades que admiravam 33
nos europeus, principalmente nos in-
gleses.
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c) Ressaltou o sentimento de inferiorida- b) O ar mais quente desce e se desloca
de dos jogadores brasileiro em relação do continente para a água, a qual não
aos europeus, o que os impediu de re- conseguiu reter calor durante o dia.
vidar as agressões sofridas.
c) O ar está sobre o mar se esfria e dis-
d) Mostrou que o choro poderia aliviar o solve-se na água; forma-se, assim,
sentimento de que os europeus eram um centro de baixa pressão, que atrai
superiores aos brasileiros. o ar quente do continente.
e) Mostrou que os brasileiros eram iguais d) O ar que está sobre a água se esfria,
aos europeus, podendo comportar-se criando um centro de alta pressão que
como eles, que não respeitavam os li- atrai massas de ar continental.
mites da esportividade.
e) O ar sobre o solo, mais quente, é des-
12. Numa área de praia, a brisa marítima é locado para o mar, equilibrando a baixa
uma conseqüência da diferença no tempo temperatura do ar que está sobre o mar.
de aquecimento do solo e da água, apesar
de ambos estarem submetidos às mes- 13. Para testar o uso do algicida sulfato de
mas condições de irradiação solar. No lo- cobre em tanques para criação de cama-
cal (solo) que se aquece mais rapidamen- rões, estudou-se , em aquário, a resistên-
te, o ar fica mais quente e sobe, deixando cia desses organismos a diferentes con-
uma área de baixa pressão, provocando o centrações de íons cobre (representados
deslocamento do ar da superfície que está por Cu2+). Os gráficos relacionam a mor-
mais fria (mar). tandade de camarões com a concentração
de Cu2+ e com o tempo de exposição a
esses íons.

Maior pressão
Brisa marítima
Maior
temperatura Menor temperatura

À noite, ocorre um processo inverso ao


que se verifica durante o dia

Brisa terrestre
Se os camarões utilizados na experiência
fossem introduzidos num tanque de cria-
ção contendo 20.000 L de água tratada
com sulfato de cobre, em quantidade su-
Como a água leva mais tempo para es- ficiente para fornecer 50 g de íons cobre,
quentar (de dia), mas também leva mais estariam vivos, após 24 horas, cerca de
tempo para esfriar (à noite), o fenômeno 1 2
noturno (brisa terrestre) pode ser explica- a) . d) .
5 3
do da seguinte maneira: 1 3
b) . e) .
a) O ar que está sobre a água se aquece 4 4
mais; ao subir. Deixa uma área de bai- c) 1 .
2
34 xa pressão, causando um deslocamen-
to de ar do continente para o mar.

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14. O ano muçulmano é composto de 12 me- no ar, como uma árvores
ses, dentre eles o Ramadã, mês sagrado
a chama do candeeiro.
para os muçulmanos que, em 2001, teve
início no mês de novembro do Calendário (...)
Cristão, conforme a figura que segue: Carlos de Oliveira in ANDRADE, Eu-
gênio, Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa.
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
Porto: Campo das Letras, 1999
1 2 3
Uma análise cuidadosa do quadro permi-
4 5 6 7 8 9 10
te que se identifiquem as cenas referidas
11 12 13 14 15 16 17
nos trechos do poema;
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30

ming nova cresc cheia


8 15 22 1/30

Considerando as características do Calen-


dário Muçulmano, é possível afirmar que,
em 2001, o mês Ramadã teve início, para
o Ocidente, em
a) 01 de novembro.
Podem ser relacionadas ao texto lido as
b) 08 de novembro. partes:
c) 16 de novembro. a) a1, a2, a3
d) 20 de novembro. b) f1, e1, d1
e) 28 de novembro. c) e1, d1, c1

15. A leitura do poema Descrição da guerra d) c1, c2, c3


em Guernica traz à lembrança o famoso e) e1, e2, e3
quadro de Picasso.
16. Comer com as mãos era um hábito comum
Entra pela janela na Europa, no século XVI. A técnica em-
o anjo camponês; pregada pelo índio no Brasil e por um por-
tuguês de Portugal era, aliás, a mesma:
com a terceira luz na mão; apanhavam o alimento com três dedos da
minucioso. Habituado mão direita (polegar, indicador e médio) e
atiravam-no para dentro da boca.
aos interiores de cereal,
Um viajante europeu de nome Freireyss, de
aos utensílios que dormem na fuligem; passagem pelo Rio de Janeiro, já no século XIX,
os seus olhos rurais conta como nas casa das roças despejam-se
simplesmente alguns pratos de farinha sobre
não compreendem bem os símbolos a mesa ou num balainho, donde cada um se
desta colheita: hélices, serve com os dedos, arremessando, com um
movimento rápido, a farinha na boca, sem que
motores furiosos; a mínima parcela caia fora... Outros viajantes
oitocentistas, como John Luccock, Carl Seidler,
35
e estende mais o braço; planta
Tollenare e Maria Graham descrevem esse há-

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bito em todo o Brasil e entre todas as classes
sociais. Mas para Saint-Hilaire, os brasileiros
“lançam a [farinha de mandioca] à boca com 24 de setembro

uma destreza adquirida, na origem, dos indí-


genas, e que ao europeu muito custa imitar.”
Aluísio de Azevedo, em seu romance Gi- 02 de outubro 17 de setembro

rândola de amores (1882), descreve com re-


alismo os hábitos de uma senhora abastada
que só saboreava a moqueca de peixe “sem 10 de setembro
talher, à mão”.
Dentre as palavras listadas abaixo, assina-
le a que traduz o elemento comum às descri-
ções das práticas alimentares dos brasileiros a) 08 e 09 de setembro.
feitas pelos diferentes autores do século XIX
citados no texto. b) 15 e 16 de setembro.

a) Regionalismo (caráter da literatura que c) 22 e 23 de setembro.


se baseia em costumes e tradições re- d) 29 e 30 de setembro.
gionais).
e) 06 e 07 de outubro.
b) Intolerância (não-admissão de opiniões
diversas das suas em questões sociais,
políticas ou religiosas). 18. Na solução aquosa das substâncias orgâ-
nicas prebióticas antes da vida), a catálise
c) Exotismo (caráter ou qualidade daqui- produziu a síntese de moléculas comple-
lo que não é indígena; estrangeiro; ex- xas de toda classe, inclusive proteínas e
cêntrico, extravagante). ácidos nucléicos. A natureza dos catalisa-
d) Racismo (doutrina que sustenta a su- dores primitivos que agiam antes não é
perioridade de certas raças sobre ou- conhecida. É quase certo que as argilas
tras). desempenharam papel importante: ca-
deias de aminoácidos podem ser produzi-
e) Sincretismo (fusão de elementos cul- das no tubo de ensaio mediante a presen-
turais diversos, ou de culturas distin- ça de certos tipos de argila.(...)
tas ou de diferentes sistemas sociais).
Mas o avanço verdadeiramente criativo
17. Um grupo de pescadores pretende passar que pode, na realidade, ter ocorrido ape-
um final de semana do mês de setembro, nas uma vez ocorreu quando uma molé-
embarcado, pescando em um rio. Uma cula de ácido nucléico ”aprendeu” a orien-
das exigências do grupo é que, no final tar a reunião de uma proteína, que, por
de semana a ser escolhido, as noites es- sua vez, ajudou a copiar o próprio ácido
tejam iluminadas pela lua o maior tempo nucléico. Em outros termos, um ácido nu-
possível. cléico serviu como modelo para a repro-
A figura representa as fases da lua no pe- dução de mais ácido nucléico. Com este
ríodo proposto. Considerando-se as ca- desenvolvimento apareceu o primeiro me-
racterísticas de cada uma das fases da lua canismo potente de realização. A vida ti-
e o comportamento dessa no período de- nha começado.
limitado, pode-se afirmar que, dentre os Adaptado de: LURIA, S.E.. Vida: experiên-
fins de semana, o que melhor atenderia cia inacabada, Belo Horizonte: Editora Itatiaia;
36 às exigências dos pescadores corresponde São Paulo: EDUSP, 1979.
aos dias

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Considere o esquema ao lado: Atual
Seres humanos
0,5 bilhão
O avanço verdadeiramente criativo. 1 bilhão
Plantas, répteis, passáros, peixes

