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O posicionamento do design no mercado de trabalho

1. Apresentação
2. Resumo
3. Introdução
4. Design: da prática à gestão
5. O mercado de informática
6. "Campo de batalha"
7. Empresário com design
8. Perfil do profissional do design
9. Pesquisa
10. Conclusões
11. Bibliografia
12. Anexos

APRESENTAÇÃO

Na atualidade é comum nos depararmos com a necessidade de explicar a


posição do gestor do design, ou mesmo do design, para uma
organização. Este projeto visa apresentar as dificuldades e
facilidades do relacionamento entre empresariado e design, pontuando
os acertos e erros de ambas as partes.

O interesse é apresentar a situação atual e mostrar o posicionamento


do profissional do design como uma estratégia no mercado
(necessária) como tantas outras profissões. O mundo empresarial deve
se aproximar e visualizar as possibilidades que o design pode
oferecer com o papel do gestor dentro do processo.
RESUMO

Esta Monografia procura avaliar a situação atual do


relacionamento/posicionamento do design em relação ao mercado de
trabalho (empresariado brasileiro). O mercado do design é
diversificado, e o número de empresas e segmentos atuantes no
mercado é maior ainda, Com o objetivo de pesquisa deste trabalho foi
estudado o design gráfico no mercado de suprimentos de informática,
mas com foco no design de forma ampla.

São apresentadas diversas visões de autores, e desenvolvida uma


pesquisa específica para auxiliar na formação de um retrato
analítico do comportamento da categoria: design no mercado atual.

Como eixo deste trabalho a visão da gestão do design permeia todo o


contexto com uma análise crítica, fundamentada em um mercado que
começa a se relacionar com a profissão design visando a gestão como
perspectiva de futuro.

Abstract

This Monograph has the objective of evaluating the Design Category


role in the actual Brazilian market. The range of the Design
activities is wide and the number of companies focused in this
activities is even wider. For this specific job a research about the
design role in the computing/informatics market was done but
focusing the overall Design role.

This research was based on different authors’ visions and it


presents the role of the Design Category in the modern market.

This monograph is based on the concept of what the Design Management


means and on the analysis of how the companies are is beginning to
understand the role of the Design Professionals in their future.
INTRODUÇÃO

"DESIGN – A beleza e o estilo ganham o centro das atenções no mundo


de hoje e influenciam a economia, o comportamento e a cultura".
Estas são as palavras de abertura da matéria publicada em 26 de Maio
de 2004 pela revista Veja.

Diversos segmentos no mercado brasileiro vêm se mostrando


interessados em design; a busca pela "perfeição" formal, o belo como
componente vital da economia moderna. O valor de uma garrafa
desenhada em 1915, que hoje é um ícone no meio do design em todo o
mundo, uma força de imagem que usa a estratégia da "parte como um
todo" e mesmo sem as assinaturas seus anúncios são reconhecidos; a
cor de sua identidade visual é referência no meio gráfico, isso é
exemplo da força do design e de uma gestão bem estruturada e
permanente. Quando o assunto é design, a Coca-Cola registra sua
história.

Em outro segmento a Benetton marcou presença usando o design com a


força da imagem, campanhas intensas com placas de outdoor; tendo
como tema: "As diferenças"/preconceitos. Em muitos países esta
campanha não foi tão favorável à marca devido ao pré-conceito do ser
humano. Imagens com padres beijando freiras, negros abraçando
brancos, conotações homossexuais, no entanto, esta trajetória marcou
a história da empresa, tornando-a reconhecida no mundo todo.

Com inúmeras possibilidades para estudos e casos consagrados com a


aplicação da gestão do design como ferramenta estratégica, este
projeto de pesquisa foca e faz uso do segmento de informática. Não
menos clássico que os exemplos já apresentados o nome de Steve Jobs
se destaca no meio do design. Com a vida embasada na gestão do
design, o idealizador e fundador da Apple desenvolveu a empresa e em
1985 acabou por ser expulso pelos sócios, devido a seu comportamento
temperamental. Diante de uma crise na Apple em 1997, a empresa o
recontratou, Jobs retornou como consultor revolucionando a empresa
que retoma o crescimento, e lança uma inédita linha de computadores,
com base na gestão do design elaborada por Jobs. A Apple lançou em
1998 o iMac, diferenciado no design, no posicionamento da marca e
ditando novas regras dentro deste mercado, mais um marco no
segmento. Em 2001, frente ao movimento da música digital e
veiculação de arquivos por meio da internet, Jobs se mostra à frente
de seu tempo mais uma vez e cria um aparelho compacto
revolucionário, capaz de armazenar grande quantidade de músicas:
surge o iPod.

Estes exemplos mostram o design utilizado como diferencial, gerando,


como conseqüência, repercussão internacional e sucesso de modo geral
para as empresas. No cenário nacional, o posicionamento dos
profissionais que atuam com design demonstra que ainda há muito a
amadurecer.

Apesar das constatações apresentadas até aqui, observa-se que a


profissão relacionada ao design já apresenta dificuldades na sua
própria apresentação: "Desenho industrial, comunicação visual,
programação visual, projeto gráfico, desenho gráfico (...)São tantos
os designativos para a profissão que volta e meia surge novamente à
questão de se encontrar um nome único capaz de sintetizar e traduzir
o que fazemos. E isso não é nada fácil..." (Strunck – Viver de
design).

