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PREFÁCIO

O que constitui a natureza das obras de Deus, é


essencialmente vida, que está sempre em contínuo estado de
atividade funcional.
Para fundamentar o que acabei de falar, vamos ver o que
nos diz Gênesis (1/1,2):” No princípio, criou Deus os céus e a
terra.
A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas
sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre
as águas.”
Uma outra tradução diz o seguinte:” ..., e a força ativa de
Deus movia-se por cima da superfície das águas.”
Obviamente a primeira porção do Espírito de Deus ou
força ativa de Deus, continua movendo-se e fazendo, por
exemplo, a terra girar em torno de si mesma ( ocasionando o
chamado movimento de rotação), gerando e transformando
vida.
O universo está cheio desta força ativa, e na ação do “ dar
e receber”, o ser humano pode canalizá-la, para agir em seu
favor.
O DAR E RECEBER ( Forma I)

Certa feita, interrogado pelos saduceus, Jesus Cristo aos


mesmos respondeu:” Errais, não conhecendo as Escrituras
nem o poder de Deus Mateus (22/29).”
Nos nossos dias isso também é uma constância.
Comumente nos deparamos com pessoas que por falta de
conhecimento estão perdendo muitas bençõas contidas no ato “
dar e receber”.
Uma delas é o não reter aquilo que ainda serve para fins
importantes, mas que os presados amigos não fazem uso.
Provérbios (11/24):” A quem dá liberalmente, ainda se
lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo,
ser-lhe-á em pura perda.”
Reter coisas em condições de uso, mas que para um ou
outro não mais têm utilidade, ao invés de doar a alguém que,
poderia fazer bom emprego desses objetos, não constitui-se em
dano parcial, mas sim total. Porque o retentor fica privado de
uma maravilhosa benção, já que o fluxo do “ dar e receber”,
continuará bloqueado, impedido de fluir poderosamente.
Lucas (6/38):” daí, e dar-se-vos-á; boa medida,
recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos
darão.”
Portanto, meu amigo, minha amiga, doe aquela peça de
roupa de etiqueta que não combina com as demais peças, e que
está lá, jogada, abandonada no fundo do guarda-roupa.
Ou aquele par de sapatos semi-novo ( que lhes causa
machucaduras), e que está esquecido num cantinho qualquer.
Na estante há alguns livros didáticos somente ocupando
espaço. Já que não mais lhes transmitem conhecimento, doe-os.
Abra a porta do porão, tire a poeira do eletrodoméstico, da
peça de mobília em bom estado, mas que para você não mais
tem utilidade, e faça o mesmo.
Plante estas sementes, tome posição e fique na espectativa
de recolher cento por um, assim como Isaque, porque o Criador
o abençoará Gênesis (26/12).
Não aja negligentemente, assim como o servo da parábola
dos talentos de Mateus (25/14), que recebeu um talento, saindo,
abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor, ao invés
de sair negociar com o talento que havia ganho, sendo assim,
lançado fora, nas trevas, onde há choro e ranger de dentes
Mateus (25/30).
Neste momento talvez você esteja pensando:
“ Mas dar apenas uma peça de roupa, um par de calçados
usados?...” “ Isso é tão pouco!?”
Não sabes tu que assim está escrito?: “ Quem é fiel no
pouco, sobre o muito será colocado Mateus (25/21!?”
Colocando este mandamento em prática, ou seja,
desencadeando o fluxo do “ dar e receber”, e deixando-o fluir
livremente, no transcorrer do tempo os praticantes desta ação,
terão condições de coisas grandes doar e coisas maiores receber.

O DAR E RECEBER ( Forma II)

Provérbios (28/27):” O que dá ao pobre não terá falta,


mas o que dele esconde os olhos será cumulado de maldição.”
Vamos adentrar a partir desse momento, na esfera que
implica o socorrer aqueles que estão carecendo do necessário, e
momentaneamente estão vivendo em estado de penúria.
Se alguém está em condição de prestar socorro num caso
em que um consanguineo, um vizinho que está desempregado e
já está lhe faltando provisão para o sustento da sua família, e
não mostrar-se disposto a ajudá-lo, ao contrário, esconde dele
os olhos, o mesmo não põe em movimento a força ativa de
Deus que, está no “ dar”, e por isso não poderá entrar na posse,
ficará impossibilitado de servir de receptáculo desta força, a não
ser da maldição.
Provérbios (28/27), fala do fingir não ver a tribulação do
pobre.
Já Provérbios (21/13), fala do ouvir, e assim nos diz:” O
que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não
será ouvido.”
Nós somos estimulados a liberar ou emitir o fluxo que
consiste no “ dar e receber”, por meio da visão e do ouvir, e
funcionamos como uma estação transmissora e receptora.
Aquele que vê uma pessoa passando necessidade, e ao
invés de socorrê-la, ignora-a, faz prisioneiro o fluxo do “ dar e
receber”, assim como aquele que se recusa a atender o pedido
com humildade e insistência do seu próximo que está carecendo
do necessário. Por isso é que clamará e não será ouvido. Pois
como pode alguém colher se não plantou?
O DÍZIMO E AS OFERTAS

Duas coisas nas igrejas que não oferecem comodidade, é


o dízimo e as ofertas.
Basta o responsável pela preleção fazer uma pequena
alusão a isso, para causar falta de conforto e mudar
visivelmente a feição de muitos.
Alguns, por causa destas duas questões, passaram a
alimentar o espírito de apostasia.
Deus nos afirma em Ageu (2/8), que dele é a prata e o
ouro. Portanto, Ele não precisaria dos dízimos e ofertas para
manter a sua obra.
Porém, como no início da criação, o Criador instituiu uma
reciprocidade entre cada princípio regente do universo, o
Mesmo fez com que estes mesmos princípios tomassem parte
na regência do universo pessoal do homem. Contudo, está em
suas mãos o poder para colocar estes princípios, ou força ativa
de Deus em movimento, para criar e produzir abundância no
seu universo pessoal.
Duas das maneiras ( que incluem-se na categoria do “ dar
e receber”) do homem colocar em ação o fluxo ou força ativa
de Deus, é dando o dízimo e ofertando.
Na segunda carta aos Coríntios (9/6), o apóstolo Paulo
declara que, o que semeia pouco, pouco também ceifará, e o
que semeia em abundância em abundância ceifará. Mas o que
mais nos interessa neste momento, é o verso (10), onde assim
está escrito:” Ora, aquele que dá a semente a quem semeia.”
Neste versículo o Espírito Santo, através do apóstolo dos
gentios, nos informa de que é Deus quem dá os recursos ao
homem para dar o dízimo e as ofertas.
Mateus (25/14-18):” Um homem, ausentando-se do
país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.
A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a
cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.
O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a
negociar com eles e ganhor outros cinco.
Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros
dois.
Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e
escondeu o dinheiro do seu senhor.”
Os dois servos que colocaram o dinheiro em circulação,
obtiveram êxito total, e quando o senhor deles voltou, ajuntou
contas com os mesmos, e sobre o muito os colocou.
No entanto, qual foi a resposta do senhor ao servo que
escondeu na terra o talento?
“ Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não
semeei e ajunto onde não espalhei?
Cumpria, portanto, que estregasses o meu dinheiro aos
banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu
Mateus (25/26,27).”
Aquele que recebe a semente para semear e não semeia,
está roubando a Deus Malaquias (3/8), já que esta semente, se
fosse colocada em ação iria produzir muitas outras. No entanto,
pela rebeldia ou falta de entendimento de quem a possui, ela
está perdendo a fluidez, servindo de alimento ao caruncho,
espiritualmente falando, ao devorador.
Malaquias (3/10):” Trazei todos os dízimos à casa do
Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-
me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as
janelas do céu e não derramar sobre vós bençaõ sem medida.”
O Criador manda nos manda dar o dízimo, e para aqueles
que cumprem este mandamento, afirma como certo o
derramamento de benção sem medida sobre os mesmos.
Resumindo: neste verso Deus nos diz: Dê, coloque a
minha força ativa em ação e muito receberá. Isso fica um pouco
mais claro no verso (11):” Por vossa causa, repreenderei o
devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa
vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos
Exércitos.”

Que benção com dimensões acima das ordinárias é o “


dar”, e isso podemos comprovar em 1 Reis (17/8-17), onde a
viúva de Sarepta fizera um bolo pequeno do punhado de farinha
que tinha numa panela e do pouco de azeite que havia numa
botija e deu-o ao profeta Elias, para só então fazer para si e seu
filho, e com este procedimento a viúva colocou em ação o fluxo
de Deus contido no “ dar”, e a farinha da panela não se acabou,
e o azeite não faltou, até ao dia em que o SENHOR fez chover
sobre a terra.
É bom salientar de que, aqueles que recebem o dízimo,
também devem apresentar uma oferta ao SENHOR, isto é, o
dízimo dos dízimos Números (18/26), para que a força ativa de
Deus continue fluindo.
O DAR PRESENTE