Respiração aeróbia
Citado no texto deve ter ocorrido no pe- Consumo de oxigênio nas células
ríodo (em bilhões de anos) compreendido 2 bilhões
Fotossíntese
aproximadamente entre Tempo
Extratos
(anos) Produção de oxigênio nas células
importantes
3 bilhões
a) 5,0 e 4,5. d) 2,0 e 1,5.
Primeiras células
b) 4,5 e 3,5. e) 1,0 e 0,5.
4 bilhões
Primeiros ácidos nucléicos
c) 3,5 e 2,0. Formação da Terra
5 bilhões

19. A tabela refere-se a um estudo realizado entre 1994 e 1999 sobre violência sexual com
pessoas do sexo feminino no Brasil.
Tipificação do agressor Crianças Adolescentes Adultas
identificado Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Pai biológico 13 21,7 21 13,9 6 6
Padrasto 10 16,7 16 10,6 0 0
Pai adotivo 1 1,6 0 0 0 0
Tio 7 11,6 14 -9,4 1 1,4
Avô 6 10,0 0 0 1 1,4
Irmão 0 0 7 4,6 0 0
Primo 0 0 5 3,4 1 1,4
Vizinho 10 16,7 42 27,8 19 27,9
Parceiro e ex-parceiro – – 13 7,5 17 25,2
Conhecido (trabalho) – – 8 5,3 5 7,3
Outro conhecido 13 21,7 25 16,5 18 26,5
TOTAL 60 100 151 100 68 100
Fonte: Jornal da Unicamp, nº 162. Maio 2001.

A partir dos dados da tabela e para o grupo feminino estudado, são feitas as seguintes
afirmações:
I. A mulher não é poupada da violência sexual doméstica em nenhuma das faixas etárias
indicadas.
II. A maior parte das mulheres adultas é agredida por parentes consangüíneos.
III. As adolescentes são vítimas de quase todos os tipos de agressores.
IV. Os pais, biológicos, adotivos e padrastos, são autores de mais de 1/3 dos casos de vio-
lência sexual envolvendo crianças.
É verdadeiro apenas o que se afirma em
a) I e III. c) II e IV. e) II, III e IV. 37
b) I e IV. d) I, III e IV.

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QUESTÕES DO ENEM 2003
01. O tempo que um ônibus gasta para ir do - na volta do trabalho, ambos fazem o
ponto inicial ao ponto final de uma linha trajeto no mesmo tempo de percurso.
varia, durante o dia, conforme as con-
dições do trânsito, demorando mais nos Considerando-se a diferença de tempo de
horários de maior movimento. A empresa percurso, Antônio gasta, por mês, em mé-
que opera essa linha forneceu, no gráfico dia,
abaixo, o horário de saída do ponto inicial, a) 05 horas a mais que João.
no período da manhã.
b) 10 horas a mais que João.
120
Tempo do percurso (minutos)

110
c) 20 horas a mais que João.
100
90
80
d) 40 horas a mais que João.
70
60
e) 60 horas a mais que João.
03. Na literatura de cordel, os textos são im-
50
40
30 pressos, em geral, com 8, 16, 24 ou 32
20
10 páginas de formato 10,5 cm x 15,5 cm. As
0 razões históricas que explicam tal fato es-
6:00
6:10
6:20
6:30
6:40
6:50
7:00
7:10
7:20
7:30
7:40
7:50
8:00
8:10
8:20
8:30
8:40
8:50
9:00
9:10
9:20
9:30
9:40
9:50
10:00
10:10
10:20
10:30
10:40
10:50
11:00

tão relacionadas à forma artesanal como


Horário de saída são montadas as publicações e ao melhor
De acordo com as informações do gráfico, aproveitamento possível do papel disponí-
um passageiro que necessita chegar até vel.
as 10h30min ao ponto final dessa linha, Considere, abaixo, a confecção de um
deve tomar o ônibus no ponto inicial, no texto de cordel com 8 páginas (4 folhas):
máximo, até as:
a) 09h20min

15,5 cm
b) 09h30min
c) 09h00min 10,5 cm

d) 08h30min
e) 08h50min Utilizando o processos descrito acima,
pode-se produzir um exemplar de cordel
02. João e Antônio utilizam os ônibus da linha
com 32 páginas de 10,5 cm x 15,5 cm,
mencionada na questão anterior para ir
com o menor gasto possível de material,
trabalhar, no período considerado no grá-
utilizando uma única folha de
fico, nas seguintes condições:
a) 84 cm x 62 cm
- trabalham vinte dias por mês;
b) 84 cm x 124 cm
- João viaja sempre no horário em que o
ônibus faz o trajeto no menor tempo; c) 42 cm x 31 cm
- Antônio viaja sempre no horário em d) 42 cm x 62 cm
que o ônibus faz o trajeto no maior
e) 21 cm x 31 cm
tempo;

38

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04. Do pedacinho de papel ao livro impresso O que deu ao verso de Drummond o cará-
vai uma longa distância. Mas o que o es- ter de inovador da língua foi
critor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto
em letra de forma. A gaveta é ótima para a) o modo raro como foi tratado o “futuro”.
aplacar a fúria criativa; ela faz amadure- b) a referência ao cão como “animal de
cer o texto da mesma forma que a adega estimação”.
faz amadurecer o vinho. Em certos casos,
c) a flexão pouco comum do verbo “chei-
a cesta de papel é melhor ainda.
rar” (gerúndio).
O período de maturação na gaveta é ne-
d) a aproximação não usual do agente ci-
cessário, mas não deve se prolongar mui-
tado e a ação de “cheirar”.
to. “Textos guardados acabam cheirando
mal”, disse Silvia Plath, (...) que, com e) o emprego do artigo indefinido “um” e
esta frase, deu testemunho das dúvidas do artigo definido “o” na mesma frase.
que atormentam o escritor: publicar ou
não publicar? Guardar ou jogar fora? Instruções: As questões de números 06
e 07 referem-se ao poema abaixo.
(Moacyr Scliar. O escritor e seus desafios.)
Epígrafe*
Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa
imagens para refletir sobre uma etapa da Murmúrio de água na clepsidra** gote-
criação literária. A idéia de que o processo jante,
de maturação texto nem sempre é o que Lentas gotas de som no relógio da torre,
garante bons resultados está sugerida na
seguinte frase: Fio de areia na ampulheta vigilante,
a) “A gaveta é ótima para aplacar a fúria Leve sombra azulando a pedra do qua-
criativa.” drante***
b) “Em certos casos, a cesta de papel é Assim se escoa a hora, assim se vive e
melhor ainda.” morre...
c) “O período de maturação na gaveta é Homem, que fazes tu? Para que tanta
necessário, (...).” lida,
d) “Mas o que o escritor quer, mesmo, é Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta
isso: ver o seu texto em letra de for- ameaça?
ma.”
Procuremos somente a Beleza, que a
e) “ela (a gaveta) faz amadurecer o tex- vida
to da mesma forma que a adega faz
amadurecer o vinho.” É um punhado infantil de areia ressequi-
da,
05. Eu começaria dizendo que poesia é uma
questão de linguagem. A importância do Um som de água ou de bronze e uma
poeta é que ele torna mais viva a lingua- sombra que passa...
gem. Carlos Drummond de Andrade es- (Eugênio de Castro. Antologia pessoal da poesia portu-
creveu um dos mais belos versos da língua guesa)
portuguesa com duas palavras comuns: (*) Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto;
cão e cheirando. tema.

Um cão cheirando o futuro (**) Clepsidra: relógio de água.

(Entrevista com Mário Carvalho, Folha de (***) Pedra do quadrante: parte superior de um reló-
gio de sol.
39
SP, 24/05/1988. Adaptação).