O trabalho do profissional de design inicia-se no momento de sua


apresentação, onde é necessária uma ampla explanação sobre o que
faz, para depois oferecer seus serviços, sendo que em muitos casos o
"contratante" não compreendeu ainda a sua função; isso dificulta o
início da relação e conseqüentemente o trabalho a ser realizado.
Muitas são as bibliografias que trazem esta questão com outra
abordagem, mas que na verdade apontam as dificuldades desta relação.
"A importância do design para sua empresa" – elaborado pela CNI,
COMPJ, SENAI/DR, RJ, "... que tem como objetivo contribuir para que
as empresas estejam mais informadas sobre os potenciais benefícios e
aplicações do design e decidam pela maior utilização em suas
atividades ..." traz claramente a dificuldade dos empresários em
compreender o "papel" do design, inclusive com uma linguagem
didática e esclarecedora dirigida a qualquer público, mesmo os mais
leigos no assunto design.
Outro ponto muito importante, que identifica esta carência é citado
por Strunck em seu livro "Viver de design", onde é apresentado "O
caçador e o fazendeiro". Esta apresentação ilustra a necessidade do
trabalho de um desenvolvedor (gestor) em design dentro de um
escritório e de uma outra "figura", o comercial, que tem o foco na
busca dos clientes, sendo este segundo uma peça estratégica para que
o negócio "design" funcione.
Dessa forma, a proposta desse estudo é formar uma imagem da relação
entre o design e os empresários, apresentando o posicionamento atual
dos profissionais de design perante as empresas, seja ele contratado
ou prestador de serviços, e qual é a percepção que os empresários
têm da categoria. Como as bibliografias não convergem apontando
claramente a situação atual do mercado, e nas opiniões de diversos
autores a relação/posicionamento do profissional do design é somente
comentada, realizou-se uma pesquisa qualitativa para verificar na
prática como é visto o design pelos profissionais da área e qual a
situação atual. Estes pontos serão explorados nas páginas seguintes,
mas uma realidade é a presença do design no mundo empresarial, cada
vez mais como estratégia para as empresas; em eventos, associados ao
marketing e no dia-a-dia. As feiras de negócios são as maiores
provas de força da gestão do design, desde o projeto de stands às
estratégias de aproximação dos clientes com os produtos, passando
pelo uso da imagem e posicionamento frente a concorrência.
Ana Luisa Escorel, designer com projeção internacional, forte
atuação no meio acadêmico e com diversas matérias publicadas em
diversos veículos, como Folha de São Paulo, autora do livro "Efeito
Multiplicador do Design", apresenta sempre uma visão crítica sobre o
design.
Segundo ela, é comum que o campo do design seja invadido por outras
áreas, como o marketing, por exemplo. Isto ocorre porque um projeto
de design nunca está em uma " linha reta que conduz o profissional
do conceito à fabricação."
O interesse financeiro, comprometido com as vendas, em muitos casos
é a direção do trabalho, deixando-se de atender as "necessidades
específicas a serem abordadas por meio das metodologias de projeto,
próprias do design". A criação acaba por atender ao gosto do
cliente; dificilmente a decisão será definida por quem vai consumi-
la, ou com base na visão do consumidor, que é geralmente de onde
nasceu o trabalho e de onde se busca os conceitos.
Outra dificuldade é que as questões culturais no Brasil também regem
o posicionamento do design, em comparação a Europa, América do Norte
e Japão. O marketing também é trabalhado estrategicamente, mas a
diferença é que seu domínio é muito mais limitado. Isso favorece a
atuação do design. Na Europa, folhetos de materiais promocionais que
promovem por exemplo, eventos ligados a dança, shows culturais,
campanhas educativas, não podem ser explorados comercialmente como é
feito no Brasil; empresas não podem aplicar seus logotipos ligando o
evento a sua marca, com o objetivo de promoção comercial. Este tipo
de evento é tratado como cultural e toda a criação é definida com
este conceito, sem a necessidade de fiscalizações, pois a cultura é
respeitada.
Como no Brasil não existe esta reserva, este mercado cultural é
visto como oportunidade de negócio, sendo coordenado já com fins de
divulgação e a criação direcionada de forma comercial. " Não há
imaginação gráfica que vença o teste desse exagero"... "engajamento
à idéia de que todo espaço deve ser concebido como espaço de venda."
Em meio a este cenário de influências e influenciados, de domínio e
dominados, o design fica perdido entre os conceitos (seu ideal) e o
capitalismo, como agravante para o fortalecimento da categoria, que
é justamente a que categoria pertencer. Se design não é ciência, não
é arte nem artesanato, não possui estrutura multidisciplinar nem
pode se configurar como técnica de vendas, o que vem a ser design em
suma?
Como se tornou bastante evidente desde meados de 1963, data da
fundação da ESDI – Escola Superior de Desenho Industrial., e da
introdução sistemática do design no Brasil, as razões dessa
resistência que se observa em relação a eles são, primordialmente,
de origem cultural. Talvez seja pedir muito de um país, que insiste
em valorizar a improvisação, a malandragem, o artesanal e o uso
leviano da palavra OCA, que compreenda a disciplina precisa da
atividade de projeto aplicada à produção industrial ou pós-
industrial e passe a se interessar por essa forma de expressão...
O design no Brasil ainda não tem tradição, sofre com pouco apoio do
Estado, tendo as conseqüências do seu mal posicionamento, mas ainda
se fortalece como ferramenta de venda, poderia ser visto como força
estratégica melhorando o bem estar social.
A partir dessas considerações, pretende-se, com esta monografia
avaliar a relação entre empresários e profissionais do design, com
uma visão da tendência da gestão do design.
Para essa avaliação serão verificadas e confrontadas diversas visões
de autores em relação ao tema, será apresentada a imagem da relação,
evitando-se conceituações técnicas, será identificada a
"problemática" da comunicação, e a evolução do design para a gestão
do design.
1. DESIGN: DA PRÁTICA À GESTÃO
Após a Revolução Industrial, com o movimento Arts&Crafts, William
Morris (considerado por vários autores como um dos precursores do
design) visualizou na época a necessidade da transformação de
produtos até então artesanais em produtos manufaturados em série
(industrializados). Partindo então desse período até os dias
contemporâneos, a definição do que é Design vem sendo apresentada
com os mais diversos focos.
Segundo André Villas-Boas, o Design está muito além do conceito
forma/função. Deve ser definido pela ótica de quem o faz. Ainda
pelas considerações de Villas-Boas o design não é somente uma
situação de combinações, é necessária uma visão holística, além do
entendimento processual para construí-lo.
Em se tratando do design gráfico, mais especificamente, pela visão
da ADG (Associação dos Designers Gráficos), iniciou-se um
desregramento em meados da década de 1980, acentuando-se nos anos
1990 com a chegada do computador. Com esta "nova" tecnologia a
atuação do design começa a se ampliar a partir da apresentação de
novas proposições tais como: Sobreposição de textos, de imagens, de
textos e imagens, misturas de famílias tipográficas e uma série de
outras novidades.
Frente a estas novas possibilidades a atividade do design passa a
atender não mais somente a criação de fachadas, logotipos e marcas e
começa a ter envolvimento maior com as áreas de marketing,
participando ativamente em pesquisas, já apresentando um perfil mais
próximo da gestão.
Segundo parecer de Alexandre Wollner, o design é uma profissão que
deve apresentar equilíbrio entre a arte e a técnica, o suficiente
para não se aproximar da arte propriamente dita e nem da engenharia.
Ainda na visão de Wollner o design no Brasil não depende somente do
profissional, mas principalmente de investimentos e de
credibilidade: o empresário precisa apostar no nosso design.
É uma profissão interdisciplinar, que usa como base diversas áreas
do conhecimento, entre elas: arquitetura, artes plásticas e
comunicação social no desenvolvimento de um projeto, onde deve
existir o envolvimento do profissional (designer) com o ciclo que
envolve o "produto", conhecendo-se também a quem se destina, qual o
envolvimento para uso, a relação física/emotiva, o perfil do cliente
e as etapas de produção. Em todos os âmbitos as expectativas devem
ser atendidas e superadas.
Confrontando-se essas definições, concluímos que, basicamente o
Design constitui-se na aplicação de valores ao produto,
conceituando, atendendo as necessidades de mercado, inovando e/ou
apresentando tendências.
De acordo com essa nova visão do design, fica clara a sua relação
com a gestão empresarial. O design pode e deve ser visto como
estratégico, sendo aplicado da cadeia de produção até o consumidor
final, se fazendo presente nos estudos de processos produtivos,
contribuindo com sua otimização.
Nem sempre o design apresenta uma solução gráfica:
- Um produto que durante seu transporte sofre agressões (manuseio,
empilhamento, condições climáticas) que podem danificá-lo; por meio
de um processo apoiado pelo design, pode-se chegar a uma solução
como um calço e reforço na embalagem, que solucione este incômodo
colaborando com a melhoria do produto, consequentemente com a imagem
da empresa, com o setor de garantia e alterando uma cadeia de
produção de forma benéfica para a empresa.
- Já na outra "ponta" da cadeia produtiva, existe um ponto de venda;
um projeto bem elaborado de embalagem (comunicação visual/projeto de
produto) melhora a apresentação, destacando a empresa da
concorrência, ajudando no estoque da loja. Este trabalho que envolve
o design, com o apoio de estratégias de marketing como promoção de
vendas e campanhas de mídia, gera aumento de receita. Nos pontos de
venda são "travadas" as grandes "guerras" de disputa pela
preferência do consumidor, principalmente quando a compra é por
impulso.
Embora estes exemplos tenham seu eixo de desenvolvimento no design,
são aplicados pela gestão empresarial e ainda são vistos e
entendidos pelos empresários como ações de marketing.
Por outro lado, o profissional que trabalha com uma atividade
relacionada a criação se intitula Designer. Essa situação cria uma
confusão para o público leigo, dificultando a compreensão sobre o
que é de fato o design. Há também um número crescente de
profissionais das mais diversas áreas que se posicionam como
designers, alguns sem qualificação, prejudicando a categoria como um
todo.
No mercado pode-se encontrar arquitetos designers, artistas
plásticos designers, e ainda uma categoria chamada micreiro.
O Designer como profissional atua compondo e contribuindo com o
desenvolvimento de produtos, de mensagens (logotipos, padrão de
identidade, comunicação) e de empresas (posicionamento estratégico,
apresentação consistente durante períodos de tempo, solidificação de
marca). O Designer reúne as informações, transforma-as e materializa
uma idéia.
A situação fica mais grave porque a cada dia a atuação do designer
(formado para tal) se amplia, confirmando o que alguns chamam de
"boom" do design. Esta situação coloca o design na moda, fazendo com
que vários queiram tirar proveito da visibilidade que a profissão
começa a ter.
Entre a "problemática" e a "solução" existe uma distância: o
Designer atua neste espaço. A questão é que este profissional tem
seu potencial direcionado para a criatividade, com base nas
informações que lhe são apresentadas e com as pesquisas realizadas
no inicio do processo.
O trabalho do Designer na busca da "solução", na realidade, é parte
de um processo, muito maior, e este processo deve ser trabalhado
como um todo; inicia-se na "problemática", atinge o mercado, envolve
uma produção, relaciona-se com custos, busca estratégias aliadas a
Marketing. Novamente é encontrada a questão multidisciplinar.
O profissional que conduz e organiza os processos utilizando o
design como ferramenta é o Gestor do design, profissional que
envolve as áreas conduzindo o projeto com a visão ampla, e buscando
os profissionais (agências, designers, engenheiros, administradores,
etc.) que se fizerem necessários para a realização do projeto. O
gestor do design é a pessoa "chave" no processo, responsável pela
sua condução desde a concepção até o controle dos resultados pós-
implantação de uma "solução". É de responsabilidade deste
profissional o fluxo de informações, pesquisas, reuniões,
viabilidade, execução, cronograma, recursos e definições. Desta
forma o gestor do design pode atuar no mercado dentro de agências de
propaganda, em instituições financeiras, no comércio, na
indústria... está presente em todos os campos.
Para este estudo o pesquisador limita a abordagem à gestão do design
e o design dentro da indústria, no segmento SUPRIMENTOS DE
INFORMÁTICA, por se tratar de sua área de atuação, sendo o principal
foco a avaliação da da categoria design.

