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LEI MUNICIPAL 5530/81

CÓDIGO DE OBRAS E POSTURAS DO MUNICÍPIO


CÁPITULO XLI
SEÇÃO II
DA POLUIÇÃO SONORA
Art. 617 - É proibido perturbar o bem-estar e o sossego público ou da vizinhança com ruídos,
algazarras, barulhos ou sons de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma que ultrapassem os
níveis máximos de intensidade fixados por Lei.

Art. 618 - Os níveis de intensidade do som ou ruídos fixados por Lei atenderão às normas técnicas oficiais e
serão medidos em decibéis (dB) pelo aparelho “Medidor de Nível de Som”, que atenda às recomendações da
EB - 386/74 ABNT.

Art 619 - Nos logradouros públicos serão expressamente proibidos anúncios, pregões ou propaganda
comercial por meio de aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza a produtores ou amplificadores
de som ou de ruídos individuais ou coletivos, tais como:

1. Trompas, apitos, tímpanos, campainhas, buzinas, sinos, sereias, matracas, cornetas, amplificadores, auto falantes, tambores,
fanfarras, banda ou conjuntos musicais.
§1o. Fica proibido, mesmo no interior dos estabelecimentos a utilização de auto falantes, fonógrafos e outros aparelhos
sonoros usados como meio de propaganda, desde que se façam ouvir fora do recinto onde funcionam.
§2o. No interior dos estabelecimentos comerciais especializados no negócio de discos ou de aparelhos sonoros ou musicais, é
permitido o funcionamento desses aparelhos e reprodução de discos, desde que não se propaguem fora do recinto onde
funcionam.

Art. 620 - Nos logradouros públicos é expressamente proibida a queima de morteiros, bombas e foguetes de
artifício em geral.

Art. 621 - Casas de comércio ou locais de diversões públicas, como parques, bares, cafés, restaurantes,
cantinas e boates nas quais haja execução ou reprodução de números musicais por orquestras,
instrumentos musicais isolados ou aparelho de som, deverão ser providos de instalações adequadas de
modo a reduzir aos níveis permitidos nesta Lei a intensidade de suas execuções e reprodução a fim de
não perturbar o sossego da vizinhança.

Art. 622 - Não se compreendem nas proibições desta Lei os ruídos produzidos por:
I-Vozes ou aparelho usado na propaganda eleitoral de acordo com a legislação própria;
II-Sinos de Igreja ou Templo desde que sirvam exclusivamente para indicar as horas, para anunciar a realização de atos ou cultos
religiosos;
III-Bandas de músicas de que em procissões, cortejos ou desfile públicos;
IV-Sirenes ou aparelho de sinalização sonora de ambulâncias, carros de bombeiros ou assemelhados;
V - Manifestações em recintos destinados à prática de esportes, com horário previamente licenciado.

Art. 623 - Nas proximidades de repartições públicas, escolas, hospitais, sanatórios, teatros, tribunais ou de
igreja, nas horas de funcionamento e, permanentemente, para caso de hospitais e sanatórios - ficam
proibidos ruídos, barulhos e rumores, bem como a produção daqueles sons excepcionalmente permitidos
no artigo anterior.

Art. 624 - Somente durante os festejos carnavalescos e de novo e outras festas folclóricas, serão
toleradas, em caráter especial, as manifestações já tradicionais.

Art. 625 - A emissão de sons e ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais,
sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda, obedecerá, no interesse da saúde, da segurança e do
sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta lei e nas normas oficiais vigentes.
Art. 626 - Consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança e ao sossego público, para os fins do artigo
anterior, os sons e ruídos que:
a) Atinja, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível de som de mais de 10 (dez) decibéis - (dB) (a), acima
do ruído de fundo existente no local, sem tráfego;
b) Independente de ruído de fundo, atinjam no ambiente exterior do recinto em que tem origem mais de 70 (setenta)
decibéis durante o dia e 60 (sessenta) decibéis - (dB) (a) durante a noite;
c) Alcancem no interior do recinto em que são produzidos níveis de som superiores aos considerados aceitáveis pela norma NB -
95 da associação brasileira de normas técnicas - ABNT ou das que lhe sucederem.

Art. 627 - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações, para atividades
heterogêneas, o nível de som produzido por uma delas não poderá ultrapassar os níveis estabelecidos pela
norma NB - 95, da ABNT, ou das que lhe sucederem.

Art. 628 - A emissão de ruídos e sons produzidos por veículos automotores, e os produzidos no interior dos
ambientes de trabalho, obedecerão às normas expedidas, respectivamente, pelo Conselho Nacional de
Trânsito.

Art. 629 - Para a medição dos níveis de som considerados na presente lei, o aparelho medidor de nível de
som, conectado à resposta lenta, deverá estar com o microfone afastado, no mínimo, de 1,50m (hum metro e
cinqüenta centímetros) da divisa do imóvel que contém a fonte de som e ruído, e à altura de 1,20m (hum
metro e vinte centímetros) do solo.