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06. A imagem contida em “lentas gotas de c) “Era uma grande artista para dramati-
som” (verso 2) é retomada na segunda zar. Tinha uma memória de prodígio”,
estrofe por meio da expressão:
d) “Andava léguas e léguas a pé, como
a) tanta ameaça. uma edição viva das Mil e Uma Noi-
tes”.
b) som de bronze.
e) “Recitava contos inteiros em versos,
c) punhado de areia.
intercalando pedaços de prosa, como
d) sombra que passa. notas explicativas”.
e) somente a Beleza. 09. Os alunos de uma escola organizaram um
torneio individual de pingue-pongue nos
07. Neste poema, o que leva o poeta a ques-
horários dos recreios, disputado por 16
tionar determinadas ações humanas (ver-
participantes, segundo o esquema abaixo:
sos 6 e 7) é a
a) infantilidade do ser humano. Jogo 1
Jogo 9
b) destruição da natureza.
Jogo 2
c) exaltação da violência. Jogo 13

d) inutilidade do trabalho. Jogo 3


Jogo 10
e) brevidade da vida.
Jogo 4
08. A velha Totonha de quando em vez batia Jogo 15
no engenho. E era um acontecimento para (final)
a meninada. (...) andava léguas a pé, de Jogo 5
engenho a engenho, como uma edição Jogo 11
viva das histórias de Mil e Uma Noites (...) Jogo 6
era uma grande artista para dramatizar. Jogo 14
Tinha uma memória de prodígio. Recita-
Jogo 7
va contos inteiros em versos, intercalan-
Jogo 12
do pedaços de prosa, como notas expli-
cativas. (...) Havia sempre rei e rainha, Jogo 8
nos seus contos, e forca e advinhações.
O que fazia a velha Totonha mais curio- Foram estabelecidas as seguintes regras:
sa era a cor local que ela punha nos seus
– Em todos os jogos, o perdedor será
descritivos. (...) Os rios e as florestas por
eliminado;
onde andavam os seus personagens se
pareciam muito com o Paraíso e a Mata – Ninguém poderá jogar duas vezes no
do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor mesmo dia;
de engenho de Pernambuco.
– Como há cinco mesas, serão realiza-
(José Lins do Rego. Menino de engenho) dos, no máximo, 5 jogos por dia.
A cor local que a personagem velha Toto- Com base nesses dados, é correto afirmar
nha colocava em suas histórias é ilustra- que o número mínimo de dias necessário
da, pelo autor, na seguinte passagem: para se chegar ao campeão do torneio é:
a) “O seu Barba-Azul era um senhor de a) 8 d) 5
engenho de Pernambuco”.
b) 7 e) 4
40 b) “Havia sempre rei e rainha, nos seus
contos, e forca e advinhações”; c) 6

Eureka_2006.indb 40 25/2/2008 09:54:19


10. Os acidentes de trânsito, no Brasil, em sua 11. Após a ingestão de bebidas alcoólicas, o
maior parte são causados por erro do mo- metabolismo do álcool e sua presença no
torista. Em boa parte deles, o motivo é o sangue dependem de fatores como peso
fato de dirigir após o consumo de bebida corporal, condições e tempo após a in-
alcoólica. A ingestão de uma lata de cer- gestão.
veja provoca uma concentração de aproxi- O gráfico mostra a variação da concen-
madamente 0,3 g/L de álcool no sangue. tração de álcool no sangue de indivíduos
A tabela abaixo mostra os efeitos sobre de mesmo peso que beberam três latas
o corpo humano provocados por bebidas de cerveja cada um, em diferentes condi-
alcoólicas em função de níveis de concen- ções: em jejum e após o jantar.
tração de álcool no sangue: Ingestão de álcool

Álcool no sangue
1,0
Concentração de álcool em jejum
Efeitos 0,9
no sangue (g/L)
0,8 após o jantar
Sem influência aparente,
0,1 – 0,5 ainda que com alterações
0,7
clínicas
Euforia suave, sociabilida- 0,6
0,3 – 1,2 de acentuada e queda da
atenção 0,5
Excitação, perda de jul-
0,4
gamento crítico, queda da
0,9 – 2,5
sensibilidade e das reações 0,3
motoras
0,2
Confusão mental e perda da
1,8 – 3,0
coordenação motora 0,1
horas
Estupor, apatia, vômitos e 1 2 3 4 5 6 7
2,7 – 4,0
desequilíbrio ao andar
Tempo após ingestão

3,5 – 5,0 Coma e morte possível (Revista Pesquisa FAPESP no 57, setembro 2000)

Tendo em vista que a concentração má-


(Revista Pesquisa FAPESP no 57, setembro 2000)
xima de álcool no sangue permitida pela
legislação brasileira para motoristas é 0,6
Uma pessoa que tenha tomado três latas g/L, o indivíduo que bebeu após o jantar
de cerveja provavelmente apresenta e que bebeu em jejum só poderá, dirigir
após, aproximadamente,
a) queda de atenção, de sensibilidade e
das reações motoras. a) uma hora e meia, respectivamente.
b) Aparente normalidade, mas com alte- b) Três horas e meia hora, respectiva-
rações clínicas. mente.
c) Confusão mental e falta de coordena- c) Três horas e quatro horas e meia, res-
ção motora. pectivamente.
d) Disfunção digestiva e desequilíbrio ao d) Seis horas e três horas, respectiva-
andar. mente.
e) Estupor e risco de parada respiratória. e) Seis horas, igualmente. 41

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Eureka_2006.indb 41 25/2/2008 09:54:22


12. “Águas de março definem se falta luz este b) O sistema de tratamento da água e sua
ano”. distribuição consomem grande quanti-
dade de energia elétrica.
Esse foi o título de uma reportagem em
jornal de circulação nacional, pouco antes c) A geração de eletricidade nas usinas
do início do racionamento do consumo de termelétricas utiliza grande volume de
energia elétrica, em 2001. água para refrigeração.
No Brasil, a relação entre a produção de d) O consumo de água e de energia elé-
eletricidade e a utilização de recursos hí- trica utilizadas na indústria compete
dricos, estabelecida nessa manchete, se com o da agricultura.
justifica porque
e) É grande o uso de chuveiros elétricos,
a) a geração de eletricidade nas usinas hi- cuja operação implica abundante con-
drelétricas exige a manutenção de um sumo de água.
dado fluxo de água nas barragens.

13. Visando adotar um sistema de reutilização de água, uma indústria testou cinco sistemas
com diferentes fluxos de entrada de água suja e fluxos de saída de água purificada.

Sistema I Sistema II Sistema III Sistema IV Sistema V

Fluxo de entrada
45 L/h 40 L/h 40 L/h 20 L/h 20 L//h
(água suja)
Fluxo de saída (água
15 L/h 10 L/h 5 L/h 10 L/h 5 L//h
purificada)

Supondo que o custo por litro de água purificada seja o mesmo, obtém-se maior eficiência
na purificação por meio do sistema
a) I b) II c)II
d) IV e) V

14. Na música “Bye, bye, Brasil”, de Chico Bu- a) pelo aquecimento das águas, utiliza-
arque de Holanda e Roberto Menescal. Os das para refrigeração da usina, que
versos alteraria a fauna marinha.
“puseram uma usina no mar b) pela oxidação de equipamentos pesa-
dos e por detonações que espantariam
talvez fique ruim pra pescar”
os peixes.
poderiam estar se referindo à usina nucle-
c) pelos rejeitos radioativos lançados
ar de Angra dos Reis, no litoral do Estado
continuamente no mar, que provoca-
do Rio de Janeiro.
riam a morte dos peixes.
No caso de tratar-se dessa usina, em
d) pela contaminação por metais pesados
funcionamento normal, dificuldades para
dos processos de enriquecimento do
a pesca nas proximidades poderiam ser
urânio.
causadas
42 e) pelo vazamento ao mar nas vizinhan-
ças da usina.

Eureka_2006.indb 42 25/2/2008 09:54:22


15. Prevenindo-se contra o período anual de a) científica no primeiro e mágica no se-
seca, um agricultor pretende construir um gundo.
reservatório fechado, que acumule toda a
b) social no primeiro e política no segundo.
água proveniente da chuva que cair no te-
lhado de sua casa, ao longo de um período c) religiosa no primeiro e científica no se-
anual chuvoso. gundo.
As ilustrações a seguir apresentam as d) religiosa no primeiro e econômica no
dimensões da casa, a quantidade média segundo.
mensal de chuva na região, em milíme-
e) matemática no primeiro e algébrica no
tros e a forma do reservatório a ser cons-
segundo.
truído.
17. Observe as duas afirmações de Montesquieu
(mm)
(1689 –1755), a respeito da escravidão:
300
A escravidão não é boa por natureza; não
é útil nem ao senhor, nem ao escravo: a
200 este porque nada pode fazer por virtude;
10 m àquele, porque contrai com seus escravos
8m
100 toda sorte de maus hábitos e se acostu-
pm
reservatório ma insensivelmente a faltar contra todas
2mx4mxpm
4m 2m as virtudes morais: torna-se orgulhoso,
brusco, duro, colérico, voluptuoso, cruel.
Nov
Ago