Em tempo anterior conferimos o “ dar” no formato de se


plantar uma semente, e um “ receber” em forma de colheita.
A partir deste instante vamos adentrar na área do “ dar
presente”.
Provérbios (19/6):” Ao generoso, muitos o adulam, e
todos são amigos do que dá presentes.”
O “ dar presentes” ocasiona o desencadeamento de um
fluxo que difere um pouco da forma que já vimos, visto que
atua nas pessoas feito um imã.
As mesmas com boa disposição de ânimo adulam
servilmente, e apreciam os praticantes desta ação.
É bom salientar de que não é a força ativa de Deus que
muda. Na realidade é a ação do ser humano que a coloca em
movimento, e a canaliza para outra finalidade.
Podemos usufruir desta benção adquirindo o hábito de
presentear as pessoas, com um livro, uma revista, um CD ou
DVD, uma caneta...
E, se no momento tu não tiveres condições de presenteá-
las com coisas materiais, presenteie-os, com o já esquecido bom
dia, boa tarde, boa noite...
Para prestar um pouco mais de esclarecimento, vamos nos
reportar a Provérbios (18/16):” Com presentes o homem
alarga o seu caminho e o eleva diante dos grandes.”
O hábito de “ dar presentes”, tem o poder ou a
capacidade de evitar pequenos aborecimentos que o maligno
coloca em nossos caminhos, por exemplo, como aquele mal-
estar no local de trabalho ou na vizinhança, e que parece não ter
fim...
Quando chega o momento de você ir para o trabalho ou
quando está se aproximando de sua residência, o seu coração
começa a exprimir tristeza?
Alargue o seu caminho e traga a existência um novo
universo pessoal que, o eleve até mesmo perante gente grande,
colocando em prática a lei do “ dar presente”.
Este princípio, com efeito, também pode ser praticado em
oculto, sem divulgá-lo.
Provérbios (21/14):” O presente que se dá em segredo
abate a ira, e a dádiva em sigilo, uma forte indignação.”
Muitas vezes uma palavra colocada em tempo
inadequado, sem pretensão alguma, excita à revolta de alguém
do nosso convívio.
Pode ser um colega de trabalho, de aula, ou até mesmo
um parente chegado, que magoamos verbalmente, ou com um
procedimento que aos nossos olhos era conforme à norma ou
regra. Mas que no entanto causou descontentamento e cólera
contra a nossa pessoa, ao ponto do ofendido recusar o nosso
pedido de escusas.
De que modo devemos proceder nesse caso, onde há uma
aversão persistente?
Em Gênesis (32), por causa de desavença estabelecida no
passado com o seu consanguineo Esaú, nos deparamos com
Jacó orando e temeroso quanto a reação de seu irmão, que vinha
para encontrá-lo, e quatrocentos homens com ele.
Gênesis (32/13):” E, tendo passado ali aquela noite,
separou do que tinha um presente para seu irmão Esaú.”
Obviamente Jacó separou um presente material para
aplacar a ira do irmão, e vemos-o correndo-lhe ao seu encontro
e o abraçar, arrojar-se-lhe ao seu pescoço e o beijar em Gênesis
(33/4).
Porém, como nós estamos debaixo da graça, e embora
andemos na carne, não militamos segundo a carne, porque as
armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em
Deus, para destruir fortalezas 2 Coríntios (10/3,4), devemos
combater sempre em súplicas Colossenses (4/12), e enviar
presentes em oração para aplacar a cólera daqueles que estão
queixosos conosco.
Só uma pequena ressalva: neste caso não é recomendável
dar presentes materiais, visto que o ferido em seus sentimentos
poderá ficar um tanto mais milindrado, pensando que estão
tentando comprá-lo. No entanto, enviando-os em oração,
seguramente atingiremos o nosso objetivo, uma vez que as
Escrituras nos dizem que, Deus faz que se efetue, execute a
palavra de seus servos Isaías (44/26), e como a Escritura não
pode ser anulada João (10/36), podemos crer nisso.
O DAR E RECEBER PERDÃO

No dar o dízimo e as ofertas, ficamos sabendo que, no


início da criação, o Criador instituíu uma reciprocidade entre
cada princípio regente do universo, e que estes mesmos
princípios tomam parte na regência do universo pessoal do ser
humano.
O ser humano, no entanto, detém a faculdade ou
autoridade para colocar ou não, estes princípios ou força ativa
de Deus, em movimento para agir ao seu favor.
Nas páginas anteriores verificamos que o conceder
presente aplaca a ira e uma forte indignação.
A partir desse momento vamos percorrer o caminho
inverso, e tratar diretamente com o irado, o ferido em seus
sentimentos.
Com impulsos instantâneos e sucessivos, as forças
malignas atacam as faculdades do ser humano de receber
impressões exteriores ( visão, audição, olfato, paladar e tato).
Contudo, as mais visadas são a visão e a audição.
Muitas vezes mal começamos o dia e Satanás, com toda a
sua astúcia, nos faz assistir a certos atos que tornan-se válidos e
autênticos, uma vez que nos deixam contristados o resto da
manhã, da tarde e da noite, assim como aquelas pequenas
chateações verbais: a má recepção do gerente do banco. A
atitude um tanto grosseira da atendente daquela loja, onde havia
aquele produto que muito lhe despertou o interesse...
Só que estas coisas que acabei de mencionar, significam
nada, diante daqueles dardos, próprios para ofender, ferir as
susceptibilidade, fazer profundos sulcos, onde brotam as
sementes da magoa.
Estas sementes podem brotar de um ato traiçoeiro, de uma
rejeição familiar, amorosa ou coisas semelhantes a essas.
Muitas e muitas complicações, seriam completamente
sanadas, se o fluxo do “ conceder perdão” tivesse sido liberado.
No entanto o maligno faz de tudo, para continuar
alimentando a ofensa, a magoa, a cólera, e não deixar suas
vítimas perdoarem os seus ofensores e serem, assim, novamente
repostos em bom estado, pela lavagem da regeneração e da
renovação do Espírito Santo Tito (3/4-7).
Ademais, ele sabe que, sem o desencadeamento do fluxo,
o próprio Criador, fica impossibilitado de perdoar as nossas
ofensas, visto que o conceder perdão, também faz parte do “
dar e receber”.
O seu coração é um poço, onde a água parada só serve
para a proliferação de um monte de imundícias espirituais?
Liberte-se, agora mesmo, liberando o fluxo do “ dar e
receber”, perdoando aqueles que muito lhe magoaram, lhe
ofenderam e volte a florescer como a palmeira, cresça
novamente como o cedro do Líbano Salmo (92/12).
Para alicerçar, fundamentar o que já foi dito, vamos nos
dirigir a Mateus (6/14):” Porque, se perdoardes aos homens as
suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se
porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco
vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.”
Compreendendo isso, ou melhor dizendo: tendo
percepção do que se passa no ser humano, e à sua volta, quando
se retém o perdão, o apóstolo Paulo, assim diz na segunda carta
a Timóteo (4/14):” Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos
males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras.”
O apóstolo dos gentios, com maestria espiritual, não
deixou-se surpreender pelo embuste do maligno, inutilizando
completamente aquele seu feito através do latoeiro.
Outro exemplo que devemos trazer para os nossos dias, e
praticá-lo, é o de José, que primeiramente, foi vendido como
escravo pelos próprios irmãos Gênesis (37/1-36).
Depois sendo acusado injustamente pela mulher de seu
senhor, de tentar agarrá-la, e por causa dessa acusação acabou
no cárcere Gênesis (39/20).
Se deveria existir alguém amargo como o fél, tomado de
ódio e de desejo de vingança, este alguém deveria ser José.
Mas, assim como Paulo, o mesmo não deixou-se levar pelas
armadilhas do maligno, e mais tarde com orgulho pôde chamar
o seu primeiro filho de Manassés ( Deus me fez esquecer toda a
minha desgraça e toda a casa de meu pai). E o segundo ele
chamou pelo nome de Efraim, porque, segundo ele: “ Deus me
fez fecundo na terra da minha miséria Gênesis (41/51,52).
É claro que o objetivo do diabo não era colocar José na
prisão, mas sim fazê-lo magoar-se profundamente, lembrar-se
continuamente das maldades que lhe haviam feito, bloqueando,
paralisando, assim, a força ativa de Deus em sua vida, para em
seguida emitir a ordem as suas legiões de demônios que o
carcomecem.
Porém, o filho preferido de Jacó, não se ressentiu. Por
isso o fluxo do “ dar e receber”, continuou fluindo
normalmente, levando-o, tempo depois ao posto de primeiro
Ministro do Egito.

Para dar um pouco mais de sustentáculo à nossa


explanação, vamos conferir 2 Crônicas (25/1-3):” Era Amazias
da idade de vinte e cinco anos quando começou a reinar e
reinou vinte e nove anos em Jerusalém.
Fez ele o que era reto perante o SENHOR; não, porém
com inteireza de coração.
Uma vez confirmado o reino nas suas mãos, matou os
seus servos que tinham assassinado o rei, seu pai.”
Aqui encontramos um homem reto perante Deus, mas que
no entanto, recusou-se a perdoar aqueles que haviam matado
intencionalmente o seu pai, fazendo com que a força ativa do
Criador perdesse a fluidez em sua vida. Parasse de correr,
ficasse em estado estacionário, deixando o leito livre, para que
o ódio fluisse veementemente, até a consumação de sua
vingança.
O EMPRESTAR E O TOMAR EMPRESTADO

