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O QUE HÁ DE NOVO
NA LAVAGEM DA ROUPA HOSPITALAR?
Contemplar a NR 32.
• Atender a NR 32;
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FARIAS, Roberto Maia: Manual para lavanderias, a revolução na arte de lavar. Caxias
do Sul-RS: Educs, 2006.
Informações Relevantes
Consumo médio per capita de água em lavagem de roupa por pessoa = 1600 Litros
Objetivo
• Remover a sujidade da roupa suja/contaminada;
• Promover o processo de desinfecção das roupas;
• Preservar as características do tecido;
• Realizar um trabalho seguro, eficiente e com economia.
Processos de Lavagem
ACABAMENTO
Definição:
É o processo final de lavagem destinada ao acabamento e encorpamento das roupas.
Utilizase nível de água alto.
Objetivo:
Encorpar as roupas, para melhor caimento.
Fases do Acabamento:
Tempo estabelecido:
15 Minutos para roupas de algodão;
10 Minutos para roupas mistas de poli éster/algodão.
Lavanderia Têxtil
Orientações
Manual de Beneficiamento e Acabamento Têxtil - Lavanderia
Em outras épocas os tecidos eram preparados pelas tecelagens para
serem trabalhados pelas indústrias de lavanderia em diferentes níveis
de cor, desgaste e toque. Com o constante dinamismo do mercado as
empresas estão em busca do diferencial em seus produtos.
Tecidos pré – acabados, ou seja, com cor, estrutura, composição,
resina, toque e intensidade de índigo diversificados permitem maior
agilidade nos processos na Lavanderia Industrial.
Para conservação e um melhor resultado nas características
físicas dos tecidos segue abaixo um conjunto de orientações
para empresas de Lavanderia Industrial:
1. Informações do fornecedor
Solicitar da confecção, sempre que enviar peças para lavar, a
indicação do tipo de tecido
e orientações de manuseio pelo fabricante.
Definição:
Enzimas ou catalisadores biológicos são substâncias de natureza
protéica (proteínas) que
possuem propriedades catalíticas específicas (catalisador), e são
responsáveis
diretamente pelo metabolismo.
Obtenção:
A obtenção das enzimas celulases é por meio da fermentação de
microorganismo, como bactérias e fungos.
Classificação:
Estas são classificadas popularmente em ácidas, neutras ou híbridas,
mas essa denominação não especifica o modo de ação da enzima
sobre a celulose, mas sim o pH do meio em que ela atua. O sucesso
da aplicação das enzimas vai além do uso, requer também a
conscientização e a informação das pessoas envolvidas com a
química e o funcionamento destes produtos.
Recomendações:
2.1. DESENGOMAGEM
Recomenda-se utilizar enzimas que tem características de ação a frio,
pois há menor desgaste do corante.
Auxiliares indispensáveis:
• Deslizante (Evita riscos e quebraduras no tecido);
• Antimigrante (Evita a migração do corante para trama, forros e
aviamentos).
2.2. STONAGEM
Cada tecido possui características próprias, dessa forma indica-se
sempre respeitar suas recomendações e realizar testes prévios.
Sabemos que um dos principais motivos na perda de resistência, nos
processos de uma lavanderia se dá pela utilização de enzima.
Recomenda-se o uso de enzima neutra, com processo a frio.
Devido a um grande crescimento e uma competitividade acirrada do
mercado, nos impossibilita de recomendar um determinado
fabricante ou uma determinada marca. Por isso sugerimos sempre
consultar os fornecedores de enzimas, quanto à quantidade e
condições de uso.
3. Tecidos Elastizados
3.1. Clareamento em tecidos elastizados
• É necessário verificar as indicações de recomendação do artigo,
pois deve-se
realizar testes prévios, visto que as concentrações e tempo de
processos variam de artigo para artigo.
• Tipos de clareamentos indicados:
o Redutores e; o Permanganato.
• Não indicamos a utilização de produtos clorados para realizar este
processo.
3.2. Utilização de temperatura em tecidos elastizados
Nos processos químicos em máquina, a temperatura precisa ser
elevada ou reduzida gradativamente, ou seja, não pode ocorrer
choque térmico.
Deve-se fazer o resfriamento do banho com adição de água fria. A
água deve ser descarregada somente com o banho em torno de 40ºC.
Após este procedimento pode-se adicionar a água fria.
4. Tecidos Resinados
A resina é um produto químico que é aplicado à superfície do tecido
para destacar as diferentes propriedades do denim, como brilho,
toque, tonalidade (cor), caimento, além de efeitos pós-lavanderia.
Devido a estas características não indicamos processos de muito
desgaste como clareamentos e stonagens elevadas, pois o desgaste
não se dará de forma padronizada.
5. Cuidados na passadoria e prensas térmicas
• Utilizar temperaturas abaixo de 140 graus;
• Realizar limpeza periódica da prancha;
• Realizar testes prévios antes de iniciar o processo.
Lavanderia Hoteleira -
Essa tabela de tempo de vida util no enxoval pode ser vista no livro do prof. Indio
Candido [Governança em Hotelaria]
O número de lavagens de 250 a 300 conforme voce citou, com uma muda lavagem de
alta frequencia [até duas vezes ao dia] nesse caso, a roupa terá durabilidade de 125 a
150 dias ou seja de quatro a cinco meses. pode ser menor ainda pois alguns pontos das
peças já podem apresentar-se inadequada ao uso. as peças não se desgastam
uniformemente.