Art. 630 - O microfone do aparelho medidor de nível de som deverá estar sempre afastado, no mínimo, de
1,20 (um metro e vinte centímetros) de quaisquer obstáculos, bem como guarnecido com tela de vento.

Art. 631 - Todos os níveis de som são referidos à curva de ponderação (a) dos aparelhos medidores, inclusive
os mencionados na NB - 95, da ABNT.

CÓDIGO DE OBRAS E POSTURA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA


CAPÍTULO XLVII DA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO
E DA INDÚSTRIA
Seção I
DA LICENÇA DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, INDUSTRIAIS E DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS
Art. 699 - Os estabelecimentos comerciais, industriais, prestadores de serviços e entidades associativas
só poderão instalar-se ou iniciar suas atividades com prévio Alvará de Funcionamento, expedido pela
Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente.

Parágrafo único - O alvará de que trata este artigo será concedido após o pagamento da Taxa de Licença de
Funcionamento, nos termos da Legislação Tributária do Município.

Art. 700 - A instalação, localização e funcionamento dos diversos estabelecimentos, de que trata o artigo
anterior, deverão atender às exigências da Legislação de Uso e Ocupação do Solo e vigentes.

Art. 702 - Concedido o Alvará de Funcionamento, o proprietário, arrendatário ou locatário do


estabelecimento o afixará em local visível e de fácil acesso, ou o exibirá à autoridade competente sempre
que esta o exigir.

Art. 703 - Quando ocorrer mudança de endereço do estabelecimento, alteração de área ou razão social que
modifique a qualidade da atividade econômica, far-se-á nova solicitação de Alvará de Funcionamento,
cabendo ao órgão competente verificar, antes de sua expedição, se a localização e o funcionamento satisfazem
as exigências da legislação vigente.

Parágrafo único - Na hipótese prevista no "caput" deste artigo efetuar-se-á cobrança da respectiva taxa.

Art. 705 - O Alvará de Funcionamento poderá ser cassado:


I.Quando se tratar de atividade contrária aquela requerida e especificada na competente licença;
II. Como medida preventiva, a bem da higiene, da moral, segurança, sossego e bem-estar públicos;
III. Quando o licenciado se negar a exibí-lo à autoridade competente.

Art. 706 - Cassada a licença, o estabelecimento será imediatamente fechado, e, se for necessário, poderá
usar-se a colaboração policial, para sua efetivação.

Art. 707 - Poderá ser igualmente fechado aquele estabelecimento que exercer atividades clandestinas,
sem o competente Alvará de Funcionamento, e em desacordo com a Legislação de Uso e Ocupação do
Solo e Código de Saúde e com as exigências da Legislação Federal e Estadual".

DA LICENÇA DO COMÉRCIO AMBULANTE E FEIRAS LIVRES

Art. 708 - O exercício do comércio ambulante, caracterizado através da comercialização ou exposição


de produtos como cigarros, livros, revistas, bombons, sorvetes, sanduíches, refrescos, pipocas e outros
produtos congêneres, bem como a venda ou exposição de carnes de sorteio, loterias e ingressos, depende
de licença prévia, a título precário, a ser concedida, de acordo com as normas vigentes, pelo órgão
municipal competente.
§ 1º - A licença para o exercício do comércio ambulante não poderá ser concedida por prazo superior a 180 (cento e oitenta)
dias, podendo ser renovada, a juízo do órgão competente da Prefeitura.
§ 2º - Para o exercício do comércio ambulante, o vendedor deverá ser portador de carteira de saúde devidamente atualizada.

Art. 709 - A localização do comércio ambulante, de que trata o artigo anterior, será determinada pela
Prefeitura, sem prejuízo do tráfego, trânsito, circulação e segurança dos pedestres e conservação e preservação
paisagística dos logradouros públicos.

Art. 711 - Não será permitido ao vendedor ou expositor estacionar ou localizar-se nas mediações de
instituições religiosas, hospitalares, educacionais, militares, bancárias e repartições públicas.

LEI 8097 DE 02 DE DEZEMBRO DE 1997


Dispõe sobre medidas de combate a poluição
sonora e dá outras providências.
Art. 1o. - É vedada a emissão de sons de quaisquer espécies, produzidos por quaisquer meios, que
perturbem o bem-estar e sossego público;

Art. 2o. - O nível máximo de som permitido à máquinas, motores, compressores e geradores
estacionários é de cinqüenta e cinco decibéis medidos na escala de compensação A (55dBA) no período
diurno das 07 às 18h(sete às dezoito horas) e de cinqüenta decibéis medidos na escala de compensação
A (50dBA) no período noturno, das 18 às 7h(dezoito às sete horas), em quaisquer pontos a partir dos
limites do imóvel onde se encontrar a fonte emissora ou no ponto de maior nível de intensidade no
recinto receptor.

