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Os Processos Conativos:
A Conduta Motivada

     PSICOLOGIA  B  |  Os  Processos  Cona3vos|  Joana  Inês  Pontes  


     

COGNITIVOS  
(aprendizagem;  
memória;  inteligência)  

PROCESSOS  
DA  MENTE  

EMOCIONAIS   CONATIVOS  
(emoções;  sen3mentos)   (conduta  mo3vada)  

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O QUE É A CONAÇÃO?

O termo conação deriva da palavra latina


conatiõne que significa empenho, esforço,
força de vontade associada a uma conduta
deliberada, consciente e dirigida para um fim
– conjunto de processos ligados à execução de
uma acção ou comportamento.

texto do manual

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COMPONENTE  OBJECTIVA  
Execução/manifestação  de  
comportamentos  
(observável)      

COMPORTAMENTO  

COMPONENTE  SUBJECTIVA  
 disposição  interna  para  a  
acção  (conação)      

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PROCESSOS CONATIVOS?

§  Os processos conativos são, assim,


processos psiquícos que envolvem a
deliberação, motivação, intencionalidade e
empenho ou força de vontade em realizar o
que queremos alcançar.
§  São os processos a partir dos quais se
formam as tendências e vontades para agir.

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Força   interior   que   impulsiona  


o   o r g a n i s m o   a   a g i r   e m   MOTIVAÇÃO  
direcção  a  um  objec3vo     Capacidade   de   optar   livre  
e   conscientemente   por  
determinada  acção.  

DESEJO   CONAÇÃO   VONTADE  

T e n s ã o   p a r a   a g i r   e m  
direcção   a   um   fim   que   é   a  
fonte  de  sa3sfação   Interesse   e   esforço  
EMPENHO  
inves3dos  na  acção.  

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CONAÇÃO
(aspecto do funcionamento mental)

DESEJO   ACÇÃO  

Ø  O nosso comportamento dirige-se ou tende


para algo que procura alcançar.

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MOTIVOS    
VONTADES  
DESEJO   ACÇÃO  
INTENÇÕES    
TENDÊNCIAS  

Ø  Todas as nossas acção são impulsionadas


por um desejo, ou seja, um MOTIVO.

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A MOTIVAÇÃO

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CONDUTA MOTIVADA

A motivação é o processo dinâmico constituído pelo


conjunto de factores (motivos) que activam,
sustentam e dirigem um comportamento para um
objectivo que é a satisfação de necessidades
fisiológicas e psicológicas.

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O QUE SÃO MOTIVOS?

§  O motivo é o estado do organismo que leva


a energia corporal a ser mobilizada e dirigida
a determinados elementos do meio.
§  O motivo é, assim, a razão que leva o
organismo a agir: são os desejos,
necessidades e interesses que um
comportamento orientado para um fim procura
satisfazer.

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O comportamento motivacional caracteriza-se


pela presença de três factores:

1 . A C T I VA Ç Ã O o u M O B I L I Z A Ç Ã O d e
ENERGIA: (quanto maior a mobilização de
energia, tanto mais forte a motivação) –
determina o vigor e a persistência da acção.

2. A PERSISTÊNCIA (se há reiteração do


esforço, não obstante alguns insucessos):
não desistir dos objectivos.

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3. A INTENSIDADE (quantidade de esforço e de


concentração que se investe na actividade ou
comportamento)

§  O s m o t i v o s s ã o a s
necessidades e os desejos
de um comportamento
orientado para satisfazer um
determinado fim.

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Por vezes, somos surpreendidos


pelo facto de alguém ser
totalmente indiferente (apático)
no seu trabalho quotidiano, mas
mostrar um extraordinário vigor
e constância (aspecto
energético) na prática desportiva
ou de diversão – nessas coisas
ele está motivado.