Neste instante o nosso assunto passa ser o “ emprestar e o


tomar emprestado”.
Primeiramente vamos nos fixar no “ emprestar”.
A ação ou efeito de emprestar, pode essencialmente
consistir em favor divino ou praga, desgraça, calamidade...
Lucas (6/35):” Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o
bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o
seu galardão, e sereis filhos do Altíssimo.”
Uma outra tradução nos fala de modo um pouco mais
claro:” Ao contrário, continuai a amar os vossos inimigos e a
fazer o bem, e a emprestar sem juros, não esperando nada de
volta; e a vossa recompensa será grande; e sereis filhos do
Altíssimo.”
A humanidade, quase como um todo, tem por certo,
verdadeiro, que o cumprir esta recomendação de Jesus, ou seja,
de confiar algo a alguém por algum tempo, com promessa de
restituição, porém, sem juros, e se possível, não esperar nada de
volta, constitui-se simplesmente, num ato de piedade,
filantrópico. Mas na realidade esta prática vai muito além disso.
Este princípio na forma explícita por Cristo, funciona
como as primeiras formas do “ dar e receber”, e na maioria das
vezes, no exato momento em que temos a oportunidade de
colocá-lo em prática, o diabo lança na mente do ser humano a
semente da usura.
Este germe, se não for desarraigado no instante que
manifesta os seus primeiros sinais de existência, cresce entre
um milésimo e outro de segundo, e o seu fruto ( a ânsia
exagerada de ganho) leva o ser humano ao erro, faz crer o que
não é, visto que pensa haver vantagem, lucro, quando o que
existe efetivamente é um engano, uma vez que a pessoa que se
deixa levar-se pelo canto da sereia, melhor dizendo: pela
artimanha do maligno, passa a servir de receptáculo para a força
ativa do Criador que ela mesma canalizou, e colocou em
movimento e, ao recebê-la novamente em forma de juro, limita-
a completamente a uma dança denominada “ só faz que vai,
mas não vai”, deixando o campo livre para o diabo agir, e o que
começou como benção acaba em maldição.
Provérbios (28/8):” O que aumenta os seus bens com
juros e ganância ajunta-os para o que se compadece do
pobre.”
É bom salientar de que o versículo não está afirmando que
é o religioso o beneficiário desta benção, mas sim o que tem
compaixão do pobre.
O Salmo (112/5), nos declara que o homem bom se
compadece, e empresta. Coloca a disposição as suas coisas com
juízo, ou seja, faz isso ciente de que receberá a recompensa.
Pois o homem que planta uma semente e afirma não esperar
colher o que plantou, de preferência, cento por um, é tolo ou
desleixado, displicente na sua obra, e as Escrituras nos dizem
que, quem é negligente na sua obra, já é irmão do desperdiçador
Provérbios (18/9).
Não! Nós não podemos emprestar de qualquer jeito,
deixando, assim, o fluxo fluir desordenadamente, gastando-o
sem proveito, sem canalizá-lo para o propósito para o qual foi
determinado.
É nosso dever colocá-lo em movimento e esperar o
retorno do mesmo, trazendo uma grande colheita, sem deixar o
espírito da usura exercer influência sobre nós.
Bem! Provavelmente, agora os amigos sabem o porquê
que Deus, assim diz através de Moisés em Êxodo (22/25):” Se
emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo,
não te haverás com ele como credor que impõe juros.”
Quando emprestamos a quem nos pede, melhor dizendo:
socorremos o necessitado, na verdade estamos emprestando a
Deus. Por isso o fluxo canalizado nesta ação, dirigi-se
diretamente ao seio do Criador, que age superabundantemente
ao nosso favor, visto que, quem toma emprestado é servo do
que empresta Provérbios (22/7).
Mateus (5/42):” Dá a quem te pede e não voltes as
costas ao que deseja que lhes emprestes.”
O TOMAR EMPRESTADO

Nos nossos dias o espírito da usura tem movido muitas


empresas de crédito e financiamentos, e gerado outras tantas.
Com falsa qualidade de comôdo, vantajoso, os cartões de
créditos, revestidos de taxa disso, taxa daquilo, seguro contra
isso, seguro contra aquilo, são verdadeiramente uma praga
alastrando-se como fogo em fios embebidos em substância
explosiva, consumindo os apoucados salários de milhões e
milhões de pessoas.
Mas por que tudo isso está acontecendo?
Oséias (4/6):” O meu povo está sendo destruído, porque
lhe falta o conhecimento.”
Infelizmente sou obrigado a afirmar que hoje está
ocorrendo a mesma coisa!
Romanos (13/8):” A ninguém fiqueis devendo coisa
alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros.”
O versículo, com exceção do amor, nos proibe
expressamente de contrairmos dívidas de qualquer espécie, uma
vez que diz “ coisa alguma”.
Para compreendermos este princípio em forma de
ordenança, vamos ver o que nos afirma Provérbios (22/7):” O
rico domina sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo
do que empresta.”
Servo é o que não é livre.
No feudalismo, o servo da gleba, era um lavrador que em
troca da proteção militar de um suserano, ficava adstrito a um
lote de terra em que devia trabalhar, prestando ainda serviços e
rendas ao seu senhor.
No caso do tomar emprestado, espiritualmente falando,
aquele que toma determinada quantia em dinheiro ou outra
coisa qualquer, serve apenas de estação de reprodução e ponte
para que a força ativa do Criador, canalizada e posta em
movimento por aquele que praticou a ação ou efeito de
emprestar, passe e continue o seu processo de criação e de
abundante produção em prol do mesmo.
Agora quando os amigos se depararem com Provérbios
(19/17), que assim afirma:” Quem se compadece do pobre ao
SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício”, já têm o
conhecimento, a ideia do tamanho da benção que é condoer-se
do necessitado.
APÓSTOLO PAULO E O DAR E RECEBER

2 Coríntios (8/9):”...; pois conheceis a graça de nosso


Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de
vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.”
Cristo, sendo rico, se colocou na condição de pobre, para
que, pela sua carência, nos tornássemos providos em
abundância.
No entanto, o sacrifício de Jesus, só resulta em benécia
para nós, quando colocamos em ação o princípio do “ dar e
receber”.
Filipenses (4/15-17):” E sabeis também vós, o filipenses,
que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia,
nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e
receber, senão unicamente vós outros; porque até para
Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o
bastante para as minhas necessidades.
Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me
interessa é o fruto que aumente o vosso crédito.”
A primeira coisa que o apóstolo Paulo pregou aos gentios,
foi o “ dar e receber”, e inicialmente, com exceção da igreja de
Filipos, todas enjeitaram esta prática, crendo que ele só tinha
por objetivo o donativo.
Filipos recebeu o nome de Filipe II, rei da Macedônia e
pai de Alexandre Magno, que reconstruiu a cidade.
Depois de 42 aC foi colonizada por numerosos veteranos
romanos e cumulada de privilégios por César Augusto.
Durante a segunda viagem missionária (49/50) Paulo
fundou ali a primeira comunidade cristã da Europa ( At 16/12-
14), formada de uns poucos judeus, alguns prosélitos e
sobretudo de pagãos.
Esta comunidade cristã compreendeu o que o apóstolo
pregou a respeito da lei do “ dar e receber”, e com abnegação a
colocou em ação. Pois seus membros sabiam que, a oferta
enviada ao apóstolo, significava nada, diante da benção que
iriam receber, mediante este ato.
Contudo, Paulo, deixando transparecer um certo
constrangimento, assim diz no verso (17) de Filipenses (4):”
Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me
interessa é o fruto que aumente o vosso crédito.”

Vamos retornar a 2 Coríntios.


Paulo escreveu esta carta na Macedônia, provavelmente
em Filipos, após sair de Éfeso, durante a viagem de despedida,
no outono de (57), época em que a prática do “ dar e receber”,
já estava difundida nas igrejas daquele lugar.
2 Coríntios (8/1-4):” Também, irmãos, vos fazemos
conhecer a graça de Deus concedida às igrejas da Macedônia;
porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram
abundância de alegria, e a profunda pobreza deles
superabundou em grande riqueza da sua generosidade.
Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e
mesmo acima delas, se mostraram volutários, pedindo-nos,
com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos
santos.”
O apóstolo declara a comunidade cristã de Corinto, que às
igrejas da Macedônia, segundo suas possibilidades, e mesmo
além delas, contribuíram por iniciativa própria, sem coação, e
haviam pedido com insistência que lhes dessem a graça de
participarem do socorro em favor dos santos.
Havia, evidentemente, uma razão para toda a persistência
dos mesmos.

2 Coríntios (8/8,9):” Não vos falo na forma de


mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a
sinceridade do vosso amor; pois conheceis a graça de nosso
Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de
vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.”
Os mesmos haviam compreendido que, para usufruir das
benécias trazidas com o sacrifício de Cristo, teriam que colocar
em ação o poder contido no ato “ dar e receber”, coisa que a
comunidade de Corinto, só há pouco estava praticando.
2 Coríntios (8/10):” E nisto dou minha opinião; pois a
vós outros, que, desde o ano passado, principiastes não só a
prática, mas também o querer...”
Entre (49/50), Paulo fundou a comunidade cristã de
Filipos, e desde o início os membros desta comunidade
praticaram o “ dar e receber”, coisa posta em prática, somente
em torno de seis anos mais tarde, pela igreja de Corinto, visto
que 2 Coríntios, foi escrita pelo apóstolo em (57), e o mesmo,
assim declara “ desde o ano passado, principiastes não só a
prática, mas também o querer...”
2 Coríntios (8/11,12):” Completai, agora, a obra
começada, para que, assim como revelastes prontidão no
querer, assim a leveis a termo, segundo as vossas posses.
Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o
homem tem e não segundo o que ele não tem.”
A igreja de Corinto havia manifestado presteza no querer,
e Paulo recomenda a mesma:” Leveis a término o vosso querer,
de acordo com as vossas posses”.
2 Coríntios (9/7):” Cada um contribua segundo tiver
proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade;
porque Deus ama a quem dá com alegria.”
A VIÚVA DE SAREPTA E A VIÚVA POBRE