2. O MERCADO DE INFORMÁTICA
2.1 A HISTÓRIA
Na história da indústria gráfica em meados do século XV, o alemão
Johanes Gutemberg produziu um pequeno invento, que causou uma
revolução para a época: o tipo móvel, uma espécie de carimbo que
permite imprimir uma letra sobre o papel – até então, os livros eram
escritos a mão.
Desde este marco na história, este segmento já evoluiu muito. Apenas
para se mencionar outros marcos nesse processo tem-se: a máquina de
escrever, o computador (1946), PC (1981), fibra ótica, internet
(década de 90). O mundo passa por transformações aceleradas, num
processo constante e evolutivo, muito mais veloz do que no período
imediatamente posterior ao marco de Gutemberg.
O desenvolvimento tecnológico ocorre, em princípio a serviço de uma
vida melhor, onde as necessidades humanas são atendidas por
processadores devidamente ajustados para isso. Nesse contexto é
importante saber conviver bem com as máquinas sem se tornar um
escravo delas.
Assim como Gutemberg foi um importante marco para o processo de
impressão, a IBM em 1981 transformou os grandes computadores que
ocupavam salas e foram desenvolvidos inicialmente para cálculos
matemáticos em um Personal Computer, ou simplesmente PC. A princípio
os PCs ganharam espaço nas corporações, principalmente aquelas que
não tinham dinheiro e nem a necessidade do trabalho com uma grande
máquina; o próximo passo foi a entrada do equipamento nas
residências.
Outro salto foi a internet, que começou com a Guerra Fria, criada
pelo governo dos Estados Unidos. Nos anos 60, o departamento de
defesa americano criou uma rede de computadores com a finalidade de
pesquisar novas formas de comunicação. Seu objetivo era ter uma rede
que resistisse a ataques do inimigo, surgiu então a Arpanet, o
embrião da internet. Mesmo que uma base fosse totalmente destruída,
a rede de comunicação permaneceria. Com a evolução deste sistema em
21 de novembro de 1969 foi trocada a primeira mensagem eletrônica
pela Arpanet, entre a Universidade da Califórnia e o Instituto de
Pesquisas de Stanford.
Em meados dos anos 90, estimava-se em cerca de 50 milhões o total de
usuários de PCs, já conectados na internet em todo o mundo. A partir
de então o crescimento tem sido constante: em 1996 o crescimento
mensal chegou a superar a marca de 20%, com mais de 150 países
conectados. Se os números impressionam, o mercado apresenta ainda
hoje uma reação à globalização; a partir do desenvolvimento da
internet a concorrência deixa de ser local passando a ser global,
trazendo para cada indivíduo, a necessidade crescente de
especialização. Hoje o Brasil compete com o mundo.
2.2 SEGMENTAÇÃO
Como parte desse processo de globalização, o mercado de produtos e
subprodutos de informática, devido à grande velocidade de expansão,
está segmentado entre milhares de categorias (sofwares, hardwares,
prestação de serviços, redes e etc...). No caso de suprimentos de
informática, foco central desse estudo, o cenário atual no Brasil
ainda mostra expansão tecnológica. Tudo que é conectado a um
computador fica classificado como suprimento, mesmo que o produto
seja um acessório. Uma webcam, por exemplo, é um produto com
características próprias, e realmente é um acessório de informática,
mas para classificação no mercado de informática a webcam é
classificada na categoria de suprimentos de informática.
2.3 A DINÂMICA DO SEGMENTO DE INFORMÁTICA
O segmento de informática é uma "roda-viva". Para acompanhamento
deste setor as empresas se reinventam a cada dia, o mercado exige
velocidade e táticas cada vez mais ousadas, sempre tendo como base a
tecnologia e as "necessidades" do consumidor.
Segundo a revista "Gestão" da editora Leitura e Arte em sua edição
de Dez/2005, na matéria "Invasão de lançamentos", escrita por Maria
Lucia Capella Botana, a indústria de informática enfrenta o desafio
de ter um novo lançamento num espaço de tempo cada vez menor, mas o
varejo procura o gerenciamento destes lançamentos.
Faz-se necessária a atuação de um gestor neste processo para buscar
a real necessidade dos usuários e o que realmente é um diferencial
neste mercado.
Fundamentando mais uma vez o papel do gestor, a mesma matéria ainda
cita: "... o que se vê atualmente é a atuação da indústria
brasileira instintivamente no mercado com intuitos mais táticos do
que estratégicos..."
Segundo Chiavenato (1999) administrar constitui a maneira de
utilizar os diversos recursos organizacionais (humanos, materiais,
financeiros, de informação e tecnologia) para alcançar um objetivo.
Administrar, em outras palavras, significa saber orientar um grupo
de pessoas visando alcançar as metas pré-definidas para um
crescimento e constante desenvolvimento. A gestão do design se
mostra como um aliado na busca destes objetivos, e o segmento de
informática precisa ser acompanhado constantemente.
Outro segmento que está diretamente relacionado à informática é o de
imagem, que cada vez mais vem fazendo uso de meios eletrônicos para
sua expansão.
A revista "FHOX" em sua edição de abril de 2004 publicou uma matéria
com o tema: "Impressoras ampliam uso da fotografia". Esta matéria
apresentava os "medos" dos meios digitais que superam os
convencionais no segmento imagem. A matéria apresentava também um
equipamento com recursos digitais que imprime em mídias rígidas e
flexíveis de até 162 cm de largura e até 4 cm de espessura, com
secagem das imagens por meio de raios UV, o que garante a
durabilidade da imagem impressa, mesmo exposta a ambientes externos.
Estes entre outros exemplos devem ser analisados para a uma melhor
compreensão do cenário de mercado que se forma atualmente. A imagem
digital representa um impacto grande no mercado, pois as estruturas
comerciais do setor hoje (2006) ainda são voltadas para atenderem a
revelação de filmes, e o sistema convencional ainda resiste; com
esse desenvolvimento de impressão a tendência é que o "negócio" como
é estruturado hoje deixe de existir.

3. "CAMPO DE BATALHA"
Para estudo do design dentro do mercado de suprimentos de
informática é importante o conhecimento de como está este mercado e
como as empresas se relacionam com ele. Como referência, estudou-se
o mercado para empresas de pequeno e médio porte e também o mercado
de design no setor, visualizando o profissional de design como
funcionário de uma organização ou como prestador de serviços.
Para definição dos parâmetros numéricos se faz necessário o
entendimento do cenário do segmento de informática que se utiliza do
design, e para isso temos como referência a pesquisa "O estágio
atual da gestão do design na indústria brasileira", desenvolvido
pela CNI.
No gráfico são considerados somente suprimentos, não fazem parte
destes números: Materiais elétricos de instalação e componentes
eletrônicos.
Para lançamento de novos produtos, tanto o projeto gráfico como o
projeto de produto devem ser empregados de forma a alinhar o produto
ao mercado, atingindo o máximo potencial de comercialização, onde o
design é um forte diferencial dentro deste segmento.
A cada dia é encontrado no mercado um novo modelo de mouse, com
diferentes atributos como: sensor ótico, ergonomia, embalagem no
formato blister (que apresenta melhor o produto, incentivando a
compra), tecnologia wireless (sem fio), com sensibilidade de pontos
a cada dia maior.
Para acompanhar esta velocidade do lançamento de novos produtos no
mercado, principalmente no segmento informática, que é atualizado a
cada 03 meses, atualmente, o papel de um gestor do design se torna
fundamental no posicionamento de uma marca. No caso de um gestor que
seja funcionário (interno) o nível de exigência é ainda maior,
incluindo a necessidade de alinhamento da comunicação e do
posicionamento da empresa conforme os objetivos pretendidos.

A Gestão do design contribui no desenvolvimento de soluções para


introdução de novos produtos relacionados à informática dentro do
mercado brasileiro. Produtos podem ou não ter sinergia para
ingressar.

Uma nova linha de web cam, por exemplo, contribui com o mix de
produtos e eleva vendas de uma empresa se oferecer um diferencial no
produto. Por outro lado pode simplesmente determinar o fracasso do
lançamento da linha se entrar no mercado para competir por preço.
Este mercado já tem o domínio de algumas marcas, e tem sido
trabalhado de maneira eficiente; por este motivo o diferencial é o
marco para desenvolvimento da linha.

A gestão do design está direta ou indiretamente relacionada a este


posicionamento. Mesmo que a visão empresarial defina este caso como
estratégia de marketing, o fato do produto ter o design diferenciado
já é diferencial, uma embalagem diferenciada oferece vantagem frente
à concorrência. A gestão é presente e determinante neste exemplo.
4. EMPRESÁRIO COM DESIGN

Para que exista uma relação entre as partes é fundamental o


conhecimento do perfil de cada uma delas, e dos mecanismos mais
adequados para estabelecer a linha de comunicação. Para isso
realizou-se um estudo por meio de entrevistas a empresários
brasileiros que atuam com design. O objetivo foi identificar a
imagem por eles percebida do que é design no meio corporativo, sua
compreensão quanto ao papel do gestor do design, investigando se o
diferencial que o profissional tem a oferecer está alinhado com as
expectativas estratégicas do entrevistado. Após esta pesquisa pode-
se perceber como está a visão do empresário em relação ao
profissional do design, orientando o profissional de design pode
trabalhar uma linha de comunicação mais eficaz.

Para complementar a formação da imagem do mercado em relação a


profissão podem ser usados estudos de outras áreas que vem a
contribuir, como por exemplo a pesquisa idealizada pela ADP
(Associação dos Designers de Produto), e realizada pela FGV
(Fundação Getúlio Vargas), detalhado neste capítulo.

4.1 MARKETING E DESIGN

Uma área totalmente relacionada e pode-se dizer integrada ao design


é a área de Marketing e é nela que está apoiada esta fase do estudo.
A ligação emocional do consumidor com o produto influi na decisão de
compra, o ser humano tem necessidade natural de conexão com o outro,
acaba participando e sendo aceito por meio da aquisição de produtos
de consumo do grupo. O valor percebido está em acordo com o status
pretendido. O design se apresenta interagindo com as estratégias de
marketing. Tratando o design como um produto Philip Kotler (1998),
indica o que considera as etapas de uma comunicação eficaz:

"Existem oito etapas no desenvolvimento de uma comunicação eficaz. O


comunicador de marketing (1) deve identificar o público-alvo, (2)
determinar os objetivos da comunicação, (3) elaborar a mensagem, (4)
selecionar os canais de comunicação, (5) estabelecer o orçamento
total de comunicação, (6) decidir sobre o mix de comunicação, (7)
medir os resultados da comunicação e (8) gerenciar o processo de
comunicação integrada de marketing."

Transferindo este conceito e adaptando para a área de design, o


papel do gestor mais uma vez é fundamental na aplicação do design. A
comunicação, o planejamento, o pensamento estratégico são
"obrigatórios" para uma gestão de sucesso em design.

Em Junho/2006, foram apresentados em um evento de nome "CAFÉ COM


DESIGN" os resultados da pesquisa idealizada pela ADP e realizada
pela FGV., junto ao setor de equipamentos médico-odonto-
hospitalares.