Art. 3o. - O nível máximo de som permitido a alto falantes, rádios, orquestras, instrumentos isolados,
bandas, aparelhos ou utensílios sonoros de qualquer natureza usados em residências, estabelecimentos
comerciais e de diversões públicas, festivais esportivos, comemorações e atividades congêneres passa a
ser de setenta decibéis na escala de compensação A(70dBA) no período diurno de 6:00 às 22:00hs,
medidos a 2,0m dos limites do imóvel onde se encontra a fonte emissora. No horário, noturno
compreendido entre 22:00 e 6:00h, o nível máximo de som é de sessenta decibéis na escala de
compensação A(60dBA), medidos a 2,0m dos limites do imóvel onde se encontrar a fonte emissora,
sendo o nível máximo de 55dBA, medidos dentro do limite do imóvel onde dá o incômodo.

Parágrafo Único - Executam-se do disposto no caput deste artigo dos templos religiosos.

Art. 4o. Quando da realização de eventos que utilizam equipamentos sonoros, tais como carnaval, pré-
carnaval e similares, os responsáveis estão obrigados a acordarem, previamente como o órgão
relacionado com à política municipal do meio ambiente quanto aos limites de emissão de sons.
§ 1o. A desobediência do disposto no caput deste artigo implicará na cominação das penalidades previstas pela legislação.
§ 2o. O horário máximo de realização das atividades que utilizem equipamento sonoro, com seus respectivos
parâmetros de emissão sonora, fica estipulado até 2:00h, sendo obrigada a realização de consulta à população da área
nos casos em que for necessária ultrapassar o limite de horário fixado.

Art. 5o. Para prevenir a poluição sonora, o município disciplinará o horário de funcionamento noturno
das construções, condicionando a admissão de obras de construção civil aos domingos e feriados desde
que satisfeitas as seguintes condições:
I - Obtenção de alvará de licença especial, com discriminação de horários e tipos de serviços que poderão ser executados.
II - Observância dos níveis de som estabelecidos nesta lei.

Art. 6o. Excepcionam-se, para os efeitos desta lei, os sons produzidos na forma dos elencados no artigo 622 e
incisos da Lei n o. 5530/81.

Art. 7o. Não será expedido Alvará de Funcionamento sem que seja realizada vistoria no
estabelecimento pe órgão municipal responsável pela política de meio ambiente, para que fique
registrada sua adequação para emissão de sons provenientes de quaisquer fontes, limitando a passagem
sonora para o exterior.

Parágrafo Único - Os estabelecimentos vistoriados e considerados adequados receberão autorização


especial de utilização sonora.
Art. 8o. - A autorização especial de utilização sonora será emitida pelo órgão responsável pela política
de meio ambiente, e terá prazo de validade de 02(dois) anos, podendo ser renovado se atendidos os
requisitos legais.

Art 9o. - Caberá ao órgão competente a vistoria e fiscalização do disposto nesta lei, no âmbito de sua
atribuição, observando-se que:

I - Os estabelecimentos que estiverem utilizando equipamentos sonoros sem a devida autorização especial de
utilização sonora, serão assim penalizados:
a) na primeira autuação advertência para, em 5 dias úteis, fazer cessar a irregularidade adequando-se aos dispositivos desta
lei;

b) na segunda autuação suspensão das atividades, apreensão da aparelhagem e multa de 80 UFMF’s;


c) na terceira autuação será feita a cassação do Alvará de Funcionamento.

II - Os estabelecimentos que estiverem funcionando com nível acústico acima dos limites permitidos por esta
lei, ainda que possuam autorização especial de utilização sonora:
a) na primeira autuação com multa de 80 UFMF’s e advertência para que se adeqüe
em 5 dias para cessar a irregularidade.
b) na segunda atuação com multa de 120 UFMF's e persistindo a irregularidade num período superior a 30 dias, cassação da
autorização especial de utilização sonora;
c) na terceira autuação cassação do Alvará de Funcionamento.

Art. 10 - O infrator poderá apresentar um único recurso ao órgão responsável pele política do meio ambiente,
no prazo de 15 dias após receber a notificação.

Art. 11 Qualquer munícipe poderá formular ao órgão responsável pela política do meio ambiente denúncia de
desatendimento ás normas da legislação do combate à poluição sonora.

Parágrafo único - Recebida a informação, o órgão responsável pela política do meio ambiente deverá tomar
providências necessárias para a sua imediata apuração e aplicação das penalidades cabíveis.

CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1 o Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de


significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente;

PORTARIA MINTER Nº 92, de 19 de junho de 1980

"Estabelece padrões, critérios e diretrizes relativos a emissão de sons e ruídos."