Filipenses (4/15-17):” E sabeis vós, ó filipenses, que, no


início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma
igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão
unicamente vós outros; porque até para Tessalônica
mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as
minhas necessidades.
Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me
interessa é o fruto que aumente o vosso crédito.”
O apóstolo dos gentios conhecia os benefícios obtidos
com a prática do “ dar e receber”. Mesmo tinha plena
consciência de que quando uma pessoa praticava este ato, na
verdade ela estava colocando em ação uma lei divina, para agir
em seu favor, e simplificando este processo, comparou-o ao
semear uma semente.
2 Coríntios (9/6):” E, isto afirmo: aquele que semeia
pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com
abundância também ceifará.”
Quando alguém dá uma oferta a uma entidade
filantrópica, por exemplo, o poder de Deus canalizado com essa
ação, retorna ao praticante desse gesto, e ele poderá recolher até
mesmo cento por um, assim como Isaque na terra dos filisteus
Gênesis (26/12). Por isso Paulo diz:” O que realmente me
interessa é o fruto que aumente o vosso crédito”.
Para se colher cento por um, o semeador não pode ser
displicente.
Marcos (12/41-44):” Assentado diante do gazofilácio,
observava Jesus como o povo lançava ali dinheiro. Ora,
muitos ricos depositavam grandes quantias.
Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas
pequenas moedas correspondentes a um quadrante.
E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade
vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do
que o fizeram todos os ofertantes.
Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela,
porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu
sustento.”
Antes de continuarmos, eu deixo bem claro que esse texto
não tem como finalidade o mercantilismo bíblico, e para evitar
mal-entendido, vamos retornar a 2 Coríntios (9), e trazer a
baila parte do verso (7):” Cada um contribua segundo tiver
proposto no coração.”
Se for uma ou duas moedinhas, ou um prato de comida a
alguém, dê. Se for uma soma alta a uma instituição de caridade
ou outra instituição qualquer, faça o mesmo, e muito colherá.
Como a viúva pobre deu do seu sustento, a mesma ficou
com a sua atençaõ completamente focada na ação desencadeada
por ela, não desviando-a nem para esquerda nem para direita,
mantendo, assim, o fluxo bem canalizada. Por isso Jesus disse:”
Esta viúva pobre deu mais do que todos”.
Se ela deu mais do que todos, obviamente também colheu
mais do que todos, sendo que os ricos pouco colheram, visto
que de imediato esqueceram o que deram.
Mas que espécie de colheita foi essa?
1 Reis (17/8,9):” Então, lhe veio a palavra do SENHOR
( no caso para o profeta Elias), dizendo: Dispõe-te, e vai a
Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei
a uma mulher viúva que te dê comida.”
Elias obedeceu a palavra de Deus e se foi a Sarepta. No
entanto a viúva da qual lhe falara o SENHOR, tinha um
punhado de farinha numa botija, e o mais preocupante: a mesma
estava olhando as coisas com os olhos naturais, e aos olhos
naturais era um absurdo Deus lhe ordenar que alimentasse o
profeta, e queria que também Elias olhasse aquela situação com
os olhos naturais, uma vez que diz ao mesmo:” Vê aqui,
apanhei dois cavacos e vou preparar esse resto de comida para
mim e para o meu filho; comê-lo-emos e morreremos 1 Reis
(17/12).”
Limitado ser humano, é sempre eu, eu, eu....
As igrejas estão cheias de pessoas que, pedem, pedem,
pedem de contínuo uma benção financeira ao SENHOR, e no
entanto não conseguém alcançá-la.
E por que não conseguém alcançá-la?
Porque não colocam em movimento o princípio
correspondente a esfera financeira, que é desencadeada pela
assistência ao necessitado ou instituições...
É evidente que Deus quer sempre abençoar
financeiramente os seus amados. Contudo, para isso ocorrer, os
mesmos têm que colocar em circulação uma pequena ou se o
SENHOR tocar em seu coração uma soma considerável de seu
dinheiro ou outras coisas em circulação. Fazendo isso nós
estamos canalizando o poder de Deus, para produzir melhoras
na nossa esfera financeira.
Deus deu esse entendimento, tanto a viúva pobre, como a
viúva de Sarepta.
Só que a pobre seguiu a fé, e canalizou a força ativa de
Deus para solucionar o seu problema financeira, enquanto que a
viúva de Sarepta, ao invés de seguir a fé, ficou parada,
totalmente voltada para si mesma, visto que assim diz:” Vou
preparar esse resto de comida para mim e meu filho”, ou seja,
primeiro eu, depois meu filho.
Se a mesma tomasse a seguinte atitude:” Vou preparar
esse resto de comida para meu filho e para mim”, isto é,
primeiro meu filho, depois eu, a força ativa de Deus teria sido
canalizada, e multiplicado o pouco de farinha e de azeite, uma
vez que teria desencadeado o “ dar e receber”.
Mas não! Com essa viúva era eu, eu, eu....
E por que ela pensava primeiramente em si, para depois
pensar nos outros?
Bem! No verso (13), Elias lhe disse:” Não temas.”
Este era o problema dela. O espírito do medo a induzia a
pensar primeiramente em si, fazendo-a reter a benção contida
no “ dar e receber”.
1 João (4/18):” No amor não existe medo; antes, o
perfeito amor lança fora o medo”, e o apóstolo Paulo nos
afirma em Gálatas (5/22), de que o amor é uma virtude
producente pelo Espírito Santo.
Por isso hoje, no tempo da graça, o espírito do medo,
deveras, tenta despertar em nós o sentimento de apreensão, de
temor. Contudo, quase que de imediato esse sentimento é
deletado, apagado pelo amor produzido pelo Espírito Santo, ou
seja, o temor não mais tem durabilidade em nós, como tinha na
época da viúva de Sarepta, onde o medo poderia durar minutos,
horas,meses, e até mesmo anos.
Dito isso, vamos retornar a 1 Reis (17/13-16):” Não
temas; vai e faze o que disseste; mas primeiro faze dele para
mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás para
ti mesma e para teu filho.
Porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: A farinha
da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não
faltará, até ao dia em que o SENHOR fizer chover sobre a
terra.
Foi ela e fez segundo a palavra de Elias; assim,
comeram ele, ela e a sua casa muitos dias.
Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite
não faltou, segundo a palavra do SENHOR, por intermédio de
Elias.”
A ordem do SENHOR a viúva foi: “ Alimente o profeta”.
Porém, como ela estava olhando as coisas com os olhos
naturais, recusou em seu coração a acatar a ordem de Deus.
No entanto, depois que Elias explicou como funcionava o
“ dar e receber”, ela fez segundo a palavra do mesmo, ou seja,
canalizou a força ativa de Deus, e o resultado foi de imediato.
De um punhado de farinha e um pouco de azeite,
comeram ele, ela e sua casa muitos dias, não acabando a
farinha, nem o azeite. Que colheita, não é mesmo!?
Eu creio que a viúva pobre de Lucas (21), também teve
uma colheita extraordinária.
Ela canalizou a força ativa de Deus, com duas moedas,
que seguramente gerariam todo o sustento daquele dia, ou quem
sabe, de toda a semana. Mas em compensação, baseado na “
parábola dos talentos” de Mateus (25), por ter colocado as
duas moedas em circulação, a mesma recebeu outras duas, isto
é, a força ativa canalizada e desencadeada por este gesto,
produziu outras duas, e como ela foi fiel no pouco sobre o
muito foi colocada, e entrou no gozo do SENHOR Mateus
(25/23).
O DAR E RECEBER NA FORMA VERBAL

O “ dar e receber” também funciona eficazmente de


modo verbal, ou seja, a força ativa de Deus, também pode ser
canalizada por meio da palavra.
Lucas (10/5,6):” Ao entrares numa casa, dizei antes de
tudo: Paz seja nesta casa!
Se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a
vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós.”
Isso é coisa séria!
Quando digo a alguém “ paz seja convosco”, por
exemplo, eu canalizo verbalmente a força ativa de Deus, e faço
com que o fluxo canalizado para este fim, deveras, derrame paz
sobre os mesmos; e uma paz que é manifesta, e faz com que eu
mesmo, também desfrute dela, por meio dos outros.
E como é gostoso aproximar-se de uma pessoa que tem
uma paz manifesta. O lugar onde ela se encontra sempre é
tomado por essa paz.
É bom ressaltar de que as pessoas do mundo, na sua
grande maioria, sem ter a consciência do “ dar e receber”, e da
força ativa de Deus, também praticam este princípio,
verbalmente e dando coisas materiais, com êxito total, uma vez
que para praticá-lo não existe restrições. Por isso tanto o ímpio,
como o justo, praticam-o com sucesso.
Ou os amigos pensam que é a toa que as pessoas têm por
hábito dar bom dia, boa tarde e boa noite?!
É bem verdade que a grande maioria pensa que este hábito
é apenas um ato de gentileza, ou coisa do gênero.
Eles não têm a mínima noção de que na verdade estão
canalizando a força ativa de Deus, que retornará em forma de
colheita, trazendo a eles um bom dia, uma boa tarde e uma boa
noite.
O DAR E RECEBER NA FORMA VERBAL II

Você, minha amiga, meu amigo, quando entra em oração é


sempre eu, isto é, Deus eu quero isso, Deus eu quero aquilo?
Ao não ver resultados você se pergunta: Por que as
minhas orações não são atendidas?
Eu agora lhes faço uma pergunta: A amiga, ou o amigo,
alguma vez em oração já interviu, ou seja, já pediu a Deus
alguma coisa em favor de alguém? Não?
É por isso que as suas oraçãoes não são atendidas. Pois
você não canaliza verbalmente a força ativa de Deus,
desencadeando-a para agir em favor de outras pessoas, e
consequentemente em seu próprio favor, uma vez que isso
também é “ dar e receber”.
Em Gênesis (15), Deus anima a Abraão e lhe promete um
filho. Mas para esta promessa tornar-se realidade, Ele criou uma
situação, onde Abraão fora obrigado a colocar verbalmente em
prática o “ dar e receber”.
No capítulo (20), Abraão e Sara peregrinam em Gerar, e
disse Abraão de Sara, sua mulher:” Ela é minha irmã; assim,
pois, Abimeleque, rei de Gerar, mandou buscá-la Gênesis
(20/2).”
Vamos passar para o verso (7):” Agora, pois, restitui a
mulher a seu marido, pois ele é profeta e intercederá por ti...”
Traremos agora a baila o versículo (14):” Então,
Abimeleque tomou ovelhas e bois, e servos e servas e os deu a
Abraão; e lhe restituiu a Sara, sua mulher.”
Para finalizar, vamos ver o que nos diz os versos (17 e
18):” E, orando Abraão, sarou Deus Abimeleque, sua mulher
e suas servas, de sorte que elas puderam ter filhos; porque o
SENHOR havia tornado estéreis todas as mulheres da casa de
Abimelque, por causa de Sara, mulher de Abraão.”
Está escrito que por causa de Sara, o SENHOR tornou
estéreis todas as mulheres da casa de Abimeleque.
Mas que relação tinham as mulheres da casa de
Abimeleque, com a mulher de Abraão? Nenhuma!
A grande verdade é que Deus precisava cumprir a
promessa que havia feito a Abraão, que era lhe dar um filho.
Porém, como cumpri-la, se Sara não podia ter filhos?
Solução, o SENHOR fez com que as mulheres da casa de
Abimeleque, também tornassem estéreis, permitindo, assim,
que Abraão colocasse verbalmente em prática o “ dar e
receber”.
Gênesis (20/17), diz que, orando Abraão, sarou Deus a
Abimeleque, sua mulher e suas servas.
E o que Abraão recebeu em troca?
Gênesis (21/1):” Visitou o SENHOR a Sara, como lhe
dissera, e o SENHOR cumpriu o que lhe havia prometido.”
Ou seja, Abraão orou, as mulheres da casa de Abimeleque
foram curadas, e a força ativa de Deus canalizada para efetuar a
cura das mulheres da casa do rei de Gerar, retornou a Abraão e
sua casa, e também curou a Sara, que concebeu e deu à luz um
filho ao mesmo na sua velhice, no tempo determinado, de que
Deus lhe falara Gênesis (21/2).
Que benção é o “ dar e receber”!
Se as suas orações, minha amiga, meu amigo, não estão
conseguindo, por exemplo, libertar do vício do tabaco ou do
álcool, um ente querido, experimente interceder em prol de um
conhecido que tem o mesmo vício, e por que não em favor de
todos que têm vício semelhante?