Dez
Mar

Out
Fev

Abr

Jun
Mai
Jan

Set
Jul

Se eu tivesse que defender o direito que


Sabendo que 100 milímetros de chuva
tivemos de tornar escravos os negros, eis
equivalem ao acúmulo de 100 litros de
o que eu diria: tendo os povos da Euro-
água em uma superfície plana horizontal
pa exterminado os da América, tiveram
de um metro quadrado, a profundidade
que escravizar os da África para utiliza-
(p) do reservatório deverá medir
los para abrir tantas terras, o açúcar seria
a) 4m d) 7m muito caro se não fizéssemos que escra-
vos cultivassem a planta que o produz.
b) 5m e) 8m
(Montesquieu. O espírito das leis.)
c) 6m

16. Com base nos textos, podemos afirmar
que, para Montesquieu.
a) o preconceito racial foi contido pela
moral religiosa.
b) a política econômica e a moral justifi-
caram a escravidão.
c) a escravidão era indefensável de um
ponto de vista econômico.
d) o convívio com os europeus foi benéfi-
co para os escravos africanos.

e) o fundamento moral do direito pode
Considerando os dois documentos, po- submeter-se às razões econômicas.
demos afirmar que a natureza do pensa- 43
mento que permite a datação da Terra é
de natureza
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Eureka_2006.indb 43 25/2/2008 09:54:26


18. O mapa abaixo apresenta parte do contor- presa externa, e se chama para as provín-
no da América do Sul destacando a bacia cias centrais o excesso de população vadia
amazônica. Os pontos assinalados repre- das cidades marítimas. Desta Corte central
sentam fortificações militares instaladas dever-se-ão logo abrir estradas para as di-
no século XVIII pelos portugueses. A linha versas províncias e portos de mar.
indica o Tratado de Tordesilhas revogado (Carlos de Meira Matos. Geopolítica e mo-
pelo Tratado de Madri, apenas em 1750. dernidade: geopolítica brasileira.)

Declaração II: Eurico Gaspar Dutra


Na América do Sul, o Brasil possui uma
grande área que se pode chamar tam-
bém de Terra Central do ponto de vis-
ta da geopolítica sul-americana, sob a
qual devemos encarar a segurança do
Estado brasileiro, o que precisamos fa-
zer quanto antes é realizar a ocupação
da nossa Terra Central, mediante a in-
teriorização da Capital.
(Adaptado de José W. Vesentini. A Capital
da geopolítica.)

Adaptado de Carlos de Meira Mattos. Considerando o contexto histórico que en-


Geopolítica e teoria de fronteiras. volve as duas declarações e comparando
Pode-se afirmar que a construção dos for- as idéias nelas continuadas, podemos di-
tes pelos portugueses visava, principal- zer que
mente, dominar a) ambas limitam as vantagens estraté-
a) militarmente a bacia hidrográfica do gicas da definição de uma nova capital
Amazonas. a questões econômicas.

b) economicamente as grandes rotas co- b) apenas a segunda considera a mudan-


merciais. ça da capital importante do ponto de
vista da estratégia militar.
c) as fronteiras entre nações indígenas.
c) ambas consideram militar e economi-
d) o escoamento da produção agrícola. camente importante para a economia
e) o potencial de pesca da região. do país.
d) apenas a segunda considera a mudança
19. A seguir são apresentadas declarações de da capital uma estratégia importante
duas personalidades da História do Bra- para a economia do país.
sil a respeito da localização da capital do
país, respectivamente um século e uma e) nenhuma delas acredita na possibilida-
década antes da proposta de construção de real de desenvolver a região central
de Brasília como novo Distrito Federal. do país a partir da mudança da capital.
20. A primeira imagem a seguir (publicada no
Declaração I: José Bonifácio século XVI) mostra um ritual antropofági-
Com a mudança da capital para o interior, co dos índios do Brasil. A segunda mostra
fica a Corte livre de qualquer assalto de sur- Tiradentes esquartejado por ordem dos
44 representantes da Coroa portuguesa.

Eureka_2006.indb 44 25/2/2008 09:54:27


(Theodor De Bry (Pedro Américo. de tal maneira que a caserna logo ficou
– século XVI) Tiradentes cheia deles. Aqueles que dormiram assim
Esquartejado, 1893) puderam confirmar o quanto esta maneira
é apropriada tanto para evitar os vermes
quanto para manter as roupas limpas(...).
Neste texto, Jean de Léry
a) despreza a cultura e rejeita o patrimô-
nio dos indígenas americanos.
b) Revela-se constrangido por ter de re-
correr a um invento de “selvagens”.
c) Reconhece a superioridade das socie-
dades indígenas americanas com rela-
A comparação entre as reproduções pos- ção aos europeus.
sibilita as seguintes afirmações: d) Valoriza o patrimônio cultural dos in-
I. Os artistas registraram a antropofagia e dígenas americanos, adaptando-o às
o esquartejamento praticados no Brasil. suas necessidades.

II. A antropofagia era parte do universo e) Valoriza os costumes dos indígenas


cultural indígena e o esquartejamento americanos por que eles também eram
era uma forma de se fazer justiça entre perseguidos pelos católicos.
luso-brasileiros. 18. Segundo Samuel Huntington (autor do li-
III. A comparação das imagens faz ver como vro, O choque das civilizações e a recom-
é relativa a diferença entre “bárbaros” e posição da ordem mundial), o mundo está
“civilizados”, indígenas e europeus. dividido em nove “civilizações” conforme
o mapa abaixo
Está correto o que se afirma em:
Na opinião do autor, o ideal seria que cada
a) I apenas. d) I e II apenas. civilização principal tivesse pelo menos
b) II apenas. e) I, II e III. um assento no Conselho de Segurança
das Nações Unidas.
d) III apenas.
21. Jean de Léry viveu na França na segunda
metade do século XVI, época em que as
chamadas guerras de religião opuseram
católicas e protestantes. No texto abaixo,
ele relata o cerco da cidade de Sancerre
por tropas católicas.
(...) desde que os canhões começaram
a atirar sobre nós com maior freqüência,
tornou-se necessário que todos dormis-
sem nas casernas. Eu logo providenciei
para mim um leito feito de um lençol ata-
do pelas suas duas pontas e assim fiquei Sabendo-se que apenas EUA, China, Rússia,
suspenso no ar, à maneira dos selvagens França e Inglaterra são membros perma-
americanos (entre os quais eu estive du- nentes do Conselho de Segurança, e anali-
rante dez meses) o que foi imediatamen- 45
sando o mapa acima pode-se concluir que
te imitado por todos os nossos soldados,

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Eureka_2006.indb 45 25/2/2008 09:54:30


a) atualmente apenas três civilizações ra. Mas quando pouco mais de dez foram
possuem membros permanentes no mortos em Nairóbi Dar-es-Salaam, o Afe-
Conselho de Segurança. ganistão e o Iraque foram bombardeados
e a hipocresia ficou atrás da cabeça do in-
b) O poder no Conselho de Segurança
fiéis internacionais. Digo a eles que esses
está concentrado em torno de apenas
acontecimentos dividiram o mundo em
dois terços das civilizações citadas pelo
dois campos, o campo dos fiéis e o campo
autor.
dos infiéis.
c) O poder no Conselho de Seguran-
Que Deus nos proteja deles.
ça está desequilibrado, porque seus
membros pertencem apenas à civiliza- (adaptados de O Estado de S. Paulo,
8/10/2001)
ção Ocidental.
d) Existe uma concentração de poder, já Pode-se afirmar que:
que apenas um continente está repre- a) a justificativa das ações militares en-
sentado no Conselho de Segurança. contra sentido apenas nos argumentos
e) O poder está diluído entre as civiliza- de George W. Bush
ções, de forma que apenas a África b) a justificativa das ações militares en-
não possui representante no Conselho contra sentido apenas nos argumentos
de Segurança. de Osama Bin Laden.
22. No dia 7 de outubro de 2001, Estado Uni- c) Ambos apóiam-se num discurso de
dos e Grã-Bretanha declaram guerra ao fundo religioso para justificar o sacrifí-
regime Talibã, no Afeganistão. cio e reivindicar a justiça
Leia trechos das declarações do presiden- d) Ambos tentam associar a noção de
te dos Estado Unidos, George W. Bush, e justiça a valores de ordem política,
Osama Bin Laden, Líder muçulmano, nes- dissociando-a de princípios religiosos.
sa ocasião: e) Ambos tentam separar a noção de jus-
George Bush: tiça das justificativas de ordem religio-
sa, fundamentando-a numa estratégia
Um comandante-chefe envia os filhos e militar.
filhas dos Estados Unidos à Batalha em
território estrangeiro somente depois de 23. Os dados abaixo referem-se à origem do
tomar o maior cuidado e depois de rezar petróleo consumido no Brasil em dois di-
muito. ferentes anos.
Origens do consumo em 1890 Origens do consumo em
Pedimos-lhes que estejam preparados para (em %) 2002(em %)
o sacrifício das próprias vidas. A partir de 100 100
11 de setembro, uma geração inteira de 80 80
60 60
jovens americanos teve uma nova percep- 40 40
ção do valor da liberdade, de seu preço, 20
0
20
0
do seu dever e do seu sacrifício. Que Deus Produção Importação Produção Importação
interna interna
continue a abeçoar os Estados Unidos.
Origens das importações em 1990 Origens das importações em 2002
Osama Bin Laden (milhares de barris) (milhares de barris)