O Ministério de Estado do Interior, acolhendo proposta do Secretário do Meio Ambiente, no uso das atribuições
conferidas pelo art. 4°, do Decreto n° 73.030, de 30 de outubro de 1973;

Considerando que os problemas dos níveis excessivos de sons e ruídos estão incluídos entre os sujeitos ao Controle da
Poluição do Meio ambiente;

Considerando que a deterioração da qualidade de vida, causada pela poluição sonora, está sendo continuamente agravada
nos grandes centros urbanos;

Considerando que os malefícios causados à saúde, por ruídos e sons, está acima do suportável pelo ouvido humano;

Considerando que a fixação dos critérios e padrões necessários a controle dos níveis de som depende de inúmeros fatores,
entre os quais, exigências e condicionamentos humanos, fontes geradoras características do agente provocador, locais e
áreas de medição, distribuição, hora e freqüência da ocorrência;

Considerando a grande extensão territorial brasileira, a haterogeneidade dos municípios brasileiros, possuidores de
situações diferenciadas de usos e costumes;

Considerando que os critérios e padrões deverão ser abrangentes e de forma a permitir fácil aplicação em todo o território
nacional:

RESOLVE:

I - A emissão de sons e ruídos em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou


recreativas, inclusive as de propagandas, obedecerá no interesse da saúde, da segurança e do sossego público, aos
padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta Portaria.

II - Consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança e ao sossego público, para os fins do item anterior, os sons e
ruídos que:

a) atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível de sons de mais de 10 (dez) decibéis - dB (A),
acima do ruído de fundo existente no local de tráfego;

b) independentemente de ruído de fundo, atinjam no ambiente exterior do recinto em que tem origem mais de 70
(setenta) decibéis - dB (A), durante o dia, e 60 (sessenta) decibéis - dB (A), durante a noite;

c) alcancem, no interior do recinto em que são produzidos, níveis de som superiores aos considerados aceitáveis pela
Norma NB-95, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou das que sucederem.

III - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações para atividades heterogêneas, o nível de som
produzido por uma delas não poderá ultrapassar os níveis estabelecidos pela Norma NB-95, da ABNT, ou das que lhe
sucederem.

IV - A emissão de ruídos e sons produzidos por veículos automotores, e os produzidos no interior dos ambientes de
trabalho, obedecerão às normas expedidas, respectivamente, pelo Conselho Nacional de Transito - CONTRAN e
pelo órgão competente do Ministrado do Trabalho.

V - As entidades e órgãos federais, estaduais e municipais, competentes, no uso do respectivo poder de polícia,
disporão, de acordo com o estabelecido nessa Portaria, sobre a emissão ou proibição de emissão de sons e ruídos
produzidos por quaisquer meios ou de qualquer espécie, considerando sempre os locais, horários e a natureza das
atividades emissoras, com vistas a compatibilizar o exercício da atividade com a preservação da saúde, da
segurança e do sossego público.

VI - Todas as normas reguladoras de poluição sonora, emitidas a partir da presente data, deverão ser compatibilizadas com
a presente Portaria e encaminhadas à SEMA.

VII - Para os efeitos desta Portaria, as medições deverão ser efetuadas com Aparelho Medidor de Nível de Som que
atenda às recomendações da EB 386/74, da ABNT, ou das que lhe sucederem.

VIII - Para a medição dos níveis de som considerados na presente Portaria, o aparelho medidor de nível de som, conectado
à resposta lenta, deverá estar com o microfone afastado, ao mínimo, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) da
divisa do imóvel que contém a fonte de som e ruído, e à altura de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) do solo.

IX - O microfone do aparelho medidor de nível de som deverá estar sempre afastado, no mínimo, de 1,20 m (um metro e
vinte centímetros) de quaisquer obstáculos bem como guarnecido com tela de vento.

X - Todos os níveis de som são referidos à curva de ponderação (A) dos aparelhos medidores, inclusive os mencionados
na NB-95, da ABNT.

LEI FEDERAL Nº 9.605, DE FEVEREIRO DE 1998


Crimes Ambientais
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstas nesta Lei, incide nas
penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o
membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa
jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia
agir para evitá-la.

Art. 3º. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o
disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras
ou partícipes do mesmo fato.

Art. 4º. Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o
disposto no art. 3º, são:
I. Multa;
II. Restritivas de direitos;
III. Prestação de serviços à comunidade.
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:
I. Suspensão parcial ou total de atividades;
II. Interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;
III. Proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou
doações.

§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições
legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando
sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal
ou regulamentar.
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações
não poderá exceder o prazo de dez anos.
CAPíTULO V
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
SEÇÃO III
Da Poluição e outros Crimes Ambientais
Art 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos
à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º. Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
§ 2º. Se o crime:
I. Tomar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;
II. Causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das
áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
III. Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma
comunidade;
IV. Dificultar ou impedir o uso público das praias;
V. Ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias
oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 3º. Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o
exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou
irreversível.

Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas:
I. De um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral;
II. De um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem;
III. Até o dobro, se resultar a morte de outrem.
Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do fato não resultar crime
mais grave.

Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território
nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização
dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

Pena - detenção, de um a seis meses ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de
seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico,
etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a
concedida:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

SEÇÃO V
Dos Crimes contra a Administração Ambiental

Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar
informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento
ambiental:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as
normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autorizativo
do Poder Público:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante
interesse ambiental:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo da multa.

Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

CAPíTULO VI
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras
jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
§ 1º. São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo
administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das
Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
§ 2º. Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades
relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia.
§ 3º. A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a
sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade.
§ 4º. As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito
de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.
Art 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º:
I. Advertência;
II. Multa simples;
III. Multa diária;
IV. Embargo de obra ou atividade;
V. Demolição de obra;
VI. Suspensão parcial ou total de atividades;
VII.Restritiva de direitos.
§ 1º. Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente,
as sanções a elas cominadas.

§ 2º. A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação em vigor, ou de
preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo.

§ 3º. A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:
I. Advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo
assinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do
Ministério da Marinha;
II. Opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do
Ministério da Marinha.

§ 4º. A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade
do meio ambiente.
§ 5º. A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.
§ 6º. A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput obedecerão ao disposto no art. 25 desta
Lei.
§ 7º. As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a obra, a atividade
ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regulamentares.
§ 8º. As sanções restritivas de direito são:

I. Suspensão de registro, licença ou autorização;


II.Cancelamento de registro, licença ou autorização;
III.
Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;
IV.Perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de
crédito;
V. Proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.

Decreto Lei das Contravenções Penais - 3.688 / 1941


Parte Especial
Capítulo IV
Das Contravenções Referentes à Paz Pública

Art. 42 - Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios:

I - com gritaria ou algazarra;


II - exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;
III - abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV - provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem guarda:

Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.


Código de Trânsito Brasileiro. LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou freqüência que não sejam autorizados
pelo CONTRAN:

Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.

Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o
sossego público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:

Infração - média;

Penalidade - multa e apreensão do veículo;

Medida administrativa - remoção do veículo.

CÓDIGO CIVIL DE 2003


LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
CAPÍTULO V
Dos Direitos de Vizinhança
Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências
prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade
vizinha.

Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do


prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos
moradores da vizinhança.

CÓDIGO PENAL
DECRETO LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940.
TÍTULO IV
DO CONCURSO DE PESSOAS

Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade.

Resolução CONAMA nº 1 de 08/03/90 - Estabelece critérios, padrões, diretrizes e


normas reguladoras da poluição sonora.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe confere o Inciso I, do § 2º, do Art 8º
do seu Regimento Interno, o Art 1o da Lei 7.804 de I5 de julho de 1989, e

Considerando que os problemas dos níveis excessivos de ruído estão incluídos entre os sujeitos ao Controle da Poluição de Meio
Ambiente;

Considerando que a deterioração da qualidade de vida, causada pela poluição, está sendo continuamente agravada nos grandes centros
urbanos;

Considerando que os critérios e padrões deverão ser abrangentes e de forma a permitir fácil aplicação em todo o Território Nacional,
RESOLVE:

I - A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda
política. Obedecerá, no interesse da saúde, do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta Resolução.

II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do item anterior aos ruídos com níveis superiores aos considerados
aceitáveis pela norma NBR 10.152 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

III - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações para atividades heterogêneas, o nível de som produzido por
uma delas não poderá ultrapassar os níveis estabelecidos pela NBR l0.152 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto
da comunidade, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

IV - A emissão de ruídos produzidos por veículos automotores e os produzidos no interior dos ambientes de trabalho, obedecerão às
normas expedidas, respectivamente, pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, e pelo órgão competente do Ministério do
Trabalho.

V - As entidades e órgãos públicos (federais, estaduais e municipais) competentes, no uso do respectivo poder de política, disporão de
acordo com o estabelecido nesta Resolução, sobre a emissão ou proibição da emissão de ruídos produzidos por qualquer meios ou de
qualquer espécie, considerando sempre os local, horários e a natureza das atividades emissoras, com vistas a compatibilizar o exercício
das atividades com a preservação da saúde e do sossego público.

VI - Para os efeitos desta Resolução, as medições deverão ser efetuadas de acordo com a NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em Áreas
Habitadas visando o conforto da comunidade, da ABNT.

VII - Todas as normas reguladoras da poluição sonora, emitidas a partir da presente data, deverão ser compatibilizadas com a presente
Resolução.

VIII - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Resolução CONAMA nº 2/90 de 08/03/90 - Estabelece normas, métodos e ações para


controlar o ruído excessivo que possa interferir na saúde e bem-estar da população.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso I, do § 2º, do Art. 8º
do seu Regimento Interno e inciso I, do Art. 8º, da Lei 6.938 de 31 de agosto de I981, e
Considerando que os problemas de poluição sonora agravam-se ao longo do tempo, nas áreas urbanas, e que som em excesso é uma séria
ameaça a saúde, ao bem-estar público e a qualidade de vida;

Considerando que o homem cada vez mais vem sendo submetido a condições sonoras agressivas no seu Meio Ambiente, e que este tem o
direito garantido de conforto ambiental;

Considerando que o crescimento demográfico descontrolado, ocorrido nos centros urbanos acarretam uma concentração de diversos tipos
de fontes de poluição sonora;

Considerando que é fundamental o estabelecimento de normas, métodos e ações para controlar o ruído excessivo que possa interferir na
saúde e bem-estar da população, RESOLVE:

Art 1º - Instituir em caráter nacional o programa Nacional. Educação e Controle da Poluição Sonora - "SILÊNCIO" com os objetivos de:

a) Promover cursos técnicos para capacitar pessoal e controlar os problemas de poluição sonora nos órgãos de meio ambiente estaduais e
municipais em todo o país;

b) Divulgar junto à população, através dos meios de comunicação disponíveis, matéria educativa e conscientizadora dos efeitos
prejudiciais causados pelo excesso de ruído.

c) Introduzir o tema "poluição sonora" nos cursos secundários da rede oficial e privada de ensino, através de um Programa de
Educação Nacional;

d) Incentivar a fabricação e uso de máquinas, motores, equipamentos e dispositivos com menor intensidade de ruído quando de sua
utilização na indústria, veículos em geral, construção civil, utilidades domésticas, etc.

e) Incentivar a capacitação de recursos humanos e apoio técnico e logístico dentro da política civil e militar para receber denúncias e
tomar providências de combate para receber denúncias e tomar providências de combate a poluição sonora urbana em todo o Território
Nacional;

f) Estabelecer convênios, contratos e atividades afins com órgãos e entidades que, direta ou indiretamente, possa contribuir para o
desenvolvimento do Programa SILÊNCIO.

Art. 2º - O Programa SILÊNCIO, será coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA e deverá contar com a participação de Ministérios do Poder Executivo, órgãos estaduais e municipais de meio ambiente, e
demais entidades interessadas.

Art. 3º - Disposições Gerais


. Compete ao IBAMA a coordenação do Programa SILÊNCIO;
. Compete aos Estados e Municípios o estabelecimento e implementação dos programas estaduais de educação e controle da
poluição sonora, em conformidade com o estabelecido no Programa SILÊNCIO;
. Compete aos Estados e Municípios a definição das sub-regiões e áreas de implementação prevista no Programa SILÊNCIO;
. Sempre que necessário, os limites máximos de emissão poderão ter valores mais rígidos fixados a nível Estadual e Municipal.
. Em qualquer tempo este Programa estará sujeito a revisão tendo em vista a necessidade de atendimento a qualidade ambiental
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Resolução CONAMA nº 20/94 de 07/12/94 - Institui o Selo Ruído como forma de
indicação do nível de potência sonora medido em decibel, dB(A), de uso obrigatório a partir deste
Resolução para aparelhos eletrodomésticos, que venham a ser produzidos, importados e que gerem
ruído no seu funcionamento.
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei no. 6.938, de
31 de agosto de 1981, alterada pela Lei n o. 8.028, de 12 de abril de 1990, regulamentadas pelo Decreto n o. 99.274, de 06 de junho de
1990, e Lei no. 8.746, de 09 de dezembro de 1993, considerando o disposto na Lei no. 8.490, de 19 de novembro de 1992, e tendo em vista
o disposto em seu Regimento Interno, e

Considerando que o ruído excessivo causa prejuízo à saúde física e mental, afetando particularmente a audição;

Considerando que o homem em seu meio ambiente vem sendo, cada vez mais, submetido a condições sonoras adversas;

Considerando que dentre outras máquinas, motores, equipamentos e dispositivos, os aparelhos eletrodomésticos são de amplo uso pela
população;

Considerando que a utilização de tecnologias adequadas e conhecidas permite atender às necessidades de redução de níveis de ruído; e

Considerando os objetivos do Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora - SILÊNCIO, resolve:

Art. 1º Instituir o Selo Ruído, como forma de indicação do nível de potência sonora, medido em decibel - dB (A), de uso obrigatório a
partir desta Resolução para aparelhos eletrodomésticos, que venham a ser produzido, importados e que gerem ruído no seu
funcionamento.

Parágrafo único. Para efeito desta Resolução, aparelho eletrodoméstico é aparelho elétrico projetado para utilização residencial ou
semelhante, conforme definição da NBR 6514.
Art. 2º Os ensaios para medição dos níveis de potência sonora, para fins desta Resolução, deverão ser realizados exclusivamente por
laboratórios devidamente credenciados, conforme as normas internacionais da ISO 4871 e suas referências ou de acordo com normas
nacionais que venham a ser adotadas.
Art. 3º O fabricante de eletrodoméstico ou seu representante legal e importador deverão solicitar ao Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA a obtenção do Selo Ruído para toda sua linha de fabricação, encaminhando,
para tanto, a relação completa de seus modelos.
Art. 4º O fabricante do eletrodoméstico, seu representante legal e importador são responsáveis pela realização dos ensaios exigidos
devendo manter arquivo atualizado e permanente com todas as medições dos aparelhos e modelos comercializados, em versão original ou
modificados.

Art. 5º O Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia legal - MMA, com o assessoramento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA regulamentará no prazo de 90 (noventa) dias o disposto nesta Resolução, cabendo ao
Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, promover a organização e implantação do Selo
Ruído, na forma desta Resolução.

Art. 6º O não atendimento ao estabelecido nesta Resolução sujeita os infratores às penalidades previstas na Lei 6.938, de 31/08/81, com
redação dada pela Lei 7.804, de 18/07/89.