Pratique o “ dar e receber” verbal. Pois praticando-o,


você estará canalizando a força ativa de Deus, que libertará os
outros e o seu ente querido, obtendo resultado igual ao de
Abraão e de Jó. Pois é bom enfatizar de que Deus mudou a
sorte de Jó, quando o mesmo orava pelos seus amigos, ou seja,
Jó colocou em prática o “ dar e receber” verbal, e Deus, por
meio da sua força ativa canalizada pela ação de Jó, deu-lhe o
dobro de tudo o que antes possuía Jó (42/10).
PARA QUE HAJA IGUALDADE

Romanos (15/4):” Pois tudo quanto, outrora, foi escrito


para o nosso ensino foi escrito...”
Como tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso
ensino foi escrito, vamos conferir Êxodo (16/17,18):” Assim o
fizeram os filhos de Israel; e colheram, uns, mais, outros,
menos ( referindo-se ao maná).
Porém, medindo-o com o gômer, não sobejava ao que
colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco, pois
colheram cada um quanto podeia comer.”
Neste caso, Deus fez com que o maná se modelasse a
quantia que cada um necessitava, não dando, assim, vida ao
espírito da ganância.
Êxodo (16/19,20):” Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe
dele para a manhã seguinte.
Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns
deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu bichos
e cheirava mal.”
No caso do Israel terreno, o próprio Deus se encarregou
de estabelecer uma justa igualdade.
Referindo-se a oferta para os mais pobres, o apóstolo
Paulo, assim diz em 2 Coríntios (8/12-15):” Porque, se há boa
vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não
segundo o que ele não tem.
Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós,
sobrecarga; mas para que haja igualdade, suprindo a vossa
abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a
abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim,
haja igualdade, como está escrito: O que muito colheu não
teve demais; e o que pouco, não teve falta.”
Ou seja, hoje é o Israel espiritual que deve promover esta
igualdade, se colocando na condição de receber quando
necessita de ajuda, e se posicionar na condição de ajudar,
quando está em condição de ajudar.
A FORÇA PARA ADQUIRIR RIQUEZAS

Deuteronômio (8/18):” Antes, te lembrarás do


SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para
adquirir riquezas.”
Ao contrário do que muitos pensam, Deus não ajuda
ninguém acertar na loteria, por exemplo...
O que Ele faz é colocar à disposição do ser humano a sua
força ativa, para que o mesmo possa adquirir riquezas.
Resumindo: Deus nunca deu e jamais dará riquezas a
alguém.
O que Ele realmente dá, é a sua força para produzi-la.
Não adianta, porém, canalizá-la e liberá-la, e em seguida
limitá-la.
Provavelmente um dia você já afirmou para consigo
mesmo, para um colega de trabalho, que é impossível alguém
prosperar, sendo empregado, não é mesmo!?
Na era do capitalismo selvagem, voragem, que procura
tragar tudo o que aparenta ser uma ameaça e que gera algum
lucro, falar em ser um trabalhador autônomo é quase que uma
afronta.
No entanto, esta é a receita para não limitarmos o fluxo
canalizado para adquirir riquezas.
É claro que uma pessoa pode viver aqui na terra, todo o
tempo destinado a ela, trabalhando por salário e mesmo com
essa limitação, ter completa estabilidade, assim como o povo de
Israel, quando vagueou durante quarenta anos no deserto, e nos
quarenta anos as suas capas não se gastaram sobre eles, nem
incharam os seus pés Deuteronômio (8/4). Porém, a qualidade
de estável, só tende a diminuir, nunca aumentar, mesmo que o
assalariado, como um tresloucado faça horas-extras.
Salmo (127/2):” Inútil vos será levantar de madrugada,
repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes;
aos seus amados ele o dá enquanto dormem.”
Isaías (40/28), nos afirma que Deus não sente cansaço,
não se fatiga, nem se enfada. Por isso se a sua força ativa está
canalizada e fluindo livremente, até mesmo quando estamos
dormindo, ela continua o seu curso natural, que é adquirir
riquezas.
Este princípio, Israel ( quando ainda se chamava Jacó)
conhecia, e com ciência colocou-o em prática.
Gênesis (30/25-43):” Tendo Raquel dado à luz a José,
disse Jacó a Labão: Permita-me que eu volte ao meu lugar e à
minha terra. Dá-me Meus filhos e as minhas mulheres, pelas
quais eu te servi, e partirei; pois tu sabes quanto e de que
maneira te servi.
Labão lhe rerspondeu: Ache eu mercê diante de ti; fica
comigo. Tenho experimentado que o SENHOR me abençoou
por amor de ti.
E disse ainda: Fixa o teu salário, que te pagarei.”
Aquele que ouve a voz de Deus, e tem cuidado de guardar
todos os mandamentos, ou seja, guarda as palavras e o
entendimento que o Espírito dá, entre outras coisas tremendas, o
SENHOR determina que a benção esteja nos seus depósitos de
sortimentos, abastecimento, e em tudo que o mesmo coloca a
mão Deuteronômio (28/1-13), visto que estes requesitos são os
canalizadores do fluxo do Criador, que deste modo enche-o de
força criadora e de vida.
Agora, provavelmente você já sabe o porquê que o verso
(14) do mesmo livro, nos ordena a não desviarmos de todas as
palavras que ouvimos, nem para a direita nem para a esquerda.
Porém, se você ainda não sabe, lá vai a resposta: é para
não lançar para diferentes lados o fluxo, tornando-o, assim,
inoperante.

Durante os quatorze anos que Jacó trabalhou em troca de


Lia e Raquel, este fluxo que estava nele, foi direcionado para
adquirir riquezas em prol de Labão.
E no versículo (27), podemos constatar que o mesmo
tinha plena consciência disso. Sabia que o seu genro a frente do
seu rebanho era sinônimo de sucesso e prosperidade.
Por essa razão não estava a fim de deixá-lo partir, e com a
intenção de segurá-lo, mandou-o fixar um teto salarial, que lhe
pagaria.
Porém, Jacó não era um filhinho do papai, popularmente
falando, que só aparecem diante do seu progenitor no fim de
cada mês para pedir mesada.
Não agia como grande parte dos cristãos de hoje, que só
se colocam na presença de Deus, para pedirem bençãos. No
entanto não procuram participar das coisas do Criador. Não
costumam esforçar-se por achar ou conseguir ter ideia clara dos
princípios de Deus, para com entendimento colocá-los em ação
ao seu favor.
Aquele que mais tarde veio a chamar-se Israel, tinha pleno
conhecimento e entendimento desses princípios.
Gênesis (30/29-33):” Disse-lhe Jacó: Tu sabes como te
venho servindo e como cuidei do teu gado.
Porque o pouco que tinhas antes da minha vinda foi
aumentando grandemente; e o SENHOR te abençoou, por
meu trabalho. Agora, pois, hei de eu trabalhar também por
minha casa?
Então, Labão lhe perguntou: Que te darei?
Respondeu-lhe Jacó: Nada me darás; tornarei a
apascentar e a guardar o teu rebanho, se me fizeres isto:
Passarei hoje por todo o teu rebanho, separando dele os
salpicados e malhados, e todos os negros entre os cordeiros, e
o que é malhado e salpicado entre as cabras; será isto o meu
salário.
Assim, responderá por mim a minha justiça, no dia de
amanhã, quando vieres ver o meu salário diante de ti; o que
não for salpicado e malhado entre as cabras e negro entre as
ovelhas, esse, se for achado comigo, será tido por furtado.”
Em primeiro lugar, Jacó tinha a persuasão íntima de que,
mesmo se fixasse um teto salarial altíssimo, ele não prosperaria,
uma vez que a força ativa de Deus, estaria limitada em sua vida,
no tocante a adquirir riquezas, e totalmente livre para agir a
favor de seu sogro.
Por isso o mesmo recusou-se a fixar salário, optando por
canalizar o fluxo nos salpicados e malhados, e todos os negros
entre os cordeiros, e o que era malhado e salpicado entre as
cabras.
O astuto Labão aceitou a proposta de seu genro. Contudo,
naquele mesmo dia, separou os bodes listrados e malhados e
todas as cabras salpicadas e malhadas, todos os que tinham
alguma brancura e todos os negros entre os cordeiros e os
passou às mãos de seus filhos.
E pôs a distância de três dias de jornada entre si e o
marido de suas filhas; e Jacó apascentava o restante dos
rebanhos de Labão Gênesis (30/34-36).
Aos olhos naturais era impossível Jacó prosperar, uma vez
que não poderia nascer cordeiros salpicados, malhados e
negros, assim como cabras malhadas e salpicadas, visto que o
rebanho ao qual estava cuidando não tinha como gerar esse tipo
de rês.
Porém, tomou, então, o mesmo varas verdes de álamo, de
aveleira e de plátano e lhes removeu a casca, em riscas abertas,
deixando aparecer a brancura das varas, as quais, assim
escorchadas, pôs ele em frente do rebanho, nos canais de água e
nos bebedouros, aonde os rebanhos vinham para dessedentase, e
conceberam quando vinham a beber.
E concebia o rebanho diante das varas, e as ovelhas
davam crias listradas, salpicadas e malhadas Gênesis (30/37-
39).
Durante, praticamente quatro dias, fiquei travado, porque
o meu entendimento não se abria. Por isso o mistério das varas
com tiras brancas descascadas continuava oculto.
Eu tinha plena convicção de que Jacó havia direcionado o
fluxo do Criador para as varas. No entanto não sabia de que
forma ele agia no rebanho.
Por essa razão resolvi passar adiante e ignorar este objeto
de fé inacessível à razão.
Tanto é verdade que, assim já havia escrito:” Quanto a
ciência revelada a Jacó, a mim foi negada. Porém, tenho
certeza absoluta de que aquelas varas recebiam a força ativa
de Deus, canalizada por ele, e através da visão... Opa!”
Jacó direcionava o fluxo para as varas, o rebanho ao olhá-
las recebiam o fluxo em duas cores e concebiam crias listradas,
salpicadas e malhadas.
No capítulo ( 31/7-9) de Gênesis, podemos conferir de
que, Labão por dez vezes tentou enganá-lo, mudando o seu
salário. Contudo, Deus não permitiu que o fizesse mal nenhum.
Se ele dizia: Os salpicados serão o teu salário, então,
todos os rebanhos davam salpicados; e se dizia: Os listrados
serão o teu salário, então, os rebanhos todos davam listrados.
Assim, Deus tomou o gado de seu sogro e deu a ele, que
tornou-se mais e mais rico.
PRINCÍPIO PARA ADQUIRIR RIQUEZAS

