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Faculdade Anísio Teixeira

Ravena Lima

Ação Moral e o Filme Obrigado por Fumar – Relações intrínsecas

Feira de Santana, 17 de Setembro de 2010.


Faculdade Anísio Teixeira

Ravena Lima

Ação Moral e o Filme Obrigado por Fumar – Relações intrínsecas

Trabalho avaliativo
apresentado ao mestre
Danilo Weber que ministra
a disciplina Ética e
Legislação Publicitária do
curso de Comunicação
Social – hab. Publicidade e
Propaganda da Faculdade
Anísio Teixeira.

Feira de Santana, 17 de Setembro de 2010.


Ação Moral e o Filme Obrigado por Fumar – Relações intrínsecas

Apresentação

O objetivo deste trabalho é demonstrar de forma descritiva as ações


morais ou amorais relacionadas ao filme de Jason Reitman, baseado em livro
de Christopher Buckley – Obrigado por Fumar (Thank You for Smoking). A
atividade conhecida como lobby é legal nos Estados Unidos, mas proibida em
diversas partes do mundo (como no Brasil). Ela consiste em tentar influenciar
políticas de governo em favor das empresas. É dos dilemas éticos mais
comentados na atualidade.

O que Capacita os Seres Humanos a Agir Moralmente

Um requisito básico para agir moralmente é a autonomia, uma


habilidade de tomar suas próprias decisões, governando a si mesmo e ter a
consciência disto. É assim que age o personagem fílmico Nick Naylor (Aaron
Eckhart) em ‘Obrigado por Fumar’, suas obrigações específicas de ser o porta
voz de um empresa de cigarros que propõe o capitalismo de forma saudável
remete apenas a interesse pessoal dele, o ‘pagar a hipoteca’, o filme trata de
forma cínica e bem humorada uma sátira às atitudes desesperadas do senado
norte-americano para prejudicar os negócios bilionários das indústrias de
tabaco e o papel que cada um de nós compõe na sociedade capital para
integrar nossos próprios interesses e condenar os dos outros como se fosse
amoral tais atitudes alheias e não as nossas já que temos sempre um discurso
pronto para justificar tais ações.

Naylor representa a síntese de um mundo de aparências, recheado de


fórmulas que servem apenas para esconder a frieza e a barbárie do
capitalismo, um péssimo exemplo de moral e ética, driblando os alarmantes
números de mortes provocados por tabaco com discursos vazios, porém
eficientes. Seu carisma é a chave para se dar tão bem. Para atingir algum
propósito ou satisfazer algum desejo, agimos de uma forma em que ‘os fins
justificam os meios’ – Maquiavel. Poderíamos nos perguntar se esta motivação
a algo identifica a moralidade que acreditamos possuir e julgar a ação de
outras pessoas. Todos nós somos conduzidos por um motivo trivial: o interesse
próprio e suas prioridades.

Os interesses pessoais muitas vezes entram em conflito com os


interesses dos outros ou até dos interesses nossos que queremos para os
outros como relata o filme em que Naylor repetidamente diz que trabalha
apenas para pagar as contas, porém sua atenção muda de foco e ele passa a
se preocupar com o interesse que seu filho Joey (Cameron Bright) está
construindo em relação ao seu trabalho como lobista, uma espécie de assessor
de imprensa, contudo num grau mais elevado e sofisticado; alguém que tenta
influenciar a opinião pública através de uma mensagem manipulada.

O filme deixa claro que passa a se comportar com uma postura de


"moral flexível", ele se sente acuado quando lhe é questionado se permitiria
que seu filho começasse a fumar, sua resposta é afirmativa, entretanto em a
atuação de Aaron Eckhart demonstra que os pensamentos do personagem são
outros, são negativos. No entanto, no atual contexto das relações econômicas,
onde a liberdade de mercado e a individualidade são valores supremos, até
mesmo as ações de um assassino múltiplo podem ser consideradas legais e
por isso no filme Nick continua em sua rotina de argumentações em vez de
negociações.

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