Acústica - Avaliação do ruído ambiente em


recintos de edificações visando o conforto dos
usuários - Procedimento
Origem: NBR 10152:1987 e errata de Junho 1992 CB-02- Comitê Brasileiro de
Construção Civil CE-02:135.01 - Comissão de Estudo de Desempenho Acústico
de Edificações 02:135.01-004 - Acoustics - Accceptable noise levels in rooms
inside buildings. Descriptors: Acoustics. Acoustic measurements. Esta Norma é
prevista para substituir a NBR 10152:1987

SUMÁRIO
Prefácio
1. Objetivo
2. Referências normativas
3. Definições
4. Equipamentos de medição
5. Procedimentos de medição
6. Avaliação do ruído

Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros ( CB ) e dos Organismos de Normalização
Setorial ( ONS ), são elaboradas por Comissões de Estudo ( CE ), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros ( universidades, laboratórios e outros ).
Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os
associados da ABNT e demais interessados.
O anexo A é de caráter normativo.

1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído ambiente num determinado recinto
de uma edificação.

1.2 Esta Norma especifica o método de medição e os intervalos em que devem se situar os níveis de ruído, conforme a
finalidade mais característica de utilização do recinto.
NOTA) O método de avaliação envolve medições do Nível de Pressão Sonora Equivalente L Aeq; em decibels
ponderados em “A”, comumente chamado dB(A).

1.3 Esta Norma não se aplica à:


a) avaliação de riscos de perda de audição em decorrência do excesso de ruído.
NOTA 1) A esse respeito existe legislação específica do Ministério do Trabalho.
b) avaliação de ruído de vizinhança provocado por fontes passíveis de regularização.
NOTA 2) A esse respeito existem exigências específicas indicadas nas Referências Normativas
c) medição de ruído com caráter impulsivo, ou ruído com componentes tonais, produzido no próprio
recinto, ou oriundo de recinto contíguo.
d) à medição de ruído de ar condicionado.
NOTA 3) A esse respeito, existem exigências específicas indicadas nas Referências Normativas.

2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma Brasileira. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a
revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as
edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das Normas Brasileiras em vigor em um
dado momento.

IEC 60651:1979 - Sound level meters


IEC 60804:1985 - Integrated averaging sound level meters
IEC 60942 :1988 - Sound calibrators
NBR 10151:1999- Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade
NBR 6401:1980 - Instalações centrais de ar condicionado para conforto - Parâmetros básicos de projeto.

3 Definições
Para os efeitos desta Norma aplicam-se as seguintes definições:
3.1 nível de pressão sonora equivalente, LAeq, em dB(A): É o nível que, na hipótese de poder ser mantido constante
durante o período de medição, acumularia a mesma quantidade de energia acústica que os diversos níveis variáveis
acumulam no mesmo período.

3.2 nível de ruído ambiente Lra: É o nível de pressão sonora equivalente, em dB(A), no local e horário considerados, na
ausência do ruído gerado por fonte sonora interferente.

3.3 fonte sonora interferente: É a de ocorrência alheia, ou temporária, em relação à finalidade mais característica de
utilização do recinto em que se avalia o ruído ambiente.

3.4 ruído com caráter impulsivo: É todo ruído que contém impulsos, que são picos de energia acústica, com duração
menor do que um segundo e que se repete a intervalos maiores do que um segundo.

3.5 ruído com componentes tonais: É o ruído que contém sibilos, chiados, zumbidos ou rangidos.

4 Equipamentos de medição
4.1 Medidor de nível sonoro
O medidor de nível de pressão sonora, ou o sistema de medição, deve atender às especificações da norma IEC 60651 para
tipo 0, tipo 1, ou tipo 2.
Recomenda-se que o equipamento possua recursos para medição de nível de pressão sonora equivalente, em dB(A),
conforme IEC 60804.

4.2 Calibrador acústico


O calibrador acústico deve atender às especificações da norma IEC 60942, devendo ser classe 2, ou superior.

4.3 Calibração e ajuste dos instrumentos


O medidor de nível de pressão sonora e o calibrador acústico devem ter certificado de calibração da Rede Brasileira de
Calibração (RBC) ou do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), renovado,
no mínimo, a cada dois anos.

Uma verificação e eventual ajuste do medidor de nível de pressão sonora, ou do sistema de medição, deve ser realizada
pelo operador do equipamento, com o calibrador acústico, imediatamente antes e após cada medição, ou conjunto de
medições relativas ao mesmo evento.

5 Procedimentos de medição
5.1 Condições gerais
Não deve ser efetuada medição de nível de ruído ambiente, num recinto de
edificação, na existência de fontes sonoras interferentes.

Todos os valores medidos do nível de pressão sonora, devem ser aproximados ao


valor inteiro mais próximo.

5.2 Condições específicas


As medições devem ser efetuadas a uma distância de, no mínimo, 1,0 m de
quaisquer superfícies como paredes, teto, piso e móveis.