Desde o início da criação, Deus instituiu “ leis”, para


regerem o universo, e estes mesmos princípios tomam parte na
regência do universo pessoal do ser humano.
Grande parte dessas “ leis” são postas em ação, mediante
o ato “ dar e receber”.
Lucas (6/38):” ...; daí, e dar-se-vos-á; boa medida,
recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos
darão...”
Ou seja, quem quer receber, primeiramente tem que dar.
Resumindo: quem quer colher, primeiro tem que plantar.
2 Coríntios (9/10):” Ora, aquele que dá semente ao que
semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a
vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça...”
É Deus quem nos dá a semente e o campo para semeá-la,
isto é, é Deus quem nos dá condições de doar, e cria as
situações para que este ato seja consumado.
2 Coríntios (9/10,11):” Ora, aquele que dá semente ao
que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará
a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça,
enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade....”
Em primeiro lugar: junto com a semente, Deus envia o
pão, ou seja, não é necessário você tirar do seu sustento para
dar.
Em segundo lugar: Deus repõe o que foi tirado para
doação, e ainda aumenta a sua condição de praticar o “ dar e
receber”. Isto fica bem claro, no final do verso (11):”....e
multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em
tudo, para toda a generosidade.”
Incrível! Uma atitude trivial, suscetível a todas as pessoas,
contudo produz resultados extraordinários.
“ Enriquecendo-vos, em tudo”, isto é, em todas as áreas:
financeira, profissional, familiar, social..., e vai muito além
disso.
Lucas (11/39-41):” O SENHOR, porém, lhe disse: Vós,
fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso
interior está cheio de rapina e perversidade.
Insensatos! Quem fez o exterior não é o mesmo que fez
o interior?
Antes, daí esmola do que tiverdes, e tudo vos será
limpo.”
Quem coisa fantástica! O simples ato “ dar esmolas”, tem
o poder para arrancar do coração do praticante dessa ação, todo
o desejo de rapinagem e toda a perversidade.
Diante disso tudo, a minha recomendação não poderia ser
outra: ativem as “ leis” de Deus, mediante o ato “ dar e
receber”, e teram abundância em todas as áreas de suas vidas.
O SEGREDO DOS VENCEDORES

Como fiz menção e enfatizei anteriormente, no início da


série “ dar e receber”, a primeira porção do Espírito Santo ou
força ativa de Deus, continua movendo-se e fazendo, por
exemplo, a terra germinar e girar em torno de si mesma (
ocasionando o chamado movimento de rotação).
O universo está cheio desta força ativa, e o ser humano
pode canalizá-la para agir em seu favor.
Como já conferimos, uma das formar de canalizá-la é
praticando o “ dar e receber”.
Outra é focar num objetivo, e dele não desviar, nem para a
direita nem para a esquerda Josué (1/7).
Deuteronômio (20/2-8):” Os oficiais falarão ao povo,
dizendo: Qual o homem que edificou casa nova e ainda não a
consagrou? Vá, para casa, para que não morra na peleja, e
outrem a consagre.
Qual o homem que plantou uma vinha e ainda não a
desfrutou? Vá, torne-se para casa, para que não morra na
peleja, e outrem a desfrute.
Qual o homem que está despojando com alguma mulher
e ainda não a recebeu? Vá, torne-se para casa, para que não
morra na peleja, e outro homem a recebe.”
Ouvi certa feita um homem de Deus falar a respeito
desses versículos:” Como Deus é bom! Não deixa seus filhos
irem para a batalha, sem antes desfrutar de suas benções.”
Deveras Deus é bom! Contudo, esses versos expressam
uma verdade muito mais profunda.
Na realidade Deus só mandava embora os soldados que
incluiam-se numa dessas três categorias, porque os mesmos
morreriam, assim que a batalha começasse.
E por que morreriam?
Porque não estariam focados na batalha.
Uns, na hora de atacar ou defender-se, voltariam suas
mentes para a casa nova que ainda não haviam consagrado.
Outros para a vinha que ainda não tinham desfrutado.
Um terceiro grupo, para a mulher que ainda não haviam
recebido, e essa ligeira distração os tornariam presas fáceis aos
inimigos, que os matariam sem dó nem piedade. Por isso Deus
os mandava retornar, visto que seriam mortos.
Esta verdade inconstante, aparece em relevo, nas mais
diversas modalidades esportivas.
Geralmente os atletas vencedores, são aqueles que
conseguém manter o maior nível de concentração naquilo que
fazem.
O PODER DA PALAVRA

Tiago (1/21):” Portanto, despojando-vos de toda a


impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a
palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a
vossa alma.”
Agora, como o poder da Palavra torna-se manifesto em
nós?
2 Coríntios (12/9):” Então, ele me disse: A minha graça
de basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre
mim repouse o poder de Cristo.”
João (1/1):” No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus.
João (1/14):” E o Verbo se fez carne e habitou entre
nós...”
Apocalipse (19/13):” Está vestido com um manto tinto
de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus.”
Ou seja, Jesus Cristo é a Palavra de Deus.
Portanto, o poder da Palavra torna-se manifesto em nossas
fraquezas.
2 Coríntios (12/10):” Pelo que sinto prazer nas
fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições,
nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco,
então, é que sou forte.”
É na nossa impotência que a Palavra manifesta a sua
potência.
Por isso eu deixo para os caros amigos, Filipenses (4/6):”
Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e
pela súplica, com ações de graças.”
A PROVA DA NOSSA FÉ

Tiago (1/1,2):” Meus irmãos, tende por motivo de toda


alegria o passardes por várias provações, sabendo que a prova
da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.”
Quando temos consciência de que as tentações são prova
da nossa fé, e esta prova produz perseverança, noutra tradução,
paciência, na maioria das vezes o gozo aflora automaticamente.
Tiago (¼):” Ora, a perseverança deve ter ação completa,
para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficiêntes.”
Mas que ação é esta que deve ter a perseverança?
Romanos (5/3-5):” E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação
produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a
experiência, esperança.
Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus
é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos
foi outorgado.”
Ou seja, da perseverança ou paciência, descendem a
experiência, e a esperança, que é de vital importância para os
cristãos.
E por que é de vital importância?
Romanos (8/24):” Porque, na esperança, fomos salvos.”
Quão importante é a prova da nossa fé!
1 Pedro (1/6,7):” Em que vós grandemente vos alegreis,
ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por
um pouco contristados com várias tentações, para que a prova
da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é
provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na
revelação de Jesus Cristo.”
Ou seja, ao invés de gozo, a prova da nossa fé, pode nos
causar tristeza.
2 Coríntios (7/10):” Porque a tristeza segundo Deus
produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz
pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.”
Evidentemente a tristeza da qual se referiu o apóstolo
Pedro, é a tristeza segundo Deus, que produz arrependimento
para a salvação.
Por isso de um modo ou de outro, estejamos firmes
durante a prova da nossa fé. Porque é deste modo que
alcançaremos a perseverança ou paciência, e consequentemente
a experiência e a esperança, que nos livra de toda a confusão
religiosa.

O PODER E A SABEDORIA DE DEUS


Jeremias (10/12):” O SENHOR fez a terra pelo seu
poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua
inteligência estendeu os céus.”
Mas o que é o poder e a sabedoria de Deus?
1 Coríntios (1/22-24):” Porque tanto os judeus pedem
sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos
a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para
os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus
como grego, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de
Deus.”
Ou seja, o poder e a sabedoria de Deus é Jesus Cristo!
E quem é Jesus Cristo?
João (1/1):” No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus.”
João (1/14):” E o Verbo se fez carne e habitou entre
nós...”
Apocalipse (19/13):” Está vestido com um manto tinto
de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus...”
Jesus Cristo é a Palavra de Deus!
O poder e a sabedoria de Deus é Cristo, e Cristo é a
Palavra de Deus.
Hebreus (11/3):” Pela fé, entendemos que foi o universo
formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a
existir das coisas que não aparecem.”
Salmo (34/4):” Porque a palavra do SENHOR é reta e
todo o seu trabalho é em fidelidade.”
Salmo (34/6):” Pela palavra do SENHOR foram feitos
os próprios céus, e pelo espírito de sua boca ( pelo sopro de
sua boca) todo o exército deles.”
Salmo (34/9):” Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou,
e tudo passou a existir.”
Hebreus (1/1,2):” Havendo Deus, outrora, falado,
muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu
herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
Ou seja, quem se dedicou à arquitetura foi Deus, e Jesus
Cristo se encarregou de executar, fazer cumprir o que fora
arquitetado.