Árabia
Deus abençoou um grupo de vanguarda Saudita
158 Nigéria 114

de muçulmanos, a linha de frente do Islã, Iraque 150 Argélia 77


para destruir os Estados Unidos. Um mi-
46 lhão de crianças foram mortas no Iraque, Irã 100
Árabia
Saudita 60

e para eles isso não é uma questão cla- Catar 37 Iraque 33

Eureka_2006.indb 46 25/2/2008 09:54:31


Analisando os dados, pode-se perceber
que o Brasil adotou determinadas estra-
tégias energéticas, dentre as quais pode-
mos citar:
a) a diminuição das importações dos paí­
ses muçulmanos e redução do consu-
mo interno.
b) A redução da produção nacional e di-
minuição do consumo do petróleo pro-
duzido no Oriente Médio.
c) A redução da produção nacional e o
aumento das compras de petróleo dos
países árabes e africanos.
d) O aumento da produção nacional e re-
dução do consumo de petróleo vindo
dos países do Oriente Médio.
e) O aumento da dependência externa de
petróleo vindo de países mais próxi-
mos do Brasil e redução do consumo
interno.

Anotações

47

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Eureka_2006.indb 47 25/2/2008 09:54:33


QUESTÕES DO ENEM 2004
01. As Olimpíadas são uma oportunidade para Nas últimas cinco Olimpíadas, esse au-
o congraçamento de um grande número mento ocorreu devido ao crescimento da
de países, sem discriminação política ou participação de
racial, ainda que seus resultados possam
a) homens e mulheres, na mesma pro-
refletir características culturais, socioeco-
porção.
nômicas e étnicas. Em 2000, nos jogos
Olímpicos de Sydney, o total de 300 me- b) Homens, pois a de mulheres vem di-
dalhas de ouro conquistadas apresentou a minuindo a cada Olimpíada.
seguinte distribuição entre os 196 países
c) Homens, pois de mulheres pratica-
participantes como mostra o gráfico.
mente não se alterou.
d) Mulheres, pois a de homens vem di-
minuindo a cada Olimpíada.
e) Mulheres, pois a de homens pratica-
mente não se alterou.
EUA Rússia China Austrália Alemanha Outros

Número de medalhas 40 32 28 16 13 171


03. Em 2003, deu-se início às discussões do
Plano Amazônia Sustentável, que rebatiza
o Arco do Desmatamento, uma extensa
Esses resultados mostram que, na distri- faixa que vai de Rondônia ao Maranhão,
buição das medalhas de ouro em 2000, como Arco de Povoamento Adensado, a
a) cada país participante conquistou pelo fim de reconhecer as demandas da po-
menos uma. pulação que vive na região. A Amazônia
Ocidental, em contraste, é considerada
b) Cerca de um terço foi conquistado por
nesse plano como uma área ainda am-
apenas três países.
plamente preservada, na qual se preten-
c) Os cinco países mais populosos obtive- de encontrar alternativas para tirar mais
ram os melhores resultados. renda da floresta em pé do que por meio
do desmatamento. O quadro apresenta
d) Os cinco países mais desenvolvidos
as três macrorregiões e três estratégias
obtiveram os melhores resultados.
que constam do Plano.
e) Cerca de um quarto foi conquistado
pelos Estados Unidos.
02. O número de atletas nas Olimpíadas vem
aumentando nos últimos anos, como mos-
tra o gráfico. Mais de 10.000 atletas par-
ticiparam dos jogos Olímpicos de Sydney,
em 2000.

12000
10624 10321
9421 9364
10000
7802
Números de Atletas

8000 7247
6086
5348 5140 5531 5353 7075 Total
6000
6484 6683 6659 5416
5848 Homens
2705 3905
4000 4750 Mulheres
4238 4457 4634 4265 2438 2705
1299 1251 1088 1498

48
2000
610 683 781

0
1960 1964 1968 1972 1976 1980 1984 1988 1992 1996 2000

Ano

Eureka_2006.indb 48 25/2/2008 09:54:35


Estratégias: c) A cultura do milho teve taxa de cresci-
mento superior à da soja.
I. Pavimentação de rodovias para levar a
soja até o rio Amazonas, por onde será d) As culturas voltadas para o mercado
escoada. mundial decresceram.

II. Apoio à produção de fármacos, extra- e) As culturas voltadas para a produção


tos e couros vegetais. de ração animal não se alteraram.

III. Orientação para a expansão do plantio 05. Em uma fábrica de equipamentos eletrô-
de soja, atraindo os produtores para nicos, cada componente, ao final da linha
áreas já desmatadas e atualmente de montagem, é submetido a um rigoroso
abandonadas. controle de qualidade, que mede o desvio
percentual (D) de seu desempenho em re-
Considerando as características geográfi- lação a um padrão ideal. O fluxograma a
cas da Amazônia, aplicam-se às macror- seguir descreve, passo a passo, os proce-
regiões Amazônia Ocidental, Amazônia dimentos executados por um computador
Central e Arco do Povoamento Adensado, para imprimir um selos em cada compo-
respectivamente, as estratégias nente testado, classificando-o de acordo
a) I, II e III. com o resultado do teste:

b) I, III e II. Início D>5,0% ?


Não
D>3,0% ?
Não
Escolher
a cor D>1,0% ?
Não Escrever
azul “1ª Classe”

c) III, I e II
Sim Sim
Entrar Sim
D Escolher a Escolher a
Escrever Imprimir
cor vermelha cor amarela selo
“2ª Classe”
d) II, I e III. Escrever
“Rejeitado”
Escrever
“3ª Classe”
Fim
e) III, II e I.
04. A produção agrícola brasileira evoluiu, na Os símbolos usados no fluxograma têm os
última década, de forma diferenciada. No seguintes significados:
caso da cultura de grãos, por exemplo,
verifica-se nos últimos anos um cresci- Entrada e saída de dados
mento significativo da produção da soja e
do milho, como mostra o gráfico.
Decisão (testa uma condição, execu-
60 tando operações diferentes caso essa
55
50
Soja Milho Arroz Feijão condição seja verdadeira ou falsa)
Milhões de Toneladas

45
40
35
30 Operação
25
20
15
10
5 Segundo essa rotina, se D= 1,2%, o com-
0
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
ponente receberá um selo com a classifi-
(Ministério de Agricultura e Produção Agropecuária)
cação
a) “Rejeitado”, impresso na cor verme-
Pelos dados do gráfico é possível verificar
lha.
que, no período considerado,
b) “3ª Classe”, impresso na cor amarela.
a) a produção de alimentos básicos dos
brasileiros cresceu muito pouco. c) “3ª Classe”, impresso na cor azul.
b) A produção de feijão foi a maior entre d) “2ª Classe”, impressão na cor azul.
49
as diversas culturas de grãos. e) “1ª Classe”, impresso na cor azul.

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Eureka_2006.indb 49 25/2/2008 09:54:37


06. As “margarinas” e os chamados “cremes 07. Um leitor encontra o seguinte anúncio en-
vegetais” são produtos diferentes, comer- tre os classificados de um jornal:
cializados em embalagens quase idênti-
cas. O consumidor, para diferenciar um VILA DAS FLORES
produto do outro, deve ler com atenção Vende-se terreno plano me-
os dizeres do rótulo, geralmente em letras dindo 200m2. Frente volta-
muito pequenas. As figuras que seguem da para o sol no período da
representam rótulos desses dois produ- manhã.
Fácil acesso.
tos.
(443) 0677-0032

Peso Líquido 550g Interessado no terreno, o leitor vai ao en-


MARGARINA dereço indicado e, lá chegando, observa
66% de Lípidios um painel com a planta a seguir, onde es-
tavam destacados os terrenos ainda não
Valor energético por
vendidos, numerados de I a V:
porção de 10g 59
kcal.
Rua dos Cravos
Peso Líquido 550g
N
MARGARINA VEGETAL
35% de Lípidios III
Valor energético por porção de

Rua das Margaridas


I II
Rua dos Jasmins

Rua das Rosas

10g:32 kcal
Não recomendado para uso culi-
nário

V
IV
Uma função dos lipídios no preparo das
massas alimentícias é torna-las mais ma-
cias. Uma pessoa que, por desatenção, use Rua das Hortências
200g de creme vegetal para preparar uma 0 10 20 m
massa cuja receita pede 200 g de marga-
rina, não obterá a consistência desejada,
pois estará utilizando uma quantidade de Considerando as informações do jornal, é
lipídios que é, em relação à recomendada, possível afirmar que o terreno anunciado
aproximadamente éo
a) o triplo. a) I.
b) o dobro. b) II.
c) a metade. c) III.
d) um terço. d) IV.
e) um quarto. e) V.