Veja a seguir um trabalho realizado com algumas lavanderias e que apresentram, após o
estudo, os seguintes resultados.
A tabela a seguir mostra que os danos podem ser provocados por diferentes situações e
são classificados como de origem física, biológica, química, mecânica, ambiental e
pelas características de cada tecido. Os danos são potencializados pelo uso impróprio do
enxoval ou pelo enxoval impróprio para uso.
Nesta etapa, fatores como temperatura, ação mecânica, ação química, são
também, quando utilizados inadequadamente, agentes que podem provocar
diversos danos ao enxoval.
Essa "fase" é a mais crítica pois envolve diretamente o hóspede que é o seu
cliente e deve ser abordado de forma muito especial, salvo se avisado
anteriormente.
Outros cuidados devem ser tomados com a forte ação mecânica ou rebarbas
das máquinas (pode puxar as felpas), trabalhar na temperatura recomendada,
evitar a mistura de cores, a ação dos fungos, uso adequados dos alvejantes
clorados que diminuem a resistência – provoca a oxicelulose, evitar as
temperaturas elevadas – máximo 120 ºC., não passar ferro nem calandrar,
manter sempre após cada lavagem um descanso por no mínimo 24 horas,
armazenar sempre em local fresco e seco, longe do calor e da luz solar,
acidular bem as roupas para evitar alergias.
Neste caso, Imaginando que num hotel o número de lençóis seja de 100
unidades e o índice médio é de 1% ao mês, ou seja, danifica-se ou perde-se 1
lençol por mês e o mesmo não pode ser reutilizado, pode-se concluir que o
índice médio da 1% ao mês significa que 12 lençóis serão danificados ao ano e
não que 1 lençol será danificado 12 vezes ao ano.
Não existe uma fórmula mágica que determine o fim dos danos na roupa
porém, se alguns procedimentos básicos, forem adotados, com certeza a
redução será extremamente satisfatória.
OBS: sabe-se que o assunto não está esgotado, trata-se de um resultado num determinado
periodo/condição de lavagem/tipo de tecido/numero de mudas. É importante que seja ampliado
com novos estudos.
ALVEJAMENTO OXIDATIVO COM PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
O que é? Processo de beneficiamento têxtil por esgotamento onde se precipita o oxigênio do
peróxido no banho e ai ocorre o branqueamento da fibra e a sua consequente esterilização
assim como sua limpeza.
O que é peróxido?
É uma formulação riquissima em hidrogênio que na presença de ação mecânica, oxigenação,
temperatura e luz se decompõe liberando oxigênio e o ion peridroxila que é o agente
branqueador.
O peróxido de hidrogênio liqüido tem seu limite de concentração comercial em 50% ou 200
volumes, sendo esta formulação ácida para estabilizar o produto, ou seja o peróxido em meio
ácido é quase totalmente estável, quase por que de acordo com o tempo, calor e agitação a
reação de liberação de oxigênio se inicia (por isto que a tampa da embalagem tem uma válvula
de alívio), sendo por isto recomendável não se estocar o produto por muito tempo.
Existem também os "peróxidos" em pó, que tem as mesmas propriedades liberadoras de
oxigênio e peridroxila dos peróxidos liquidos, são os persais e perboratos.
Quando em processo ´por esgotamento a liberação do peróxido tem que ser controlada e
constante, não podendo ser muito demorada nem muito rápida, sendo que este tempo variará
de acordo com o substrato beneficiado e o resultado desejado.
De maneira geral a aplicação de peróxido para alvejamento necessita de controle nos
seguintes tópicos:
Água: Deve ter sua dureza e contaminações corrigidas através sequestrantes,
principalmente se houver muito cálcio, o que acarreta resultados acizentados, ou o ferro, que
apresentará resultados avermelhados e pode até mesmo chegar ao apodrecimento da fibra.
O agente de estabilidade do peróxido (no banho), mais usual é o óxido de silicio, presente no
metassilicato, que apesar de ser alcalino estabiliza o peróxido em sua decomposição, ou seja,
faz a liberação ser na intensidade e velocidade adequada ao processo.
Os agentes ativadores do peróxido é a alcalinidade (pH ideal entre 11 e 12) podendo ser
fornecida por soda (hidróxido de sódio) ou por barrilha (carbonato de sódio) ou ainda
dependendo da formulação o próprio metassilicato que é composto de silício e soda.
A utilização de produtos formulados com persais para este alvejamento é altamente
recomendável, devendo porém ser um processo muito bem controlado técnicamente para se
obter um bom resultado. A liberação de oxigênio a baixas temperaturas é de menor intensidade
e o processo acaba tendo um poder de limpeza menor, se for aplicado no mesmo tempo que o
banho a quente.
A associação de produtos formulados em pó e peróxido liquido resulta em processos de alta
qualidade.
É normal a associação de agentes de limpeza e branqueadores óticos no processo de
alvejamento oxidativo.
O alvejamento oxidativo com peróxido provoca desgaste nas fibras de algodão.
Um agente indicador da presença da peridroxila é solução de tetracloreto de titânio, existindo
uma tabela de titulação.
O peróxido é utilizado ainda como componente em outros produtos, como peracético e até o
incrível perclórico.