A META DE DEUS PARA AS NOSSAS VIDAS

Todos, sem exceção, almejam milagres e maravilhas em


suas vidas. Porém, são poucos os que se dispõem a pagar o
preço, que nada mais é do que andar de acordo com a direção
de Deus, para que estas coisas venham manifestar-se.
Lucas (17/11-14):” De caminho para Jerusalém,
passava Jesus pelo meio de Samaria e Galiléia.
Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez
leprosos, que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus,
Mestre, compadece-te de nós!
Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos
sacerdotes.
Aconteceu que, indo eles, foram purificados.”
Talvez os amigos estejam se perguntando:” Jesus não
poderia ter purificado-os, ali? Por que mandou-os, aos
sacerdotes?”
É porque na realidade, para o milagre acontecer, os
mesmos tinham que andar, e para fazê-los andar, Jesus usou
como meta os sacerdotes.
O termo andar, neste caso, pode ser inserido no contexto
desenvolver-se espiritualmente.
Alguém que vai à igreja, mas não retém o conteúdo das
mensagens passadas pelo preletor, ao contrário, sai do recinto
Sagrado, e já está focado nas coisas do mundo, todos os dias
abre a Bíblia, lê um verso apressadamente e torna a fechá-la, ou
seja, não estuda um versículo a luz de outro versículo, não pode
exigir que o extraordinário manifeste-se em sua vida, uma vez
que está parado no campo espiritual.
Estas coisas magnânimas são para aqueles que são
movidos pelo entendimento e pelas instruções de Deus, obtidas
diariamente garimpando as Escrituras, e que a cada dia, mais e
mais nos aproxima da meta traçada por Deus para as nossas
vidas.
Por que o espanto? Pois como Jesus traçou uma meta para
os dez leprosos, que era ir até os sacerdotes, Deus traçou antes
da fundação do mundo, uma meta para cada um de nós, e o
emocionante nisso, é que durante o percurso, coisas
maravilhosas, além das ordinárias, pode ocorrer conosco, como
o livramento de um leve defeito físico, moral, ou o resarcimento
de tudo que se havia perdido, do mesmo modo que ocorreu com
os leprosos, que, quando se deram conta estavam curados.
Contudo, para isso acontecer, primeiro tiveram que andar,
assim como Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, que
estava assentado à beira do caminho, mas quando Jesus mandou
chamá-lo, lançou de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter
com Jesus, tornou a ver, e continuou seguindo Cristo Marcos
(10/46-52), não pàrou.

RECEITA PARA SE TER UMA MENTE CALMA

A nossa mente parece ser agitada por natureza.


Em questão de minutos produz em grande escala,
desordenadamente, pensamentos de toda a espécie e gênero.
Na maioria das vezes eles não condizem com a realidade
de cada indivíduo. Por isso é natural nos sentirmos como que
soltos no espaço, uma vez que esses pensamentos não têm
poder para nos dar alicerce, sustentáculo.
Muitas vezes pensamos, pensamos, fantasiamos,
fantasiamos, e atingimos um esgotamento mental tão intenso
que nos dá a nítida e dolorosa sensação de que a quaisquer
momento a nossa cabeça irá explodir.
Mas como ter uma mente calma, capaz de produzir
pensamentos saudáveis?
Bem! Paulo, o apóstolo dos gentios, nos dá a seguinte
recomendação em Romanos (12/3):” ....pela graça que me é
dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo
além do que convém; antes, pense com moderação, conforme
a medida da fé que Deus repartiu a cada um.”
Pronto! Aí está a receita para se ter uma mente calma,
capaz de produzir pensamentos saudáveis.
Basta pensarmos de acordo com a medida da fé que Deus
repartiu a cada um.
Se Deus deu fé a determinada pessoa para fazer dela um
advogado, esta pessoa deve pensar em coisas que dizem
respeito a advocacia, e não em medicina, por exemplo...
Agindo deste modo teremos uma mente centrada,
equilibrada, tomada pela quietude e sossego.
O HUMILHAR-SE A DEUS

2 Tessalonicenses (2/16), nos diz, que Deus, nos deu


eterna consolação e boa esperança, pela graça.
Mas como a graça de Deus torna-se manifesta em nossas
vidas?
Tiago (4/6):” Deus resiste aos soberbos, mas dá graça
aos humildes.”
1 Pedro (5/5):” ...cingi-vos todos de humildade, porque
Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a
sua graça.”
Tiago (4/10):” Humilhai-vos na presença do Senhor, e
ele vos exaltará.”
1 Pedro (5/6,7):” Humilhai-vos, portanto, sob a
poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos
exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele
tem cuidade de vós.”
Quando nos humilhamos a Deus, Ele nos exalta, ou seja,
nos concede a sua graça.
E como nos humilhamos a Deus?
Nós nos humilhamos a Deus, lançando sobre Ele, isto é,
lançando sobre o entendimento que temos da Palavra, toda a
nossa ansiedade.
Vamos agora reduzir os versos (6,7) de 1 Pedro (5):”
Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus,
lançando sobre ele, toda a vossa ansiedade.”
É deste modo que nos humilhamos a Deus.
Lucas (14/11):” Pois todo o que se exalta será
humilhado; e o que se humilha será exaltado.”
Lucas (9/48):” ..., porque aquele que entre vós for o
menor de todos, esse é que é grande.”
Filipenses (2/5-9):” Tende em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo Jesus;...pois ele..., a si mesmo se
humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de
cruz.”
Filipenses (3/15,16):” Todos, pois, que somos perfeitos,
tenhamos este sentimento; e, se porventura, pensais doutro
modo, também isto Deus vos esclarecerá.
Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos.”
Portanto, meus amigos, submetam-se ao entendimento
que já alcançaram, jogando sobre este entendimento, toda a
inquietação, e ansiedade.
Filipenses (4/6):” Não andeis ansiosos de coisa
alguma...”
Quanto ao mais, andem, em conformidade com este
entendimento já alcançado, porque mesmo os amigos não se
dando conta, Deus tem cuidado de vós.
AS DUAS NATUREZAS

Vez por outra a aflição vem sobre nós com intensidade,


tal, que nos deixa completamente sem ação.
No coração ela parece um bichinho corroendo-o,
continuamente, e nem para orar temos força.
Tudo o que conseguimos fazer é suspirar.
A esperança e a confiança tornam-se nulas, e jogar-se num
cantinho qualquer, e não mais existir, não mais sentir, não mais
pensar, é o que passamos a desejar.
Contudo Romanos (8/26), nos diz que o Espírito ajuda as
nossas fraquezas, e que o mesmo Espírito intercede por nós com
gemidos inexprimíveis, ou seja, mesmo não havendo alento em
nós para clamarmos por socorro, o Espírito Santo, nos auxilia,
fazendo frente diante do Pai ao nosso favor.
O apóstolo Paulo, em 2 Coríntios (12/10), afirmou que
sentia prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições....Porque, quando era fraco, então é que era forte.
Na teoria até acho bonita esta afirmação do apóstolo.
Agora, vivê-la na prática eu não gosto nada, nada, e sei
que os amigos também não gostam.
Só que o ser que somos exteriormente não tem a mínima
chance de fugir deste incômodo, uma vez que o ser que somos
interiormente é valente, e regozija-se com a aflição.
Tem momentos que a vontade é gritar, chutar as paredes.
Mas quando o que somos exteriormente se dá conta, que, nem
para isso tem forças, acaba se redendo, e o que prevalece é a
vontade de chorar, e não importa a idade, nem o sexo, nem o
dito que “ homem não chora”, as lágrimas descem em nossos
rostos copiosamente, porque o homem que somos naturalmente,
não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente 1 Coríntios (2/14).
Como entender um intenso ataque de aflição, capaz de
fazer o homem natural contorcer-se de dor, ao passo que isso
resulta em alegria ao Espírito!?
Isso não parece loucura?
2 Coríntios (4/16-18):” Por isso, não desanimamos; pelo
contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa,
contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz
para nós eterno peso de glória, acima de toda a comparação,
não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não
vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não
vêem são eternas.”
Tiago (½):” Meus irmãos, tende por motivo de toda
alegria o passardes por várias provações...”
Isso não parece loucura? Ao homem natural, não parece
apologia ao masoquismo?
1 Coríntios (2/13):” Disto também falamos, não em
palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas
pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.”
Gálatas (5/17):” Porque a carne milita contra o Espírito,
e o Espírito, contra a carne, porque são oposto entre si...”
Romanos (8/5):” Porque os que se inclinam para a
carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam
para o Espírito, das coisas do Espírito.”
Nós temos duas naturezas, isto é, a carnal e a espiritual, e
uma milita contra a outra, ou seja, uma tenta suplantar a outra, e
em virtude desta luta, não há como vivermos o tempo todo no
Espírito.
Tem horas ou dias, que nos inclinamos para a carne e
cogitamos coisas da carne.
Também há fases em que a carne quer se engrandecer por
meio das coisas do Espírito.
Por exemplo, quando compreendi que o SENHOR me
queria como ministro da palavra, minha carne sentiu repulsa.
Contudo, quando o homem que sou espiritualmente,
começou observar alguns líderes, que, começaram do nada, e
hoje, vêem seus ministérios abrangendo, praticamente o mundo
todo, o ser carnal que sou, se alegrou com o deslumbramento
desta glória, e começou colocar pressão, no ser que sou
espiritualmente, querendo obrigá-lo começar ministrar a palavra
de imediato, para, assim poder vangloriar-se, coisa que não
aconteceu, e jamais acontecerá.
Gálatas (4/22,23):” Pois está escrito que Abraão teve
dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre.
Mas o da escrava nasceu segundo a carne; o da livre,
mediante a promessa.”
Agora os versos (29,30):” Como, porém, outrora, o que
nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o
Espírito, assim também agora.
Contudo, que diz as escrituras?
Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum
o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre.”
Ou seja, de jeito algum, a carne usufruirá das coisas do
Espírito.
Quando as coisas do Espírito estão prestes a manifestar-se
fisicamente, os intentos da carne são lançados fora, sem esforço
algum. Porque não é por força nem por poder, mas sim pelo
Espírito Zacarias (4/6).
Eu estava entusiasmado com a possibilidade de ter um
programa de rádio. No entanto, quando isso estava prestes a se
concretizar, o entusiasmo do homem que sou exteriormente foi
lançado fora, e o ter um programa de rádio, passou a não mais
fazer sentido, e passei a fazê-lo pela graça de Deus, e não
mediante a minha vontade. Pois se desse vazão a minha
vontade, eu ficaria em casa descansando, de modo que, assim
vivo na prática o que o apóstolo Paulo viveu.