50

Eureka_2006.indb 50 25/2/2008 09:54:38


08. Para medir o perfil de um terreno, um mestre-de-obras utilizou duas varas (VI e VII), iguais
e igualmente graduadas em centímetros, às quais foi acoplada uma mangueira plástica
transparente, parcialmente preenchida por água (figura abaixo).
Ele fez 3 medições que permitiram levantar o perfil da linha que contém, em seqüência,
os pontos P1, P2, P3 e P4. Em cada medição, colocou as varas em dois diferentes pontos e
anotou suas leituras na tabela a seguir. A figura representa a primeira medição entre P1 e
P2.
VII

VI
nível de água
na mangueira
239 164
??

(Terreno fora de escala)


P1 P2 P3 P4

VARA I VARA2
PONTO LEITURA LEITURA DIFERENÇA
MEDIÇÃO PONTO
LI (cm) LII (cm) (LI – LII) (cm)

1ª P1 239 P2 164 75
2ª P2 189 P3 214 -25
3ª P3 229 P4 174 55

Ao preencher completamente a tabela, o mestre-de-obras determinou o seguinte perfil


para o terreno:

a) b) c) d) e)

P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4

09. Uma empresa produz tampas circulares de alumínio para tanques cilíndricos a partir de
chapas quadradas de 2 metros, de lado, conforme a figura.
Para 1 tampa grande, a empresa produz 4 tampas médias e 16 tampas pequenas.
GRANDE MÉDIA PEQUEN A
2m

51
2m

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Eureka_2006.indb 51 25/2/2008 09:54:41


As sobras de material da produção diária Instruções: As questões de números 11
das tampas grandes, médias e pequenas e 12 referem-se ao poema abaixo.
dessa empresa são doadas, respectiva-
Brasil
mente, a três entidades: I, II e III, para
efetuarem reciclagem do material. A par- O Zé Pereira chegou de caravela
tir dessas informações pode-se concluir
E preguntou pro guarani da mata virgem
que
– Sois cristão?
a) a entidade I recebe mais material do
que a entidade II. – Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
b) a entidade I recebe metade de mate- Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
rial do que a entidade III. Lá longe a onça resmungava Uu! ua! Uu!
c) a entidade II recebe o dobro de mate- O negro zonzo saído da fornalha
rial do que a entidade III.
Tomou a palavra e respondeu
d) as entidade I e II recebem, juntas,
menos material do que a entidade III. – Sim pela graça de Deus
e) as três entidades recebem iguais quan- Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
tidades de material. E fizeram o Carnaval
10. (Oswald de Andrad)

11. Este texto apresenta uma versão humorís-


tica da formação do Brasil, mostrando-a
como uma junção de elementos diferentes.
Considerando-se esse aspecto, é correto
afirmar que a visão apresentada pelo tex-
to é

A conversa entre Mafalda e seus amigos a) ambígua, pois tanto aponta o caráter
desconjuntado da formação nacional,
a) revela a real dificuldade de entendi- quanto parece sugerir que esse pro-
mento entre posições que pareciam cesso, apesar de tudo, acaba bem.
convergir.
b) Inovadora, pois mostra que as três ra-
b) Desvaloriza a diversidade social e cul- ças formadoras – portugueses, negros
tural e a capacidade de entendimento e índios – pouco contribuíram para a
e respeito entre as pessoas. formação da identidade brasileira.
c) Expressa o predomínio de uma forma c) Moralizante, na medida em que aponta
de pensar e a possibilidade de enten- a precariedade da formação cristã do
dimento entre posições divergentes. Brasil como causa da predominância
d) Ilustra a possibilidade de entendimen- de elementos primitivos e pagãos.
to e de respeito entre as pessoas a d) Preconceituosa, pois critica tanto ín-
partir do debate político de idéias. dios quanto negros, representando de
e) Mostra a preponderância do ponto de modo positivo apenas o elemento eu-
vista masculino nas discussões políti- ropeu, vindo com as caravelas.
cas para superar divergências. e) Negativa, pois retrata a formação do
52 Brasil como incoerente e defeituosa,
resultando em anarquia e falta de se-
riedade.

Eureka_2006.indb 52 25/2/2008 09:54:42


12. A polifonia, variedade de vozes, presente Assunto Modo de apresentar Finalidade
no poema resulta da manifestação do a) caso imagi-
descrição objetiva provocar o riso
a) poeta e do colonizador apenas. nário
b)informação promover refle-
b) colonizador e do negro apenas. narrativa sugestiva
colhida xão
c) negro e do índio apenas. c)informação
descrição objetiva
definir um sen-
colhida timento
d) colonizador, do poeta e do negro ape- d)experiência
nas. narrativa sugestiva provocar o riso
pessoal
e) poeta, do colonizador, do índio e do e)experiência exposição argu­men­ta­ promover refle-
negro. pessoal tiva xão

13. 14. Cândido Portinari (1903-1962), em seu li-


vro Retalhos de Minha Vida de Infância,
O jivaro descreve os pés dos trabalhadores.
Um Sr. Matter, que fez uma viagem de explo- Pés disformes. Pés que podem contar uma
ração à América do Sul, conta a um jornal sua história.Confundiam-se com as pedras e espi-
conversa com um índio jivaro, desses que sa- nhos. Pés semelhantes aos mapas: com mon-
bem reduzir a cabeça de um morto até ela ficar tes e vales, vincos como rios. (...) Pés sofridos
bem pequenina. Queria assistir a uma dessas com muitos e muitos quilômetros de marcha.
operações, e o índio lhe disse que exatamente Pés que só os santos têm..Sobre a terra, difí-
ele tinha contas a acertar com um inimigo. cil era distingui-los. Agarrados ao solo, eram
como alicerces, muitas vezes suportavam ape-
O Sr. Matter:
nas um corpo franzino e doente.
– Não, não! Um homem, não. Faça isso com (Cândido Portinari, Retrospectiva, Catálogo
a cabeça de um macaco. MASP)
E o índio: As fantasias sobre o Novo Mundo, a diversi-
– Porque um macaco? Ele não fez nenhum dade da natureza e do homem americano e a
mal! crítica social foram temas que inspiraram mui-
tos artistas ao longo de nossa História. Dentre
(Rubem Braga)
estas imagens, a que melhor caracteriza a crí-
O assunto de uma crônica pode ser uma tica social contida no texto de Portinari é
experiência pessoal do cronista, uma in-
formação obtida por ele ou um caso ima-
ginário.
O modo de apresentar o assunto também
varia: pode ser uma descrição objetiva,
uma exposição argumentativa ou uma
narrativa sugestiva. Quanto à finalidade
pretendida, pode-se promover uma refle-
xão, definir um sentimento ou tão-somen-
te provocar o riso.
Na crônica O jivaro, escrita a partir da re-
portagem de um jornal, Rubem Braga se
vale dos seguintes elementos:
53

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Eureka_2006.indb 53 25/2/2008 09:54:45


15. O movimento hip hop é tão urbano quan- 16. Nesta tirinha, a personagem faz referên-
to as grandes construções de concreto e cia a uma das mais conhecidas figuras de
as estações de metrô, e cada dia se tor- linguagem para FRANK & ERNEST /Bob
na mais presente nas grandes metrópoles Thoves
mundiais. Nasceu na periferia dos bairros
pobres de Nova Iorque. É formado por
três elementos: a música (o rap), as artes
plásticas (o grafite) e a dança (o break).
No hip-hop os jovens usam as expressões
artísticas como uma forma de resistência
política.
Enraizado nas camadas populares urba-
nas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no a) condenar a prática de exercícios físicos.
mundo com um discurso político a favor
dos excluídos, sobretudo dos negros. Ape- b) Valorizar aspectos da vida moderna.
sar de ser um movimento originário das c) Desestimular o uso das bicicletas.
periferias norte-americanas, não encon-
d) Caracterizar o diálogo entre gerações.
trou barreiras no Brasil, onde se instalou
com certa naturalidade – o que, no en- e) Criticar a falta de perspectiva do pai.
tanto, não significa que o hip-hop brasilei-
ro não tenha sofrido influências locais. O Instruções: As questões de números 17
movimento no Brasil é híbrido: o rap com e 18 referem-se ao poema abaixo.
um pouco de samba, break parecido com
capoeira e grafite de cores muito vivas. Cidade grande

(Adaptado de Ciência e Cultura, 2004) Que beleza, Montes Claros.


