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Introdução
Figura 1 – Relação entre o comprimento e a frequência de uma onda. Quanto maior o comprimento,
mais baixa a frequência; quanto menor o comprimento, mas alta a frequência.
A frequência é expressa em ciclos por segundo, e a sua unidade é o Hertz (Hz).
Esta unidade equivale ao inverso de um segundo, ou seja:
ou
É a frequência da luz que determina a sua cor. Nossos olhos detectam diferentes
cores porque eles respondem de forma diferente a cada freqüência (¹). Apenas uma
estreita faixa de frequências (e, consequentemente de comprimentos de onda), é
visível ao olho humano. É o chamado espectro da luz visível. Esta faixa de luz visível
se estende entre as frequências maiores que o infravermelho e menores que o
(1)
ultravioleta, e entre comprimentos menores que 700 nm maiores que 420 nm ,
como pode ser observado na figura 2 e na tabela A:
Quando um objeto é aquecido, ele emite radiação, que pode ser observada através
da sua cor. Um exemplo é o aquecimento de metais nas indústrias metalúrgicas,
quando eles emitem uma cor vermelha intensa, como pode ser visto na figura 3:
Observa-se que a cor emitida pelo corpo aquecido depende da sua temperatura.
Assim, pode-se concluir que a frequência e o comprimento da radiação
eletromagnética está diretamente ligada à energia absorvida pelo corpo durante o
aquecimento. A figura 4 mostra a relação entre a energia e a frequência da onda
eletromagnética:
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Pela figura, podemos ver que um corpo que emite radiação em uma frequência
percebida pelos nossos olhos como azul tem mais energia, e, portanto, é mais
quente do que um corpo que emite radiação na faixa do vermelho. Este é um
fenômeno que os físicos do final do século XIX tentavam explicar. Contudo, as leis
da Física ainda não eram capazes de explicar estas observações.
Foi em 1900 que o físico alemão Max Planck propôs que a energia era liberada ou
absorvida pelos átomos dos corpos aquecidos em “pacotes” de energia de valores
mínimos, aos quais Planck chamou de quantum (plural quanta), e que a energia de
um único quantum é igual à frequência da onda eletromagnética multiplicada por
uma constante. Esta constante, representada por e conhecida como constante de
Figura 6 - Salto quântico realizado pelo elétron, quando este absorve um pacote de energia
característico (fóton) e salta para um nível mais energético.
Porém, o átomo não permanece estável quando realiza este salto quântico, e tende
a liberar esta energia e voltar a seu nível inicial de energia. Ao voltar ao seu nível
inicial de energia, a energia absorvida é liberada em forma de luz, de cor
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Objetivos
Identificar a coloração emitida por alguns compostos por via seca (na chama), pois
se algum dia ao se deparar com alguns compostos que não possui identificação,
pode-se analisá-lo por via seca, para se saber que sal possui, e confirmar com isso
a teoria de Bohr e Planck para explicar o fenômeno ocorrido no teste de chama,
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Procedimento Experimental
a) Materiais utilizados:
- Bico de Bunsen;
- Fio de Platina;
- Béquer;
- Espátula de metal;
- 7 Vidros de relógio;
- HCl;
- LiCl;
- NaCl;
- KCl;
- CaCl2;
- SrCl2;
- BaCl2;
- CuCl2;
b) Procedimento:
Resultados e Discussões
Comparando as cores encontradas na literatura com as cores observadas
experimentalmente tem-se:
Pode-se observar que algumas cores observadas não condizem com a literatura.
Assim, surgem algumas diferentes hipóteses para a margem de erro, como:
• Observou-se que o CuCl2 quando levado a chama durante o experimento
apresentou-se uma coloração entre o azul e o verde. Pensou-se, num
primeiro momento, que o fio de clipe poderia estar contaminado. Então,
mergulhou-se o fio no ácido clorídrico concentrado e levou-se a chama, mas
percebeu-se que o fio estava limpo. A partir daí pode-se concluir que o sal
pode emitir dois comprimentos de onda diferentes, ou seja, porque tem mais
orbitais e mais números de elétrons, conseqüentemente, mais níveis
energéticos e por isso duas cores.
• A amostra do sal também poderia estar contaminada, pois o fio utilizado não
era adequado, pois o que utilizamos era um clipe, onde o contato com a
chama também poderia fazê-la reagir e formar compostos com as
substâncias que são utilizadas na sua fabricação. O ideal é utilizar-se fio
inerte, como o de platina, que resulta numa chama limpa e brilhante, não
influencia na cor da chama.
• Outro erro, pode-ser dizer, é o fato de ficarem presos no fio outros sais,
contaminando os outros e modificando a coloração. Por isso, após todos os
ensaios, o fio de clipe deve ser limpo com ácido clorídrico como foi feito na
prática. É melhor conservar o fio permanente no ácido e também a cada
aquecimento esperar a haste esfriar.
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• Outro fato ocorrido foi o ensaio do KCl ser deixado por último para levar a
chama. A cor observada foi totalmente diferente, pois a literatura nos forneceu
a cor violeta, porém a cor observada, conforme a tabela 1, foi amarelo. O fato
se explica pelo fato do bico de Bunsen utilizado na prática ser diferente dos
outros contidos no laboratório, e, talvez, algum defeito neste bico de Bunsen.
Testando-se mais de duas vezes, com a ajuda do professor, pudemos
finalmente ver a cor violeta nas bordas da chama, mas com dificultosa
visualização.
Mesmo havendo margem de erros, calculou-se, a partir da tabela contida na
introdução, a energia radiante de cada composto, de acordo com o comprimento de
onda que é encontrado com base nas cores observadas.
Calculou-se a energia radiante através da fórmula:
Conclusões
Através deste experimento pode-se concluir que a cor observada é a dos cátions,
porque o ânion de todos os sais é igual e provavelmente não emite luz no visível.
Aprendeu-se a colocar em prática o modelo atômico de Bohr para explicar diferentes
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cátions metálicos que emitem cores diferentes e seus respectivos motivos emitirem
tais cores. Entendeu-se como funcionam as camadas e subcamadas no espectro de
emitir e absorver energia. Calculou-se também a energia através do comprimento de
onda do espectro eletromagnético.
Referências
1
ATKINS, P. JONES, L. Chemistry: Molecules, Matter and Change. 4 ed. 2000.
2
BROWN, T. L; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química: a ciência central.
Tradução de Robson Matos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.