Romanos (7/15):” Porque nem mesmo compreendo o


meu próprio agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que
detesto.”
Desde então passei a entender na prática o que o apóstolo
diz em 2 Coríntios (6/9,10):” ...Como desconhecidos e,
entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo
e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não
mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas
enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.”
Ou seja, o ser que sou exteriormente é desconhecido,
quase inexistente, o que sou interiormente saiu do barco e deu-
se a conhecer.
A minha carne é como se estivesse morrendo, uma vez
que não vê sentido nas coisas do Espírito, que por meio da
graça, vive e age, e isto é como um castigo ao homem que sou
exteriormente, que está sempre triste, ao passo que, o homem
que sou interiormente está sempre alegre.
O ser que sou exteriormente é pobre, o interior enriquece
a muitos.
O exterior nada tem, mas o interior possui tudo, e tenho
inteireza de fé, que enquanto alguns estão neste estágio, a carne
de outros neste momento, está em estado de soberba e altivez,
ansiosa para ver as coisas que dizem respeito ao Espírito,
tornarem-se manifestas, para assim poder exaltar-se por meio
delas.
Só que no dia da manifestação física das coisas do
Espírito, cumprir-se-á, o que está escrito em Isaías (2/11):” Os
olhos altivos dos homens serão abatidos, e a sua altivez será
humilhada; só o SENHOR será exaltado naquele dia.”
Ou seja, os sentimentos e propósitos da carne serão
lançados fora, porque de modo algum as coisas da carne serão
herdeiras com as coisas do Espírito, isto é, no dia do
cumprimento das promessas de Deus, só as coisas que dizem
respeito ao SENHOR serão glorificadas, e uma vez que não
poderá jactar-se por meio delas, o ser exterior, isto é, a carne
desses outros mostrará total desânimo em relação as coisas
efetivadas pelo ser interior.
Isaías (2/17):” A arrogância do homem será abatida, e a
sua altivez será humilhada; só o SENHOR será exaltado
naquele dia.”
Meus amigos! Fiquem cientes de que a carne não terá vez,
no dia do cumprimento das promessas de Deus em vossas vidas.
O LONGE DA OPRESSÃO, E TAMBÉM DO ESPANTO

Isaías (54/14):” Serás estabelecida em justiça (


referindo-se a Sião), longe da opressão, porque já não
temerás...”
Ou seja, a opressão só torna-se manifesta, quando há
temor.
Por exemplo, existe pessoas que têm um medo
assombroso, de perder o emprego.
Esse emprego torna-se o seu opressor.
Primeiramente, porque temendo perdê-lo, acaba se
tornando massa de manobra nas mãos de seus superiores, isto é,
um “ fantoche”.
Em segundo, é que a insegurança a impede de ter um
minuto se quer de paz, fazendo com que o seu dia a dia, seja um
contínuo pesadelo, com flexes aterradores.
Um cachorrinho vira-lata, vem latindo em nossa direção.
Se batermos o pé, certamente ele fugirá de nós. Contudo,
se demonstrarmos medo, o mesmo nos ataca, e até ousa morder
os nossos pés.
O mesmo ocorre com aquelas coisas que para nós são
motivo de temor.
Mas por que vez por outra entramos em temor?
1 João (4/18):” No amor não existe medo; antes, o
perfeito amor lança fora o medo.
Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme
não é aperfeiçoado no amor.”
Ou seja, o tormento e a opressão são produtos fictícios,
gerados pelo temor.
Porém, quando nos alicerçamos no amor, não mais existe
temor, e onde não há temor, não mais existe tormento, nem
opressão.
Mas se ainda há alguém que teme de contínuo, este
alguém ainda não foi totalmente aperfeiçoado no amor.
“ ....O perfeito amor lança fora o medo.”
Esta parte do versículo deixa claro que o temor pode
surgir, mas o perfeito amor lança-o, fora.
Nós seríamos hipócritas, se afirmássemos que nunca
tememos.
Vez por outra surge em nosso coração, uma pontinha de
medo, mas quase que de imediato, esta pontinha de medo é
deletada, apagada pelo amor, produzido pelo Espírito.
Vamos conferir agora, todo o versículo (14) de Isaías
(54):” Serás estabelecida em justiça, longe da opressão,
porque já não temerás, e também do espanto, porque não
chagará a ti.”
A pessoa que tem o amor produzido pelo Espírito Santo,
agindo ativamente em sua vida, não se espanta com mais nada.
1 Coríntios (13/4-7):” O amor é paciente, é benigno; o
amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,
não se conduz inconvenientemente, não procura os seus
interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se
alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Todas essas substâncias do amor, enfatizadas pelo
apóstolo Paulo, fazem dos cristãos “ pedras que vivem” 1
Pedro (25).
O mesmo nada mais sente, uma vez que passa a andar por
fé, e a fé que atua pelo amor Gálatas (5/6).
No início o ser “ pedra que vive” me causava estranheza,
porque via pessoas, diante de uma má notícia, por exemplo,
lamentar e expressar sentimentos, ás vezes de indignação,
outras vezes de tristeza, porém, eu nada sentia. Continuava
imóvel e consistente interiormente.
Por este motivo, seguidamente me perguntava: Será que,
realmente estou servindo a Deus? Pois não há mais em mim
sentimento algum?
Na falta de entendimento, achava que os sentimentos
deveriam tornar-se mais latentes, nos cristãos já regenerados.
Contudo hoje sei, que tudo é possível ao que crê, e não ao
que sente, pensa, e vê.
As Escrituras não dizem: Tudo é possível ao que sente,
mas sim: Tudo é possível ao que crê.
Os sentimentos são produtos da carne, e a fé que atua pelo
amor, que faz do cristão “ pedra que vive”, é fruto do Espírito,
e quando deixamos o Espírito agir, aos poucos os sentimentos
são dinamitados. Acho que fica melhor deletado, apagado.
Condiz mais com o trabalho do Espírito, que é sem
estardalhaço.
VIRTUDES QUE NOS ELEVAM

Provérbios (14/29):” O longânimo ( isto é, o


conformado com os sofrimentos ou provações) é grande em
entendimento, mas o que é de espírito impaciente mostra a sua
loucura.”
A pessoa que deixa esta virtude agir quando necessário, é
um ser possuído pela faculdade de conceber e entender as
coisas.
Tem ideia clara de tudo ao seu derredor.
Aliado a longanimidade, o domínio próprio, também é
uma virtude de valor inestimável. Pois é ele quem modera o
nosso espírito, e que não nos deixa ultrapassar a esfera divina.
Provérbios (25/28):” Como a cidade derribada, sem
muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.”
O espírito de José, por exemplo, queria castigar seus
irmãos, que o haviam vendido como escravo. Contudo, o
mesmo conteve-o, e deu-se a conhecer aos mesmos.
Gênesis (45/4,5):” Disse José a seus irmãos: Agora,
chegai-vos a mim.
E chegaram-se. Então disse: Eu sou José, vosso irmãos,
a quem vendestes para o Egito.
Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra
vós mesmos por me haveres vendido para a qui; porque, para
conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.”
Gênesis (45/7,8):” Deus me enviou adiante de vós, para
conservar vossa sucessão na terra e para vos preservar a vida
por um grande livramento.
Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim
Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua
casa, e como governador em toda a terra do Egito.”
O longânimo é grande em entendimento, e José mostrou
ter um entendimento grandioso. No entanto, se o mesmo não
tivesse força para conter o seu espírito, este entendimento seria
nulo.
A FÉ E O SEU SINCRONISMO

Hebreus (1/1):” Ora, a fé é a certeza das coisas que se


esperam...”
Ou seja, em todos os lugares têm um problema esperando
uma solução, e uma solução esperando um problema para
solucionar, e estas coisas se atraem.
O desafio de Golias, também foi uma manifestação da fé.
1 Samuel (17/15,16):” Davi, porém, ia a Saul e voltava,
para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém.
Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e a tarde; e
apresentou-se por quarenta dias.”
O gigante filisteu sabia, porque sabia que deveria duelar
com alguém, pertencente a Israel.
Davi sabia, porque sabia que alguém estava lhe esperando
para um embate, ou seja, os dois se atraiam como imã.
Só que não estava havendo sincronismo entre os mesmos.
Quando Golias chegava-se pela manhã, Davi estava
voltando para apascentar as ovelhas de seu pai.
Quando chegava-se à tarde, Davi estava no caminho indo
a Saul.
Foi preciso uma ação física de Jessé, pai de Davi, para
colocá-los em sincronismo.
Uma pessoa tem determinado problema. Você possui
habilidade para solucionar o tal problema.
Embora atraindo-se espiritualmente, as circunstâncias
provenientes deste sistema de coisas, faz com que vocês se
mantenham afastados fisicamente, fora de sincronismo.
Se num espaço de quarenta dias uma ação física, como a
de Jessé, no caso de Davo e Golias, os colocar em sincronismo,
tudo bem.
Mas se demorar quarenta, cinquenta anos?
Misericórdia!
Nós temos que ter muito cuidado com as circunstâncias.
Pois elas nos fazem reféns do acaso.

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