Como cresceu Montes Claros.
De acordo com o texto, o hip-hop é
uma manifestação artística tipicamen- Quanta indústria em Montes Claros.
te urbana, que tem como principais Montes Claros cresceu tanto,
características
ficou urbe tão notória,
a) a ênfase nas artes visuais e a defesa
do caráter nacionalista. prima-rica do Rio de Janeiro,

b) A alienação política e a preocupação que já tem cinco favelas


com o conflito de gerações. por enquanto, e mais promete
c) A afirmação dos socialmente excluídos (Carlos Drummond de Andrade)
e a combinação de linguagens.
d) A integração de diferentes classes so- 17. Entre os recursos expressivos empregados
ciais e a exaltação do progresso. no texto, destaca-se a

e) A valorização da natureza e o compro- a) metalinguagem, que consiste em fazer


misso com os ideais norte-america- a linguagem referir-se à própria lin-
nos. guagem.
b) intertextualidade, na qual o texto reto-
ma e reelabora outros textos.

54 c) ironia, que consiste em se dizer o con-


trário do que se pensa, com intenção
crítica.

Eureka_2006.indb 54 25/2/2008 09:54:46


d) denotação, caracterizada peço uso das Comparando-se os dados dos gráficos,
palavras em seu sentido próprio e ob- pode-se concluir que
jetivo.
a) o aumento relativo da população rural
e) prosopopéia, que consiste em perso- é acompanhado pela redução da taxa
nificar coisas inanimadas, atribuindo- de fecundidade.
lhes vida.
b) Quando predominava a população ru-
18. No trecho “Montes Claros cresceu tanto,/ ral, as mulheres tinham em média três
(...), / que já tem cinco favelas”, a pa- vezes menos filhos do que hoje.
lavra que contribui para estabelecer uma
c) A diminuição relativa da população ru-
relação de conseqüência. Dos seguintes
ral coincide com o aumento do número
versos, todos de Carlos Drummond de
de filhos por mulher.
Andrade, apresentam esse mesmo tipo de
relação: d) Quanto mais aumenta o número de
pessoas morando em cidades, maior
a) “Meu Deus, por que me abandonaste
passa a ser a taxa de fecundidade.
/ se sabias que eu não era Deus / se
sabias que eu era fraco.” e) Com a intensificação do processo de
urbanização, o número de filhos por
b) “No meio-dia branco de luz uma voz
mulher tende a ser menor.
que aprendeu / a ninar nos longes da
senzala – e nunca se esqueceu / cha-
Anotações
mava para o café”.
c) “Teus ombros suportam o mundo / e
ele não pesa mais que mão de uma
criança.”
d) “A ausência é um estar em mim. / E
sinto-a, branca, tão pegada, aconche-
gada nos meus braços, / que rio e dan-
ço e invento exclamações alegres.”
e) Penetra surdamente no reino das pala-
vras. / Lá estão os poemas que espe-
ram ser escritos.”

19. Ao longo do século XX, as características


da população brasileira mudaram mui-
to. Os gráficos mostram as alterações na
distribuição da população da cidade e do
campo e na taxa de fecundidade (núme-
ro de filhos por mulher) no período entre
1940 e 2000.
POPULAÇÃO URBANA E RURAL NO BRASIL (%) TAXA DE FECUNDIDADE NO BRASIL
7
100
Urbana Rural 6
80
5
60 4

40 3
2
20
1

0
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000
0
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 55
(IBGE)

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Eureka_2006.indb 55 25/2/2008 09:54:49


QUESTÕES DO ENEM 2005
As questões 1 e 2 referem-se ao poema e) O movimento diretamente ligado ao
psiquismo do indivíduo e, por conse-
A DANÇA E A ALMA qüência, ao seu desenvolvimento inte-
A DANÇA ? Não é movimento, lectual e à sua cultura.
súbito gesto musical. 02. O poema “A Dança e a Alma” é construí­
É concentração, num momento, do com base em contrastes, como “mo-
da humana graça natural. vimento” e “concentração”. Em uma das
estrofes, termo que estabelece contraste
No solo não, no éter pairamos, com solo é:
nele amaríamos ficar.
A dança – não vento nos ramos: a) éter.
seiva, força, perene estar. b) seiva.
c) chão.
Um estar entre o céu e o chão,
novo domínio conquistado, d) paixão.
onde busque nossa paixão
e) ser.
libertar-se por todo lado...
03. Um professor apresentou os mapas abaixo
Onde a alma possa descrever numa aula sobre as implicações da forma-
suas mais divinas parábolas ção das fronteiras no continente africano.
sem fugir à forma do ser,
por sobre o mistério das fábulas.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra com-
pleta. Rio de Janeiro:Aguilar. 1964. p. 366.)

01. A definição de dança, em linguagem de


dicionário, que mais se aproxima do que
está expresso no poema é
a) a mais antiga das artes, servindo como
elemento de comunicação e afirmação
do homem em todos os momentos de
sua existência.
b) A forma de expressão corporal que ul-
trapassa os limites físicos, possibilitando
ao homem a liberação de seu espírito.
c) A manifestação do ser humano, for-
mada por uma seqüência de gestos,
Com base na aula e na observação dos ma-
passos e movimentos desconcertados.
pas, os alunos fizeram três afirmativas:
d) O conjunto organizado de movimentos I. A brutal diferença entre as fronteiras
do corpo, com ritmo determinado por políticas e as fronteiras étnicas no con-
instrumentos musicais, ruídos, cantos, tinente africano aponta para a artifi-
emoções etc. cialidade em uma divisão com objetivo
56 de atender apenas aos interesses da
maior potência capitalista na época da
descolonização.

Eureka_2006.indb 56 25/2/2008 09:54:50


II. As fronteiras políticas jogaram a África sos. Várias são as dietas e os remédios
em uma situação de constante tensão que prometem um emagrecimento rápido
ao desprezar a diversidade étnica e e sem riscos. Há alguns anos foi lança-
cultural, acirrando conflitos entre tribos do no mercado brasileiro um remédio de
rivais. ação diferente dos demais, pois inibe a
ação das lípases, enzimas que aceleram a
III. As fronteira artificiais criadas no con- reação de quebra de gorduras. Sem serem
texto do colonialismo, após os proces- quebradas elas não são absorvidas pelo
sos de independência, fizeram da áfrica intestino, e parte das gorduras ingeridas é
um continente marcado por guerras ci- eliminada com as fezes. Como os lipídios
vis, golpes de estado e conflitos étnicos são altamente energéticos, a pessoa ten-
e religiosos. de a emagrecer. No entanto, esse remé-
É verdadeiro apenas o que se afirma em dio apresenta algumas contra-indicações,
pois a gordura não absorvida lubrifica o
a) I. b) II. c) III.
intestino, causando desagradáveis diar-
d) I e II. e) II e III. réias. Além do mais, podem ocorrer casos
de baixa absorção de vitaminas lipossolú-
04. A situação abordada na tira torna explícita
veis, como as A, D, E e K, pois
a ­contradição entre a
a) essas vitaminas, por serem mais ener-
géticas que as demais, precisam de li-
pídios para sua absorção.
b) A ausência dos lipídios torna a absor-
ção dessas vitaminas desnecessária.
c) Essas vitaminas reagem com o remé-
dio, transformando-se em outras vita-
minas.
a) relações pessoais e o avanço tecnoló- d) As lípases também desdobram as vita-
gico. minas para que essas sejam absorvidas.
b) Inteligência empresarial e a ignorância e) Essas vitaminas se dissolvem nos lipí-
dos cidadãos. dios e só são absorvidas junto com ele.
c) Inclusão digital e a modernização das 06. No gráfico abaixo, mostra-se como variou
empresas. o valor do dólar, em relação ao real, en-
d) Economia neoliberal e a reduzida atua­ tre o final de 2001 e o início de 2005. Por
ção do Estado. exemplo, em janeiro de 2002, um dólar
valia cerca de R$ 2,40.
e) Revolução informática e a exclusão di-
gital. 4.00

05. A obesidade, que nos países desenvolvi- 3.60

dos já é tratada como epidemia, começa 3.20

a preocupar especialistas no Brasil. 2.80

Os últimos dados da Pesquisa de Orça- 2.40

mentos Familiares, realizada entre 2002 e 2.00


2003 pelo IBGE, mostram que 40.6% da 1.60
população brasileira estão acima do peso, 57
1.20
ou seja, 38,8 milhões de adultos. Desse Jan 2002 Jan 2003 Jan 2004 Jan 2005
total, 10,5 milhões são considerados obe-
(Fonte: Banco Central do Brasil.)