Com o foco em design de produtos - e mesmo o segmento sendo


diferente do aqui pesquisado - os números desta pesquisam mostram um
cenário atual, interessante e complementar para este estudo.

- 146 Empresas contatadas, que representam 35% do setor;


- Destes números 87% investem em design, e 13% não investem.

- Das empresas que investem em design 95% declaram que a aplicação


de design aumenta a competitividade;

- Dentro deste índice de 95% foi apresentado que:

80% Aumentaram o faturamento;

85% Consideram design como investimento e não como custo;

90% Reconhecem o design como sendo estratégico;

10% Dizem que é limitado

- Foi estabelecido um comparativo entre as empresas que reconhecem o


design como sendo estratégico (90%) e as que dizem ser limitado
(10%), abaixo este comparativo:

PESQUISADO O AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO NO MERCADO

Importância Limitada: 75%

Importância Estratégica: 95,5%

Conclusão: O design posiciona melhor.

PESQUISADO O AUMENTO DA MARGEM DE LUCRO

Importância Limitada: 25%

Importância Extratégica: 68%

Conclusão: O design gera mais lucro.

PESQUISADO A MELHORA DA IMAGEM DA EMPRESA

Importância Limitada: 50%

Importância Extratégica: 77%

Conclusão: O design melhora a imagem da empresa.

DENTRO DO GRUPO QUE CONSIDERAM O DESIGN ESTRATÉGICO


79% Declaram melhoria na qualidade dos produtos;

66% Aumento da produtividade;

55% redução de custos.

Conclusão: O design é mais do que aparência.

Conclusão da pesquisa com base nos números apresentados:

Design e inovação são os novos diferenciais competitivos.

Conclusão do pesquisador:

Os resultados da pesquisa apresentada reforçam que o reflexo do


posicionamento da categoria permeia todos os segmentos e não somente
o de suprimentos de informática, trata-se de uma questão da
categoria design, sendo esta a provedora de melhorias na imagem, na
estratégia, no posicionamento das empresas e produtos, desde que
utilizado como gestão e não somente como operacional.

O design deve ser uma célula viva e ativa dentro da empresa, para
que os resultados sejam visíveis.
5. PERFIL DO PROFISSIONAL DO DESIGN

Outro "personagem" tem seu papel que deve ser definido. Para isso
foi necessária uma pesquisa, localizando-o, verificando como ele se
posiciona no seu mercado, como está atuando, e até mesmo qual a
definição aplicada a sua profissão.

Como resultado da pesquisa a maior dificuldade está justamente no


posicionamento do profissional de design, conforme já mencionado. A
"defesa" dessa categoria não é ensinada nas faculdades e nem nos
cursos profissionalizantes, este é um ponto que diferencia a
categoria das demais, e talvez a chave da questão esteja justamente
neste ponto.

Esta situação é percebida dentro da categoria, e vai além das suas


fronteiras. É observado o comportamento do gestor do design também
no "Manual de gestión de diseño" publicado por DZ Centro de Diseño,
onde no capítulo 4 item 2 "O labirinto do design" coloca:

"Já dissemos que o design é um tema complexo onde interage muita


gente e confluem várias disciplinas. Todos os profissionais tendem a
observar e a falar do produto, do respectivo ponto de vista: o
designer julga, em muitos casos, que o design começa e termina com
ele próprio; o especialista em marketing considera o design uma
disciplina subordinada às especificações do mercado; o engenheiro de
produto considera tão importante a funcionalidade, precisão e
prestações do mesmo que às vezes esquece outras contribuições.

Também não existe terreno propício na cultura empresarial quando


apresenta algumas deficiências importantes:

- Falta de orientação estratégica e, conseqüentemente, idéias pouco


precisas sobre os produtos e mercados de interesse.

- Defasagem do marketing a nível operacional e, dentro deste,


concentração nas técnicas mais visíveis, geralmente relacionadas com
a promoção e a publicidade. Em conseqüência, há uma falta de
aplicação do marketing como disciplina preocupada em conseguir
oportunidades no mercado, assim como há, a nível operacional, uma
deficiente apreciação do produto como variável de marketing. Como
efeito, nota-se uma <<secura>> nas reflexões sobre o produto.
Perante situações de crise, examina-se tudo antes de inovar o
produto, de modo que uma alteração do mesmo ou o aparecimento de um
novo produto é algo excepcional e pontual.

- Concentração na eficácia produtiva, que fica desvirtuada quando é


qualificada como a única arma concorrencial capaz de esconder uma
orientação exclusiva dependente do custo.

Acrescente-se a isso uma utilização multifacetada do termo que


provoca uma grande confusão..."

Esta citação demonstra que a discussão sobre o posicionamento desse


profissional está em todas as partes, sendo objeto de estudo em todo
o mundo.

A evolução do profissional do design tem sido uma constante nos


últimos anos. Com este desenvolvimento dentro da globalização, da
evolução da informática, com o "modismo"..., começa a busca do
trabalho além das pranchetas. A posição do gestor tornou-se a
evolução natural deste profissional.

Do outro lado, o mercado vem buscando o designer e aplicando o


design com mais intensidade. Cabe ao gestor do design alinhar este
movimento dentro do segmento, buscando um posicionamento de
gerência, de responsabilidade sobre o processo, deixando de ser um
profissional executor passando a ser o elemento estratégico, seja na
agência de propaganda, na indústria ou como autônomo.

Mesmo assim, ainda existe uma significativa dificuldade na


assimilação da cultura do design no mercado brasileiro, Daniel
Borchert Avalone (2004) em monografia de conclusão apresentou "uma
análise crítica à comunicação do designer como profissional ,
mostrando a importância do uso de uma mensagem clara com o cliente e
outros profissionais, sem que haja incoerência do significado dos
termos próprios do designer quando referenciados a uma definição
formal".

A monografia de Avalone apresenta os resultados de uma pesquisa que


contribuiu para confirmar a visão que se tem sobre o perfil do
designer.

Foram pesquisados: 17 designers gráficos (quatro estudantes, cinco


profissionais com menos de cinco anos no mercado e oito
profissionais que atuam no mercado há mais de cinco anos); 4
publicitários com formação em publicidade e propaganda (quatro
profissionais que atuam no mercado há mais de cinco anos em agências
de publicidade); 7 arquitetos (dois profissionais com menos de cinco
anos no mercado e cinco profissionais que atuam no mercado há mais
de cinco anos – todos dos sete atuam diretamente no desenvolvimento
de identidade visual, corporativa ou prestam serviços como designers
gráficos); 6 diretores de arte (atuantes há mais de cinco anos no
mercado, trabalhando em agências de propaganda nas áreas de vídeo,
propaganda e impressos); 5 profissionais que são colunistas ativos
em revistas impressas ou digitais ligadas ao meio.

Foi apresentado o seguinte resultado:

1) Busca no dicionário 2) Incorpora diretamente 3)Pesquisa


formalmente 4) Se concordar incorpora 5) Verifica o significado
1) Sim 2) Não 3) Só quando necessário 4) Periodicamente

1) Sim, alguns não são claros 2) Sim, vários conflitantes 3) NÃO,


nenhum
1) Sim, pois não encontra definições claras 2) Sim, pois acha
muitos conflitos 3) NÃO

Com base nos resultados dessa pesquisa, o pesquisador conclui que os


profissionais relacionados a categoria design têm interesse na busca
de informações e no estudo do design, se deparam com dificuldades da
comunicação dentro da área; 69% discordam dos termos adotados no
Brasil, 23% encontram vários termos conflitantes, estes números são
indicadores de carência de definições e posicionamento na categoria
design.
Outro gráfico aponta para a dificuldade em definir conceitos, sendo
esta uma dificuldade instalada entre os profissionais do design,
assim a imagem formada diante do empresariado brasileiro fica
prejudicada, onde para a defesa de projetos se faz necessária a
imersão do contratante no mundo do design antes de qualquer tomada
de decisão. O impacto desta relação reflete no resultado do projeto
conduzido.