O Nível de Ruído Ambiente Lra deve ser o resultado da média aritmética dos valores
medidos em, pelo menos, três posições distintas, sempre que possível, afastadas
entre si de, pelo menos, 0,5m.

Caso o equipamento não execute medição automática do LAeq, deve ser utilizado o procedimento contido no
Anexo A.

6 Avaliação do ruído

A avaliação do Nível de Ruído Ambiente Lra é feita por comparação com os valores indicados na Tabela 1.
\Tabela 1
Tabela 1: Intervalos apropriados para o Nível de Ruído Ambiente Lra, em dB(A),
num recinto de edificação, conforme a finalidade mais característica de utilização
desse recinto.

Tipo de recinto Nível de ruído ambiente Lra


em dB(A)
Academias de ginástica (procure pelo tipo de recinto específico da academia)
Anfiteatros para esportes, shows, e cultos religiosos (sem ocupação) 40 - 55
Auditórios para música sinfônica e ópera (sem ocupação) ≤ 25
Auditório para palestras (sem ocupação) 30-40
Auditórios (outros/sem ocupação) 25-35
Berçários e creches (sem ocupação) 30-40
Bibliotecas 35-45
Cinemas (sem ocupação) 30-40
Clínicas (procure pelo tipo de recinto da clínica)
Clubes (procure pelo tipo de recinto do clube)
Consultórios de fonoaudiologia (sem ocupação) ≤ 30
Consultórios de psicoterapia (sem ocupação) ≤ 35
Consultórios médicos e dentários (sem ocupação) 35-45
Enfermarias em hospitais 35-45
Escolas (procure pelo recinto escolar específico)
Escritórios para projeto 40-50
Escritórios privativos (sem ocupação) 35-45
Escritórios de atividades diversas 45-55
Estúdios grandes para rádio, TV e gravação (sem ocupação) ≤ 30
Estúdios pequenos para rádio, TV e gravação (sem ocupação) ≤ 35
Ginásios para esporte (procure “Anfiteatros para esporte”)
Hospitais (procure pelo recinto hospitalar específico)
Hotéis (procure pelo tipo do recinto do hotel)
Igrejas (sem ocupação) ≤ 40
Laboratórios 45-55
Lojas de departamentos e lojas em shopping center 40-50
Lojas de promoções 50-60
Lojas de eletrodomésticos 55-65
Museus (sem ocupação) ≤ 40
Quartos em apartamentos residenciais e em hotéis (sem ocupação) 30-40
Quartos em hospitais 35-45
Restaurantes intimistas 35-45
Restaurantes populares 50-60
Restaurantes (outros), refeitórios, cantinas e lanchonetes 40-50
Saguões de aeroportos, estações rodoviárias, metroviárias e ferroviárias 50-60
Saguões em geral 45-55
Salas de aula (sem ocupação) 35-45
Salas de dança e ginástica rítmica em academias (sem ocupação) 40-50
Salas de espera 40-50
Salas de estar em residências (sem ocupação) 35-45
Salas de jogos carteados 35-45
Salas de jogos (outros) 45-55
Salas de musculação em academias (sem ocupação) 35-45
Salas de treino e competição em academias (sem ocupação) 45-55
Salas de música, TV e home theater 30-40
Salas de reunião 30-40
Salas de cirurgia 30-40
Salas de computadores 45-60
Teatros 25-35

Lei n° 6.938, de 31 de Agosto de 1981


Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,
e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1° - Esta Lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 225 da Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA e institui o
Cadastro de Defesa Ambiental.

DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE


Art. 2° - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental
propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio - econômico, aos interesses da segurança nacional
e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;

X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para
participação ativa na defesa do meio ambiente.
Art. 3° - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

I - meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege
a vida em todas as suas formas;

II - degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características do meio ambiente;

III - poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indireta:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
IV - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade
causadora de degradação ambiental;

V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os
elementos da biosfera.

DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE


Art. 6° - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos Municípios, bem como as Fundações
instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
VII - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas
respectivas jurisdições.

§ 2° - Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas
no parágrafo anterior.

Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas
necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os
transgressores:
I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do
Tesouro Nacional - ORTN's, agravada em casos de reincidência específica, conforme dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela
União se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios;
II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público;
III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
IV - à suspensão de sua atividade.

§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de
culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público
da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio
ambiente.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985.
Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico
e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos causados:
l - ao meio-ambiente;
ll - ao consumidor;
lll - a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
Art 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para
processar e julgar a causa.

Art 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.

Art 5º A ação principal e a cautelar poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios. Poderão
também ser propostas por autarquia, empresa pública, fundação, sociedade de economia mista ou por associação que:

l - esteja constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei civil;


§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei.
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de
qualquer das partes.
§ 3º Em caso de desistência ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público assumirá a titularidade ativa.
Art 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações
sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção.

Art 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação
civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis.

Art 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar
necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer organismo público ou
particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias úteis.
§ 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser
proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los.
Art 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura
da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público.
JOSÉ SARNEY
Fernando Lyra

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