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Eureka_2006.indb 57 25/2/2008 09:54:52


Durante esse período, a época em que o 08. Observe o fenômeno indicado na tirinha
real estava mais desvalorizado em relação abaixo.
ao dólar foi no
a) final de 2001. d) Final de 2004. Vou levantar a
garrafa sem puxar o
b) Final de 2002. e) Início de 2005. fio ou o peso...

c) Início de 2003. peso

07. Observe a situação descrita na tirinha


abaixo.

Assim que o menino lança a flecha, há


transformações de um tipo de energia em
outra. A transformação, nesse caso, é de
energia
(Adaptado. Luisa Daou & Francisco Caruso, Tirinhas
a) potencial elástica em energia gravita- de Física, vol. 2, CBPF, Rio de Janeiro, 2000.)
cional.
A força que atua sobre o peso e produz o
b) Gravitacional em energia potencial. deslocamento vertical da garrafa é a força
c) Potencial elástica em energia cinética. a) de inércia. d) centrípeta.
d) Cinética em energia potencial elástica. b) gravitacional. e) elástica.
e) Gravitacional em energia cinética. c) de empuxo.

09.

DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA DA POPULAÇÃO EM ALGUNS PAÍSES (EM %)

Países “maduros” Em transição Países “jovens”

Estados Unidos Suécia Brasil Bangladesh Nigéria

Jovens (até 19 anos) 25,7 19,8 43,2 50,2 55,4

Adultos (de 20até 59 anos) 57,4 56,7 48,5 44,8 40,1


Idosos (60 anos ou mais) 16,9 23,5 8,3 5,0 4,5
(Elaborada a partir de dados do US Bureau of Census. World Population Profile: 1999.)

Os brasileiros tiveram, em junho, o maior tempo de navegação residencial na internet entre


11 países monitorados pelo Ibope/NetRatings: média mensal de 16 horas e 54 minutos por
58 pessoa. O país ficou à frente de nações como a França, Japão, Estados Unidos e Espanha.
(Adaptado. Folha de S. Paulo, 23/07/2005.)

Eureka_2006.indb 58 25/2/2008 09:54:54


Com base na tabela e no texto anterior analise os possíveis motivos para a liderança do
Brasil no tempo de uso da internet.
I. O país tem uma estrutura populacional com maior percentual de jovens do que os países
da Europa e os EUA.
II. O uso de internet em casa se distribui igualmente entre as classes A, B e C, o que de-
monstra iniciativas de inclusão digital.
III. A adesão ao sistema de internet por banda larga ocorre, porque essa tecnologia promo-
ve a mudança de comportamento dos usuários,
Está correto apenas o que se afirma em
a) I. d) I e II.
b) II. e)II e III.
c)III.

Texto para as questões 10 e 11.


Na investigação forense, utiliza-se luminol, uma substância que reage com o ferro presente
na hemoglobina do sangue, produzindo luz que permite visualizar locais contaminados com
pequenas quantidades de sangue, mesmo em superfícies lavadas.
É proposto que, na reação do luminol (l) em meio alcalino, na presença de peróxido de
hidrogênio (ll) e de um metal de transição (Mn+), forma-se o composto 3-amino ftalato (lll)
que sofre uma relaxação dando origem ao produto final da reação (lV), com liberação de
energia (hv) e de gás nitrogênio (N2) .
(Adaptado. Química Nova, 25. nº 6, 2002. pp. 1003-1011.)

I II III IV
NH2 O * NH2 O
NH2 O

NH O O + hv +N2
+ H2O2 + Mn+
NH O O

O O O

Dados: pesos moleculares: Luminol – 177


3 – amino ftalato – 164
10. Na reação do luminol, está ocorrendo o fenômeno de
a) fluorescência, quando espécies excitadas por absorção de uma radiação eletromagnéti-
ca relaxam liberando luz.
b) Incandescência, um processo físico de emissão de luz que transforma energia em ener-
gia luminosa.
c) Quimiluminescência, uma reação química que ocorre com a liberação de energia eletro-
magnética na forma de luz.
d) Fosforescência, em que átomos excitados pela radiação visível sofrem decaimento, 59
emitindo fótons.
e) Fusão nuclear a frio, através de reação química de hidrólise com liberação de energia.
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Eureka_2006.indb 59 25/2/2008 09:54:56


11. Na análise de uma amostra biológica para 12. Das quatro obras reproduzidas, assinale
análise forense, utilizou-se 54 g de lumi- aquelas que abordam a problemática que
nol e peróxido de hidrogênio em excesso, é tema do poema.
obtendo-se um rendimento final de 70%,
a) 1 e 2 b) 1 e 3
Sendo assim, a quantidade do produto fi-
nal (lV) formada na reação foi de c) 2 e 3 d) 3 e 4 e) 2 e 4
a) 123,9. d) 35,0. 13. No texto de Portinari, algumas das pesso-
as descritas provavelmente estão infecta-
b) 114,8. e) 16,2.
das com o verme Schistosoma mansoni.
c) 86,0. Os “homens de enorme ventre bojudo”
corresponderiam aos doentes da chama-
Texto para as questões 12 e 13 da “barriga d’água”.
Cândido Portinari (1903 – 1962), um dos O ciclo de vida do Schistosoma mansoni e
mais importantes artistas brasileiros do as condições sócio-ambientais de um lo-
século XX, tratou de diferentes aspectos cal são fatores determinantes para maior
da nossa realidade em seus quadros. ou menor incidência dessa doença. O au-
mento da incidência da esquistossomose
deve-se à presença de
a) roedores, ao alto índice pluvial e à ine-
xistência de programas de vacinação.
b) Insetos hospedeiros e indivíduos infec-
tados, à inexistência de programas de
vacinação.
c) indivíduos infectados e de hospedeiros
intermediários e à ausência de sanea-
mento básico.
Sobre a temática dos “Retirantes”, Porti- d) mosquitos, a inexistência de progra-
nari também escreveu o seguinte poema: mas de vacinação e à ausência de con-
(...) trole de águas paradas.
Os retirantes vêm vindo com trouxas e e) gatos e de alimentos contaminados, e
embrulhos à ausência de precauções higiênicas.
Vêm das terras secas e escuras. Pedregu-
lhos 14. Analise o quadro acerca da distribuição da mi-
Doloridos como fagulhas de carvão aceso séria no mundo, nos anos de 1987 e 1998.
Mapa da Miséria
Corpos disformes, uns panos sujos, População que vive com menos de US$ 1 por dia (em %)
Região 1987 1990 1993 1996 1998*
Rasgados e sem cor, dependurados Extremo Oriente e
26,6 27,6 25,2 14,9 15,3
Pacífico
Homens de enorme ventre bojudo Europa e Ásia
0,2 1,6 4,0 5,1 5,1
Central
Mulheres com trouxas caídas para o lado América Latina e
15,3 16,8 15,3 15,6 15,6
Caribe
Oriente Médio e
Pançudas, carregando ao colo um garoto Norte da África
4,3 2,4 1,9 1,8 1,9
Sul da Ásia 44,9 44,0 42,4 42,3 40,0
Choramingando, remelento
África Subsaariana 46,6 47,7 49,7 48,5 46,3
(Cândido Portinari. Poemas. Rio de Janeiro: Mundo 28,3 29,0 28,1 24,5 24,0
60 J. Olympio, 1964.) *Preliminar (Fonte: Banco Mundial.) (Adaptado.
Gazeta Mercantil, 17 de outubro de 2001, p. A-6)

Eureka_2006.indb 60 25/2/2008 09:54:58

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