6. PESQUISA
Complementando as informações obtidas pelas pesquisas de terceiros
apresentadas, jugou-se oportuno, nesta monografia, realizar uma nova
pesquisa, o objetivo das pesquisas realizadas foi formar uma imagem
da situação atual do design em ralação ao mercado de trabalho,
trazendo a visão do empresário brasileiro sobre a profissão com
resultados para avaliação qualitativa.
Foram elaborados dois questionários (em anexo) e enviados a 15
profissionais relacionados com o design e o segmento de informática.
Um questionário voltado para o designer responder, o outro com
questões dirigidas ao empresário.
Retornaram respondidos 8 questionários.
Como o interesse da pesquisa foi coletar dados qualitativos, a pré-
seleção para definição do perfil dos entrevistados utilizou como
critério a relação de atuantes no mercado de trabalho com
relacionamento direto com o design e com o empresariado; na grande
maioria empresários que são designers ou possuem profundo
conhecimento do design/comunicação. Este perfil foi definido para
que a imagem do mercado fosse apresentada de forma atual e focada.
Todos os entrevistados foram informados pelo pesquisador dos
objetivos da pesquisa e das restrições de uso das informações para
única e exclusivamente fins acadêmicos. Todos os questionários
respondidos na íntegra encontram-se em anexo (pág 51).
6.1 OS ENTREVISTADOS:
- Renato Jung – RS. – Responsável por uma representação comercial de
produtos de informática, uso estratégico de campanhas de mídias para
divulgação dos produtos por ele representados;
- André Franco – SP. – Sócio-diretor da agência GIZ PROPAGANDA, uso
diário das ferramentas de design em campanhas para seus clientes.
Reconhecimento do design como estratégico;
- Alexandre Suguimoto – SP. – Empresário responsável pela agência
ZAW COMUNICAÇÃO & DESIGN, Agência especializada na gestão do design;
- Fábio Mestriner – SP. – Sócio-diretor da agência PACKING DESIGN E
INTELIGÊNCIA DE EMBALAGEM, autor dos livros "Design de embalagem –
Curso Básico" e "Design de embalagem – Curso Avançado" , então
presidente da ABRE (Associação Brasileira de Embalagens);
- Eduardo Len – SP. – Empresário responsável pela agência LEN
DESIGN, com sólido posicionamento no mercado;
- Phillippe Robert Seligmann – SP. – Sócio da empresa SELY DISPLAYS
E PROJETOS. Uso do design em projetos, tendo como base a gestão do
design na estrutura da empresa;
- Danilo Batista – SP – Estagiário em design de uma empresa de
suprimentos de informática.
Segundo os resultados da pesquisa, o mercado tem se mostrado
bastante promissor, embora ainda não suficientemente desenvolvido.
Mas isso é um sinal de que ainda há muito espaço para
desenvolvimento. Para o amadurecimento ainda faltam profissionalismo
e organização.
O empresariado ainda não tem clareza da necessidade do profissional
e ainda existe a confusão entre design, marketing e comunicação.
Hoje as agências de design contam principalmente com o "boca-a-
boca", ou seja, um cliente fica satisfeito com os serviços prestados
e indica a novos clientes – "...Infelizmente não é a mesma dinâmica
de vender um produto pronto." (Eduardo Len – Len design)
O profissional do design tem se relacionado bem com o empresariado,
mas pela falta de conhecimentos mais aprofundados sobre design dos
empresários, e pelo posicionamento, ainda não formatado
completamente, pelos designers ainda prevalece o "gosto-não gosto",
sendo que a solução nem sempre é exatamente o que o dono da empresa
quer, e sim o que ele precisa. Um forte complicador é a questão dos
projetos gráficos dependerem muito de análises subjetivas, e muitos
empresários engenheiros, administradores seguem o raciocínio lógico.
O papel do design é apresentar reduções de custos, manifestar a
personalidade da empresa e propor diferenciais dentro da
concorrência. Com isso a gestão do design está vindo para
"organizar" a estratégia e para que isso aconteça, faz o
encadeamento de planejamento, projeto e programação. "...na nossa
realidade brasileira, gerir o design significa torná-lo possível"
(Alexandre Suguimoto – ZAW COMUNICAÇÃO).
O design vem se posicionando cada vez mais com o conceito
estratégico, e o mercado já descobriu que as propostas do design
ajudam a vender mais. Mas é necessário mais do que isso, faltam
ainda profissionais mais preparados para a diversificada demanda.
Buscar as estruturas das empresas para reconhecimento como um
departamento já é uma estratégia.
Por outro lado, o empresário brasileiro está deixando de visualizar
o design como uma solução gráfica ou estética e está passando a
entendê-lo como "resolução de problemas". O ideal seria uma visão do
empresário sobre o design como "uma solução integrada" – "...Agora
existe o mau design e o bom design, que dá para reconhecer no iPod,
é o hotel Unique, é uma mesa de Izamu Noguchi. Você pode até não
gostar, mas não passa impunimente por eles" (André Franco – GIZ
PROPAGANDA).
O empresário identifica o profissional do design, mas ainda não
reconhece a gestão, busca soluções operacionais, ficando assim o
trabalho de gerir para uma liderança de marketing, ou ainda para o
próprio empresário, que na maioria das vezes aplica a visão
administrativa não considerando o suporte estratégico que o design
pode oferecer. Com esta visão a busca por profissionais recém-
formados é o grande foco das empresas, onde na realidade, os
empresários buscam executores para suas idéias, ao invés de
idealizadores. Neste ponto a qualificação da categoria já começa sem
perspectiva de desenvolvimento. Quando o mercado apresenta barreiras
cabe ao profissional quebrá-las, mas muitos diante delas, ficam sem
direção ou acabam limitando seu trabalho a esta execução.
Por outro lado temos o profissional que sai da faculdade com a
perfeita convicção de que design é trabalhar com criação, ou
produzir lay-outs. Encontra um mercado aberto para este tipo de
necessidade, com a mesma expectativa, e assim, o crescimento, a
organização, o profissionalismo ficam estagnados, ou são trabalhados
por uma massa interessada em desenvolver contra uma outra que aceita
e procura cada vez mais ser apenas executora. A categoria já está
dividida.
Este posicionamento, unido ao fato da definição frouxa da categoria,
( O que é design? Tudo hoje é design), dificulta o profissional na
defesa de sua situação e faz com que ele venda um trabalho
diversificado e subjetivo, para a compreensão do empresário. Até
saber o que está comprando exatamente, somente com uma boa noção do
que venha a ser design e de sua aplicação para comprá-lo com
tranqüilidade.
Complementando a pesquisa de campo e com o objetivo de buscar uma
convergência das informações apresentadas foi procurada, pelo
pesquisador, a ADG (Associação dos Designers Gráficos) Brasil que
indicou:
Bruno Porto - RJ. "Designer graduado pela Faculdade da Cidade (RJ) e
pós-graduado em Gestão Empresarial/Marketing pela Universidade
Candido Mendes, tendo estudado também na School of Arts, em Nova
York.
Atua em diversas áreas do design gráfico e da ilustração, com
trabalhos publicados nas principais revistas brasileiras de design e
em livros da Print Magazine, Supon Books, Rockport Publisher, entre
outros.
É professor da UniverCidade – Centro Universitário da Cidade desde
1996 e membro da diretoria da ADG Brasil – Associação dos Designers
Gráficos para a gestão 2004/2006, tendo sido Coordenador RJ entre
2002/2004.
É autor do livro "Memórias Tipográficas das Laranjeiras, Flamengo,
Largo do Machado, Catete e adjacências" (2003, 2AB Editora) e
diversos artigos sobre design e ilustração, além de organizar e
participar ativamente de palestras, exposições e congressos de
design no Brasil e exterior." (transcrição do
site:www.brunoporto.com)
Entrevistador: A proposta é apresentar as dificuldades do
posicionamento dos profissionais e se isto é uma verdade. Em
pesquisa é notório que muitos autores comentam o assunto, mas sempre
muito superficialmente, mas praticamente em todas as bibliografias
pesquisadas existem comentários (André Villas Boas – Própria ADG –
Alexandre Wollner – Ana Luisa Escorel).
Bruno Porto: Realmente, academicamente não conheço um trabalho com
esta direção, o que acontece é a apresentação de fragmentos da
situação em diversas bibliografias e por diversos autores, teria que
ser montado o "quebra-cabeça"
Conclusões do pesquisador:
Esta é uma oportunidade para organização das informações e
fortalecimento da categoria design, uma vez que identificadas as
fraquezas estas podem ser corrigidas.
Entrevistador: Como está a relação do design com o empresariado
brasileiro? E vice-versa?
Bruno Porto: Existe um problema de comunicação muito grande dentro
da nossa realidade, mas devem ser consideradas as diferentes
realidades, por exemplo: há questões que incomodam o designer em São
Paulo diferentes das que incomodam no interior da Bahia.
Até um determinado ponto existem empresas que entendem o que é
design, como Nestlé e Ed. Abril que são fornecedoras de
produtos/serviços, tem estrutura para design, se envolvem com o meio
e fazem uso estratégico das ferramentas do design. Para o McDonalds,
por exemplo, não seria possível uma loja sem um cardápio bem
trabalhado, isso dentro da rede é compreendido e muito bem
resolvido.
Agora, para um empresário que possui uma padaria com uma pequena
estrutura, o design é um produto de luxo, e não alcança a visão. Ele
pode usar um micreiro, ou o sobrinho que sabe "mexer" no computador
e está resolvido. O que é design neste perfil?
De modo geral o design cria bem estar na sociedade, mas em
determinados casos não é essencial, como existem pessoas que quando
não se sentem bem vão ao médico, procuram até por um especialista,
mas também existem aqueles que conversam com o farmacêutico e
entendem que está bem assim.
Conclusões do pesquisador:
Dentro desse trabalho de pesquisa, esta questão confirma a
problemática da comunicação, e apresenta as diferenças regionais.
até então não consideradas.
Existe hoje um entendimento do que é design por um grupo que consome
design, precisa dele, e pode se utilizar (tem recursos), mas por
outro lado existe um grupo "ignorante" sobre o assunto , e para este
grupo o design é dispensável.
Entrevistador: Pela sua experiência no exterior: Quais as diferenças
em relação ao design fora do Brasil?
Bruno Porto: Em alguns locais dos EUA, Austrália, Europa, você tem
um mercado mais organizado, existe uma conscientização maior que
aqui, e também um design muito mais atuante em conseqüência disso.
Mas as questões sobre design e relacionamento cliente x sociedade
são levantadas no mundo todo, este assunto também é discutido lá
fora, como citei no exemplo de São Paulo e interior da Bahia, isso
vale para Brasil e exterior, outro exemplo: o segmento editorial no
eixo Rio/São Paulo é muito bom para o design, fora é muito mais
difícil, em alguns pontos do país creio que deve ser inexistente.
Conclusões do pesquisador:
A organização da categoria ajuda na atuação, a problemática em
relação ao design são percebidas em todo o mundo, são pontuais e
relativas a dificuldades locais, como acontece no Brasil também. Os
diferenciais são: a organização e conscientização.
Entrevistador: No Brasil, como está sendo visto o design pelos
empresários? Qual seria a visão ideal? E o futuro?
Bruno Porto: Esta questão começa nas universidades, o profissional
quando sai da faculdade está sem diretriz, e ainda existem
adversidades geográficas, políticas, sai com poucas noções do
verdadeiro papel do design dentro do mercado, e quem irá comprar o
design que ele oferece? Este é o cenário de início de carreira.
Com estes conflitos este profissional sai vendendo tudo, e é difícil
um profissional que faça tudo, o mais prático é o especialista, e é
este que sabe vender bem porque ele conhece bem o que está vendendo.
O recém-formado não sabe onde inserir o design (dentro dos clássicos
quatro P’s do Marketing), onde o design ganha muita força é no P de
PROMOÇÃO, apesar de estar cada vez mais se inserindo no P de
PRODUTO. Ainda falta a conscientização de onde vai atuar e quem
compra serviços de design.
Quando o empresariado vê o design como parte integrante responsável
pelo sucesso do empreendimento, o design é visto como necessário, já
para outras visões é comum o termo: "não cabe no orçamento". E não
cabe mesmo. Design custa caro porque requer experiência,
equipamento, estudo, tempo, livros, nota fiscal. Quebração de galho,
como a que um micreiro oferece não precisa de nada disso. E muitas
vezes é o que o cliente precisa, uma quebração de galho, uma
aspirina comprada na farmácia, não uma consulta num neurologista.
A questão em si pode ser analisada com o exemplo dos publicitários
que colocam o seu trabalho na rua, mostra a que veio, se faz ser
visto e tem sua área de atuação; quando voltamos para o design
encontramos já em primeiro plano uma banalização do termo design. O
designer projeta sites, marcas, estampas, cadeiras, folhetos,
outdoors, comunicação, fontes, PDV, fica a dúvida: FAZ TUDO. Essa
ânsia confunde.
Existe aí uma dificuldade no termo, falta uma definição correta para
assimilação do design, hoje com a velocidade de informações e a
internet o suporte já não é mais o papel, o gráfico, e encontramos
profissionais que vendem design gráfico mas fazem sites também, isso
atrapalha a visão do empresário. Em 2000, em Sydney, um congresso do
ICOGRADA definiu o uso do termo Design for Visual Communication para
substituir Graphic Design. Design (projeto) de Comunicação Visual.
Conclusões do pesquisador:
A universidade prepara o profissional para atuação operacional,
dificultando a visão estratégica, o recém-formado tem interesse em
atuar em qualquer campo relacionado a design, sendo assim, não se
posiciona por ainda não estar preparado para isso.
Por outro lado o empresário busca um solucionador de problemas, o
executor de suas idéias, sendo assim o papel estratégico passa a ser
do contratante.
Agravando esta situação, existe a problemática da definição do
design
Entrevistador: Pelos meus estudos, e como você mesmo já colocou,
percebi que o profissional experiente se preocupa com o
posicionamento do design no mercado, mas o jovem que sai da
faculdade tem a "ilusão" de que o design é trabalhar com a criação
(desenho), ainda dentro do conceito forma função, e o empresário
busca um executor para suas idéias pré-concebidas. A necessidade que
o empresário busca é atendida, e as expectativas de trabalhar com
criação (catálogos, banners, folhetos) são atendidas ao recém-
formado.
Mas o design é muito mais que isso, é estratégico, e de formação de
opinião, é um trabalho que tem um ciclo completo, com uma visão
holística de processos. Daí entendo que temos a gestão do design.
O design no mercado está promissor e amadurecendo, neste estágio a
gestão do design é um embrião ainda.
Qual a sua opinião?
Bruno Porto: O campo do design está melhorando, e o publicitário
começou a deixar espaço para isso, a tecnologia gerou uma
movimentação. Há 20 anos o número de espaços para comunicação era
muito limitado: jornais, poucas revistas, basicamente. Hoje está
muito mais aberto, o público está segmentado na imensidão de ofertas
e de veículos disponíveis.
As grandes marcas estão buscando estratégias de oferecer benefícios
ao seu público, momentos com as marcas, sensações, como é o caso da
Vibe-Zone promovido pela Coca-Cola, ou um Skol Beats, o produto
promove emoções atingindo o país todo. A participação do design
nestas ações é ativa e referencial. O mundo mudou. Estamos diante de
soluções do futuro, a categoria precisa desta visão.
Quanto a gestão do design, concordo que ainda é um embrião, se for
avaliado hoje um profissional de administração, ele tem que ser mais
completo para ser competitivo, o mercado deles hoje também é outro,
mas o designer passa disso, o designer de hoje será um gestor e tem
que ser assim, isto significa a maturidade do mercado, e percebo que
já está acontecendo, aqui no Rio de Janeiro temos encontrado muito:
profissionais fazendo a gestão do design dentro das empresas, ainda
estão procurando espaço, mas a visão empresarial tem melhorado.
Conclusões do pesquisador:
A categoria precisa acompanhar as constantes transformações do meio
comunicação, encontrar os caminhos para o design e a partir do
design bem situado a gestão do design passa a ser uma conseqüência
deste posicionamento.
Entrevistador: Aproveitando, o que é a gestão do design? Na sua
opinião.
Bruno Porto: Experiência acadêmica, formação atuante em comunicação,
gestão da área de comunicação, estes pontos são importantes para a
construção de um gestor do design, o profissional responsável pela
organização do projeto com foco nas ações.
Dentro das instituições, hoje é muito positivo.