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CICLO MOTIVACIONAL
(componentes da motivação)

à  Necessidade:   estado   de   falta   fisiológica   ou  


psicológica.    
à  Impulso:   possui   origem   na   necessidade;   é   o  
processo  que  leva  a  pessoa  à  acção,  ou  seja,  aos  
comportamentos   que   permitem   aCngir   o  
objecCvo.   O   impulso   acaba   (ou   reduz)   quando   o  
objec3vo   é   alcançado   (a   necessidade   é   sa3sfeita),  
embora  passado  algum  tempo,  o  ciclo  recomeça.  

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O equilíbrio é
restaurado. ESTADO  DE  EQUILÍBRIO   O equilíbrio é
FISIOLÓGICO   perturbado.

SATISFAÇÃO  DA  NECESSIDADE:   NECESSIDADE  BIOLÓGICA  


O  OBJECTIVO  É  ALCANÇADO      (sede,  fome,  sono)  

ACTIVIDADE  ORIENTADA  PARA  


UM  OBJECTIVO     IMPULSO    
 (acção  desenvolvida  ou  mo3vada   (estado  interno  de  tensão)  
para  sa3sfazer  a  necessidade)  

Motiva o organismo para


A tensão é reduzida. responder (actividade)

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Ciclo Motivacional

A   descrição   do   processo   mo3vacional   baseia-­‐se   no  


conceito   biológico   de   homeostase   (criado   por   Walter
Cannon, fisiólogo) –   tendência   natural   do   organismo  
para  manter  um  estado  de  equilíbrio  interno.  

NECESSIDADE   IMPULSO     RESPOSTA  


(ACÇÃO)   OBJECTIVO  
(desiquilíbrio   Estado  
Finalidade  
provocado   energé3co   Ac3vidade   desejada  
por  uma   que  ac3va  e   desenvolvida   que  mo3vou  
carência  ou   orienta  o  a   para  sa3sfazer   a  acção    
privação)     conduta   a  necessidade.  

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TIPOS DE MOTIVAÇÃO

•  O comportamento motivado encontra-se ligado ao


funcionamento do sistema endócrino e a
diferentes estruturas do sistema nervoso.

1.  PRIMÁRIAS (básicas ou biogenéticas): são


necessidades inatas, cuja satisfação visa
assegurar o equilíbrio e a sobrevivência do
organismo. Ex. Fome, sede.

Texto livro – p.150

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TIPOS DE MOTIVAÇÃO

2.  SECUNDÁRIAS (sociais): necessidades cuja


origem se deve à aprendizagem social e
cultural (processo de socialização), pois
manifestam-se de formas diferentes de acordo
com os contextos sociais e culturais em que
são aprendidos.
Importa destacar dois exemplos:
-  Necessidade de afiliação
-  Necessidade de sucesso/realização.

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TIPOS DE MOTIVAÇÃO

a) Necessidade de AFILIAÇÃO: desejo de a


pessoa ser aceite e estimada pelos outros, e está
relacionada com a vida dos seres humanos em
grupos. Existe uma relação entre a afiliação e a
necessidade de aprovação social (sobretudo
quando existe uma conformidade dos
comportamentos individuais às normas do
grupo para as pessoas serem aceites pelos outros
membros).

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TIPOS DE MOTIVAÇÃO

a) Necessidade de SUCESSO/REALIZAÇÃO:  
desejo   de   ser   bem   sucedido   em   situações  
desafiantes.  Há  uma  grande  preocupação  em  alcançar  
padrões   de   desempenho   elevados,   desenvolvendo  
ac3vidades   dijceis,   vencendo   resistências   e  
obstáculos.   Podemos   falar,   também,   em   moCvação  
intrínseca   e   moCvação   extrínseca.   A   primeira   é  
quando   uma   pessoa   tem   prazer   de   realizar   algo,   e   a  
segunda  é  quando  uma  pessoa  realiza  algo  para  obter  
uma  recompensa  (elogios,  prémios,  dinheiro..)

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TIPOS DE MOTIVAÇÃO

3.  COMBINADAS (“biosociais”): necessidades


que combinam factores biológicos e sociais,
inatos e aprendidos. Podemos dizer que são
necessidades em que o factor biológico se
exprime condicionado pela aprendizagem
sociocultural (padrões culturais e sociais).
Importa destacar dois exemplos:
a)  Comportamento sexual
b)  Comportamento maternal.