7. CONCLUSÕES
O gestor do design é o profissional capacitado a oferecer maior
competitividade à empresa dentro do seu mercado de atuação. Com uma
concorrência muito mais intensa, a abertura do mercado, a velocidade
da informação entre outros pontos da situação atual do mercado de
informática entre outros, uma competição saudável precisa de
estratégias diferenciadas. Novidades como estudos freqüentes de
embalagens, promoções que diferenciam um produto da concorrência,
valores agregados e uma imagem de qualidade no mercado passaram a
ser uma exigência do consumidor. Ouvir e atender seu público é fator
para que a empresa mantenha um posicionamento competitivo no
mercado.
A gestão do design acompanha este movimento, e ainda propõe melhoria
nos processos produtivos, gerando lucratividade.
O Sebrae vem se movimentando e posicionando a gestão do design como
uma das áreas prioritárias para micro e pequena empresas, indicando
o design como ferramenta de competitividade no mercado nacional.
O relacionamento do design com o empresariado brasileiro se
apresenta de maneira inconsistente, embora seu uso estratégico seja
comprovadamente eficaz, se bem aplicado, em pesquisa recente
realizada pelo Centro de Design Paraná aponta um conceito de "escada
do design", onde divide em níveis os posicionamentos das empresas,
da seguinte forma:
1. Nenhum uso do Design. Nas empresas que se encontram neste degrau,
outras disciplinas acumulam a função de introduzir funcionalidade ou
estética ao desenvolvimento dos produtos ou serviços. A relação tem
diversos
2. Design como estilo. Nessas empresas o design é introduzido em um
estágio já avançado do projeto, como num acabamento ou detalhe
gráfico.
3. Design como processo. Neste degrau o design é visto como método
de trabalho. É integrado nos estágios iniciais do processo,
combinando-se com a engenharia de produção, o marketing e outros
setores da empresa.
4. Design como estratégia. No degrau mais alto da escada, o design
está incorporado na formulação da estratégia comercial da empresa.
E, portanto, participa ativamente no fomento à inovação e no
desenvolvimento de serviços e produtos.
A relação dos empresários com a visão nesta escada é que define e
estabelece a relação com o design, uma vez o profissional
posicionado em um degrau e o empresário em outro indica um desgaste
por falta de alinhamento, uma vez a situação instalada a relação não
se recupera por responsabilidade direta e indiretamente relacionadas
a própria categoria design, a contribuição diante deste cenário são:
- O despreparo, ou a visão não holística dos profissionais recém-
formados;
- Mercado que absorve e tem necessidade do profissional, mas limita
sua atuação;
- Visão comercial muito influente sobre a linha de conceitos (básica
no meio design);
- Domínio do espaço do design por profissionais de marketing e
propaganda, já estabelecidos e bem posicionados;
- Aventureiros na área do design sem qualificação profissional que
prejudicam a imagem da profissão;
- Termo "design" que não se define para a própria categoria e
contribui confundindo o consumidor potencial para o design;
- Visão distorcida do empresariado com relação a categoria, sem
considerações no posicionamento como estratégico.
As grandes "batalhas" têm acontecido cada vez mais nos pontos de
vendas, onde a contribuição do design define os "vencedores".
Existem inúmeros cases em todos os seguimentos do mercado onde o
redesenho das embalagens alavancam vendas e reposicionam produtos,
ampliando o destaque no PDV (ponto de venda); o estudo de uma marca
e seu interesse (seus objetivos) definem a imagem que será
apresentada, fora do PDV, mas não de menor importância a internet
hoje é uma ferramenta que contribui com índices altos principalmente
dentro do segmento informática, o design fortalece a relação
usuário/máquina e facilita o uso, como conseqüência os empresários
atingem seus objetivos e o consumidor decide seu interesse, neste
processo o design é o eixo da relação.
Estes pontos entre os demais apresentados nesta monografia apontam
um mercado promissor, mas carente de comunicação. A gestão do
design, como função, começa a aparecer mesmo que ainda de forma
tímida, sendo uma perspectiva de futuro aos profissionais da área.

BIBLIOGRAFIA
STRUNK, Gilberto. Viver de Design. Rio de Janeiro: 2AB, 1999.
MARTINS, Zeca. Propaganda é isso aí!. São Paulo: Atlas, 1999.
TOSCANI, Oliviero. A publicidade é um cadáver que nos sorri. Rio de
Janeiro: Ediouro, 1996.
VILLAS-BOAS, André. O que é [e o que nunca foi] Design Gráfico. Rio
de Janeiro: 2AB, 2000.
Confederação Nacional da Indústria. O Estágio Atual da Gestão do
Design na Indústria Brasileira. Brasília: CNI, 1998.
ADG Brasil Associação dos designers gráficos. O Valor do Design. São
Paulo: Senac, 2003.
WOLLNER, Alexandre. Design Visual 50 anos. São Paulo: Cosac & Naify,
2003
BAUER, Marcelo. Informática a Revolução dos Bytes. São Paulo: Ática,
1997.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. Rio de
Janeiro: Campus,1999.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 1998.
ROBINETTE, Scott; BRAND, Claire. Marketing Emocional. São Paulo:
Makron Books, 2002.
ESCOREL, Ana Luisa. O Efeito Multiplicador do design. São
Paulo:Editora Senac, 2000.
AVALONE, Daniel Borchert. MONOGRAFIA: A dificuldade da aculturação
em relação ao design no mercado brasileiro. Florianópolis: Faculdade
Barddal de Artes Aplicadas, 2004.

ANEXOS
QUESTIONÁRIOS RESPONDIDOS
VISÃO DO PROFISSIONAL DE DESIGN COM RELAÇÃO AO MERCADO DE TRABALHO
As questões abaixo têm a finalidade de apresentar a visão do
PROFISSIONAL DE DESIGN com relação ao mercado de trabalho (clientes,
empresários, empresas) como está a relação de negócios.
Por favor, responda as questões segundo a sua opinião, o mais
completa possível e evitando definições técnicas. As informações
aqui apresentadas serão utilizadas única e exclusivamente com o
objetivo acadêmico para conclusão da monografia de pós-graduação
sobre gestão do design de Ophir Ribeiro de Sá Junior pelo Centro
Universitário Belas Artes de São Paulo.
- Como está o mercado de trabalho atualmente?
Tenho pouca experiência no mercado, mas o que eu posso dizer que ele
está em expansão. Muitas empresas estão começando a apostar no
design como ferramenta de crescimento.
- Quem são e onde estão as pessoas de contato que você tem para
prospecção de novos projetos?
Trabalho ligado diretamente á um profissional ligado a gestão de
design. Normalmente, os projetos estão relacionados a algum tipo de
problema. Como atuo dentro de uma empresa, os projetos são
destinados tanto para o público interno (diferentes departamentos)
tanto para o consumidor final (embalagens, entre outros).
- Como é a relação do profissional de design com os donos das
empresas? Como deveria ser?
Seria uma relação de trocas mútuas. O dono da empresa deve
disponibilizar todos os tipos de informações necessárias para o
designer desenvolver o projeto. O designer deve propor ao cliente
uma solução rentável e que traga benefícios para ele.
Infelizmente, isto ainda não vem sendo realizado pela maioria dos
donos da empresa, mas é algo muito importante.
- Como o design pode contribuir para o desenvolvimento de uma
empresa?
Com soluções inéditas e criativas. O design pode levantar uma marca,
melhorar a apresentação do produto e entre outras formas que podem
alavancar o crescimento da empresa.
- O que é gestão do design?
O gestor de design seria a pessoa que organiza e gerencia as
atividades de design em uma empresa. Ele que delega os projetos a
serem feitos e busca novos meios para a aplicação do design nas
ações feitas pela empresa, ajudando ainda a criar a cultura de que o
design pode e vai melhorar a imagem da empresa no mercado.
- Como vem se posicionando o design no mercado? Qual a sua visão de
futuro?
O design está aumentando cada vez mais sua parcela no mercado. Ele
está se posicionando como uma ferramenta importantíssima para as
empresas. Futuramente, o design estará nas estruturas das empresas,
convivendo com todas as áreas e progredindo junto com elas. A idéia
é que as empresas usem o design no futuro nos seus produtos, nas
suas ações como forma de melhorar a qualidade dos seus serviços.
Nome: Danilo Batista
Empresa que trabalha: Multilaser Industrial Ltda.
Cargo: Estagiário de design
Ramo de atividade da empresa: Suprimentos de informática
----- Original essage -----
From: Fabio Mestriner
To: Carlos Zardo
Sent: Tuesday, July 11, 2006 9:46 PM
Subject: Respostas Ophir
1.Design é uma disciplina do desenho que tem como base a
abordagem projetual, ou seja o desenho resulta de um "projeto"
que considera os parâmetros técnicos de sua aplicação e o
compromisso com o os objetivos estabelecido para o projeto.
2- É o desenhista versado na metodologia de projeto que define
o design enquanto disciplina. Ele é o profissional capaz de
aplicar o método para responder as premissas estabelecidas para
um projeto de desenho.
3-O design é uma ferramenta estratégica de competitividade
necessária a maioria das empresas e no caso da nossa empresa
ele agrega valor e significado a tudo o que fazemos.
4- O design contribui na maneira como somos vistos pelos
clientes e pelo mercado e como forma de definir e acentuar a
personalidade da empresa.
5-A relação com os designers passa pelo pré-suposto que eles
são profissionais qualificados que podem contribuir muito desde
que sejam corretamente informados sobre as características e
objetivos de cada projeto.
6- A gestão do design é um conjunto de procedimentos
seqüenciais que visam organizar a de forma coerente as
atividades de design
7-A gestão do design contribui para fazer com que a empresa se
destaque por sua qualidade percebida e pela personalidade que o
design atribui a ela.

VISÃO EMPRESARIAL SOBRE O DESIGN


As questões abaixo têm a finalidade de apresentar a visão do
empresário com relação ao mercado do design e como este mercado pode
ajudar no desenvolvimento das empresas brasileiras.
Por favor responda as questões segundo a sua opinião, o mais
completa possível e evitando definições técnicas. As informações
aqui apresentadas serão utilizadas única e exclusivamente com o
objetivo acadêmico para conclusão da monografia de pós-graduação
sobre gestão do design de Ophir Ribeiro de Sá Junior pelo Centro
Universitário Belas Artes de São Paulo.
- O que é design?é, essencialmente, a combinação de técnica e
talento, a serviço da funcionalidade, da produção a custos
exeqüíveis e da estética.
- Quem é o profissional de design? arquitetos, profissionais de
belas artes,engenheiros, autodidatas dotados aguçado senso estético,
enfim, pessoas que com pendor e dom para desenho e projeto,
desenvolvam estes talentos mediante uma formação técnica e
metodológica adequada.
- Onde você procura o profissional de design? No caso de nossa
empresa em faculdades ( FAAP – Belas Artes) e no mercado.
- Na sua empresa, em que situação você entende que precisa de um
trabalho que tenha relação com o design? Porquê? Sempre , porque
nossa atividade é a de conceber e/ou desenvolver peças para nossos
clientes que tenham os atributos da imagem do produto a ser
percebida pelo consumidor final, do tipo de ponto de venda onde o
produto é exposto e com a linguagem de comunicação do cliente.
- O design contribui para o desenvolvimento da sua empresa? Como? ,
No nosso caso, quando fazemos um projeto que reúne os atributos
acima mencionados de forma plena, ganhamos a confiança do cliente e
expandimos os nossos negócios.
- Como você define sua relação com os profissionais deste mercado e
como deveria ser? Interagimos com agencias de criação geralmente
dando suporte à viabilidade construtiva da criação do cliente. A
relação com os profissionais deste mercado é de cooperação.
- O que é gestão do design? A meu ver, seria a aplicação de
metodologias de sistematização com procedimentos de modo a otimizar
os recursos, disponibilidade de soluções já experimentadas,
controlar e melhorar prazos, minimizar revisões , evitando-se o
"podemos rever , vamos melhorar" que prolonga desnecessariamente o
tempo de maturação de um projeto.
- De que forma a gestão do design pode contribuir com a sua empresa?
Sempre pela otimização dos recursos de dos prazos.
Dados pessoais:
Nome: , Philippe Robert Seligmann
Empresa: , Seli Displays e Projetos Ltda
Cargo: , sócio diretor
Ramo de atividade da empresa: criação e produção de expositores para
ponto de venda .
Ophir, espero que isso ajude. Se precisar de mais coisa, avise!
Abs,
Edu Len
Como está o mercado de trabalho atualmente?
O mercado é bastante promissor mas muito competitivo. Nele, ainda
não aconteceu o que já foi visto em outros mercados de comunicação,
com a formação de grandes estruturas, em que empresas maiores,
nacionais ou internacionais, incorporam outras menores. Isso já
acontece, mas ainda não é um movimento significativo. Vale salientar
também que ainda há muito espaço para crescer, mas para isso, o
segmento precisa organizar-se e profissionalizar-se mais, o quanto
antes
Quem são e onde estão as pessoas de contato que você tem para
prospecção de novos projetos?
Existem formas diversas de chegar a novos clientes, mas acho que a
mais importante delas é fruto de um trabalho bem-feito. O cliente
fica contente com o resultado do nosso trabalho e com o retorno
positivo; comenta com seus parceiros e estes acabam migrando para a
agência. No nosso caso, estamos formando um profissional específico
na agência para prospectar. O ponto é que ele tem que "viver" muito
a cultura da empresa antes de sair a procura de novos negócios.
Infelizmente não é mesma dinâmica de vender um produto pronto.
Como é a relação do profissional de design com os donos das
empresas? Como deveria ser?
Não entendi. Com os donos da empresa que ele trabalha?
Como o design pode contribuir para o desenvolvimento de uma
empresa?
O design é um importante veículo de manifestação da personalidade de
uma empresa, independente do que ela produz. O design dá a
identidade e revela a imagem da empresa, por isso deve ser coerente
com o produto ou serviço que a empresa oferece. O design comunica.
O que é gestão do design?
A gestão do design é o encadeamento de planejamento, projeto e
programação. É uma modalidade de pensamento e de ação que sugere um
ponto de vista ampliado.
Como vem se posicionando o design no mercado? Qual a sua visão de
futuro?
Há uma tendência de escritórios de design passarem a gerenciar
marcas de forma mais efetiva, não só com a criação da identidade mas
como guardiões de sua imagem. Esse movimento mostra que o peso
estratégico do design tem crescido e que o mercado precisa de
profissionais cada vez mais preparados para as novas demandas.