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TIPOS DE MOTIVAÇÃO

a) Comportamento sexual: relaciona-se com o


funcionamento do sistema endócrino (glândulas
sexuais), da hipófise e do hipotálamo. A hipófise
actua em ligação com o hipotálamo na regulação das
concentrações das hormonas. O córtex cerebral e a
imaginação desempenham um papel importante no
despertar do interesse sexual pelos estímulos
externos. Mas, a expressão da sexualidade depende
da aprendizagem do indivíduo num determinado
contexto social: é mediante leis/normas que se
controla a manifestação do impulso sexual.

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TIPOS DE MOTIVAÇÃO

b) Comportamento maternal: apesar de ser


determinado   por   mecanismos   hormonais,   o  
comportamento   maternal   está   marcado   por   factores  
sociais   e   culturais.   O   comportamento   maternal,  
enquanto   prestação   de   cuidados   necessários   ao  
desenvolvimento   equilibrado   de   quem   nasce   é,  
essencialmente,   algo   que   se   aprende   -­‐   varia   ao   longo  
do  tempo  e  nas  diferentes  culturas.  

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TIPOS DE MOTIVAÇÃO

4.  COGNITIVAS: são as necessidades de


informação e de conhecimento que têm
como base a curiosidade e a actividade
exploratória (por exemplo: a necessidade de
conhecer a vida em sociedade, a natureza,
etc), para melhor compreendermos e,
explicarmos também, a realidade.

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FRUSTAÇÃO E CONFLITO

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O QUE É A FRUSTAÇÃO?

Um sentimento produzido por uma contrariedade.


Assim, as frustações fazem parte da nossa vida
quotidiana; uma vez que as motivações variam de
consoante o indivíduo, não é possível fazer
generalizações.

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§  A tolerância à frustração depende de vários


factores (idade, frustações reptidas): as
reacções à frustração podem ocorrer
imediatamente ou mais tarde.
§  Os tipos de reacção divergem, podendo ir da
agressão directa (quando o indivíduo agride a
causa da frustração) ou deslocada (quando o
indivíduo desloca a agressão para elementos
não responsáveis) à apatia (indiferença).

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O QUE É O CONFLITO?

É a oposição de forças com intensidade


semelhante. Isto significa que o conflito surge
quando os motivos são incompatíveis.

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Kurt Lewin afirma que o comportamento do


indivíduo resulta da interacção entre o sujeito e o
meio (proporciona os elementos para satisfazer as
suas necessidades).

Lewin considera que existem


três formas básicas de
conflito em que estão
presentes valências positivas
e (ou negativas):

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1.  Conflito aproximação/aproximação: o indivíduo


depara-se com duas ou mais forças positivas -
está entre dois objectos ou actividades
desejadas. O conflito surge porque só é possível
escolher uma : é frequente surgir angústia por
não se ter escolhido a hipótese afastada.

2.  Conflito afastamento/afastamento: o indivíduo


depara-se com duas alternativas desagradáveis,
logo hesita sobre que valência negativa escolher
e criará no indivíduo insatisfação, levando muitas
vezes a comportamentos de fuga.

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3.  Conflito aproximação/afastamento à neste


conflito, o indivíduo encontra-se numa situação
positiva e negativa ao mesmo tempo.

Os conflitos têm uma origem consciente e


inconsciente: a explicação do comportamento
motivado tem sido objecto de várias interpretações
ao longo do tempo. Os behavioristas, ao contrário
das teorias homeostáticas, procuram enquadrar a
motivação na fórmula E à R: o indivíduo reage aos
estímulos com respostas.

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Realizado por:
Joana Inês Pontes

Realizado com base nas seguintes consultas:


Rodrigues, Luís, Psicologia B (Unidade 1)Lisboa: Plátano Editora,
168-170.
Psicologia, Cap. V Motivação, www.exames.org/apontamentos/
Psicologia/psicologia-motivação.doc.

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