VISÃO DO PROFISSIONAL DE DESIGN COM RELAÇÃO AO MERCADO DE TRABALHO


As questões abaixo têm a finalidade de apresentar a visão do
PROFISSIONAL DE DESIGN com relação ao mercado de trabalho (clientes,
empresários, empresas) como está a relação de negócios.
Por favor responda as questões segundo a sua opinião, o mais
completa possível e evitando definições técnicas. As informações
aqui apresentadas serão utilizadas única e exclusivamente com o
objetivo acadêmico para conclusão da monografia de pós-graduação
sobre gestão do design de Ophir Ribeiro de Sá Junior pelo Centro
Universitário Belas Artes de São Paulo.
- Como está o mercado de trabalho atualmente?
É um mercado agitado e ainda há muita confusão em relação à
necessidade da profissão. Algumas empresas confundem design com
marketing e comunicação. E muitos novos profissionais são lançados
no mercado, com pouca ou nenhuma experiência.
- Quem são e onde estão as pessoas de contato que você tem para
prospecção de novos projetos?
Contatos de indicação – o "boca-a-boca" funciona bem nessa área.
- Como é a relação do profissional de design com os donos das
empresas? Como deveria ser?
É uma boa relação. Mas alguns paradigmas precisam ser quebrados,
principalmente em relação ao "gosto-não gosto". Nem sempre o que o
dono da empresa quer é o que deve ser feito. E a análise dos
trabalhos é muita subjetiva, na maioria das vezes. Mas um designer
com bons argumentos e intenções consegue resolver essas questões.
- Como o design pode contribuir para o desenvolvimento de uma
empresa?
Basicamente reduzindo custos e criando valor agregado ao diferenciar
uma marca no meio de um oceano de concorrentes.
- O que é gestão do design?
Dentro da estrutura das empresas trata-se do gerenciamento do
desenvolvimento de projetos. Na nossa realidade brasileira, gerir o
design significa torná-lo possível.
- Como vem se posicionando o design no mercado? Qual a sua visão de
futuro?
As empresas já descobriram que uma "cara" diferente ajudar a vender
mais produtos e serviços. Mas o design é um pouco mais do que isso e
precisa "corroer" os alicerces da empresa, onde deve se infiltrar.
Posso dizer que o design para uma empresa é como o estilo para um
indivíduo. E estilo é a individualização do signo.
Nome: Alexandre Suguimoto
Empresa que trabalha: ZAW Comunicação & Design
Cargo: Diretor
Ramo de atividade da empresa: ZAW Comunicação & Design
VISÃO EMPRESARIAL SOBRE O DESIGN
As questões abaixo têm a finalidade de apresentar a visão do
empresário com relação ao mercado do design e como este mercado pode
ajudar no desenvolvimento das empresas brasileiras.
Por favor responda as questões segundo a sua opinião, o mais
completa possível e evitando definições técnicas. As informações
aqui apresentadas serão utilizadas única e exclusivamente com o
objetivo acadêmico para conclusão da monografia de pós-graduação
sobre gestão do design de Ophir Ribeiro de Sá Junior pelo Centro
Universitário Belas Artes de São Paulo.
- O que é design?
Recentemente a definição é próxima de "resolução de problemas". Por
ter um espectro muito amplo, tais problemas resumem-se
principalmente àquilo que é percebido pelo público consumidor. Por
exemplo, uma fábrica de bicicletas investe em um novo projeto, mas
não faz o mesmo com a sinalização de sua indústria, ou com o
ambiente de trabalho de seus funcionários, e sabemos que ergonomia é
fundamental para um bom desempenho – funcionários mal-orientados ou
desconfortáveis não montarão boas bicicletas.
- Quem é o profissional de design?
Deveria ser alguém bastante curioso e aberto a novas idéias. Alguém
que goste de mudar de idéia constantemente, mas dentro de uma linha
de raciocínio coerente – porque ninguém pode ser tão "perdido".
- Onde você procura o profissional de design?
Recém-formados e jovens talentos – o design é uma profissão jovem,
por enquanto.
- Na sua empresa, em que situação você entende que precisa de um
trabalho que tenha relação com o design? Porquê?
Quando é necessário criar um diferencial em relação aos
concorrentes.
- O design contribui para o desenvolvimento da sua empresa? Como?
Ao criar diferenciais – mas entendo que o design deve carregar um
pouco de "atitude", como no exemplo da fábrica de bicicletas, pouco
adianta ter um ótimo produto na linha de produção, se aquilo que o
cerca não recebe o mesmo tratamento.
- Como você define sua relação com os profissionais deste mercado e
como deveria ser?
Geralmente com idéias fixas e pré-concebidas e vítimas do novo, das
circunstâncias do momento. Um designer deve pensar, pensar, pensar
até cansar.
- O que é gestão do design?
Dentro da estrutura das empresas trata-se do gerenciamento do
desenvolvimento de projetos. Na nossa realidade brasileira, gerir o
design significa torná-lo possível.
- De que forma a gestão do design pode contribuir com a sua empresa?
Melhorando processos de produção e tornando o trabalho mais
eficiente. Fazendo mais com menos.
Nome: Alexandre Suguimoto
Empresa que trabalha: ZAW Comunicação & Design
Cargo: Diretor
Ramo de atividade da empresa: ZAW Comunicação & Design
VISÃO EMPRESARIAL SOBRE O DESIGN
As questões abaixo têm a finalidade de apresentar a visão do
empresário com relação ao mercado do design e como este mercado pode
ajudar no desenvolvimento das empresas brasileiras.
Por favor responda as questões segundo a sua opinião, o mais
completa possível e evitando definições técnicas. As informações
aqui apresentadas serão utilizadas única e exclusivamente com o
objetivo acadêmico para conclusão da monografia de pós-graduação
sobre gestão do design de Ophir Ribeiro de Sá Junior pelo Centro
Universitário Belas Artes de São Paulo.
- O que é design?
Design é "desígnio" é designar, dar uma personalidade aparente para
um objeto ou ambiente. Quando falamos de marketing, é mais que uma
embalagem ou uma marca. É uma maneira de diferenciar produtos
criando uma identificação de conceitos por parte dos compradores.
Agora, existe o mal design e o bom design, que dá para reconhecer no
i-pod, é o Hotel Unique, é uma mesa do Izamu Noguchi. Você pode até
não gostar, mas não passa impunimente por eles.
- Quem é o profissional de design?
Profissional de design é aquele que sabe combinar e harmonizar as
ferramentas disponíveis no seu ofício. Cores, formas, tipologias em
busca de criatividade e resultados (não necessariamente nessa
ordem).
- Onde você procura o profissional de design?
Profissionalismo.
- Na sua empresa, em que situação você entende que precisa de um
trabalho que tenha relação com o design? Porquê?
Sempre que temos uma demanda de clientes relacionada a produtos,
logos e mkt direto.
- O design contribui para o desenvolvimento da sua empresa? Como?
Também aplicamos design quando fizemos a nossa marca, nossa
papelaria, nosso site.
- Como você define sua relação com os profissionais deste mercado e
como deveria ser?
Não é diferente de qualquer relação profissional – transparente,
honesta e boa para ambas as partes.
- O que é gestão do design?
É um "fazer" atento e dinâmico – exemplo? Natura (linha Mamãe e
Bebê, etc)
- De que forma a gestão do design pode contribuir com a sua empresa?
Pode trazer para o cliente um verdadeiro diferencial competitivo.
Dados pessoais:
Nome: André Franco
Empresa: GIZ Propaganda
Cargo: Diretor
Ramo de atividade da empresa: Propaganda e Mkt
DEDICATÓRIA:
Dedico esta trajetória, em primeiro lugar à minha mãe Durvalina(em
memória), pelos ensinamentos e amor incondicional que me inspiram a
trabalhar usando amor em tudo que faço, e também que a vida é um
eterno aprendizado, basta ouvir com humildade e respeitar qualquer
ser humano, independente da classe social, condição e situação.
Minha mãe significa minha estrutura.
Então, ao futuro!
AGRADECIMENTOS:
Depois agradeço a TODOS os professores que me orientaram - e foram
muitos - porque neles eu vivi e vivo o design, sendo que não
encontrei um que não me motivasse nas criações e idéias inovadoras,
mesmo quando aparentemente absurdas. Professores amigos com muito
amor pelo design.
Agradeço muito também aos meus amigos que pacientemente me ouvem
falar sobre design mesmo quando a conversa está com outro foco.
A todos muito obrigado.

Autor
Ophir Ribeiro de Sá Junior
ophir.jr[arroba]ig.com.br
Monografia apresentada ao Centro Universitário de Belas Artes de São
Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de
especialista em Gestão do Design.
Orientadora: Professora Dra. Cyntia Malaguti
Centro Universitário
Belas Artes de São Paulo
São Paulo
Dez de 2006

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